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As nossas palavras

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compilação de textos do 9ºA da escola EB 2,3, Prof João Cónim. Ano letivo 2010/11

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Se eu pudesse…

Se eu pudesse comprava uma casa com piscina, um Ferrar i , um bom computador com bons acessórios, uma Playstat ion 3, um Plasma…. Mas não podemos só pensar em nós, não é? Por isso, a inda mais importante, ajudaria toda a gente a resolver as suas dif icu ldades, acabava com os problemas ambientais e com as guerras, para haver mais paz no mundo.

Há quem tenha possib i l idades e não ajude os outros, isso é que eu acho mal, pois há quem precise de ajuda, como os sem abrigo, def ic ientes, etc. …

Muitas das pessoas r icas tendem a viver à custa dos pobres, é por isso que também existe a inda mais pobreza. Uma das pr incipais coisas que fazia era d ivid ir a r iqueza de igual modo para todos. E cada um só poderia fazer t rocas justas para não f icar a dever a n inguém.

Acabava com a discr iminação, pois não é por um indivíduo ter cor d i ferente que é melhor ou pior que os outros, ou por pertencermos a uma rel igião diferente, desde que todos prat iquemos boas ações e nos respeitemos mutuamente.

Pensando bem, até far ia uma cl ín ica onde poderia a judar as pessoas a serem melhores e a respeitarem os outros.

A raça humana tende a ser um pouco egoísta, já desde há muito tempo que isto é assim. E, a lgumas vezes, as pessoas querem tanta coisa que acabam por perder tudo, e essas mesmas pessoas acabam por destru ir a sua vida por causa da ganância, da ambição.. .

Uma das coisas que far ia, na ta l c l ín ica, era acrescentar um gabinete para desviar as pessoas do egoísmo e ganância com que estão tão habituadas a conviver.

Outra medida que gostava de tomar e, provavelmente, a inda mais importante que o racismo, o egoísmo e a ganância, era acabar com as ment iras.

As ment iras devem ser uma das piores coisas que se prat ica. Elas são uma das pr incipais causas de quase todos os problemas que existem. Ment ir é grave, pois o ato de ment ir impl ica não dizer a verdade, o que cr ia uma sér ie de problemas, como a perda de conf iança na pessoa em questão. Por isso acrescentar ia um gabinete espaçoso chamado “Tratamento para Ment irosos” e uma sala de espera bem grande, pois sei que haveria muitas consultas nessa área.

Se eu pudesse fazer tudo isto seríamos bem mais fe l izes e não teríamos tantas “chat ices”!

João Branco

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E agora? “E agora?”, um bom tema.

O ano let ivo está a acabar e vamo-nos separar…

Neste ano aconteceram algumas co isas que só nós sabemos expr imir .

A turma uniu-se, por muito “ infant i l” que se jamos. F izemos amigos,

houve guerras, r i sos, choros, apoios… Podemos d izer que fomos uma

famí l ia . Podemos não ter t ido as notas que os professores quer iam

que t ivéssemos, mas unimo-nos e i sso, de uma certa forma, importa

muito para nós.

T ivemos apoios de todos para que nada nos fa l tasse. O jantar de

f ina l i stas será, provavelmente, o ú l t imo d ia em que vamos ver a lguns

dos nossos professores e co legas. Manteremos contacto com alguns e

com outros não.

Somos o 9ºA! Somos uma turma, um valor , um sent imento, uma

amizade, uma v ida, uma a legr ia , uma gargalhada, um todo, um

refúgio , um ombro amigo, uma palavra de conforto, UMA FAMÍLIA!

9ºA, sempre ♥

Custa despedirmo-nos, apesar de não ser um “adeus” e s im um “até

logo”.

Quero agradecer a todos os que me apoiaram nos momentos mais d i f íce is e àqueles que sempre me f izeram sorr i r , mesmo nas a l turas menos prováveis .

Até logo Colegas*

Ângela Cardoso

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Se eu fosse um objeto seria um barco de recreio, para poder viajar pelo mundo fora.

Seria incrível sentir o vento a bater na minha proa e a ondulação por baixo de mim.

Sairía de um porto para o outro, partiria de Portugal para a América, Inglaterra, Brasil ,ou até à Índia, seria fantástico chegar aos seus portos e poder conhecer todos os barcos vindos de variadíssimos países e regiões.

Veria as traineiras cheias de peixe, com eles ainda meio atorduados e os pescadores a carregá-los para sustentar a família.

Os pescadores… esses homens valentes que no mar, é como se estivessem perto de uma bomba relógio, nunca sabendo quando uma tempestade vem, ou há uma distração e alguém cai do barco, ou até mesmo um naufrágio, isto na pior das hipóteses.

Na minha perspetiva uma das grandes vantagens de ser um barco é o facto de se poder apreciar os mais l indos nascer e pôr-do-sol, que são das coisas mais belas de se ver… O sol a bater na água fazendo esta brilhar até nos encandear…

Depois, quando regressasse, voltaria de novo ao meu posto, ao pé dos meus colegas, o meu capitão sairia e eu teria feito uma magnífica viagem.

Mariana Paraíso

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Se eu fosse…

Se eu fosse um láp is escrever ia tudo o que é bonito e esbelto ,

tudo o que é maldoso e aterrador, pois sem o belo não temos a

def in ição de mau e v ice-versa. Contar ia tudo e inventar ia tudo o que

houvesse para inventar para não se perder no tempo que se va i

desgastando.

Tudo o que as minhas pr imas canetas e os meus pr imos t inte iros

escrevem permanece para sempre, mas eu sou d i ferente e posso

mudar.

Ser ia misterioso, pois com a a juda da borracha, poder ia mudar

tudo o que não fosse permanente, como o futuro. Gostar ia de mudar

o futuro para que f icasse mais amigável , mas se i sso acontecesse o

que acontecer ia aos erros? Isto é um di lema que expressa que as

co isas não dever iam ser mudadas rad ica lmente, mas s im

gradualmente para que não se voltem a repet i r . Por i sso, ser um láp is

nem sempre é bom mas, muitas vezes, é necessár io para que se

corr i jam os erros e se tornem num exemplo como fazem nos l ivros de

h istór ia escr i tos pelos meus pr imos. Quase tudo o que é fe i to pela

pr imeira vez como textos, invenções e desenhos, é o láp is que as

escreve e com a a juda da sua amiga borracha torna todo aquele

emaranhado de rab iscos em algo que pode ser esbelto , ou não.

O láp is escreve no passado, presente e futuro, mas torna-se

a inda mais espantoso com a a juda da sua amiga borracha. Mas,

vo ltando ao d i lema dos erros, estes devem ser escr i tos a caneta em

algum lugar , para que não se repitam.

Pensando bem o láp is é muito sábio, pois já fez de tudo e fo i o

pr imeiro dos seus pr imos a fazer ta is coisas .

Ter ia muito orgulho em ser um láp is!

João Branco

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A sereia do mar

Era uma vez uma sere ia muito maldosa chamada Magda, e la também era conhecida por monstro. Tratavam-na ass im, não só por ser fe ia , mas também pelo que faz ia aos homens. Ela era mesmo muito fe ia . T inha um nar iz empinado, uns o lhos pretos e muito grandes, uma boca grande com uns láb ios vermelhos e grossos, parecia que os t inha enta lado em algum lado, t inha uns longos cabelos pretos com caracóis , para não fa lar da enorme verruga que t inha na testa.

Como todos sabemos, as sere ias têm o poder de enfe it içar os mar inheiros que passam pelas suas i lhas mas esta sere ia , não só os enfe it içava, como também os matava, este também era um dos mot ivos pelo qual lhe chamavam monstro. No entanto, a sere ia não matava só por matar , e la só faz ia i sso para se sent ir super ior às outras porque eram incapazes de matar a lguém.

A Magda não t inha famí l ia e v iv ia soz inha. Aos poucos, todos os seres mar inhos se afastaram dela deixando de lhe fa lar , por ser tão má. A inda ass im, e la não se mostrava nada preocupada.

Um certo d ia , apareceu na sua i lha outra sere ia chamada Madalena, e la era l inda, com uns belos o lhos azu is , uns cabelos castanhos e longos e uns grandes láb ios vermelhos.

Estava um belo dia de so l , quando um certo pescador ancorou na i lha. Este , deparando-se com as duas sere ias , o lhou para ambas observando-as: uma era bastante bela e outra imensamente fe ia , mas, para grande espanto das duas, o pescador acabou por prefer i r a Magda. Esta , a inda sem acreditar , perguntou- lhe:

-Porque me escolheste a mim?

-Porque tenho a esperança de que as aparências i ludam!

-O que queres d izer com isso?

-S inceramente, espero que por de baixo dessa pouca beleza esteja um grande coração. Porque mais importante que a beleza exter ior , é a beleza inter ior .

- Po is , meu pescador mas, no meu caso enganas-te .

-A i , s im!

-S im! Lamento muito desapontar- te .

-É uma pena. . . – dizendo isto , o pescador regressou ao seu barco e desapareceu no mar.

Magda f icou a pensar nas palavras do pescador e , pe la pr imeira vez, tomou consciência de que não era por ser fe ia que os outros i r iam deixar de gostar dela Daí em d iante, procurou mudar a sua agressiv idade, deixando de ser má. Então passou apenas a enfe it içar os navegadores, como todas as outras sere ias , mas, sempre que podia , não res ist ia a roubá- los…

Joana Santos

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Vida de Pescador

Não se i porque estou a escrever i sto mas s into que tenho uma grande necess idade em fazê- lo , não se i se a lguém vai encontrar o que escrevi ou se s implesmente quando o v i rem o i rão ignorar .

Vou começar pelo meu nome, Ana Pereira , tenho 87 anos de idade e v ivo em Setúbal .

V ivo, desde que nasci , numa casa na pra ia , é uma casa pequena e s i tua-se a a lguns metros do mar, onde também está insta lada uma pequena comunidade em que toda a gente se conhece e se oferece para a judar , é uma famí l ia , por ass im d izer . Como sou a mais ve lha, têm-me mais respeito e t ratam-me por “Avó Ana”, gosto que me tratem ass im, pois s into que tenho importância para a v ida de a lguém.

Como já d isse, desde pequena que v ivo aqui , e sempre fo i agradável .

A nossa famí l ia v iv ia da pesca, a minha mãe pegava nas redes do meu pai e tentava encontrar nós para os t i rar, e depois da pesca, o meu pai chegava e a minha mãe ia ajudá- lo a recolher o peixe para a lota.

O meu pai era pescador, um grande pescador, modést ia à parte. Sempre que o meu pai ia pescar eu e as minhas duas i rmãs íamos vê- lo part i r no seu barco, de nome, “Arr i fana”.

Era um homem muito madrugador, levantava-se às 4 horas da manhã e ia para o mar, é c laro que a minha mãe também t inha de se levantar para preparar a merenda do meu pai e agasalhá- lo , pois t inha a mania de que nunca t inha fr io e depois v inha sempre com umas grandes gr ipes em cima.

T inha eu os meus 25 anos quando conheci um rapaz , um belo rapaz . Era moreno, a l to e muito bonito, andava sempre com umas botas, umas ca lças de ganga e uma camisa. Conhecemo-nos na pra ia , num dia em que fu i com a minha mãe e as minhas duas i rmãs e , desde então nunca mais nos largámos, chamava-se Joaquim.

Passados uns 4 anos, casámos e f i zemos mais um quarto na minha casa, fo i um casamento s imples, mas muito bonito, com tudo o que era poss íve l haver . Quando estava tudo a correr bem, o meu pai adoeceu, andava com muito f r io e t inha pouca força nas pernas e , mais tarde, v ieram a descobr ir que era uma pneumonia acabando por fa lecer pouco tempo depois .

No d ia de ler o seu testamento eu, a minha mãe e o meu mar ido estávamos presentes e a prestar o máximo de atenção. No testamento constava que o seu barco “Arr ifana”ser ia para o meu mar ido, o Joaquim. Logo, e le não se apercebeu do que t inha em mãos e tentou recusar a oferta do meu pai , mas tente i convencê- lo e d isse que era a vontade dele e que, ass im, já não precisava de andar de barco em barco mas s im ter um instrumento f ixo para trabalhar . A oferta era muito boa, pois era a única co isa de va lor que o meu pai t inha.

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O tempo fo i passando e eu t ive de me tornar uma dona de casa a sér io , pois a minha mãe t inha fa lec ido, um ano depois do meu pai , e as minhas i rmãs quiseram ir para L isboa procurar uma v ida melhor .

Um dia o meu mar ido levantou-se para i r para a pesca, estava uma tempestade horr íve l , chuva e ventos muito fortes, mas como era casmurro decid iu ir na mesma. Levantei-me para lhe preparar uma merenda e d isse- lhe para não i r naquele d ia , mas e le , é c laro, não me prestou atenção e d isse que era a única forma de nos sustentar-mos. Antes de sa ir , despediu-se de mim d izendo que não me preocupasse.

Mais tarde, enquanto estava a preparar o a lmoço, sent i uma grande dor no peito , e comecei a f icar tonta e esquis i ta mas como fa l tava pouco tempo para os pescadores v i rem fu i andando para o ca is esperar por e les . Passados uns minutos vejo o “Arri fana” a chegar , não v i logo o meu mar ido mas pensei que est ivesse na cabine. Quando o barco f ina lmente chegou o Álvaro, um grande amigo do mar ido, ve io ter comigo e contou-me a p ior not íc ia que uma mulher pode receber , o Joaquim t inha morr ido.

O Álvaro fo i para minha casa e começou a contar-me o que se t inha passado.

Estava uma noite tenebrosa no mar e o Joaquim foi lançar a rede de pesca, quando escorregou e caiu ao mar, batendo com a cabeça numa rocha e morrendo nesse mesmo momento, o Álvaro disse que ainda o tentou agarrar mas que t inha f icado com a sua bota na mão e sem conseguir sucesso algum.

Ainda não conseguia acreditar , como era poss íve l o Joaquim ter morr ido?

As palavras do Álvaro f icaram gravadas no meu coração e na minha memória , até hoje .

Passaram-se meses sem conseguirem encontrar o corpo do Joaquim, até que decid i fazer o funeral , mesmo sem o seu corpo. Não podia esperar mais .

Os anos foram passando e agora, com 87 anos, a inda t rabalho, arranjo as redes de pesca, para estar tudo pronto para os meus pescadores. O “Arr i fana” a inda é hoje usado pelos pescadores da minha comunidade. V ivo só, pois não quis ter f i lhos e as minhas i rmãs já morreram.

Bem terminei , um curto resumo da minha v ida, espero que se ja re lembrada por todos os que me adoram.

Mariana Para í so

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E agora?

Ao longo destes 15 anos, nunca pensei no amanhã. Limitei-me a viver a vida, de uma

forma simples e descontraída, como é típico na minha idade.

Hoje, dou por mim aqui sentada no meu quarto, a escrever sobre o dia de amanhã e o

meu futuro.

Ainda parece que foi ontem que eu corria, brincava, nunca estudava e levava a vida

“numa boa”. Mas, agora tudo é diferente… temos de inovar, ser criativos e, acima de

tudo, lutar pelos nossos sonhos.

Eu também tenho um sonho, aliás dois sonhos. Gostava muito de poder conciliar a

profissão de atriz (como hobbie) com a de jornalista (para a vida).

O ano está a chegar ao fim e começamos a ouvir –“E agora? Será que passo, ou será

que vou chumbar? – ou simplesmente –“E agora o que vou fazer? Que área vou

seguir?”

Na minha opinião, a esta altura do campeonato, já devíamos de saber exatamente o

que queremos seguir, afinal é o nosso futuro que está em causa!

Felizmente eu já fiz as minhas escolhas e já defini os meus objetivos. A única questão é

saber se os conseguirei alcançar mas, quero acreditar que sim e vou lutar por isso.

Vanessa Santos

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A viagem de que ainda rio Há mui to tempo um grupo de t rês amigos quer ia i r de caravana dar um passeio por toda a Europa. Os t rês amigos chamavam-se Pascoal , Ambrósio e Joaquim. O Ambrós io levou a caravana do seu pai , o Joaquim levou uns 5 mi l euros em d inheiro e o Pascoa l , como se achava mui to for te , não levou nada. Lá aba laram eles de Portugal , sempre a abr i r com uma musiquinha do Emanuel , a té que der repente o car ro f ica sem gasol ina. A bomba de gasol ina mais próxima f icava a mais de 50 km em Espanha. O car ro começa a parar e o Ambrósio , que ia ao vo lante , d iz : -Então e agora ! -Não há cr ise , eu com um dedo faço is to chegar a bomba num instante ! – Disse o Pascoal . - É isso e eu sou o Pai Nata l . Com todos dentro da carr inha Pascoa l , com um braço de fo ra da caravana , ap l ica um golpe de carate com o dedo mindinho da sua mão no asfa l to , e , lá fo i a carr inha a a l ta ve locidade, mas esta desv ia-se e va i mesmo contra um grande cedro . Após aquele grande impacto saem todos aos tombos da caravana, e com uma grande dor de cabeça. -Obr igado Pascoal agora nem gasol ina , nem caravana – d isse o Ambrósio -Oh! O meu d inhei ro está a arder ! – Diz o Joaquim af l i t í ss imo. Resumindo os t rês amigos já não t inham nada. Até que ao longe apareceu um grande camião , os t rês amigos começaram a fazer s inal para este parar . O camião parou e o condutor d iz : -Então amigos, estão perd idos? -M ais do que isso, nem conseguimos v ol tar para casa! – D isse o Pascoal -Cala- te que a cu lpa é tua ! – Disseram os restantes dois amigos. -Então, para onde é que iam? – Perguntou o condutor . - Íamos para Espanha. – D isse um dos amigos. -Então ent rem na carr inha que eu levo-vos lá .

E lá foram e les na Camião até Espanha. Já em Espanha, mais concretamente em M adr id , os amigos

pediram para f icar l á . O Ambrósio a rmado em sabichão mal o lhou para o Estádio d isse: -Vou ensinar o Cr is t iano Ronaldo a fazer passes, cada vez que o vejo só t ropeça na bola .

Joaquim e Pascoal far taram-se de r i r com a sua af i rmação e decid i ram pregar uma part ida ao Ambrósio e conv idar o Cr ist iano Ronaldo para beber um copo. Pascoal pega na sua agenda de Contactos importantes, t i ra uma das moedas que o Condutor lhes deu para se desenrascarem, põe a moeda num te lefone públ ico , marca o número, espera e Cr ist iano Ronaldo atende:

-Tou! Quem fa la? -Pascoal Past inha, aquele com quem tu gozavas na pr imár ia . -Há há ! O do batom? -Sim… -Gostava de te ver out ra vez , podias i r beber um copo comigo na

taberna ao pé do Estádio aqui em M adr id . – Disse o Pascoal . -Também gostava de te ver , pode ser às 20h? -Sim pode ser . – Retorquiu Pascoal . -Então está combinado. Adeus. – Disse Cr ist iano Ronaldo

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-Adeus . Já era de noi te quando e les chegaram a taberna e aguardaram por Cr ist iano Ronaldo. -Então Ambrósio , não comeces já a beber , que fa l ta um amigo. – Disse o Joaquim. -Pois fa l ta . – Disse o Pascoal . -Que eu saiba, estamos aqui todos. – Disse o Ambrósio No prec iso momento em que Ambrós io acaba a sua f rase , Cr ist iano ent ra na Taberna. Ambrósio r iu de en tusiasmo ao ver o famoso. Já António e Pascoal t inham cara de que a lgo estava para acontecer . Ronaldo senta-se mesmo ao lado de Ambrósio . Pascoal e Joaquim preparam a part ida:

- Cr ist iano, sabias que aqui o nosso amigo Ambrós io d iz que te va i ensinar a fazer passes.

-Aí s im? Então ensina-me lá . – Disse Cr ist iano Ronaldo. Ambrósio apercebeu-se do que estava a acontecer . Levantam-se os dois , Pascoal põe uma bola aos pés de Ronaldo, este faz um passem a Ambrós io e d iz convencido: -Tenta lá fazer igual . Ambrósio , com todo o poder da sua perna d i re i ta , remata contra as partes baixas de Ronaldo, este emite um berro agonizante , que faz toda a gente sa i r da taberna. Cr ist iano Ronaldo não jogou durante 3 meses, Ambrósio recebeu 2 mi l euros do Barce lona por ter les ionado Cr ist iano e os t rês amigos desist i ram da v iagem pela Europa, e foram a China. A v iagem fo i curta mas mui to d ivert ida .

João Branco

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E agora?

E agora… se eu chumbasse?

Se eu chumbasse era uma grande desi lusão, não só para mim, como também para a minha famí l ia , ou se ja , para mim ser ia uma chat ice estar a repet ir o ano todo outra vez , ouvir a mesma lengalenga e ver os meus amigos a i r para i r para outra escola e eu a f icar na mesma. Para a minha famí l ia era uma p lena des i lusão saber que eu t inha chumbado, pois , e les sempre apostaram nas minhas capacidades, est iveram sempre do meu lado, para não fa lar que os meus pais t inham de comprar tudo outra vez e que a pr imeira co isa que far iam era pôr-me de cast igo. I r ia levar as fér ias todas a fazer o que eles mandavam, como por exemplo, se e les pensassem em não me levar à pra ia , eu não ia e quando começasse a escola eu não ia cont inuar na de Estombar, ia para a de lagoa, co isa que eu nunca quis , pois não suporto a escola nem os a lunos, não quer d izer que no 10º ano não vá para lá .

É bom nós vermos o nosso esforço va lor izado, é bom podermos saborear as fér ias sem aquele “peso” de se ter chumbado, sabermos que vamos para outra escola aprender e fazer novas amizades e ta lvez ate encontrar ve lhos amigos, ate cont inuar na mesma turma que a lguns dos nossos ant igos co legas.

Eu nunca chumbei e tenho orgulho n isso, porque há pessoas que chumbam 3 e 4 vezes no mesmo ano. Eu não gostava que esse fosse o meu caso, f icava bastante envergonhada se passassem por mim e d issessem “Olha a burra!” . Mas como não é o meu caso, não tenho problemas com isso.

Por passar recebo, desde o 5º ano, presentes à minha escolha. Até ao 5º ano os meus pais consideravam-me muita cr iança para escolher o que quer que fosse, os presentes tem s ido, te lemóveis , furos nas ore lhas, 1 PSP e 1 Nintendo DS. Mas acho que este ano não vou querer nada.

Por i sso deixo aqui um conselho para os mais des le ixados. Apl iquem-se na escola , porque só têm a ganhar com isso, ganham uma passagem de ano, um orgulho, e ta lvez um presente como no meu caso.

Joana Santos

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Estudar não é fácil

E agora tenho de estudar para Matemática. Inacreditável, não é? Que eu, conhecido

por não estudar, seja agora forçado a fazê-lo, se não quero uma negativa.

Estudar até parece simples, é algo que consiste, no caso da disciplina de Matemática,

em fazer alguns exercícios e memorizar algumas fórmulas. Mas, na prática, não é tão

fácil como parece! Mas vocês, leitores deste texto, provavelmente perguntam-se

porque é que estudar tem de ser tão difícil? Bem, eu vou explicar-vos. É difícil,

simplesmente porque há outras coisas, bem mais interessantes, para fazer! Deixem-

me exemplificar: se pudessem escolher entre estudar ou jogar playstation, qual

escolheriam? A playstation, é claro! Se pudessem estudar ou ir ver a vossa página do

facebook, ou escrever no Messenger, ou outra qualquer, qual escolherias? Bem, para

falar a verdade, eu não escolheria nenhuma mas, o que eu quero dizer, é que há

muitas outras coisas par afazer melhores do que estudar.

Eu até vos consigo ouvir a dizer “-Mas, estudar é importante! Podem-se aprender

tantas coisas a estudar!” Será? Digam-me, caros leitores, qual é a utilidade de

aprender a fazer sistemas de equações, ou trigonometria, ou como se mede o volume

de um cubo? Qual é o uso prático destas coisas? Se estão a pensar seguir uma carreira

de Matemática, é claro que é útil, mas, sinceramente, quem é que quer ser

matemático?

De qualquer dos modos, agora já não tenho solução, ou estudo, ou vou chumbar e,

apesar de tudo, prefiro a primeira opção. De vez em quando os professores

perguntam-me: “- Tu estudas?”, ou “-Tu estudaste para este teste?”, perguntas às

quais a minha resposta é sempre a mesma: “Hum… sim, estudei”. Mas, quando

respondo assim, refiro-me à minha versão do estudo, ou seja, abrir o livro, olhá-lo de

relance e fechá-lo. É claro que a maior parte das pessoas não considera isto estudar

mas, apesar dos constantes conselhos para eu mudar os meus métodos de estudo, eu

continuo a defender a minha versão.

Com todo este texto, ele próprio um dos poucos trabalhos que eu já fiz, quis dizer a

vocês, leitores, ou seja, à professora de Língua Portuguesa que… ESTUDAR NÃO É

FÁCIL!

Miguel Ramos