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Boletim Técnico da Escola Politécnica da USP Departamento de Engenharia de Construção Civil ISSN 0103-9830 BT/PCC/235 ASPECTOS DE DESEMPENHO DA ARGAMASSA DOSADA EM CENTRAL Antonio A. A. Martins Neto João Gaspar Djanikian São Paulo - 1999

ASPECTOS DE DESEMPENHO DA ARGAMASSA DOSADA EM … · Por razões de ordem econômica, muitas pesquisas vem sendo desenvolvidas, em vários segmentos da Industria da Construção Civil,

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Boletim Técnico da Escola Politécnica da USP

Departamento de Engenharia de Construção Civil

ISSN 0103-9830BT/PCC/235

ASPECTOS DE DESEMPENHO DAARGAMASSA DOSADA EM CENTRAL

Antonio A. A. Martins NetoJoão Gaspar Djanikian

São Paulo - 1999

Escola Politécnica da Universidade de São PauloDepartamento de Engenharia de Construção CivilBoletim Técnico - Série BTIPCC

Diretor: Prof. Dr. Antônio Marcos de Aguirra MassolaVice-Diretor: Prof. Dr. Vahan Agopyan

Chefe do Departamento: Prof. Dr. Alex Kenya AbikoSuplente do Chefe do Departamento: Prof. Dr. João da Rocha Lima Júnior

Conselho EditorialProf. Dr. Alex AbikoProf. Dr. Francisco CardosoProf. Dr. João da Rocha Lima Jr.Prof. Dr. Orestes Marraccini GonçalvesProf. Dr. Antônio Domingues de FigueiredoProf. Dr. Cheng Liang Yee

Coordenador TécnicoProf Dr. Alex Abiko

O Boletim Técnico é uma publicação da Escola Politécnica da USP/Departamento deEngenharia de Construção Civil, fruto de pesquisas realizadas por docentes epesquisadores desta Universidade.

Este texto faz parte da dissertação de mestrado, de mesmo título, que se encontra àdisposição com os autores ou na biblioteca da Engenharia Civil.

RESUMO

A argamassa dosada em central (ADC), é um material promissor e alternativo paraobras de grande porte, pela viabilidade do fornecimento em grande escala.

Sendo estas argamassas à base de cimento, houve a necessidade de promover oretardamento do início da pega, por meio de aditivos retardadores e incorporadores dear, a fim de que suas características iniciais de dosagem fossem garantidas por umperíodo de 12 horas.

Foram pesquisadas argamassas nas dosagens 1:6, 1:7, 1:8 e 1:9 e verificados seusdesempenhos nos estados fresco e endurecido através de ensaios de consistência, arincorporado, densidade de massa, retração volumétrica e resistência à compressão,resistência de aderência e módulo de elasticidade.

1. INTRODUÇÃO

A estimativa da produção de cimento Portland, no ano de 1998 a nível Brasil deveatingir a casa de 38 milhões de toneladas. Deste total, as últimas estatísticas apontamque, aproximadamente, 40% desse volume é direcionado à produção de argamassaspara a Construção Civil.

A tradição brasileira mostra que a grande maioria, cerca de 95% da argamassa, évirada-em-obra. Os outros 5% correspondem a um mercado recente das argamassasindustrializadas, de cerca de 4% e de argamassas dosadas em central com umaparticipação inexpressiva de cerca de 1 %.

Estes percentuais totalizam um volume de aproximadamente 85 milhões de metroscúbicos/ano, com 80 milhões de metros cúbicos das viradas-em-obra, 4 milhões deindustrializadas e apenas 1 milhão das dosadas em central.

O desenvolvimento dos aditivos, viabilizou a produção das dosagens em central à basede cimento, possibilitando o fornecimento de grandes volumes para obras comcronogramas apertados.

2. A ARGAMASSA DE REVESTIMENTO EXTERNO NO BRASIL

2.1. Exigências básicas de um novo material.

A procura incessante de novos materiais alternativos na construção civil, constituitarefa árdua que exige pesquisa insistente e laboriosa, em todos os segmentosenvolvidos, como Universidades, Empresas do Setor Privado, Associações e órgãosPúblicos.

Um novo material, para ser absorvido pelo mercado da Construção Civil, necessita serresistente, durável, trabalhável, além de apresentar peso específico adequado ao uso,condutibilidade térmica, absorção e reflexão acústica favoráveis com custo moderado,ou seja, aceitação pelo mercado igual ou superior ao daqueles materiais disponíveis enormalizados. (GRANDI -1997)

2.2. O meio ambiente.

Com a necessidade de atender às exigências ambientais, busca-se a melhor maneirade desenvolver novos materiais e produtos para o mercado, que além de melhoraremsignificativamente o conforto ambiental das edificações, proporcionem aos resíduosprovenientes das obras e serviços, um destino mais "nobre" que a simples combustão.

2.3. As pesquisas de novos materiais.

Por razões de ordem econômica, muitas pesquisas vem sendo desenvolvidas, emvários segmentos da Industria da Construção Civil, com a finalidade de adequar osmateriais encontrados em cada região, procurando viabilizar sua extração e usocorretos, proporcionando com isso, a busca de novos materiais, novos produtos econdições técnico-econômicas que venham de encontro com as necessidadesregionais dos diversos segmentos. (LEVY - 1997)

Para as Argamassas de Revestimentos Externos, muitas pesquisas vem sendodesenvolvidas em vários países da Europa, Estados Unidos, e América Latina, com autilização de novas adições, materiais e composições.

2.4. Argamassas de revestimento.

No início da década de 1950, as argamassas industrializadas foram introduzidas noexterior, a partir do conceito de fixação dos componentes e com a realização demisturas parciais ou totais em instalações industriais, e não deixando por conta dopedreiro a sua preparação.

Essas argamassas são produzidas em centrais dosadoras, totalmente isentas deumidade (secas), ensiladas ou ensacadas, de forma que seu manuseio seja restrito àobra de destino e na maioria das vezes, possuem acompanhamento de profissionalhabilitado.

Atualmente existem à disposição da Industria da Construção Civil, argamassas pararevestimentos, secas, industrializadas e ensacadas, para serviços de recuperações deestruturas, auto-nivelantes, para enchimentos de pisos, ou argamassas com adiçõesde fibras.

O transporte deste tipo de argamassa, na maioria das vezes, é feito em veículoauto-carregável, com manuseio mecanizado e de forma a não alterar as característicasiniciais de dosagem. Esta argamassa quando entregue em seu local de aplicação étrabalhada de forma altamente produtiva, sem que se faça correções do traço nasobras.

Em alguns casos, e em ocasiões especiais, são consumidas argamassasindustrializadas ensacadas e secas, com fins específicos para aplicações empequenos pontos, como recuperações de estruturas e restaurações de revestimentosem decomposição, seja por efeitos do tempo ou por danos decorrentes da utilização.

Outro modo que também é feita a utilização de argamassas ensacadas, são em locaisdesprovidos de espaço para estoque de grandes volumes.

Nestes países, nesta década foi introduzida a argamassa ensilada com a finalidade deacelerar os cronogramas das obras, sem perder a qualidade final do produto norevestimento.

Na Alemanha (Ocidental), na década de 1970, já se utilizava de uma tecnologia maisrevolucionária, onde era fornecido às obras grandes recipientes abertos com materiaisem consistência desejada, que permanecia de forma imutável por períodos de 2 a 3dias, prontas para a utilização.

No Brasil, no passado, já existiram argamassas dosadas em central, com adições deescória de alto forno, pozolanas, e mesmo filler calcário, com aditivos plastificantes,incorporadores de ar, e redutores d'água, para usos específicos.

A Argamassa Dosada em Central Concreteira foi desenvolvida para ser aplicada emrevestimentos externos, com um ou mais aditivos em sua composição, onde já se fazuso de verdadeiros coquetéis, para proporcionar a estas, condições dearmazenamento em obra, mesmo com a adição de cimento.

Este tipo de produção de argamassa em centrais ou usinas, com o transporte damistura já pronta para o emprego, já sinalizavam causas de grandes mudanças nodomínio da construção civil. (SZILAG'Yl - 1977)

No Brasil, são muitas as argamassas de revestimento externo, sendo as maisutilizadas nos diversos estados brasileiros, as argamassas mistas de cimento e cal.

Atualmente, as grandes obras da Grande São Paulo estão adotando as argamassasensiladas, cultura esta que já está chegando ao Sul do país e que teve inicio emmeados de 1997.

Estas argamassas vem conquistando boa participação do mercado consumidor, umavez que estão sendo produzidas em larga escala, com materiais classificados e dequalidade, controle tecnológico e acompanhamento de assistência técnica.

2.5. Outros materiais componentes.

Vários materiais vêm sendo pesquisados e testados, de forma a viabilizar suautilização e exploração nas diversas regiões, onde o mercado está se expandindo.

A criação de condições técnico-científicas para que resíduos vegetais industriaispossam ser utilizados como agregado miúdo vegetal em argamassas e compósitos decimento Portland, faz parte dos estudos do LEMC - Laboratório de Estruturas eMateriais de Construção da Faculdade de Engenharia Civil UNICAMP - SP.

Outro tipo de argamassa de revestimento que vem sendo desenvolvida é a ArgamassaInorgânica, para assentamentos e revestimentos, sejam internos ou externos, com oemprego de adições de arenoso e caulim, principalmente na região de Salvador - BA.(SILVA et. al -1997).

Estas argamassas, são tradicionalmente utilizadas sem a adição da Cal, tendo na suacomposição o cimento Portland como aglomerante, areia natural quartzosa, arenosoou caulim, materiais estes responsáveis pelas características de coesão, plasticidade eretenção de água, face a parcela de argila presente. (AZEVEDO - 1997)

É importante salientar que o uso de finos como filito, caulim, argila e saibro, com oobjetivo de melhorar a aderência das argamassa, tão largamente difundido eempregado em nossas obras, deve ser feito com critério rígido, de modo a nãoemprega-lo em excesso, para não provocar uma retração hidráulica acentuadagerando fissuramento e aumento de permeabilidade, reduzindo sua durabilidade.(POTTY - 1996).

Podemos dizer que o emprego de aditivos estabilizantes, plastificantes ouincorporadores de ar, pode propiciar melhorias nas características destas argamassas,tais como: redução da exsudação, aumento da aderência ao substrato, maior retençãode água, reduzindo significativamente o fator água-cimento. (FIORITO - 1994)

Estes estudos e pesquisas que vem sendo desenvolvidos, estão proporcionando oaparecimento de novas técnicas.

Com a utilização da reciclagem de entulho na composição de argamassas,aparentemente é possível se ter uma redução no consumo de cimento, da ordem de30%, devido aos materiais constituintes do entulho, serem possíveis de promoveremreações pozolânicas. (LEVY - 1997)

Em pesquisa realizada com restos de obras, a distribuição de componentes reveladaem 33 amostras, destaca a forte presença de produtos cerâmicos e de argamassas.

O uso de materiais reciclados, pode substituir os agregados miúdos mais nobres, nacomposição, tanto em argamassas de obras como em argamassas industrializadas.(CABRERA, et al. - 1997)

2.6. Mão-de-obra e patologias.

Problemas com patologia das argamassas tem sido observados com bastantefreqüência no Nordeste, e principalmente sob a forma de eflorescências edescolamentos de revestimentos, causando prejuízos à durabilidade, estética e higienedas obras, segundo ensaios laboratoriais, feitos pelo CETA - Centro Tecnológico daArgamassa da UFBa.

Na Amazônia (AM), também existem muitos problemas com patologias dasargamassas, isto devido a utilização de cimento Portland e agregados miúdoslateríticos. Estas ocorrências estão sendo sanadas com a utilização de açúcardissolvido na água de amassamento das argamassas. (CALDEIRA - 1997)

Argamassas especiais, estão sendo utilizadas em revestimentos de peças estruturaisde concreto armado, estão sendo usadas na Venezuela, dosagens de argamassas abase epóxi com adições de resinas acrílicas, com inibidores orgânicos de corrosão.(ALVAREZ, et al. - 1997)

Na região metropolitana de Recife, constatou-se que existem discrepância entre ostraços das argamassas especificados nas obras e os efetivamente utilizados e queestes traços são na maioria dos casos, escolhidos de forma empírica, a partir daexperiência de profissionais mais antigos, sendo sua produção e utilizaçãodesacompanhadas de controle. (ANTUNES, et al. - 1997)

É bastante comum, encontrar em obras habitacionais e comerciais de grande porte,estas ocorrências, visto que na maioria dos casos, pode-se encontrar vários traços dedosagem, somente para efeito de custos e orçamentos, pois cada "mestre de obras",quando assume o comando da obra, traz consigo uma composição decorrente de suaexperiência e que geralmente é diferente daquela especificada. (AZEREDO - 1978)

Da mesma forma, SARETOK (1977) relata que na Suécia, quando lançados nomercado blocos de sílico-calcário para alvenaria de elevação, foram muitoinsatisfatórios os resultados das argamassas do ponto de vista de aderência, pois odespreparo da mão-de-obra com novos materiais é historicamente grande.

O mesmo fato ocorre nas obras da Grande São Paulo, pois, muitos dos mestres deobras que aqui chegam para trabalhar trazem consigo uma cultura muito forte, que aospoucos é modificada, mas parte é transmitida e consolidada pelos operários quetambém tem origem no norte do Pais.

O despreparo da mão-de-obra empregada na construção civil, é gerador de muitosfatores prejudiciais, e isto pode ser contatado na pesquisa realizada por (IOSHIMOTO -1985), onde é apresentado um levantamento de 36 conjuntos habitacionais comproblemas de patologia nos revestimentos.

Na Escócia, entre 1973 e 1985, foram aplicados mais de 20 milhões de M2

de revestimento. O "Advisory Service of the Building Research EstablishmentScottish Laboratory" atendeu um número muito expressivo de casos de patologia deaderência aos revestimentos. (MURRAY - 1983)

Uma das causas prováveis da incidência crescente de patologias nos revestimentos,como sendo o despreparo para a assimilação de novos materiais e o despreparo damão-de-obra. (MURRAY - 1983)

2.7. Ensaios de caracterização das argamassas.

O Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados, CB-18, da AssociaçãoBrasileira de Normas Técnicas, ABNT, vem buscando atualizar o conjunto de normasde seu âmbito, organizando um programa interlaboratorial de ensaios de argamassasindustrializadas, com o intuito de obter subsídios para a constante atualização dasespecificações destes produtos.

Os ensaios mais realizados para as argamassas em estado fresco, são os deconsistência, massa específica, retenção de água, retenção de consistência e retraçãovolumétrica. No estado endurecido, podemos citar ensaios de resistências mecânicas,como compressão e tração na flexão, ensaios de resistências de aderência aosubstrato, absorção de água por capilaridade, índices de vazios e mais recentemente oensaio de módulo de elasticidade.

2.8. Aglomerantes mais utilizados.

O cimento, como um dos aglomerantes das argamassas de revestimento, éresponsável pela ligação das partículas soltas da massa, e consequentemente porsuas propriedades mecânicas.

Os cimentos Portland e as cales hidratadas mais utilizadas nas composições dasargamassas são o CP II E , CP II F, CP III, CPV - ARI, e CPV - ARI - RS, e CH I ,CH III respectivamente. (CINCOTO - 1977)

Outra pesquisa, buscou um cimento que melhor se adaptasse ao tipo de revestimento.Pode-se verificar que a utilização dos Cimentos Compostos e Pozolânicosnão produziu variações significativas nos ensaios realizados. Novos estudos estãoem desenvolvimento, objetivando a avaliação da durabilidade dos revestimentoscom uso de Cimento Portland Pozolânico em comparação ao Cimento PortlandComposto, para a obtenção de argamassas mais duráveis frente ao meio agressivo,para uso específico em cidades que estão nas proximidades do mar. (SILVA et al. -1997)

3. A ARGAMASSA DOSADA EM CENTRAL NA GRANDE SÃO PAULO

3.1. Um passado perdido.

Na busca de informações que pudessem contribuir com este trabalho, pudemosconstatar que mesmo com todos os estudos e pesquisas que foram realizadas duranteo final da década de 1970 e início de 1980, poucos foram os registros deixados sobreo tema "Argamassa Dosada em Central" ou "Argamassa Usinada", como também eraconhecida.

As empresas de serviços de concretagem procuraram pesquisar as argamassas,devido à queda no volume de concreto que ocorreu no final da década de 1970, o queprovocou uma verdadeira crise no setor da Industria da Construção Civil, tanto naEuropa, Estados Unidos como também no Brasil.

Como a argamassa apontava como uma potencial saída para a crise do setorconcreteiro, as empresas começaram a pesquisá-la de forma bastante empírica mas,com bons resultados laboratoriais e com a velocidade que a época exigia.

Decorridos alguns anos, estas anotações e apontamentos em diários de laboratóriosforam perdidos ou simplesmente colocadas em arquivos-morto.

Com a perda das anotações, apontamentos, relatórios de operações, diários delaboratórios, do que se fez no passado a respeito das características e propriedadesdas argamassa e de seus processos de dosagens, esta atividade veio a serpraticamente paralisada pois não era a atividade fim do ramo.

Devido a estes fatos, seus estudos e pesquisas tiveram o mesmo fim; foramsendo postos em segundo plano, e aos poucos a produção foi praticamenteabandonada. Ainda hoje, são poucas as centrais concreteiras que produzem aargamassa de revestimento como atividade do negócio.

No final da década de 1970 e início da década de 1980, na Região Metropolitanada Grande São Paulo, entre os vários materiais que compuseram as dosagensde argamassas de revestimento externo, podemos destacar as Areias Fina, Médiae Grossa, as Cales, Pozolanas, Fillers. e cimento Portland - CP 320.

Existiram outros materiais alternativos com granulometria muito fina, que também eramutilizados para a dosagem de algumas argamassas, como o Filito e Quartzito, poucoestudados na época e que pelo seu desconhecimento, despertaram pouco interessede uso.

Em pesquisa junto a construtoras verificou-se que o benefício adquirido coma realização das argamassas em centrais concreteiras, ou seja a reduçãodo cronograma da obra e do custo da mão de obra, não era repassado aosconstrutores, pelos empreiteiros, uma vez que o preço era fechado por metro quadradode alvenaria.

Devido a este fato e o desconhecimento com a utilização de novos materiaisem argamassas, estes usuários davam plena preferência às argamassasviradas-em-obra, que já possuía custo embutido no total da empreitada ecaracterísticas bastante definidas, consagradas e que eram de conhecimento do meioprático e técnico.

3.2. Novos estudos.

De meados para o final da década de 1980, com a perspectiva de aceleraçãodo desenvolvimento da Industria da Construção Civil, obras de médio e grande portebuscaram uma nova forma de se executar a produção de argamassas, que viessese somar a argamassa virada-em-obra ou até mesmo substitui-la. Neste períodocomeçaram a aparecer estudos que começam a influenciar nas opiniões do setor.

Pesquisadores como CINCOTTO, SABBATINI, SELMO, FIORITO, CARASEK e outros,foram decisivos para o real desenvolvimento tecnológico do desempenho dasargamassas e sua aplicação nas obras.

Paralelamente, teve início uma fase de estudos e pesquisas laboratoriais nas CentraisConcreteiras, para que testes fossem realizados nas próprias centrais, a fim deque pudessem suprir uma necessidade prática das obras, mas com a confiabilidadede uma tecnologia presente e acompanhada, onde se desenvolveu com maisintensidade a argamassa dosada em central.

3.3. A retomada da produção.

As argamassas de revestimento externo dosadas em central tiveram seu início naGrande São Paulo nos meados da década de 1980, mais precisamente 1985.

Uma empresa de São Paulo foi a pioneira no desenvolvimento destas argamassascom a utilização de cimento Portland CP 320, areias, água e aditivos. Outras empresasbuscaram segui-la, mas deixaram de faze-lo, seja por motivos técnicos, comerciaisou por motivos operacionais.

A argamassa de revestimento externo dosada em central, passou a ter umagrande aceitação da Industria da Construção Civil, pois conseguia atenderàs necessidade dos grandes construtores, proporcionando-lhes vantagensoperacionais aliadas a segurança da técnica assistida.

Deste modo, houve um incremento no setor que veio a possibilitar a aceleraçãode alguns processos construtivos, atendendo obras de grandes volumes, em curtoespaço de tempo.

4. METODOLOGIA DA PESQUISA

4.1. As dosagens.

Foram estudados quatro traços de argamassas. No intuito de verificarmos odesempenho das argamassas de cimento quando aditivadas, com um retardamentoda pega do cimento para um período de 12 h, foram elaborados os traços 1:6, 1:7, 1:8e 1:9, de cimento e areia média.

Foram elaboradas outras três argamassas, a título de comparação de produtos,já consagradas pelo mercado consumidor, sendo uma industrializada e duasviradas-em-obra, de traços 1:1:6 e 1:2:9, cimento, cal e areia, usadas pararevestimento externo.

O objetivo desta pesquisa foi a elaboração de um novo produto, dosado emcentral, que tivesse a facilidade do recebimento de grandes volumes de fornecimentoe que possa ser elaborado já com a adição de cimento e estocado na obra, para umconsumo diário de acordo a necessidade.

Os materiais empregados nessa pesquisa foram:

4.1.1. CIMENTO:

Foi utilizado o cimento Portland CP II - E - 32, adquirido no mercado da Grande SãoPaulo, a granel e em sacos. (Tabela 4.1.1.a)

4.1.2. CAL:

A cal utilizada é a do Tipo III adquirida no mercado de Revenda. Tabela 4.1.2.a.

4.1.3. AREIA:

A areia utilizada é a areia média proveniente do Vale do Paraíba, com módulo de finuraigual a 2,83 e dimensão máxima característica de 2,4 mm. (Tabela 4.1.3.a.)

4.1.4. ADITIVOS:

Foram utilizados os aditivos Holderchem conforme Tabela 4.1.4.a.A escolha do tipo do aditivo incorporador de ar é fundamental, pois aditivos queproduzem bolhas de ar irregulares e grandes, prejudicam a resistência de aderência,enquanto que aditivos que produzem pequenas bolhas e de estruturas regulares,favorecem a resistência à aderência. (CARASEK - 1996).

4.1.5. ARGAMASSAS:

As argamassas 1:1:6 e 1:2:9 foram preparadas com cimento CP II - E - 32 em sacos,cal hidratada tipo CH III e areia média.

A adoção do cimento em sacos deveu-se ao objetivo de melhor caracterizar umaargamassa virada-em-obra.

As argamassas 1:6, 1:7, 1:8 e 1:9 foram preparadas com o cimento CP II -E - 32 agranel e areia média.

Estas argamassas foram preparadas numa primeira etapa, sem aditivo, e depoisaditivadas, para verificação da manutenção de suas características, após 12 h deretardamento da pega do cimento.

A argamassa industrializada é a EUCOMASSA F, preparada conforme instruções dofabricante.

4.1.6. ENSAIOS:

Com o intuito de melhor caracterizar o desempenho da argamassa dosada em central,o estudo preliminar foi completado com os ensaios de retração volumétrica e módulode elasticidade.

Foram realizados ensaios de:

4.1.6.1. ESTADO FRESCO

Argamassa para assentamento de paredes e revestimentos de paredes e tetos-Determinação da consistência e teor de água para a obtenção do índice deconsistência-padrão (NBR 13276/95); Argamassa para assentamento de paredes erevestimentos de paredes e tetos - Determinação do Teor de Ar Incorporado e MassaUnitária (NBR 13278/95) e Argamassas de revestimento Determinação da retraçãovolumétrica nas primeiras 24 horas de idade (Manual de Procedimentos ME-017)elaborado por L. A. Falcão Bauer.

4.1.6.2. ESTADO ENDURECIDO

Resistência à compressão simples (NBR13279/95), Determinação da resistência deaderência (NBR14084/98) e Determinação do Módulo de Deformação Estática eDiagrama-deformação - Módulo Tipo I (NBR 8522/84). Estes ensaios foram moldadospara a idade de 28 dias.

O estudo da aderência efetiva-se cada vez mais, pois a possibilidade de descolamentoda argamassa do substrato, a longo prazo vem prejudicar a durabilidade dorevestimento da alvenaria coma a infiltração de água e outros agentes. (MARTINELLI -1989)

4.6.1.3. Corpos de prova.

Com o intuito de verificarmos a repetitibilidade dos ensaios, as 7 argamassas foramensaiadas 6 vezes consecutivas da mesma forma, com os mesmos procedimentos deensaios conforme as recomendações das NBR's para cada caso e com os mesmosmateriais caracterizados.

4.6.1.3.1. Determinações no estado plástico.

As argamassas dosadas em central 1:6, 1:7, 1:8 e 1:9, foram ensaiadas no estadoplástico, cada uma das 6 amostras duas vezes, sendo a primeira logo após a mistura(sem aditivos), juntamente com as viradas-em-obra e industrializada, e 12 h depois deaditivadas, para se verificar o desempenho dos aditivos incorporador de ar e retardadorda pega do cimento.

4.6.1.3.2. Determinações no estado endurecido.

No estado endurecido, foram moldados 6 corpos-de-prova para cada uma das 6amostras das 7 argamassas, para os ensaios de resistência à compressão simples edeterminação da resistência de aderência.

Para o ensaio de módulo, foram moldados 6 corpos-de-prova para cadaamostra, sendo utilizados 4 cp's para as medidas de deformação e 2 cp's para

a determinação das cargas de trabalho.

Assim, foram moldadas, 7 argamassas com um total de 532 cps para estadoendurecido e 133 cps para o estado plástico, totalizando 655 determinações.

5. RESULTADOS DOS ENSAIOS

Resultados dos ensaios realizados nas amostras das 7 argamassas.

5.1 Resumo de resultados

É importante ressaltar, que os resultados dos ensaios das argamassas dosadas emcentral após 12 h de repouso, estão aqui comparados com os resultados das demaisargamassas HC, VO 116 e VO 129, em tempo imediatamente após a mistura.

6. DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

O objetivo desse estudo é adequar as argamassas dosadas em central de traços 1:6,1:7, 1:8 e 1:9 às necessidades das construtoras, comparando-as com outrasviradas-em-obras, de traços 1:1:6 e 1:2:9 e uma industrializada.

Os consumos de cimento na composição das argamassas variaram de 13,9% a 8,7%,e as relações água/cimento de 2,02 a 1,16, para a argamassa virada-em-obra 1:2:9, edosada em central 1:6, respectivamente.

A argamassa industrializada apresentou um consumo de cimento de 22% e a maisbaixa relação água/cimento (0,23), provavelmente pela ação dos aditivos.

Tentando correlacionar o teor de água com o consumo de cimento, elaborou-se afigura 6.a.

O comportamento da resistência versus o fator água/cimento, é um comportamentobastante característico, aproximando-se bastante ao do concreto. (Figura 6.b.)

As densidades variaram de 1,864 t/M3 a 1,969 t/m3, para a ADC 1:6 e VO 1:2:9,respectivamente.

Após 12 horas, a densidade variou de 1,839 t/m3 a 1,924 t/m3 nas argamassasdosadas em central 1:6 e 1:9, respectivamente.

A incorporação de ar permitiu a manutenção e até mesmo um aumento do teor de arpara valores de 8,7% a 10,0%.

Os aumentos no teor de ar incorporado verificados foram de 13%, 6%, 18% e 24%para as argamassas dosadas em central 1:6, 1:7, 1:8 e 1:9, respectivamente.

Este aumento do teor de ar produziu uma redução da densidade da ordem de 1,5 %,em média. (Figura 6.c.)

Os valores de ar incorporado da ordem de 10 % para as argamassas dosadas emcentral estão dentro da NBR 13281195, que fixa como limites os valores de 8% e 18%.

Quanto à retração volumétrica os valores obtidos variaram de 2,35% a 3,35% para asprimeiras 24 horas, segundo método (ME-017 192 - Bauer), fenômeno este, que ocorrenas argamassas nas primeiras idades, do ponto de vista dimensional. (Figura 6.d.)

Estes valores estão de acordo com os obtidos por outros autores, o que caracterizaas argamassas dosadas em central como argamassas de baixa retração.

As argamassas dosadas em central são argamassas concebidas à base de cimentoe aditivos, com isto deveríamos esperar retrações mais elevadas quandoas comparamos com as argamassas mistas de cimento e cal. No entanto, suasretrações não são tão superiores aquelas, fato este que pode ser explicado pelamenor necessidade de água para a mesma trabalhabilidade e pela presença dosaditivos.

As resistências de aderência à tração variaram de 0,24 MPa a 0,56 MPa para aargamassa 1:9 e industrializada, respectivamente. Isto está de acordo com o teor decimento que variou de 9,4% a 22,0% para as mesmas argamassas. (Figura 6.e.)

Quanto a resistência de aderência à tração, os valores variaram de 0,24 MPa e 0,56MPa, para a argamassa ADC 1:9 e IND., respectivamente.

Para as ADC’s o valor médio foi de 0,34 MPa, 11,67% acima do mínimo exigido pelaNBR, que é de 0,30 MPa.

O módulo de elasticidade variou de 8.500 a 18.300 MPa, para a virada-em-obra 1:2:9 eindustrializada respectivamente. (Figura 6.f.)

Para os ensaios de módulo de elasticidade foi adotado o plano de cargas Tipo I daNBR 8522/84 com cicios de carga e descarga entre os limites de 10% e 30% da cargaprevista de ruptura à compressão.

A tendência de crescimento do módulo, é justificada pelo aumento do consumo decimento

Na tentativa da comparação da argamassa V.0. 129, tida como padrão, com asargamassas dosadas em central, verificamos que as densidades destas são menoresque daquela. (Figura 6.g.)

Esse ponto é positivo para a utilização das argamassas dosadas em central em termosde produtividade.

Em termos de resistência à compressão, as argamassas dosadas em centralmostraram um comportamento clássico quando comparada a relação água/cimento econsumo por M3.

Isso já era de se esperar, pela composição destas argamassas ser a base de cimento.(Figura 6.h.)

A nível de resistência de arrancamento, as argamassas dosadas em central, com exceçãoda 1:9, apresentaram em média 0,37MPa, que é superior a 0,30MPa. (Figura 6.i.)

Este nível é 15,63% superior ao valor de VO 1:2:9 aceita tradicionalmente.

Em termos de módulo de elasticidade, as ADC's apresentam valores 82,35% superior a VO1129. (Figura 6.j.)

A resistência a compressão das argamassas dosadas em central, mostraram umcomportamento clássico, quando comparado relação com a relação de água e teor decimento presentes conforme mostra a figura - 6.k.

7. CONCLUSÕES

A argamassa dosada em central é um produto à base de cimento, areia e aditivos.

Foi possível, com o uso de aditivos retardadores e incorporadores de ar, manter aargamassa dosada em central, trabalhável por um período de 12h, tempo este que foiobtido com a pesquisa realizada junto às construtoras.

A argamassa 1:7 e 1:8, foram as que mais se aproximaram das características daargamassa 129, virada em obra.

A resistência de aderência à tração das ADC's, foi em média 12,12% superior àsviradas-em-obra.

O módulo de elasticidade das ADC's foi de 15.000 MPa, em média, o que pode serconsiderado apropriado para as argamassas de revestimento externo.

A resistência à compressão das ADC's ficou na faixa de 3,73MPa, 5,07% superior àsVO's.

A resistência de aderência ao substrato para as ADC's o valor médio foi de 0,34 MPa,acima do mínimo exigido pela NBR, que é de 0,30 MPa.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Adaptar a metodologia da dosagem para outros materiais, em regiões ondeexistam centrais dosadoras de concreto, com o intuito de se elaborar novostraços, produzir e aumentar a participação da argamassa dosada em central nomercado.

Estudar novas dosagens intermediárias às realizadas neste trabalho, procurando umaadaptação a outros usos que possam surgir em novas obras.

Estudar ensaios acelerados de durabilidade para se verificar o desempenhodas argamassas dosadas em central quando expostas à meios agressivos.

Estudar novas dosagens com a incorporação de adições de novos materiais regionais.

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS

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BOLETINS TÉCNICOS PUBLICADOS

BT/PCC/216 Análise da Porosidade e de Propriedades de Transporte de Massa em Concretos - NEIDEMATIKO NAKATA SATO, VAHAN AGOPYAN. 20 p.

BT/PCC/217 Estruturação Urbana: Conceito e Processo. WITOLD ZMITROWICZ. 51 p.

BT/PCC/218 Formação da Taxa de Retomo em Empreendimentos de Base Imobiliária. JOÃO DA ROCHALIMA JUNIOR. 36 p.

BT/PCC/219 Ligação de Peças Estruturais de Madeira com Tubos Metálicos. CARLOS ROBERTO LISBOA,JOÃO CESAR HELLMEISTER. 28 p.

BT/PCC/220 Contribuições para a Estruturação de Modelo Aberto para o Dimensionamento Otimizado dosSistemas Prediais de Esgotos Sanitários. DANIEL C. SANTOS, ORESTES MARRACCINIGONÇALVES. 12 p.

BT/PCC/221 Implantação de um Sistema de Gestão da Qualidade em Empresas de Arquitetura. JOSAPHATLOPES BAÍA, SILVIO BURRATTINO MELHADO. 21 p.

BT/PCC/222 Proposta de Classificação de Materiais e Componentes Construtivos com Relação aoComportamento Frente ao Fogo - Reação ao Fogo. MARCELO LUIS MITIDIERI, EDUARDOIOSHIMOTO. 25 p.

BT/PCC/223 Contribuição ao Estudo das Técnicas de Preparo da Base no Desempenho dos Revestimentosde Argamassa. MÁRIO COLLANTES CANDIA, LUIZ SÉRGIO FRANCO. 13 p.

BT/PCC/224 A Influência da Temperatura na Hidratação dos Cimentos de Escória de Alto-Forno.MARISTELA GOMES DA SILVA, VARAN AGOPYAN. 20 p.

BT/PCC/225 A Influência do Fator de Forma da Fibra na Tenacidade à Flexão do Concreto Reforçado comFibras de Aço. NELSON LUCIO NUNES, VAHAN AGOPYAN. 18 p.

BT/PCC/226 Implementação de Sistemas de Gestão da Qualidade em Pequenas e Médias Empresas deConstrução de Edifícios: Estudos de Caso. PALMYRA FARINAZZO REIS, SILVIOBURRATTINO MELHADO. 18 p.

BT/PCC/227 As Juntas de Movimentação na Alvenaria Estrutural. ROLANDO RAMIREZ VILATÓ, LUIZSÉRGIO FRANCO. 11 p.

BT/PCC/228 Painéis em Cimento Reforçado com Fibras de Vidro (GRC). VANESSA GOMES DA SILVA,VANDERLEY MOACYR JOHN. 20 p.

BT/PCC/229 Derivação de Fundos para Investimento em Empreendimentos de Infra-Estrutura no Brasil: AViabilidade da Securitização nas Concessões Rodoviárias e de Geração Independente deEnergia Hidrelétrica. CLÁUDIO TAVARES DE ALENCAR, JOÃO DA ROCHA LIMA JUNIOR. 25p.

BT/PCC/230 Influência da Dosagem na Carbonatação dos Concretos. FABÍOLA LYRA NUNES, PAULOROBERTO DO LAGO HELENE. 26 p.

BT/PCC/231 Resistência ao Cisalhamento do Concreto Fresco por Compressão Triaxial. LEVY VONSOHSTEN REZENDE, JOÃO GASPAR DJANIKIAN. 30 p.

BT/PCC/232 Mecanismos de Transporte de Agentes Agressivos no Concreto. CARLOS EDUARDO XAVIERREGATTIERI, PAULO ROBERTO DO LAGO HELENE. 20 p.

BT/PCC/233 Influência do Tipo de Cal Hidratada na Reologia de Pastas. FABIOLA RAGO, MARIA ALBACINCOTTO. 24 p.

BT/PCC/234 A Inserção do Campus da Cidade Universitária " Armando de Salles Oliveira" na Malha Urbanada Cidade de São Paulo. VERA ADELINA AMARANTE MACHADO MARQUES, WITOLDZMITROWICZ. 34 p.

BT/PCC/235 Aspectos de Desempenho da Argamassa dosada em Central. ANTONIO A. A. MARTINSNETO, JOÃO GASPAR DJANIKIAN. 25p.