As Glândulas Endócrinas

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  • 7/30/2019 As Glndulas Endcrinas

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    As Glndulas Endcrinas

    Introduo as Sete Glndulas Endcrinas

    Funes do Sistema Hormonal

    A funo central do Sistema Hormonal regular e controlar o emprego dos alimentos,inclusive a digesto de alimentos slidos, a ingesto e uso de Oxignio e o metabolismoe equilbrio dos carbohidratos, gorduras, protenas , sais minerais e gua. Estas funesresultam no desenvolvimento do corpo, manuteno da vitalidade e capacidade dereproduo e manuteno da espcie.

    Os sistemas de comunicao hormonais ampliam os sistemas de comunicao nervososdentro do organismo.

    Os Hormnios

    Os hormnios so molculas qumicas (peptdeos, protenas ou esterides) produzidasem uma parte do corpo que ento viajam para fazer efeito em outra parte. Deste modo

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    uma clula pode afetar outras clulas distantes. O sistema endcrino um sistemarefinado de verificaes e equilbrios em forma de circuitos realimentados que facilitamo funcionamento normal de todos os sistemas do organismo. Os hormnios podem ser

    produzidos e ter uma ao local, ou podem ser produzidos em uma glndula endcrina eter efeito em um local distante.

    As Glndulas

    As glndulas so unidades funcionais formadas de clulas que segregam hormnios,localizadas em vrias regies do corpo e que compem o sistema endcrino. Cadaglndula tem funes especficas que ajudam a manter o organismo interno emcondies normais e a promover a sobrevivncia do organismo.

    Convm esclarecer ao praticante de Revitalizao Integral, que a inteno primordialdeste caderno dar um panorama geral da atuao das Glndulas e os hormniossecretados por elas, para que em ltima anlise constate os benefcios decorrentes de um

    Sistema Hormonal regulado e sadio. Para isso, achamos conveniente abordarsucintamente em cada glndula algumas patologias, baseados em literatura mdica.

    Alm disso, adicionamos uma tabela completa sobre os Hormnios secretados pelasglndulas, assim como sua estrutura qumica, efeitos e estmulos no organismo.

    Glndula Hormnio EstruturaQumica

    Principais Efeitos Regulao

    Hipfise(Lobo

    posterior)

    Oxitocina Peptdeo Estimula acontrao das

    musculaturas dotero e dasglndulasmamrias

    Sistema nervoso

    Loboposterior

    Antidiurtico Peptdeo Promove areabsoro degua pelos rins

    Osmolaridade dosangue

    Loboanterior

    Somatotrofina Protena Estimula ocrescimento geraldo corpo; afeta o

    metabolismo dasclulas

    Hormnios doHipotlamo

    Loboanterior

    Prolactina Protena Estimula aproduo e asecreo do leite

    Hormnios doHipotlamo

    Loboanterior

    Folculo estimulante Protena Estimula osfolculosovarianos nasfmeas e aespermatognese

    nos machos

    Estrgenos nosangue; hormniosdo hipotlamo

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    Loboanterior

    Luteinizante Protena Estimula o corpoamarelo e aovulao nasfmeas e asclulas

    intersticiais nosmachos

    Progesterona outestosterona;hormnios dohipotlamo

    Loboanterior

    Tireotrofina Protena Estimula atireide a secretarseus hormnios

    Tiroxina; hormniosdo hipotlamo

    Loboanterior

    Adrenocorticotrfico Protena Estimula asecreo deglicocorticides

    pelas glndulasadrenais

    Cortisol; hormniosdo hipotlamo

    Tireide Triiodotironina Aminocidos Estimula emantm os

    processosmetablicos

    Tireotrofina

    Tireide Calcitonina Peptdeo Baixa o nvel declcio no sanguee inibe aliberao declcio dos ossos

    Concentrao declcio no sangue

    Paratireides Paratormnio Peptdeo Eleva o nvel declcio no sanguee estimula aliberao declcio dos ossos

    Concentrao declcio no sangue

    Pncreas Insulina Protena Baixa sua taxa nosangue; estimulao armazenamentode glicose pelofgado; estimula asntese de

    protenas

    Concentrao deglicose no sangue;somatostatina

    Pncreas Glucagon Protena Estimula a quebrade glicognio nofgado

    Concentrao deglicose eaminocidos nosangue

    Pncreas Somatostatina Peptdeo Suprime aliberao deinsulina eglucagon

    Controle nervoso

    Adrenal(medula) Epinefrina Catecolamina Aumenta oacar no sangue; Controle nervoso

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    causavasoconstrio na

    pele, mucosas erins

    Adrenal(medula) Norepinefrina Catecolamina Acelera osbatimentoscardacos; causavasoconstriogeneralizada nocorpo

    Controle nervoso

    crtex Glicocorticides Esterides Afeta ometabolismo decarboidratos;aumenta o acarno sangue

    Adrenocorticotrfico

    crtex Mineralocorticides Esterides Promove areabsoro desdio e aexcreo de

    potssio pelosrins

    Nvel de potssio nosangue

    Testculos Andrgenos Esterides Estimula aespermatognese;desenvolve emantm os

    caracteres sexuaissecundriosmasculinos

    Hormnio folculoestimulante;hormnio luteinizante

    Ovrios(folculo)

    Estrgenos Esterides Estimula ocrescimento damucosa uterina;desenvolve emantm oscaracteres sexuaissecundrios

    femininos

    Hormnio folculoestimulante;hormnio luteinizante

    Corpoamarelo

    Progesterona eestrgenos

    Esterides Promove acontinuao decrescimento damucosa uterina

    Hormnio folculoestimulante;hormnio luteinizante

    Pineal Melatonina Catecolamina Est envolvida noritmo circadiano

    Ciclo dia / noite

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    A Glndula Pineal ou Epfise

    1. A GLNDULA PINEAL [CASA DO ESPRITO]

    Tambm chamada de corpo pineal ou epfise, uma glndula cnica e achatada,localizadaacima do teto do diencfalo, ao qual se une por um pednculo. No homem adulto, medeaproximadamente 5 por 8 mm. A glndula pineal fica localizada no centro do crebro,sendoconectada com os olhos atravs de nervos.As pesquisas recentes sobre as funes da glndula pineal e de seu principal produto, o

    hormnio melatonina, despertaram um grande interesse pblico nesta ltima dcada emfuno da descoberta do papel da melatonina na regulao do sono e do ritmo biolgico[ritmocircadiano] em humanos.

    1.1 A MELATONINA E O RITMO CIRCADIANO

    A melatonina uma substncia natural semelhante a um hormnio e produzida naglndula pineal. A produo de melatonina pela glndula pineal cclica, obedecendoumritmo dirio de luz e escurido, chamado ritmo circadiano. Nos seres humanos, a

    produo demelatonina ocorre durante a noite, com quantidades mximas entre 2 e 3 horas damanh, emnimas ao amanhecer do dia.Tanto a luz como a escurido transmitem o sinal dos olhos para a glndula pineal,determinando a hora de iniciar e parar a sntese da melatonina.A produo noturna de melatonina levou rpida descoberta do seu papel como indutordosono em humanos, e como restauradora dos distrbios decorrentes de mudanas defusohorrio(jet-lag), no incio dos anos 90.

    1.2 A MELATONINA E A REGULAO DO SONO

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    Alm da regulao do sono, a melatonina controla o ritmo de vrios outros processosfisiolgicos durante a noite: a digesto torna-se mais lenta, a temperatura corporal cai, oritmo cardaco e a presso sangnea diminuem e o sistema imunolgico estimulado.Costuma-se dizer, por isso, que a melatonina a molcula chave que controla o relgio

    biolgico dos animais e humanos.

    Do ponto de vista experimental, a melatonina modifica a imunidade, a resposta aoestresse ealgumas caractersticas do processo de envelhecimento. No contexto clnico, tem sidoutilizada nos distrbios do ritmo biolgico, alteraes relacionadas ao sono e o cncer.Ela

    possui vrios e significativos efeitos biolgicos.

    1.3 A MELATONINA E SEUS EFEITOS NO EQUILBRIO DO ORGANISMO

    Os pesquisadores estudaram os efeitos anti-cncer da melatonina, que parece funcionarem

    conjunto com a vitamina B6 e o Zinco, opondo-se degradao do sistema imunolgicoproporcionada pelo envelhecimento.A melatonina tambm pareceu promissora no tratamento de problemas femininos, comoaosteoporose, a sndrome pr-menstrual, e at mesmo o controle da natalidade. Por setratar deum dos principais hormnios anti-estresse, participa ainda das funes adaptativas eestimulantes.Portanto, a melatonina estabiliza e sincroniza a atividade eltrica do sistema nervosocentral.Muitos defendem que a pineal, atuando no apenas atravs da melatonina, umaestruturatranqilizadora que suporta o equilbrio do organismo, agindo como um rgosincronizador,estabilizador e moderador. Isso sugere que a melatonina pode ter muitas aplicaes emcondies onde importante estabilizar e harmonizar a atividade cerebral.Um dado importante o fato de que a glndula pineal afeta diretamente as outrasglndulas

    por meio de suas secrees. (Arendt J.,1995. In Melatonin and the Mammalian PinealGland,Chapman & Hall, London, pp. 4.)

    1.4 A MELATONINA E SEU PAPEL NA REPRODUO

    Foram caracterizados stios de ligao para melatonina nas gnadas [glndulassexuais], no epiddimo, no ducto deferente e na glndula mamria, sugerindo vrioslocais de ao.O papel da melatonina no desenvolvimento sexual e na reproduo humana aindaest sendo investigado. Em mulheres, foi demonstrado que as concentraes demelatonina e de progesterona variam com as estaes do ano, e que h umacorrelao negativa entre melatonina e a produo de estrgeno. A melatonina emhumanos possui importante ao antigonadotrfica, visto que inibe a produo de

    hormnio liberador do hormnio de crescimento (GnRH), que essencial para odesenvolvimento das gnadas na fase de puberdade. (Vanecek, 1998).

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    1.5 A MELATONINA E O MAL DE ALZHEIMER

    Diagnosticado por Alois Alzheimer em 1906, o mal de Alzheimer uma doenadegenerativa que destri as clulas do crebro, lenta e progressivamente, afetando ofuncionamento mental (pensamento, fala, memria, etc.). Com o avano da molstia, o

    paciente comea a perder hbitos, como o da higiene pessoal, e a manifestaralteraes de comportamento, como ansiedade, agressividade, etc. Caracterizado comouma forma de demncia, o mal de Alzheimer atinge cerca de 1% da populao na faixados 65 anos de idade. Seu primeiro sintoma , via de regra, a perda da memriarecente, sendo indicado, neste caso, consultar um mdico neurologista.Em pacientes com Alzheimer, os receptores no hipocampo, responsveis pelo controleda tenso vascular, tem seu nmero significativamente aumentado em relao a

    pessoas normais da mesma idade, provavelmente devido a uma "up regulation" emresposta diminuio da melatonina circulante. O pico noturno de melatonina noocorre, ou muito reduzido em idosos normais. A melatonina apresenta uma reduona formao da protena B amilide que a responsvel pelo mal, tendo, portanto, um

    efeito que permitiria supor uma ao anti-Alzheimer.

    1.6 A MELATONINA E A MEMRIA

    A melatonina tambm tem um efeito sobre a reteno de memria, tendo sido efetivana reverso da perda de memria em animais velhos e em modelos de Alzheimer.

    1.7 A PINEAL E O CEREBELO

    Na parte posterior do crnio est localizado o cerebelo, cuja funo a manuteno doequilbrio, tnus muscular e da postura, bem como da coordenao dos movimentos.Se houver qualquer tenso ou leso no cerebelo, esta repercutir no funcionamento da

    pineal e suas preciosas secrees sero prejudicadas. O cerebelo comparado a umcomputador muito elaborado. Ele no somente recebe impulsos proprioceptivos, osquais informam sobre a posio de nosso corpo ou de suas partes, como tambmchegam impulsos visuais, tteis e auditivos que podem ser utilizados pelo cerebelo.

    No se sabe exatamente como ele executa esta tarefa.

    1.8 O ALIMENTO DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

    O sistema nervoso central um todo, sua diviso em partes exclusivamente didtica.

    Essadiviso, em relao a um critrio anatmico, reconhece que ele se localiza dentro doesqueletoaxial, isto , cavidade craniana e canal vertebral. O encfalo a parte do sistemanervosocentral situado dentro do crnio neural. A medula se localiza dentro do canal vertebral.Encfalo e medula constituem o neuro-eixo.

    No encfalo, temos o crebro, o cerebelo e o tronco enceflico. No homem, a relaoentretronco enceflico e o crebro pode ser grosseiramente comparada que existe entre otronco e

    a copa de uma rvore.O sistema nervoso formado por estruturas nobres e altamente especializadas, que

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    exigempara seu metabolismo um suprimento permanente e elevado de glicose e oxignio.Assim, oconsumo de oxignio e glicose pelo encfalo muito elevado e requer um fluxocirculante

    intenso. Quedas na concentrao desses elementos ou a suspenso do afluxo sanguneoaoencfalo no so toleradas alm de um perodo muito curto.A parada da circulao cerebral por mais de 7 segundos leva o indivduo perda daconscincia. Aps cerca de 5 minutos comeam a aparecer leses que so irreversveis.Contudo, reas diferentes do sistema nervoso central so lesadas em tempos diferentes,sendo as reas filogeneticamente mais recentes as que primeiro se alteram. A realesada queresiste por mais tempo o centro respiratrio situado no bulbo.Os processos patolgicos que acometem os vasos cerebrais tais como tromboses,embolias e

    hemorragias ocorrem com uma freqncia cada vez maior com o aumento da vidamdia dohomem moderno. Cumpre lembrar que no sistema nervoso central, ao que parece, noexistecirculao linftica, por outro lado, existe circulao liqurica.

    EXERCCIOS ESPECFICOS PARA A GLNDULA PINEAL

    indicado ao praticante fazer estes exerccios sentado e com os olhos fechados.Observe a localizao da glndula pineal no topo do crnio [figura 1].Faa os exerccios procurando sentir a localizao da pineal. Coloque tambm suaateno narespirao, lembrando do alimento necessrio ao Sistema Nervoso Central.

    EXERCCIO 1 [Massagear o alto do crnio]

    ]

    Faa um movimento circular com a polpa dosdedos das duas mos sobre o couro cabeludo, noalto da caixa craniana. Investigue vagarosamente

    at encontrar uma reentrncia. Sinta-a com osdedos. Esse ponto corresponde moleira dos

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    recm-nascidos. Massageie esse ponto usando os dedos indicador emdio. Procure perceber qual o sentido maisconfortvel [sentido horrio ou anti-horrio]. Massageie lentamente o ponto sem provocar atrito com a pele. Perceba que o

    couro cabeludo, muito colado no incio, se desprende melhor depois de um certotempo. Faa essa massagem sem pressa, no seu ritmo e no seu tempo. importante salientar que este ponto o local de unio de todos os meridianos. A

    prtica tima antes de dormir, pois a glndula pineal a rainha do sono profundo.

    EXERCCIO 2 [Massagear para frente e para trs o couro cabeludo com os dedos]

    Outra forma indicada e confortvel puxar o couro cabeludo para frente epara trs sempre a partir desse ponto[no alto da caixa craniana].

    EXERCCIO 3 [Tamborilar o alto do crnio com os dedos]

    A seguir voc vai tamborilar com os dedos mdios oponto no alto da caixa craniana, onde se localiza aglndula pineal. A ao do toque deve ser amorosa, nouse fora.

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    Perceba o que est sentindo. Voc poder sentir calor,salivao, enjo, um mental tranqilo.

    EXERCCIO 4 [Massagear a fronte na linha do incio do couro cabeludo e acoroinha]

    Coloque o dedo mdio e indicador da mo direita nafronte, precisamente no incio do couro cabeludo,alinhados com o nariz. Massageie este ponto com osdois dedos. Escolha a direo que for mais confortvele agradvel. Faa as massagens nos pontos cranianos semprevagarosamente e observando seu prprio ritmo etempo. Continue massageando esse ponto e com os dedos da outra mo encontre umareentrncia na parte posterior do crnio (um pouco mais atrs do topo da cabea),acima do cerebelo. Esta reentrncia ou depresso corresponde ao lugar chamadode coroinha. Os religiosos costumam marcar bem essa regio, usualmenterasurando os cabelos num formato circular. Coloque o dedo mdio e indicador sobre esse ponto e massageie no sentido queachar mais confortvel.Perceba as sensaes (dor, calor, lgrimas, relaxamento nos nervos oculares, sensaode estmulo da tiride, sensao do palato, sensao de sair do tempo].

    FINALIZAO [Irradiando calor com as mos] Em seguida, aquea as mos friccionando-as e colocando-as no topo da cabea.Deixe que as mos escolham qual deve ficar em cima e qual deve ficar embaixo. Perceba o calor que a frico das mos provoca. Sinta o calor irradiando para a

    pineal e a resposta receptiva dessa glndula ao calor.Faa contato com a glndula pineal, enviando-lhe afeto, reconhecendo todo o complexotrabalho que faz no seu organismo. Reconhea sua importncia no equilbrio geral doorganismo e no retardamento do envelhecimento. Ao fazer isto, a glndula recebe calore magnetismo.

    OBSERVAES

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    As tradies respeitavam a glndula pineal e a consideravam alinhada ao mais elevadocentro espiritual. Os hindus entendiam que dentro do Ltus de Mil Folhas ou Chakrada Coroa, encontrava-se o verdadeiro centro do corao.

    Na tradio judaica usa-se at hoje o kip [usado no topo da cabea]. usado paralembrar o usurio de sua reverncia diante de Deus.

    Na mitologia grega, Hermes [Mercrio] era representado com um capacete alado,smbolo de invulnerabilidade e de potncia. Hades [Pluto] possua um barrete queadornava sua cabea e o tornava invisvel.Os catlicos representam os santos com aurolas ou halos dourados. Desta forma, acoroa no alto da cabea tem um significado que no poderamos omitir. Sua formacircular indica a participao da natureza celeste, um Dom vindo de cima, um poder,o acesso a um nvel e a foras superiores.

    A Glndula Hipfise ou Pituitria

    2. A GLNDULA HIPFISE OU PITUITRIA [OU CASA DAINTELIGNCIA]

    A hipfise, tambm chamada de glndula mestra do organismo, um rgopequeno, tendo no homem o volume de uma pequena noz, pesando por volta de 0,6g.Situa-se no interior da caixa craniana, numa depresso ssea chamada sela trcica.Ela coordena o funcionamento das demais glndulas, porm no independente,obedece a estmulos do hipotlamo. A hipfise formada de trs partes: A hipfiseanterior ou adeno-hipfise, hipfise intermediaria e hipfise posterior.A atividade das clulas hipofisrias e a emisso de seus hormnios no sangue estosob o controle de centros nervosos situados na base do crebro, na regio denominadahipotlamo. As relaes entre as duas estruturas se faz por intermdio de substnciasqumicas: os fatores de liberao, ou releasing factors, secretados por alongamentos

    de clulas especializadas do hipotlamo.

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    Dos sete hormnios produzidos pela adeno-hipfise, quatro exercem sua ao porintermdio de uma outra glndula endcrina.

    2.1 A ADENO-HIPFISE OU HIPFISE ANTERIOR

    A adeno-hipfise produz hormnios essenciais ao crescimento, ao metabolismo geral e reproduo, garantindo a sobrevivncia da espcie. Ela produz pelo menos seishormnios. Trs deles, as gonadotrofinas, so sexuais.

    2.2 OS HORMNIOS SEXUAIS - AS GONADOTROFINAS

    Estas substncias estimulam as gnadas [testculos e ovrios] a produzirem clulasreprodutoras.

    2.3 O HORMNIO TIREOTRFICO

    O hormnio tireotrfico [TSH] estimula a glndula tireide e participa no metabolismoorgnico, no aproveitamento da gua, do iodo, do clcio, do fsforo, dos acares, dasgorduras, das protenas e das vitaminas.

    2.4 O HORMNIO ADRENOCORTICOTRFICO

    O hormnio adrenocorticotrfico [ACTH] o ativador da parte externa da glndulasupra-renal, vital no controle da gua, sais e outros elementos.

    2.5 O HORMNIO SOMATOTRFICO

    O sexto hormnio, o somatotrfico, ou hormnio do crescimento, estimula ocrescimento de todos os tecidos do corpo e tambm tem grande importncia noaparecimento do diabetes.

    2.6 A HIPFISE INTERMEDIRIA E O HORMNIO MELANOTRFICO

    A parte intermediria da hipfise secreta o hormnio melanotrfico ou melatrofina queem peixes e anfbios induz disperso dos grnulos de melanina dos melancitos,levando ao escurecimento da pele. Esse processo de fundamental importncia para a

    proteo desses animais diante da ao dos predadores.

    2.7 A HIPFISE POSTERIOR E A VASOPRESSINA, O HORMNIOANTIDIURTICO E AOXITOCINA

    A hipfise posterior ou neuro-hipfise, localiza-se no lobo posterior, sendo constitudapor fibras nervosas desprovidas de mielina (desmielinizadas) e por clulas daneurologia. Os hormnios neuro-hipofisrios so: a vasopressina ou hormnioantidiurtico (ADH), ambos produzidos no hipotlamo e armazenados no lobo

    posterior da hipfise, que controla o equilbrio hdrico do organismo.

    A oxitocina age na musculatura lisa da parede do tero, facilitando a expulso do fetoe da placenta.

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    Uma caracterstica peculiar da neuro-hipfise a sua circulao, curiosamente feitaquase que totalmente de sangue venoso, isto , carregado de gs carbnico e com

    baixas taxas de oxignio.As secrees da glndula mestra obedecem a um conjunto de estmulos de ordemhormonal e nervosa. Assim, pode-se concluir que exista uma relao direta entre

    estado psquico e hormnios.

    2.8 CENTROS DE REGULAO DO COMPORTAMENTO E DA EMOO

    Durante muito tempo acreditou-se que a regulao do comportamento e em especial ocomportamento emocional estaria na dependncia de todo o crebro. Coube

    principalmente a Hess, demonstrar a existncia de centros de regulao docomportamento. Sabe-se que as reas relacionadas com o comportamento emocionalocupam territrios bastante grandes.Por exemplo, no tronco enceflico esto localizados vrios ncleos de nervoscranianos, viscerais e somticos. Ativando-se essas estruturas ocorrem estados

    emocionais, resultando diversas manifestaes como: o choro, alteraes fisionmicas,sudorese, salivao, aumento do ritmo cardaco.Alm de sua participao nos fenmenos emocionais, estas reas relacionam-setambm com comportamentos ligados s necessidades bsicas do organismo taiscomo a sede, a fome e o sexo, importantes para a preservao do indivduo e daespcie. O fato de que as reas enceflicas que regulam o comportamento emocionaltambm regulam o sistema nervoso autnomo torna-se mais significativo seconsiderarmos que as emoes se expressam atravs de manifestaes viscerais[choro, aumento de salivao, eriar de pelos em um gato com raiva] e soacompanhadas de alteraes da presso arterial, do ritmo cardaco e respiratrio.Torna-se claro tambm que muitos distrbios emocionais graves resultam de afecesviscerais, sendo um exemplo clssico o caso das lceras gstricas e duodenais.

    OBSERVAES

    A hipfise muitas vezes marcada nas tradies como o Terceiro Olho.Inmeras obras de arte sacra e crenas msticas indgenas representam essa marcaentre as sobrancelhas, na testa, assim como todas as religies reconhecem suaimportncia espiritual.Esta nobre glndula governa tambm a memria, a sabedoria, a inteligncia e o

    pensamento. Ela ainda regula a produo de hormnios de outras glndulas, como a

    tireide.

    EXERCCIOS ESPECFICOS PARA A GLNDULA HIPFISE OUPITUITRIA

    De preferncia, faa esta srie de exerccios sentado e com os olhos fechados.

    EXERCCIO 1 [Ressoar o Tambor Celeste]

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    Una os dedos mdio e indicador [ver fig.], colocando odedo mdio em cima do indicador. Com os dedos unidos, coloque as palmas das mos em

    forma de concha no ouvido [ver fig.]. A seguir, desloque o dedo mdio pressionando-o sobre odedo indicador at que se separem. Atravs do impulso,o dedo mdio bater na depresso, na base do crnio.

    Isto provoca uma ressonncia, uma vibrao, que vaiatingir a hipfise. Coloque sua ateno na sensao

    produzida e tambm no som que ressoa na caixa

    craniana.

    O som produzido o OM primordial [AUM]. Essa vibrao monossilbica o somprimordial inaudvel, o som criador, a imagem do Verbo a partir do qual se desenvolveamanifestao.

    EXERCCIO 2 [Tamborilar com os dedos a regio entre as sobrancelhas e fazermovimentos circulares]

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    Coloque os dedos mdio e indicadordas duas mos na regio entre assobrancelhas e os olhos. Com a polpa

    dos dedos d suaves batidinhas,como se tamborilasse a regio. Em seguida, faa uma massagem commovimentos circulares entre as sobrancelhas ena nuca [com os dedos mdio e indicador].Coloque os dedos na regio entre as sobrancelhase com a outra mo toque o ponto abaixo docrnio, na nuca, onde h uma depresso oureentrncia [ver fig.].

    Comece a massagear simultaneamente os dois pontos, no sentido que lhe aprouver.Faa como achar mais confortvel. Quando sentir que deve parar, passe para o outroexerccio.

    EXERCCIO 3 [Aquecer a regio das tmporas]

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    Friccione as mos e coloque-as sobre as tmporas. Massageie as tmporas fazendo pequenos crculos.

    EXERCCIO 4 [Tamborilar a regio acima das orelhas]

    Coloque os dedos das duas mos na regio acima dasorelhas. Com a polpa dos dedos d suavesbatidinhas, como se tamborilasse a regio.

    EXERCCIO 5 [Movimento em cruz sobre o osso do nariz e acima dassobrancelhas]

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    Coloque os dedos mdio e indicador deambas as mos sobre o incio do nariz,

    na altura dos olhos, e suba at o meioda testa, desenhando uma reta. A seguir, mova-os (sem tir-los dorosto) e percorra horizontalmente aregio das sobrancelhas, v at o finaldelas. Volte os dedos para o nariz e suba at atesta novamente e depois para assobrancelhas.Repita este movimento em forma de cruz algumas vezes.

    EXERCCIO 6 [Aquecer a regio entre as sobrancelhas e a base do crnio]

    Aquea as mos friccionando a parte maisprxima dos punhos. Coloque uma mosobre a regio do terceiro olho e a outra na

    base do crnio. Repita, aquecendo novamente as mos efazendo o mesmo gesto. Faa 3 vezes.

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    EXERCCIO 7 [Aquecer o pavilho dos ouvidos]

    Friccione as palmas das mos at aquec-las

    bem, a seguir coloque-as sobre as orelhas.Sinta o calor invadindo a parte interna dosouvidos e adjacncias.

    EXERCCIO 8 [Aquecer as cavidades oculares]

    Aquea as mos novamente e coloque-as sobre osolhos. Voc pode permanecer de olhos abertos.

    Faa 8 vezes. Este exerccio beneficia a viso erelaxa os msculos oculares.

    A repetio diria permitir que as situaes da vida se tornem mais claras, que assolues cheguem de maneira mais rpida e com inteligncia lcida. Restabelecer a

    paz interior e a qualidade do sono se tornar melhor.Este exerccio tem um efeito imediato, pois os olhos fazem parte do crebro. Ao fazercontato com as clulas cerebrais, os nervos pticos sero privilegiados com um

    profundo relaxamento. Lembramos que estes rgos maravilhosos so muito exigidose forados a trabalhar sem descanso. Faa este gesto vrias vezes ao dia sempre quesentir a vista cansada ou a cabea atordoada pelas exigncias da vida.

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    As Glndulas Tiride e Paratirides

    3. A GLNDULA TIREIDE [CASA DO CRESCIMENTO]

    A glndula tireide localiza-se na base do pescoo, frente traquia, e abaixo do pomodeAdo. Tem forma de borboleta. Cada asa corresponde ao lobo da tireide presente emambos os lados da traquia.

    3.1 OS HORMNIOS TIREOIDIANOS T3 E T4

    A funo desta glndula produzir, armazenar e liberar hormnios tireoidianos nacorrentesangnea. Estes hormnios, tambm conhecidos com T3 e T4, agem em quase todas asclulas do corpo. A produo da quantidade de hormnios tireoidianos controlada poroutra glndula chamada pituitria ou hipfise. Outra parte do crebro, o hipotlamo,ajudaa hipfise enviando informaes e esta, por sua vez, controla a tireide, formando assim

    uma rede de informaes ininterrupta. A tireide, a hipfise e o hipotlamo trabalhamjuntos no controle da quantidade de hormnios tireoidianos. Estes rgos trabalham deforma similar ao termostato, que controla a temperatura de uma casa. Se no hquantidade suficiente, a hipfise libera mais hormnio estimulante da tireide (TSH),queindica tireide que deve produzir mais hormnio. Se os nveis de hormnio estodentrodos valores normais, a hipfise diminui a produo de TSH a seus valores normais.

    3.2 A TIROXINA

    A tireide segrega o hormnio tiroxina. A tiroxina contm iodo e regula o metabolismobasal

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    ou o ndice de oxidao celular, em outras palavras, o metabolismo do oxignio.A hiposecresso da tiroxina pode resultar em:a- Bcio simples [dilatao da tireide, resultante da carncia de iodo na dieta]. Saisminerais de iodo so encontrados naturalmente em certos alimentos, como couve,agrio,

    etc. Quando a alimentao deficiente em sais de iodo, a tireide cresceexageradamente.b- Mixedema na fase adulta e cretinismo na infncia. Ambos tm sintomas comoretardamento fsico e mental e metabolismo anormal.A hipersecresso da tiroxina pode causar o bcio exoftlmico ou bcio txico [inchaodagarganta, elevao da taxa de metabolismo e glbulos oculares proeminentes]. O bciotxico resulta de um tumor na tireide e seus sintomas so os mesmos do exoftlmico,comexceo dos glbulos oculares protuberantes.

    3.3 AS GLNDULAS PARATIREIDES

    So quatro pequenas glndulas do tamanho de uma ervilha, localizadas no lado internodatireide. Segregam o paratormnio, que controla o metabolismo de minerais como oclcio eo fsforo.O hormnio das paratireides regula a assimilao de clcio e fsforo pelo organismo.Ainsuficincia desse hormnio causa contraes musculares. O excesso pode provocardescalcificao acentuada nos dentes e ossos.

    3.4 HIPOSECREO E HIPERSECREO DO PARATORMNIO

    A hiposecresso de paratormnio resulta na queda do ndice de concentrao do clcionosangue. Este estado conhecido como tetania e causa cibras e espasmos musculares.A hipersecreo de paratormnio faz com que o clcio seja extrado dos ossos e lanadonacorrente sangnea. Este estado, conhecido por ostete fibrosa, pode levar a profundasalteraes na estrutura ssea, deformidade do esqueleto e depsito de clcio nos rins.

    EXERCCIOS ESPECFICOS PARA A TIREIDE E PARATIREIDE

    EXERCCIO 1 [Movimento do Pescoo da Tartaruga]

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    Em p, tronco ereto, projete a cabea para baixo, esticando o queixo ao mximo emantendo-o esticado. Depois, leve a cabea para cima e para trs. Ensaie algumasvezes at aperfeioar o movimento. Procure fazer um movimento circular, primeiro para frente algumas vezes e, depois,no

    sentido contrrio. Apie o queixo no peito, projetando o queixo para baixo. Em seguida, v projetando acabea para a frente. A seguir, levante a cabea devagar, sempre projetando o queixo para frente e continueo movimento circular levando vagarosamente a cabea para trs. Ao apertar o queixocontra o pescoo e projetar o queixo para a frente, voc estar produzindo umaexcelente massagem na tireide. Faa o mesmo movimento circular, partindo do queixo projetado para cima, com acabea erguida, e v lentamente abaixando-a, at encostar o queixo no peito. Prossigaerguendo a cabea e retome o movimento.

    EXERCCIO 2 [Massagem direta com os dedos]

    Com os dedos, localize o incio do osso daclavcula, logo abaixo do pescoo. Coloque seus dedos polegar, indicador e mdiologo acima deste ponto localizado (incio do ossoda clavcula), de modo que a tireide fique entreos dedos e massageie ao redor da glndula comsuaves movimentos circulares [ver fig.]. Faa a massagem em 3 pontos: 1- bem embaixo, prximo s clavculas, 2- doisdedos mais acima e 3- prximo ao Pomo de Ado.

    EXERCCIO 3 [Mos apoiadas nas coxas inclinando a cabea para trs]

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    Pernas separadas na largura de seus ombros(mais ou menos) e flexionadas. Apie suas mos

    nas coxas, abaixando o tronco e procure noempinar o quadril. Inicie um movimento suave com a cabea,inclinando-a para trs e para cima e depoisvolte com a cabea para o centro. Faa na medida do seu conforto.

    EXERCCIO 4 [Movimento circular com ateno na Tireide]

    Em p, tronco ereto, inicie um pequenomovimento circular com a cabea. Faa omovimento circular iniciando direita edepois inverta o movimento iniciando esquerda. A seguir, repita o movimento concentrando aateno na tireide, como se a movesseatravs da ateno.

    FINALIZAO [Visualize as 3 glndulas e incline o tronco]

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    Visualize os pontos onde esto localizadas as 3glndulas pineal, hipfise e tireide. Incline o tronco para frente e para baixo procurandosentir estes 3 pontos. Coloque sua ateno simultneanas 3 glndulas. Abaixe o tronco vagarosamente comeando pela cabea relaxe, tire a tenso das pernas e fique assim por algumtempo. Depois, suba lentamente, primeiro o tronco e porltimo o pescoo.

    Esta glndula muito delicada e pode se mostrar arredia aotoque no incio, mas corresponde ao toque feito comsuavidade e afeto.

    A Glndula Timo

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    4. A GLNDULA TIMO

    Do grego, Thymus, significa energia vital. O timo situa-se na poro superior domediastino

    anterior. Limita-se, superiormente, com a traquia, a veia jugular interna e a artriacartidacomum. Lateralmente, com os pulmes, e inferior e posteriormente com o corao. Suacor varivel. Vermelha no feto, branco-acinzentada nos primeiros anos de vida e, depois,amarelada. O timo, plenamente desenvolvido, de formato piramidal, encapsulado eformado

    por dois lobos fundidos.Por ocasio do nascimento pesa de 10 a 35g e continua crescendo de tamanho at a

    puberdade, 15 anos, quando alcana um peso mximo de 20 a 50g. Da por diante sofreatrofia progressiva e passa a pesar pouco mais de 5 a 15g no idoso. O ritmo de

    crescimentotmico na criana e de involuo no adulto extremamente varivel e, portanto, difcildeterminar o peso apropriado para a idade. Contudo, o timo continua a exercer suafuno

    protetora, com a produo complementar de anticorpos, mesmo que nesse perodo seudesempenho j no seja vital, pois h uma compensao pela proteo imunolgicaconferida

    pelo bao e nodos linfticos, ainda imaturos nos recm-nascidos.

    4.1 O TIMO E OS LINFCITOS T

    Externamente, o timo revestido por uma cpsula de tecido conjuntivo, de onde partemseptos que dividem o rgo em numerosos lbulos. Cada lbulo apresenta uma capa, o

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    crtex, que mais escura, e uma polpa interior, a medula, que mais clara. Tanto a zonacortical quanto a medular apresentam clulas de estrutura epitelial misturadas com umgrande nmero de linfcitos T e, ocasionalmente, clulas B e macrfagos.Em termos fisiolgicos, o timo elabora uma substncia, a timosina, que mantm e

    promove a

    maturao de linfcitos e rgos linfides como o bao e os linfonodos. Reconhece-se,ainda, aexistncia de uma ou outra substncia, como a timina, que exerce funo na placamioneural(juno de nervos com msculos) e, portanto, nos estmulos neurais e perifricos, sendoresponsvel por doenas musculares.

    4.2 OS LINFCITOS B [O EXRCITO COMBATENTE]

    As clulas do sistema imunolgico formam um forte exrcito, cujos principaiselementos so

    linfcitos. Os linfcitos B ou clulas B so clulas que produzem anticorpos circulantes.Osanticorpos so pequenas protenas, membros da famlia das imunoglobulinas, queatacam

    bactrias, vrus e outros invasores externos (antgenos).Os anticorpos se "encaixam" s molculas de antgeno que atacam como uma chave queseajusta fechadura. Cada anticorpo ataca apenas um tipo de antgeno. Por exemplo, umvaiatacar o vrus do resfriado, enquanto o outro ataca uma bactria, e cada linfcito B

    produzapenas um tipo de anticorpo para cada eptopo ( eptopo = parte do antgeno que capazdeestimular a produo de anticorpos especficos contra ele).

    4.3 AS CLULAS T [PATRULHEIRAS - NATURAL KILLERS]

    Os linfcitos T ou clulas T no produzem anticorpos. Essas clulas atacam o invasoresexternos ou trabalham junto com outras clulas que o fazem ("T "vem do Timo, ondeessasclulas se desenvolvem).

    Os vrios grupos de clulas T possuem diferentes funes : as clulas T citotxicas,junto comoutras clulas sangneas citotxicas naturais [NK - natural Killer) patrulhamconstantemente o organismo em busca de clulas perigosas. Quando encontram essasclulasT "associam-se" s clulas invasoras e liberam substncias qumicas microscpicas queasdestroem. Cada clula T citotxica, assim como cada anticorpo, ataca apenas um alvomuitoespecfico. Alguns atacam clulas que foram infectadas por vrus, outros atacam clulascancerosas e alguns atacam tecidos e rgos transplantados.

    Cada clula citotxica natural (NK), por sua vez, tem uma ampla gama de alvos e podeatacar

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    tanto clulas tumorais quanto uma variedade de micrbios infecciosos. Dois outros tiposdeclulas T, chamada de clulas T "auxiliar ou LT-helper" e "supressores" soespecialmenteimportantes devido aos seus efeitos regulatrios sobre o sistema imunolgico.

    As clulas T auxiliares ajudam os linfcitos B a produzir anticorpos, enquanto as clulasTsupressores desativam a ao das clulas T auxiliares quando o nmero de anticorpos

    produzidos suficiente. Essas clulas comunicam-se entre si produzindo interferons,interleucinas e outros mensageiros qumicos que governam a atividade das clulas dosistemaimunolgico. A proporo entre clulas auxiliares/supressores deve ser equilibrada paraasade do organismo.

    4.4 MENTE X SISTEMA IMUNOLGICO

    Os linfcitos T e B tm receptores na superfcie de suas clulas que podem acionar,dirigir emodificar suas funes imunolgicas. Esses receptores so a base molecular dainfluncia damente nos linfcitos. Os receptores so como fechaduras que podem ser abertas paraacionaras atividades de cada clula. As chaves que abrem essas fechaduras so as molculasmensageiras da mente-corpo: os neurotransmissores do sistema-nervoso autnomo, oshormnios do sistema endcrino e os imunotransmissores do sistema imunolgico.4.5 A TIMOSINAA timosina pode servir como imunotransmissor, modulando os eixos hipotalmicoshipofisrio-suprarrenal e das gnadas. O sistema nervoso seria capaz de alterar o cursodaimunidade via caminhos autnomo e neuroendcrino.Alguns trabalhos concluem que os humanos podem treinar a si mesmos para facilitarseus

    processos de cura interna mente-corpo.

    4.6 ESTRESSE E DIMINUIO DA VIGILNCIA IMUNOLGICA DOORGANISMO

    Qualquer forma de estresse resultante de uma significativa mudana de vida (ex: amorte deum membro da famlia, mudana de emprego, mudana de famlia, etc.) pode ativar oeixocortical-hipotalmico-suprarrenal para produzir os corticoesterides que suprimem osistemade vigilncia imunolgica (lembrando que os corticides atuam no ncleo das clulasretardando a multiplicao celular e isso impede a expanso clonal leucocitria).Em resposta mudana estressante de vida observa-se uma diminuio na atividade dasclulas NK (Natural Killer), exterminadoras naturais. A boa habilidade em lidar com

    desafios(poucos sintomas diante de um considervel estresse) est associada com uma alta

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    atividadecelular NK exterminadora natural.

    EXERCCIOS ESPECFICOS PARA O TIMO

    EXERCCIO 1 [Estimulao do Timo]

    Fazer pequenas batidinhas com a polpa dos dedos noesterno (localizadoaproximadamente a 2 dedos abaixo da clavcula)Faa estas batidinhas ao redor desta regio, explorando esentindo estas vibraes. Sinta o aquecimento produzido nestaregio.

    EXERCCIO 2 [Abraar o ombro]

    Em p, tronco ereto, com o brao direito abrace o ombroesquerdo [ver fig.]. Coloque a mo um pouco abaixo do ombro esquerdo e vcaminhando com os dedos em direo escpula esquerdao mximo que puder. Faa o mesmo com o brao esquerdo.Sinta a presena do Timo.

    EXERCCIO 3 [Contraindo e expandindo o Timo]

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    De p, braos soltos ao longo do corpo, volte as palmas dasmos para fora e girando os braos, una o dorso das mos emfrente ao abdmen e expire todo o ar dos pulmes. A seguir, desfaa a posio e abrindo os braos leve-os paratrs, abrindo o peito e inspirando. Abra os braos at que as

    palmas das mos se encontrem atrs [nas costas], e se unamna altura do osso sacro.Faa algumas vezes este movimento.

    EXERCCIO 4 [Mos na nuca e cotovelos abertos]

    Erga os braos e coloque as mos entrelaadas sobre anuca, os cotovelos abertos. Abra o peito inspirando e levandoos cotovelos para trs, sem tirar as mos da nuca. Sinta a expanso produzida por este movimento simples,

    permita-se saborear a sensao de espao, liberdade,desobstruo. Ao expirar, junte os cotovelos frente suavemente. Coloquesua ateno no timo. Faa algumas vezes.Quando perceber que algum prximo a voc se encontra acabrunhado,comprimido por problemas, aconselhe este movimento.

    FINALIZAO [Garras de urso e movimento da gangorra]

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    Enganche suas mos [como garras de urso] em frente ao peito. Abra bem os braosdeixando-os paralelos ao peito Inicie um movimento com os cotovelos, levando um em direo ao Cu (pra cima)e outroem direo Terra (pra baixo). Eleve primeiro o cotovelo direito (o esquerdo desceemdireo Terra), depois suba o esquerdo (lembra uma gangorra) e o direito desce emdireo Terra. Faa com os msculos das costas relaxados, no aplique fora. No permita nenhumatenso muscular.Estimule o timo o mximo que puder, faa amizade com esta glndula. Ela produzalegria edependemos dela para equilibrar o sistema imunolgico.

    Pncreas

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    5. A GLNDULA PNCREAS

    O pncreas uma glndula em forma de folha, com aproximadamente 12,5 centmetrosdecomprimento. Ele circundado pela borda inferior do estmago e pela parede doduodeno (a

    primeira poro do intestino delgado que se conecta ao estmago). Possui duas funesprincipais: a secreo de um lquido que contm enzimas digestivas para o interior doduodeno e a secreo dos hormnios insulina e glucagon, os quais so necessrios parametabolizar o acar para a corrente sangnea.Esse rgo tambm secreta grandes quantidades de bicarbonato de sdio para oduodeno, oqual neutraliza o cido proveniente do estmago. Essa secreo de bicarbonato de sdiofluiatravs de um ducto coletor que avana ao longo do centro do pncreas [ducto

    pancretico).Em seguida, esse ducto une-se ao ducto biliar comum [proveniente da vescula biliar edo

    fgado) para formar a ampola de Vater, a qual desemboca no duodeno.Do grego, pgkreas, todo carnoso, produz 2 hormnios: insulina e glucagon.

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    Eles diminuem e aumentam respectivamente o nvel de glicose no sangue para mant-lodentro dos limites normais. Quando h deficincia de insulina, a glicose eliminada

    pelosrins sem aproveitamento, ocasionando o diabetes.O glucagon provoca hiperglicemia [aumento de glicose no sangue), diminui a

    motilidadeintestinal e a secreo gstrica, aumentando a excreo renal.Esta glndula pode ser atingida por inflamao (pancreatite), por tumores, clculos,cistos e

    pseudocistos (bolsas lquidas, geralmente conseqentes a traumatismo). Algumas dessasalteraes desempenham importante papel na gnese do diabetes.

    5.1 PNCREAS E DIABETES

    A deficincia de produo e/ou da ao da insulina provoca uma doena chamadaDiabetes

    Mellitus. Esse distrbio envolve o metabolismo da glicose, das gorduras e das protenase temgraves conseqncias, tanto quando surge rapidamente, como quando se instalalentamente.O Diabetes Mellitus (DM) apresenta duas formas clnicas:1 - Diabetes Mellitus tipo I - Ocasionado pela destruio das clulas beta do pncreas,

    produtoras de insulina. Em geral, ocorre em funo de um processo auto-imune,levando adeficincia absoluta de insulina. Aparece na infncia e adolescncia.2 - Diabetes Mellitus tipo II - Provocado predominantemente por um estado deresistncia ao da insulina, associado a uma relativa deficincia de sua secreo. mais freqentesurgir depois dos 40 anos de idade.Infelizmente, nada se sabe ainda sobre a causa da DM do tipo II, que representa 90%doscasos da doena. Entretanto, parece que as pessoas com predisposio gentica, osobesos eaquelas que levam vida sedentria e estressada so as mais suscetveis.A incidncia de diabetes no mundo todo vem aumentando. Estima-se que o nmero de

    pessoas atingidas passe de 90 milhes, constatados em 1994, para 210 milhes at 2010.Evidentemente, um dos motivos para esse aumento o prprio aumento da expectativa

    devida. Mas, outra causa que tem merecido destaque entre os pesquisadores a mudananoestilo de vida. Se a pessoa faz poucos exerccios fsicos, leva uma vida sedentria,estressantee consome alimentao gordurosa, rica em acar, refrigerantes, aumentando assim aobesidade, ela apresenta maior risco de incidncia de diabetes.

    Embora as causas da DM sejam obscuras, o que se sabe, com certeza, o fato deexistiremalguns "gatilhos" que desencadeiam as crises. O principal desses gatilhos o estresse

    contnuo, estado em que as glndulas supra-renais liberam superdoses de adrenalina.Este

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    hormnio, alm de acelerar o corao, tem a capacidade de liberar no sangue a glicoseestocada no fgado e nos msculos. Esse processo se chama gliconeognese.Para compensar a liberao aumentada de glicose produzida pela gliconeognese, o

    pncreasse esfora em produzir quantidades extras de insulina. Se esse esforo pancretico no

    forsuficiente para reduzir ao normal os nveis aumentados de glicose pelo estresse ou, pior,se o

    pncreas chegar a se esgotar, o resultado o surgimento ou agravamento do diabetes. tambm algo mais ou menos semelhante o que ocorre na obesidade. Quanto maisobesa e

    pesada a pessoa for, maior a quantidade de insulina necessria, levando o pncreas fadiga. Certas infeces tambm funcionam como gatilho para o diabetes, assim comoalgunscasos de mulheres grvidas.

    5.2 DISTRBIOS DO PNCREAS - PANCREATITE AGUDA

    A pancreatite aguda uma inflamao aguda do pncreas que pode ser leve ou letal.Normalmente, o pncreas secreta suco pancretico atravs do ducto pancretico aoduodeno.Esse suco contm enzimas digestivas em uma forma inativa e um inibidor que atuasobrequalquer enzima que ativada no seu percurso at o duodeno. A obstruo do ducto

    pancretico (ex: por um clculo biliar) interrompe o fluxo do suco pancretico.Geralmente, aobstruo temporria e causa um dano limitado, o qual logo reparado. Entretanto,quandoa obstruo persiste, ocorre um acmulo de enzimas ativadas no pncreas, as quaissuplantam a capacidade do inibidor e comeam a digerir as clulas do pncreas,causandouma grave inflamao.O consumo dirio de mais de 120 ml de lcool durante vrios anos pode provocar aobstruodo ducto pancretico, desencadeando finalmente a pancreatite aguda. Uma crise de

    pancreatite pode ser desencadeada por um consumo excessivo de lcool ou por umarefeio

    copiosa. Existem muitos outros distrbios que podem causar uma pancreatite aguda.5.3 SINTOMAS

    Quase todos os indivduos com pancreatite aguda apresentam uma dor abdominalintensa,

    5.4 PANCREATITE CRNICA

    A pancreatite crnica uma inflamao do pncreas de longa durao. Nos EstadosUnidos e

    no Brasil, a causa mais comum da pancreatite crnica o alcoolismo. Outras causasincluem

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    uma predisposio hereditria e a obstruo do ducto pancretico resultante da estenosedoducto ou de um cncer pancretico. Em muitos casos, a causa da pancreatite desconhecida.

    Nos pases tropicais (ex: ndia, Indonsia e Nigria), a pancreatite crnica de causa

    desconhecida em crianas e adultos jovens pode dar origem ao diabetes e a depsitos declcio no pncreas. Os sintomas iniciais so decorrentes do diabetes.

    5.5 SINTOMAS

    Os sintomas da pancreatite crnica geralmente se enquadram em dois padres. Em umdeles,o indivduo apresenta uma dor na regio mdia do abdmen de intensidade varivel. Nooutro, o indivduo apresenta episdios intermitentes de pancreatite com sintomassemelhantes aos de uma pancreatite aguda leve a moderada. Algumas vezes, a dor intensa e

    dura de muitas horas a vrios dias. Em ambos os padres, medida que a pancreatitecrnica evolui, as clulas que secretam enzimas digestivas so lentamente destrudas e,finalmente, a dor desaparece.

    5.6 ADENOCARCINOMA DO PNCREAS

    O adenocarcinoma do pncreas um tumor canceroso que se origina nas clulas querevestem o ducto pancretico. Aproximadamente 95% dos tumores cancerosos do

    pncreasso adenocarcinomas. Esses tumores afetam os homens quase duas vezes mais do que asmulheres e so discretamente mais comuns entre os indivduos da raa negra. Oadenocarcinoma do pncreas duas a trs vezes mais comum em tabagistas inveterados.Osindivduos com pancreatite crnica apresentam um maior risco de apresent-lo.Existe uma variabilidade mundial de incidncia de cncer de pncreas. Os dadosindicam 9em cada 100.000 indivduos nos Estados Unidos, enquanto que no Brasil os dados

    publicados pelo Ministrio da Sade, em 1991, registraram ndices de 7.3 homens e de4.6mulheres em 100.000 indivduos no estado de So Paulo. A doena vem se tornandomais

    comum nos Estados Unidos com o aumento da expectativa de vida. Raramente oadenocarcinoma do pncreas ocorre antes dos cinqenta anos de idade. A mdia deidade nomomento do diagnstico de 55 anos. Pouco se sabe sobre a sua causa.

    5.7 SINTOMAS

    O adenocarcinoma do pncreas comumente assintomtico at o tumor tornar-sevolumoso.Por essa razo, no momento do diagnstico e em 80% dos casos, o tumor j produziumetstases extrapancreticas, afetando linfonodos prximos, o fgado ou os pulmes.

    5.8 GLUCAGONOMA

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    O glucagonoma um tumor que produz o hormnio glucagon, o qual eleva o nvel deglicoseno sangue e produz uma erupo cutnea caracterstica.

    EXERCCIOS ESPECFICOS PARA O PNCREAS

    EXERCCIO 1 [Estimular o Pncreas]

    Estimular essa glndula dando batidinhas naregio do pncreas (est localizada a mais oumenos 7 dedos acima do umbigo). comum sentirum pouco de dor nesta regio ao fazer estecontato.

    EXERCCIO 2 [Movimento horizontal sobre o Pncreas]

    Coloque as mos na regio do pncreas e faaum leve movimento de ninar, um movimentohorizontal para o lado esquerdo e direitosucessivamente. Os braos ficam dobrados emfrente ao pncreas e as mos colocadas umasobre a outra. Focalize a ateno na glndula e observe assensaes.

    EXERCCIO 3 [Movimento circular sobre o Pncreas]

    A seguir, faa com as mos, uma sobre a outra, um movimento circular nesta regio.Sinta

    qual o movimento que provoca desconforto e qual mais confortvel.

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    EXERCCIO 4 [Movimento para cima e para baixo sobre o Pncreas]

    Sempre com as duas mos, uma sobre a outra, faa agora um movimento verticalvisandoestimular essa regio.

    EXERCCIO 5 [Mos sobre o umbigo e movimento circular]

    Pressione as duas mos, uma sobre a outra, na regio do umbigo aplicando ummovimento circular. Coloque as duas mos sobre o umbigo, escolha qual delas fica embaixo. Faa um movimento circular nesta regio. Relaxe seu abdmen e coloque sua atenono

    pncreas. Faa com carinho, com amor. Feche os olhos e fique com a sensao criada a partirdestes

    toques.

    EXERCCIO 6 [Inclinar o corpo para baixo at tocar os dedos do p]

    Com a mo esquerda na cintura v abaixandogradualmente o tronco at tocar o p direito com a mo

    direita. O p tocado est ligeiramente levantado.Mantenha o calcanhar no cho. Faa o mesmo invertendo a posio do p e das de mos.

    EXERCCIO 7 [Giro com o tronco]

    Mantenha os ps unidos e comece um pequeno giro circular com o tronco. Faa para olado que tiver mais prazer. Procure sentir esta regio. Coloque sua ateno nomovimento. Perceba o que ocorre com seu organismo. Mantenha um ritmo na sua respirao.

    As Glndulas Supra-Renais

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    6. AS GLNDULAS SUPRA-RENAIS

    As glndulas supra-renais tm este nome devido ao fato de se situarem sobre os rins,apesarde terem pouca relao com estes em termos de funo. As supra-renais so glndulasvitais

    para o ser humano, j que possuem funes muito importantes, como regular ometabolismodo sdio, do potssio e da gua, regular o metabolismo dos carboidratos e regular asreaesdo corpo humano ao stress.

    6.1 A ALDOSTERONA, A ADRENALINA E A NORADRENALINA

    Estas glndulas endcrinas tm forma de lua achatada, situadas uma sobre cada rim e

    secretam vrios hormnios, entre os quais destacam-se a aldosterona, a adrenalina (ouepinefrina) e a noradrenalina (ou norepinefrina).

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    Sua funo bsica est relacionada manuteno do equilbrio do meio interno, isto ,dahomeostase do organismo, frente a situaes diversas de modificao desse equilbrio(tensoemocional, jejum, variao de temperatura, infeces, administrao de drogas diversas,

    exerccio muscular, hemorragias, etc].Possuem ntima conexo com o sistema nervoso. Embriologicamente, cada supra-renalformada por dois tecidos embrionrios diferentes, dos quais resultam as duas camadasdasupra-renal: a mesoderme origina o crtex e a neuroectoderme a medula da glndula.Muitosautores consideram crtex e medula da supra-renal como sendo dois rgos distintos.

    6.2 CRTEX DA SUPRA-RENAL

    O crtex, camada externa da glndula, amarelado e compe-se de trs camadasconcntricas de clulas. A camada externa, abaixo da cpsula, chamada zonaglomerulosado crtex supra-renal. Funcionalmente, a camada glomerular produz e secretaaldosterona,enquanto que as outras duas camadas produzem glicocorticides (cortisol ecorticosterona) ehormnios sexuais.

    6.3 A ALDOSTERONA

    A principal ao da aldosterona a reteno de sdio. Onde h sdio, esto associadosons egua. Portanto, a aldosterona age profundamente no equilbrio dos lquidos, afetando ovolume intracelular e extracelular dos mesmos. Glndulas salivares e sudorparastambmso influenciadas pela aldosterona para reter sdio. O intestino aumenta a absoro desdiocomo reao aldosterona.

    6.4 O ESTRESSE E O CORTISOL

    O estresse ainda um tema que suscita muitas controvrsias, desde a sua definio atassuas implicaes com as doenas. Por vezes, o estresse definido como um estmulo,sendo

    por outras considerado como resposta desenvolvida por esse estmulo. Na realidade, apalavraestresse, em si, quer dizer presso, insistncia e estar estressado quer dizer estarsob

    presso ou estar sob a ao de estmulo insistente. Significa tambm tenso. umapalavra amplamente usada no mbito da Fsica como sendo a tenso gerada em um

    corpopela ao de foras sobre o mesmo. Neste caso, o estresse assume o significado de

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    reao docorpo ao das foras que configuram o estressor.De fato, estressor qualquer estmulo capaz de provocar o aparecimento de umconjunto derespostas orgnicas e/ou comportamentais, relacionadas com mudanas fisiolgicas

    estereotpicas de padres, que incluem a hiperfuno da supra-renal, ou adrenal. Oestresse um processo reativo, que tem como objetivo diminuir os efeitos negativos causados peloestressor e favorecer a adaptao a este ou s mudanas advindas da sua presena.Assim, o estado de estresse exatamente aquele relacionado com a fase de adaptao,sendoo seu estabelecimento compatvel com a liberao de cortisol (hormnio secretado pelasuprarenal),que torna o organismo hbil para responder s exigncias adaptativas.

    6.5 A Adrenalina e a Noradrenalina

    Existem, na medula adrenal, dois tipos de clulas: umas secretam adrenalina, as outrasnoradrenalina. Tais hormnios so secretados em resposta estimulao simptica e soconsiderados como hormnios gerais. Liberados em grandes quantidades depois defortesreaes emocionais como, por exemplo, susto ou medo, estes hormnios sotransportados

    pelo sangue para todas as partes do corpo, onde provocam reaes diversas,principalmenteconstrio dos vasos, elevao da presso arterial, aumento dos batimentos cardacos,etc.Tais reaes resultam, entre outras coisas, no aumento do suprimento de oxignio sclulas.Alm disso, a adrenalina, que aumenta a glicogenlise heptica e muscular e a liberaodeglicose para o sangue, eleva o metabolismo celular. A combinao dessas reaes

    possibilita,por exemplo, reaes rpidas de fuga ou de luta frente a diferentes situaesameaadoras. Aocontrrio do crtex supra-renal, que lana seus produtos continuamente na circulao, amedula acumula os hormnios produzidos.

    Existem doenas que se caracterizam pelo excesso de produo dos hormnios dassupra-renais. As principais so a Sndrome de Cushing e o Feocromocitoma.

    6.6 A SNDROME DE CUSHING

    Caracteriza-se por deposio de gordura no abdmen, fraqueza muscular, estriasavermelhadas, aumento de plos, surgimento espontneo de hematomas, aumento degordurana face e no pescoo. O quadro clnico semelhante ao provocado pelo uso constante demedicamentos base de corticides.

    6.7 O FEOCROMOCITOMA

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    uma doena na qual ocorrem crises de hipertenso arterial podendo ou no estaracompanhada de dor de cabea, sudorese e palpitaes. Qualquer paciente jovem queapresente hipertenso arterial merece uma investigao mdica visando excluir a

    possibilidade de feocromocitoma.

    6.8 DOENA DE ADDISON

    Alm das doenas acima (que se caracterizam por excesso de hormnios das supra-renais)existe uma outra que se caracteriza pela falta dos hormnios das supra-renais. aDoena deAddison, que se caracteriza por fraqueza, perda de peso, dores abdominais discretas eescurecimento de algumas reas da pele e das mucosas.

    EXERCCIOS ESPECFICOS PARA AS SUPRA-RENAIS

    EXERCCIO 1 [Massagem circular com os punhos nas Supra-Renais]

    Em p, tronco ereto, encostar o dorso dos punhosnas supra-renais, um pouco acima da cintura. Inicie uma massagem circular. Faa essamassagem por algum tempo.

    EXERCCIO 2 [Massagem para cima e para baixo]

    Massageie com o dorso dos punhos em sentido vertical, para cima e para baixo.Perceba uma sensao prazerosa de calor inundando a regio e o corpo.

    EXERCCIO 3 [Massagem cruzada]

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    Em seguida, faa uma massagem cruzada com odorso dos punhos. Enquanto um punho desliza

    para baixo e para a esquerda o outro desliza paracima e para a direita (ver fig.).

    EXERCCIO 4 [Massagem circular no Porto da Vida]

    Coloque os polegares na cintura. Os outros 4 dedos dasmos devem tocar lateralmente a coluna na regio doPorto da Vida (oposto ao umbigo). Massageie circularmente esta regio deslocando um

    pouco a pele.

    EXERCCIO 5 [Estimulao com pancadinhas]

    D suaves pancadinhas com as duas mos fechadas naregio das supra renais, sobre os rins. Faadelicadamente.

    EXERCCIO 6 [Massagem com a polpa dos dedos]

    Apalpe com a polpa dos dedos polegares a regio dasglndulas supra-renais na parte acima dos rins.

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    Com a polpa dos polegares inicie uma massagemcircular suave nesse ponto.

    EXERCCIO 7 [Descrever um crculo girando o perneo]

    Com os ps unidos, inicie um pequeno giro tendo como ponto de referncia o perneo(oponto localizado entre os rgos genitais e o nus). Tente descrever um crculo com operneo, comeando pelo lado que lhe aprouver. Enquanto faz o giro coloque sua ateno nas supra-renais. No mova a parte superiordocorpo. O giro feito apenas com a bacia e a pelve.Sinta o resultado destas massagens, a energia que circula no corpo inteiro e o calor queinvade o peito trazendo alegria e conforto.

    As Glndulas Sexuais ou Gnadas

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    7. AS GLNDULAS SEXUAIS OU GNADAS MASCULINAS

    7.1 AS GNADAS MASCULINAS - OS TESTCULOS

    O testculo composto por at 900 tbulos seminferos enovelados, cada um tendo emmdiamais de 0,5m de comprimento, nos quais so formados os espermatozides. Oespermatozidemaduro formado por uma cabea, um corpo intermdio e uma cauda.Os espermatozides podem chegar a viver trs dias no interior do aparelho genital

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    feminino.Os testculos comeam a fabricar os espermatozides e este processo continua ao longodavida. Os espermatozides so lanados no epiddimo, outro tubo enovelado de cerca de6 m de

    comprimento. A hipfse a glndula que controla e regula o funcionamento dostestculos.

    7.2 OS ANDROGNIOS

    Os testculos secretam vrios hormnios sexuais masculinos que so coletivamentechamadosde andrognios, compreendendo a testosterona, diidrotestosterona e androstenodiona.Todavia, a testosterona muito mais abundante que os demais hormnios, a ponto de

    poderser considerada o hormnio testicular fundamental.

    7.3 SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

    Puberdade: os testculos da criana permanecem inativos at que so estimulados entre10 e14 anos pelos hormnios gonadotrficos da glndula hipfise (pituitria).O hipotlamo secreta fatores liberadores dos hormnios gonadotrficos que fazem ahipfiseliberar FSH (hormnio folculo estimulante) e LH (hormnio luteinizante). O FSHestimula aespermatognese pelas clulas dos tbulos seminferos. J o LH estimula a produo detestosterona pelas clulas intersticiais dos testculos e estabelece caractersticas sexuaissecundrias e elevao do desejo sexual.

    7.4 A TESTOSTERONA E OS CARACTERES SEXUAIS MASCULINOS

    A testosterona faz com que os testculos cresam. Ela deve estar presente, tambm,junto como folculo estimulante, antes que a espermatognese se complete.Aps poucas semanas de vida do feto no tero materno, inicia-se a secreo detestosterona.

    Essa testosterona auxilia o feto a desenvolver rgos sexuais masculinos ecaractersticassecundrias masculinas. Isto , acelera a formao do pnis, da bolsa escrotal, da

    prstata,das vesculas seminais, dos ductos deferentes e dos outros rgos sexuais masculinos.Almdisso, a testosterona faz com que os testculos desam da cavidade abdominal para a

    bolsaescrotal. Se a produo de testosterona pelo feto insuficiente, os testculos noconseguemdescer e permanecem na cavidade abdominal.

    A secreo da testosterona pelos testculos fetais estimulada por um hormniochamado

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    gonadotrofina corinica, formado na placenta durante a gravidez. Imediatamente aps onascimento da criana, a perda de conexo com a placenta remove esse feitoestimulador, demodo que os testculos deixam de secretar testosterona. Em conseqncia, ascaractersticas

    sexuais interrompem seu desenvolvimento desde o nascimento at puberdade. Napuberdade, o reaparecimento da secreo de testosterona induz os rgos sexuaismasculinosa retomar o crescimento. Os testculos, a bolsa escrotal e o pnis crescem, ento,aproximadamente 10 vezes.

    7.5 CARACTERES SEXUAIS SECUNDRIOS

    Alm dos efeitos sobre os rgos genitais, a testosterona exerce outros efeitos gerais portodoo organismo para dar ao homem adulto suas caractersticas distintivas. Faz com que os

    ploscresam na face, ao longo da linha mdia do abdome, no pbis e no trax. Origina,

    porm, acalvcie nos homens que tenham predisposio hereditria para ela. Estimula ocrescimentoda laringe, de maneira que o homem, aps a puberdade, fica com a voz mais grave.Estimula, ainda, um aumento na deposio de protenas nos msculos, pele, ossos e emoutras partes do corpo, de maneira que o adolescente do sexo masculino se tornageralmentemaior e mais musculoso do que a mulher. Algumas vezes, a testosterona tambm

    promoveuma secreo anormal das glndulas sebceas da pele, fazendo com que se desenvolva aacne

    ps-puberdade na face.Na ausncia de testosterona, as caractersticas sexuais secundrias no se desenvolvem eoindivduo mantm um aspecto sexualmente infantil.

    Hormnios Sexuais Masculinos

    Glndula - Hormnio - rgo-alvo - Principais aes

    Hipfise FSH e LH testculos estimulam a produo de testosterona pelas clulas deLeydig (intersticiais) e controlam a produo de espermatozides.Testculos Testosterona diversos estimula o aparecimento dos caracteres sexuaissecundrios.Sistema Reprodutor induz o amadurecimento dos rgos genitais, promove o impulsosexual e controla a produo de espermatozides

    7.6 A VIDA SEXUAL ADULTA E O CLIMATRIO MASCULINO

    Aps a puberdade, os hormnios gonadotrpicos so produzidos pela glndula hipfisemasculina pelo resto da vida. A maioria dos homens, entretanto, comea a exibir um

    declniolento das funes sexuais ao final da dcada dos 40 ou dos 50 anos. Um estudo mostrou

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    quea mdia da idade para o trmino das relaes intersexuais era aos 68 anos, apesar dagrandevariao. Este declnio da funo sexual est relacionado com o declnio da secreo detestosterona. A diminuio da funo sexual masculina chamada de climatrio

    masculino.

    7.7 ANORMALIDADES DA FUNO SEXUAL MASCULINA

    A prstata permanece relativamente pequena durante a infncia e comea a crescer napuberdade, sob o estmulo da testosterona. A glndula atinge tamanho quaseestacionrio porvolta dos 20 anos, e no se altera at a idade aproximada dos 50 anos. Nesta poca, emalguns homens, comea a involuir, justamente com a produo diminuda detestosterona

    pelos testculos.

    Um fibroadenoma benigno prosttico freqentemente se desenvolve na prstata demuitoshomens mais velhos, podendo causar obstruo urinria. Esta hipertrofia no causada

    pelatestosterona.O cncer da glndula prosttica uma causa comum de morte, resultando em cerca de 2a3% de todas as mortes masculinas.

    7.8 ORQUITE GRANULOMATOSA (AUTO-IMUNE)

    A orquite granulomatosa no tuberculosa uma causa rara de aumento unilateral dotestculo entre os homens de meia idade. Com freqncia, este aumento de tamanho dotestculo desenvolve-se alguns meses aps traumatismo. Histologicamente, esta orquitecaracterizada por granulomas, que so encontrados tanto nos tbulos seminferos comonotecido conjuntivo intertubular.

    7.9 SFILIS

    O testculo e o epiddimo so lesados tanto na sfilis congnita como na adquirida, mas,quaseinvariavelmente, o testculo o primeiro a ser lesado. s vezes pode haver orquite semepididimite concomitante.Microscopicamente, h dois tipos de reao: a produo de gomas ou uma inflamaointersticial difusa, esta caracterizada por edema, infiltrao de linfcitos e plasmcitos.

    Noscasos incipientes, as gomas podem produzir um aumento nodular e os focos de necrose

    branco-amarelados caractersticos. A reao difusa causa edema e endurecimento.Na evoluo, seja a reao inicial gomosa ou difusa, segue-se uma cicatrizao fibrticaprogressiva, a qual, por sua vez, conduz a uma atrofia tubular considervel e, em alguns

    casos, esterilidade. Geralmente o testculo diminui de tamanho, torna-se plido efibrtico.

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    As clulas intersticiais de Leydig so poupadas e a potncia no est alterada.Entretanto,quando o processo muito extenso, as clulas de Leydig podem ser destrudas,

    produzindo-seperda de libido. A esterilidade ocorre menos freqentemente quando a leso gomosa e

    nodifusa.

    7.10 CNCER DE PRSTATA

    No nosso objetivo neste caderno abordar o tema com profundidade. A idia daruma visogeral para que nosso praticante possa tomar as providncias necessrias assim que tiverumsintoma inquietante.O cncer de prstata (cncer prosttico) o segundo tipo de cncer mais comum entre

    oshomens, depois do cncer de pele, e a segunda causa principal de morte por cncer noshomens, depois do cncer de pulmo.A prstata uma das glndulas sexuais masculinas. uma glndula pequena (dotamanhode uma noz) e produz uma substncia que, juntamente com a secreo da vesculaseminal eos espermatozides produzidos pelos testculos, formam o esperma (smen). Estlocalizadaem cima do reto e embaixo da bexiga. A prstata rodeia a uretra (tubo que leva a urinadesdea bexiga at o pnis). Com o crescimento da prstata aparecem dificuldades em urinar eemmanter relaes sexuais. S os homens possuem prstata e seu desenvolvimento estimulado

    pela testosterona, o hormnio masculino.O cncer de prstata se d com maior freqncia em homens adultos. A prstata seguecrescendo durante toda vida de um homem, e muitos deles, com idades prximas a 60anos,apresentam uma condio chamada hipertrofia prosttica benigna (HPB), muito maiscomum

    que o cncer de prstata. Muitos dos sintomas do HPB so os mesmos do cncer deprstata.Como ocorre em muitos tipos de cncer, a deteco e o tratamento antecipadosaumentam a

    perspectiva de cura. Alm do mais, o cncer de prstata um tipo de cncer que crescelentamente.

    7.11 SINTOMAS DO CNCER DE PRSTATA

    No seu estgio mais inicial, o cncer de prstata pode no produzir sintomas. Com ocrescimento do tumor, nota-se certos sintomas como:

    Dificuldades em comear e terminar de urinar. Reduzido jato da urina.

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    Gotejo no final da urinao. Mico dolorosa. Urinar pouca quantidade de cada vez e freqentemente, especialmente noite. Ejaculao dolorosa. Sangue na urina.

    Incapacidade de urinar. Dores contnuas.

    8. AS GLNDULAS SEXUAIS OU GNADAS FEMININAS

    8.1 OS OVRIOS

    Os ovrios so os centros endcrinos e germinativos da mulher, e a caracterizam comotal. O carter cclico da natureza e da fisiologia feminina tpico. Todas as aescclicasestrognicas e/ou estrognico-progesternicas geram inmeras transformaes tambm

    cclicas nos rgos sexuais da mulher [genitlia e mamas), em sua fisiologia e em outrossetores do seu corpo.O funcionamento das gnadas femininas est sob o controle do sistemahipotlamohipofisrio(com o qual elas interagem em regime de feedback) e tambm de fatoresintraovarianosespecficos. Estes ltimos, entre outras aes, modulam a capacidade deresposta dos ovrios s gonadotrofinas hipofisrias, que so o FSH [hormnio folculoestimulante) e o LH [ hormnio luteinizante).Resumidamente, podemos dizer que a fisiologia das gnadas femininas depende dasaesdas gonadotrofinas hipofisrias, dos prprios hormnios sexuais por elas produzidos edefatores reguladores intra-ovarianos ainda mal conhecidos.

    8.2 O ESTROGNIO E A PROGESTERONA

    A trajetria biolgica de tudo o que no corpo da mulher caracteristicamente femininodeterminada pela trajetria biolgica dos ovrios ao longo da vida, uma vez que eles soa

    fonte bsica dos estrognios - os principais hormnios da feminilidade ao nvelsomtico.Assim, inegvel que, durante a maior parte da vida da mulher, as suas gnadas somuitomais importantes como produtoras de estrognios (e tambm de progesterona) do que devulos.A maior parte do volume dos ovrios se deve camada cortical, que a camadafuncional

    propriamente dita. nela que, em meio a um estroma conjuntivo tambm dotado decertacapacidade endcrina, se encontram os folculos ovarianos, que so as unidades

    funcionaisbsicas das gnadas femininas. Aps a ovulao, tambm em decorrncia do pico

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    ovulatriode LH, as clulas granulosas e tecais passam por acentuadas modificaes morfolgicasefuncionais, dando origem ao corpo lteo.

    Pouqussimos so os folculos que atingem o pleno desenvolvimento, conseguindoproduziraltos nveis de estrognios, ovular e luteinizar-se. A imensa maioria deles estcondenada regresso e ao desaparecimento atravs do processo da atresia* ou morte folicular antesmesmo de completarem os primeiros estgios do seu crescimento. Como a formao denovosfolculos impossvel ao longo da vida da mulher, o fenmeno da atresia folicular vaigradualmente levando ao esgotamento das gnadas femininas - esgotamento este que secompleta em torno dos 50 anos, culminando com a menopausa.Assim, os rgos que so os centros endcrinos e germinativos da mulher esto

    paradoxalmente condenados ao esgotamento e envelhecimento precoce. Em decorrnciada

    privao estrognica ps-menopusica, todos os rgos e tecidos estrognio-dependentes docorpo da mulher entram em atrofia.Os estrognios podem ser vistos como a principal manifestao endcrina do ladoafrodisacoda mulher, uma vez que so eles os responsveis pela maturao sexual da mesma e

    pelotrofismo e boa forma de tudo o que no seu corpo tipicamente feminino. A

    progesterona, parte a sua fundamental importncia na fisiologia ginecolgica e no equilbrioendcrinofeminino, de certa forma pode ser vista como mais relacionada ao lado maternal damulher.J os andrognios, precursores bioqumicos dos estrognios, podem ser relacionados aoobscuro componente masculino da mulher.*Atresia folicular - processo fisiolgico atravs do qual a maioria dos folculosovarianosentram em regresso, morrem e desaparecem ao longo dos vrios estgios do seucrescimento.

    8.3 HORMNIOS SEXUAIS FEMININOS

    Os dois hormnios ovarianos, o estrognio e a progesterona, so responsveis pelodesenvolvimento sexual da mulher e pelo ciclo menstrual. Esses hormnios, como oshormnios adrenocorticais e o hormnio masculino testosterona, so ambos compostosesterides, formados, principalmente, de um lipdio, o colesterol. Os estrognios so,realmente, vrios hormnios diferentes chamados estradiol, estriol e estrona, mas quetmfunes idnticas e estruturas qumicas muito semelhantes. Por esse motivo, soconsiderados juntos, como um nico hormnio.

    8.4 FUNES DO ESTROGNIO

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    O estrognio induz as clulas de muitos locais do organismo a proliferar, isto , aaumentarem nmero. Por exemplo, a musculatura lisa do tero aumenta tanto que o rgo, aps a

    puberdade, chega a duplicar ou mesmo a triplicar de tamanho. O estrognio tambmprovoca

    o aumento da vagina e o desenvolvimento dos lbios que a circundam, faz o pbis secobrir deplos, os quadris se alargarem e o estreito plvico assumir a forma ovide, em vez deafunilada como no homem. Provoca tambm o desenvolvimento das mamas e a

    proliferaodos seus elementos glandulares, e, finalmente, leva o tecido adiposo a concentrar-se, namulher, em reas como os quadris e coxas, dando-lhes o arredondamento tpico do sexo.Em resumo, todas as caractersticas que distinguem a mulher do homem ocorrem emfunodo estrognio e a razo bsica para o desenvolvimento dessas caractersticas oestmulo

    proliferao dos elementos celulares em certas regies do corpo. O estrognio tambmestimula o crescimento de todos os ossos logo aps a puberdade, mas promove rpidacalcificao ssea, fazendo com que as partes dos ossos que crescem se extingamdentro de

    poucos anos, de forma que o crescimento, ento, pra. A mulher, nessa fase, cresce maisrapidamente que o homem, mas pra aps os primeiros anos da puberdade. J o homemtem32um crescimento menos rpido, porm mais prolongado, de modo que ele assume umaestatura maior que a da mulher, e, nesse ponto, tambm se diferenciam os dois sexos.O estrognio tem efeitos muito importantes no revestimento interno do tero, oendomtrio, eno ciclo menstrual.

    8.5 FUNES DA PROGESTERONA

    A progesterona tem pouco a ver com o desenvolvimento dos caracteres sexuaisfemininos.Est principalmente relacionada com a preparao do tero para a aceitao do embrioe

    preparao das mamas para a secreo lctea.

    Em geral, a progesterona aumenta o grau da atividade secretria das glndulasmamrias e,tambm, das clulas que revestem a parede uterina, acentuando o espessamento doendomtrio e fazendo com que ele seja intensamente invadido por vasos sangneos.Determina, ainda, o surgimento de numerosas glndulas produtoras de glicognio.Finalmente, a progesterona inibe as contraes do tero e impede a expulso do embrioimplantado ou do feto em desenvolvimento.

    8.6 SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

    A hipfise anterior das meninas, como a dos meninos, no secreta praticamente nenhum

    hormnio gonadotrpico at idade de 10 a 14 anos. Entretanto, por essa poca,comea a

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    secretar dois hormnios gonadotrpicos.No inicio, secreta principalmente o hormnio folculo-estimulante (FSH), que inicia avidasexual na menina em crescimento. Mais tarde, secreta o hormnio luteinizante (LH),que

    auxilia no controle do ciclo menstrual.

    8.7 O HORMNIO FOLCULO-ESTIMULANTE

    Causa a proliferao das clulas foliculares ovarianas e estimula a secreo deestrgeno,levando as cavidades foliculares a desenvolverem-se e a crescer.

    8.8 O HORMNIO LUTEINIZANTE

    Aumenta ainda mais a secreo das clulas foliculares, estimulando a ovulao.

    8.9 CICLO MENSTRUAL

    O ciclo menstrual na mulher causado pela secreo alternada dos hormniosfolculoestimulantee luteinizante pela hipfise anterior (adenohipfise), e a secreo dos estrogniose progesterona pelos ovrios. O ciclo de fenmenos que induzem essa alternncia tem aseguinte explicao:1- No comeo do ciclo menstrual, isto , quando a menstruao se inicia, a hipfiseanteriorsecreta maiores quantidades de hormnio folculo-estimulante juntamente com

    pequenasquantidades de hormnio luteinizante. Juntos, esses hormnios promovem ocrescimento dediversos folculos nos ovrios e acarretam uma secreo considervel de estrognio(estrgeno).2- Acredita-se que o estrognio tenha, ento, dois efeitos seqenciais sobre a secreodahipfise anterior. Primeiro, inibiria a secreo dos hormnios folculo-estimulante eluteinizante, fazendo com que suas taxas declinassem a um mnimo por volta do dcimodia

    do ciclo. Depois, subitamente, a hipfise anterior comearia a secretar quantidadesmuitoelevadas de ambos os hormnios, mas principalmente do hormnio luteinizante. essafasede aumento sbito da secreo que provoca o rpido desenvolvimento final de um dosfolculos ovarianos e a sua ruptura dentro de cerca de dois dias.3- O processo de ovulao, que ocorre por volta do dcimo quarto dia de um ciclonormal de28 dias, conduz ao desenvolvimento do corpo lteo ou corpo amarelo, que secretaquantidades elevadas de progesterona e quantidades considerveis de estrognio.4- O estrognio e a progesterona secretados pelo corpo lteo inibem novamente a

    hipfiseanterior, diminuindo a taxa de secreo dos hormnios folculo-estimulante e

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    luteinizante.Sem esses hormnios para estimul-lo, o corpo lteo involui, de modo que a secreo deestrognio e progesterona cai para nveis muito baixos. nesse momento que amenstruaose inicia, provocada por esse sbito declnio na secreo de ambos os hormnios.

    5- Nessa ocasio, a hipfise anterior, que estava inibida pelo estrognio e pelaprogesterona,comea a secretar outra vez grandes quantidades de hormnio folculo-estimulante,iniciandoum novo ciclo. Esse processo continua durante toda a vida reprodutiva da mulher.

    8.10 MENOPAUSA

    Na maioria das mulheres, esse perodo de declnio estrognico acompanhado porreaes vaso-motoras, alteraes de temperamento e mudanas na composio da

    pele e do corpo. 0corre tambm aumento da gordura corporal e diminuio da massa

    muscular. A queda nos nveis de estrognio seguida por uma alta incidncia dedoenas cardiovasculares, perda de massa ssea e falhas no sistema cognitivo.A Terapia de Reposio Hormonal (TRP) mostrou-se dbia. Foram registrados riscoscom reposio efetuada com estrgenos sintticos e progestinas. No entanto, hgrande aceitao mdica com a progesterona natural em forma de creme transdrmico

    para tratar dos males decorrentes do desequilbrio hormonal. A progesterona naturalvia transdrmica no apresenta efeitos colaterais quando usada em doses fisiolgicas.

    Mais informaes:Livros What your doctor may not tell you about menopause DR. John R. Lee.

    Wsarner Books, 1996.

    Internet: www.johnleemd.com Site do Dr. John Lee, em ingls.

    www.novatrh.cjb.net

    EXERCCIOS ESPECFICOS PARA AS GNADAS

    EXERCCIO 1 [Massagem circular sobre o osso do pbis]

    Inicie uma massagem circular com os dedos. No homem,o ponto est localizado logo abaixo do osso pbico, na raiz do

    pnis. Na mulher, a localizao sobre o Monte de Vnus, no

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    osso pubiano. Coloque os dedos de ambas as mos no ponto indicado ecomece a massage-lo.

    EXERCCIO 2 [Massagem circular no cccix]

    A seguir, localize com as mos o ponto correspondente aocccix, no fim da coluna vertebral. (No localize muito abaixo,

    pode ser dolorido). Comece uma massagem neste ponto com as mos, umasobre a outra [ver fig.], exercendo uma presso circular sobre

    o ponto. Em seguida, faa um movimento horizontal, para cima epara baixo.Observe as sensaes que surgem quando estes pontosso tocados.

    EXERCCIO 3 [Palmadas nos glteos]

    Com as pernas separadas, leve as mos at os glteos ed palmadas vigorosas na regio do meio de cada glteo.Comece com as mos espalmadas. Depois, d as palmadas com o dorso das mos. Continue

    o movimento alternando as palmadas com as mosespalmadas e dorso das mos.

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    Permanea sensvel vibrao das palmadas e nocontraia os glteos.

    Sinta a vibrao na regio do perneo (entre os genitais e onus). As mulheres devem procurar sentir os ovrios e teroe os homens, os testculos. A cada massagem procureaprimorar a sensao das glndulas sexuais, sua localizaoe tamanho.

    EXERCCIO 4 [Batidinhas no baixo ventre]

    Com as mos em punho, aplique soquinhosna regio do baixo ventre.

    EXERCCIO 5 [Movimento horizontal e circular com as mos sobre a pelve]

    Faa movimentos circulares com as palmas das mos sobre aregio plvica e depois continue fazendo movimentos

    horizontais. Este exerccio produz disposio, energia e brilho da pele.

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    EXERCCIO 6 [Giro do tronco]

    Com os ps unidos, comece a girar o tronco circularmente. Leve aateno ao perneo, sinta-o e imagine que est traando um crculocom esta regio (entre os genitais e o nus).

    AS 4 POSIES FINAIS

    POSIO 1

    Posicione o tronco, de forma que fique ereto. Solte bem os braos e comecelentamente aabaixar o tronco em direo ao solo. Deixe a cabea pendente, solta; completamentesolta.Quando as mos tocarem os tornozelos, faa um esforo de visualizao e sensao,realizando um percurso mental e visualizando uma onda de energia saindo da regio do

    perneo, dirigindo-se em direo s glndulas sexuais (ovrios, tero, testculos),passandopelas supra-renais, pncreas, timo, tireide, hipfise, at chegar na glndula pineal.Esta prtica tem um efeito meditativo e de desligamento do mundano.

    Neste trajeto, o calor vai passando de uma glndula para outra. As glndulassexuais so a me do sistema hormonal, executando o seu papel de alimentar todas asoutras. Todas as glndulas esto sendo irrigadas pela conscincia e pela energia vital. Uma vez que esta energia vinda do perneo visite todas as glndulas at a pineal,

    permitaque ela mude de direo. Recomece descendo, mudando o itinerrio: partindo da pinealat chegar ao perneo. Permanea um tempo nesta posio, imaginando e sentindo esta energia como um riocaudaloso e circular. Aps um tempo, desfaa a posio subindo o tronco aos poucos, bem devagar. Porltimo,

    erga a cabea.

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    POSIO 2 [Pndulo]

    1 2 3 4 Em p, com as pernas separadas e

    joelhos flexionados, impulsione o tronco

    inclinando-o moderadamente frente ebata as mos levemente nos joelhos,imitando um pndulo. A seguir, impulsione otronco para trs, levandoos braos naturalmente

    para trs e batendo asmos na parte posteriordos joelhos.

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    Faa de forma solta e relaxada, procure evitarmovimentos de sobe e desce com as pernas, elas

    permanecem flexionadas. S o tronco e os braos semovimentam.

    9 10 11Assim que dominar este movimento de pndulo, comece visualizar as glndulas, asenti-las e localiz-las. A partir disto, inicie a visualizao da onda de energia potenteque se desloca do perneo e glndulas sexuais para as supra-renais, inundando deenergia as supra-renais, envolvendo o pncreas, invadindo o timo, penetrando natireide, tomando a hipfise e acumulando-se na pineal.

    POSIO 3 [Movimento da Tartaruga]

    Este um movimento muito sofisticado. A imagens da seqncia completaencontram-sena pgina seguinte. Recomendamos que voc faa uma leitura atenta da descrio domovimento e em seguida confira a seqncia das fotos em todos os seus detalhes.

    Em p, pernas ligeiramente separadas, gire o tronco para a direita e d um passo frente

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    com a perna direita, esta ficar flexionada sem ultrapassar a linha do joelho.Observe a posio dos ps nas figuras.

    A perna esquerda acompanha o movimento, posicionando-se esticada para manter oequilbrio do corpo. O peso do corpo incide sobre a perna direita.Observe o p esquerdo, no permita que este se abra demais, os calcanhares nodevemsair do cho. Faa agora exatamente o mesmo movimento, girando o tronco para a esquerda. Ainteno treinar a movimentao lateral. Procure um ritmo natural. Colocao dos braosAo girar o tronco para a direita posicione as mos em cruz, a mo direita por baixo e a

    esquerda por cima. Desloque o brao direito frente mantendo a palma da mo direitavoltada para cima, como oferecendo algo, enquanto o brao esquerdo acompanhanaturalmente o movimento.

    Acompanhe as mos com o olhar ao estender o tronco para frente e para a direita.Assim que os braos se estenderem de forma justa, vire as palmas das mos para cima einicie um movimento lento para cima, descrevendo uma figura circular em frente ao

    tronco

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    como se trouxesse a energia para si. O tronco se projeta para cima e para trs,moderadamente, para descrever o crculo. Mantenha as plantas dos ps no cho.

    Ao chegar com o tronco para trs e com as mos prximas altura da fronte, inicie

    ummovimento circular de descida dos braos e tronco. Prolongue o movimento circular atchegar com as mos novamente altura da fronte. Em seguida vire a palma das mos

    para frente com os dedos bem relaxados, e imediatamente volte a descer o tronco,sempredescrevendo um movimento circular.

    Deixe os braos e mos bem relaxados, nada se contrai, todos os msculos ficamdescontrados. O movimento deve ser ininterrupto e fludo. Quando o tronco chegar novamente frente na linha do joelho flexionado, comece avirar

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