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AS NORMAS DE BIOSSEGURANÇA E A FISCALIZAÇÃO DE OGM NO ÂMBITO DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA ADAILTON TOMÁZ DA SILVA, Eng. Agr. M.Sc FISCAL FEDERAL AGROPECUÁRIO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA DFA/MG MEMBRO DA CTNBio Adailton.agricultura@netsite.com.br Curso de Capacitação em Biossegurança de OGM Organização: Ministério do Meio Ambiente Local: Jandaia Hotel. Campo Grande, MS. 02 de dezembro de 2004

As Normas de Biossegurança e a Fiscalização de OGM no ... · as normas de biosseguranÇa e a fiscalizaÇÃo de ogm no Âmbito do ministÉrio da agricultura • adailton tomÁz

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AS NORMAS DE BIOSSEGURANÇA E A FISCALIZAÇÃO DE OGM NO ÂMBITO DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA

• ADAILTON TOMÁZ DA SILVA, Eng. Agr. M.Sc

• FISCAL FEDERAL AGROPECUÁRIO

• MINISTÉRIO DA AGRICULTURA – DFA/MG

• MEMBRO DA CTNBio

[email protected]

• Curso de Capacitação em Biossegurança de OGM

• Organização: Ministério do Meio Ambiente

• Local: Jandaia Hotel. Campo Grande, MS.

• 02 de dezembro de 2004

AS NORMAS DE BIOSSEGURANÇA E A FISCALIZAÇÃO DE OGM NO ÂMBITO DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA

¾Introdução

¾Legislação Nacional de Biossegurança e Normas Complementares

¾Fiscalização de Laboratório, de Liberações Planejadas de OGM no Meio Ambiente e de Liberação Comercial

¾Considerações Finais

INTRODUÇÃO

• Na Fiscalização* Identificação – Carteira Funcional Atualizada

* Informar ao representante da instituição os objetivos* O que norteia a fiscalização ?

- Projetos/processos aprovados (incluindo as informações adicionais)

- Manutenção e/ou atualização das instalações de CQB * Preenchimento dos documentos pertinentes

LEGISLAÇÃO NACIONAL DE BIOSSEGURANÇA E NORMAS

COMPLEMENTARES

¾A Lei de Biossegurança (8.974 de 05/01/95), modificada pela Medida Provisória 2.191-9 de 23/08/01, a qual estabelece:

Art. 1°: As normas de segurança e mecanismos de fiscalização para quaisquer atividades da Engenharia Genética, visando proteger a vida e saúde do homem, dos animais e das plantas, bem como o meio ambiente

Art 7º: Caberá aos órgãos de fiscalização do Ministério da Saúde (ANVISA), do Ministério da Agricultura (SDA) e do Meio Ambiente (IBAMA), no campo das respectivas competências, observado o parecer técnico prévio conclusivo da CTNBio e os mecanismos estabelecidos na regulamentação desta lei:

II – a fiscalização e o monitoramento das atividades e projetos relacionados a OGM

V – a emissão de autorização para entrada no país de qualquer produto contendo OGM ou derivado

IX – aplicar as penalidades de que trata esta lei nos artigos 11 e 12

X – a expedição de autorização temporária de experimento de campo com OGM (ATEC)

¾ Instruções Normativas da CTNBio (20):

IN 1 – Dispõe sobre o requerimento e a emissão do Certificado de Qualidade em Biossegurança (CQB) e a instalação e o funcionamento das Comissões Internas de Biossegurança (CIBio)

IN 3 – Estabelece as normas para a liberação planejada de OGM no meio ambiente

IN 7 – Estabelece as normas para o trabalho em contenção com OGM

IN 10 – É a IN 3 simplificada

¾ Resolução nº 305 de 12/06/2002 do CONAMA – Dispõe sobre licenciamento ambiental de atividade que envolve OGM, inclusive Licenciamento de Operação de Área para Pesquisa em Campo (LOAP)

¾ Portaria nº 306 de 22/11/82 do MAPA – Estabelece os padrões de isolamento físico e temporal para produção de sementes

¾ IN 1 de 15/12/98 do MAPA – Dispõe sobre as normas para importação de material destinado a pesquisa científica

¾ Decreto 4680 de 24/04/2003 – Rotulagem de alimentos e ingredientes com ≥≥ de 1% de OGM no produto

¾ Instrução Normativa conjunta (ANVISA/IBAMA/MAPA) –Constará as normas para obtenção do RET (Registro Especial Temporário) para o trabalho com OGM com ação biopesticida

Regulamentação de OGMs no Brasil

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Decreto 4680/2003Lei 10.711/2003

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REGULAMENTAÇÃO DE OGM NO BRASIL/HL�GH

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LEIS & DECRETOS QUE APRESENTAM REQUISITOS PARA ANÁLISE DA SEGURANÇA AMBIENTAL

PL 2401/2003

MP 223/2004

IN 56/03

FISCALIZAÇÃO DE LABORATÓRIO E DE LIBERAÇÕES PLANEJADAS DE OGM NO

MEIO AMBIENTE

As Normas de Biossegurança são aplicadas nos diferentes estádios de desenvolvimento da cultura GM:

¾Pesquisa em laboratório, incluindo as diferentes etapas da Engenharia Genética

¾Liberação planejada de OGM no ambiente, abrangendo: crescimento de plantas em experimentos contidos, testes a campo em pequena escala

FISCALIZAÇÃO DE LABORATÓRIO E DE LIBERAÇÕES PLANEJADAS DE OGM NO

MEIO AMBIENTE

¾Temos cerca de 210 Instituições credenciadas para trabalhar com OGM no Brasil, sendo cerca de 60 % na região sudeste e 19 % na região sul

¾Qual o perfil dessas instituições em termos de atividades com OGM?

SITUAÇÃO DOS OGM’S NO BRASIL

Fonte: www.ctnbio.gov.br/

FISCALIZAÇÃO DE LABORATÓRIO E DE LIBERAÇÕES PLANEJADAS DE OGM NO

MEIO AMBIENTE

Podemos ter:

¾ Inspeção (agendada) ou Fiscalização (aleatória) às instalações do CQB de uma instituição, verificando o cumprimento das regras gerais de biossegurança, inclusive, se as instalações estão devidamente identificadas com o símbolo de risco biológico, entre outros

¾ Os Projetos podem ser: a) Regime de contenção (IN 7) ou b) Liberação planejada do OGM no meio ambiente (IN 3 ou IN 10)

¾ Os projetos são enquadrados em um dos quatro níveis de biossegurança – NB-1 a NB-4

FISCALIZAÇÃO DE LIBERAÇÕES PLANEJADAS DE OGM NO MEIO

AMBIENTEEspécie liberada

A localização da área corresponde àquela informada na solicitação de liberação

Dimensão da área cultivada com OGM e área total

Número de plantas geneticamente modificadas

Número de plantas não GM

Como estão distribuídas as plantas GM e não GM no campo? Estão de acordo com o croqui apresentado?

Como foi efetuado o transporte das sementes ou mudas para o local de cultivo?

FISCALIZAÇÃO DE LIBERAÇÕES PLANEJADAS DE OGMs NO MEIO

AMBIENTEData de semeadura

Forma de semeadura (manual ou mecânica)

Espaçamento e densidade de semeadura

Fase atual do ciclo vital das plantas

Há diferença visual entre as plantas GM e não GM

As medidas adicionais de contenção ( proteção de flores, eliminação de inflorescência, uso de redes, gaiolas etc) estão presentes

Existe contenção física (cerca, vala, mureta)

Existe sinalização especial

FISCALIZAÇÃO DE LIBERAÇÕES DE OGMs NO MEIO PLANEJADAS

AMBIENTE

Qual o destino dos restos culturais?

Serão retirados amostras de partes das plantas, além das sementes?

Qual será o destino dessas amostras?

Como as mesmas serão acondicionadas?

Onde serão armazenadas e quais as condições de armazenamento?

No local de armazenamento a área é restrita? Quem terá acesso a mesma? As portas são trancadas?

Qual o destino final das amostras?

FISCALIZAÇÃO DE LIBERAÇÕES PLANEJADAS DE OGMs NO MEIO

AMBIENTE

Como será efetuado o descarte das sementes?

Qual o procedimento a ser adotado para inativar o OGM?

Qual o período de monitoramento da área de liberação?

Quais as medidas a serem adotadas para eliminar o OGM (plantas voluntárias) na área de liberação?

Qual a cultura sub-seqüente ao cultivo do OGM?

Nome do Fiscal Assinatura e data

Caso tenha ocorrido fiscalização anterior, verificar se as solicitações foram atendidas

FISCALIZAÇÃO DE CAMPO E LIBERAÇÃO COMERCIAL

• FISCALIZAÇÃO DE CAMPO PARA VERIFICAÇÃO DE TRANSGENIAExemplo: Algodão (DENÚNCIAS)

• FISCALIZAÇÃO DE LIBERAÇÃO COMERCIALExemplo : Soja RR →→ Lei 10.814/03; MP 223/04 e Dec. Federal 5.250/04

AMOSTRAGEM PARA DETECÇÃO DE OGM’S

A amostragem pode ser:

¾ Em condições de campo (folhas ou outras partes das plantas);

¾ Em armazéns

¾ Em portos, entre outros.

MÉTODOS DE DESCARTE

¾AUTOCLAVAGEM →→ Autoclaves devem ser testadas anualmente para verificação de adequada performance

¾DESINFECÇÃO QUÍMICA →→ Solução de hipoclorito de sódio é de uso geral na desinfecção e limpeza de laboratórios

¾REDE DE ESGOTO →→ Evitar sempre que possível

¾ INCINERAÇÃO

¾ÁREA ESPECÍFICA PARA DESCARTE

PROCEDIMENTOS DE DESCARTE

Ensaios com Microrganismos ou Fungos GM (Regime de Contenção IN 7/1997).

Autoclavagem →→ a 121ºC, a uma Pressão Adequada, por pelo menos 20 minutos →→ considerado Suficiente.

Descarte como lixo normal

OBS.: As condições operacionais das autoclaves precisam ser verificadas rotineiramente e anualmente testadas para performance adequada.

PROCEDIMENTOS DE DESCARTE

NAS PESQUISAS COM VGM EM REGIME DE CONTENÇÃO (Casa de Vegetação - IN 6/1.997)

¾O VGM e/ou suas partes, inclusive os materiais que entrarem em contato com o OGM, devem ser descontaminados e biologicamente inativados(AUTOCLAVADOS) antes do DESCARTE.

PROCEDIMENTOS DE DESCARTE

NAS PESQUISAS COM VGM EM AVALIAÇÃO DE CAMPO (OGM Grupo I - IN 3/1.996 ou IN 10/1998)

¾O DESCARTE →→ dos grãos ou das sementes produzidas →→ incineração ou enterrio em valas específicas (ÁREA DE DESCARTE DE OGM’S)

¾A ELIMINAÇÃO →→ Restos culturais →→ no local do experimento →→ arranquio manual e/ou trituração do material (triton, roçadeira etc.) seguido de incorporação ao solo com implementos agrícolas.

PROCEDIMENTOS DE DESCARTE

AVALIAÇÃO DE PRODUTOS

¾ Inativação Biológica do Produto, seguido de Descarte como Lixo Normal

¾ Incineração ou enterrio em valas específicas (Áreas de Descarte)

PROCEDIMENTOS DE DESCARTE

A instituição, antes de iniciar qualquer atividade com OGM, deve determinar o nível de risco da mesma para a saúde humana e para o meio ambiente e assim:

Planejar de forma adequada os diferentes pontos, entre estes os procedimentos de DESCARTE (ACONDICIONAMENTO, IDENTIFICAÇÃO, TRANSPORTE E DESCARTE PROPRIAMENTE DITO).

Nos Projetos →→ Forma descarte precisa estar bem definida

RESULTADOS DA FISCALIZAÇÃO

A Fiscalização normalmente gera:

¾Termo de Fiscalização

¾Auto de Infração

¾Relatório, para as instâncias superiores, mostrando os principais pontos observados, podendo sugerir algumas medidas administrativas a serem tomadas

CONSIDERAÇÕES FINAIS

PROCESSOS APROVADOS, INCLUSIVE, AS INFORMAÇÕES ADICIONAIS

¾MEDIDAS DE BIOSSEGURANÇA9 CONTENÇÃO DO FLUXO GÊNICO9 DESCARTE9 MONITORAMENTO DA ÁREA

PRESENÇA DE MANUAL DE BIOSSEGURANÇA

•OBRIGADO !!!