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24 Ágora: R. Divulg. Cient., v. 19, n. 2, p. 24-39, jul./dez. 2014 (ISSNe 2237-9010) AS RELAÇÕES DE APRENDIZAGEM NO AMBIENTE DA BRINQUEDOTECA UNIVERSITÁRIA 1 Jucilene Aparecida de Lima Adur 2 . Maria Benedita de Paula e Silva Polomanei 3 RESUMO: Este artigo foi desenvolvido após as experiências vivenciadas na brinquedoteca universitária, fruto de um projeto de pesquisa que tem como tema as relações de aprendizagem no ambiente da brinquedoteca universitária. Com o desafio de compreender a brinquedoteca universitária como espaço pedagógico para desenvolver estudo e pesquisa referente ao processo de ensino e aprendizagem e como espaço para mediar atividades entre a universidade, cursos de magistérios, alunos da educação infantil e comunidade. O brincar é uma atividade específica da infância em que a criança recria a realidade usando sistemas simbólicos. A atividade lúdica, desenvolvida dentro de um ambiente onde favoreça a aflorar a imaginação, estimula a criatividade e a autoconfiança. Dessa maneira, o educador em formação poderá reconhecer que brincando a criança aprende. A brinquedoteca é um espaço apropriado para potencializar as habilidades adquiridas na sala de aula Palavras-chave: Brinquedoteca. Atividade lúdica. Aprendizagem. Potencialidades. THE RELATIONS OF LEARNING ENVIRONMENT TOY LIBRARY UNIVERSITY ABSTRACT: This article was developed after the experiences in university playroom, resulting in a research project which theme is the relationship of learning in the university environment playroom. Challenging to understanding the university playroom as an educational space to develop study and research related to teaching and learning and how to mediate activities between universities, teaching courses , students of early childhood education and the community. Playing is a specific activity of childhood when the child recreates reality using symbolic systems. Leisure activities, developed in a conducive environment helps imagination,as well as encourages creativity and self-confidence. Thus, the educator trainnee can recognize that the child learns playing. The playroom is a suitable space to enhance the skills acquired in the classroom. Key-words: Playroom. Playful activities. Learning. Potencial. 1 Resultado de pesquisa de iniciação científica com financiamento do Artigo 170. 2 Acadêmica bolsista do Curso de Ciências Contábeis da Universidade do Contestado- UnC Canoinhas. E-mail: [email protected] 3 Mestre em Educação pela UNISUL. Docente da Universidade do Contestado- UnC Canoinhas, Campus Canoinhas/SC, Brasil. Membro do Grupo de Pesquisa Giorgio Agamben. E-mail: [email protected]

AS RELAÇÕES DE APRENDIZAGEM NO AMBIENTE DA …

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AS RELAÇÕES DE APRENDIZAGEM NO AMBIENTE DA BRINQUEDOTECA

UNIVERSITÁRIA1

Jucilene Aparecida de Lima Adur 2. Maria Benedita de Paula e Silva Polomanei3

RESUMO: Este artigo foi desenvolvido após as experiências vivenciadas na brinquedoteca universitária, fruto de um projeto de pesquisa que tem como tema as relações de aprendizagem no ambiente da brinquedoteca universitária. Com o desafio de compreender a brinquedoteca universitária como espaço pedagógico para desenvolver estudo e pesquisa referente ao processo de ensino e aprendizagem e como espaço para mediar atividades entre a universidade, cursos de magistérios, alunos da educação infantil e comunidade. O brincar é uma atividade específica da infância em que a criança recria a realidade usando sistemas simbólicos. A atividade lúdica, desenvolvida dentro de um ambiente onde favoreça a aflorar a imaginação, estimula a criatividade e a autoconfiança. Dessa maneira, o educador em formação poderá reconhecer que brincando a criança aprende. A brinquedoteca é um espaço apropriado para potencializar as habilidades adquiridas na sala de aula

Palavras-chave: Brinquedoteca. Atividade lúdica. Aprendizagem. Potencialidades.

THE RELATIONS OF LEARNING ENVIRONMENT TOY LIBRARY UNIVERSITY

ABSTRACT: This article was developed after the experiences in university playroom, resulting in a research project which theme is the relationship of learning in the university environment playroom. Challenging to understanding the university playroom as an educational space to develop study and research related to teaching and learning and how to mediate activities between universities, teaching courses , students of early childhood education and the community. Playing is a specific activity of childhood when the child recreates reality using symbolic systems. Leisure activities, developed in a conducive environment helps imagination,as well as encourages creativity and self-confidence. Thus, the educator trainnee can recognize that the child learns playing. The playroom is a suitable space to enhance the skills acquired in the classroom. Key-words: Playroom. Playful activities. Learning. Potencial.

1Resultado de pesquisa de iniciação científica com financiamento do Artigo 170.

2Acadêmica bolsista do Curso de Ciências Contábeis da Universidade do Contestado- UnC Canoinhas. E-mail: [email protected]

3Mestre em Educação pela UNISUL. Docente da Universidade do Contestado- UnC Canoinhas, Campus Canoinhas/SC, Brasil. Membro do Grupo de Pesquisa Giorgio Agamben. E-mail: [email protected]

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INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo apresentar os resultados obtidos através do

projeto de pesquisa referente às relações de aprendizagem no ambiente da

brinquedoteca universitária. Compreender as relações de aprendizagem que cada

jogo ou brincadeira possui e identificar valores e objetivos que deverão ser

discutidos, analisados. O espaço da pesquisa realizada foi na brinquedoteca

universitária da Universidade do Contestado -UnC Canoinhas (SC).

Para conhecer e melhor identificar e analisar o cotidiano da brinquedoteca

universitária, processos interdisciplinares, relações de ensino e aprendizagem e

possibilidades de desenvolvimento integral dos sujeitos envolvidos, foi utilizada a

abordagem qualitativa de pesquisa com embasamento em referências bibliográficas

como Walter Benjamin (2002), Santa Marli (2003), observação e interação com os

trabalhos desenvolvidos no ambiente da brinquedoteca da UnC, Campus

Canoinhas.

A formação inicial do profissional da educação deve basear-se em novos

padrões capazes de garantir uma aquisição de saberes gerais para o exercício da

docência e ao mesmo tempo a construção de competências básicas, como: reflexão,

argumentação, senso crítico, autocrítica, racionalidade prática, criatividade,

enfrentamento de dúvidas e busca de soluções, responsabilidades diante das ações

pedagógicas em que os alunos descubram uma dinâmica social de convivência e

interajam entre si, multiplicando as possibilidades de aprendizagem. A atividade

lúdica fornece às crianças um maior e melhor desenvolvimento, seja ele cognitivo,

motor, social ou afetivo, pois a criança ao brincar interage com outras crianças,

estimulando a criatividade, a autoconfiança, a autonomia e a curiosidade, devido a

situação de certos jogos e brincadeiras, o que garante uma maturação na aquisição

de novos conhecimentos.

Com conhecimento através do lúdico a criança se desenvolve e aprende de

maneira mais fácil e divertida, sendo a brincadeira e o jogo, algo próprio da infância,

tornaria a aprendizagem mais prazerosa.

Enquanto a criança brinca, sua atenção está concentrada na atividade em si e não em seus resultados ou efeitos. O jogo infantil só pode receber essa designação quando o objetivo da criança é brincar. O jogo educativo, utilizado em sala de aula, muitas vezes desvirtua esse conceito ao dar

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prioridade ao produto, à aprendizagem de noções e habilidades. (KISHIMOTO, 2007, p. 115).

Friedmann (1997) afirma que “brincar é o ponto fundamental para o

desenvolvimento de uma aprendizagem que valorize o desejo de aprender e tendo a

criança como um ser integral”.

O presente artigo foi desenvolvido após as experiências vividas no âmbito da

Brinquedoteca universitária da UnC Canoinhas e teve como escopo ressaltar a sua

importância como um lugar onde crianças, fazendo uso de atividades lúdicas,

conseguem criar, aprender se desenvolver e estimular suas potencialidades

brincando. De acordo com Nylse Helena da Silva Cunha, Diretora da Escola

Indianópolis (SP) fundadora da primeira Brinquedoteca do Brasil, Brinquedoteca “na

brinquedoteca a construção do conhecimento é uma deliciosa aventura, na qual a

busca pelo saber é espontânea e prazerosa. Lá, realmente, a criança pode viver

plenamente a sua dimensão, a dimensão da criança que explode em curiosidade e

entusiasmo” (CUNHA, 2001, p. 17).

É brincando, propondo jogos que a criança irá aprender, pois são atividades

interessantes que despertam a curiosidade e o prazer em construir conhecimentos,

interagindo com o meio físico e social.

A BRINQUEDOTECA DA UnC CANOINHAS E SEUS NÚCLEOS

A Brinquedoteca universitária da UnC Canoinhas, criada em 20034, teve a

primeira etapa de implantação documentada em 2001 no desenvolver do projeto: As

diferentes visões do curso de pedagogia – pré-escolar e séries iniciais nas questões

que tratam do brinquedo e da brincadeira (Woichikoski, Tânia Maria/2001) conforme

mostra no relatório apresentado do projeto de pesquisa, observou que a ideia inicial

era a fundação de um núcleo de desenvolvimento infantil, a Brinquedoteca,

contendo diferentes espaços, como canto do “faz de conta”, um espaço com móveis

infantis, imitando a realidade, como exemplo, cozinhas com pia de lavar louça,

panelinhas, fogão, também o canto da historia, com diversos livros de literatura

infantil, um ambiente agradável e atrativo para as crianças.

4 Dados extraídos da dissertação apresentada ao Programa de Pós Graduação, por Silvana Ziger Roeder. Disponível em: http://tede.utp.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=186

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Ainda, a criação de espaços com mesa de atividades, estantes com

brinquedos, como o canto das invenções/oficinas, palco/teatro, um espaço interativo

onde as crianças criam as historias/peças, construir fantoches e manuseá-los,

ambiente de jogos onde desperte o interesse da cada faixa etária.

Ao citar a brinquedoteca da UnC Canoinhas, na dissertação apresentado ao

programa de Pós-Graduação, Silvana Ziger Roeder, menciona:

A Brinquedoteca Universitária, na Universidade do Contestado – UnC, se organiza de acordo com o contexto no qual se insere, ou seja, que a universidade é uma instituição pluridisciplinar

5 de formação de quadros

profissionais de nível superior, de pesquisa, de extensão e de domínio e cultivo do saber humano, que se caracteriza na indissociabilidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão. Dessa maneira o Programa Brinquedoteca Universitária, em termos gerais, busca atender as especificidades de cada atividade (ensino, pesquisa e extensão) através de ações que oportunizem as inter-relações.

Ilustrações de alguns ângulos da Brinquedoteca Universitária:

Figura 01 – Vista da frente da sala D5 – Brinquedoteca Universitária

Fonte: Roeder (2007).

5 Estado de Santa Catarina. Conselho Estadual de Educação: Resolução nº 001/2001.

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Figura 02 – Canto da casinha com escorregador

Fonte: Roeder (2007).

Figura 03 – Vista do Lado esquerdo. Na foto à direita o armário que separa o espaço com os computadores.

Fonte: Roeder (2007).

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Figura 04 - Vista do lado direito da entrada: os computadores

Fonte: Roeder (2007).

Figura 05 - Vista do armário de jogos, brinquedos e material pedagógico, lado direito da entrada

Fonte: Roeder (2007).

Hoje, a brinquedoteca da UnC Canoinhas é um espaço que oferece campo de

ensino, pesquisa e extensão, possibilitando pesquisas sobre diversos temas ligados

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ao desenvolvimento infantil e ao lúdico. No ambiente da brinquedoteca da UnC,

possui dois núcleos desenvolvendo atividades complementares ao curso.

O MS Reni Scaranto, com estudos científicos, desenvolve um terrario, entre

outras atividades para estudos das ciências e a MS. Andrea Bechel trabalha na

contação de histórias visando o desenvolvimento integral da criança. Os acadêmicos

do curso de Pedagogia podem fazer pesquisas através de observações, de

utilização de materiais científicos que são produzidos e divulgados sobre as

experiências do terrario e os estudos realizados neste ambiente, incluindo a

contação de historias, onde o grupo envolvido neste núcleo estuda e prepara

historias para serem contadas em diversos ambientes extra - universitários, com o

objetivo de suscitar nos seus ouvintes o prazer pela leitura.

Estes projetos estão em pleno funcionamento e tem como meta ampliar e

organizar o espaço da Brinquedoteca objetivando um melhor e maior atendimento

dos acadêmicos, e futuramente da comunidade em geral, contribuindo assim para os

processos socioculturais e educativos. Um resultado já presente é a interatividade

entre acadêmicos neste espaço e o descortinar de comportamentos, emoções,

personalidades, muitas vezes invisíveis em sala de aula, porém importantes para

futuros profissionais da educação.

A NECESSIDADE DE TRANSFORMAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES EDUCATIVAS

Os espaços denominados brinquedotecas surgiram, no Brasil 6, na década de

1980, com a criação da Brinquedoteca de Indianópolis, em São Paulo, a partir da

necessidade de estimular crianças com deficiências. No entanto, o objetivo inicial foi

modificado no transcorrer dos anos, a exemplo do próprio conceito de brinquedoteca

e de sua operacionalização. Compreende a necessidade de alterações nos

conteúdos e métodos de ensino para a educação básica, numa época de crises e

transformações não só nas esferas políticas e sociais como também nas científica e

pedagógica, os processos de ensino objetivam viabilizar a aprendizagem a todos. A

multiplicidade de sujeitos, saberes, espaços e tempos, não pode ser colocada em

segundo plano. Nas práticas escolares essas contribuições estão à necessidade de

6 Para aprofundar as leituras sobre a origem e desenvolvimento da brinquedoteca no mundo e no

Brasil, indicam-se o site: www.brinquedoteca.org.br.

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promover uma revisão dos temas clássicos da Didática (ensino, aprendizagem,

finalidades do ensino, objetivos, conteúdos, métodos, avaliação) concretamente

considerados; revisão dos referenciais históricos e novos conceitos.

Por mais que surjam inúmeras iniciativas docentes para promover mudanças

significativas no processo de ensino aprendizagem, ainda são poucas e efêmeras as

alterações observadas nas práticas educativas. Percebe-se ainda em muitas salas

de aula, uma didática baseada na transmissão de conteúdos, e do pouco

aproveitamento que se dá no uso do material de apoio como livros didáticos, jogos

educativos e outros.

No Brasil, a taxa de analfabetismo ainda é preocupante, o nosso país

apresenta uma situação dramática7: quase um terço da população possui baixos

níveis de letramento. Entre os jovens e adultos, considerando-se aqueles que têm

mais de 15 anos, cerca de 13% são analfabetos, ainda que um terço deles já tenha

passado pelo Ensino Fundamental. Entre as crianças, mais da metade das que

chegam à 4ª série não têm apresentado um rendimento adequado em leitura. Quase

30% dessas crianças não sabem ler8.

Esse fato é fruto do uso de metodologias ultrapassadas, ou até mesmo a falta

de uma nova instrumentalização que possa ajudar os docentes a superar a

reprodução de conteúdos e os modelos cristalizados que ainda orientam as práticas

pedagógicas, incluindo-se aí as práticas lúdicas.

Torna-se um dos grandes desafios a serem ultrapassados em um curso de

graduação de formação de professores para a educação básica. A formação inicial

do profissional da educação deve basear-se em novos paradigmas capazes de

garantir uma aquisição de saberes gerais para o exercício da docência e ao mesmo

tempo a construção de competências básicas, como: reflexão, argumentação, senso

crítico, autocrítica, racionalidade prática, criatividade, enfrentamento de dúvidas e

busca de soluções. O profissional formado na UnC está qualificado para trabalhar

com ética e compromisso com vistas à construção de uma sociedade justa, humana

e igualitária,

Ao mencionar sobre o espaço da brinquedoteca, Santos (2000):

7Texto de autores diversos, originariamente produzidos para séries do Programa Salto para o Futuro/TV Escola, reunidos sob o título de Práticas de leitura e escrita: Disponível em : http://tvescola.mec.gov.br/images/stories/publicacoes/salto_para_o_futuro/editados_lei_eleitoral/livro_salto_praticas_de_leitura_e_escrita_editadoleieleitoral.pdf

8Dados do SAEB (INEP). Disponível em: http://www.publicacoes.inep.gov.br/

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Falar sobre brinquedoteca é falar sobre os mais diferentes espaços que se destinam à ludicidade, ao prazer, às emoções, às vivências corporais, ao desenvolvimento da imaginação, da criatividade, da auto-estima, do autoconceito positivo, da resiliência, do desenvolvimento do pensamento, da ação, da sensibilidade, da construção do conhecimento e das habilidades. (SANTOS, p.58, 200)

Por meio das brinquedotecas torna-se fácil avaliar o desenvolvimento da

criança, fazendo-se acompanhamento e observação diária, do que se refere à

socialização, a iniciativa, a linguagem, ao desenvolvimento motor e ainda, buscar

através das atividades lúdicas, o desenvolvimento das suas potencialidades.

Brincar é tão importante porque a criança mergulha na sua fantasia e alimenta

sua vida interior, quanto mais à criança brinca, maior será sua capacidade de

atenção, de inventar, criar e permanecer concentrada numa determinada atividade.

“A criança que brinca sozinha aumenta suas possibilidades de lidar com a sua

afetividade e de descobrir seus interesses.” (CUNHA, p.22, 2001).

Brincar com outras pessoas é necessário para evitar que a criança fique sem

estímulo e a socialização que um companheiro pode proporcionar. “Ao brincar a

criança aprende a viver socialmente, respeitar regras, cumpre normas, espera a sua

vez e interage de uma forma mais organizada.” (CUNHA, p.24, 2001).

Portanto, enquanto a criança brinca, coisas muito sérias acontecem. É ela

quem dá sentido ao brincar e, através desse brincar, incorpora constantemente

aprendizagens flexíveis, não quantificáveis e das quais pode dar conta. Esses

momentos são importantes e se constituem aos olhos de um observador atento, em

oportunidades preciosas nas quais se aprende de maneira significativa, sobre a

construção da inteligência da criança, do seu conhecimento, da sua forma de pensar

o mundo e da sua felicidade.

Cunha (2001), fala que o brinquedo proporciona o aprender fazendo. Através

de jogos e brincadeiras, a criança pode aprender novos conceitos, adquirir

informações e superar dificuldades de aprendizagem.

Além disso, Santos (1997) relata que uma brinquedoteca não significa apenas

uma sala com brinquedos onde as crianças brincam e aprendem, mas uma

mudança de postura frente à ação de educar, um dos objetivos desse projeto.

A brinquedoteca é da criança, mas a brinquedoteca da Universidade, como se

refere Santos (1997):

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É um espaço privilegiado onde os alunos de diversos cursos podem não só observar a criança, mas também desenvolver atividades com vistas ao aperfeiçoamento profissional. Docentes vinculados às unidades universitárias conduzem pesquisas a partir de situações de brincadeiras que ocorrem no interior das brinquedotecas. A disponibilidade de acervos e materiais de jogo, além de auxiliar tarefas docentes, permite ao público informar-se sobre a temática do jogo. (SANTOS, 1997, p. 23).

Para a autora, ter uma brinquedoteca é mudar padrões de conduta em

relação à criança; é abandonar métodos e técnicas tradicionais; é buscar o novo,

não pelo modernismo, mas pela convicção do que este novo representa; é acreditar

no lúdico como estratégia, por este motivo é um espaço de grande relevância para

docentes e discentes de um curso de formação de professores.

É interessante a observação de Benjamin sobre a transformação do

brinquedo como efeito da industrialização dos mesmos, destaca o distanciamento

entre crianças e seus pais que, antes, produziam juntos. O autor ponta para os

objetos prediletos da criança, no brincar:

Madeira, ossos, tecidos, argila, representam nesse microcosmo os materiais mais importantes, e todos eles já eram utilizados em tempos patriarcais, quando o brinquedo era ainda a peça do processo de produção que ligava pais e filhos mais tarde vieram os metais, vidro, papel e ate mesmo alabastro. (BENJAMIN, 2002, p. 92).

O ato de brincar deve ser tecido por historias e a travessia pelos brinquedos

feitos com arte, elaborados com as mãos das crianças e dos adultos que as cercam,

esta ação aproxima adultos das crianças, que com o passar do tempo tem sido um

vinculo descontinuo, selando desta maneira a interatividade do verdadeiro brincar.

Brinquedos artesanais que se encontram nas primitivas formas de brincar que as

crianças buscam e que opostamente hoje lhes são subtraídos: a água, a terra, a

areia, as folhas, as pedras, o papel, as madeiras e tantos outros matérias que se

encontram nas inúmeras vias invisíveis por onde elas transitam em seus exercícios

da invenção. Benjamim, afirma:

Conhecemos muito bem alguns instrumentos de brincar arcaicos, que desprezam toda mascara imaginaria (possivelmente ligados na época a rituais): bola, arco, roda de penas, pipa – autênticos brinquedos, “tanto mais autênticos quanto menos o parecem ao adulto”. Pois quando mais atraentes, no sentido corrente, são os brinquedos, mais se distanciam dos instrumentos de brincar; quanto mais ilimitadamente imitação se manifesta neles, tanto mais se desviam da brincadeira viva (BENJAMIN, 2002, p. 93).

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Estes objetos que propiciam à criança o contato, a construção e a

descontração dos mesmos encontrados os mais incomuns lugares, produzem mais

prazer à criança do que os brinquedos plastificados, até hoje. É comum

observarmos quando uma criança recebe um presente e este é um brinquedo,

muitas vezes interessa-se mais pela caixa do que pelo brinquedo, que na maioria

são plastificados, esterilizados, inquebráveis9.

Olhando para a infância de algumas décadas atrás, esta apresenta traços que

nos remetem pensar acerca do que se encontra apagada no brincar das atuais

infâncias. Das bonecas de porcelana às Barbies, dos carrinhos de rolimã aos jogos

eletrônicos de carros encontrados nos dias de hoje, se transitar pela historia dos

brinquedos que na contemporaneidade tende a ser homogênea, globalizada, virtual,

apagando ou mascarando o verdadeiro sentido do brincar10.

A BRINQUEDOTECA DA UnC CANOINHAS HOJE

Como parte processo de manter a brinquedoteca universitária sempre

atualizada e cheia de novas técnicas e aperfeiçoamento do material posto à

disposição dos acadêmicos, um método interdisciplinar que poderá contribuir de

maneira que este espaço possa receber outros cursos de graduação da UnC, é

desenvolver um projeto no ambiente da brinquedoteca universitária que vise a

criação e confecção de brinquedos e jogos com materiais reciclados ou de baixo

custo, fáceis de serem encontrado. Este processo valoriza também o cuidado com a

natureza, pois os brinquedos serão construídos a partir de materiais reciclados como

garrafas pet, latas, jornais, papéis de presentes, entre outros e posteriormente

poderão ser utilizados dentro do âmbito da brinquedoteca universitária, nos eventos

realizados pelos grupos de estudos já existentes, bem como nos estágios realizados

pelos estudantes. Interessante será o envolvimento e interação de outros cursos

9

A superproteção de muitos brinquedos modernos revela o excesso de preocupação com a segurança e a saúde, que acaba por anestesiar o próprio processo de criação do brincar. Nos próprios detalhes da descrição da embalagem, evidencia-se este excesso.

10 O brincar assume uma forma livre e imprevisível, a essência do brincar é espontânea, é não ter hora marcada nem programa definido. Brincar não tem objetivo, seja pedagógico ou outro. É um ato voluntário, no qual o ser humano se dirige por uma decisão interna, pessoa. O papel do adulto e das instituições escolares seria no sentido de dar um maior significado e espaço para que a brincadeira livre possa acontecer.

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também ofertados pela UnC, assim como o curso de artes visuais, design, musica,

pedagogia e outros que possam contribuir nestas criações.

Além de todo processo pedagógico, cultural e social é possível despertar a

responsabilidade pela conscientização do meio ambiente, ao invés de jogar tudo no

lixo, a sugestão é reaproveitar alguns materiais e destes utilizarmos na produção de

brinquedos para as crianças.

Assim sendo, entende que a brinquedoteca é um espaço onde o brinquedo é

considerado coisa séria tanto para a criança, que explora, manipula, joga, sente-se

feliz e aprende, como para o adulto, que vê no brinquedo um valor inesgotável.

Ambos se beneficiam com a brinquedoteca. A criança brinca, e o adulto discute o

valor do brinquedo, analisa sua relação com a criança, no sentido de compreender

seu desenvolvimento, realiza pesquisa e cria jogos e brinquedos a partir de material

de baixo custo (SANTOS, 1997, p. 10).

Nas brinquedotecas existem brinquedos diversos: novos, usados, de plástico,

madeira, pano, metal, antigos (que nossos pais brincavam) jogos. Brinquedos que

vão satisfazer as fantasias, desmistificar mitos ou simplesmente estimular a criança

a brincar livremente.

Quando uma criança entra na brinquedoteca, deve ser tocada pela

expressividade da decoração, pela alegria e o encanto do ambiente. Este ambiente

alegre pode ser visto quando se frequenta a brinquedoteca da UnC Canoinhas. É

um espaço apropriado para potencializar as habilidades adquiridas na sala de aula.

A atividade lúdica, desenvolvida dentro de um ambiente onde favoreça a aflorar a

imaginação, estimula a criatividade e a autoconfiança. Dessa maneira, o educador

em formação poderá reconhecer que brincando a criança aprende.

Foi interessante observar o quão fascinante foi para as mesmas a compreensão de que da sucata sem valor é possível extrair brinquedos e brincadeiras estimulantes, capazes de enriquecer o seu trabalho e, por conseguinte, propiciar o desenvolvimento das crianças sob a sua responsabilidade, de forma a torná-las mais aptas, seguras e capazes (SANTOS, 2000, p. 155).

Os profissionais da educação precisam, e essa necessidade é visível, de uma

sólida formação, de estudos teórico/práticos voltado às questões lúdicas que

destaquem a importância desta atividade para a criança, para seu desenvolvimento

e aprendizagem.

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Uma formação que envolve teoria, pedagógico e ludicidade contribui na

apropriação de práticas pedagógicas relativas ao processo do brincar para aprender

da criança, na formação dos alunos do curso de Pedagogia. Esta formação deve ser

apoiada por grupos de estudos inseridos em programas de extensão e pesquisa,

como este da brinquedoteca. Durante o período de interação no grupo de estudos

de contação de história, orientado pela professora Andrea Bechel, foi visível o

resultado apresentado, através da interatividade entre acadêmicos neste espaço, a

segurança que transmitem e o descortinar de comportamentos, emoções,

personalidades, muitas vezes invisíveis em sala de aula, porém importantes para

futuros profissionais da educação.

PARTICIPAÇÃO ACADÊMICOS EM EVENTOS PEDAGOGICOS

Durante a última semana do mês de maio do ano de 2013, foi realizada a

semana acadêmica intitulada: diálogos pedagógicos, o evento é concernente ao

estudo proposto no presente projeto desenvolvido, cujos objetivos deste visava

promover atividades de estudo e pesquisa junto a professores e acadêmicos tendo

como objeto de estudo o processo pedagógico mediado por atividades lúdicas,

O evento contou com a presença dos alunos do magistério da Escola de

Educação Básica Santa Cruz de Canoinhas e da Escola de Educação Básica Alinor

Vieira Côrte do município de Papanduva, que participaram das discussões sobre

ensino e aprendizagem, com o intuito de divulgar o curso de pedagogia da UnC

Canoinhas. Foram abordados assuntos sobre a história e os números na educação,

a beleza do estudo científico e a Arte de contar histórias, foram trabalhadas também

à magia da música na educação expuseram sobre o desenho, a leitura e a escrita no

desenvolvimento integral da criança, foi trabalhado sobre o tema a pratica docente

que precisa ser apresentada e discutida, ainda o cinema na educação.

Os acadêmicos do curso de pedagogia apresentaram os trabalhos

desenvolvidos no decorrer do semestre, de acordo com o planejamento integrado,

onde se buscou além de socializar as atividades pedagógicas desenvolvidas pelo

curso, e a integração entre acadêmicos e alunos do magistério, estimular discussões

que brotam novos saberes, e incitam o conhecimento.

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As relações de aprendizagem no ambiente da brinquedoteca universitária

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CONSIDERAÇOES FINAIS

Trabalhar e fazer parte deste projeto de pesquisa, sobre as relações de

aprendizagem no ambiente da brinquedoteca, foi gratificante e de um crescimento

acadêmico imensurável, atuando no processo de conhecimento, como sujeito, houve

necessidade de vivenciar os estudos e diálogos desenvolvidos na brinquedoteca, e

se dispondo a se envolver, assumir compromissos junto aos núcleos e atividades

desempenhadas neste espaço.

A atuação na Brinquedoteca não pode se resumir a ação de estar,

propriamente, mas de participar do processo. Acredito que, se hoje a avaliação

desta, é como parte indispensável do processo formativo, é porque o trabalho

realizado foi e é baseado na articulação prática/teoria/prática, na valorização do

brincar para o desenvolvimento e aprendizagem do ser humano. É um trabalho que

envolve a instituição, o curso, professores, acadêmicos e comunidade. Na formação

de professores, em específico, é preciso idealizar a Brinquedoteca como parte do

processo formativo. Essa formação deve ser vista como um processo permanente

integrado ao currículo do curso. Os acadêmicos devem ser vistos como protagonista

ativo nas diversas fases do processo de formação com grupo de estudos devendo

este voltarem-se para os aspectos formativos das dimensões teórica, pedagógica e

pessoal.

Alguns elementos se tornam mais claros, a respeito do desempenho e

envolvimento dos acadêmicos. Seus relatos e atitudes explicam e evidenciam a

evolução acadêmica e pessoal que a interatividade entre acadêmicos neste espaço

proporciona e o descortinar de comportamentos, emoções, personalidades, muitas

vezes invisíveis em sala de aula, porém importantes para futuros profissionais da

educação.

Com tudo isto posto, espera-se que o espaço incrível e indispensável da

brinquedoteca da UnC, sirva para reflexão sobre o processo do brincar para

aprender, e que possa ser útil para auxiliar novas investigações em formato de

projetos de pesquisa, tendo em vista o acolhimento e envolvimento da universidade

bem como da comunidade em geral.

O trabalho realizado alcançou seus objetivos.

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Jucilene Aparecida de Lima Adur; Maria Benedita de Paula e Silva Polomanei

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REFERÊNCIAS

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As relações de aprendizagem no ambiente da brinquedoteca universitária

39 Ágora: R. Divulg. Cient., v. 19, n. 2, p. 24-39, jul./dez. 2014 (ISSNe 2237-9010)

WOICHIKOSKI, TÂNIA MARIA. As diferentes visões do curso de pedagogia – pré-escolar e séries iniciais nas questões que tratam do brinquedo e da brincadeira. Universidade do Contestado - UnC Canoinhas, SC. 2001

Artigo recebido em: 07/06/2014

Artigo aprovado em: 27/05/2015