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0 UNIVERSIDADE DO CONTESTADO - UnC CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS JÉSSICA DAIANI FERRAZ DOS SANTOS AS INFLUÊNCIAS DAS IFRS (INTERNATIONAL FINANCIAL REPORTING STANDARDS) SOBRE A CONTABILIDADE GERENCIAL CONCÓRDIA 2012

As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

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UNIVERSIDADE DO CONTESTADO - UnC CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

JÉSSICA DAIANI FERRAZ DOS SANTOS

AS INFLUÊNCIAS DAS IFRS ( INTERNATIONAL FINANCIAL REPORTING STANDARDS) SOBRE A CONTABILIDADE GERENCIAL

CONCÓRDIA 2012

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JÉSSICA DAIANI FERRAZ DOS SANTOS

AS INFLUÊNCIAS DAS IFRS ( INTERNATIONAL FINANCIAL REPORTING STANDARDS) SOBRE A CONTABILIDADE GERENCIAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência para obtenção do título de bacharel, do Curso de Ciências Contábeis, ministrado pela Universidade do Contestado – UnC, sob Orientação Específica do Professor Fernando Maciel Ramos e Orientação Metodológica da Professora Cristiane Zucchi.

CONCÓRDIA 2012

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AS INFLUÊNCIAS DAS IFRS ( INTERNATIONAL FINANCIAL REPORTING STANDARDS) SOBRE A CONTABILIDADE GERENCIAL

JÉSSICA DAIANI FERRAZ DOS SANTOS

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi submetido ao processo de avaliação para a obtenção do Título de:

Bacharel em:

Ciências Contábeis

E aprovado na sua versão final em 14 de Dezembro de 2012, atendendo às normas de legislação vigentes da Universidade do Contestado e Coordenação do Curso de Ciências Contábeis.

_________________________________________ Fernando Maciel Ramos

Avaliadores:

________________________ Cristiane Zucchi

________________________

Gladenir Andrades

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Aos meus pais Marili e Nilson, meu esposo

Marcos e aos meus irmãos Jhones e Whitner,

dedico tudo, sem eles nada teria sido feito, são

a base para minha existência e minhas

conquistas.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, nosso criador, pelo dom da vida, pelo seu

imenso amor e por permitir renovar, a cada momento, minha força e disposição para

enfrentar mais um obstáculo.

Aos meus pais, Marili e Nilson, por serem a razão de todas as conquistas e

superação dos obstáculos já vividos, pelo amor e carinho dedicados, pelos esforços

sempre buscando minha felicidade e por todos os ensinamentos transmitidos para

que eu me tornasse a pessoa que sou hoje, obrigada por tudo.

Meus irmãos Jhones e Whitner, pois são as pessoas essenciais da minha

vida, meus eternos amigos que, de alguma forma especial deram força e coragem

para mais uma vitória, obrigada por tudo já vivenciado juntos.

Ao meu esposo, um agradecimento especial, pelo maior incentivo e apoio

para cursar a graduação de contábeis, pela ajuda e esforço durante toda a coleta de

dados, pela sua paciência e compreensão nos momentos de ausência, momentos

de estresse e dificuldades, pelas vitórias conquistadas juntos até o momento, por

todo o carinho para tornar meus dias mais felizes, Marcos obrigada, meu amor.

Às Instituições de ensino, UNOESC e UNC, por oferecerem, na medida do

possível, o melhor do seu ensino, por todo auxílio disponibilizado e pelo acolhimento

quando de minha necessidade, a todos os meus excelentes professores, pelo

conhecimento e experiências transmitidas e por toda contribuição destinada para a

minha formação profissional, não há conhecimento sem vocês.

Ao meu querido orientador Fernando Ramos, pela coragem em enfrentar esta

barreira, abordando um tema tão atual, pela sua sabedoria, paciência em

atendimentos especiais, enfim por tudo, recebe meus méritos pelo auxílio e

desenvolvimento deste trabalho.

As minhas ex-colegas e amigas Vani, Eliane, Wanessa e Jéssica, por terem

feito parte desta caminhada, as minhas queridas colegas e amigas hoje, Aline,

Daniele, Simone e Fernanda, pelas experiências divididas, risos e tristezas, aos

demais colegas e aos verdadeiros amigos que mesmo não estando aqui, serão

sempre lembrados.

Por fim, agradeço a todos que, direta ou indiretamente, contribuíram de

alguma maneira para que eu esteja hoje realizando minha monografia. Muito

obrigada!

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“O sucesso nasce do querer, da determinação

e persistência em se chegar a um objetivo.

Mesmo não atingindo o alvo, quem busca e

vence obstáculos, no mínimo fará coisas

admiráveis."

(José de Alencar)

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RESUMO

Atualmente a contabilidade se encontra diante de um novo cenário de grandes mudanças e desafios ocasionados pelas novas normas e procedimentos contábeis. O desenvolvimento dos mercados e o crescimento da globalização estabeleceram a importância da harmonização contábil em relação à elaboração e apresentação das demonstrações. No decorrer do estudo abordar-se-á a harmonização contábil e seus aspectos, os órgãos regulamentadores das novas normas contábeis, nacionais e internacionais e a relação entre contabilidade financeira e contabilidade gerencial. Objetivou-se apresentar as vantagens e desvantagens das IFRS e o cenário onde estas podem modificar, influenciar e facilitar a estruturação da contabilidade gerencial, bem como sua relevância perante os novos padrões, os quais visam atender não somente o fisco, mas aos demais usuários da contabilidade. Para alcançá-lo, utilizou-se de pesquisa de caráter exploratório, com suporte de pesquisa bibliográfica, construída através da coleta de dados e elaborada a análise por meio de questionário. Foram enviados 36 questionários, dos quais cerca de 40% retornaram. Identificou-se de acordo com as respostas que ocorreram muitos benefícios pelo fato de que os usuários da contabilidade necessitam de qualidade nos dados gerados pelos demonstrativos, assim conforme as evidências obtidas ocorreram: maior transparência nos demonstrativos, informações mais fidedignas e úteis a investidores estrangeiros. Foram elencadas também as dificuldades como: falta de capacitação dos profissionais para adaptação momentânea, cursos oferecidos após a adoção, sistemas contábeis não habilitados para a padronização, dentre outros. Os resultados alcançados poderão contribuir para o ensino e aprendizagem de contabilidade no contexto das normas internacionais. Palavras – Chave: Contabilidade, harmonização contábil, demonstrações contábeis.

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ABSTRACT

Actually the accounting is facing of a new scenario of major changes and challenges brought about by new accounting standards and procedures. The development of the markets and the growth of the globalization established the importance of harmonizing accounting in relation to the preparation and presentation of financial statements. During the study will address the harmonization and accounting and it aspects, the regulators of new accounting standards, national and international and the relationship between financial accounting and managerial accounting. The objective was to present the advantages and disadvantages of the IFRS and the scene where they can modify, influence and facilitate the structuring of management accounting and its relevance towards the new standards, which aim to meet not only the tax, but to other users of accounting . To achieve this, we used an exploratory research, supporting literature, built through data collection and analysis prepared by questionnaire. 36 questionnaires were sent, of which about 40% returned. It was identified according to the responses that occurred many benefits from the fact that users need quality accounting data generated by statements, as well as evidence obtained were: greater transparency in the statements, more reliable and useful information to investors. Difficulties also were listed as: lack of professional training for adaptation momentary courses offered after the adoption, accounting systems not enabled standardization, among others. The results may contribute to teaching and learning in the context of accounting standards. Key - words: Accounting, accounting harmonization, financial statements.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 9

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................... .................................................. 11

2.1 CONTABILIDADE FINANCEIRA ......................................................................... 11

2.1.1 Técnicas Contábeis .......................................................................................... 13

2.1.2 Organismos Contábeis ..................................................................................... 16

2.1.2.1 International Financial Reporting Standards (IFRS) ...................................... 18

2.1.2.2 International Accounting Standards Board (IASB) ......................................... 21

2.1.2.3 Financial Accounting Standards Board (FASB) ............................................. 23

2.1.2.4 International Accounting Standard (IAS) ....................................................... 24

2.1.2.5 Comitê de Pronunciamentos Técnicos (CPC) ............................................... 25

2.1.1.6 Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e Conselho Regional de

Contabilidade (CRC) ................................................................................................. 26

2.1.2.7 Comissão de Valores Mobiliários do Brasil (CVM) ........................................ 27

2.1.2.8 Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON) ........................ 29

2.1.2.9 Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de

Capitais (APIMEC) .................................................................................................... 30

2.1.2.10 Associação Brasileira das Companhias Abertas (ABRASCA) ..................... 31

2.1.2.11 Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras

(FIPECAFI)................................................................................................................. 32

2.2 CONTABILIDADE GERENCIAL .......................................................................... 34

2.2.1 Ferramentas da Contabilidade Gerencial ......................................................... 35

2.2.3 Relação entre a Contabilidade Gerencial e Contabilidade Financeira ............. 37

2.3 HARMONIZAÇÃO CONTÁBIL ............................................................................ 39

2.3.1 Aspectos da Harmonização Contábil no Brasil ................................................. 41

2.3.2 Vantagens e Desvantagens ............................................................................. 42

2.3.3 Cronograma da Harmonização ........................................................................ 43

3 METODOLOGIA ..................................... ............................................................... 46

4 RESULTADOS ...................................... ................................................................. 48

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................ ....................................................... 61

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 63

APÊNDICES ............................................................................................................. 71

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1 INTRODUÇÃO

A contabilidade é reconhecida como um importante instrumento para a

elaboração de demonstrações contábeis transparentes, confiáveis e que são

capazes de gerar informações úteis para o auxílio à tomada de decisão.

As novas normas internacionais de contabilidade, conhecidas como IFRS,

têm como objetivo unificar as normas contábeis e determinar a clareza e a

credibilidade na elaboração de demonstrações financeiras, fornecendo informações

úteis sobre a posição financeira e o resultado das entidades contribuindo, desta

maneira, com a tomada de decisão.

O processo de convergência e padronização é de extrema importância para

todas as empresas e, como conseqüência, possibilita a todos os usuários da

contabilidade, nacionais e internacionais, uma análise clara das informações

prestadas nos demonstrativos contábeis.

Diante do exposto, o presente trabalho se ocupará da seguinte problemática:

Quais as influências das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial?

O desenvolvimento dos mercados e o crescimento da globalização

estabeleceram a importância da harmonização contábil, sendo que estas

padronizações de normas vêm alterando a essência dos lançamentos contábeis, as

estruturas das demonstrações e a apresentação das mesmas.

Sendo assim, este trabalho tem por objetivo geral identificar as influências das

IFRS da Contabilidade Financeira sobre a Contabilidade Gerencial.

Desta forma, para se chegar ao objetivo geral propôs-se os objetivos

específicos:

a) Conceituar contabilidade financeira e gerencial, descrevendo suas diferenças;

b) Descrever todo o processo das normas IFRS, os órgãos competentes e a

harmonização contábil no Brasil;

c) Identificar as vantagens e desvantagens das IFRS diante da contabilidade

gerencial;

A estruturação do trabalho está dividida em cinco capítulos. No primeiro

capítulo são apresentados os aspectos introdutórios, destacando o problema, a

justificativa, os objetivos gerais e específicos. No segundo é efetuada a

fundamentação teórica sobre o tema abordado. O terceiro evidencia os

procedimentos metodológicos. No quarto será realizada a análise e o diagnóstico

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dos dados obtidos através do questionário aplicado na população o qual visa

identificar as influências das IFRS. No quinto e ultimo capítulo é evidenciada a

conclusão deste trabalho, as referências e apêndices.

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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo serão abordados os conceitos de Contabilidade Financeira e

Contabilidade Gerencial e a relação entre ambas, as técnicas contábeis, os

organismos contábeis internacionais e nacionais responsáveis pelo processo de

convergência das novas normas contábeis, as ferramentas da contabilidade

gerencial, serão atingidos também os aspectos principais da harmonização contábil,

seus conceitos e objetivos, as vantagens e desvantagens da padronização universal

e por fim o cronograma da harmonização, relatando a evolução da padronização nos

últimos anos.

2.1 CONTABILIDADE FINANCEIRA

A Contabilidade Financeira ou então, contabilidade para usuários externos, é

parte integrante da contabilidade geral, sendo responsável pela elaboração e

divulgação das informações contábeis de uma organização e que são direcionadas

aos usuários externos como acionistas, investidores potenciais, governo, fisco,

bancos, credores, entre outros (WANDERLEY, 2009, p. 1).

Para Santos; Schmidt (2002, p.7), “a Contabilidade Financeira fornece

informações objetivas, precisas e direcionadas por regras e princípios fundamentais

da contabilidade e autoridades governamentais.”

Padoveze (2000, p.31), afirma também que “a Contabilidade Financeira é

relacionada com o fornecimento de informações para os acionistas, credores e

outros que estão de fora da organização”.

Carvalho; Lemes; Costa (2009, p.9), consideram a Contabilidade Financeira

como societária e acreditam que ela é a “janela da empresa para o mundo,

principalmente, (não apenas), para acionistas e credores”.

“A Contabilidade Financeira ou EXTERNA refere-se a recursos financeiros,

obrigações e atividades da entidade legal. Sua informação é destinada, a priori, a

orientar investidores e credores ao decidirem aonde alocar seus recursos”

(SZUSTER; CARDOSO; SZUSTER, 2007, p.18).

Atkinson et al. (2000 apud MIOTTO; LOZECKYI, 2008 p. 3-4), expõem que:

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Contabilidade financeira lida com a elaboração e a comunicação de informações econômicas de uma empresa, dirigidas a uma clientela externa: acionistas, credores (bancos, debenturistas e fornecedores), entidades reguladoras e autoridades governamentais tributárias. A informação contábil financeira comunica aos agentes externos as consequências das decisões e das melhorias dos processos, executadas por administradores e funcionários. O processo contábil financeiro está restrito aos requisitos e a elaboração de relatórios por parte das autoridades regulamentadoras externas.

De acordo com Wanderley (2009, p. 1), no Brasil, as principais referências

que temos em relação à Contabilidade Financeira vêm dos órgãos reguladores,

como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Assim, conforme a Comissão de Valores Mobiliários - CVM, a deliberação nº

29/86, o objetivo da contabilidade financeira é:

Permitir a cada grupo de usuários a avaliação da situação econômica e financeira da entidade num sentido estático, bem como fazer inferências sobre tendências futuras. Para consecução desse objetivo é preciso que as empresas dêem ênfase à evidenciação de todas as informações que permitam não só a avaliação da sua situação patrimonial e das mutações desse patrimônio, mas, além disso, que possibilitem a realização de inferências sobre o seu futuro.

Para a Lacerda; Gomes (2011, p. 5), a Contabilidade Financeira tem por

objetivo: "coletar dados das transações econômico-financeiras que afetam o

patrimônio da entidade, classificá-los e registrá-los, fornecendo informações

importantes em forma de relatórios".

Desta maneira, as informações geradas através da Contabilidade Financeira

objetivam demonstrar, através de relatórios, os resultados econômico-financeiros,

patrimonial e o desempenho da gestão nas empresas com a preocupação em

atender a obrigatoriedade dos usuários externos, visando sempre estar de acordo

com os princípios contábeis e a legislação pertinente (LAURENTINO et al., 2008,

p.24).

Evidenciando a importância dos relatórios financeiros Santos; Schmidt;

Fernandes (2006, p.39), afirmam:

O objetivo dos relatórios financeiros é o de fornecer informação considerando a posição financeira, o desempenho e as mudanças na posição financeira da entidade, para um amplo conjunto de usuários, capacitando-os para a tomada de decisões econômicas e racionais.

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Neste sentido verifica-se a importância da Contabilidade Financeira, pois é

através da elaboração das demonstrações financeiras que são relatadas a posição

financeira de uma entidade e qualquer que seja as mudanças, o seu desempenho e

também o resultado da atuação dos gestores sendo, desta forma, uma fonte de

informações para o auxílio a uma tomada de decisão econômica (NORMAS

INTERNACIONAIS DE RELATÓRIO FINANCEIRO, 2008, p.69).

Diante do exposto, resume-se que a contabilidade financeira busca

demonstrar, através de relatórios a situação econômico-financeira, patrimonial e o

desempenho da gestão nas organizações, tomando por apoio suas informações já

incorridas, atendendo desta maneira, os usuários externos.

2.1.1 Técnicas Contábeis

As técnicas contábeis são conhecidas como os métodos utilizados para o

registro da escrituração, elaboração das demonstrações contábeis, análise da

consistência e qualidade dos lançamentos e das demonstrações e o estudo em que

se comparam as demonstrações para identificar a posição econômico-financeira das

entidades (CREPALDI, 2010, p.12).

De acordo com Martins (2005, p.5), a contabilidade utiliza as seguintes

técnicas contábeis:

1. Escrituração;

2. Demonstrações Contábeis;

3. Auditoria; e

4. Análise de Balanços

A escrituração é a técnica pela qual são registrados os fatos administrativos

que ocorrem no patrimônio. Destaca-se que a escrituração é um meio que permite,

através dos fatos ocorridos, a elaboração de demonstrações capazes de constituir a

posição da riqueza patrimonial das entidades (CREPALDI, 2010, p.13).

A escrituração contábil é a primeira técnica utilizada pelo profissional contábil

e a mais importante, pelo fato que parte dela o desenvolvimento das demais

técnicas (QUEIROZ, 2012, p.1).

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Crepaldi (2010, p.107), ainda destaca que: “o registro de cada fato

administrativo chama-se lançamento. Os lançamentos são efetuados nos livros

contábeis, tais como Livro Diário, Livro Razão, Livro Caixa etc.”.

O método fundamental da escrituração contábil é o método das partidas

dobradas, que foi desenvolvido pelo Frei Luca Paccioli em 1494, este método é

utilizado universalmente na contabilidade. O método pressupõe que todo

lançamento deve ter sua contrapartida, ou seja, para cada débito deverá existir um

crédito de mesmo valor, ou vice-versa (QUEIROZ, 2012, p. 1).

Segundo a essência do método, hoje universalmente aceito, o registro de qualquer operação implica que a um débito ou a mais de um débito, numa ou mais contas, deve corresponder um crédito equivalente em uma ou mais contas, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual à soma dos valores creditados (IUDICIBUS, 2009 apud MOURA, 2011, p.17).

Desta forma, como mencionado pelo autor Crepaldi, é a partir da escrituração

contábil que é possível elaborar as demonstrações e as demais técnicas contábeis.

“As demonstrações contábeis são uma representação estruturada da

posição patrimonial e financeira e do desempenho da entidade” (CPC 26 (R1), 2011,

p. 6).

As demonstrações contábeis são relatórios extraídos da contabilidade, após o registro de todos os documentos que fizeram parte do sistema contábil de qualquer entidade (empresa) em um determinado período. Essas demonstrações servirão para expressar a situação patrimonial da empresa, auxiliando assim os diversos usuários no processo de tomada de decisão (RIBEIRO, 2005, p.140).

Para o Conselho Federal de Contabilidade - CFC (2010, p.8), “o objetivo das

demonstrações contábeis é oferecer informação sobre a posição financeira (balanço

patrimonial), o desempenho (demonstração do resultado) e fluxos de caixa da

entidade, que seja útil aos usuários para a tomada de decisões econômicas”.

A Lei 11.638/07, em seu Art. 176, relata sobre a elaboração das

demonstrações financeiras e dispõe sobre o conjunto destas que precisa ser

apresentado:

Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:

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I - balanço patrimonial; II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; III - demonstração do resultado do exercício; IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007; V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007).

Para o CPC 26 – R1 (2011, p.7), que dispõe sobre a Apresentação das

Demonstrações Contábeis identifica como o conjunto completo de demonstrações:

(a) balanço patrimonial ao final do período; (b1) demonstração do resultado do período; (b2) demonstração do resultado abrangente do período; (c) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período; (d) demonstração dos fluxos de caixa do período; (e) notas explicativas, compreendendo um resumo das políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas; (f) balanço patrimonial do início do período mais antigo, comparativamente apresentado, quando a entidade aplica uma política contábil retrospectivamente ou procede à reapresentação retrospectiva de itens das demonstrações contábeis, ou ainda, quando procede à reclassificação de itens de suas demonstrações contábeis; e (g) demonstração do valor adicionado do período, conforme Pronunciamento Técnico CPC 09, se exigido legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo se apresentada voluntariamente.

Portanto, de um modo geral, as demonstrações financeiras ou contábeis,

visam relatar a situação financeira da empresa auxiliando, desta maneira, na tomada

de decisão.

A análise de balanços permite decompor, comparar e interpretar as

demonstrações, oferecendo dados analíticos e interpretação sobre os componentes

do patrimônio e sobre os resultados da atividade econômica desenvolvida pela

entidade (JUNIOR, 2005, p.5).

É esta técnica que determina se a empresa possui: capacidade de

pagamento, grau de solvência, evolução da organização, estrutura patrimonial e

outras (CREPALDI, 2010, p.13).

Segundo Darrosa (2011, p.1), “a análise de balanço é um instrumento que

auxilia o gestor no processo decisório, uma vez que aponta possíveis oscilações

dentro da organização, em outras palavras, mostra os pontos altos e baixos da

empresa”.

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Sendo assim, a análise de balanços tem como objetivo oferecer um

diagnóstico sobre a real situação econômico-financeira da organização, através de

relatórios gerados pela contabilidade (LUNELLI, 2010, p.1).

Por fim, a auditoria é a técnica pela qual se verifica a qualidade das

informações, confirmando se os demonstrativos estão representando, com

fidelidade, a situação patrimonial da entidade (CREPALDI, 2010, p.13).

Para Velloso (2006, p. 1), a “Auditoria é uma técnica contábil utilizada para o

exame e comprovação da veracidade dos registros e Demonstrações Contábeis”.

Surgiu no século XV, na Itália; no Brasil tem origem inglesa, através do Instituto de

Contadores Públicos foi organizada e formada na data de 1957.

Niyama (2009, p.9), afirma que “a auditoria passou a ter importância a partir

da década de 70, quando as companhias abertas passaram a ter suas

demonstrações financeiras obrigatoriamente auditadas por auditores

independentes”.

Conforme Martins (2007, p. 2), o objetivo primordial da auditoria é avaliar as

informações apresentadas na escrituração e nas demonstrações, identificando sua

veracidade e confiabilidade.

Desta maneira a auditoria examina os documentos gerados e a estrutura das

demonstrações, por fim elabora o parecer conclusivo da adequada utilização dos

procedimentos e princípios contábeis, até mesmo a fidedignidade da informação,

(CREPALDI, 2010, p.13).

2.1.2 Organismos Contábeis

Diante deste cenário, com as constantes mudanças que vêm ocorrendo,

devido ao crescimento da globalização, surgiu a necessidade em unificar o modo de

como é realizada a contabilidade.

Para Niyama (2009, p.15), “Os organismos responsáveis pela Contabilidade

estão ao encontro de normas e regulamentos sobre diversos assuntos contábeis,

aplicáveis aos mais variados setores da economia”.

Segundo um informativo do CRC SP Online (2011, p.1), declarou-se sobre o

papel que os órgãos normatizadores possuem:

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Os órgãos reguladores e normatizadores têm papel importante no processo de transparência dos dados contábeis e no auxílio à tomada de decisões. Eles devem orientar e normatizar a forma de registro e de apresentação dos movimentos financeiros e econômicos, buscando seguir sempre as melhores práticas em nível internacional.

“A busca de uma harmonização contábil internacional envolve a ação de

diversos organismos em nível mundial” (Niyama, 2006, p.40).

Dallegrave (2009, p. 26), enfatiza que “Os organismos regulamentadores da

contabilidade desempenham um papel fundamental no processo de harmonização e

convergência contábil em nível mundial, sendo os órgãos responsáveis pela edição

e normatização deste processo”.

Niyama (2007, p. 20), destaca que os principais organismos internacionais

são: International Accounting Standards Board (IASB); International Federation of

accountants (IFAC); Intergovernmental Working Group of experts on Accounting

Standards and Reporting (ISAR); International Organization of Securities

Commission (IOSCO); Bank of International Settlements (BIS).

Carminatti (2009, p. 16), Santos; Schimidt; Fernandes (2006, p. 20 – 28),

destacam os organismos internacionais: International Accounting Standards

Committee (IASC); Standards Advisory Council (SAC); Standing Interpretation

Committee (SIC); International Financial Reporting Interpretations Committee

(IFRIC); Securities Exchange Commission (SEC); American Institute of Certified

Public Accountants (AICPA); Financial Accounting Standards Board (FASB) e

International Accounting Standards Board (IASB).

Os organismos nacionais citados por Niyama (2009, p. 158), são: Banco

Central do Brasil (BACEN); Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível

Superior (CAPES); Comissão de Valores Mobiliários (CVM); Conselho Federal de

Contabilidade (CFC) e Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON).

Os órgãos normatizadores da contabilidade foram criados com o intuito em

atender a contabilidade internacional, ou seja, fazer com que todos, no mundo,

possam estar aplicando a contabilidade em harmonia, determinando a clareza e a

credibilidade das demonstrações financeiras, tornando-as confiáveis.

Assim, os principais organismos mundiais e regionais responsáveis pela

internacionalização da contabilidade que norteiam o presente trabalho e serão vistos

na sequência são: IFRS (International Financial Reporting Standards); IASB

(International Accounting Standards Board); FASB (Financial Accounting Standards

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Board); IAS (International Accounting Standard); CPC (Comitê de Pronunciamentos

Contábeis); CFC (Conselho Federal de Contabilidade); CRC (Conselho Regional de

Contabilidade); CVM (Comissão de Valores Mobiliários); IBRACON (Instituto dos

Auditores Independentes do Brasil); APIMEC (Associação dos Analistas e

Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais); ABRASCA (Associação

Brasileira das Companhias Abertas) e FIPECAFI (Fundação Instituto de Pesquisas

Contábeis, Atuariais e Financeiras).

2.1.2.1 International Financial Reporting Standards (IFRS)

O International Financial Reporting Standards, ou IFRS, traduzidas como

sendo as normas internacionais de relatórios financeiros, são um conjunto de

normas internacionais de contabilidade adotados inicialmente pelos países da União

Europeia (SOUZA; FILHO, 2007, p. 5).

Estas normas surgiram devido à globalização das empresas e dos

investidores, “indicando uma necessidade global de informações padronizadas para

análises de investimentos” (BARBOSA, 2011, p.1).

Nos países da União Europeia, as empresas listadas na bolsa de valores

dessa União, tiveram a obrigação em aderir aos novos padrões das normas IFRS no

fim de 2005. Nos outros anos, demais países foram favoráveis e se manifestaram

quanto à adoção (CARVALHO; LEMES; COSTA, 2006 apud SOUZA; FILHO, 2007

p.5).

Conforme relatos, o início da adesão as IFRS aconteceu em 2002, quando a

União Europeia determinou que todas as suas 7.000 companhias abertas deveriam

aplicar as novas normas em suas demonstrações financeiras consolidadas a partir

de 2005 (PwC – PricewaterhouseCoopers; IBRI – Instituto Brasileiro de Relações

com Investidores, 2010, p.7).

Em relação ao Brasil, o processo de convergência iniciou ao final de 2007

com o advento da Lei 11.638/2007, porém somente em 2010 houve obrigação dos

novos padrões para empresas de Sociedade Anônima, assim as demonstrações

contábeis obrigatoriamente foram emitidas em 31 de dezembro de 2010 aos novos

padrões internacionais (BARBOSA, 2012, p.1).

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19

Atualmente mais de 120 países já adotaram as IFRS, inclusive o Brasil, em

2013 a perspectiva é que este número será elevado para 150 países (FERNANDES,

p.4, 2012).

A convergência visa alcançar também os Estados Unidos, que possuem um

conjunto de normas próprias os United States Generally Accepted Accounting

Principles (US-GAAP), este que foi considerado candidato ao padrão mundial,

devido a alguns problemas na qualidade de informações, foi desclassificado.

Acredita-se que os Estados Unidos adotem ao processo de convergência até 2015

(PWC, 2008; SOUZA, 2009, p.11).

Souza (2009, p. 15), destaca que a criação do Comitê de Pronunciamentos

Contábeis (CPC) viabilizou as mudanças para a convergência internacional, sendo

que este órgão se tornou o responsável pela emissão das normas contábeis no país

e vem com muita agilidade traduzindo e publicando as novas normas, as quais têm

sido prontamente aprovadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Conselho

Federal de Contabilidade (CFC) e outros órgãos reguladores.

Segundo Barbosa (2012, p.1), os principais objetivos das IFRS’s podem ser

destacados como:

I-A padronização internacional das demonstrações financeiras (também chamadas de demonstrações contábeis no Brasil) – este objetivo das IFRS visa facilitar as análises dos investidores sobre as demonstrações financeiras. Com a pulverização dos investidores pelo mundo (impulsionado, também, pela melhoria da internet e segurança das informações), hoje se faz necessário termos um padrão global para que estes investidores consigam analisar a saúde financeira de uma empresa em qualquer parte do globo. Com isso, a alocação de recursos poderia ser feita de forma, realmente, globalizada; II - Com o objetivo um alcançado, seria possível reduzir os custos de capital e a otimização de eficiência para as empresas, pois seria possível termos uma melhoria sistêmica nos sistemas de informações, a maior eficiência de auditoria nas empresas, melhorias em treinamentos dos profissionais de contabilidade / mercado financeiro / investidores; III- Esta padronização global nos traria a possibilidade da comparabilidade entre as empresas de um mesmo setor ao redor do mundo, verificando em que países estas empresas estariam com uma melhor saúde financeira, ou não; IV- Uma visão mais gerencial / financeira sobre as demonstrações financeiras – as demonstrações financeiras ganhariam um ponto de vista mais voltado para os objetivos reais da administração da empresa (e não somente para fins fiscais, como era, e ainda é comum no Brasil). Os principais objetivos e as principais interpretações da administração das empresas estariam estampadas em suas demonstrações financeiras, promovendo ao leitor destas um destaque sobre o comportamento destas empresas em relação aos objetivos da sua administração;

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Junior (2009, p. 7), em uma linguagem mais clara, dispõe que o principal

objetivo das IFRS’s é “desenvolver um modelo único de normas contábeis

internacionais de alta qualidade, que requeiram transparência e comparabilidade na

elaboração das demonstrações contábeis”, e que atendam os interesses de

investidores, administradores, analistas, pesquisadores ou quaisquer diferentes

usuários destas demonstrações.

“As IFRS’s se aplicam a todas as demonstrações financeiras para fins gerais.

Essas demonstrações são destinadas às necessidades de informações comuns de

uma ampla variedade de usuários, por exemplo, acionistas, credores, empregados e

o público em geral” (NORMAS INTERNACIONAIS DE RELATÓRIO FINANCEIRO,

2008, p.58).

“As normas internacionais de contabilidade trazem às empresas brasileiras

mais modernidade, confiabilidade e alinhamento com aquilo que é considerado

adequado em todo o mundo” (POCETTI, 2011, p.1).

As IFRS contribuem para o aumento de capital das empresas no exterior e

também auxiliam na compreensão dos seus fornecedores e até mesmo das suas

controladas (TWEEDIE, 2011 apud GIROTTO 2011, p.10).

As mudanças ocorridas nas normas brasileiras tiveram início pela criação e

aprovação da Lei nº 11.638/07, sendo que a mesma estabeleceu três pontos

fundamentais para o processo de convergência ao IFRS:

- Conferiu à CVM a autoridade de estabelecer normas contábeis no Brasil – antes as normas contábeis eram estabelecidas pelas leis. Como uma lei só pode ser alterada por outra lei, qualquer mudança regulatória constituía um longo e burocrático processo que poderia levar anos para ser concluído. Em um ambiente em que os mercados mudam com muita velocidade, sua regulamentação precisa ser igualmente célere. - Estabeleceu que a CVM, ao regulamentar normas contábeis, deveria garantir que estas estejam em conformidade com as normas internacionais de contabilidade: o IFRS. - Facultou à CVM a possibilidade de firmar convênio com entidade independente que a assessorasse no processo técnico de regulamentação contábil – concretizado pelo convênio que a CVM firmou com o CPC (PWC; IBRI, 2010, p.9).

Além da Lei 11.638/07, o processo de convergência da normatização contábil

brasileira está regulamentado também por meio da Resolução 1.103/07 do CFC, que

criou o Comitê Gestor da Convergência no Brasil (JUNIOR, 2009, p. 7).

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“As primeiras normas internacionais foram emitidas em 1973, então

conhecidas como IAS’s”. Atualmente estas normas são emitidas pelo International

Accounting Standards Board (IASB). Cabe ressaltar que a adoção global do IFRS

iniciou pelo fato de serem normas baseadas em princípios, aonde se verificou que

seria mais fiel a realidade econômica das transações. (IASB) (PWC; IBRI, 2010, p.

7).

Segundo Armstrong et al., (2010 apud GILIO, 2011, p.8), referenciam que a

adoção pelas IFRS podem alcançar benefícios como: melhor qualidade na

informação contábil, comparabilidade, aumento da transparência e, inclusive,

diminuição do custo de capital.

Conforme destaca a KPMG - Klynveld Peat Marwick Goerdeler (2008, p.4), “O

crescimento da economia global e, principalmente, a maior integração entre os

diferentes mercados mundiais trouxeram a necessidade da adoção de padrões

contábeis unificados”.

E ainda, de acordo com Cardoso (2011 apud MARQUES, 2011, p.16), “as

IFRS não foram elaboradas para atender ao fisco, mas, sim ao usuário externo”.

Diante disso as IFRS’s apresentam uma ponte de ligação importantíssima de

todos os países, auxiliando aos profissionais, investidores, gestores e demais

usuários da contabilidade a entender a linguagem contábil frente um modelo único e

padrão de normas.

2.1.2.2 International Accounting Standards Board (IASB)

O International Accounting Standards Board, ou IASB, é um dos órgãos

normatizadores que é responsável pela criação, disseminação e utilização regulares

de um padrão de normas internacionais (CARMINATTI, 2009, p.41).

Este organismo é antecessor do antigo International Accounting Standards

Committee (IASC), criado em 29 de junho de 1973 e teve sua atuação até 2001, a

partir de 1º de abril houve a transformação para IASB (NIYAMA; SILVA, 2009, p.33).

Carminatti (2009, p. 9), relata que o IASC emitiu, até 2006, um total de 41

normas internacionais de contabilidade no padrão International Accouting Standards

(IAS).

“O IASB é um órgão independente do setor privado que se destina ao estudo

de padrões contábeis, com sede em Londres, Grã-Bretanha”, sendo representado

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no Brasil pelo Instituto Brasileiro de Contadores (IBRACON) e o Conselho Federal

de Contabilidade (CFC) (NIYAMA, 2006 p.40).

De acordo com Muller; Scherer (2008, p.28), a IASB “tem a tarefa de propor

normas para balizar a elaboração e a divulgação das demonstrações contábeis,

procurando fazer com que essas normas sejam acatadas mundialmente”.

Niyama (2006, p.41), acredita que “um dos principais benefícios esperados

pelo IASB é de que seja viabilizada a comparabilidade de informações contábeis

produzidas pelas empresas situadas em países distintos”, desta maneira irá permitir

a compreensão e interpretação de dados gerados por diferentes organizações com

diferentes economias e tradições.

Segundo as Normas Internacionais de Relatório Financeiro (2008, p.58), os

objetivos do IASB podem ser citados:

A) Desenvolver, no interesse público, um conjunto único de normas contábeis globais de alta qualidade, compreensíveis e exeqüíveis que exijam informações de alta qualidade, transparentes e comparáveis em demonstrações financeiras e outros relatórios, para ajudar os participantes nos diversos mercados de capital do mundo e outros usuários de informações a tomarem decisões econômicas; B) Promover o uso e a aplicação rigorosa dessas normas; e C) Trabalhar ativamente com os normatizadores nacionais para fins de convergência das normas contábeis nacionais com as IFRSs para soluções de alta qualidade.

“O IASB atinge seus objetivos, principalmente, ao desenvolver e publicar as

IFRS’s e promover o uso das normas em demonstrações financeiras para fins gerais

e outros relatórios financeiros” (NORMAS INTERNACIONAIS DE RELATÓRIO

FINANCEIRO, 2008, p. 58).

O IASB tem como objetivo, conforme definição em sua carta constitutiva:

A) Desenvolver, no interesse público, um único conjunto de normas contábeis

globais de alta qualidade, inteligíveis e exequíveis, que exijam informação de

alta qualidade, transparentes e comparáveis nas demonstrações contábeis e

em outros relatórios financeiros, para ajudar os participantes do mercado de

capital e outros usuários em todo o mundo a tomar decisões econômicas;

B) Promover o uso e a aplicação rigorosa dessas normas; e

C) Promover a convergência entre as normas contábeis locais e as Normas

Internacionais de Contabilidade de alta qualidade.

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Niyama; Silva (2009, p.32), destacam sobre os pronunciamentos técnicos

emitidos pelo IASB:

É importante enfatizar que seus pronunciamentos técnicos não são obrigatórios, são somente uma referência técnica facultativa para facilitar a interpretação mais harmonizada das informações contábeis por parte dos investidores e de alguns agentes econômicos em geral.

Desta maneira, destaca-se um dos principais benefícios que o IASB pretende

alcançar, é a possível comparação das informações contábeis produzidas por

empresas situadas em diversos países, onde buscará obter a compreensão e

interpretação dos dados gerados por entidades de diferentes economias e tradições,

(NIYAMA; SILVA, 2009, p.34).

2.1.2.3 Financial Accounting Standards Board (FASB)

O “Financial Accounting Standards Board (FASB) é um órgão que normatiza a

contabilidade nos Estados Unidos” (NIYAMA; SILVA, 2009, p.33).

Este órgão internacional, conhecido no Brasil como Conselho de Padrões de

Contabilidade Financeira, foi criado em 1973 e caracteriza-se por ser uma entidade

independente, onde os membros componentes precisam estar totalmente

desvinculados do mercado de capitais (SANTOS; SCHMIDT; FERNANDES, 2006,

p.26).

Segundo Carminatti (2009, p. 15), “As normas do FASB devem ser

observadas pelas corporações privadas norte-americanas e as suas controladas em

todo o mundo”. Assim, qualquer empresa, em qualquer país, controlada por uma

entidade norte-americana precisa organizar suas demonstrações de acordo com o

padrão FASB.

Ainda Carminatti, menciona a missão do FASB:

• Estabelecer e aperfeiçoar os padrões contábeis e de auditoria;

• Servir como guia para a conduta de todo o público, incluindo os

legisladores da matéria contábil, auditores, empresários e os demais

usuários da informação contábil.

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Conforme Paulo (2002, p. 36), para o FASB atingir sua missão ele atua com o

objetivo de:

a) melhorar a utilidade da informação financeira, enfocando nas características primárias de relevância e confiabilidade e nas qualidades de comparabilidade e consistência; b) manter os padrões atualizados para refletir as mudanças ocorridas no ambiente econômico; c) considerar, prontamente, qualquer área significante deficiente de uma informação financeira adequada e que poderia ser melhorada pelo estabelecimento de padrão; d) promover a convergência internacional de padrões de Contabilidade, provendo simultaneamente, a melhora da qualidade da informação financeira; e e) melhorar o entendimento comum da natureza e propósitos da informação contida nos relatórios financeiros.

O FASB é uma organização designada no setor privado para o

estabelecimento de padrões de contabilidade financeira que regem a elaboração dos

relatórios financeiros por entidades não-governamentais (FASB, 2012).

Conforme Silva (2008, p.1), relata que o FASB, ao participar das atividades

internacionais, tem como objetivos aumentar a comparabilidade internacional e a

qualidade das normas utilizadas nos Estados Unidos. “O FASB atua em cooperação

com o International Accounting Standards Board (IASB) que é o sistema de normas

para Europa e outros países que seguem esse organismo”.

2.1.2.4 International Accounting Standard (IAS)

As Normas Internacionais de Contabilidade International Accounting Standard

(IAS), é o antigo conjunto de pronunciamentos de contabilidade, que atualmente são

conhecidas como IFRS, estas que foram emitidas pelo Conselho de Administração

do International Accounting Standards Committee (IASC), sendo a partir de 2001,

conhecidos como os novos padrões das normas internacionais de relato financeiro

(IFRS), e atualmente sendo emitida pela IASB (SOUZA et al., 2008, p. 7).

Os autores ainda destacam que “o objetivo principal das IAS é uniformizar os

princípios contábeis utilizados em todo o mundo a fim de fornecer, aos usuários de

demonstrações financeiras, maior transparência e comparabilidade nas

informações”.

Page 26: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

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2.1.2.5 Comitê de Pronunciamentos Técnicos (CPC)

Conforme o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) declara-se que

este órgão foi idealizado a partir da união de esforços e comunhão de objetivos das

seguintes entidades (CPC, 2012):

- ABRASCA;

- APIMEC NACIONAL;

- BOVESPA;

- Conselho Federal de Contabilidade;

- FIPECAFI;

- IBRACON; e

- CVM.

A criação do CPC deu-se em função da necessidade da convergência

internacional das normas contábeis (redução de custos de elaboração de relatórios

contábeis, redução de riscos e custos de análises e decisões, redução de custo de

capital); pelo motivo da centralização na emissão de normas dessa natureza (no

Brasil, diversas entidades o fazem); na busca da representação e processo

democrático, na produção dessas informações (produtores da informação contábil,

auditor, usuário, intermediário, academia, governo) (CPC, 2012).

Em conformidade com a Resolução CFC nº 1.055/05 que o criou, o CPC tem

como objetivo:

O estudo, o preparo e a emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais.

O CPC tem como característica a autonomia total das entidades

representadas, onde é deliberado 2/3 de seus membros; o Conselho Federal de

Contabilidade fornece a estrutura necessária; há seis entidades que compõem o

CPC, porém há possibilidade de outras serem convidadas no futuro próximo; os

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membros do CPC, dois por entidade, sendo em sua maioria contadores não

possuem remuneração (CPC, 2012).

Além dos 12 membros atuais, serão sempre convidados a participar

representantes dos seguintes órgãos:

- Banco Central do Brasil;

- Comissão de Valores Mobiliários (CVM);

- Secretaria da Receita Federal;

- Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).

Os produtos do CPC são os pronunciamentos técnicos que, obrigatoriamente,

serão submetidos às audiências públicas; às orientações e às interpretações, sendo

que estas também poderão vir a sofrer esse processo (CPC, 2012).

2.1.1.6 Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e Conselho Regional de Contabilidade (CRC)

O Conselho Federal de Contabilidade e os Conselhos Regionais foram

criados pelo Decreto-Lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946, são entidades de

fiscalização do exercício profissional e existem atualmente em 27 Estados da

Federação.

Art. 6º: são atribuições do Conselho Federal de Contabilidade:

a) organizar o seu Regimento Interno; b) aprovar os Regimentos Internos organizados pelos Conselhos Regionais, modificando o que se tornar necessário, a fim de manter a respectiva unidade de ação; c) tomar conhecimento de quaisquer dúvidas suscitadas nos Conselhos Regionais e dirimi-las; d) decidir, em última instância, os recursos de penalidade imposta pelos Conselhos Regionais; e) publicar o relatório anual de seus trabalhos, em que deverá figurar a relação de todos os profissionais registrados.

Art. 10º: são atribuições dos Conselhos Regionais:

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a) expedir e registrar a carteira profissional prevista no artigo 17; • Alínea a com redação dada pela Lei n.º 9.710, de 3 de setembro de 1946. b) examinar reclamações e representações escritas acerca dos serviços de registro e das infrações dos dispositivos legais vigentes, relativos ao exercício da profissão de contabilista, decidindo a respeito; c) fiscalizar o exercício das profissões de contador e guarda-livros, impedindo e punindo as infrações, e, bem assim, enviando às autoridades competentes, minuciosos e documentados relatórios sobre fatos que apurarem, e cuja solução ou repressão, não seja de sua alçada; d) publicar relatório anual de seus trabalhos e a relação dos profissionais registrados; e) elaborar a proposta de seu regimento interno, submetendo-o à aprovação do Conselho Federal de Contabilidade; f) representar ao Conselho Federal de Contabilidade acerca de novas medidas necessárias, para regularidade do serviço e para fiscalização do exercício das profissões previstas na alínea b, deste artigo; g) admitir a colaboração das entidades de classe nos casos relativos à matéria das alíneas anteriores.

Os Conselhos Regionais de Contabilidade, hierarquicamente subordinados ao

Conselho Federal de Contabilidade, têm como finalidades precípuas: fiscalizar o

exercício da profissão contábil e de efetuar o registro dos profissionais da

Contabilidade e das empresas de serviços contábeis (CRC/PR, 2012).

Sua forca de ação se concentra no profissional que executa ou explora

atividades contábeis, bem como na empresa por ele integrada, no sentido de mantê-

los dentro dos padrões legais, técnicos e éticos estatuídos como inerentes à sua

atividade, portanto, a natureza dos Regionais de Contabilidade é de fiscalização da

profissão contábil (CRC/PR, 2012).

2.1.2.7 Comissão de Valores Mobiliários do Brasil (CVM)

A Comissão de Valores Mobiliários é uma entidade autárquica, em regime

especial, vinculada ao Ministério da Fazenda, com personalidade jurídica e

patrimônio próprio, dotada de autoridade administrativa independente, ausência de

subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes, e tem

autonomia financeira e orçamentária (Redação dada pela Lei nº 10.411, de 26 de

fevereiro de 2002) (CVM, 2012).

Niyama (2006, p.1), destaca que a Comissão de Valores Mobiliários, foi criada

em 1976, através da Lei nº 6.385/76 e foi inspirada no modelo americano SEC

(Securities and Exchange Comission) para monitorar o mercado de capitais.

O surgimento da CVM deu-se pela observação de uma economia

fundamentada na livre iniciativa, onde seu princípio é defender os interesses do

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28

investidor, principalmente do acionista minoritário e o mercado de valores em geral,

(CVM, 2012).

“A CVM tem poderes para disciplinar, criar normas e fiscalizar a atuação dos

diversos agentes do mercado. Seu poder normatizador abrange todas as matérias

referentes ao mercado de valores mobiliários” (SANTOS; SCHMIDT; FERNANDES,

2006, p.17).

De acordo com a Lei 6.385/76, em seu Art. 1o: serão disciplinadas e

fiscalizadas as seguintes atividades (Redação dada pela Lei nº 10.303, de

31.10.2001):

I - a emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado; (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001) II - a negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários; (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001) III - a negociação e intermediação no mercado de derivativos; (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001) IV - a organização, o funcionamento e as operações das Bolsas de Valores; (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001) V - a organização, o funcionamento e as operações das Bolsas de Mercadorias e Futuros; (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001) VI - a administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários; (Redação dada pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001) VII - a auditoria das companhias abertas; (Inciso incluído pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001) VIII - os serviços de consultor e analista de valores mobiliários. (Inciso incluído pela Lei nº 10.303, de 31.10.2001)

Cabe à CVM, disciplinar também o registro de companhias abertas; registro

de distribuições de valores mobiliários; o credenciamento de auditores

independentes e administradores de carteiras de valores mobiliários; a suspensão

ou cancelamento de registros, credenciamentos ou autorizações; a suspensão de

emissão, distribuição ou negociação de determinado valor mobiliário ou decretar

recesso de bolsa de valores (CVM, 2012).

A CVM não exerce um papel fiscalizador em relação às informações

anunciadas pelas companhias, porém ela mantém a preocupação com a

regularidade e confiabilidade, por isso normatiza e deseja a sua padronização. A Lei

6.385/76 impôs também à CVM competência para apurar, julgar e punir qualquer

irregularidade que possam vir ser cometidas no mercado (SANTOS; SCHMIDT;

FERNANDES, 2006, p.18).

A Lei nº 6.385/76 ainda dispõe sobre as funções que a Comissão de Valores

Mobiliários irá exercer, afim de:

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• Assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão; • Proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e atos ilegais de administradores e acionistas controladores de companhias ou de administradores de carteira de valores mobiliários; • Evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais de demanda, oferta ou preço de valores mobiliários negociados no mercado; • Assegurar o acesso do público às informações sobre valores mobiliários negociados e as companhias que os tenham emitido; • Assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no mercado de valores mobiliários; • Estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários; • Promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e estimular as aplicações permanentes em ações do capital social das companhias abertas (SANTOS; SCHMIDT; FERNANDES, 2006, p.19).

A CVM possui uma estrutura que é destinada especificamente para prestar

orientações aos investidores e receber denuncias ou sugestões (SANTOS;

SCHMIDT; FERNANDES, 2006, p.18).

Por fim, em conjunto com a Lei das Sociedades por Ações, a CVM disciplina o

funcionamento do mercado de valores mobiliários e a atuação das companhias

abertas, dos intermediários financeiros e dos investidores, e diversas outras

atividades relacionadas a este mercado (SANTOS; SCHMIDT; FERNANDES, 2006,

p.17).

2.1.2.8 Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON)

Segundo o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON), este

órgão teve sua criação em 13 de dezembro de 1971, onde surgiu da união do

Instituto dos Contadores Públicos do Brasil (ICPB) e do Instituto Brasileiro de

Auditores Independentes (IBAI), sendo que, nestes institutos, trabalhavam

contadores em auditoria independente (IBRACON, 2012).

A união destes institutos tinha como objetivo obter uma melhor estrutura e

representatividade em benefício da profissão e assim foi criado o Instituto dos

Auditores Independentes do Brasil (IAIB) (IBRACON, 2012).

O Instituto foi precisamente criado para auxiliar no processo de reconstrução

do mercado de capitais, após a quebra da Bolsa em 1970, neste período a auditoria

independente se tornou obrigatória para as empresas de capital aberto e o primeiro

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conjunto de normas sobre demonstrações contábeis foi escrito e adotado por meio

da Circular Nº 179 do Banco Central do Brasil (IBRACON, 2012).

O IBRACON tem como missão “manter a confiança da sociedade na atividade

de auditoria independente e a relevância da atuação profissional, salvaguardando e

promovendo os padrões de excelência em contabilidade e auditoria independente”.

Sua visão baseia-se em ser reconhecida como:

• Órgão representativo dos interesses políticos, profissionais e educacionais

dos auditores independentes;

• Agente participante da regulação da atividade de contabilidade e auditoria

independente em convergência com as demais entidades reguladoras;

• Difusor do papel e responsabilidade dos associados;

• Referência técnica e educacional em assuntos ligados à auditoria

independente e contabilidade;

• Organização voltada para a proteção do interesse público.

A IBRACON faz parte das IFRS, sendo uma entidade autorizada a traduzir o

Livro das Normas Internacionais de Relatório Financeiro, desta maneira participa no

processo de convergência das normas em todos os estágios, desde a criação do

Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e no desenvolvimento de seus

trabalhos, além disso, possui um importante relacionamento Internacional American

Institute of Certified Public Accountants (AICPA).

2.1.2.9 Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (APIMEC)

A Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de

Capitais (APIMEC) teve sua criação em junho de 1988 e tem a finalidade de unificar

todas as APIMEC`s Regionais, sendo Distrito Federal, Minas Gerais, Nordeste, Rio

de Janeiro, São Paulo e Sul (APIMEC, 2012).

A Apimec Nacional trabalha como uma confederação das demais Apimecs, e

concentra suas atividades na certificação dos profissionais, representação política

institucional frente ao governo e entidades representativas congêneres do mercado,

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no intercâmbio internacional com outras confederações de profissionais (APIMEC,

2012).

Desenvolver estudos e pesquisas para o crescimento de mercado de capitais

e a capacitação dos profissionais é a visão da Apimec Nacional, que também

promove o “Prêmio Apimec” e o congresso geral da categoria, onde distinguem

profissionais e empresas que mais se destacam nas categorias: analistas,

companhias abertas, imprensa, relações com investidores e especial (APIMEC,

2012).

As Apimecs regionais dedicam-se ao treinamento dos profissionais por meio

de cursos e seminários, elaboração de trabalhos técnicos através de comissões

temáticas permanentes, promoção de reunião com empresas e relacionamento com

todos os associados (APIMEC, 2012).

Em sua estrutura, a associação é conduzida por um Conselho Diretor, onde o

presidente e o vice são eleitos diretamente pelos associados das Regionais e os

conselheiros são os seis presidentes das Regionais. Há também uma Diretoria

Executiva cuja presidência e vice são desempenhadas pelo presidente e vice do

Conselho e os diretores, em número de quatro, são indicados pelo presidente

(APIMEC, 2012).

A Apimec participa das organizações internacionais, sendo fundadora e

membro da Board da Association for International Investment Analyst (ACIIA),

entidade que se destina à certificação de profissionais em todo o mundo e é membro

também da International Council of Investimento Association (ICIA), entidade que

congrega Federações de profissionais de investimento de todo mundo (APIMEC,

AIMR, ASAF, EFFAS e IASSA) (APIMEC, 2012).

2.1.2.10 Associação Brasileira das Companhias Abertas (ABRASCA)

A Associação Brasileira das Companhias Abertas (ABRASCA) é uma

associação civil, sem fins lucrativos e foi fundada em 21 de dezembro de 1971, sua

missão principal é a defesa das posições das companhias abertas, como junto aos

centros de decisão e à opinião pública (ABRASCA, 2012).

Segundo o Presidente, Antonio Castro, (2012, apud CPC, 2012): “a Abrasca

está permanentemente empenhada no desenvolvimento dos mecanismos do

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32

mercado de capitais e na disseminação de informações sobre os principais títulos,

como ações, debêntures, notas comerciais, FIDC e CRI”.

A entidade tem como princípio maior, em relação ao mercado de capitais, o

aprimoramento das práticas de política e de administração empresarial. “O mercado

de capitais é o canal mais adequado de transferência das poupanças privadas para

os objetivos de crescimento econômico social, na medida em que permite a sadia

capitalização da empresa nacional” (ABRASCA, 2012).

A ABRASCA representa empresas dos setores: industriais, comerciais,

agrícolas, minerais, financeiros e de serviços, a organização mantém permanente

convivência com segmentos do mercado de capitais, como os intermediários

financeiros e os órgãos reguladores.

Em sua estrutura, a organização é conduzida por um Conselho Diretor, este é

eleito a cada dois anos, através da Assembléia Geral. A diretoria ainda coordena o

trabalho de seis Comissões Técnicas:

• Comissão de Mercado de Capitais – Comec;

• Comissão Jurídica – Cojur;

• Comissão de Auditoria e Normas Contábeis – Canc;

• Comissão de Reforma da Presidência;

• Comissão de Governança Corporativa

Esta associação vem desempenhando diversas funções que a consagra

como uma das associações mais expressivas e atuantes do país. Os serviços que

presta aos seus associados podem ser citados como: informes, seminários,

palestras, cursos e trocas de experiências e esclarecimento de dúvidas.

2.1.2.11 Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (FIPECAFI)

A Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras

(FIPECAFI), foi fundada em 1974 pelos professores da Faculdade de Economia,

Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP), através

do livro Contabilidade Introdutória (FIPECAFI, 2012).

Page 34: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

33

A FIPECAFI presta serviços de Assessoria e Consultoria a entidades

públicas, privadas e do terceiro setor e as atividades de ensino, constitui uma

Instituição de Ensino Superior onde, desde sua criação, ministra cursos de curta e

longa duração, e os cursos de pós-graduação lato sensu que iniciaram em 1994

(FIPECAFI, 2012).

A Fundação tem como missão:

• Promover a pesquisa, a produção e a divulgação do conhecimento em

Contabilidade, Atuária e Finanças.

• Dar suporte operacional e financeiro ao Departamento de Contabilidade e

Atuária da FEA/USP.

• Oferecer ao mercado serviços de excelência para a formação executiva de

profissionais e capacitação organizacional.

• Excelência e diferenciação no conteúdo através da especialização em vários

segmentos da área Contábil, Atuarial e Financeira.

• Disseminação do conhecimento na forma de cursos, publicações, seminários,

palestras e consultorias (FIPECAFI, 2012),

Os seus valores são baseados em:

• Assegurar a continuidade e valorização da pesquisa e produção de

conhecimento Contábil, Atuarial e Financeiro e em campos multidisciplinares.

• Garantir o aperfeiçoamento contínuo do corpo de professores.

• Consolidar-se como referência de mercado na produção de conhecimento e

ética.

• Difundir o conhecimento produzido através da oferta de serviços de qualidade

diferenciada.

• Gerar e gerir recursos para garantir a evolução e a excelência dos produtos a

oferecer

A estrutura desta fundação é dirigida por uma Diretoria Executiva, onde a

eleição dos membros é feita através do Conselho Curador e a assembléia dos

instituidores e dos professores EAC, elegem este conselho (FIPECAFI, 2012).

Page 35: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

34

O Conselho Curador contava, em 2011, com um personagem da

contabilidade importantíssimo, Sérgio de Iudícibus, fundador da FIPECAFI, atuava

como presidente deste conselho (FIPECAFI, 2012).

A atuação desta Fundação contribui para o desenvolvimento na forma de se

fazer Contabilidade no Brasil. A FIPECAFI elabora, divulga e dá transparência às

demonstrações contábeis (FIPECAFI, 2012).

Seus projetos executados para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e

Banco Central, já resultaram em manuais que regem a contabilidade dos setores de

sociedades por ações (FIPECAFI, 2012).

Por fim, esta entidade também atua como membro fundador do Comitê de

Pronunciamentos Contábeis (CPC), cujo objetivo é estabelecer a convergência da

Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais (FIPECAFI, 2012).

2.2 CONTABILIDADE GERENCIAL

A Contabilidade Gerencial é o processo de produção de informações

financeiras e operacionais para os usuários internos da organização como

funcionários, gerentes, administradores. Esse processo deve ser orientado pelas

necessidades de informação interna e deve conduzir as decisões operacionais e de

investimentos, buscando sempre identificar, mensurar, relatar e analisar informações

sobre os eventos econômicos da organização (ATKINSON et al., 2008, p. 36).

Evidencia-se que, neste processo, são geradas informações contábeis

gerenciais, pode ser considerada a principal fonte para uma tomada de decisão e

controle nas organizações, devido ao fato de fornecer dados financeiros e

operacionais sobre as atividades, processos, produtos, clientes e serviços de uma

entidade. (ATKINSON et al., 2008, p. 36)

Para que a informação seja utilizada, é indispensável que ela seja desejável,

útil para os administradores responsáveis da entidade e ainda tenha um custo

adequado, ou seja, não pode custar mais que pode valer (PADOVEZE, 2000, p.41).

De acordo com Iudícibus (1998, p.21), a Contabilidade Gerencial está

direcionada, quase que exclusivamente, para a administração das empresas, de

maneira que busca prover informações úteis que possam ser válidas na decisão do

administrador.

Page 36: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

35

Crepaldi (2002, p.18), descreve o objetivo da Contabilidade Gerencial sendo

como:

A contabilidade gerencial é o ramo da contabilidade que tem por objetivo fornecer instrumentos aos administradores de empresas que os auxiliem em suas funções gerenciais. É voltada para melhor utilização dos recursos econômicos da empresa, através de um adequado controle de insumos, efetuado por um sistema de informação gerencial.

Sendo assim Padoveze (2000, p.41), afirma que: “o ponto fundamental da

Contabilidade Gerencial é o uso da informação contábil como ferramenta para a

administração”.

Para melhor compreender a existência da Contabilidade Gerencial Padoveze

(2000, p.33), destaca que:

A Contabilidade Gerencial existe ou existirá se houver uma ação que faça com que ela exista. Uma entidade tem Contabilidade Gerencial se houver dentro dela, pessoas que consigam traduzir os conceitos contábeis em atuação prática. Contabilidade Gerencial significa gerenciamento da informação contábil.

“A Contabilidade Gerencial, ou INTERNA, abrange informações a serem

fornecidas aos tomadores de decisão, isto é, direcionadas às pessoas internas da

organização responsáveis por dirigir e controlar suas operações.” Desta maneira as

informações disponibilizadas servem para traçar metas, avaliar o desempenho dos

setores da empresa além de demais decisões gerenciais (SZUSTER; CARDOSO;

SZUSTER, 2007 p.18).

Conclui-se que, para que haja Contabilidade Gerencial é preciso um sistema

de informação contábil gerencial e operacional, que ele seja um instrumento dotado

de características nas quais atenda a todas as necessidades informacionais dos

administradores no gerenciamento da organização (PADOVEZE, 2000, p.42).

2.2.1 Ferramentas da Contabilidade Gerencial

As ferramentas da contabilidade gerencial buscam proporcionar às

organizações auxílio e suporte aos gestores e administradores, com o intuito de

auxiliá-los em uma tomada de decisão eficaz (BRONDANI et al., 2007, p. 100).

Page 37: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

36

A contabilidade gerencial, por meio de suas ferramentas, possibilita uma

análise dos números das entidades, gerando informações que poderão oferecer

auxílio aos gestores a uma decisão mais coerente e em tempo hábil (LACERDA,

2005, p.3).

A contabilidade gerencial não sofre mudanças de padronização quanto as

suas práticas, pois “o foco da contabilidade gerencial é a comunicação no âmbito

dos vários níveis hierárquicos da empresa e servem para a tomada de decisão dos

gestores da mesma, e não ao público externo” (LAURENTINO et al., 2008, p. 54).

Atkison et al., (2008, p. 45), afirma também que a informação gerencial

norteia as várias e diferentes funções organizacionais, a demanda de informação

contábil gerencial é diferente, conforme a necessidade dos níveis de uma entidade

Desta maneira serão abordadas as principais ferramentas da contabilidade

gerencial, determinando assim a sua importância no processo de tomada de

decisões e no fornecimento de informações úteis aos gestores, dispõem-se as

ferramentas:

1- Orçamento;

2 - Análise de Custo; e

3 - Indicadores.

“O Orçamento é a ferramenta de controle por excelência de todo o processo

operacional da empresa, pois envolve todos os setores da companhia”. Desta

maneira, é um plano de ação que busca fornecer ajuda na coordenação e na

implantação de um plano, processando dados constantes do sistema de informação

contábil (PADOVEZE, 2008 apud SOUZA; RIOS, 2011, p.3).

Assim Cremonezzi et al., (2011, p. 2), definem a importância do orçamento

como um instrumento essencial de uma organização, considerado um plano

estratégico no qual se estabelecem metas para certo período, buscando atingir os

objetivos das empresas.

“A análise de custo é uma ferramenta estratégica no processo decisório,

sendo indispensável na execução de diversas tarefas gerenciais, tais como:

formação de preços, otimização da produção, valorização de estoques, etc.” (NETO,

2008, p.7).

Page 38: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

37

Cunha (2007, p.18), dispõe que a análise de custo de uma organização

consegue fornecer informações do tipo:

• Apuração do custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços;

• Apuração dos resultados dos produtos, das mercadorias e dos

serviços;

• Apuração da rentabilidade e da eficiência dos produtos, das

mercadorias e dos serviços;

• Análise de desempenho dos diversos setores da empresa;

• Otimização de resultados;

• Parâmetros para a fixação do preço de venda;

• Percentual máximo de desconto a ser concedido; etc.

Desta forma, a análise de custo tem como princípio fundamental garantir a

comparação das informações, permitir o conhecimento da capacidade da empresa e

ainda demonstrar que, por meio da análise, o gestor pode averiguar e seguir a

evolução dos custos de seus produtos, bem como sua margem de contribuição,

visando alcançar as metas desejadas da organização (LEITE et al., 2008, p.4).

“Os Indicadores econômico-financeiros são elementos que representam o

conceito de análise de balanço”, precisam estar em conformidade com a visão da

administração em termos de: acompanhamento das atividades, rentabilidade e

situação patrimonial (PADOVEZE, 2000, p.146).

Henrique (2008, p. 42), afirma também que “os índices são de grande

utilidade para medir a posição econômico-financeira e os níveis de desempenho em

vários aspectos”.

Sendo assim, a análise dos indicadores pretende orientar e direcionar a

aplicação de recursos de investidores nacionais e internacionais, “além de ser um

importante critério para o administrador nas decisões de investimento e

endividamento da empresa” (SILVA et al., 2011, p.8).

2.2.3 Relação entre a Contabilidade Gerencial e Contabilidade Financeira

“A contabilidade é uma ciência que estuda os fenômenos patrimoniais,

preocupando-se com realidades, evidências e comportamentos dos mesmos, em

relação à eficácia funcional das células sociais” (Sá, 2002, p.46).

Page 39: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

38

Segundo Ramos (2009, p. 18), além do estudo do patrimônio e suas

variações, a contabilidade registra, controla e orienta os interessados no patrimônio

das entidades, tanto de forma qualitativa quanto quantitativa, e surgiu como uma

ferramenta de gestão, porém hoje é vista por muitos apenas como uma forma de

arrecadação de tributos.

A relação entre contabilidade gerencial e financeira é composta por diferentes

propósitos e diferentes usuários, seus métodos focam caminhos diferentes, porém,

há um número significativo de semelhanças (PADOVEZE, 2004, p.39).

Para confirmar esta relação entre contabilidade gerencial e financeira, dispõe-

se o quadro a seguir.

Quadro 1: Contabilidade Gerencial x Contabilidade Financeira

FATOR CONTABILIDADE FINANCEIRA

CONTABILIDADE GERENCIAL

Usuários dos Relatórios Externos e Internos Internos

Objetivos dos Relatórios

Facilitar a análise financeira para as necessidades dos usuários externos.

Objetivo especial de facilitar o planejamento, controle, avaliação de desempenho e tomada de decisão internamente.

Forma dos Relatórios

Balanço Patrimonial, Demonstrações dos Resultados, Demonstrações de Origens e Aplicações de Recursos e Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido.

Orçamentos, Contabilidade por responsabilidade, relatórios de desempenho, relatórios de custo, relatórios especiais não rotineiros para facilitar a tomada de decisão.

Frequência dos Relatórios Anual, trimestral e ocasionalmente, mensal.

Quando necessário pela administração.

Custos ou valores utilizados Primariamente históricos (passados).

Históricos e esperados (previstos).

Bases de mensuração usadas para quantificar dados

Moeda corrente. Varias bases (moeda corrente, moeda estrangeira, moeda forte, medidas físicas, índices etc.).

Restrições nas informações fornecidas

Princípios contábeis geralmente aceitos.

Nenhuma restrição, exceto as determinadas pela administração.

Característica da informação fornecida

Deve ser objetiva (sem viés), verificável, relevante e a tempo.

Deve ser relevante a tempo, podendo ser subjetiva, possuindo menos verificabilidade e menos precisão.

Perspectiva dos relatórios Orientação histórica. Orientada para o futuro.

Fonte: Padoveze (2008 apud GILIO, 2011, p. 24).

Page 40: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

39

De acordo com a tabela acima se pode verificar as diferentes situações entre

a contabilidade financeira e a gerencial, quanto à finalidade no fornecimento das

informações, os usuários a serem afetados e o objetivo que estes pretendem

alcançar (RAMOS, 2009, p. 20).

A contabilidade gerencial está relacionada com o fornecimento de

informações para os usuários internos da organização, já a contabilidade financeira

relaciona-se com o fornecimento de informações para os usuários externos

(PADOVEZE, 2004, p.39).

Destaca-se quanto às restrições nas informações fornecidas, em relação à

contabilidade financeira deve ser vinculada aos princípios contábeis, já a

contabilidade gerencial não há nenhuma restrição, ao menos que esta seja

determinada pela administração.

Evidencia-se a liberdade que a contabilidade gerencial tem sobre a

contabilidade financeira, os relatórios gerenciais buscam demonstrar, em detalhes e

o mais específico possível, suas informações, já a contabilidade gerencial deve se

nortear pela legislação e normas contábeis, gerando os relatórios de acordo com os

padrões contábeis.

Desta maneira, tanto a contabilidade financeira quanto a contabilidade

gerencial possuem diferenças em vários aspectos, porém as duas buscam, na

medida do possível, estar de acordo com os objetivos da ciência contábil, visando á

continuidade das entidades (RAMOS, 2009, p. 20).

2.3 HARMONIZAÇÃO CONTÁBIL

“A Contabilidade é a principal linguagem de comunicação dos agentes

econômicos na busca de oportunidade de investimentos e na avaliação do risco de

suas transações”, desta forma a convergência das normas no mundo, vêm para

facilitar o processo de comunicação (NIYAMA; SILVA, 2009, p.30).

“A harmonização, em primeiro lugar, abre o mercado brasileiro aos

investidores internacionais, além de tornar o mercado de capitais e o sistema

financeiro brasileiro mais transparente para as agências internacionais” (SANTOS;

SCHMIDT; FERNANDES, 2006, p.11-12).

Page 41: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

40

“O crescimento do comércio, as necessidades de investimento, o acesso fácil

e rápido às notícias de outros países são fatores que contribuem para a

harmonização da Contabilidade em termos mundiais” (NIYAMA; SILVA, 2009, p. 32).

O desenvolvimento tecnológico acentuado na área de comunicações, o avanço nos meios de transportes e o crescimento do comércio internacional fortaleceram a interdependência entre diversas nações, trazendo o fenômeno da globalização de mercado, aproximando cada vez mais o mundo nas últimas décadas (NIYAMA, 2006, p. 38).

Segundo Niyama; Silva (2009, p.16), relata que padronização tem relação

com harmonização ou convergência, porém a diferença dos termos é a seguinte:

A padronização contábil está relacionada com a harmonização. Entretanto, o termo harmonização geralmente é utilizado quando se pretende discutir a adequação das normas de diferentes países, de modo a possibilitar uma comparação. Já a padronização se prende à questão geográfica, podendo ocorrer dentro de um país ou entre diferentes países. Em outras palavras, o termo padronização adquire um caráter mais amplo do que a harmonização, ou convergência, pelo CPC. Por outro lado, a padronização possui uma conotação mais impositiva do que a harmonização. Recentemente, tem sido usado também o termo convergência. Este termo apresenta uma ideia de “movimento em direção a”, indicando que o processo tende a chegar a uma linguagem comum.

A harmonização é um processo que busca preservar as particularidades

inerentes a cada país, porém pretende permitir o entrosamento dos sistemas

contábeis com outros países, com intuito sempre de melhorar a troca de

informações, aperfeiçoando sua interpretação e a compreensão (NIYAMA, 2006,

p.38).

Para Klann (2011, p. 14), o objetivo primordial do processo de convergência

contábil internacional é a busca por maior transparência, confiabilidade e melhoria

na qualidade da informação contábil.

Em meio a tantas turbulências ocasionadas pelo desperdício de tempo e de

dinheiro para conciliar as normas contábeis para um padrão único, verifica-se que a

contabilidade internacional surgiu para diminuir as dificuldades de quem quer investir

fora de seu país e que até algum tempo precisava manusear balanços em diversas

normas contábeis, tentando compatibilizá-las para comparar (CARVALHO; LEMOS;

COSTA, 2009, p.15).

Page 42: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

41

2.3.1 Aspectos da Harmonização Contábil no Brasil

Há diversos fatores que afetam o desenvolvimento dos sistemas contábeis, as

influências externas, ecológicas, domésticas, tributárias, financeiras. “Existem as

diferenças entre os países que afetam diretamente a geração da informação para o

usuário: diferenças culturais, sistemas legais, forma da captação de recursos,

taxação ou tributação, profissão contábil, nível de inflação” (NIYAMA; SILVA, 2009,

p.31).

Oliveira et al. (2008 apud CARMINATI, 2009, p.8), identificam que “Com a

tendência da globalização da economia, torna-se vital, para a contabilidade, a

harmonização de suas normas em nível internacional, sob o risco de enfrentar uma

forte descrença”. Ou seja, fica complicado explicar a um grande empresário e/ou

investidor de nível internacional, porque as normas são diferentes em cada país.

“A efetividade do processo de convergência contábil no Brasil, e em outros

países, não depende apenas da convergência das normas contábeis”, existem

outros fatores que são determinantes neste processo, como a adequação da

legislação no país, investimentos na proteção a investidores, boas práticas de

governança corporativa, treinamentos de profissionais e, principalmente, melhoria na

qualidade da educação contábil (KLANN, 2011, p.14).

Desta forma, Pohlmann (1995 apud SOUZA; FILHO 2007, p.2), destacam a

necessidade de uma harmonização das normas contábeis em um nível mundial,

afirmando que:

A harmonização das normas contábeis é um processo necessário e natural, já que é fato notório e incontestável a recente internacionalização e globalização dos negócios, trazendo como provável conseqüência o requerimento maciço de informações de natureza contábil, com um conteúdo claro e bem compreendido por todos os usuários.

A harmonização contábil é um processo onde envolve diversos países que de

comum acordo, atingem mudanças significativas nos seus sistemas contábeis,

tornando-os compatíveis e respeitando as diferenças distintas de cada região.

Verifica-se que a harmonização não é uma tarefa fácil devido aos mais

variados obstáculos para sua realização, mas esta etapa é necessária para reduzir

as divergências contábeis entre os países, pois o objetivo não é acabar com as

Page 43: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

42

diferenças, mas adaptá-las, direcionando ao atendimento das particularidades de

cada país (WEFFORT, 2005 apud SOUZA; FILHO 2007, p.4).

2.3.2 Vantagens e Desvantagens

De acordo com Niyama; Silva (2009, p.17), “pressupõe-se que a grande

vantagem da padronização é a redução de custos de transações e pesquisas”.

Destaca que a busca pela padronização é devido, principalmente, pela existência da

assimetria da informação e relata também que padronização não tem como foco

reduzir ou eliminar risco do mercado de capitais, mas sim busca reduzir as

incertezas, a qual é inerente à economia.

Alguns países não possuem um padrão próprio de sistemas contábeis, nem

uma estrutura com leis e regulamentos ou organismos profissionais de classe com

influência na elaboração das normas, desta maneira a harmonização torna-se mais

fácil à implantação, pelo fato que os ajustes necessários para fazer a conciliação são

menores, sendo então uma vantagem (NIYAMA, 2006, p.38).

Cardoso (2011, apud Marques, 2011, p.16), afirma que um dos benefícios das

IFRS é favorecer a obtenção de recursos com custos menores, pois quando a

informação é qualificada, reduz-se o custo de capital.

Segundo Alves (2011, p.6), constituir um único padrão mundial traz benefícios

para a economia e também para a própria profissão. Porém, a contrapartida é que

os profissionais se encontram atarefados com demais atividades como: speed

contábil, speed fiscal, nota fiscal eletrônica, entre outras mudanças e acabam não

dispondo de tempo suficiente ou não conseguem acompanhar esses processos

devido à velocidade que tais alcançam, assim não há como se capacitar à nova

realidade do Brasil, em curto prazo.

Radebaugh e Gray (2001 apud NIYAMA, 2006, p. 23), relatam 14 diversas

razões que provocam diferenças internacionais:

a) Estrutura das empresas;

b) Fatores internacionais;

c) Cultura;

d) Regulamentação da estrutura contábil;

e) Sistema legal;

Page 44: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

43

f) Inflação;

g) Crescimento e desenvolvimento econômico;

h) Ambiente social;

i) Nível de atividade empresarial;

j) Mercado financeiro e de capitais;

k) Tributação;

l) Profissão contábil;

m) Educação e pesquisa da área contábil; e

n) Sistema político.

A grande desvantagem pode ser apontada quanto aos custos diretos e

indiretos envolvidos para a regulamentação, a transferência de riqueza entre os

usuários da informação é outro ponto negativo, de maneira que alguém pode

adquirir uma informação totalmente gratuita e que outro deva pagar por ela,

(NIYAMA; SILVA, 2009, p.17).

As dificuldades pela implantação da harmonização onde diferentes países

possuem diferentes culturas, neste ponto a regulamentação não trata de cada uma,

e nem todas as instituições tem o direito de contribuir para o processo de tomada de

decisão de alguma norma (NIYAMA; SILVA, 2009, p.17).

2.3.3 Cronograma da Harmonização

A publicação da Lei nº 11.638/2007, conhecida como a Lei das Sociedades

por Ações, é considerada como o marco legal que deu início ao processo de

convergência das normas contábeis no Brasil, além de trazer alterações

significativas na Lei nº 6.404/1976 (KLANN, 2011, p.14).

A obrigatoriedade inicial da elaboração dos demonstrativos nos novos

padrões internacionais foi das entidades de capital aberto, em 2008, logo após o

Banco Central e a CVM determinaram que até o ano de 2010, todas as instituições

financeiras adotassem as IFRS para as suas demonstrações (NIYAMA, 2009 apud

MOURA, 2011, p. 50).

A figura demonstra o processo de implementação das IFRS pelas

organizações:

Page 45: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

44

Figura 1 : Implementação do IFRS

Fonte: Deloitte Touche Tohmatsu (2008, p. 13, adaptado)

Neste cenário de mudanças, as Pequenas e Médias Empresas (PME’s)

também estão obrigadas quanto à adoção das normas, o prazo estabelecido foi

2011 e foi regulamentado através da Resolução CFC nº 1.255/09 (GIROTTO, 2010,

p.7).

Para auxiliar neste processo de transformações, criou-se o CPC, órgão

normalizador, tem como objetivo buscar a unificação para viabilizar a convergência

das normas contábeis brasileiras aos padrões internacionais (CPC, 2007).

Assim o CPC (2007), também dispõe do comprometimento do Brasil quanto à

adoção dos novos padrões:

O Brasil está inserido no rol dos países que já estão comprometidos com a adoção das IFRS (mais de 100 países segundo dados do IASB de 2007) por meio das iniciativas do Banco Central do Brasil (2006), da Comissão de Valores Mobiliários (5/2007) e Superintendência de Seguros Privados (12/2007), os quais formalmente estabeleceram a obrigatoriedade para as entidades por eles reguladas, Instituições Financeiras, Companhias Abertas e Entidades Seguradoras, respectivamente, de elaborar e divulgar as demonstrações contábeis consolidadas a partir do exercício social, findo em 31 de dezembro de 2010, com base nas IFRS. Com isso, o trabalho dos preparadores dessas demonstrações contábeis deverá ser iniciado até o

Page 46: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

45

final de 2008, para fins de apresentação das demonstrações contábeis consolidadas de 2010, comparadas às de 2009.

Desta maneira, verifica-se que o cronograma da harmonização contábil

contribui para nortear as empresas quanto ao prazo para adoção das novas normas,

ressalta-se que a padronização tende a atingir grande parte dos países, atualmente

além das companhias de capital aberto e as pequenas e médias empresas, as

instituições públicas federais e estaduais também já adotaram as normas e as

municipais foi imposto o prazo para 2013.

Page 47: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

46

3 METODOLOGIA

Diante dos conceitos expostos, o presente estudo configura-se como sendo

uma pesquisa de caráter exploratório e utilizará métodos quantitativos. A pesquisa

será construída através de coleta e análise de dados através das técnicas de

levantamento estatísticas, de maneira que o objetivo é abordar o assunto de forma a

torná-lo mais explícito, investigando-o e interpretando-o.

A pesquisa exploratória é desenvolvida no sentido de proporcionar uma visão geral acerca do determinado fato. Portanto, esse tipo de pesquisa é realizado, sobretudo, quando o tema escolhido é pouco explorado e torna-se difícil formular hipóteses precisas e operacionalizáveis (GIL, 1999 apud RAUPP; BEUREN, 2003, p.80).

Raupp; Beuren (2003, p.80), afirmam também que se caracteriza um estudo

como pesquisa exploratória, geralmente quando existe pouco conhecimento sobre o

tema a ser abordado, desta maneira, através do estudo exploratório, tem-se a

intenção de conhecê-lo mais a fundo a fim de torná-lo mais claro.

Para auxiliar a pesquisa exploratória, os métodos quantitativos buscam

garantir a exatidão dos resultados, evitando as distorções de análise e interpretação,

permitindo assim melhor margem de segurança quanto às deduções feitas. (RAUPP;

BEUREN, 2003, p. 93)

Conforme Cresweu (2007, apud MOURA, 2011, p. 70):

Uma técnica quantitativa é aquela em que o investigador usa primariamente alegações pós-positivistas para desenvolvimento de conhecimento (ou seja, raciocínio de causa e efeito, redução de variáveis específicas e hipóteses e questões, uso de mensuração e observação e teste de teorias), emprega estratégias de investigação (como experimentos, levantamentos e coleta de dados, instrumentos predeterminados que geram dados estatísticos).

Já para Richardson (1999, apud RAUPP; BEUREN, 2003, p. 92), afirma que a

pesquisa quantitativa caracteriza-se:

Caracteriza-se pelo emprego de quantificação tanto nas modalidades de coleta de informações quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde as mais simples como: percentual, média, desvio-padrão, às mais complexas, como coeficiente de correlação, análise de regressão, etc.

Page 48: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

47

Markoni; Lakatos (2009, apud GILIO, 2011, p. 45), “destacam que a pesquisa

quantitativa atinge um maior número de pessoas e empresas ao mesmo tempo, por

ser aplicada de forma mais objetiva”.

Por se tratar de uma pesquisa exploratória, com método quantitativo,

inicialmente foi necessário formular o referencial teórico para poder dar

sustentabilidade às dúvidas, sugestões e críticas. Posteriormente a necessidade é

buscar dados através da elaboração de um questionário eletrônico, de maneira que

a relação de perguntas serão organizadas e aplicadas, sem a presença do

entrevistador.

A amostra utilizada constitui-se de contabilistas de escritórios contábeis e os

contabilistas das empresas com contabilidade interna, ambos com atuação na

cidade de Concórdia - SC, sendo que o banco de dados foi solicitado junto ao

Sindicato dos Contabilistas desta cidade. O banco de dados foi complementado com

endereços de correio eletrônico por contato direto com os contabilistas, a fim de

obter um número efetivo de leitores da mensagem encaminhada, com a intenção de

garantir, ao menos, um representante por empresa.

Assim, a coleta de dados feita por meio de um questionário eletrônico,

composto por vinte e nove questões e será disponibilizado, tanto através do servidor

Google Docs quanto por envio de correio eletrônico, sendo repassadas instruções

de auxílio para o correto preenchimento do questionário.

As questões desenvolvidas são inerentes à contabilidade financeira com

enfoque da adoção das novas normas contábeis em relação à contabilidade

gerencial, ressalta-se que a base do questionário já foi aplicada em uma tese para

obtenção do título de mestrado, dando, desta forma, autenticidade à pesquisa.

Após a coleta de dados, as informações obtidas serão interpretadas e

apresentadas como resultado da pesquisa, sendo realizados para análise métodos

estatísticos, onde se buscou identificar se as mudanças decorrentes da

harmonização contábil internacional tiveram alguma influência sob a contabilidade

gerencial.

A realização deste estudo contou com o apoio dos Contadores de Concórdia

associados ao Sindicato dos Contabilistas da cidade (SINDICONT) e será então

fortalecido pelo referencial teórico, o qual está estruturado especificamente para este

estudo.

Page 49: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

48

4 RESULTADOS

O presente capítulo apresenta os resultados da pesquisa, abordando a

aplicação da técnica de coleta de dados em maiores detalhes. Os resultados são

interpretados de acordo com a teoria e objetivos do trabalho.

A análise ocorreu em conformidade com as respostas do questionário

aplicado aos profissionais da contabilidade, que vivenciam no dia-a-dia experiências

na contabilidade financeira e gerencial e que percebem as modificações e as

influências da padronização.

Foram enviados questionários para todos os 36 associados cadastrados no

órgão representativo dos contabilistas SINDICONT da cidade de Concórdia – SC,

como resultado desse envio, retornaram apenas 17 questionários.

O primeiro bloco de questões caracterizou os sujeitos respondentes, sendo

assim, 65% representam profissionais que atuam em escritórios de contabilidade e

os outros 35%, respectivamente, são profissionais atuantes em empresas que

possuem contabilidade interna.

O Gráfico 01 refere-se à Questão 2 e mostra qual a área de atuação destes

profissionais, assim nos escritórios: 6 predominam na área de contabilidade, 3

atuam na parte do administrativo-financeiro, 1 atua na área fiscal e 1 respondente

identificou que atua em outra área não especificada nas opções disponíveis. Já para

as empresas: 4 profissionais atuam na contabilidade e 2 na área fiscal, desta forma

conclui-se que grande parte dos profissionais de escritórios e de empresas tem

cargo atuante diretamente ligados à contabilidade e os demais, em número

insignificante, atuam indiretamente.

Page 50: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

49

Gráfico 01: Questão 2 – Área de atuação dos profissionais

Fonte: Dados da Pesquisa, 2012.

A Questão 3 identificou qual era a função predominante dos profissionais

dentro das entidades, para os escritórios: 6 são contadores, 3 predominam na área

fiscal/contábil e 2 atuam especificamente na administração. Para as empresas: 2

atuam como contadores, 2 são direcionados para análise de resultados, 1 atua na

análise tributária e apuração de impostos e 1 faz a validação das notas fiscais,

analisando se os impostos estão corretos e a possibilidade de direito, ou não, de

crédito dos mesmos. Assim, a função predominantemente dos respondentes foi de

contadores, em número de 8, na qual parte direciona a visão para contabilidade a

financeira (contadores de escritório) e parte direciona para a contabilidade gerencial

(contabilidade interna de empresas).

A Questão 4, visou identificar se os participantes tinham conhecimento do

órgão regulador que determinou a adoção dos padrões internacionais, sendo a

resposta esperada CPC/CFC de acordo com o referencial teórico deste trabalho,

apenas 34% são conhecedores e os outros 65% não souberam identificar, conclui-

se, então, que é preocupante o número de profissionais que desconhecem os

principais órgãos responsáveis pela adoção das novas normas contábeis.

A Tabela 01 representa a Questão 5, que buscou identificar a visão dos

respondentes quanto à contribuição das IFRS para uma melhor compreensão e

análise das demonstrações contábeis, 63,64% dos profissionais de escritórios e 50%

dos profissionais de empresa, apontaram que as IFRS contribuem muito para isso,

os demais identificam como contribuições razoáveis e contribuições em apenas

alguns demonstrativos. Desta forma, estes dados apontam que ambos os perfis de

Page 51: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

50

profissionais participantes acreditam que as IFRS contribuem muito para a melhor

compreensão e análise das demonstrações contábeis.

Tabela 01: Questão 5 – Contribuição das IFRS para Análise das Demonstrações

Escritório de Contabilidade

Empresa (Contabilidade

Interna) Total

Freq. % Freq. % Freq. %

Muito 7 63,64% 3 50% 10 58,82%

Razoavelmente 3 27,27% 2 33,33% 5 29,41%

Apenas em algumas demonstrações 1 9,09% 1 16,67% 2 11,76%

Contribuem pouco 0 0% 0 0% 0 0%

Não contribuem 0 0% 0 0% 0 0%

Total 11 100% 6 100% 17 100% Fonte: Dados da Pesquisa, 2012.

A Questão 6, representada pela Tabela 02, pretendeu verificar se os

participantes consideravam que, devido à obrigação normativa, muitos ou poucos

conceitos gerenciais foram aplicados pela contabilidade financeira, assim 54,55% e

83,33%, representantes de escritório e empresa respectivamente, apontaram como

muitos conceitos aplicados e o restante considera como aplicação de conceitos

razoáveis. Desta forma evidencia-se que, mesmo devido à imposição normativa, a

percepção da maioria é que de fato muitos conceitos gerenciais foram aplicados

pela contabilidade financeira.

Tabela 02: Questão 6 – Aplicação dos Conceitos Gerenciais na Contabilidade Financeira

Escritório de Contabilidade

Empresa (Contabilidade

Interna) Total

Freq. % Freq. % Freq. %

Muitos 6 54,55% 5 83,33% 11 64,71%

Razoavelmente 5 45,45% 1 16,67% 6 35,29%

Poucos 0 0% 0 0% 0 0%

Nenhum 0 0% 0 0% 0 0%

Total 11 100% 6 100% 17 100% Fonte: Dados da Pesquisa, 2012.

Em relação à Questão 7 que pretendeu identificar se a contabilidade gerencial

passou a adotar os números da contabilidade financeira sem realizar ajustes,

evidenciou-se que 41% (sendo 6 profissionais de escritório e 1 de empresa),

Page 52: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

51

responderam que sim, 24% (3 respondentes de escritório e 1 de empresa) relataram

que houve adoção em apenas alguns dados e os outros 35% (2 respondentes de

escritório e 4 de empresa) consideraram que não houve adoção nenhuma, pois

ainda se realiza a contabilidade fiscal e societária. Conclui-se que os profissionais

que trabalham mais com contabilidade externa evidenciam essa utilização dos

números da contabilidade gerencial, frente aos que trabalham com contabilidade

interna que identificam como que não houve nenhuma adoção.

A Tabela 03 demonstra a Questão 8, evidenciando se na adoção das normas

do CPC/IASB a contabilidade usou conceitos gerenciais conforme os padrões

praticados na contabilidade gerencial, assim os representantes de escritório

afirmaram 81,82% e os de empresa 66,67%; os demais consideraram que se utilizou

em apenas alguns conceitos. Sendo assim, estes dados apontam que os

profissionais da contabilidade externa e interna acreditam que a adoção das normas

utilizou conceitos gerencias.

Tabela 03: Questão 8 – Utilização de Conceitos Gerenciais por Conta dos novos Padrões Contábeis

Escritório de Contabilidade

Empresa (Contabilidade

Interna) Total

Freq. % Freq. % Freq. %

Sim 9 81,82% 4 66,67% 13 76,47%

Apenas em alguns 2 18,18% 2 33,33% 4 23,53%

Não 0 0% 0 0% 0 0%

Total 11 100% 6 100% 17 100% Fonte: Dados da Pesquisa, 2012

A Tabela 04 apresenta a Questão 9, onde pretendeu-se verificar se as

práticas contábeis, anteriores da mensuração, ainda foram mantidas em maior parte

após a adoção, desta forma 63,64% dos profissionais de escritório e 50% de

empresas deram afirmação, acreditando que mesmo após a adoção, muitas práticas

contábeis foram mantidas, inclusive a da mensuração, os demais crêem que foram

mantidas apenas em partes.

Page 53: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

52

Tabela 04: Questão 9 – Permanência de parte das práticas contábeis anteriores à mensuração não econômica após adoção das normas

Escritório de Contabilidade

Empresa (Contabilidade Interna) Total

Freq. % Freq. % Freq. %

Sim 7 63,64% 3 50,00% 10 58,82%

Em partes 4 36,36% 3 50,00% 7 41,18%

Não 0 0% 0 0% 0 0%

Total 11 100% 6 100% 17 100% Fonte: Dados da Pesquisa, 2012.

Na Tabela 05, a Questão 10 pretendia verificar em quais processos citados

(podendo selecionar quantos fossem necessários) houve maior aproximação entre a

contabilidade gerencial e financeira após a adoção das normas, assim os mais

apontados foram, primeiramente, em 26,67% a possibilidade de realização de

ajustes de avaliação patrimonial (sendo 8 respondentes de escritório e 5 de

empresa), seguido por 22,22% que apontaram a permissão para estudo e alteração

anual das taxas de depreciação (6 respondentes de escritório e 4 de empresa) e

também 17,78% escolheram a substituição da DOAR pela DFC (sendo 6

respondentes de escritório e 3 de empresas).

Tabela 05: Questão 10 - Aproximação entre a contabilidade gerencial e financeira após a padronização

Escritório de Contabilidade

Empresa (Contabilidade

Interna) Total

Freq. % Freq. % Freq. %

Criação do grupo Intangível 3 11,54% 2 10,53% 5 11,11%

Substituição da DOAR pela DFC 6 19,23% 3 15,79% 9 17,78%

Permissão para estudo e alteração anual das taxas de depreciação 6 23,08% 4 21,05% 10 22,22%

Exclusão da conta de Lucros Acumulados e tornar obrigatória a destinação do lucro obtido no final de cada período 2 7,69% 2 10,53% 4 8,89%

Subdivisão do Ativo em Ativo Circulante e Ativo Não Circulante e o Passivo em Passivo Circulante e Passivo Não Circulante 2 11,54% 3 15,79% 5 13,33%

Possibilidade de realização dos Ajustes de Avaliação Patrimonial 8 26,92% 5 26,32% 13 26,67%

Total 26 100% 19 100% 46 100% Fonte: Dados da Pesquisa, 2012.

Page 54: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

53

A Questão 11 identificou se a mensuração a valor justo aproximou a

contabilidade gerencial da financeira, em 82% houve afirmação e os demais

acreditam que ocorreu apenas em partes. Portanto, evidencia-se que ambos os

participantes, já utilizaram na contabilidade tal mensuração caracterizando a

aproximação.

Em relação à Questão 12, que pretendia verificar o grau de influência da

mensuração por valor justo na mensuração para tomada de decisão, 65% dos

participantes acreditam que há influência em um alto grau e os demais afirmam um

grau razoável de influência. Percebe-se que esta questão visou complementar a

anterior, confirmando a evidência dos resultados obtidos, devido à sua similaridade,

sendo, neste caso, também apontado pela maioria grande influência da

mensuração.

A Questão 13 pretendia evidenciar se as empresas adotaram o padrão IASB

e FASB por exigência legal ou por fins societários: 9 profissionais de escritório

afirmaram que ocorreu por exigência legal e apenas 2 relataram que foi por fins

societários; os representantes de empresas: 1 acredita ser por fins societários e 5

afirmam ser por exigência legal. Assim, os dados obtidos evidenciam que a maioria

dos respondentes (82%), adota a padronização das normas IASB por força de

obrigação regulatória.

Em relação à Tabela 06, a qual representa a Questão 14, pretendeu

evidenciar se após a adoção das normas do CPC/IASB as áreas de controladoria e

áreas similares perceberam a utilidade dos números apurados pela contabilidade

financeira, desta forma 72,73% participantes de escritório e 76,47% das empresas

afirmaram ser perceptível a utilidade de tais números frente à contabilidade

financeira, o restante acredita que a utilidade foi razoável.

Tabela 06: Questão 14 – Utilidade dos números apurados pela contabilidade financeira

Escritório de Contabilidade

Empresa (Contabilidade Interna) Total

Freq. % Freq. % Freq. %

Muito 8 72,73% 5 83,33% 13 76,47%

Razoável 3 27,27% 1 16,67% 4 23,53%

Pouco 0 0% 0 0% 0 0%

Muito Pouco 0 0% 0 0% 0 0%

Total 11 100% 6 100% 17 100% Fonte: Dados da Pesquisa, 2012.

Page 55: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

54

A Questão 15 visou identificar se as áreas de controladoria e áreas similares

usam informações produzidas pela contabilidade financeira nos relatórios e análises

gerenciais, 82% dos respondentes acreditam que usam, e muito, as informações, o

restante acredita que é razoável e pouca a sua utilização. Conclui-se que os

profissionais de contabilidade interna e externa acreditam na importância quanto à

utilização das informações financeiras em diversas áreas similares da controladoria.

Em relação à Questão 16, buscava identificar se a adoção das normas do

CPC/IASB é ainda feita por ajustes individuais ou se atualmente as operações estão

sendo parametrizadas nos sistemas contábeis, 71% afirmaram que ainda estão

fazendo ajustes individuais, o restante avalia que os ajustes são parametrizados.

Evidencia-se, conforme apontam estes dados, que muitas operações ainda são

ajustadas manualmente, talvez porque ainda os softwares não estão totalmente

habilitados quanto à parametrização para adoção das novas normas.

Quanto à Questão 17, representado pela Tabela 07, identificava se o teste de

Impairment passou a ser muito ou pouco utilizado pelas áreas gerenciais, 54,55%

representantes de escritórios e 50% acreditam ser muito utilizado, 12% (sendo

representantes apenas das empresas) desconhece o teste e o restante avalia como

sendo o uso razoável e pouco. Sendo assim, estes dados apontam que grande parte

dos profissionais de escritório quanto de empresas, acredita ser muito utilizado pelo

fato do mesmo apresentar prudentemente o valor real líquido de realização de um

ativo.

Tabela 07: Questão 17 – Utilização do Teste de Impairment pelas Áreas Gerenciais

Escritório de Contabilidade

Empresa (Contabilidade

Interna) Total

Freq. % Freq. % Freq. %

Muito 6 54,55% 3 50% 9 52,94%

Razoável 2 18,18% 1 16,67% 3 17,65%

Pouco 3 27,27% 0 0% 3 17,65%

Muito Pouco 0 0% 0 0% 0 0%

Desconheço o teste 0 0% 2 33,33% 2 11,76%

Total 11 100% 6 100% 17 100% Fonte: Dados da Pesquisa, 2012.

A Tabela 08 evidencia a Questão 18, que buscou identificar se o

reconhecimento, a mensuração e a evidenciação de ativos intangíveis aumentaram

Page 56: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

55

a aceitação de montantes apurados pelas áreas de controladoria e áreas similares,

63,64% dos escritórios e 50% das empresas acreditam que aumentou muito, o

restante acredita ser razoável a indiferente.

Tabela 08: Questão 18 – Aceitação do Reconhecimento, Mensuração e Evidenciação de Ativos Intangíveis

Escritório de Contabilidade

Empresa (Contabilidade

Interna) Total

Freq. % Freq. % Freq. %

Muito 7 63,64% 3 50% 10 58,82%

Razoávelmente 4 36,36% 2 33,33% 6 35,29%

Pouco 0 0% 0 0% 0 0%

Muito Pouco 0 0% 0 0% 0 0%

Indiferente 0 0% 1 16,67% 1 5,88%

Total 11 100% 6 100% 17 100% Fonte: Dados da Pesquisa, 2012.

A Questão 19, representada pela Tabela 09, pretendeu identificar se o

reconhecimento de bens usados em operações de arrendamento mercantil

influenciou, de forma significativa, as áreas de controladoria e áreas similares, assim

72,73% para os escritórios e 66,67% para as empresas, acreditam ter influência

muito significativa, os demais apontam influências entre razoáveis a indiferentes.

Tabela 09: Questão 19 – Influência significativa do reconhecimento de bens usados por operações de arrendamento mercantil

Escritório de Contabilidade

Empresa (Contabilidade Interna)

Total

Freq. % Freq. % Freq. %

Muito 8 72,73% 4 66,67% 12 70,59%

Razoável 2 18,18% 1 16,67% 3 17,65%

Pouco 1 9,09% 0 0% 1 5,88%

Muito Pouco 0 0% 0 0% 0 0%

Indiferente 0 0% 1 16,67% 1 5,88%

Total 11 100% 6 100% 17 100% Fonte: Dados da Pesquisa, 2012.

A Tabela 10 representa a Questão 20, a qual buscou identificar se a produção

de informações requisitadas para evidenciação das novas normas usou critérios

internos de relatórios por canal, produto e outras divisões, 90,91% dos respondentes

Page 57: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

56

de escritórios e 83,33% das empresas, apontou respostas que sim, utilizou critérios,

os demais respondentes desconhecem tal obrigatoriedade.

Tabela 10: Questão 20 – Utilização de critérios internos para produção de informação por segmento

Escritório de Contabilidade

Empresa (Contabilidade

Interna) Total

Freq. % Freq. % Freq. %

Sim, usou critérios 10 90,91% 5 83,33% 15 88,24%

Não, nossa entidade não está obrigada 0 0% 0 0% 0 0%

Desconheço a obrigatoriedade 1 9,09% 1 16,67% 2 11,76%

Total 11 100% 6 100% 17 100% Fonte: Dados da Pesquisa, 2012.

A Questão 21 evidenciou se as previsões apuradas pela contabilidade

financeira foram usadas com informações pelas áreas de controladoria e áreas

similares, 100% dos respondentes apontaram como sim. Assim verifica-se que, tanto

os profissionais de escritórios quantos os de empresas, reconhecem a importância

dos dados das previsões da contabilidade financeira frente às outras áreas.

A Tabela 11 representa a Questão 22, a qual visou identificar se a

depreciação de ativos imobilizados conforme critérios econômicos do CPC, foram

usados em áreas de controladoria e áreas similares, 72,73% respondentes de

escritórios e 83,33% de empresas, apontaram que a depreciação dos ativos

imobilizados foi utilizada em todos os critérios econômicos e em conformidade com o

CPC, as demais respostas apontaram que os critérios foram utilizados em apenas

alguns ativos.

Tabela 11: Questão 22 – Utilização da depreciação de ativos imobilizados

Escritório de Contabilidade

Empresa (Contabilidade

Interna) Total

Freq. % Freq. % Freq. %

Sim, em todos os casos 8 72,73% 5 83,33% 13 76,47%

Em apenas alguns ativos 3 27,27% 1 16,67% 4 23,53%

Não, pois adotam-se os critérios fiscais 0 0% 0 0% 0 0%

Total 11 100% 6 100% 17 100% Fonte: Dados da Pesquisa, 2012.

Page 58: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

57

A Tabela 12 representa a Questão 23, onde identifica se a mensuração por

valor justo para propriedade de investimentos é usada de alguma maneira pela

controladoria e áreas similares, 63,67% dos escritórios e 66,67% das empresas

acreditam ser utilizado em todos os investimentos e os demais afirmam ser em

apenas alguns investimentos.

Tabela 12: Questão 23 – A utilização da mensuração por valor justo para propriedade de investimento

Escritório de Contabilidade

Empresa (Contabilidade

Interna) Total

Freq. % Freq. % Freq. %

Sim, em todos os investimentos 7 63,64% 4 66,67% 11 64,71%

Apenas para alguns investimentos 4 36,36% 2 33,33% 6 35,29%

Não é utilizada 0 0,0% 0 0% 0 0%

Total 11 100% 6 100% 17 100% Fonte: Dados da Pesquisa, 2012.

A Questão 24, representada pela Tabela 13, identifica se os critérios de

reconhecimento das receitas são usados pelas áreas de controladoria e similares,

apenas 63,64% dos respondentes de escritório apontam ser utilizado em sua

totalidade e 33,33% dos representantes de empresas, apontam ser utilizados

somente os mais importantes e os aplicáveis somente à atividade da empresa.

Desta forma, verifica-se que apenas os profissionais de contabilidade externa

acreditam que tais critérios das receitas são utilizados pelas áreas de controladorias

e áreas similares.

Tabela 13: Questão 24 – Utilização dos critérios de reconhecimento das receitas

Escritório de Contabilidade

Empresa (Contabilidade

Interna) Total

Freq. % Freq. % Freq. %

Sim, em sua totalidade 7 63,64% 1 16,67% 8 47,06%

Apenas os considerados importantes 2 18,18% 2 33,33% 4 23,53%

Somente os aplicáveis à atividade da empresa 2 18,18% 2 33,33% 4 23,53%

Não, a entidade não observa esses critérios 0 0% 0 0% 0 0%

Desconhece 0 0% 1 16,67% 1 5,88%

Total 11 100% 6 100% 17 100% Fonte: Dados da Pesquisa, 2012.

Page 59: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

58

A Questão 25 identifica se a mensuração de instrumentos financeiros por

valor justo é usado pelas áreas de controladoria e similares, assim 100% dos

respondentes deram afirmação, ou seja, a totalidade dos profissionais acredita que

tal mensuração é utilizada nas diversas áreas da contabilidade.

A Tabela 14 representa a Questão 26 que evidencia se a adoção das novas

normas resultou em aproximação entre contabilidade gerencial e financeira, 88%

dos respondentes acreditam que contribui de forma significativa para aproximar a

contabilidade gerencial e apenas 12% aponta como parcial, onde a contabilidade

gerencial utiliza-se de apenas alguns critérios de contabilidade financeira. Sendo

assim, estes dados apontam que os profissionais da contabilidade interna e externa

acreditam que a adoção das novas normas se tornou uma importantíssima

aproximação das informações fornecidas pela contabilidade gerencial, tanto quanto

da financeira.

Tabela 14: Questão 26 – Contribuição da adoção das normas para aproximação entre contabilidade gerencial e financeira

Escritório de Contabilidade

Empresa (Contabilidade

Interna) Total

Freq. % Freq. % Freq. %

Sim, contribuiu significativamente para aproximar a contabilidade gerencial 9 81,82% 6 100% 15 88,24%

Parcialmente, pois a contabilidade gerencial utiliza-se de apenas alguns da contabilidade financeira 2 18,18% 0 0,00% 2 11,76%

Não houve aproximação 0 0% 0 0,00% 0 0%

Total 11 100% 6 100% 17 100% Fonte: Dados da Pesquisa, 2012.

A questão 27 visou identificar, se com a implantação das IFRS, as

demonstrações contábeis representarão informações mais fidedignas, 100% dos

respondentes afirmaram, ou seja, ambos os profissionais respondentes acreditam

que a adoção das novas normas contribui, através dos demonstrativos, para a

geração de informações mais claras e confiáveis,

A Tabela 15 representa a Questão 28, onde verifica se a implantação das

IFRS no cenário brasileiro demonstra um avanço para a atividade contábil, 63,64%

dos escritórios e 100% das empresas acredita que o avanço demonstra a

maturidade da ciência contábil e 36,36% dos demais respondentes aponta que o

Page 60: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

59

cenário contábil está apto para atrair novos investimentos internacionais. Conclui-se

que as IFRS, para o Brasil, alavancam de forma significativa os investimentos

estrangeiros e que a ciência contábil está passando por um momento de constante

crescimento.

Tabela 15: Questão 28 – Implantação das IFRS no cenário contábil para avanço dessa atividade

Escritório de Contabilidade

Empresa (Contabilidade

Interna) Total

Freq. % Freq. % Freq. %

Um avanço que demonstra a maturidade na ciência contábil 7 63,64% 6 100% 13 76,47%

A implantação demonstra que o cenário contábil está apto para atrair novos investimentos influentes sobre a economia brasileira 4 36,36% 0 0% 4 23,53% Não demonstra avanço para atividade contábil 0 0% 0 0% 0 0% A implantação não foi realizada no momento adequado, assim o cenário atual não consegue suportar os avanços pretendidos 0 0% 0 0% 0 0%

Total 11 100% 6 100% 17 100% Fonte: Dados da Pesquisa, 2012.

Por fim, a questão 29 era totalmente aberta, concedida ao respondente um

comentário, caso achasse necessário, quanto à harmonização, houve contribuição

de quatro respondentes.

Sendo apenas um representante das empresas, o qual apontou:

“Apesar de demonstrar um avanço, maturidade da ciência contábil, deveria ter

sido implantada de maneira gradativa, possibilitando-se assim a adaptação de

softwares e da alteração simultânea da legislação tributária evitando-se talvez o RTT

e F-Cont.”.

Os outros três representantes de escritório comentaram:

“BENEFÍCIOS: Melhor identificação da classificação do patrimônio. Melhor

identificação do valor do patrimônio. DIFICULDADES: Perda da referência científica

na aplicação do “valor justo”.

“Os benefícios são visíveis, pois as informações ficam transparentes e todo e

qualquer usuário de outros países entendera nossas demonstrações. O problema é

que o Brasil não estava preparado para esta adaptação momentânea, abaixo estão

Page 61: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

60

alguns problemas que enfrentamos: para se ter uma idéia, o CRC de Santa Catarina

começou a trazer cursos para contadores a partir de 2011, onde a implantação

deveria ter sido feita em 2010, ou seja, nosso conselho deveria ter antecipado estes

cursos. Os sistemas contábeis ainda estão se adequando para poder gerar o

Balanço Fiscal e Societário. A previsão de implantação total das IFRS Full e das

IFRS PME para todas as empresas é em 2017.

E ainda, o último representante evidencia: “Evolução dos negócios;

globalização da economia; as empresas devem demonstrar, de forma clara e

objetiva, seu patrimônio; em qualquer lugar do mundo os investidores poderão fazer

análises sobre o patrimônio, sem a necessidade de ajustes, para efeito de

adequação de normas contábeis internas.

Sendo assim a presente pesquisa evidenciou as contribuições das IFRS

diante de um novo cenário na contabilidade para adoção mundial da harmonização

contábil, onde os participantes elencaram importantes vantagens que ocorreram

como: informações mais qualificadas, fidedignas, transparentes e principalmente

úteis para as decisões gerenciais das organizações, direcionando desta forma os

dados gerados a partir dos demonstrativos não somente para o fisco.

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61

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Atualmente vivencia-se um momento de suma importância na contabilidade,

diante de um novo cenário de grandes mudanças e desafios ocasionados pelas

novas Normas e Procedimentos Contábeis, representando um marco histórico para

a evolução do setor.

A adoção das normas internacionais de contabilidade tem como objetivo

aproximar a contabilidade financeira da contabilidade gerencial e assim

proporcionar, aos usuários da contabilidade, informações fidedignas para tomada de

decisão, conforme apresentado na revisão teórica deste estudo, as IFRS visam à

harmonização internacional da contabilidade.

Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi abordar se, em meio às

mudanças nas Normas Contábeis, as IFRS resultam em aproximação da

contabilidade financeira com a gerencial e quais às influências ocasionadas neste

ambiente.

Através da aplicação do questionário com questões selecionadas e inerentes

ao assunto abordado, identificou-se que os contadores, tanto de contabilidade

interna como externa, acreditam que a adoção das IFRS contribuiu muito para a

aproximação da contabilidade financeira para a gerencial.

Verificou-se que ambos os participantes evidenciam a fidedignidade das

informações geradas pelos demonstrativos elaborados em conformidade com as

novas normas, relatando que todos os usuários da informação contábil buscam

encontrar nelas dados confiáveis, transparentes e principalmente, que relatem a

verdadeira posição e variação econômico-financeira das entidades, auxiliando mais

no processo de tomada de decisão, pois hoje a visão é que as informações devem

atender mais as necessidades das empresas e não primeiramente ao fisco.

Identificou-se também às influências ocasionadas pela convergência

internacional, que trouxeram muitas vantagens como: a redução de custos,

informações claras e precisas, melhor compreensão e análise dos demonstrativos,

novas oportunidades de investimentos com riscos menores, facilidade em manusear

balanços em um único padrão, dentre outros.

Em contrapartida, há ainda muitas desvantagens ocasionadas neste

processo: os sistemas contábeis não estão suficientemente habilitados para atender

as novas exigências, os profissionais de contabilidade, em meio a tantas mudanças,

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não conseguem atualização do conhecimento, causa ocasionada devido à legislação

brasileira priorizar o atendimento ao fisco, assim as informações gerenciais acabam

perdendo a sua relevância.

Desta maneira, com o término do presente estudo, ressalta-se a sua

importância para o meio acadêmico, devido permitir confrontar conceitos de

contabilidade gerencial com a contabilidade financeira, em relação à percepção

entre os dois públicos alvos de profissionais de escritórios e empresas desta

pesquisa, sugere-se assim novos estudos, com população e amostras diferentes da

utilizada, identificando outros aspectos quanto à adoção das IFRS em relação a

outros ramos da contabilidade.

Page 64: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Questionário

Questão Texto da Pergunta Tipo de Resposta

1 Qual o tipo de empresa que você trabalha? Fechada 2 Em qual área da empresa você trabalha? Fechada 3 Qual a função predominante de sua área dentro da empresa? Aberta

4 Qual o órgão regulador que determinou (predominantemente) a adoção dos padrões contábeis convergentes ou integralmente aos padrões internacionais?

Fechada

5 Na sua visão as IFRS contribuem para que haja uma melhor compreensão e analise das demonstrações contábeis?

Fechada

6 Você considera que devido à imposição normativa, muitos ou poucos conceitos gerenciais foram aplicados na contabilidade financeira?

Fechada

7

Na adoção das normas contábeis do CPC/IASB uma das principais características é o uso da premissa da essência sobre a forma. Você acha que devido a essa premissa das diretrizes normativas, a contabilidade gerencial passou a adotar os números da contabilidade financeira sem realizar ajustes?

Fechada

8 Na adoção das normas contábeis do CPC/IASB você acredita que a contabilidade usou conceitos gerenciais por conta de serem esses os padrões praticados na contabilidade gerencial?

Fechada

9 Você acredita que práticas contábeis anteriores de mensuração não econômica foram na maior parte mantidas mesmo após a adoção das normas do CPC/IASB?

Fechada

10

Em quais processos abaixo você considera que ocorreu a maior aproximação entre contabilidade gerencial e contabilidade financeira após a adoção das normas do CPC/IASB? (selecione quantos achar necessário)

Semi-aberta

11

Você acredita que a mensuração a valor justo, conceito integrante dos padrões contábeis presentes nas normas do CPC/IASB, aproximou a contabilidade gerencial da contabilidade financeira?

Fechada

12 Qual o grau de influência da mensuração por valor justo na mensuração para tomada de decisões?

Fechada

13 Sua empresa adota o padrão IASB e IFRSs por força de: Fechada

14

Você acredita que após a adoção das normas do CPC/IASB as áreas de controladoria e finanças (e áreas similares) passaram a perceber utilidade nos números apurados pela contabilidade financeira?

Fechada

15

Você identifica que as áreas de controladoria e finanças (e áreas similares) usam as informações produzidas pela contabilidade financeira em seus relatórios e análises gerenciais?

Fechada

16 A adoção das normas do CPC/IASB ainda é feita por ajustes individuais ou as operações estão parametrizadas nos sistemas contábeis da empresa no padrão dos CPCs/IFRSs?

Fechada

17 O teste de redução ao valor recuperável de ativos (teste de impairment) passou a ser muito ou pouco usado pelas áreas gerenciais?

Fechada

18

O reconhecimento, a mensuração e a evidenciação de ativos intangíveis conforme as normas do CPC/IASB aumentaram a aceitação de seus montantes apurados pelas áreas de controladoria, finanças, valuation, fusões e aquisições, MIS (e áreas similares)?

Fechada

Page 74: As Influencias das IFRS sobre a Contabilidade Gerencial - Jessica Ferraz Ciências Contábeis

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19

O reconhecimento de bens usados para operações de arrendamento mercantil financeiro como ativo pelo arrendatário conforme estabelecido pelas normas do CPC/IASB influenciou significativamente as áreas de controladoria, finanças, avaliação de empresas (e áreas similares) quanto ao valor dos ativos?

Fechada

20

A produção de informações por segmento conforme requisitado para evidenciação pelas normas do CPC/IASB usou os critérios internos de relatórios por canal, produto, cliente e outras divisões?

Fechada

21 As provisões apuradas pela contabilidade financeira foram usadas como informação pelas áreas de controladoria, finanças e áreas similares?

Fechada

22 A depreciação de ativos imobilizados conforme os critérios econômicos determinados pelas normas do CPC/IASB foi usada pelas áreas de controladoria, finanças e áreas similares?

Fechada

23

A mensuração por valor justo das normas CPC/IASB para propriedades para investimento (investimentos adquiridos com a finalidade de vendê-lo quando estiverem mais valorizados) é usada de alguma forma pela controladoria, finanças e áreas similares?

Fechada

24 Os critérios de reconhecimento das receitas estabelecidos pelas normas do CPC/IASB foram usados pelas áreas de controladoria, finanças e áreas similares?

Fechada

25 A mensuração de instrumentos financeiros por valor justo determinado pelas normas CPC/IASB é usada pelas áreas de controladoria, finanças e áreas similares?

Fechada

26 Você acredita que a adoção das normas contábeis do CPC/IASB resultou em uma aproximação entre contabilidade gerencial e contabilidade financeira?

Fechada

27 Na sua ótica, com a implantação das IFRS, as demonstrações contábeis demonstrarão informações mais fidedignas?

Fechada

28 Na sua ótica a implantação das IFRS no cenário contábil brasileiro demonstra um avanço para a atividade contábil?

Fechada

29 Faça algum comentário se achar necessário quanto á harmonização contábil no Brasil (benefícios, dificuldades)

Aberta