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Com uma combinação perfeita entre tecnologia e design inovador, a Marcopolo produz soluções que trazem, em sua concepção, o que há de mais moderno e avançado no segmento de ônibus rodoviários para aproximar pessoas com conforto e segurança.
O futuro do transportepassa por aqui.
facebook.com/OnibusMarcopolo twitter.com/OnibusMarcopolo youtube.com/OnibusMarcopolo
umárioS
Conforto e carinho estão sempre presentes nos serviços da Eucatur, cujos modernos ônibus trafegam em boa parte do
território brasileiro, e que também chegam à Venezuela.
O espaço que
falta nos aviões é
confortavelmente
desfrutado pelos
passageiros nas
viagens de ônibus.
Na página 12,
apresentamos
outras
comparações
que resultam na
preferência de
90% dos viajantes
brasileiros
pelo ônibus.
1212
3232
Cartas ..................................................6
Carta do Presidente .............................7
Bagageiro .............................................8
Opinião .............................................. 58
LEIA MAIS:
Ao comemorar
40 anos de
funcionamento,
o terminal
rodoferroviário
de Curitiba está
passando por uma
profunda reforma.
Vai ficar ainda
mais moderno e
funcional.
Já estão sendo
distribuídas
nos ônibus
interestaduais
em todo o País
as edições de
número 5 do
Almanaque
de Bordo e da
revista Diversão
a Bordo.
Renovação constante da frota e inovação periódica dos métodos de gestão
fazem da União uma das mais eficientes empresas de transporte rodoviário de
passageiros do Brasil.
4242
4646
2020
26 Comil A encarroçadora teve muito
o que comemorar em 2012. E tem bons planos para 2013.
48 Marcopolo No ano passado teve vendas
estáveis no mercado interno e forte evolução no exterior.
50 Volvo Teve crescimento de 25% nas
vendas de ônibus e continua ampliando seu espaço.
54 Nova edição ABRATI e ANTP preparam a
terceira edição do Prêmio Boas Práticas.
56 Qualidade Artigo de Alexandre Resende
traz detalhes sobre o Prêmio ANTP de Qualidade.
PASS
ATEM
POS
BOM PRA CABEÇA
No 6
A Revista ABRATI é uma publicação da
Associação Brasileira das Empresas de
Transporte Terrestre de Passageiros
Editor Responsável
Ciro Marcos Rosa
Produção, edição e editoração eletrônica
Plá Comunicação – Brasília
Editor Executivo
Nélio Lima – MTb 7903
Impressão
Gráfica e Editora Athalaia – Brasília
Imagem da capa
Divulgação
Esta revista pode ser acessada via
internet: http://www.abrati.org.br
Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre
de Passageiros
Presidente Renan Chieppe
Vice-PresidenteLuiz Wagner Chieppe
Diretor Administrativo-FinanceiroPaulo Alencar Porto Lima
DiretoresCarlos Alberto de O. Medeiros, Cláudio Nelson C. Rodrigues de Abreu, Francisco Tude de Melo Neto, Jacob Barata Filho, Leônidas Elias Júnior, Letícia Sampaio Kitagawa, Mário Luft, Paulo Humberto Naves Gonçalves, Pedro Antonio Teixeira, Sandoval Caramori,Telmo Joaquim Nunes e Washington Peixoto Coura.
SuperintendenteJosé Luiz Santolin
Assessoria TécnicaAtaíde de Almeida
Assessoria de Comunicação SocialCiro Marcos Rosa
SAUS Quadra 1 - Bloco J - Edifício CNT Torre A – 8º andar - Entrada 10/20 CEP: 70.070–944Brasília - Distrito Federal
Telefone: (061) 3322-2004Fax: (061) 3322-2058/3322-2022E-mail: [email protected] Internet: http://www.abrati.org.br
SONHOS SOBRE RODASQuero lançar meus sinceros cum-
primentos pela obra Sonhos sobre
rodas, na qual se pode verificar com
riqueza de detalhes os caminhos dos
pioneiros do transporte terrestre de
passageiros no Brasil. Nesse sentido,
destaco a carta de Theodor Darius
– transcrita na íntegra –, a qual trans-
mite a exata dimensão do choque de
culturas e ao mesmo tempo a visão
mercadológica deste pioneiro, em
tempos em que sequer haviam vias
pavimentadas, tampouco sistemas
de concessão de linhas, conforme o
próprio Theodor sugestionara. Não
diferente fora a saga de Tito Mascioli
ou ainda a de João Tude de Melo,
personagens de imaginação e perseve-
rança na busca pela excelência, cujos
exemplos perduram e encantam até
os dias atuais. Enfim, a obra é enri-
quecedora, de leitura muito agradável
e recomendada a todos os que se
interessam pela história do transporte
rodoviário de passageiros.
Eduardo Lopes Paixão
HOMENAGENS 1Muito oportunas e justas as ho-
menagens prestadas em dezembro
passado pela ABRATI aos líderes do
setor de transporte do País, os sena-
dores Clésio Andrade e Acir Gurgacz,
e o empresário José Antônio Martins.
Ninguém ignora os muitos serviços
prestados a esse setor por essas três
personalidades e tenho para mim que
se nas últimas décadas o Brasil deu
passos importantes no processo do
seu desenvolvimemento, foi com a
contribuição de brasileiros da têmpera
dos homenageados. Muito bom que a
ABRATI esteja atenta ao papel desem-
penhado por esses e outros líderes.
Raul de Castro Parente
BELO HORIZONTE – MG
artasC
HOMENAGENS 2Sem dúvida, muito merecidas as
homenagens do setor de transporte
rodoviário de passageiros aos senho-
res José Antônio Fernandes Martins,
Clésio Andrade e Acir Gurgacz, todos
eles na linha de frente da defesa do
transporte de pessoas no Brasil.
Joaquim Carlos da Madeira
RIO NEGRINHO – SC
INTERNET A BORDOHá duas semanas tive minha
primeira experiência de viajar em um
ônibus com sinal de internet a bordo.
No meu caso, levei meu tablet por la-
zer, mas no mesmo ônibus da Planalto
em que eu estava havia pelo menos
um executivo (ou chefe de família,
não sei) tratando de negócios. Uma
modernidade impensável até pouco
tempo atrás, e que mostra o nível de
atualização das empresas de ônibus
hoje. Diga-se de passagem, a minha
viagem começou (e muito bem, aliás)
pela sala VIP da empresa na rodoviária
de Porto Alegre.
Ildefonso de Campos
SÃO LEOPOLDO – RS
ICMSFiquei impressionada com os cálcu-
los e as informações da matéria publi-
cada pela revista ABRATI número 71,
mostrando a diferença do preço das
passagens com e sem a cobrança de
ICMS. Também fiquei indignada com a
informação de que, como passageira
de ônibus, eu pago ICMS e passa-
geiros de avião não pagam. Gostaria
que alguém me explicasse por que a
inexplicável diferença de tratamento;
se é justo para o passageiro de avião,
mais justo ainda seria para o passa-
geiro de ônibus.
Serafina de Almeida Souza
SOROCABA – SP
6 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013
REVISTA ABRATI, JUNHO 2006REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 7
arta do PresidenteC
É sempre tempo de Boas Práticas
O que vemos agora é um sistema
consolidado, que opera com veículos cada
vez mais sofisticados, dotados de internet a
bordo, ar-condicionado e serviços diferenciados,
como, por exemplo, leito e executivo em um
mesmo ônibus.
Renan Chieppe,
Presidente da ABRATI.
A ABRATI sempre se empenhou em contribuir para o aperfeiçoamento dos ser-
viços prestados aos passageiros pelas empresas associadas. Exemplo disso
é o incentivo permanente dado pela Associação aos programas de qualidade das
empresas ou dos quais elas participam. Mais recentemente, os programas ou
ações de qualidade das associadas passaram a ser ainda mais valorizados com o
advento do Prêmio Boas Práticas no Transporte Terrestre de Passageiros, instituído
há dois anos pela ABRATI, em conjunto com a ANTP – Associação Nacional dos
Transportes Públicos.
Em 2013, caminhamos para a terceira edição do Prêmio, registrando desde já
a perspectiva de participação de diversas empresas, interessadas em fazer jus à
premiação nas diversas categorias abertas à disputa. Tudo isso se encaixa perfei-
tamente nas diretrizes das nossas associadas, diretrizes essas que se traduzem
na busca incessante pelo aperfeiçoamento dos serviços prestados.
Hoje são muitas as empresas detentoras de certificações de qualidade e que
acabam se tornando referência nos serviços que prestam. E temos notado, com
enorme satisfação, que é cada vez maior o número de companhias que investem
sistematicamente no aperfeiçoamento dos seus serviços, principalmente com o
uso de contínuos treinamentos e cursos de reciclagem.
Aliás, o sistema de transporte rodoviário de passageiros que se desenvolveu
no Brasil, e cujo início data de cerca de 80 anos atrás, goza de elevado prestígio
entre os técnicos em transporte no mundo todo, por conseguir atender a um País
de dimensões continentais com tarifa módica, regularidade e qualidade.
Como bem sabem os empresários que mantêm esse sistema, tudo isso foi
construído com enorme esforço e abnegação, desde o tempo do desbravamento
de tantas regiões brasileiras onde o único meio de transporte disponível era ou
seria o ônibus, e onde, muitas vezes, o próprio empreendedor se via na obrigação
de abrir seus próprios caminhos de terra para ligar cidades e lugarejos distantes
às capitais.
O que vemos agora é um sistema consolidado, que opera com veículos cada
vez mais sofisticados, dotados de internet a bordo, ar-condicionado e serviços
diferenciados como, por exemplo, leito e executivo em um mesmo ônibus. Enfim,
um sistema que utiliza equipamentos e veículos iguais aos que circulam nos países
mais avançados do mundo.
O significado disso pode ser resumido em uma palavra: qualidade. E a terceira
edição do Prêmio Boas Práticas, a exemplo das anteriores, mais uma vez dará
visibilidade ao notável e permanente esforço das empresas para oferecer sempre
o melhor aos seus passageiros.
Júlio
Fer
nand
es
8 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013
B A G A G E I R O
DEMONSTRAÇÃO CONFORTO
RODOVIASCANADÁ
CARAVANA ESTRELAS DO BRASIL, DA MERCEDES-BENZ, PERCORRE O PAÍS
NO CAMINHÃO PESADO ACTROS ATÉ A CAMA UTILIZA TECNOLOGIAS AVANÇADAS
GOVERNO MUDA O MODELO DAS CONCESSÕES
MARCOPOLO FAZ INVESTIMENTO ESTRATÉGICO
A Mercedes-Benz do Brasil,
em parceria com seus
concessionários, está
realizando uma nova ação
itinerante de demonstração
de caminhões e de
divulgação de produtos,
serviços e tecnologia
da marca. Denominada
“Estrelas do Brasil”, na
primeira etapa a caravana
percorrerá 20 cidades
das regiões Sudeste, Sul,
Centro-Oeste e Nordeste.
Em cada uma delas são
expostos caminhões
indicados para o setor
atacadista, varejista e
hortifrutigranjeiro, com
a oferta de condições
especiais para a compra
dos veículos. Pode-se fazer
test-drive com caminhões
de todas as linhas Accelo,
Atego, Atron, Axor e Actros.
Caminhões de todos os modelos
da Mercedes-Benz na caravana.
Na cabine, além dos assentos,
também uma cama confortável.
Foto
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gaçã
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O Governo mudou as regras
do modelo de concessão
de rodovias para tornar o
negócio mais rentável e
atraente aos investidores.
O prazo das concessões foi
estendido para 30 anos e
a perspectiva de aumento
da demanda foi reduzida
de 5% para 4%. O prazo
de carência passou de
até três anos para cinco
anos e o tempo total de
financiamento foi ampliado
de 20 para 25 anos. Ao
mesmo tempo, foram
diminuídas as exigências
de comprovação
do patrimônio líquido.
No caminhão pesado top
de linha da Mercedes-
Benz, até a cama se
destaca pelo bem-estar
PARCERIA
CAIO INDUSCAR OFERECE CURSOS GRATUITOS PARA A COMUNIDADE
Em parceria com a
Prefeitura Municipal de
Botucatu-SP, o Senai
e a Guarda-Mirim, a
Caio Induscar está
oferecendo dois cursos
profissionalizantes
gratuitos à comunidade:
de Auxiliar de
Montagem de
Carrocerias de Ônibus
e de Soldador MAG.
O objetivo do projeto
é qualificar mão de
obra especializada. As
primeiras turmas foram
iniciadas na terceira
semana de fevereiro.
No total, cerca de 360
pessoas sairão dos
cursos aptas a trabalhar
em diversos postos de
trabalho que exigem
esse tipo de formação.
e pelos benefícios que
proporciona para a saúde
do motorista. A cama da
cabine Megaspace dos
cavalos-mecânicos Actros
2646 6x4 e 2546 6x2 tem
colchão de alta qualidade,
que facilita a máxima
ventilação e não acumula
umidade. O estrado
de molas anatômicas
independentes assegura
melhor distribuição de
peso, ajustando-se ao
perfil físico do motorista.
A cama tem 1,95 metro
de comprimento e 70
centímetros de largura.
A Marcopolo está
subscrevendo 11.087.834
novas ações ordinárias
a serem emitidas pela
encarroçadora New Flyer
Industries Inc., com sede
em Winnipeg, Canadá, que
produz ônibus naquele país
e nos Estados Unidos. O
valor das ações ordinárias
totalizará 116,4 milhões
de dólares canadenses,
representando 19,99%
do capital social empresa
canadense. New Flyer e
Marcopolo pretendem
explorar oportunidades de
cooperação em áreas do
ramo em que atuam.
REVISTA ABRATI, JUNHO 2006REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 9
CAMINHÕES MEIO AMBIENTE
INTEGRAÇÃO
SEGUNDA FÁBRICA
RENOVAÇÃO
DAIMLER INDIA DEVE LANÇAR 17 NOVOS MODELOS
CITARO ELÉTRICO PRESENTE NO FÓRUM DE DAVOS
FILHOS DE COLABORADORES CONHECEM AS FÁBRICAS DA MARCOPOLO NO SUL
ATÉ DEZEMBRO A COMIL COMEÇA A PRODUZIR SEUS URBANOS EM LORENA
CATARINENSE COMPRA MAIS QUATRO MARCOPOLO 1800 DOUBLE DECKER
Boas vendas levaram a Daimler
India a ampliar a linha.
O Citaro híbrido: transporte
limpo para os participantes.
Silvio Calegaro, Diretor-Geral da
Comil: produção em um turno.
Pais e filhos reunidos à mesa no local de trabalho.
A Comil anunciou que no
quarto trimestre deste ano
passará a produzir ônibus
urbanos em sua segunda
unidade industrial, que está
sendo instalada em Lorena-
-SP. Inicialmente, a unidade
funcionará com um turno. A
partir de então, a matriz, em
Erechim-RS, passará a fabri-
car exclusivamente ônibus
rodoviários, intermunicipais,
micros e alguns modelos
urbanos mais sofisiticados.
Somada a capacidade de
produção das duas unida-
des, a Comil poderá fabricar
até 8.000 unidades/ano.
Desde o dia 20 de
fevereiro a Daimler India
está comercializando no
mercado indiano, com
a marca BharatBenz,
caminhões médios de 9 a
12 toneladas. A montadora
anunciou que até o fim
deste ano colocará à
venda, no total,
17 modelos de
caminhões BharatBenz.
Dois ônibus híbridos
Citaro, da Mercedes Benz,
com tecnologia de célula
de combustível, foram
utilizados no transporte
regular dos participantes
do 43º Fórum Econômico
Mundial de Davos, na
Suíça, deste ano. Os dois
veículos foram fornecidos
pela empresa suíça
PostAuto Schweiz AG.
Em fevereiro, a Auto Viação
Catarinense passou a
contar com mais quatro
unidades do ônibus
Double Decker 1800,
da Marcopolo, todas
destinadas às linhas
de longa distância da
empresa, especialmente
Florianópolis–São Paulo.
Cerca de 500 filhos
de colaboradores da
Marcopolo visitaram as
fábricas onde trabalham
seus pais e conheceram
o funcionamento da
encarroçadora Marcopolo,
em Caxias do Sul-RS.
Divididas em turmas, elas
estiveram nas unidades
Ana Rech e Planalto,
onde participaram
de várias atividades,
como apresentações
de palhaços, oficinas
de música, narração de
histórias, sessão de
cinema e brincadeiras.
Também foi servido
lanche. Elas andaram em
um ônibus Marcopolo G7
que passou por um teste
d’água. E ainda ganharam
uma camiseta e um
baldinho para pipocas,
alusivos ao evento, além
de fazerem uma refeição
com os pais.
Os carros oferecem
dois diferentes tipos de
serviço, com 44 poltronas
executivas na parte
superior e nove poltronas
leito na parte de baixo. Ao
longo do ano a companhia
estará dando sequência ao
seu rotineiro programa de
renovação de frota.
assageirosP
Mais barato, confortável e pontual: é o ônibus!Não é novidade que a maioria dos viajantes prefere utilizar o ônibus nos seus deslocamentos pelo
Brasil e por vários países vizinhos. Houve um tempo em que a principal razão para isso eram apenas
as tarifas muito mais baratas. Atualmente, porém, os passageiros sabem que continuam pagando
menos, mas estão viajando com conforto cada vez maior.
Os passageiros brasileiros pagam tarifas acessíveis e viajam em ônibus modernos que se colocam entre os melhores do mundo.
A primeira experiência da enfermei-
ra Anielle Samara de Souza com
viagem de avião foi bem complicada.
Os problemas começaram na hora de
comprar as passagens de ida e volta
entre Uberlândia e São Paulo: sem
querer, ela digitou o nome incompleto.
Depois tentou corrigir, mas a compa-
nhia aérea não aceitou; sugeriu que
ela cancelasse a passagem para pos-
teriormente receber o dinheiro de volta,
e comprasse outra. Foi o que ela fez,
mas logo descobriu que já não havia
passagens de promoção disponíveis,
e assim, para pagar o mesmo preço
de antes teve que antecipar a viagem
em 12 horas e descer em Campinas.
“Precisei trocar a folga no trabalho
e não sei quando vou receber de volta o
dinheiro da primeira compra. O valor vai
ser cobrado na próxima fatura do meu
cartão de crédito” – lamentou Anielle
ao reportar o episódio, que teve ou-
tros desdobramentos desagradáveis.
Uma pessoa iria apanhá-la à noite no
aeroporto de Congonhas e, como ela
chegou às 13 horas, vinda de Campi-
nas, teve de ficar mais de seis horas
esperando até ser apanhada.
Se Anielle tivesse embarcado na
rodoviária de Uberlândia, teria chegado
ao terminal com apenas 10 minutos de
antecedência, embarcado sem stress
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eira
12 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013
Anielle Samara de Souza: queria pousar em
São Paulo, desceu em Campinas.
e desembarcado direto em São Paulo
oito horas depois, a bordo de um ôni-
bus bem confortável. Esse foi o tempo
que ela gastou no complicado percurso
Uberlândia–Campinas–São Paulo.
Também teria escolhido entre quatro
opções de horários, dos quais três em
ônibus convencional e um executivo. A
companhia aérea lhe ofereceu duas.
É verdade que estes não são os
transtornos mais comuns para quem
viaja de avião. Mas o que dizer dos
atrasos e cancelamentos constantes
por razões meteorológicas? E como ex-
plicar desvios motivados por acidentes
como o que ocorreu em Congonhas,
onde um jatinho perdeu os freios e
provocou a interdição da pista? Algo
ainda pior aconteceu em Viracopos,
Campinas, onde um avião cargueiro
quebrou o trem de pouso e causou
a interdição de pousos e decolagens
por dois dias, infernizando a vida de
25.000 passageiros de várias com-
panhias. Tornaram-se mais ou menos
comuns os problemas nos sistemas
de controle de check-in das operado-
ras aéreas, ocasionando centenas de
atrasos nos voos.
CONVIVÊNCIA
É claro que, em situações normais,
as modalidades rodoviária e aérea de
transporte de passageiros oferecem
espaço para uma convivência em
regime de competição comercial. O
passageiro escolhe a opção que mais
lhe convém. Por exemplo: não faz mui-
to tempo que o engenheiro Francineto
dos Santos Queiroz, do Rio de Janeiro,
estava trabalhando em Santos. Para
ele, a melhor maneira de ganhar tempo
era viajar de ônibus pela Rodovia Rio-
-Santos. Atualmente, ele trabalha em
São Paulo e continua morando no Rio
de Janeiro. Optou então pelo avião.
Já o casal Walter Braga e Maria
Bernadete, que mora em Londrina-PR,
usa sempre os ônibus da Viação Garcia
em suas viagens de ida e volta a São
Paulo. A mesma opção é feita para
ir do Paraná ao Espírito Santo. “Nós
gostamos muito de viajar de ônibus”,
diz Bernadete. “E é mais barato”,
emenda Walter.
NOVOS VIAJANTES
A classe média brasileira, que
segundo recente estudo do Banco
Mundial cresceu 50% nos últimos dez
anos, estimulou não só a compra de
automóveis – o que, teoricamente,
poderia tirar passageiros dos ônibus
– como também fez aumentar o inte-
resse por viagens. O resultado foi o
aumento do volume de passageiros
nas modalidades ônibus e avião. Num
primeiro momento, as companhias aé-
reas passaram a oferecer promoções
e passagens pagas em muitas parce-
las. Em consequência, uma parte dos
passageiros de menor poder aquisitivo
trocou momentaneamente de modal.
Isso afetou principalmente as rotas de
longa distância, como, por exemplo,
entre São Paulo e a região Nordeste.
Ocorreu, no entanto, que os prejuízos
acusados nos balanços trimestrais das
companhias aéreas no ano passado,
somados ao aumento no preço dos
combustíveis, levaram a aumentos
nas tarifas de avião. Isso tem levado
de volta ao ônibus muitos passageiros
das rotas de longa distância.
Claro que nas distâncias de até
300 ou 400 quilômetros e nas cidades
sem ligações aéreas adequadas com
os grandes centros, o ônibus continua
Walter Braga e Maria Bernadete gostam de
ônibus e das tarifas muito mais baixas.
Francineto dos Santos Queiroz usa o avião
ou o ônibus, dependendo do percurso.
REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 13
assageirosP
sendo a melhor opção para o usuário.
Porém, mesmo nas distâncias maio-
res, uma eventual opção pelo avião
deve considerar que o tempo gasto
na viagem precisa ser acrescido do
tempo de deslocamento até o aero-
porto (principalmente em metrópoles
como São Paulo e Rio de Janeiro), e
a vários outros fatores como aqueles
60 minutos de antecedência exigidos
para o check-in, a superlotação dos
aeroportos, os constantes atrasos
para a decolagem (muitas vezes provo-
cados por questões meteorológicas), a
demora para desembaraçar a bagagem
no destino e o tempo de deslocamen-
to do aeroporto até o ponto final da
viagem. Tudo isso pode anular pelo
menos parte da vantagem da maior
velocidade do avião.
Outro detalhe importante é que
as viagens rodoviárias se beneficiam
da melhor localização dos terminais
– quase sempre mais próximos dos
centros das grandes cidades e melhor
servidos de transporte público. É o
caso do Terminal Rodoviário Tietê,
de São Paulo. Ali, a administradora
Socicam controla a movimentação de
2.500 ônibus e 450.000 passageiros
por dia. A pontualidade das partidas
é controlada por um sistema de sof-
twares que libera o acesso de cada
veículo exatamente 15 minutos antes
do embarque dos passageiros, para
que a partida ocorra no horário e sem
filas. As empresas mantêm seus veí-
culos em pátios próximos do terminal
para evitar atrasos em dias de grande
movimento. Os ônibus de linhas curtas
deslocam-se diretamente da área de
desembarque para a de embarque e,
nos raros casos de atraso na chegada,
o veículo programado é substituído por
um reserva mantido de plantão nas
proximidades. O Terminal Tietê dispõe
de circuito interno de TV, que monitora
todas as suas instalações e arredores
para garantir a segurança dos frequen-
tadores. Também conta com um centro
de compras e com amplas salas de
espera. Algumas empresas mantêm
salas VIP no local.
RETOMADA
O professor Leonardo Vasconcelos,
da Universidade de Brasília, com mes-
trado em transportes, lembra outras
diferenças:
“A aviação regional, ligando as
capitais ao interior dos Estados, ope-
ra com aviões de menor capacidade,
que são mais lentos e estão sujeitos
aos mesmos contratempos de infra-
estrutura e meteorologia da aviação
nacional. Ela perde para os ônibus por
não dispor da mesma quantidade de
Anuar Helayel, da Cometa: com mais
conforto e maior variedade de serviços, o
ônibus continua sendo muito vantajoso.
A diferença entre voar apertado e viajar de ônibus
Máximo 88,5 cm
Mínimo 68,5 cm
Ônibus
O reduzido espaço entre as poltronas é uma das queixas de quem viaja de avião. No ônibus, ao contrário, o espaço é muito maior.
Máximo 61,3 cm
Mínimo 57,1 cm
Avião
Div
ulga
ção
14 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013
Há algum tempo, a jornalista Lilian
Beclende, que mora em Campinas
mas viveu nos últimos dez anos em
Londres, resolveu fazer, em companhia
de um amigo inglês, uma viagem de
quinze dias pelas regiões Sul e Sudes-
te do Brasil. Para economizar, decidiu-
-se pelos ônibus de linhas regulares.
“Em cada lugar onde chegávamos,
eu fazia a programação do trecho se-
guinte e sempre conseguia encontrar
passagem para o dia e o horário que
procurava”, conta a jornalista.
Nas distâncias maiores, eles via-
javam à noite para poupar o custo do
pernoite em hotel. Foi assim que saiu
de Campinas para Curitiba, daí para
Foz do Iguaçu, depois para Florianópo-
lis. A viagem prosseguiu para o Rio de
O prazer de viajar de ônibus
frequências das viagens rodoviárias,
sem falar que a rede de aviação regio-
nal ainda é muito limitada quando se
considera o tamanho do país.”
Além disso, ele chama atenção
para o fato de que as empresas de
ônibus não só adotaram práticas e
inovações que anteriormente eram
típicas do transporte aéreo, como
introduziram outras, com a implanta-
ção da compra virtual de passagens,
de classes de serviço diferentes em
um mesmo veículo, de segmentação
tarifária conforme o tempo de ante-
cipação na compra da passagem,
entre outras comodidades ao usuário.
Finalmente, o professor Vasconcelos
observa que muitos usuários, entre
eles os pequenos empresários e
profissionais liberais que transitam
frequentemente nas médias distân-
cias, “começam a enxergar a vanta-
gem econômica e de conforto quando
utilizam ônibus mais equipados em
substituição ao avião”.
Essa tendência, aliás, já foi apon-
tada pelo jornal Folha de S. Paulo, que
informou sobre um aumento de 20%
nas vendas de passagens rodoviárias,
no ano passado, em comparação com
as vendas de 2011. Segundo o mesmo
jornal, no final de 2012 na linha São
Paulo-Rio de Janeiro, a mais movimen-
tada do país, com dois milhões de
passageiros por ano, esse crescimento
foi de 15%.
Ouvido sobre o assunto, também
o consultor de transportes Adriano
Murgel Branco, ex-secretário de Trans-
portes do Estado de São Paulo, disse
entender que, além de o transporte
rodoviário de passageiros oferecer
tarifas mais baixas em qualquer distân-
cia, suas outras vantagens são mais
nítidas nas viagens de curta distância,
como também nas médias distâncias
onde não haja voos regulares. Lilian Beclende: praticidade e economia.
MAIS SERVIÇOS
Diretor da Viação Cometa, Anuar
Helayel assegura que as empresas
rodoviárias vêm ganhando terreno não
só por causa da elevação do preço
das tarifas aéreas, mas porque elas
passaram a oferecer mais itens de
conforto no interior dos ônibus e maior
variedade de serviços. Por exemplo,
os ônibus, sempre novos, ganharam
configurações com assentos de pri-
meira classe nos modelos executivos.
Os passageiros de primeira classe
têm poltronas com graus variáveis de
inclinação e recebem manta e lanche
na viagem. Os ônibus convencionais
estão equipados com ar-condicionado
e sistema wi-fi de internet a bordo.
“A capilaridade e o maior número
de frequências do sistema rodoviário
são fatores imbatíveis na comparação
com o aéreo”, afirma o executivo.
Ele enumera outras comodidades.
Uma delas é o fato de as passagens
poderem ser compradas não apenas
nos guichês e totens instalados nos
terminais rodoviários, mas ainda por
call center, internet, smartphone e
nos sites especializados. O pagamento
pode ser parcelado em até dez vezes.
No caso da Cometa, ela também criou
um cartão fidelidade com o qual, a
cada dez trechos viajados, o passa-
geiro ganha um.
“Nas viagens de 400 a 500 quilô-
metros, temos condições de competir
com o modal aéreo, o que é comprova-
do por nossos contratos corporativos,
e apesar de as passagens aéreas não
serem tributadas com o ICMS, enquan-
to as rodoviárias são”, diz Helayel.
Segundo o executivo, a inclusão
das empresas de transporte rodoviá-
rio na nova sistemática de cobrança
do INSS, agora feita com base no
faturamento e não mais na folha de
pagamento, permitirá o repasse de
benefícios para os passageiros.
João
Lui
z O
livei
ra
REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 15
Janeiro, e em seguida ela e o amigo
pegaram a Rio-Santos rumo ao litoral
norte paulista. Dali seguiram para São
Paulo, de onde partiram para as cida-
des históricas de Minas Gerais. Lilian
conta que ambos ficaram encantados
com a qualidade dos ônibus e dos
serviços oferecidos.
“Se fosse possível fazermos toda
a viagem de avião, certamente o gasto
seria muito maior e não teríamos apre-
ciado a paisagem diferente e encanta-
dora dessas duas regiões do Brasil.”
Operadora autônoma de turismo
em Caldas Novas-GO, Wanessa Silva
Rocha viaja duas a três vezes por mês
para São Paulo, sempre de ônibus,
embora já tenha usado avião algumas
vezes. Nem sempre ela consegue apro-
veitar as promoções das companhias
aéreas porque a viagem é decidida na
última hora; já o ônibus, tem tarifa fixa Marc Elie opta sempre pelo convencional. Fernando Gresele destaca o conforto.
assageirosP
e está sempre disponível.
“É uma questão de gosto, adoro
estrada, gosto do ruído dos pneus
rodando no asfalto e aprecio as pai-
sagens do caminho”.
Ela diz que se programa para viajar
e que não fica cansada, mesmo levan-
do 12 horas em cada pernada, pois
sempre dorme uma parte da viagem.
Em geral, viaja nos ônibus convencio-
nais, saindo de São Paulo às duas da
tarde e chegando a Caldas Novas às
duas da madrugada. Na sua opção,
contam também o custo da passagem
e a facilidade de acesso ao Terminal
Tietê por metrô.
No caso do haitiano Marc Elie,
professor de línguas, que mora há dois
anos no Brasil, as viagens são para
a cidade do Rio de Janeiro. Sempre
que tem uns dias de folga ele toma
o ônibus e vai lá visitar os amigos. A
opção é sempre pelo ônibus conven-
cional. Compra a passagem na hora Wanessa Rocha adora estrada e paisagem.
e não tem preferência por empresa:
“Viajo naquela que tem o horário mais
próximo”.
O motivo das viagens do adminis-
trador de empresas Fernando Greselle
é profissional. Ele tem família em São
Paulo e trabalha há quatro anos em
Curitiba. É passageiro habitual da Via-
ção Cometa e aprecia os serviços da
empresa: “Os ônibus são confortáveis,
as poltronas espaçosas e aguardo o
embarque na sala VIP.”
Ele descobriu recentemente que a
internet é liberada no ônibus. Mora na
Vila Mariana, próximo do metrô, o que
facilita o deslocamento até o terminal
rodoviário.
“Se fosse de avião, alguém teria
de me dar carona ou eu precisaria ir
de táxi. Sem contar que passagem
de avião é muito mais cara. A opção
pelo ônibus é de ordem econômica
mesmo”, salienta.
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16 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013
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Avaliando os dois modais
São mais confortáveis do que as da classe econômica dos aviões e o espaço
livre varia de 68,5 cm a 88,5 cm.
Nas linhas nacionais não há diferença de classes e o maior espaço entre as
poltronas é de cerca de 61,3 cm.
Chegam a praticamente todos os 5.500 municípios brasileiros.
As ligações se restringem às cidades com aeroportos capacitados a receberem voos.
Em geral a passagem é bem mais barata, mesmo em casos de promoções e grande antecipação na compra da aérea.
Para alguns destinos, em período de férias e em feriados, o preço ainda
é mais caro que o rodoviário, se a compra é na véspera do embarque.
O passageiro entrega e pega a bagagem diretamente no veículo.
O passageiro não tem o controle depois do check-in e a bagagem disputa
espaço na esteira com outros voos
Se desistir da viagem, o passageiro pode pedir o reembolso e não perde dinheiro.
O reembolso exige maior antecedência na desistência, e geralmente a companhia
aérea cobra taxa e multa.
Não é cobrada nenhuma taxa de remarcação.
Além da taxa de remarcação, o passageiro pode ter que pagar diferença de tarifa se não houver passagem com o
mesmo preço para o voo escolhido.
Os terminais rodoviários são mais próximos dos centros e os custos
com deslocamento, menores. Os aeroportos geralmente são mais afastados, o que demanda mais
tempo e gera custos adicionais.
Os ônibus costumam partir quase sempre no horário.
Pontualidade é um dos principais problemas das companhias áreas.
Dependendo do destino, pode ser maior. Costuma ser
muito menor.
Não interfere na saída do veículo. Pode interferir nos
pousos e decolagens.
Oferece gratuidade em obediência a determinadas regras.
Não há gratuidade para idosos nem descontos para estudantes.
Poltronas
Destinos
Preço
Bagagem
Reembolso
Remarcação de horário e dia
de viagem
Terminais
Pontualidade
Tempo de viagem
Clima
Idosos e estudantes
Font
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REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 17
ÔNIBUS X AVIÃO – VALOR DAS PASSAGENS NO TRECHO SÃO PAULO-RIO DE JANEIRO
Promoção (R$) - Fevereiro/2013 Tarifa cheia (R$) - Fevereiro/2013
GOL 286,00 a 408,00 853,90 a 1.219,90
TAM 144,00 a 468,00 1.450,00 a 1.570,00
Viação Cometa 70,50(Convencional com ar)
99,00(Executivo)
129,00(Leito)
119,00(1ª classe)
A política tarifária é diferente
entre os modais rodoviário e aéreo.
Enquanto no rodoviário a tarifa é fixa
e específica para cada tipo de serviço
(convencional, executivo, leito e primei-
ra classe), no aéreo ela varia de acordo
com a antecedência da compra e com
as promoções. A tabela cheia, geral-
mente aplicada quando se aproxima a
hora do embarque, tem valor até dez
vezes maior que no modal rodoviário.
Sem nenhuma dúvida, na compara-
ção das tarifas a vantagem é do siste-
ma rodoviário sobre o aéreo, como se
pode ver na tabela abaixo. Ela mostra
O ônibus é a melhor opção. Basta comparar.
que, na rota São Paulo-Rio, a tarifa de
1ª classe, a mais cara da Viação Come-
ta, custa R$129,00. Portanto, é mais
baixa do que a maior promoção ofereci-
da nos sites da Tam (R$ 144,00) e da
Gol (286,00) para a ponte aérea entre
as duas capitais. Além de mais cara,
na promoção das aéreas a compra tem
de ser feita com antecedência. Se o
passageiro comprar a passagem na
véspera estará sujeito à tarifa cheia,
que, na Gol, varia de R$ 853,90 a R$
1.219,90 e, na TAM, de R$703,00
a R$ 1.310,00, conforme os sites
oficiais das duas empresas.
Preços mais baixos, facilidade para a compra da passagem e grande disponibilidade de horários: conforto para o passageiro.
A tarifa mais barata da Tam
(R$144,00) custa mais que o dobro
da do ônibus convencional com ar-
-condicionado da Cometa (R$ 70,50).
E a da Gol (R$ 286,00) equivale a
2,2 vezes a tarifa do ônibus de 1ª
classe (R$ 129,00). As empresas de
ônibus interestaduais oferecem três a
quatro opções de tarifas, dependendo
dos níveis de conforto de cada um:
convencional, executivo, leito e 1ª
classe. Nesta última opção, há um
grupo de poltronas segregadas que
proporcionam ainda mais conforto em
um ônibus executivo.
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18 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013
mpresaE
A Empresa União se renova dia a diaAos 55 anos de existência, comemorados em dezembro do ano passado, a União, de Araranguá-SC,
continua se reinventando. Para isso, dinamiza cada vez mais suas atividades com a implantação de
novos programas de treinamento para os colaboradores, forte ênfase no processo de renovação da
frota e integração total de suas agências e pontos de venda.
Quem vê nas ruas e estradas do
Sul brasileiro os modernos ônibus
Marcopolo G7 da União, transportando
com o máximo conforto e segurança
milhares de passageiros, não imagina
que, no princípio, quando a empresa
foi fundada, todos os seus veículos ti-
nham carroçarias de madeira. No caso,
eram cinco os veículos que trafegavam
sob a razão social da Transportes
Coletivos Pereira e Irmão. O lugar era
o pequeno distrito de Ermo, no muni-
cípio de Turvo, em Santa Catarina. E
o ano, 1956.
A realidade de hoje é bem dife-
rente, e tende a ser cada vez mais. O
nome Empresa União de Transporte foi
adotado dois anos após a fundação,
com a transferência da sede para Ara-
ranguá, também em Santa Catarina.
De lá para cá, a companhia nunca
parou de crescer, tanto em território
catarinense como no estado vizinho do
Rio Grande do Sul. Ao mesmo tempo,
ela se modernizou e aumentou con-
tinuamente a eficiência dos serviços
prestados. O número de segmentos
de atuação, dentro da atividade de
transporte rodoviário de passageiros,
cresceu. A intervalos, a empresa tam-
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20 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013
bém deu grande ênfase aos processos
de reestruturação administrativa e
operacional, sempre com o objetivo de
oferecer serviços cada vez melhores
aos usuários.
Essa política alcançou um de seus
pontos altos em 2001, quando, no
contexto de uma reestruturação mais
ampla, a direção dos negócios foi assu-
mida pela atual presidente, Denoraide
de Souza Pereira. Desde então, vêm
sendo permanentemente implementa-
dos novos programas de treinamento,
informatização e ações de marketing e
fidelização. Em junho do ano passado,
por exemplo, foi feita a Apresentação
do Clima Organizacional – Ano 2012. A
direção da empresa definiu o trabalho
com o intuito de promover mudanças
gradativas baseadas na opinião dos
colaboradores. Consulta então reali-
zada mostrou que 90,34% dos cola-
boradores disseram-se satisfeitos em
trabalhar na Empresa União.
FROTA
A atenção com a idade da frota
é outro aspecto que mobiliza anual-
mente a companhia. Em 2012, por
exemplo, foram incorporados novos
veículos Marcopolo G7, sendo oito
unidades do modelo Paradiso 1050
com chassis Mercedes-Benz 0500R;
quatro do modelo Ideale com chasssi
Mercedes-Benz 0500M, e dois micro-
-ônibus. Todos foram destinados às
linhas rodoviárias e de fretamento
entre os estados do Rio Grande do
Sul e Santa Catarina. Para atender o
segmento de turismo foram adquiridos
mais dois novos Geração 7 com mo-
torização Scania K400. Cada um está
equipado com três geladeiras, duas
cafeteiras, sete monitores para filmes
e DVDs, internet a bordo e toalete. O
salão da parte de baixo conta com TV
e mesas para jogos. Também há uma
mesa para jogos no salão superior.
Nas novas aquisições foram investidos
aproximadamente R$ 7.500.000,00.
Para 2013 está prevista a sequên-
cia da ampliação e renovação da frota
em todos os segmentos de atuação
da empresa.
TECNOLOGIA
Os investimentos são ainda orien-
tados para outras áreas ou necessi-
dades, dentro da política de atender
cada vez melhor os clientes internos e
externos. O setor de Tecnologia da In-
formação vem recebendo volume cres-
cente de recursos para modernização
dos equipamentos e aperfeiçoamento
dos serviços. Em 2012, mais de 20%
do parque computacional foi renovado.
Para o público externo, consolidou-
-se a venda de passagens pela inter-
net, o que permitiu maior comodidade
aos usuários. Eles já não precisam
deslocar-se até uma agência ou ponto
de venda para comprar passagens,
basta entrar no site da União (www.
empresauniao.com.br), onde é possí-
vel consultar, em tempo real, horários
e a situação de ocupação dos lugares.
Em 2013, a renovação dos equi-
pamentos vai prosseguir, em ritmo
ainda mais acelerado. Mudanças nos
procedimentos da escala estão em
fase de testes, e atualizações do ERP
serão sentidas, tanto para os clientes
internos como para os externos.
Para os clientes que preferem optar
pelas agências e pontos de venda, são
Teoria e prática na transmissão de conceitos e ensinamentos voltados à melhor operação.
Apresentação do Clima Organizacional 2012: consultas ao pessoal e mudanças gradativas.
REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 21
35 e se espalham por cidades do Rio
Grande do Sul e do Sul de Santa Cata-
rina, de modo a assegurar o transporte
de ida e volta aos passageiros das
linhas Araranguá-Torres, Araranguá-
mpresaE
-Bom Jesus, Araranguá-Florianópolis,
Araranguá-Jaraguá do Sul e Araranguá-
-Blumenau, como também para a maio-
ria dos municípios do Sul catarinense.
Os pontos de venda oferecem ainda
passagens para fretamento nacional
e internacional.
Para 2013, a União está estudando
a instalação de totens nas rodoviá-
rias, de modo a facilitar ainda mais a
compra dos bilhetes de passagem e a
validação das compras pela internet.
Outra novidade em estudo para este
ano é a implantação do Cartão Fideli-
dade União. A empresa pretende ainda
dar grande atenção aos setores de tu-
rismo e ao transporte de encomendas
rápidas em suas linhas rodoviárias.
O empenho em proporcionar maior
comodidade aos passageiros levou a
empresa a instalar uma Sala VIP no
terminal rodoviário de Florianópolis. A
intenção é estender o modelo a outras
cidades atendidas pela União.
QUALIFICAÇÃO
Outra grande preocupação da com-
panhia é proporcionar treinamento e
reciclagem contínuos a seus mais de
160 colaboradores. Nessa área, tem
grande importância o projeto Motorista
OS NÚMEROS DA EMPRESA UNIÃO EM 2012
Quilometragem percorrida
Linhas rodoviárias 3.316.510 km
Fretamentos 1.981.848 km
Total 5.298.358 km
LinhasInterestaduais 2
Intermunicipais 38
FrotaRodoviária 50
Fretamento 36
Regiões atendidas
LinhasNos estados de Santa Catarina
e Rio Grande do Sul
TurismoNacional e internacional
(Chile, Argentina, Uruguai)
Matriz Araranguá-SC
Garagens 4 Florianópolis-SC, Criciúma-SC,
Sombrio-SC, Torres-RS
Colaboradores 164
Agências e pontos de venda 20 agências 15 pontos de venda
A frota foi parcialmente renovada em 2012. O programa de renovação é anual e prosseguirá agora em 2013.
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22 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013
Instrutor, que constitui uma forma de
consolidar entre os profissionais moto-
ristas o Padrão União de Conduzir, ao
lado de noções sobre os conceitos de
direção defensiva e econômica.
Além disso, todos os colaborado-
res participam de treinamentos nas
áreas de transporte rodoviário e aten-
dimento aos clientes externo e interno.
Também participam de cursos externos
de aprimoramento.
A cada incorporação de novos ôni-
bus à frota os motoristas são subme-
tidos a treinamentos específicos, com
base nos quais aperfeiçoam seu estilo
de condução e conseguem o desem-
penho mais adequado dos veículos,
inclusive nos aspectos de preservação
do meio ambiente e de economia de
combustível. No mais recente desses
cursos, os profissionais da empresa
puderam familiarizar-se com vários dos
avanços tecnológicos introduzidos nos
ônibus Scania.
A atuação se estende à comuni-
dade. Periodicamente são realizados
levantamentos com o propósito de
Os avanços tecnológicos introduzidos nos novos ônibus sempre são objeto de treinamento ministrado aos motoristas e mecânicos.
Treinamento prático anual ensina aos colaboradores como apagar incêndios.
determinar ou redirecionar os trajetos
dos ônibus da empresa, de forma a
proporcionar mais segurança para as
pessoas e para a operadora.
Uma vez por ano é realizada cam-
panha de vacinação antigripal, quando
todos os colaboradores são vacinados.
Também há um treinamento anual
em que os colaboradores são instruí-
dos, inclusive na prática, sobre como
combater incêndios.
Todo ano, por intermédio da Asso-
ciação dos colaboradores, é realizada
uma grande festa de confraternização
do pessoal, com a participação dos
familiares, que passam o dia na sede
da entidade, recebem brindes e se
divertem com seus filhos.
REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 23
ncarroçadoraE
Comil comemora as conquistas de 2012A Comil comemorou vários avanços que, no ano passado, reforçaram a posição da empresa entre as
principais fabricantes de ônibus do Brasil. O anúncio da nova unidade em Lorena-SP, o sucesso do
Campione Double Decker e os bons negócios no mercado interno foram alguns feitos importantes.
26 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013
A encarroçadora Comil está investin-
do R$ 110 milhões na instalação
de sua nova unidade de produção,
agora em território paulista, e que
se dedicará à produção de ônibus
urbanos. A aprovação do projeto foi
anunciada em julho do ano passado. A
fábrica vai gerar 500 empregos diretos
e 1.000 indiretos e terá capacidade
para produzir 20 ônibus urbanos/
dia. Deverá estar pronta em meados
deste ano e com ela a Comil elevará
em 100% sua capacidade produtiva. Inaugurada a fábrica de Lorena,
a unidade de Erechim-RS passará a
produzir somente ônibus rodoviários.
Em 2012, a Comil lançou dois
novos modelos de ônibus. O Cam-
pione Double Decker foi apresentado
em janeiro. Projetado para atender o
transporte rodoviário de alto padrão,
encerrou o ano como o modelo mais
exportado da encarroçadora no perío-
do. Estimativa divulgada pela empresa
diz que “cerca de 250 unidades foram
vendidas ao mercado externo, princi-
palmente para a América Latina, que
absorveu 40% do total comercializado
para outros países no período”.
Um outro modelo foi lançado em
outubro, o Doppio BRT. Adaptado para
atender os sistemas de transporte
rápido, o ônibus chegou ao mercado
como um dos veículos com melhor
custo-benefício para esse segmento.
O modelo apresenta design frontal
marcantemente aerodinâmico, com o
ar-condicionado integrado à carroçaria.
CHILE E ARGENTINA
Segundo a Comil, os maiores vo-
lumes de venda do Campione Double
Decker foram para importadoras da
Argentina e do Peru, “onde o carro está
sendo utilizado em larga escala nos
sistemas de transporte rodoviário”.
Recentemente, duas importadoras
argentinas fizeram pedidos que to-
talizaram 50 unidades do modelo. A
Plusmar comprou 30 e a Colcar, 20
Campione DD. No início de 2013, a
Plusmar realizou um evento em Buenos
Aires, no qual apresentou o primeiro
Double Decker Comil que passará a
circular nas estradas argentinos.
Já as importadoras Diveimport
e Scania estão entre as principais
clientes de DD’s no Peru, com 110 e
40 unidades, respectivamente. “A con-
solidação do Double Decker Comil no
mercado externo é resultado do forte
trabalho que realizamos em conjunto
com nossos parceiros em cada país.
O mercado esperava um produto como
o Campione DD, com alto padrão de
qualidade, bom custo-benefício e um
pós-venda especializado”, afirma o
gerente de exportação, Airton A. Dalla
Corte.
A encarroçadora também alcançou
importantes mercados onde começa
a consolidar sua presença: caso da
Bolívia, por intermédio da Empresa
Transcopacabana, e do Panamá, com
a empresa CDM. No Chile, o maior
parceiro, a Comisa, adquiriu 40 ôni-
bus DD.
Aqui no Brasil, desde o lançamen-
to, 25 unidades do Campione Double
Decker foram vendidas para diferentes
empresas de transporte. As empresas
Transportes Thomaz, Capital Turismo,
Adelazeri, MS Transportes e Turismo,
Bem recebido na Argentina, o Campione DD já roda nas cidades e estradas de lá.
O Doppio BRT é uma das apostas da
Comil para 2013. Muitas cidades ainda
estão se preparando para os grandes
eventos que o País promoverá
em 2014 e 2016.
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REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 27
Neddstur, Ricardo Turismo e Osvaldo
Turismo são algumas das operadoras
que incorporaram o DD a suas frotas.
PARCERIAS
Ainda no mercado interno, em re-
lação a outros produtos, a companhia
conquistou novos clientes, além de
manter suas parcerias com diversas
empresas de transporte de passagei-
ros. Também participou ativamente de
eventos como a FetransRio, em outu-
bro. Um de seus principais parceiros
no ano foi o Grupo Belarmino, segundo
maior em transporte coletivo do Estado
ncarroçadoraE
O Doppio BRT está conquistando a confiança das operadoras de transporte meteropolitano.
de São Paulo e quarto no Brasil. O gru-
po adquiriu mais de 300 novos ônibus
Comil, inclusive 40 unidades do Doppio
BRT. Os ônibus foram incorporados às
frotas das empresas Ouro Verde, Via-
ção Lira, VB e São José, que atendem
os destinos de Campinas, Americana e
Sumaré. Recentemente, outro lote de
mais de 40 carros foi vendido para a
empresa de transportes Tuca, também
do Grupo Belarmino.
Nos últimos meses, a Comil entre-
gou ainda 124 ônibus urbanos Svelto
para duas empresas do consórcio
PróUrbano, de Ribeirão Preto-SP. Por
sua vez, a empresa Transcorp adquiriu
92 novos ônibus, e a Sertran, mais 32.
Os sistemas de transporte público
da Zona Leste de São Paulo e da cida-
de de Guarulhos receberam 31 ônibus
novos, todos do modelo Svelto Midi,
montados sobre chassi Mercedes-
-Benz. Foram comprados pela Vipol
para renovação de sua frota, atual-
mente de 80 carros. Com a compra,
a Vipol tornou-se uma das primeiras
empresas da região metropolitana
entre Guarulhos e São Paulo a utilizar
a tecnologia Euro 5. O investimento
também possibilitou o aumento da ca-
pacidade de transporte de passageiros
da empresa, mantido o mesmo número
de veículos. É que alguns micro-ônibus
da frota foram substituídos pelos
modelos da Comil, com espaço para
35 passageiros sentados e 27 passa-
geiros em pé.
Enfim, o ano passado foi de muito
trabalho e 2013 promete ainda mais:
conforme o gerente de marketing e
pós-vendas da Comil, Rodrigo Montini,
o desempenho e as conquistas de
2012 tornam 2013 ainda mais desa-
fiador. “Esperamos dar sequência ao
nosso trabalho, com foco nas neces-
sidades dos nossos clientes, e nos
prepararmos para o início da operação
na nova fábrica”.
Dedicada ao objetivo de oferecer
cada vez mais aos seus passageiros
um transporte de alto padrão, a Ex-
presso Gardênia comprou dois ônibus
Comil Campione HD 4.05 que vão ser
utilizados em linhas rodoviárias. Eles
farão viagens em distâncias de 450
km a 600 km, ligando Belo Horizonte
a balneários do Sul de Minas Gerais,
como Poços de Caldas e São Lourenço.
A Gardenia incorpora dois Campione HDNum primeiro momento, serão feitos
testes para averiguação do comporta-
mento dos veículos nas estradas, da
aceitação do público e da adaptação
dos carros às rodoviárias .
Depois de um período rodando com
os carros, a Gardenia poderá traçar
uma nova estratégia de aquisição de
novos veículos, explica o presidente
da Gardenia, Antonio Afonso da Silva:
“Escolhemos a Comil por ser uma
indústria de porte e qualidade, com
know how gabaritado neste segmen-
to”, diz Silva.
No ano passado, a encarroçadora
apresentou uma nova versão do Cam-
pione HD, acompanhando o mesmo
estilo do modelo Double Decker. O HD,
utilizado principalmente por empresas
de fretamento de turismo, apresenta
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28 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013
Os dois Campione HD adquiridos pela Gardenia vão passar por testes de aceitação do público e de comportamento nas estradas.
Nos últimos 26 anos, a Novo Horizonte comprou mais de 200 ônibus da marca Comil.
um novo conceito, com linhas, cores
e texturas mais suaves.
O ônibus também incorpora solu-
ções de espaço e ergonomia que pro-
porcionam maior conforto e segurança
ao usuário. Um novo porta-pacotes,
mais compacto, e um novo sistema
de iluminação e de direcionamento do
ar-condicionado foram desenvolvidos
para valorizar a individualidade do
usuário. O sistema de som integrado
e a opção de monitores em LED com-
plementam o conforto.
Em 2012, a Gardênia adquiriu
100 ônibus, dos quais 83 modelo
Campione e dois Campione HD. Os
carros estão operando no serviço de
fretamento e em linhas de até 150km.
A Gardênia tem uma frota de apro-
ximadamente 100 carros para linhas
intermunicipais de região metropoli-
tana e mais 350 que operam linhas
rodoviárias. Desse total, 100 carros
são da Comil.
VIAÇÃO NOVO HORIZONTE
A Viação Novo Horizonte, uma das
grandes empresas que atuam nos
trechos que ligam a Bahia aos estados
de São Paulo e Goiás, adquiriu, no final
do ano passado e início deste ano,
48 unidades do rodoviário Campione
3.65. Próprios para viagens de longas
distâncias e para suportar diferentes
terrenos, os ônibus devem ser entre-
gues até o fim de dezembro.
A parceria entre a Comil e a Novo
Horizonte existe desde a criação da
empresa, há 26 anos. Até hoje, mais
de 200 ônibus Comil foram comprados
pela companhia, que opera uma frota
com mais de 400 ônibus. Os veículos
adquiridos em 2012 servirão para
renovar parte dessa frota.
“A Novo Horizonte é um dos nos-
sos maiores parceiros. Temos muito
orgulho de fazer parte dessa frota de
ônibus que liga estados tão distantes
com qualidade e conforto para os
passageiros”, afirma o representante
comercial da região de São Paulo,
Fermino Kozak.
REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 29
mpresaE
Eucatur: transporte feito com carinhoA Empresa União Cascavel Transporte e Turismo está completando 49 anos de atividades.
Tal como foi no princípio e ao longo de toda a sua trajetória, uma das principais metas
da Eucatur continua sendo a de proporcionar aos seus
passageiros a máxima atenção possível.
No ano passado, a Eucatur pro-
moveu uma revisão de toda a
sua filosofia de trabalho, assim como
das suas práticas de gestão. Fez isso
para fortalecer o compromisso com a
Missão assumida para o seu negócio,
que é: “Atuar na integração das re giões
brasileiras através do transporte de
pessoas e cargas”. Seus diretores
partem do princípio de que a prestação
de serviços no Brasil e no mundo se
transforma em uma atividade cres-
cente e de grande perspectiva futura.
Nesse contexto, a inovação é o grande
diferencial para quem deseja continuar
no mercado e competir. E quando fala
em inovação, a companhia não se refe-
re somente à tecnologia, mas a todas
as ideias que visam, principalmente,
facilitar a vida do cliente.
Desta forma, ao aproximar-se do
seu cinquentenário, a Eucatur não
pensa apenas no seu processo de re-
novação e modernização permanentes,
inclusive da frota, mas também em
novos procedimentos administrativos
e operacionais. No ramo de passa-
geiros, busca manter a consolidação
nas áreas já atendidas; no ramo de
transporte de cargas, e dos serviços
de maneira geral, procura ampliar sua
32 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013
área de atuação. Não por acaso, sua
Visão consiste em “Ser referência
em transporte rodoviário nas regiões
Norte, Centro Oeste e Sul até 2016,
e no Sudeste até 2020”.
Para isso, investe incessante-
mente no seu patrimônio humano,
promovendo constantes cursos de
treinamento para as áreas de manuten-
ção, operacional, agentes de venda de
passagens e, principalmente, na qua-
lificação dos motoristas. Ao mesmo
tempo, busca a máxima aproximação
com os clientes por meio de um atendi-
mento harmonioso, tentando fazer com
que cada usuário se sinta em casa e
veja a operadora como uma extensão
de sua família.
A política de promover o contínuo
treinamento do pessoal é bem antiga.
Começou há 33 anos, quando, em
março de 1980, depois de ter adquiri-
do um lote de ônibus novos da marca
Volvo, realizou o primeiro curso de
direção defensiva para os seus mo-
toristas, em parceria com o Senai de
Cascavel-PR. Desde então, o trabalho
de capacitação dos profissionais na
própria empresa nunca foi interrom-
pido. Também vem de longe a preo-
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REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 33
cupação de ter uma gestão moderna.
Naquele mesmo ano, foi contratada
uma primeira consultoria, encarregada
de rever a metodologia administrativa
da Eucatur. A mesma revisão voltou a
ser feita em 2002.
A qualificação corporativa é uma
preocupação constante e está presen-
te na parceria iniciada no ano passado
com a Fundação Dom Cabral, que vem
qualificando diretores, gerências e
demais colaboradores com o objetivo
de modernizar a administração, capa-
citando os profissionais para atingir
metas e reduzir custos sem perda da
qualidade. Com o mesmo objetivo é
mantida uma parceria com a Funda-
ção Assis Gurgacz, por meio da qual
os colaboradores podem se qualificar
para o melhor desempenho em suas
áreas de trabalho.
Os esforços permanentes de reno-
vação e de contínuo avanço tecnológi-
co se estendem a todos os aspectos
da operação e do atendimento, e
contam com o forte apoio da informá-
tica. Por exemplo, o passageiro tem à
sua disposição todos os canais para
a consulta de horários e a compra de
bilhetes de passagem. Basta acessar
o site www.eucatur.com.br e escolher
a data da viagem, a origem, o destino,
a forma de pagamento. Assim, o pas-
sageiro pode programar melhor sua
viagem e bastará que no momento
indicado esteja no local do embarque
portando um documento de identifi-
cação com foto. Caso tenha alguma
dúvida por esclarecer, ele pode manter
contato por meio dos telefones 0800
45 5050 ou 0800 69 0800. Também
lhe é disponibilizado um serviço de
venda de passagem por telefone. E
ele pode ainda enviar um e-mail para
CANAIS
A companhia está se preparando
para em breve disponibilizar mais
alguns serviços pela internet, entre
eles a contratação de serviços de
transporte de encomendas. Esse
serviço já está disponível através do
0800 648 0009.
Estão à disposição dos usuários
os seguintes canais:
– Site www.eucatur.com.br, onde o
usuário pode adquirir sua passagem,
consultar linhas, consultar agências de
venda de passagens e acessar o setor
de transporte de encomendas.
– O serviço de venda via telefone
é feito pelo 0800 69 0800.
mpresaE
A garagem da Eucatur em Ji-Paraná, Rondônia: estrutura moderna e tecnologia de ponta.
O casal Nair Ventorin Gurgacz e Assis
Gurgacz: fundadores da Eucatur.
Foto
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34 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013
O Amazon Bus, homenagem da empresa à Amazônia e valorização do que é brasileiro.
– No setor de cargas é disponibili-
zado o 0800 648 0009 para cotação
de frete.
– O Serviço de Atendimento ao
Cliente, SAC, atende pelo 0800 45
5050. O 0800 648 0008 é exclusivo
para deficientes auditivos ou de fala.
ALTERNATIVAS
A empresa oferece grande varie-
dade de alternativas de serviços de
transporte rodoviário de passageiros,
começando pelos convencionais,
abrangendo parte do território nacional
e chegando à Venezuela.
Em alguns itinerários e horários, é
oferecida internet a bordo (WiFi) dos
ônibus da Eucatur.
Os passageiros da linha Porto Ale-
gre–Florianópolis contam com o Double
Service (serviço executivo e leito).
A linha Florianópolis–Porto Alegre
é atendida com o serviço Linha Direta.
São Linhas Executivas: Cascavel–
Porto Velho e Manaus–Boa Vista.
Horários convencionais são aten-
didos com veículos equipados com
poltronas semileito.
ENCOMENDAS
Um serviço diferenciado e altamen-
te eficiente é oferecido aos clientes de
encomendas. Utilizando o computador
e acessando a internet, o cliente pode
fazer o acompanhamento de suas
encomendas e mercadorias até o des-
tino. A única exigência é que faça um
cadastro na empresa, como medida
de segurança.
A Eucatur também faz o transporte
de pequenas encomendas, com grande
agilidade: é o serviço de Encomendas
Express. Para isso, ela disponibiliza
embalagens adequadas e seguras.
As encomendas são transportadas
preferencialmente em ônibus, por isso
o serviço é rápido e seguro.
Trajetória de desbravadores
A Eucatur foi fundada em 31 de
março de 1964 por Assis Gurgacz e
sua esposa Nair Ventorin Gurgacz. O
empreeendimento começou com a cria-
ção da firma individual Assis Gurgacz
e com a compra de um ônibus usado,
junto com a linha Cascavel-Santa Te-
reza do Oeste, cidades paranaenses.
Dois meses depois, o ônibus usado
não teve mais condições de rodar e
Gurgacz comprou outro, um F-600,
dando um jipe como entrada. Passou
então a fazer a linha Cascavel-Guavirá,
ambas cidades do Paraná. Simultane-
amente, deu à sua firma o nome de
Empresa União Cascavel de Transporte
e Turismo Ltda., do qual resultou a
sigla Eucatur.
Segundo Assis, o nome União foi
uma forma de demonstrar sua inten-
ção de, por meio do transporte de
passageiros, aproximar as localidades
do Oeste paranaense, aproveitando
a abertura de novas estradas, prin-
cipalmente a ligação de Cascavel às
cidades de Catanduvas, Boa Vista da
Aparecida e Capitão Leônidas Mar-
ques. A época era de forte crescimento
da região, também o turismo estava se
fortalecendo, e assim a empresa de
Assis Gurgacz pôde se expandir mais
rapidamente.
Seis anos mais tarde a Eucatur
comprou o seu primeiro ônibus novo,
um Mercedes-Benz LPO 1113 de
32 lugares, com carroçaria Incasel
Continental II, considerado modelo
superluxo. Naquela altura, as linhas
da empresa já atendiam 22 cidades
da região, entre elas Alvorada, Ibira-
cema, Alto Alegre e Santa Helena. Ela
também operava uma linha municipal
ligando Capanema a Porto Busato.
Um dos momentos mais importan-
tes da trajetória da União Cascavel e
da própria família Gurgacz, digno dos
grandes desbravadores, ocorreu em
agosto de 1972, quando Assis deci-
diu estabelecer uma linha ligando o
Oeste paranaense ao então Território
REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 35
de Rondônia. Era um passo ousado, e
tinha explicação: naquela época, agri-
cultores paranaenses e gaúchos, em
número crescente, vinham se deslo-
cando para Rondônia e o Norte do País,
de maneira geral. Em parte, porque
estavam sendo praticamente expulsos
pela construção da Hidrelétrica de
Itaipu e pela acelerada mecanização
da agricultura; e, em parte, porque se
sentiam atraídos pela grande disponi-
bilidade de terras em Rondônia.
No início da linha da Eucatur as
viagens eram feitas a cada dois me-
ses, mas os intervalos foram ficando
cada vez menores, até que a frequên-
cia se tornou diária. Em menos de
uma década a União Cascavel estaria
fazendo não só aquela linha pioneira,
mas viagens especiais e de turismo,
além de fretamentos, para Rondônia.
mpresaE
Para isso, era necessário recorrer a
uma especie de ginástica operacional:
os ônibus Volvo B58B com carroçaria
Incasel Jumbo, incorporados à frota
em 1980, viajavam do Sul até Cuiabá,
Mato Grosso e, lá, eram substituídos
por ônibus Mercedes-Benz, mais altos
e mais apropriados para as precárias
condições da rodovia BR 364, que não
tinha um só milímetro de asfalto.
No início de 1984, a transportadora
comprou mais alguns ônibus da marca
Volvo, todos do novo modelo B58E,
com carroçarias Marcopolo Paradiso
e Viaggio.
No dia 3 de dezembro do mesmo
ano, a União Cascavel começou a ope-
rar o prolongamento da linha Curitiba-
-Porto Velho, via Cascavel. Tinha 3.640
km e era a linha regular mais longa do
Brasil. Mais tarde, em 1992, a com-
panhia estabeleceu uma linha ainda
mais longa, ligando Porto Alegre a Rio
Branco, no Acre, com 4.200 km e 72
horas de viagem.
A nova garagem de Ji-Paraná, em
Rondônia, entrou em funcionamento
em 2003, com estrutura moderna e
tecnologia de ponta. Também nesse
ano, com a assessoria de consultorias
externas, foi implementada uma nova
atualização administrativa.
Em 2004, os ônibus da Eucatur
passaram a trazer, estampadas nas
carroçarias, imagens adesivadas
das regiões atendidas pela empresa,
mostrando desta forma as belezas do
Brasil. Ao longo dos anos os ônibus
Amazon Bus continuaram marcando
presença nas estradas brasileiras,
sempre mais modernos e ainda mais
bonitos.
A história da Eucatur também pode
ser contada pelas sucessivas gerações
de ônibus com os quais ela operou
suas numerosas linhas e marcou sua
Também a frota conta a história da empresa
Com água até o motor e a ajuda de cordas, a travessia tinha muito de aventura.
incansável atuação. No princípio, usou
um ônibus praticamente sucateado
que não conseguiu rodar mais que dois
meses. Passou a um F-600 e, mais
tarde, ao Mercedes-Benz LPO 1113
de 32 lugares, com carroçaria Incasel
Continental II.
Depois desse veículo, nunca mais
ela deixaria de contar sempre com os
carros mais modernos e avançados em
suas linhas. Por exemplo, em 1980
passou a operar os revolucionários ôni-
bus Volvo B58B. Em seguida, e com a
frota sempre sendo aumentada, vieram
os Volvo B58E com as vistosas carro-
çarias Marcopolo Paradiso e Viaggio.
Os ônibus Volvo B10M, com carro-
çaria Marcopolo Paradiso, chegaram
em 1995. Receberam da Eucatur a
denominação Amazon Bus, em refe-
rência à região amazônica. Traziam as
mais recentes tendências mundiais em
motorização e design e eram equipa-
dos com ar-ocondicionado, calefação
e geladeira. A Eucatur aproveitou para
inovar no atendimento aos clientes,
Ace
rvo
Euca
tur
36 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013
proporcionando a eles um nível de con-
forto que até então só era encontrado
nos ônibus leito.
Quatro anos depois, foi a vez dos
ônibus de dois pisos, para os quais a
Eucatur adotou novo nome: Amazon
Bus Imigrante – uma homenagem
àquelas pessoas que, 25 anos antes,
começaram a impulsionar o desenvolvi-
mento do então Território de Rondônia.
Esses carros podiam transportar 40
passageiros na parte superior e mais
12 na parte de baixo. Uma de suas
características era a visão privilegiada
que ofereciam nos dois níveis, graças
às amplas janelas em vidro fumê.
No ano seguinte, 2000, a compa-
nhia adquiriu mais um lote de ônibus
novos, desta vez dos modelos B10R da
Volvo, também com encarroçamento
Marcopolo 1550LD. Foram os primei-
ros veículos B10 com motorização
traseira – uma tendência que logo
dominaria em definitivo o mercado de
rodoviários.
A Eucatur começou a operar os ônibus Double Decker em 1999. A frota de DDs é renovada periodicamente.
O ônibus (ou jardineira) Mercedes-Benz dos primeiros tempos é um ícone da empresa.
Em 2002, a Eucatur promoveu
mais uma significativa ampliação da
sua frota, adquirindo novos ônibus,
desta vez com mecânica Mercedes-
-Benz, modelo O 400 e carroçarias
Marcopolo.
Na última década, o cuidado em
manter a melhor frota, e sempre a mais
nova, teve sequência com a elevação
dos investimentos na aquisição dos
mais recentes lançamentos em chas-
sis e carroçarias.
Ace
rvo
Euca
tur
Div
ulga
ção
REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 37
mpresaE
Além de dedicar seus melhores
esforços à prestação de serviços de
qualidade no setor de transporte rodo-
viário de passageiros, os fundadores
e executivos da Eucatur sabem como
é importante concorrer para o bem-
-estar social e para a proteção ao meio
ambiente nas comunidades onde atua.
A empresa desenvolve vários projetos
nesse sentido. Eis alguns:
CRECHE VÓ NAIR
Instalada em Ji-Paraná, Rondônia,
proporciona tranquilidade às funcioná-
rias, cuidando de seus filhos enquanto
elas trabalham. O nome da creche é
uma homenagem à senhora Nair Ven-
torin Gurgacz, cofundadora da Eucatur
e esposa de Assis Gurgacz, presidente
da empresa.
A creche tem estrutura para aten-
der crianças de 4 meses a 6 anos de
idade, com sala de aula, sala de recre-
ação, dormitório, berçário, refeitório,
horta, lavanderia, área externa coberta
e gramado com diversos brinquedos.
Forte consciência da responsabilidade social
As crianças de 3 a 6 anos estu-
dam como em qualquer outra escola
da rede pública ou privada. De acodo
com a idade, participam das turmas do
Jardim I,II ou do Pré-escolar.
APAE
A empresa faz a manutenção gra-
tuita dos veículos de apoio e transporte
utilizados pelas APAE de várias cidades
do Brasil. Também realiza treinamen-
tos periódicos com os motoristas
desses veículos, proporcionando-lhes
conhecimentos de direção defensiva
e econômica, e também instruções
sobre a maneira correta de conduzir
os veículos, desta forma reduzindo a
manutenção.
FUNDAÇÃO ASSIS GURGACZ
Preocupado em atender as neces-
sidades sociais e educacionais da
comunidade, o casal Assis Gurgacz
e Nair Ventorin Gurgacz fundou, em
outubro de 1997, a FAG – Fundação
Assis Gurgacz, entidade sem fins
lucrativos. A Fundação tem um histó-
rico de atuantes intervenções junto
à comunidade, com a prestação de
Adolescentes beneficiados pelo projeto Jovem Aprendiz: transformação pelo conhecimento.
Curso de computação para adolescentes na Fundação Assis Gurgacz.
Foto
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38 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013
serviços socioeducativos voltados aos
aspectos mais importantes da socie-
dade, desenvolvendo valores éticos
e consciência cidadã, e contribuindo
para as transformações sociais e ma-
nifestações do espírito democrático.
A Fundação é mantenedora de
instituições de ensino superior e,
com seu auxílio científico, desenvolve
ações que possibilitam atingir seus
objetivos. Ela presta atendimento em
áreas diversificadas, promovendo a
dignidade e a qualidade de vida de
cidadãos que estejam à margem da
sociedade econômica. Suas ações
buscam atender necessidades locais
e regionais, diagnosticadas por espe-
cialistas em problemas geopolíticos.
O universo social, bem como as suas
manifestações, são atendidos por pro-
gramas socioeducativos que visam a
promoção do ser humano, na perspec-
tiva crítica e emancipada, afastando,
portanto, qualquer ação simplesmente
assistencialista.
Com esta filosofia de ação, a Fun-
dação Assis Gurgacz vem construindo
uma identidade pautada na promoção
de conhecimentos que visam a trans-
formação dos modos de vida de seus
participantes. Suas ações são resulta-
do de pesquisas desenvolvidas espe-
cialmente para atender aos problemas
oriundos do déficit econômico social,
ou de pesquisas desenvolvidas duran-
te as ações, cujos conhecimentos são
utilizados para o aprimoramento de
futuras intervenções.
Todas as pesquisas, os materiais
necessários e os pesquisadores são
financiados com recursos da Funda-
ção, fazendo com que, cada vez mais,
docentes e estudantes se envolvam
nos processos de construção e na
aquisição de conhecimentos fomenta-
dos sob a égide da transformação e da
promoção da pessoa humana.
A política está no sangue da família
Gurgacz. Assis Gurgacz, o fundador
da Eucatur, sempre atuou no cenário
político da sua região. Em 1968, foi
eleito vereador em Cascavel, Paraná.
Em 1976, elegeu-se vice-prefeito.
Os vínculos estabelecidos com
Rondônia tornaram necessário que,
em 1976, um irmão de Assis, Airton
Pedro Gurgacz, se mudasse para lá a
fim de administrar as operações locais
Apaixonados pela políticada União Cascavel. Dois anos depois,
Acir Marcos Gurgacz, filho de Assis,
também se transferiu para Rondônia
e assumiu os negócios da família.
Em 2000, ele também entraria para a
política, elegendo-se prefeito da cidade
de Ji-Paraná. Em 2009, assumiu uma
cadeira no Senado Federal, represen-
tando o Estado de Rondônia.
Em 2010, Airton Pedro Gurgacz
tornou-se vice-governador de Rondônia.
As principais linhas da EucaturCascavel/PR – Porto Velho/RO (Executivo)
Manaus/AM – Boa Vista/RR – (Executivo)
Tubarão/SC – São Paulo/SP
Florianópolis/SC – Porto Alegre/RS (Direto)
Florianópolis/SC – Porto Alegre/RS
Curitiba/PR – Porto Velho/RO
Cascavel/PR – Rio Branco/AC
Cascavel/PR – Porto Velho/RO
Curitiba/PR – Campo Grande/MS
Cuiabá/MT – Porto Velho/RO
Cuiabá/MT – Rio Branco/AC
Aripuanã/MT – São Paulo/SP
Aripuanã/MT – Porto Alegre/RS
Aripuanã/MT – Brasília/DF
Tubarão/SC – Curitiba/PR
Erechim/RS – Ji-Paraná/RO
Balneário Camboriú/SC – São Paulo/SP
xecutivo)
xecutivo)
S (Direto)
RS
S
Senador Acir Gurgacz, Assis Gurgacz e Airton Pedro Gurgacz: a política no sangue.
REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 39
arketingM
O sucesso da Rede de ComunicaçãoA ABRATI e as empresas de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros
comemoram o crescente sucesso das ações de marketing desenvolvidas desde agosto do ano
passado pela Rede de Comunicação formada e mantida pelas operadoras.
Na avaliação do Grupo de Trabalho
criado para coordenar a Rede e
assessorar as empresas na sua im-
plementação, os objetivos pretendidos
vêm sendo plenamente alcançados,
com a divulgação de mensagens estru-
PASS
ATEM
POS
BOM PRA CABEÇAN o 6
O Almanaque de
Bordo e a revista
Coquetel Diversão a
Bordo proporcionam
leitura amena e
entretenimento para
os passageiros a
bordo dos ônibus
interestaduais.
turadas e unificadas cujo público-alvo
são os milhões de passageiros que
utilizam os ônibus interestaduais como
seu meio de transporte.
Mensalmente, a Rede de Comuni-
cação produz 2 milhões de exemplares
do jornal Almanaque de Bordo; 250 mil
exemplares da revista Coquetel Diver-
são a Bordo; um vídeo institucional
para veiculação nos ônibus equipados
com sistema de áudio e vídeo, e um
spot de rádio de 30 segundos para
42 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013
05
Projetados no interior dos ônibus, os
vídeos tratam de assuntos de assuntos
relacionados à segurança e ao universo do
transporte rodoviário de passageiros.
veiculação pelas empresas em emis-
soras de rádio de suas regiões. Além
disso, está sendo mantida uma rede
social — a Juntos a Bordo —, consti-
tuída de um blog e de perfis no twitter
e no facebook.
O Almanaque de Bordo e a revis-
ta Coquetel Diversão a Bordo são
distribuí dos pelas empresas aos
passageiros a bordo dos seus ônibus.
O almanaque fornece leitura leve e in-
formações úteis. A Coquetel Diversão
a Bordo contém jogos voltados para a
atividade de transporte.
As mensagens divulgadas nessas
mídias próprias – almanaque, revista,
vídeos, spot e redes sociais — estão
interconectadas e têm sempre conteú-
do leve, voltado ao entretenimento.
Usam linguagem simples e coloquial.
O OBJETIVO
O objetivo da ABRATI e das em-
presas associadas ao utilizar essas
mídias de forma coordenada e contí-
nua, é levar aos passageiros mensa-
gens sobre a importância do ônibus
como meio de transporte utilizado
pela grande maioria dos viajantes
brasileiros. Com isso, busca-se forta-
lecer a imagem positiva da atividade
de transporte rodoviário de pessoas
(aliás, comprovada por sucessivas pes-
quisas periódicas) e enfatizar o forte
comprometimento das empresas com
os conceitos de qualidade, segurança,
conforto, pontualidade e abrangência
da rede.
O projeto Rede de Comunicação foi
montado com base nas conclusões de
um seminário realizado pela ABRATI
em outubro de 2011. Naquela oca-
sião, especialistas em comunicação e
marketing debateram com as empre-
sas associadas os principais desafios
que se apresentam atualmente às
empresas de transporte rodoviário de
passageiros.
05
REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 43
emóriaM
Há 40 anos, nossa primeira rodoviária de verdadeHá 40 anos era inaugurada em Curitiba, Paraná, a primeira estação rodoviária realmente moderna do
País, projetada e construída para proporcionar ao passageiro de ônibus o conforto e funcionalidade
que ele merece. O projeto superou amplamente tudo o que havia no melhor terminal da época – o
Novo Rio – e até hoje muitos dos conceitos adotados ali quatro décadas atrás permanecem válidos e
foram incorporados a outros empreendimentos.
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44 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013
Os 40 anos de operação do ter-
minal rodoferroviário de Curitiba
foram comemorados em novembro do
ano passado da forma como convém:
em meio à agitação e efervescência
devidas a uma série de obras que vão
torná-lo ainda melhor.
Ao ser inaugurado oficialmente, em
1972, o terminal já dispunha das 50
plataformas atuais: 25 na ala interes-
tadual e 25 na ala estadual. Além, é
claro, de lanchonetes, restaurantes,
casa lotérica, posto da Polícia Militar,
bancas de revistas e lojas de artigos
para presentes e de lembranças. As
obras atuais, quando forem concluí-
das, acrescentarão à rodoviária 24
conjuntos sanitários (oito masculinos,
oito femininos e oito entre deficientes
físicos e fraldários, 560 assentos na
área de embarque, praça de alimen-
tação climatizada com 142 m2, um
restaurante para 56 pessoas e novos
estacionamentos. Mas não só isso.
As salas de espera serão clima-
tizadas. A sala de embarque ficará
separada, na parte interna do piso
térreo, também climatizada e com
acesso exclusivo controlado por catra-
cas equipadas com sistema de leitura
dos bilhetes de passagem por código
de barras. A finalidade é diminuir a
aglomeração de pessoas durante
os embarques, especialmente em
vésperas de feriados e períodos de
férias, quando o movimento se torna
consideravelmente maior.
Na parte térrea externa, onde até
recentemente ficavam os guichês das
empresas de ônibus, serão instalados
pontos de comércio e serviços. A venda
de bilhetes passará a ser feita no piso
superior. Os usuários contarão com
quatro elevadores e quatro escadas
rolantes. Haverá uma plataforma eleva-
tória para uso de pessoas portadoras
de deficiência física.
O projeto de revitalização é do
Instituto de Pesquisa e Planejamento
Urbano de Curitiba (Ippuc) e faz parte
dos preparativos para a Copa do Mun-
do de 2014. As obras deverão ser
concluídas até o fim deste ano.
REFORMA PARA VALER
As mudanças irão além. A área
exclusiva para desembarque terá
plataformas para 10 ônibus; haverá
uma central telefônica concentrada
e espaço exclusivo para 10 caixas
eletrônicos. Acompanhantes dos que
viajam ou chegam disporão de espaços
exclusivos, fora da área de embarque.
Uma nova central de informações,
cafeterias e revistarias estarão insta-
ladas nos espaços de embarque e fora
deles. Estão previstos espaços para
uma farmácia e sete outros estabe-
lecimentos comerciais, cada um com
aproximadamente 35 m2, tudo isso no
pavimento térreo.
A administração do terminal terá
nova localização e serão readequados
os espaços destinados à Polícia Mili-
tar, ao Juizado de Menores, à Agência
Nacional de Transportes Terrestres
(ANTT), ao Departamento de Estradas
de Rodagem (DER-PR) e a organismos
afins. Serão reativadas todas as 36
câmeras de vídeo distribuídas pelo
terminal, cujas imagens internas e
externas são monitoradas pela admi-
nistração central e pela Polícia Militar
(parte delas foi desativada por causa
das obras de reforma).
Também na área externa será de-
limitado um estacionamento com 278
vagas, mais nove para deficientes, e
63 vagas rotativas. Os táxis ocuparão
área separada da entrada dos carros, e
um novo estacionamento, subterrâneo
e com 450 vagas, será implantado sob
a avenida Presidente Affonso Camargo.
Estão previstas ainda a criação de
uma ciclovia defronte ao terminal e a
instalação de um bicicletário no com-
plexo rodoviário. Todo o paisagismo
do terminal, que abrange 10.000 m2,
será revitalizado.
Estação tubo próxima à rodoviária: transporte eficiente e confortável para chegar ou sair.
REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 45
INFRAESTRUTURA
Estão projetadas ou em andamento
várias intervenções na infraestrutura
do terminal. Uma delas diz respeito
à cobertura, cujas antigas telhas de
amianto estão sendo substituídas por
um novo material dotado de isolamen-
to térmico e acústico. Também serão
reformadas as instalações elétricas,
hidráulicas e de sonorização, com
substituição da rede de fiação, troca
das caixas de som e da iluminação
em geral. Outro melhoramento será
um sistema de reaproveitamento das
águas pluviais.
Em todo o complexo serão ins-
taladas telas e monitores nas áreas
comuns, semelhantes aos dos aero-
portos, para divulgação dos horários
de saída e chegada dos ônibus. O
serviço será interligado ao sistema de
operação de plataformas, já existente.
Futuramente, os avisos e mensagens
sobre serviços poderão ser repassa-
das aos passageiros e demais usuá-
rios também em outros idiomas.
Eventuais quedas de energia elétri-
ca serão contornadas com a instalação
de um grupo de geradores com capa-
cidade para atender a todo o terminal.
Uma nova e moderna comunicação vi-
sual possibilitará ao viajante encontrar
rapidamente os serviços disponíveis.
Nas plataformas serão instalados
relógios digitais em substituição aos
convencionais.
emóriaM
As obras de revitalização estão
sendo implementadas pela Urbs –
Urbanização de Curitiba S/A –, que
gerencia e administra equipamentos
urbanos da cidade e opera a rodofer-
roviária desde sua inauguração.
A reforma é ampla e preserva o projeto arquitetônico.
As máquinas ajudam a garantir a celeridade da reforma.
A remoção de divisórias e do piso precedeu as intervenções mais severas.
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46 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013
Em 1972, de certo modo o terminal
rodoferroviário de Curitiba foi inaugu-
rado duas vezes. Na primeira, houve
uma espécie de ensaio operacional, no
dia 26 de outubro, quando o primeiro
ônibus rodoviário partiu dali. Somente
18 dias depois, no dia 13 de novem-
bro, aconteceu a inauguração oficial.
No fim do mesmo mês, a adminis-
tração da rodoviária fechou as contas
e verificou que, apesar do curto período
de operação, haviam se processado
22.007 saídas, 18.717 chegadas e
361 ônibus em trânsito, totalizando
41.085 coletivos. Registraram-se
403.640 embarques, 459.627 desem-
barques e 8.009 pessoas em trânsito,
o que totalizou 961.276 passageiros.
Os números atuais são superlati-
vos. No ano passado, por exemplo,
o movimento total chegou a 295.924
ônibus, com 139.768 partidas e
134.070 chegadas. Houve 22.086
veículos em trânsito e foram trans-
portados 7.131.307 passageiros. O
mês de maior número de saídas foi
dezembro, com 14.689 ônibus, e o
maior índice de chegadas se registrou
em janeiro, com 14.223 ônibus, além
de 2.147 em trânsito.
Em 40 anos de funcionamento, o
maior movimento de ônibus verificou-
-se em 1987, quando 394.045 coleti-
vos chegaram ou saíram do terminal.
O movimento recorde de embarques,
desembarques e pessoas em trânsito
também foi apurado em 1987, totali-
zando 11,5 milhões de passageiros.
Operam na rodoferroviária 35 em-
presas com linhas intermunicipais,
interestaduais e internacionais. São
62 linhas intermunicipais, 85 linhas in-
terestaduais e cinco linhas internacio-
nais. Há outras 36 linhas em trânsito.
Além dos seus 10.000 m2 de área
verde, a rodoferroviária ocupa outros
72.160 m2, sendo 25.600 deles de
área construída. O complexo está
localizado junto à avenida Presidente
Affonso Camargo. O acesso é facilitado
pelo Sistema Integrado de Transporte,
servido por ônibus executivos e pelos
Ligeirinhos, que contam com uma
estação-tubo nas imediações.
As plataformas de embarque passam por remodelação total. As obras também estão mudando a feição da parte externa.
Um grande sucesso desde a inauguração
Com informações da Urbs – Urbaniza-
ção de Curitiba S/A – e da Secretaria
de Comunicação Social da Prefeitura
de Curitiba.
REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 47
esempenhoD
Negócios da Marcopolo crescem 50% no exteriorEm 2012, as exportações da encarroçadora, somadas aos negócios no exterior, geraram a
receita de R$ 1.370,8 milhões, contra R$ 912,3 milhões no exercício anterior, portanto com crescimento
de 50,3%. A receita líquida consolidada foi 13,3% superior à obtida em 2011, tendo alcançado R$ 3,817
bilhões, contra R$ 3,368 bilhões do exercício precedente.
Foto
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o
48 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013
No ano passado, a produção total
da Marcopolo, consideradas suas
fábricas no Brasil e no exterior, tota-
lizou 31.296 unidades. Houve ligeira
redução (0,7%) em comparação com o
volume produzido em 2011, que foi de
31.526 unidades. Do total produzido,
nada menos que 37,7% saíram das
fábricas instaladas no exterior. Assim,
as unidades brasileiras produziram
62,3% do total.
As vendas para o mercado interno
ficaram praticamente estáveis, chegan-
do a R$ 2.446,3 milhões, com discreta
queda de 0,4%. Em termos percen-
tuais, esse montante representou
64,1% da receita líquida total. No ano
anterior, as vendas para o mercado
interno haviam representado 72,9%
da receita líquida total. Em 2012, o
lucro líquido da encarroçadora atingiu
R$ 302,4 milhões. O volume total de
investimentos no período foi de R$
277,2 milhões.
Segundo a Marcopolo, seu desem-
penho no mercado brasileiro em 2012
foi um reflexo dos desafios represen-
tados pela transição da motorização
Euro 3 para a Euro 5. Na avaliação da
encarroçadora, a nova motorização –
necessária para atender aos níveis de
emissões de poluentes estabelecidos
pela regulamentação do Conama
Proconve P7 –, impactou a produção
nacional de ônibus, que teve queda de
8,1% em relação ao desempenho al-
cançado em 2011. Nessas condições,
foram produzidas 33.080 unidades,
enquanto em 2011 haviam sido produ-
zidas 35.989 unidades. Uma medida
adotada pelo Governo Federal – a com-
pra de até 8.570 ônibus escolares do
projeto Caminho da Escola, através do
Programa de Aceleração do Crescimen-
to (PAC Equipamentos) – evitou que a
queda na produção fosse ainda maior.
Do total das aquisições viabilizadas
pelo projeto Caminho da Escola por
governos estaduais e administrações
municipais, a Marcopolo produziu
3.911 unidades.
MERCADO EXTERNO
No mercado externo, as exporta-
ções da Marcopolo a partir do Brasil
cresceram 25,9% em relação a 2011
e atingiram 2.864 unidades. Ainda
na avaliação da encarroçadora, a
desvalorização do real frente ao dólar
norte-americano e o Regime Especial
de Reintegração de Valores Tributários
para Empresas Exportadoras (REINTE-
GRA) tornaram os ônibus brasileiros
mais competitivos no mercado inter-
nacional.
O desempenho das operações no
exterior foi destacado pela Marcopolo.
Elas contribuíram com 37,7% da produ-
ção consolidada – ou 11.813 unidades
–, correspondendo a um crescimento
de 14,3%. As unidades controladas/
coligadas da Índia e do México au-
mentaram sua produção em 23,0% e
27,3%, respectivamente.
A expectativa da Marcopolo para
este ano é de crescimento, tanto na
maioria dos países onde ela opera
como no próprio mercado brasileiro.
Especificamente no que diz respeito
ao Brasil, os executivos da encarro-
çadora consideram que as melhores
condições de crédito, a aceleração
na renovação da frota de ônibus, as
licitações dos serviços de transporte
interestadual e os investimentos em
infraestrutura urbana, em especial na
implementação de sistemas BRT (Bus
Rapid Transit), deverão assegurar à
companhia uma elevada carteira de
pedidos, que já se mostra volumosa
neste início de ano. A médio prazo,
os eventos esportivos que o País vai
sediar, principalmente a Copa das
Confederações deste ano, a Copa do
Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos
de 2016, serão os principais fomen-
tadores da demanda por ônibus. A
Marcopolo aponta ainda que o projeto
Caminho da Escola continuará sendo
fator importante de estímulo à produ-
ção de carroçarias.
Em 2013 o Viale BRT deve alavancar ainda mais as vendas da Marcopolo.
REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 49
ontadoraM
Vendas de ônibus Volvo no Brasil evoluem 25%Em 2012 a Volvo do Brasil comercializou 1.687 chassis de ônibus pesados no Brasil. Ao anunciar em
São Paulo o desempenho da montadora no ano passado, o presidente da Volvo Bus America Latina,
Luis Carlos Pimenta, destacou que o volume de vendas foi 25% maior que o de 2011, quando haviam
sido vendidas 1.350 unidades.
Luis Carlos Pimenta credita o resul-
tado principalmente a dois fatores:
1º) a Volvo produz veículos de qualida-
de, “que atendem às necessidades
do mercado”, e 2º) dispõe de uma
rede de concessionárias com foco no
atendimento ao cliente. Ele comenta
que a montadora conseguiu também
bons resultados nos demais países
da América Latina, principalmente
Chile e Peru.
Os 25% de crescimento nas vendas
internas de chassis valeram à compa-
nhia a conquista do segundo lugar no
segmento de ônibus pesados. Outro
motivo de satisfação para o executivo
foi o fato de que nos últimos seis anos
a Volvo aumentou continuamente sua
participação de mercado. Finalmente,
ele informa que também houve ex-
pressivo volume de emplacamentos
de ônibus semipesados, nos quais
apostou firmemente, e que agora
tiveram desempenho de quase três
vezes mais que o resultado alcançado
em 2011: “Passamos de 220 ônibus
semipesados para 600 unidades. Lan-
çado em 2011, nosso modelo B270 F
já conquistou 5% do mercado.”
Para o executivo, o crescimento da
Volvo nesse segmento mostra como o
B270 F teve excelente aceitação pelos
operadores de transporte coletivo
urbano e também pelas empresas de
fretamento. “Esse novo produto contri-
buiu decisivamente para crescermos
no Brasil”, acrescenta.
Outros fatos que ajudaram a for-
talecer a presença da Volvo America
Latina no mercado brasileiro e nos de-
mais países latino-americanos foram o
início da produção de ônibus híbridos
na planta de Curitiba e as vendas de
ônibus para os sistemas BRT de trans-
porte coletivo urbano. Somando-se as
vendas aos demais países da América
Latina, a montadora comercializou
2.795 chassis em 2012, sendo 1.259
chassis rodoviários e 1.536 urbanos.
O Brasil representou 62% das vendas
no continente.
Na Colômbia, a Volvo consolidou
sua liderança em BRT, com entregas
que representaram a participação de
77% no segmento. No Chile, a parti-
cipação de mercado aumentou para
cerca de 10% no segmento de chassis
pesados. No Peru, o market share da
montadora passou de 7% no mercado
de pesados em 2011 para aproximada-
mente 18% no ano passado. Quanto ao
semipesado B270F, alcançou 7,2% de
participação no Peru no primeiro ano
de seu lançamento.
Roger Alm: apesar das incertezas...
Luis Carlos Pimenta: aposta certa.
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o
50 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013
CAMINHÕES
Por outro lado, a Volvo foi o fabri-
cante que mais vendeu caminhões
com motores Euro 5 no Brasil em
2012, além de alcançar progressos
significativos nos mercados da Amé-
rica Latina. No Chile, Peru, Argentina
e Venezuela – quatro importantes
mercados latino-americanos para o
Grupo – a empresa também registrou
resultados positivos.
“Apesar das incertezas na eco-
nomia, 2012 foi um bom ano para
o Grupo Volvo na América Latina,”
afirma Roger Alm, presidente do Grupo
Volvo América Latina. “Mais uma vez
expandimos nosso negócio, prova de
que estamos produzindo os melhores
veículos comerciais para os transpor-
tadores latino-americanos.”
Foram vendidos 19.164 caminhões
da marca na América Latina. No Brasil,
foram emplacadas 15.878 unidades.
A marca liderou os emplacamentos no
segmento de pesados do Brasil com
uma participação de 27%. “De cada
quatro caminhões pesados vendidos
no país, um é Volvo”, diz Alm. No
segmento de semipesados, o market
Carroçaria Irizar montada sobre o chassi B270 F da Volvo. Em pouco mais de um ano, o produto conquistou 5% do mercado brasileiro.
share da empresa atingiu a marca iné-
dita de dois dígitos, com participação
de 10,1% do mercado e 4.643 veículos
emplacados.
O Volvo FH 460cv foi, pela quarta
vez, o caminhão pesado mais vendido
no Brasil. “A grande aceitação pelo
mercado de nossos caminhões é
resultado de muitos anos de inten-
so trabalho para produzir veículos
robustos, com alta produtividade e
baixo consumo de combustível,” diz
Bernardo Fedalto, Diretor Comercial
de Vendas e Marketing para o Brasil.
“Estes atributos asseguram maior
rentabilidade para os transportadores.
Temos também uma rede de conces-
sionárias totalmente comprometidas
em atender nossos clientes com gran-
de qualidade”, complementa.
Somando-se a esses resultados
todas as vendas de caminhões das
demais marcas de veículos comer-
ciais de propriedade da Volvo (Mack,
Renault e UD) em outros países do
continente, o Grupo comercializou um
total de 23.586 unidades no mercado
latino-americano.
REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 51
Caminhões pesados com motorização Euro 5 (Proconve P7) foram os mais vendidos da Volvo.
ualidadeQ
Vem aí a terceira edição do Prêmio Boas PráticasEm parceria com a Associação Nacional dos Transportes Públicos, a ABRATI prepara-se para promover
a edição de 2013 do Prêmio ANTP/ABRATI de Boas Práticas no Transporte Terrestre de Passageiros.
As inscrições deverão ser abertas em maio próximo.
Osucesso das duas primeiras edi-
ções do Prêmio, rea lizadas em
2011 e 2012, é um motivo a mais para
as empresas de transporte rodoviário
interestadual e internacional inscre-
verem cases sobre as boas práticas
implementadas em suas organizações
com o objetivo de aperfeiçoar os servi-
ços e as relações com os clientes e a
comunidade. Registre-se que as boas
práticas não são benéficas apenas
para quem as pratica ou recebe: sua
divulgação mais ampla pode viabilizar
um valioso processo de intercâmbio de
informações e de experiências, obten-
do-se assim um efeito multiplicador.
JCA Holding Transportes, Logísti-
cas e Mobilidade Ltda., Viação Águia
Branca (premiada em duas categorias),
Expresso Guanabara (também duas ca-
tegorias), Planalto Transportes e Pluma
Conforto e Turismo, além do Instituto
Jelson da Costa Antunes, foram as
vencedoras da edição do ano passado.
Por menor que pareça, cada passo para aperfeiçoar o atendimento aos clientes pode constituir uma Boa Prática que merece ser difundida.
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eira
54 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013
Em cada edição, são premiadas
três categorias: Adesão dos Colabo-
radores, Atendimento ao Cliente e
Responsabilidade Socioambiental.
O regulamento da edição 2013 será
divulgado em maio próximo, com a
abertura do prazo para as inscrições,
que deverão ser feitas por meio digital.
O presidente da ABRATI, Renan
Chieppe, destacou a importância
do interesse e da participação das
empresas associadas e lembrou que
rotineiramente as operadoras brasi-
leiras de transporte rodoviário de pas-
sageiros já desenvolvem avançados
procedimentos, ações e programas de
qualidade. Por isso, segundo ele, o pa-
pel da ABRATI ao instituir a premiação
anual das melhores práticas tem sido
exatamente o de realçar os esforços
das empresas para evoluir cada vez
mais na prestação dos serviços. Sob
esse aspecto, o Prêmio representa
um estímulo a mais para que elas
prossigam no seu esforço por contínuo
aperfeiçoamento.
QUEM PARTICIPA
Podem participar do Prêmio Boas
Práticas todas as empresas de trans-
porte rodoviário de passageiros de
longa e média distâncias, associadas
à ABRATI. Cada organização pode ins-
crever uma Boa Prática em cada uma
das três categorias em que se divide
o Prêmio. São elas:
Atendimento ao cliente – engloba
ações de melhoria da qualidade dos
serviços prestados aos clientes, ações
de promoção de novos serviços e
ações de melhoria no relacionamento
com os clientes, usuários e comuni-
dade em geral. Exemplos: canais de
comunicação, centrais de atendimen-
to, mobilização social, pesquisas ou
sondagens permanentes, ações de
fidelização.
Adesão dos colaboradores – ações
desenvolvidas pelas organizações para
ampliar a adesão dos colaboradores
aos seus valores e projetos; ações
destinadas a melhorar a capacitação
e a qualificação do colaboradores;
ações para melhoria do clima interno
de trabalho.
Responsabilidade socioambiental
– ações de responsabilidade social e
ambiental voltadas ao fortalecimento
da inserção da empresa na sociedade
em geral; ações envolvendo a redução
ou compensação dos impactos da
atuação da empresa sobre o meio am-
biente; ações voltadas para a melhoria
da qualidade de vida nas comunidades
onde as empresas atuam.
CRONOGRAMA
Os formulários de inscrição serão
disponibilizados no site do Prêmio a
partir de maio. No formulário de inscri-
ção a empresa informará seus dados
cadastrais e a categoria ou categorias
em que está sendo inscrita. A empresa
também fará um sumário de cada Boa
Prática inscrita.
Na etapa seguinte, já inscrita, ela
registrará no site do Prêmio um Rela-
tório Descritivo, descrevendo sua(s)
Boa(s) Prática(s) nestes aspectos:
Descrição do contexto da expe-
riência: objetivos, metas projetadas,
público alvo.
Relato da experiência: concepção,
etapas ou atividades envolvidas, recur-
sos tecnológicos, de planejamento e
gestão utilizados; proposta de divulga-
ção; recursos de mídia e de promoção.
Envolvimento da empresa e de par-
ceiros: identificação dos segmentos
da(s) empresa (s) envolvida(s) ; impac-
to sobre as práticas da(s) empresa(s).
Avaliação da experiência: resul-
tados obtidos, indicativos do grau de
satisfação do público alvo, dos parti-
cipantes e da comunidade; indicativo
do grau de satisfação dos acionistas;
impactos sobre o posicionamento da
empresa no mercado.
Em maio, a ABRATI e a ANTP di-
vulgarão o regulamento completo do
Prêmio e os prazos para: a) inscrições;
b) entrega dos trabalhos inscritos;
c) avaliação pela banca de juízes; d)
anúncio das empresas vencedoras.
A entrega dos prêmios ocorrerá em
dezembro, por ocasião do evento anual
de confraternização da ABRATI.
Os programas de treinamento e reciclagem de pessoal são exemplos de Boas Práticas.
REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 55
rtigoA
Gestão no transporte públicoOs habitantes das grandes cidades do País vivem um paradoxo.
De um lado convivem com o crescimento da economia, com os
avanços tecnológicos, o acesso constante e irrestrito à internet e a
uma complexa gama de informações em uma fração de segundo.
O mundo inteiro a um clique. De outro lado, as constantes
dificuldades de deslocamento em suas cidades para as mais
simples e diárias tarefas de trabalho, escola ou lazer.
O mundo ganha em velocidade
enquanto as cidades congestio-
nadas param.
Este cenário atual coloca a mobilida-
de urbana em foco. O tema é uma das
principais demandas da população, é
pauta constante da mídia e de debates
envolvendo múltiplos atores sociais,
que cobram por ações imediatas dos
poderes constituídos.
São desafios contínuos e cotidia-
nos para os quais a sociedade, em
geral, espera que órgãos gestores e
operadores privados encontrem, em
curto prazo, soluções compatíveis
para este problema crônico de nossas
cidades, que é o transporte urbano.
A superação destes desafios
certamente exige das organizações
do setor uma gestão empresarial ca-
paz, moderna, atuante, para atender
a estas demandas com eficiência
e eficácia.
Para estimular e orientar as orga-
nizações de transporte e trânsito do
País para um modelo de gestão voltada
à excelência de seu desempenho, a
Associação Nacional dos Transportes
Públicos – ANTP – criou em 1995 o
Prêmio ANTP de Qualidade, que é um
programa de incentivo e educação
para a melhoria da eficiência da
gestão do trânsito e da gerência dos
transportes públicos.
O programa tem como principal
objetivo fornecer às organizações de
transporte e trânsito um referencial
atualizado compatível com as realidades
e recursos, e que possibilite a análise
crítica e a melhoria dos sistemas de
gestão e os consequentes resultados
com base em critérios mundialmente
reconhecidos.
Os oito critérios que compõem
a base da estrutura sistêmica de
avaliação do programa são liderança,
estratégias e planos, clientes, socie-
dade, informações e conhecimento,
pessoas, processos e resultados.
Constam da estrutura destes cri-
térios 23 itens que são divididos e
relacionados aos processos gerenciais
e aos resultados organizacionais. O
conjunto de respostas aos itens rela-
tivos aos processos gerenciais deve
demonstrar a aplicação integrada das
práticas de gestão pela organização e
comprovar o seu atendimento segundo
a metodologia do programa, visando
seu aprendizado organizacional. A
descrição das práticas de gestão deve,
sempre que possível, ser reforçada
com a apresentação de exemplos
que demonstrem sua aplicação. É
particularmente importante que se-
jam também apresentados exemplos
de melhorias em implantação, ou já
implantadas, nos últimos anos, como
forma de evidenciar o aprendizado.
Os itens relativos aos resultados orga-
nizacionais solicitam a apresentação de
dados que permitam fazer comparações
apropriadas ao nível atual alcançado pela
organização, assim como a avaliação
da tendência da implantação da prática
gerencial. Alguns itens solicitam que
os resultados sejam apresentados de
forma estratificada, para permitir uma
análise mais detalhada.
Relevante ainda citar que os cri-
térios do Prêmio ANTP de Qualidade
Alexandre Rocha Resende
Gerente de Capacitação e Mobilização do
Prêmio ANTP de Qualidade
Div
ulga
ção
56 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013
estão fundamentados em uma série de
valores e conceitos gerenciais que se
traduzem em práticas encontradas em
organizações de elevado desempenho,
e que formam a base de um modelo
de gestão orientado para a obtenção
de resultados cada vez melhores.
São eles liderança e constância
de propósitos, visão sistêmica, orien-
tação para o futuro, ação proativa e
resposta rápida, melhoria contínua e
aprendizagem, inovação, gestão cen-
trada em clientes, responsabilidade
social, gestão baseada em informa-
ções, valorização de pessoas, gestão
de processos, desenvolvimento de
parcerias e integração do setor e,
finalizando, foco nos resultados.
As organizações do setor de trans-
portes podem participar do programa
de duas formas distintas, não exclu-
dentes entre si. A adesão ao programa
consiste no estabelecimento de um
compromisso formal com a melhoria,
acompanhado da realização de uma
autoavaliação em relação aos critérios
do Prêmio e da elaboração de Planos
de Ação. A segunda maneira é a can-
didatura ao Prêmio, que implica na
elaboração pela Organização de um
relatório sobre seu sistema de gestão
e resultados, que será submetido à
avaliação de uma banca examinadora
independente especialmente constituí-
da para esta finalidade.
Ao longo dos oito ciclos já realizados
podemos, com certeza, afirmar que
as empresas que se comprometem
a participar do programa têm como
principais benefícios os tópicos rela-
cionados a seguir:
– Melhora do desempenho da
organização de forma contínua e sus-
tentada, em função da implantação do
processo de gestão e de aprendizagem,
que estarão internalizados na cultura
organizacional, tornando-se parte do
trabalho cotidiano dos colaboradores.
Este processo de gestão compreende a
realização da autoavaliação com base
nos critérios, elaboração do plano de
ação para as oportunidades de melhoria
da autoavaliação e a elaboração do
Relatório de Progresso.
– Recebimento de um Relatório de
Realimentação com os principais pontos
fortes e oportunidades de melhoria da
organização, realizado por profissionais
isentos, após leitura minuciosa do rela-
tório de candidatura e visita técnica à
empresa participante, constituindo-se
em poderoso instrumento para elabo-
ração de planos de melhoria.
– Maior amplitude e nitidez, por
parte de todas as partes interessa-
das, a saber, clientes, acionistas,
colaboradores, comunidade, poder
público e proprietários quanto à visão
sistêmica da organização.
– Elevação do nível de valorização
dos trabalhos desenvolvidos pelos
colaboradores em suas diversas áreas
de atuação, através do melhor aprovei-
tamento das habilidades e criatividade
das pessoas para atingir as principais
metas e objetivos da organização.
– Ampliação do conhecimento
profissional e motivação dos cola-
boradores, visando ter pessoas mo-
tivadas, envolvidas e alinhadas com
os objetivos da organização e de seu
principal papel neste conjunto, bem
como de seu comprometimento com
a melhoria do processo, objetivando
a retenção de talentos na empresa.
– Apresentação das práticas de
gestão da organização vencedora em
diversos eventos, promovidos pela
ANTP e pelos apoiadores institucionais,
em várias cidades do País, elevando
o nome da Empresa.
– Compartilhamento dos métodos
de gestão responsáveis com outras
organizações brasileiras, por meio
da troca contínua de experiências, de
visitas técnicas e, principalmente, de
referenciais comparativos. A empresa
torna-se referência de excelência através
do relacionamento mutuamente benéfico
de parceria no setor de transporte.
– Reconhecimento da comunidade
de transporte e da sociedade em geral,
como empresa vencedora do Prêmio,
detentora de boas práticas de gestão
que são devidamente divulgadas pelos
meios eletrônicos, impressos e em
eventos da ANTP.
– Entendimento claro e detalhado
dos processos internos que levam ao
conhecimento do funcionamento da
organização. Este entendimento permite
a definição de responsabilidades, uso
eficiente dos recursos disponíveis, a
prevenção e solução de problemas, e
a eliminação de tarefas redundantes.
Com este elenco de benefícios, já
comprovados na prática pelo registro
histórico dos últimos oito ciclos – bia-
nuais –, reiteramos que adotar modelos
de gestão orientados para a excelência
do desempenho é, em consequência,
melhorar a qualidade de seus serviços
de forma contínua e sustentada.
Encorajados pelo sucesso dos ciclos
anteriores, em que pudemos constatar
uma imensa gama de trabalhos e pro-
jetos de excelência, com este artigo
visamos principalmente convidar os
líderes das organizações do setor de
transportes urbanos a conhecer com
mais detalhes o programa e realmente
comprovar tais benefícios em suas
empresas.
Visamos, literalmente, convidar as
empresas a compartilhar com outras
organizações brasileiras os métodos
de gestão responsáveis por seu su-
cesso e a participar deste movimento
de melhoria do setor de transporte
público e trânsito no País, liderado
pelo Prêmio ANTP de Qualidade.
REVISTA ABRATI, MARÇO 2013 57
piniãoO
Orgulho de fazer o ônibus brasileiro
Div
ulga
ção
Wilson Pereira
Diretor de Vendas de Ônibus
da Scania Brasil
O ônibus brasileiro encontra-se em
estágio notavelmente avançado;
equipara-se aos veículos produzidos
nos países mais desenvolvidos e,
em determinados casos, até mesmo
supera algumas dessas nações. O
brasileiro que viaja ao exterior tem tido
a oportunidade de ver nossos ônibus
contribuindo para melhorar o trânsito
em muitas cidades, como Bogotá e
Santiago, por exemplo.
Numa demonstração inequívoca
da qualidade do nosso produto, quem
viaja ao exterior pode observar, com
orgulho, ônibus brasileiros circulando
pelas cidades e estradas de países
europeus com alto grau de desen-
volvimento. Os conjuntos mecânicos
que equipam esses carros são, em
sua maioria, idênticos aos produzidos
em nosso País pelas montadoras aqui
instaladas. Com elevado volume de
exportações, elas contribuem positi-
vamente para a balança comercial do
Brasil e abastecem o mercado interno.
No que se refere aos ônibus rodo-
viários, nossa evolução chama ainda
mais a atenção dos especialistas de
todo o mundo. O Brasil é o único país
que conseguiu estabelecer um sistema
de transporte que abrange mais de
5.000 municípios, e que opera com
custos acessíveis e elevados índices
de segurança, conforto e regularidade.
Para se ter uma ideia da capilaridade
do sistema rodoviário, é suficiente lem-
brar que o transporte aéreo só chega a
cerca de 120 cidades no Brasil.
O ônibus é, portanto, o veículo de
massa que, em pouco mais de oito
mas a elevada qualidade dos demais
equipamentos colocados à disposição
dos passageiros pelas empresas per-
missionárias. Isso sem se falar nas
comodidades das salas de embarque
especiais, as chamadas salas VIP,
inexistentes nos aeroportos e dotadas
de todo o conforto, e nos próprios ôni-
bus, que oferecem facilidades como
internet a bordo.
As indústrias que produzem os
ônibus brasileiros se sentem muito
orgulhosas de contribuírem para o
funcionamento desse sistema, que
continua atingindo mais de 90% dos
brasileiros e que goza de grande
aprovação popular – 87,8%, conforme
atestam os resultados de uma pes-
quisa mandada realizar pela Agência
Nacional de Transportes Terrestres –
ANTT –, publicada em 2011.
O ônibus é o veículo de massa que, em pouco mais de oito décadas,
propiciou a grande integração brasileira,
desde que as primeiras empresas começaram
a surgir, atuando como verdadeiras
desbravadoras, ao ponto de se responsabilizarem,
em determinados casos, até mesmo pela construção de estradas.
décadas, propiciou a grande integração
brasileira, desde que as primeiras em-
presas começaram a surgir, atuando
como verdadeiras desbravadoras, ao
ponto de se responsabilizarem, em
certos casos, até mesmo pela cons-
trução de estradas. Tudo isso para
que o passageiro do interior pudesse
ter a oportunidade de chegar a outros
municípios, numa época em que ainda
não estavam disponíveis os meios de
comunicação hoje presentes na maio-
ria das localidades.
Estudos recentes dão destaque
ao conforto do ônibus em relação ao
avião, no quesito distância entre as
poltronas. Quem tem a oportunidade
de viajar numa linha entre Rio de
Janeiro e São Paulo, apenas para
citar um exemplo, constata não só
a maior distância entre os assentos,
58 REVISTA ABRATI, MARÇO 2013
Inovação, conforto esegurança: três eixos
que compõemnossa história.
Para a Guanabara, estar sempre à frente de seu tempo é uma necessidade e um prazer.
Frota constantemente renovada, climatizada, 100% rastreada e segurada, motoristas
capacitados e com larga experiência e o Programa Afetividade são apenas alguns de seus
diferenciais. Fornecer o melhor serviço a seus passageiros é a força que nos move nesses
mais de 20 anos de história.
/expressoguanabara
@ViajeGuanabara
http://blog.expressoguanabara.com.br/