Aspectos Legais de Remuneracao

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    ASPECTOS LEGAIS DA REMUNERAO

    1- Acumulao de Cargos

    Segundo a CLT: No h referncia.Segundo a Jurisprudncia: Agravo regimental em agravo de instrumentos. Acumulao de proventos com

    vencimentos. A Jurisprudncia desta Corte admite a acumulao de proventos com vencimentos quandoenvolvidos cargos acumulveis na atividade (CF/88, artigo 37, VXI). Inaplicvel a ressalva do artigo 11da Emenda Constitucional n 20/98 se o servidor inativo aprovado em concurso pblico no tomou posseno novo cargo. Agravo regimental a que se nega provimento. Ac. (unnime) STF 2 T (Ag. Reg. AI241.747, Min. Maurcio Corra, DJU 4/2/00.

    A acumulao remunerada de cargo e emprego pblico dedada pelo art. 37, incisos XVI e XVII da

    Constituio Federal, importando em nulidade absoluta do contrato de trabalho, que pode ser declaradade ofcio, a teor do pargrafo nico do art. 146 do Cdigo Civil Brasileiro. No se trata de inovao dotexto constitucional de 1988, uma vez que a vedao legal j existia sob a gide da Constituio anterior(67/69), como se infere do art. 99, caput e incisos e pargrafo 2 Ac. (unnime) TRT 8 Reg. 1 T (RO9501/93), juiz Aguinaldo do Carmo Alcntara, assinado em 13/6/95,

    2 Acumulao de Funes

    Segundo a CLT: No h refernciaSegundo a Jurisprudncia: Acmulo de funes. Art. 93, IX, da CF/88. A deciso judicial h que ser

    fundamentada e proferida de acordo com a prova coligida. Restando demonstrada a execuo de tarefasque excedam ao pactuado no contrato de trabalho, o obreiro faz jus remunerao adicional. Ac.(unnime) TST 1 T (RR 235.548/95.0), min. Ursulino Santos, DJU 8/8/97.

    Diferenas salariais por acmulo de funes. Inadmissibilidade. Salvoem hipteses especialssimas, o trabalho em dupla funo para o mesmoempregador no prev o pagamento em dobro, face ao que a doutrinaentende por jus variand ou poder de comando do empregador, que lhefaculta o direcionamento das funes desempenhadas pelo empregado. Ac.(unnime) TRT 2 Reg. 8 T (RO 02950446463), juza Wilma Nogueira deArajo Vaz da Silva, DJ?SP 17/04/97.

    3 Adicional de Horas Extras

    Segundo a CLT:Artigo 61 Ocorrendo necessidade imperiosa, poder a durao do trabalho exceder do limite legal ouconvencionado, seja para fazer face a motivo de fora maior, seja para atender realizao ouconcluso de servios inadiveis ou cuja inexecuo possa acarretar prejuzo manifesto.

    1 - O excesso, nos casos deste artigo, poder ser exigido independentemente de acordo oucontrato coletivo e dever ser comunicado, dentro de 10 (dez) dias, autoridade competente em matriade trabalho, ou, antes desse prazo, justificado no momento da fiscalizao sem prejuzo dessacomunicao.

    2 - Nos casos de excesso de horrio por motivo de fora maior, a remunerao da hora excedenteno ser inferior da hora normal. Nos demais casos de excesso previstos neste artigo, a remuneraoser, pelo menos 25% (vinte e cinco por cento) superior da hora normal, e o trabalho no poderexceder de 12 (doze) horas, desde que a lei no fixe expressamente outro limite.

    Nota: Ver o artigo 7, inciso XVI, da Constituio Federal, que dispe ser a remunerao do servioextraordinrio, no mnimo, 50% superior da hora normal.

    3 - Sempre que ocorrer interrupo do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de fora maior,que determinem a impossibilidade de sua realizao, a durao do trabalho poder ser prorrogada pelotempo necessrio at o mximo de 2 (duas) horas, durante o nmero de dias indispensveis

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    recuperao do tempo perdido, desde que no exceda de 10 (dez) horas dirias, em perodo nosuperior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita essa recuperao prvia autorizao daautoridade competente.

    Segundo a Jurisprudncia:Horas extras. Condenao. No pode o juiz fixar percentual para clculo de horas extras superior aopostulado na inicial sob pena de afronta regra dos arts. 128 e 460, do Cdigo de Processo Civil.Recurso que se prov parcialmente. Ac. TRT 1 T (RO 08913/98), Juiz Marcelo Augusto Souto deOliveira, DO/RJ 29/3/00.Adicional de horas extras. Porcentual. de se deferir adicional de horas extras em porcentual maior queo mnimo fixado pela Constituio Federal se aquele se encontra resguardado por convenes coletivas,sobretudo se estas prevem, inclusive, adicional superior ao reivindicado. Recurso provido porunanimidade. Ac. (unnime) TRT 24 TP (RO 00873/96), juza Geralda Pedroso, DJ/MS 5/11/96.

    4 Adicional de Insalubridade

    Segundo a CLT:

    Artigo 191 A eliminao ou a neutralizao da insalubridade ocorrer:I com a adoo de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerncia;II com a utilizao de equipamentos de proteo individual ao trabalhador, que diminuam a intensidadedo agente agressivo a limites de tolerncia.Pargrafo nico Caber s Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada a insalubridade, notificaras empresas, estipulando prazos para sua eliminao ou neutralizao, na forma deste artigo.

    Artigo 192 O exerccio de trabalho em condies insalubres, acima dos limites de tolernciaestabelecidos pelo Ministrio do Trabalho, assegura a percepo de adicional respectivamente de 40%(quarenta porcento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salrio mnimo da regio, segundose classifiquem nos graus mximo, mdio e mnimo.Artigo 193 So consideradas atividades ou operaes perigosas, na forma de regulamentaoaprovada pelo Ministrio do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou mtodos de trabalho, impliquemo contato permanente com inflamveis ou explosivos em condies de risco acentuado.

    1 - O Trabalho em condies de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30%(trinta por cento) sobre o salrio sem os acrscimos resultantes de gratificaes, prmios ouparticipaes nos lucros da empresa.

    2 - O empregado poder optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido.Artigo 194 O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessar

    com a eliminao do risco sua sade ou integridade fsica, nos termos desta Seo e das normasexpedidas pelo Ministrio do Trabalho.

    Artigo 195 A caracterizao e a classificao da insalubridade e da periculosidade, segundo asnormas do Ministrio do Trabalho, far-se-o atravs de percia a cargo de Mdico do Trabalho ouEngenheiro do Trabalho, registrados no Ministrio do Trabalho.

    1 - facultado s empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requeremao Ministrio do Trabalho a realizao de percia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo decaracterizar e classificar ou delimitar as atividades insalubres ou perigosas.

    Segundo a Jurisprudncia:

    Adicional de insalubridade. Limitao. Embora a Portaria MTb n 3.435/90 tenha revogado o QuadroAnexo 4 da NR-15, a Portaria n 3.751/90, em seu art. 2, pargrafo nico, garantiu sua eficcia at 26de fevereiro de 1991, quando foi definitivamente expurgada a deficincia de iluminao como agente

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    insalubre. Recurso de revista parcialmente provido. Ac. (unnime) TST 4 T (RR 312.841/96.0), min.Leonaldo Silva, DJU 27/8/99.

    Adicional de insalubridade. Base de clculo. Remunerao ou salrio Viola o art. 192 da CLT a

    deciso rescindenda que determina o clculo do adicional de insalubridade sobre a remunerao e nosobre o salrio Recurso parcialmente provido. Ac. TST SBDI2 (ROAR 323732/96.0 min. Jos Luciano deCastilho Pereira, DJU 28/5/99.

    Adicional de insalubridade. No devido o adicional de insalubridade ao empregado que mantenhacontato com lixo oriundo da limpeza de sanitrios e ptios de empresas. Revista parcialmente conhecidaprovida. Ac. TST 2 T (RR 303579/96-1), min. Suplente Jos Brulio Bassini, DJU 5/3/99,

    4.a Adicional de Insalubridade: Base de Clculo

    Segundo a CLT: No h referncia.Segundo a Jurisprudncia: Adicional de insalubridade. Controvrsia sobre a base de clculo. Remunerao

    do salrio-mnimo. Inteligncia do art. 7, XXIII, CF/88. A norma constitucional no revogou o artigo 192

    da Consolidao das Leis do Trabalho. Com efeito, dispe a Constituio da Repblica de 1988: Art.7 -So direitos dos trabalhadores (...) XXIII adicional de remunerao para as atividades penosas,insalubres ou perigosas, na forma da lei. Relembrando regra elementar de hermenutica, no sentido deque as disposies constantes ao final de um texto a todo ele se referem a sendo a lei reguladora doadicional de insalubridade at o momento a CLT, impossvel entender revogada a norma qual aprpria Lei Maior enderea a disciplina da matria. Assim, em ltima instncia, mais do que entenderrevogado o artigo 192/CLT, estar-se-ia negando, na verdade, eficcia ao prprio texto constitucional ou,pelo menos, sua parte final, o que vem dar na mesma coisa. De outro lado, como sabido, asexpresses remunerao e salrio-mnimo no se equivalem no Direito do Trabalho. Se o artigo 192da CLT no foi revogado, ento estaria aberta uma antinomia no ordenamento jurdico, por isto que anorma constitucional e a lei ordinria se referem a figuras distintas e, no caso, at mesmo incompatveisestando ambas a regular o mesmo tema. Contudo, esta aparente antinomia se superada peloentendimento de que a meno a "remunerao no texto constitucional traduz a "mens legi no s

    sentido de garantir, para todos os efeitos, a integrao da verba aos salrios. Refora esta interpretaoo fato que a norma constitucional no alude a adicional sobre a remunerao, mas sim a adicional deremunerao, o que coisa bem diversa. Ac. (unnime) TRT 3 Reg. 2 T (RO 9454/95), juiz Hiram dosReis Correa, DJ/MG 24/11/95.

    4.b Adicional de insalubridade: IntegraoSegundo a CLT: No h referncia.Segundo a Jurisprudncia: Adicional de Insalubridade. Horas extras. O adicional de insalubridade integra o

    salrio-base, para efeito do clculo das horas suplementares, porquanto o primeiro no se cuida deparcela autnoma do salrio, alm do que, o trabalhador sofre igualmente com a ao dos agentesinsalutferos durante a sobreloja. Ac. TRT 12 Reg. 2 T (RO 007431/99), juiz Joo Cardoso, DJ/SC4/2/00.

    5 Adicional Noturno

    Segundo a CLT:Artigos 379 e 380 Revogados pela Lei n 7.855, de 24/10/1989.Artigo 381 O trabalho noturno das mulheres ter salrio superior ao diurno. 1 - Para os fins desse artigo, os salrios sero acrescidos duma percentagem adicional de 20% (vintepor cento) no mnimo. 2 - Cada hora do perodo noturno de trabalho das mulheres ter 52 (cinqenta e dois) minutos e 30(trinta) segundos.

    Segundo a Jurisprudncia: O adicional noturno no se acumula para efeito de clculo a outro adicional,incidindo apenas sobre o salrio base e sobre as horas-extras comprovadamente trabalhadas. Porconseguinte, a integrao do adicional de periculosidade se d apenas sobre o clculo das horas extrase no sobre o adicional noturno, sob pena do bis in idem Recurso de revista conhecido e parcialmenteprovido. Ac. (unnime) TST 3 T (RR 296.628/96-2), min. Carlos Alberto Reis de Paula, DJU 5/3/99.

    Adicional noturno. O Decreto-Federal n 75.242/75 apresentaregulamentao jurdica especfica em relao ao trabalho noturno, Em seu

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    todo, mais favorvel ao reclamante, haja vista que considera trabalhonoturno o que se realiza no perodo de 21 horas s 5 horas e 30 minutosdo dia seguinte, e concede adicional de 30% sobre a jornada diurna. J a

    CLT, em seu art. 73, 2, considera noturno o trabalho executado entre 22horas de um dia e 5 horas do dia seguinte, sendo devido adicional de 20%do diurno. A hiptese contempla norma especial uniforme que, por issomesmo, prevalece sobre a lex loci contractus (art. 5 c/art. 6 do D.75.242/75). Ac. (unnime) TST 4 T (RR 261596/96.5), Min. Milton deMoura Frana, DJU 17/4/98.

    6 Adicional de Periculosidade

    Segundo a CLT:Artigo 191 A eliminao ou a neutralizao da insalubridade ocorrer:I com a adoo de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerncia;II com a utilizao de equipamentos de proteo individual ao trabalhador, que diminuam a intensidadedo agente agressivo a limites de tolerncia.

    Pargrafo nico Caber s Delegacias Regionais do Trabalho comprovada a insalubridade, notificaras empresas, estipulando prazos para sua eliminao ou neutralizao, na forma deste artigo.Artigo 192 O exerccio de trabalho em condies insalubres. Acima dos limites de tolernciaestabelecidos pelo Ministrio do Trabalho, assegura a percepo de adicional respectivamente de 40%(quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salrio mnimo da regio, segundose classifiquem nos graus mximo, mdio e mnimo.Artigo 193 So consideradas atividades ou operaes perigosas, de forma da regulamentao

    aprovada pelo Ministrio do Trabalho, aquele que, por sua natureza ou mtodos de trabalho, impliquemo contato permanente com inflamveis ou explosivos com condies de risco acentuado. 1 - O trabalho em condies de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30%

    (trinta por cento) sobre o salrio sem acrscimos resultantes de gratificaes, prmios ou participaesnos lucros da empresa.

    2 - O empregado poder optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido.Artigo 194 O direito do empregado ao adicional de insalubridade ou de periculosidade cessar com aeliminao do risco sua sade e integridade fsica, nos termos desta Seo e das normas expedidaspelo Ministrio do Trabalho.Artigo 195 A caracterizao e a classificao da insalubridade e periculosidade, segundo as normasdo Ministrio do Trabalho, far-se-o atravs de percia a cargo de Mdico do Trabalho ou Engenheiro doTrabalho, registrados no Ministrio do Trabalho.

    1 - facultado s empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requeremao Ministrio do Trabalho a realizao de percia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo decaracterizao e classificar ou delimitar as atividades insalubres ou perigosas.

    Segundo a Jurisprudncia: Diferenas de horas de sobreaviso. Incidncia sobre o adicional depericulosidade. O empregado em sobreaviso encontra-se na segurana de sua residncia, aguardandoordens, e no no local ou rea de risco onde presta servios, no se expondo, portanto, as condiesperigosas ensejadas do pagamento do adicional de periculosidade. Assim, inexistindo, na residncia do

    obreiro, a condio perigosa no h que se cogitar de pagamento de horas de sobreaviso pela integradoadicional de periculosidade. Recurso provido. Ac. (unnime) TST 4 T (RR 311264/96.0), min. LeonaldoSilva, DJU 27/8/99.

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    Adicional de periculosidade. Exposio intermitente. O trabalho exercidoem condies perigosas, embora de forma intermitente, d direito aoempregado de receber o adicional de periculosidade de forma integral, uma

    vez que a Lei n 7.369/85 no estabeleceu qualquer proporcionalidade emrelao ao seu pagamento. Embargos no conhecidos. Ac. (unnime) TSTSBDI1 (E-RR-184412/95-0), min. Leonaldo Silva, DJU 30/4/99.Tem direito no adicional de periculosidade integral o empregado que

    trabalha em rea de risco, com habitualmente, mesmo que de formaintermitente, posto que imprevisvel o momento em que o acidente podeocorrer. Ac. (unnime) TRT 1 Reg. 7 T (RO 8039/97), juza Edith MariaCorra Tourinho, DO/RJ 3/5/99.

    7 Adicional de Tempo de Servio

    Segundo a CLT. No h referncia.

    Vide Art. 19 da Lei n. 4.34564Segundo a Jurisprudncia Adicional por tempo de servio. Supresso. O adicional por tempo de servio,

    face a sua natureza jurdica, no pode ser suprimido ou congelado, eis que em qualquer hiptese, hofensa a direito adquirido, configurada pela leso patrimonial. Ac. TRT 9 Reg. 2 T (RO 16311/94, juizLuiz Eduardo Gunther, FJ/PR 1/9/95.Sumula n 31. A gratificao Adicional por Tempo de Servio incide, to somente, sobre o valor dovencimento base. TRF 1 Reg., DJU 9/11/95

    8 Adicional de Transferencia

    Segundo a CLTArtigo 469 Ao empregador e vedado transferir o empregado, sem a sua anuncia, para localidadediversa da que resultar do contrato, no se considerando transferencia a que no acarretarnecessariamente a mudana do seu domicilio.

    1 No esto compreendidos na proibio deste artigo os empregados que exeram cargos deconfiana e aqueles cujos contratos tenham como condio, implcita ou explicita, a transferencia,quando esta decorra de real necessidade de servio.

    2 E licita a transferencia quando ocorrer extino do estabelecimento em que trabalhar oempregado.

    3 Em caso de necessidade de servio o empregador poder transferir o empregado paralocalidade diversa da que resultar do contrato, no obstante as restries do artigo anterior, mas, nessecaso, ficara obrigado a um pagamento suplementar, nunca inferior a 25% (vinte e cinco por cento) dossalrios que o empregado percebia naquela localidade, enquanto durar essa situao.

    Artigo 470 As despesas resultantes da transferencia correro por conta do empregador.Segundo a Jurisprudncia: Adicional de transferncia. A teor do artigo 469,

    3, da Consolidao das Leis do Trabalho, o fato gerador do direito aoadicional de transferencia e o seu carter transitrio, no ocorrendo tal

    requisito e indevido o seu pagamento. Revista conhecida e parcialmenteprovida. Ac. TST 2 T (RR 314774/960), min. Jos Brulio Bassini, DJU28/5/99.

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    Adicional de transferencia. Hipteses de cabimento. Interpretando-se oartigo 469 e seus da CLT, em consonncia com o capitulo em que seencontra inserido e com os princpios tutelares do Direito do Trabalha,

    conclui-se que o adicional de transferencia e devido em todos os casos emque o ato tenha sido imposto pelo empregador e tenha havida mudana dedomicilio, por haver alterao unilateral do contrato e que sujeita otrabalhador a condies no pactuadas e imprevisveis, sendo imperativa aconcluso de que a referida norma legal apenas disciplina as hipteses emque a transferencia e ou no e legitima, em tempo algum excepcionando aexigibilidade da parcela. Ac. TRT 12 Reg. 1 T (RO 006488/98), juiz CsarNadal Souza, DJ/SC/ 2/12/98.

    9 Ajuda Alimentao

    Segundo a CLT: No h referncia.Segundo a Jurisprudncia: Indevida a ajuda alimentao quando o trabalhador esta inscrito no PAT. Ac.

    TRT 2 Reg. 1 T (RO 02980474520), juiz Plnio Bolvar de Almeida, DO 5/10/99, Ementrio deJurisprudncia do TRT da 2 Regio.

    Ajuda alimentao. Natureza jurdica. A ajuda alimentao, provenientedo Programa de Alimentao do Trabalhador PAT, no possui naturezasalarial e, portanto, no se integra a remunerao do empregado..Recurso de revista conhecido parcialmente e provido. AC. (unnime) TST 1

    T (RR 391.295/970), min. Joo Oreste Dalazen, DJU 5/3/99Recurso Ordinrio. Auxilio alimentao suprimido. Os benefcios emquesto eram concedidos gratuitamente, tendo, por tal, se incorporado aosalrio. Assim, entendo caracterizada sua natureza salarial e noassistencial, no podendo ser suprimido unilateralmente, Os benefciosdevero ser pagos as acionantes, com fundamento no Enunciado 241 doEgrgio Tribunal Superior do Trabalho, tem carter salarial, integrando aRemunerao do empregado para todos os efeitos legais. Ac. TRT 1 Reg. 9T (RO 22668/97), (designado) juiz Afrnio Peixoto Alves dos Santos, DO/RJ3/2/00.

    10 Ajuda de Custo

    Segundo a CLT: No h referncia.

    Segundo a Jurisprudncia: Ajuda de custo. Natureza, critrios. Alterao. Licitude. 1. Ajuda de custocontratualmente ajustada para ressarcir as despesas com combustvel utilizado no trabalho, encerranatureza indenizatria, no integrando o salrio para qualquer efeito (CLT, art. 457, 2). 2. A fixao decritrios para seu clculo est includa nas condies do contrato de emprego e, como tal, infensa alterao unilateral e piorativa (CLT, art. 468). 3. A feio indenizatria da parcela no valida a reduolevada a termo, por estar a matria afeta esfera contratual, que gerou ato jurdico perfeito e direitoadquirido, no mnimo protegido pelo princpio contido no art. 159, do CCB. Ac. TRT 10 Reg. 1 T (RO70/99), juiz Joo Amlcar Silva e Souza Pavan, julgado em 27/7/99.

    A ajuda de custo alimentao devida, por fora de norma coletiva, nopossui natureza salarial, mas indenizatria, ex vi do disposto no Decreto n05/91. Ac. TRT 1 Reg. 9 T (RO 24177/95), juiz Izidoro Soler Guelman,

    DO/RJ 23/3/98.

    11 Alimentao

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    Segundo a CLT: No h referncia.

    Segundo a Jurisprudncia: Salrio in natura. A alimentao fornecida de modo regular, descontada doempregado, no sendo a empresa filiada ao sistema do Programa de Alimentao ao Trabalhadorcaracteriza-se como salrio in natura e, portanto, deve integrar-se ao salrio para todos os efeitos,obedecida assim a norma estabelecida atravs do artigo 458, da Consolidao das Leis do Trabalho. Ac.(unnime) TRT 1 Reg. 9 T (RO 04276/98), juiz Afrnio Peixoto Alves dos Santos, DO/RJ 31/1/00.

    Salrio-utilidade. Alimentao. O vale para refeio, fornecido por forado contrato de trabalho, tem carter salarial, integrando a remunerao doempregado, para todos os efeitos legais. (Enunciado n 241/TST). Ac. TST3 T (RR 211428/95.4), min. Jos Zito Calass, DJU 15/5/98.

    No tendo a reclamada comprovado sua filiao ao PAT (Programa deAlimentao ao Trabalhador) e, considerando que a alimentao fornecidaera gratuita, nos moldes do art. 458, da CLT, tal concesso implica emsalrio-utilidade, devendo seus valores integrar o salrio do obreiro para

    todos efeitos legais. Recurso que se nega provimento. Ac. (unnime) TRT1 Reg. 8 T (RO 19818/95), juiz Joo Mrio de Medeiros, DO/RJ 24/3/98.

    12 Alterao Contratual

    Segundo a CLT:Artigo 468 Nos contratos individuais de trabalho s lcita a alterao das respectivas condies pormtuo consentimento, e ainda assim desde que no resultem, direta ou indiretamente, prejuzos aoempregado, sob pena de nulidade da clusula infringente deste garantia.

    Pargrafo nico No se considera alterao unilateral a determinao do empregador para que orespectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exerccio de funode confiana.

    Segundo a Jurisprudncia: Habitualidade na concesso do direito. Incorporao ao contrato.Impossibilidade de supresso unilateral. A concesso habitual (com repetncia ininterrupta ou repetnciaperidica que cria a convico de permanncia do ganho, formando uma base segura aocomportamento econmico do assalariado) de direito ao empregado incorpora-se ao contrato do trabalhopelo uso (fonte de direito trabalhista, nos termos do artigo 8, da Consolidao das Leis do Trabalho),no podendo ser suprimida unilateralmente, em prejuzo do empregado, nos termos do artigo 468, daConsolidao das Leis do Trabalho. Ac. TRT 2 Reg. 8 T (RO 19990375456), juza Wilma Nogueira deArajo Vaz da Silva, DOE 5/10/99, Ementrio de Jurisprudncia do TRT da 2 regio, Boletim n 36/99.

    Alterao contratual sem aquiescncia do empregado. As condies detrabalho pactuadas pelas partes no podem ser alteradas ao livre arbtriodo empregador, sobretudo se houve discordncia do empregado por lheserem lesivas. Ac. TRT 12 Reg. 1 T (RO 000277/99), juza Liclia Ribeiro,DJ/SC 4/8/99, p. 209.

    Alterao contratual. A modificao do turno de trabalho, do diurno parao noturno ou vice-versa, constitui alterao do contrato de trabalho, o que spode ocorrer com anuncia bilateral das partes, sem qualquer prejuzo aotrabalhador. Ac. TRT 12 Reg. 2 T (RO 6095/98), juiz Lo Mauro XavierFilho, DJ/SC 18/12/98, p. 178.

    12.a Alterao Contratual: Localidade

    Segundo a CLT:Artigo 469 Ao empregador vedado transferir o empregado, sem a

    sua anuncia, para localidade diversa da que resultar do contrato, no seconsiderando transferncia a que no acarretar necessariamente a

    mudana do seu domiclio. 1 - No esto compreendidos na proibio deste artigo os

    empregados que exeram cargos de confiana e aqueles cujos contratos

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    tenham como condio, implcita ou explcita, a transferncia, quando estadecorra de real necessidade de servio.

    Segundo a Jurisprudncia: Adicional de transferncia. Cargo de confiana. Existncia de clusula explcitaou implcita autorizadora do deslocamento. Irrelevncia. Adicional devido. O pressuposto legal apto alegitimar a percepo do adicional a transferncia provisria, na medida em que o legislador no fazqualquer outra exigncia e muito menos qualquer diferenciao quanto aos destinatrios de referidaparcela salarial. Assim, o fato de o empregado exercer cargo de confiana ou seu contrato preverexpressamente a possibilidade de sua transferncia para localidade diversa da que resultar do contrato,no implcita em bice capaz de afastar a obrigao patronal de pagar o adicional. Esta a dico lgicaque se extrai do artigo 469 da CLT. Embargos no conhecidos. Ac. (unnime) DJU 17/4/98, p. 254.

    Transferncia de empregado. Ausncia dos requisitos legais.Impossibilidade. Sentena que deve ser mantida. A regra geral a dainamovibilidade do empregado em relao ao local em que presta servio.Assim, no basta que conste expressamente do ajuste a possibilidade detransferncia mas sim que haja comprovao da real necessidade de

    servio para que aquela no seja considerada abusiva. Ac. TRT 12 Reg. 3T (RO-V 7100/96), juza Llia Leonor Abreu, proferido em 8/7/97.

    13 Cargo de Confiana

    Segundo a CLT:

    Artigo 499 No haver estabilidade no exerccio dos cargos de diretoria, gerncia ou outros deconfiana imediata do empregador, ressalvado o cmputo do tempo de servio para todos os efeitoslegais. 1 - Ao empregado garantido pela estabilidade que deixar de exercer cargo de confiana, assegurada, salvo no caso de falta grave, a reverso ao cargo efetivo que haja anteriormente ocupado. 2 - Ao empregado despedido sem justa causa, que s tenha exercido

    cargos de confiana e que contar mais de 10 (dez) anos de servio namesma empresa, garantida a indenizao proporcional ao tempo deservio nos termos dos arts. 477 e 478 (grifos do autor).

    Segundo a Jurisprudncia: Cargo de confiana. Diz-se de confiana aquele trabalhador que tenhaintensificada a fidelidade e reduzida a subordinao, perceba remunerao superior que o distinga dosempregados comuns e ainda possua poderes de mando que possam colocar em risco o prprioempreendimento (Mario de La Cueva). Ac. (unnime) TRT 2 Reg. 5 T (RO 02980163486), juizFrancisco Antnio de Oliveira, julgado em 6/4/99.

    Horas extras. Tesoureiro. Cargo de confiana. O fato de a reclamanteno Ter a chave do cofre e estar supervisionada diretamente por umgerente administrativo no tem o condo de afastar o enquadramento nahiptese do 2 do art. 22. Consolidado, visto que a fidcia diferenciada docargo no alude existncia de subordinado, de ambos poderes desituao ftica especfica de a obreira ser responsvel pelo manejo de umaquantia vultosa de dinheiro que circula no reclamado, percebendo, paratanto, a devida gratificao. Inteligncia do Enunciado 237 do TribunalSuperior do Trabalho. Revista parcialmente conhecida e provida. Ac. TST 5T (RR 320.044/96.4), min. Thaumaturgo Cortizo, DJU 27/8/99.

    Cargo de confiana. Para a caracterizao do cargo de confiana sonecessrios poderes de gesto e representao em grau mais alto que a

    simples execuo da relao empregatcia, colocando o empregado deconfiana em natural superioridade a seus colegas de trabalho eaproximando-o da figura do empregador, de tal forma que pratique mais

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    atos de gesto do que meros de execuo. O fato de o empregado recebergratificao de funo, por si s, no capaz de caracterizar o exerccio docargo de confiana. Ac. (unnime) TRT 1 Reg. 5 T (RO 24245/97), juiz

    Afrnio Peixoto Alves dos Santos, DO/RJ 14/2/00.

    13.a Cargo de Confiana: Horas Extras

    Segundo a CLT: No h referncia.

    Segundo a Jurisprudncia: Cargo de confiana. A simples alegao da empresa de que o reclamanteexercia cargo de confiana no suficiente para retirar do empregado que fiscaliza obras o direito

    percepo das horas extras efetivamente trabalhadas. A confiana do cargo aquela que exige amplospoderes de mando e gesto previstos no artigo 62, letra b, da CLT. Ac. TRT 12 Reg. 2 T (RO 130/94),juza Alveny de Bittencourt, DJ/SC 16/8/95.

    O 2 do art. 227 da CLT trata de confiana especfica que no seconfunde com aquela prevista na alnea b do art. 62 do mesmo diploma,pelo que desnecessrio tenha o empregado exercente do cargo deconfiana, poderes de mando e gesto. Ac. (unnime) TRT 1 Reg. 8 T(RO 23112/94), juiz Evandro Pereira Valado Lopes, DO/RJ 26/11/96.

    14 Comissionista

    Segundo a CLT:Artigo 478 A indenizao devida pela resciso de contrato por prazo indeterminado ser de 1 (um)ms de remunerao por ano de servio efetivo, ou por ano e frao ou superior a 6 (seis) meses.

    1 - O primeiro ano de durao do contrato por prazo indeterminado considerado como perodo deexperincia, e, antes que se complete, nenhuma indenizao ser devida.

    2 - Se o salrio for pago por dia, o clculo da indenizao ter por base 30 (trinta) dias. 3 - Se pago por hora, a indenizao apurar-se- na base de 220

    (duzentas e vinte) horas por ms. 4 - Para os empregados que trabalhem comisso ou que tenham

    direito a porcentagens, a indenizao ser calculada pela mdia dascomisses ou porcentagens percebidas nos ltimos 12 (doze) meses deservio.

    5 - Para os empregados que trabalhem por tarefa ou servio feito, aindenizao ser calculada na base mdia do tempo costumeiramente gastopelo interessado para realizao de seu servio, calculando-se o valor doque seria feito durante 30 (trinta) dias.

    Segundo a Jurisprudncia: Comissionista puro. Indenizao adicional. Lei n 7.238/84. O empregadoremunerado exclusivamente por comisses no possui expectativa de auferir elevao salarial na data-base. Eventual demisso no trintdio previsto no artigo 9, da Lei n 7.238/84, por no ser obstativa, noconfere a esse trabalhador o direito a indenizao adicional. Ac. TRT 10 Reg. 1 T (RO 0163/99), juizJos Ribamar O. Lima Jnior, julgado em 6/4/99.

    Contrato de trabalho. Salrio ajustado. Piso. Se o ex-empregado eracomissionista puro e no misto, isto , percebia, guisa de salrio, apenascomisso por produo, sem direito a salrio profissional, como definido em

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    norma coletiva, fora de dvida que ele somente faria jus ao pisoprofissional se o salrio varivel (comisso), no final do ms, no atingisseo mnimo da categoria. Ac. TRT 8 Reg. 3 T (RO 5271/98), juiz Walmir

    Oliveira da Costa, DO/PA 5/3/99.

    15 Comisses

    Segundo a CLT:Artigo 457 Compreendem-se na remunerao do empregado, para todos os efeitos legais, alm dosalrio devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestao do servio, as gorjetas quereceber.

    1 - Integram o salrio no s a importncia fixa estipulada, como tambm as comisses,porcentagens, gratificaes ajustadas, dirias para viagens e abonos pagos pelo empregador.

    2 - No se incluem nos salrios as ajudas de custo, assim como as dirias para viagem que noexcedam de 50% (cinqenta por cento) do salrio percebido pelo empregado.

    3 - Considera-se gorjeta no s a importncia espontaneamente dada pelo cliente ao empregado,como tambm aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquerttulo, e destinada distribuio aos empregados.Artigo 466 O pagamento de comisses e porcentagens s exigvel depois de ultimada a transao aque se referem.

    1 - Nas transaes realizadas por prestaes sucessivas, exigvel o pagamento dasporcentagens e comisses que lhes disserem respeito proporcionalmente respectiva liquidao.

    2 - A cessao das relaes de trabalho no prejudica a percepo das comisses e porcentagensdevidas na forma estabelecida por este artigo.

    Segundo a Jurisprudncia: Integrao das comisses remunerao. Comprovado o efeito recebimento decomisses decorrentes da venda de seguros, dever a parcela integrar a remunerao da empregadapara todos os efeitos legais. Ac. TRT 9 Reg. 5 T (RO 05656/99), juiz Arnor Lima Neto, DJ/PR 19/11/99.

    Em se tratando de empregado remunerado base de comisses sobreas vendas, a reduo do porcentual faz presumir o prejuzo do trabalhador,incumbindo ao empregador a produo de prova em contrrio. Ac. TRT 1Reg. 1 T (RO 28355/95) juiz Csar Marques de Carvalho, DO/RJ 21/7/98.

    Comisso. O porcentual de comisso no pode variar ao arbtrio doempregador. Trata-se de parcela varivel do salrio, porm o que varia omontante em funo dos negcios, jamais o porcentual que deve sermantido durante o curso da relao de trabalho. Ac. TRT 5 Reg. 4 T (RO012.92.2974-50), (designado) juiz Lysandro Tourinho, proferido em 29/4/97.

    16 Comodato

    Segundo a CLT: No h referncia.

    Segundo a Jurisprudncia: Habitao. Salrio in natura. Comodato, convertido em salrio. O empregadorpode substituir o uso de apartamento emprestado (comodato), pelo equivalente em pecnia (salrio innatura). Gerente. Jornada de trabalho. O gerente no est sujeito s normas da jornada de trabalho aque se submetem os trabalhadores em geral. Recurso da R provido em parte e do Autor no provido.Ac. TRT 1 Reg. 2 T (RO 3080/98), juiz Aloysio Santos, DO/RJ 25/2/00.

    17 - Compensao

    Segundo a CLT: No h referncia.

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    Segundo a Jurisprudncia: Aumento real concedido. Compensao posterior em face de dificuldades daempresa. Acordo feito diretamente com o empregado. Acordo feito diretamente com o obreiro paracompensao de aumento real espontaneamente concedido pela empresa afronta a lei (art. 468,

    Consolidao das Leis do Trabalho). A presena do sindicato, quando se cuida de reduo de salrio, inarredvel (art. 7, VI, CF). Tinha, ainda, a r a possibilidade de valer-se dos preceitos da Lei n4.923/65, prerrogativa recepcionada pela atual Carta Poltica. Ac. (Unnime) TRT 2 Reg. 5 T (RO02980198921), juiz Francisco Antnio de Oliveira, julgado em 23/3/99.

    18 Compensao de horrio

    Segundo a CLT:

    Art. 59 - ........................................................................................................... 2 - Poder ser dispensado o acrscimo de salrio se, por fora de acordo ou conveno coletivade trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuio em outrodia, de maneira que no exceda, no perodo mximo de 1 (um) ano, soma das jornadas de trabalhoprevistas, nem seja ultrapassado o limite mximo de 10 (dez) horas dirias.

    Nota: A reduo do pargrafo 2 foi dada por Medida Provisria. Em 23/8/2000, o Poder Executivoeditou a de n 1.952-27.

    Segundo a Jurisprudncia: Acordo de compensao e prorrogao de jornada. Incompatibilidade. Horasextras. impossvel a cumulao do acordo de compensao e de prorrogao de jornada, visto quetratam de institutos com objetivos especficos, separados inclusive, por disposio legal (art. 59 daConsolidao das Leis do Trabalho), e o primeiro busca compensar o esforo de um dia determinadocom o merecido descanso em outro, geralmente aos sbados, enquanto o segundo visa to-somente o

    benefcio do patro, servindo o pagamento extraordinrio como forma de remunerao ao esforo doobreiro. Ac. TRT 9 Reg. 5 T (RO 04452/99), juiz Arnor Lima Neto, DJ/PR 19/11/99.Horas extras. Inaplicabilidade do Enunciado n 85 do Colendo TST.

    Devem ser pagas integralmente as horas extraordinrias trabalhadas e nocompensadas, sendo inaplicvel o Enunciado n 85 do TST, tendo em vistaa no observncia do acordo compensatrio. Ac. TRT 12 Reg. 2 T (RO003206/99), juiz Joo Cardoso, DJ/Sc 22/7/99.

    Banco de horas. Acordo Coletivo. Validade. O banco de horas nada mais do que a sistemtica para compensar todas as prorrogaes de horas detrabalho do empregado com as respectivas redues. O legisladorconstituinte, ao inserir a norma de reconhecimento das convenes e dosacordos coletivos de trabalho, o fez diante da especificidade das relaeslaborais, permitindo que normas diversas das fixadas em geral para otrabalhador fossem acordadas. Logo, no h qualquer incompatibilidade ounulidade nos acordos que estabelecem a sistemtica de prorrogao ecompensao de jornada alm da prevista constitucionalmente. Ac. TRT12 Reg. 1 T (RO 008347/99) juza Liclia Ribeiro, DJ/SC 4/2/00.

    19 Complementao de aposentadoria

    Segundo a CLT: No h meno.Segundo a Jurisprudncia: Na ocorrncia de sucesso de empregadores, traz o empregado as clusulas de

    seu contrato de trabalho original, ao qual aderem, tambm, as vantagens oferecidas poca da sua

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    transferncia para a sucessora. Se dentre estas benesses havia o direito de filiar-se a entidade deprevidncia privada fechada, evidente que a relao entre esta e o empregado regida peloregulamento contemporneo sucesso. Ac. (unnime) TRT 1 Reg. 2 T (RO 18947/97) juza Amlia

    Valado Lopes, DO/RJ 27/1/00.

    Complementao de aposentadoria. Gratificao especial. Indevida aintegrao do adicional especial de 15%, parcela paga pelo labor emlocalidade especfica, no se inserindo no conceito de vencimento,tampouco de vantagem permanente. Ac. TRT 4 Reg. 5 T (RO 95.021851-0), (designado) juiz Fernando Krieg da Fonseca, proferido em 26/9/96.

    20 Complementao de Auxlio-Previdencirio

    Segundo a CLT No h referncia.

    Segundo a Jurisprudncia No h referncia.

    21 Correo monetria

    Segundo a CLT:No h referncia.

    Segundo a Jurisprudncia: Correo monetria. poca prpria. De acordo com a jurisprudncia iterativadeste egrgio TST, o pagamento dos salrios at o 5 dia til do ms subseqente ao vencido no estsujeito parcialmente. Ac. (unnime) TST 3 T (RR 459.630.98.4), min. Antnio Fbio Ribeiro, DJU27/8/99.

    22 Desvio de FunoSegundo a CLT: No h referncia.Segundo a Jurisprudncia: Desvio de funo. Reconhecimento. Existindo no regimento interno da empresa

    a descrio expressa das atribuies inerentes ao cargo em relao ao qual se pretende a declaraode desvio funcional, para que reconhea a situao de desvio necessrio restar comprovado que oempregado laborou de forma a enquadrar-se na descrio de tais atribuies, no sendo bastante otrabalho com servios rea do cargo pretendido. Ac. TRT 10 Reg. 2 T (RO 2515/99), juza FlviaSimes Falco, julgado em 20/10/99.

    Desvio de funo. nus da prova. da reclamada o nus de provar,conforme alegado em constatao, que o reclamante exercia, efetivamente,a funo anotada em sua Carteira de Trabalho e Previdncia Social. Ac.TRT 8 Reg. 3 T (RO 2051/98), (designado) juiz Jos Alencar, proferido em

    8/7/98.23 Enquadramento Funcional

    Segundo a CLT:No h referncia.

    Segundo a Jurisprudncia: Para o enquadramento como secretria, mister se faz que a empregada exeratodas as funes inerentes ao cargo. Ac. (unnime) TRT 1 Reg. 2 T (RO 2086/96), juza Maria LuisaSouza Costa Soter da Silveira, DO/RJ 16/12/98.

    Diferenas salariais. Erro de enquadramento. Conseqncias.Reconhecidas pelo reclamado as distores ocorridas no ato de pr-enquadramento do servidor, por no obedecer aos critrios declassificao institudos para a implantao do PCS, devidas so asdiferenas decorrentes. Ac. (unnime) TRT 10 Reg. 1 T (RO 6973/94), juizRoberto Maurcio Moraes, DJ/DF 27/10/95.

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    24 Equiparao Salarial

    Segundo a CLT:Artigo 461 Sendo idntica a funo, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador,na mesma localidade, corresponder igual salrio, sem distino de sexo, nacionalidade ou idade. 1 - Trabalho de igual valor, para os fins deste Captulo, ser o que for

    feito com igual produtividade e com a mesma perfeio tcnica, entrepessoas cuja diferena de tempo de servio no for superior a 2 (dois)anos.

    2 - Os dispositivos deste artigo no prevalecero quando oempregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira, hiptese emque as promoes devero obedecer aos critrios de Antigidade, dentrode cada categoria profissional.

    3 - No caso do pargrafo anterior, as promoes devero ser feitas

    alternadamente por merecimento e por Antigidade, dentro de cadacategoria profissional.

    4 - O trabalhador readaptado em nova funo por motivo dedeficincia fsica ou mental atestada pelo rgo competente da PrevidnciaSocial no servir de paradigma para fins de equiparao salarial.

    Segundo a Jurisprudncia: Equiparao salarial. Identidade de funes. Nomenclatura dos cargos. A igualdenominao dos cargos gera presuno relativa da identidade de funes, como ordinariamenteacontece (CLT, art. 769; CPC, art. 333, II; enunciado n 68, do colendo TST). Ac. (unnime) TRT 1 Reg.3 T (RO 5821/92), juiz Azulino Joaquim de Andrade Filho, DO/RJ 2/12/96.

    H a equiparao salarial quando h identidade de funes (tarefas,atribuies), devidamente comprovada atravs de prova pericial,independente da identidade de nomenclatura dos cargos. Ac. TRT 1 Reg.9 T (RO 22540/97), juiz Afrnio Peixoto Alves dos Santos, DO/RJ 4/2/00.

    24.a Equiparao salarial: identidade de funo

    Segundo a Jurisprudncia: Isonomia. A equiparao salarial pressupe identidade absoluta de funes,sendo indispensvel, para tanto, que concorram todos os requisitos previstos no art. 461 da CLT. Ac.TRT 12 Reg. 2 T (Ac. 002428/95), juiz Umberto Grillo, DJ/SC 8/11/95.

    Equiparao salarial. Se o prprio paradigma, indicado comotestemunha pelo autor, informa diversidade de funes, no h que falarem Procpio de Lima Netto, DJ/MG 10/11/95.

    24.b Equiparao Salarial: Localidade

    Segundo a CLT: No h referncia.

    Segundo a Jurisprudncia: Equiparao salarial. Art. 461 da CLT. Conceit6o de mesma localidade. Oconceito de mesma localidade h de ser compreendido como possuindo carter objetivo e, como tal,referindo-se ao trabalho prestado no mbito de uma mesma cidade, em que os trabalhadores sujeitam-se a idnticas condies geogrficas, econmicas e sociais. Recurso de Revista conhecido e provido, noparticular. Ac. (unnime) TST 5 T (RR 299.013/96.2), min. Armando de Brito, DJU 30/4/99.

    Equiparao salarial. O conceito de mesma localidade para efeito deequiparao salarial, estabelecido no art. 461 da CLT, no deve serinterpretado de forma ampla. A diferenciao se faz necessria, tendo em

    vista que de uma localidade para a outra os desnveis salariais ocorrem emfuno do maior ou menor desenvolvimento daquele local. Logo, a hiptesefoge abrangncia do sentido estrito do artigo referido 461 da CLT. Revista

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    parcialmente conhecida e no provida. Ac. TST 3 T (RR 248188/96.9),min. Lucas Kontoyanis, DJU 21/8/98.

    24.c Equiparao Salarial: nus da Prova

    Segundo a CLT: No h referncia.

    Segundo a Jurisprudncia: Equiparao salarial. nus da prova. Admitida a identidade de funo, competeao empregador o nus da prova dos fatos impeditivos, extintivos ou modificativos do direito, verbi gratia,com relao a maior produtividade e perfeio tcnica. Ac. (unnime) TRT 1 Reg. 4 T (RO 27611/95),

    juiz Joo Mrio de Medeiros, DO/RJ 2/04/98.

    25 Frias

    Segundo a CLT:

    Artigo 142 O empregado perceber, durante as frias, a remunerao que lhe for devida na data da suaconcesso. 1 - Quando o salrio for pago por hora com jornadas variveis, apurar-se- a mdia do perodo aquisitivo,aplicando-se o valor do salrio na data da concesso das frias. 2 - Quando o salrio for pago por tarefa, tomar-se- por base a mdia da produo do perodo aquisitivo dodireito a frias, aplicando-se o valor da remunerao da tarefa na data da concesso das frias. 3 Quando o salrio for pago por porcentagem, comisso ou viagem, apurar-se- a mdia percebida peloempregado nos 12 (doze) meses que precederem concesso das frias. 4 - A parte do salrio paga em utilidades ser computada de acordo com a anotao na Carteira de Trabalhoe Previdncia Social. 5 - Os adicionais por trabalho extraordinrio, noturno, insalubre ou perigoso sero computados no salrio queservir de base ao calculado remunerao das frias. 6 - Se, no momento das frias, o empregado no estiver percebendo o mesmo adicional do perodo aquisitivo,

    ou quando o valor deste no tiver sido uniforme, ser computada a mdia duodecimal recebida naquele perodo,aps a atualizao das importncias pagas, mediante incidncia dos porcentuais dos reajustamentos salariaissupervenientes.

    Segundo a Jurisprudncia: Compra das frias. O pagamento de frias, sem o seu gozo, meropagamento de salrio. Estando vencidas, devido o pagamento nas formas na forma dobrada, semqualquer compensao, no havendo que se falar em pagamento triplo. No pode a Justia do Trabalhoadmitir a prtica da compra das frias integrais do empregado pelo empregador; trata-se de fraude aoque previsto nos artigos 129 e 142 da CLT, devendo ser considerado, sempre, nulo o ato sendo,pois, inexistente nos termos do artigo 9 consolidado. Recurso Ordinrio do reclamado conhecido eno provido. AC. TRT 10 Reg. 2 T (RO 1405/99), Juiz Lenidas Jos da Silva, julgado em 29/06/99).

    Frias. Compensao. Impossibilidade. A Consolidao das Leis do Trabalho no contempla a hiptese decompensao do perodo de frias com as eventuais ausncias do empregado durante o perodo aquisitivo afim de resolver problemas particulares.Ao revs, o legislador trabalhista cercou de inmeros cuidados oreferido perodo de descanso, que assume um carter de direito subjetivo irrenuncivel, por ser veculo derecuperao somtica e espiritual ( Russomano). Tanto assim que, somente em casos excepcionais,permite a lei concesso das frias em dois perodos (art. 134, s 1 da CLT ). Ac TRT 10 Reg. 3 T ( RO3339/09), juiz Marcos Roberto Pereira, julgado em 12/11/98.

    25.a Frias : teroSegundo a CLT :

    Artigo 143 facultado ao empregado converter 1/3 ( um tero ) do perodo de frias a que tiver direito emabono pecunirio, no valor da remunerao que lhe seria devida nos dias correspondentes.1 - O abono de frias dever ser requerido at 15 dias ( quinze) dias antes do trmino do perodo

    aquisitivo.

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    2 - Tratando-se de frias coletivas, a converso a que se refere este artigo dever ser objeto de acordocoletivo entre o empregador e o sindicato representativo da respectiva categoria profissional, independendode requerimento individual a concesso do abono.

    3 O disposto neste artigo no se aplica aos empregados sob o regime de tempo parcial.Nota : O pargrafo 3 foi acrescentado por Medida Provisria. Em 23/8/2000, o Poder Executivo editou a den 1.952-27.Artigo 144 O abono de frias de que se trata o artigo anterior, bem como o concedido em virtude declusula do contrato de trabalho, do no excedente de 20 (vinte) dias do salrio, no integraro aremunerao do empregado para os efeitos da legislao do trabalho.

    Segundo a Jurisprudncia : Frias. Concedidas aps outubro de 1988. As frias no concedidas napoca prpria e pagas aps a vigncia da gratificao de 1/3 prevista nesta carta. Ac. TRT 9 Reg.2 T ( RO 10957/94), juiz Luiz Eduardo Gunther, DJ/PR 21/7/95.

    26 Gratificao

    Segundo a CLT:Artigo 457 Compreendem-se na remunerao do empregado, para todos os efeitos legais, almdo salrio devido e pago diretamente pelo empregador, como contraprestao do servio, asgorjetas que receber. 1 - Integram o salrio no s a importncia fixa estipulada, como tambm as comisses,porcentagens, gratificaes ajustadas, dirias para viagens e abonos pagos pelo empregador. 2 - No se incluem nos salrios as ajudas de custo, assim como as dirias para viagem que no

    excedam de 50% (cinqenta por cento) do salrio percebido pelo empregado. 3 - Considera-se gorjeta no s a importncia espontaneamente dada pelo cliente ao empregado,como tambm aquela que for cobrada pela empresa ao cliente, como adicional nas contas, aqualquer ttulo, e destinada distribuio aos empregados.

    Segundo a Jurisprudncia: Gratificao suprimida. Incorporao ao salrio . A supresso dagratificao percebida por tempo inferior a dez anos no gera estabilidade financeira, no fazendo

    jus o empregado sua incorporao ao salrio, consoante a jurisprudncia iterativa, notria e atualdesta Tribunal. Recurso no conhecido, com base no Enunciado n 333. Ac. (unnime) TST 4 T(RR 233914/85.8), min. Jos Carlos Perret Schulte, DJU 4/9/98.

    Gratificao por fora. Habitualidade. Integrao remunerao.Comprovado que o reclamado pagava com habitualidade, alm dosalrio registrado em carteira, uma gratificao por fora, sob o ttulo devale-transporte, os quais eram fornecidos em nmero excessivo e porvezes negociados por marmitex, constituindo-se tal parcela em Plussalarial que deve integrar a remunerao do obreiro para todos osefeitos legais. Ac. TRT 24 Reg. TP (RO 0001556/96), juiz CarlosDeodalto Salles, DJ/MS 31/1/97, Ementrio.

    26.a Gratificao de funoSegundo a CLT: No h referncia.Segundo a Jurisprudncia: Gratificao de funo. Integrao ao salrio. face do que estatui o

    artigo 468, pargrafo 2, da CLT, induzidora a possibilidade de o empregador reverter o empregadoao exerccio do cargo efetivo se, por qualquer motivo, decai da confiana. Vale dizer: no hestabilidade no exerccio da funo de confiana em si. Esta Corte, atravs da egrgia Seo deDissdios Individuais, tem reiteradamente decidido que o empregado tem direito manuteno dopagamento da gratificao de funo percebida por 10 ou mais anos, mesmo com o afastamento do

    cargo de confiana, sem justo motivo. Recurso de revista conhecido e provido. Ac. (unnime) TST1 T (RR 208.511/1995.6), min. Joo Oreste Dalazen, DJU 5/6/98.

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    26.b Gratificao: SemestralSegundo a CLT: No h referncia.Segundo a Jurisprudncia: Gratificao semestral. A gratificao semestral, paga regularmente e com

    carter nitidamente salarial, integra a remunerao do empregado para todos os efeitos legais,inclusive para o clculo de horas extras. Ac. TRT 12 Reg. 1 T (RO 003309/99), juiz C.A. GogoyIlha, DJ/SC 3/11/99.

    Gratificao semestral. Liberalidade do empregador. Vantagemconcedida por mera liberalidade do seu instituidor no constituidiscriminao, pois segundo o princpio da igualdade os desiguaismerecem tratamento diferenciado. Ademais, a gratificao semestral deconcesso unilateral do empregador, por definir-se como ato

    juridicamente benfico, interpreta-se estritamente, sem possibilidade deampliao (art. 1.090 do Cdigo Civil. Recurso de revista conhecido eno provido. Ac. TST 1 T (RR 250.018/1996), min. Loureno Ferreirado Prado, DJU 26/6/98.

    27 Horas Extraordinrias

    Segundo a CLT:Artigo 59 A durao normal do trabalho poder ser acrescida de horas suplementares, emnmero no excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, oumediante contrato coletivo de trabalho. 1 - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho dever constar, obrigatoriamente, a importnciada remunerao da hora suplementar, que ser, pelo menos, 20% (vinte por cento) superior dahora normal.Nota: Ver o artigo 7, inciso XVI, da Constituio Federal, que dispe ser a remunerao do servioextraordinrio, no mnimo, 50% superior da hora normal.

    2 - Poder ser dispensado o acrscimo de salrio se, por fora de acordo ou conveno coletivade trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuio emoutro dia, de maneira que no exceda, no perodo mximo de 1 (um) ano, soma das jornadas detrabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite mximo de 10 (dez) horas dirias.

    Artigo 61 Ocorrendo necessidade imperiosa, poder a durao do trabalho exceder do limitelegal ou convencionado, seja para fazer face a motivo de fora maior, seja para atender realizaoou concluso de servios inadiveis ou cuja inexecuo possa acarretar prejuzo manifesto.

    1 - O excesso, nos casos deste artigo, poder ser exigido independentemente de acordo oucontrato coletivo e dever ser comunicado, dentro de 10 (dez) dias, autoridade competente nomomento da fiscalizao sem prejuzo dessa comunicao.

    2 - Nos casos de excesso de horrio por motivo de fora maior, a remunerao da horaexcedente no ser inferior da hora normal. Nos demais casos de excesso previstos neste artigo,a remunerao ser, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) superior da hora normal, e otrabalho no poder exceder de 12 (doze) horas, desde que a lei no fixe expressamente outrolimite.

    Nota: Ver o artigo 7, inciso XVI, da Constituio Federal, que dispe ser a remunerao doservio extraordinrio, no mnimo, 50% superior da hora normal.

    3 - Sempre que ocorrer interrupo do trabalho, resultante de causas acidentais, ou de foramaior, que determinem a impossibilidade de sua realizao, a durao do trabalho poder serprorrogada pelo tempo necessrio at o mximo de 2 (duas) horas, durante o nmero de diasindispensveis recuperao do tempo perdido, desde que no exceda de 10 (dez) horas dirias,em perodo no superior a 45 (quarenta e cinco) dias por ano, sujeita essa recuperao prviaautorizao da autoridade competente.

    Segundo a Jurisprudncia: Horas extras. Minutos que antecedem e sucedem a jornada de trabalho.So considerados como trabalho extraordinrio os minutos que antecedem e sucedem a jornadanormal, somente se ultrapassados os 5 (cinco) minutos. Recurso a que se d provimento. Ac.

    (unnime) TST 4 T (RR 160280/95), min. Valdir Righetto, DJU 10/11/95.Integrao de horas extras. Aferio de critrio de habitualidade. O

    reclamante prestou horas em cinco meses de contrato de trabalho, que

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    durou aproximadamente seis meses. Logo, as horas extras foramhabituais, pois realizada na maior parte do contrato de trabalho. No preciso que haja prestao de horas extras por mais de um ano para

    caracterizar a habitualidade, mas que as horas extras sejam prestadasna maior parte do contrato de trabalho, como dentro de um perodo deseis meses. Ac. TRT 2 Reg. 3 T (RO 02980437896), juiz Srgio PintoMartins, DO 20/7/99, Ementrio de Jurisprudncia do TRT da 2 Regio,Boletim 26/99.

    27.a Horas Extraordinrias: in itinereSegundo a CLT: No h referncia.Segundo a Jurisprudncia: Horas in itinere. So devidas as horas in itinere correspondentes ao

    tempo despendido pelo trabalhador entre a portaria da empresa e o local de trabalho. Revistaparcialmente conhecida e provida. Ac. TST 2 T (RR 314.647/1996.7), min. ngelo Mrio de C. eSilva, DJU 26/6/98.

    Horas in itinere. Mostra-se irrelevante para a configurao do direito s horas in itinere pleiteadasa incompatibilidade de horrios no transporte pblico regular, circunstncia que por si s noautoriza o reconhecimento do local como de difcil acesso, constituindo situao comum nosgrandes centros urbanos, sendo invivel responsabilizar o empregador e, consequentemente,oner-lo, tanto mais quando este fornece a conduo, proporcionando mais conforto ao trabalhador.Ac. (unnime) TST 4 T (RR 181772/95), min. Galba Velloso, DJU 7/6/96.

    28 Isonomia

    Segundo a CLT: Vide Art. 461 anteriormente citado.Segundo a Jurisprudncia: Princpio isonmico. Caracterizao. O impropriamente chamado princpio

    isonmico de direito s se aplica a situaes idnticas. No se podendo, portanto, invoc-lo paraequiparar simples assemelhados. Ac. (unnime) TRT 1 Reg. 1 T (RO 5897/98), juiz Luiz Carlos

    Teixeira Bomfim, DO/RJ 26/1/00.O empregador no pode conceder reajustes e no promoes deforma discriminatria, sob o argumento de atingimento de metas, porferir o princpio da isonomia. Ac. TRT 1 Reg. 1 T (RO 28244/95), juizCsar Marques de Carvalho, DO/RJ 21/7/98.

    Isonomia. Inexiste regra legal que imponha ao empregador que, aopagar determinado ttulo a um ou mais de seus empregados, o faa comrelao a todos eles. O que o princpio isonmico veda que hajadiscriminao entre iguais. Assim, daquele que invoca quebra deisonomia o nus de a demonstrar, observado que o paradigma deverostentar condies iguais s suas. Ac. (unnime) TRT 1 Reg. 6 T (RO28555/95), juza Doris Castro Neves, DO/RJ 5/5/98.

    29 Moradia

    Segundo a CLT: No h referncia.Segundo a Jurisprudncia: Salrio in natura. Habitao. Integrao ao salrio. A moradia concedida ao

    trabalhador urbano, gratuitamente, em razo do contrato de emprego, como contraprestao aotrabalho do empregado, a teor dos artigos 457 e 458 da CLT, possui ntida natureza salarial,independentemente do arcabouo jurdico que se lhe atribua. Tendo em vista a natureza salarial dahabitao fornecida pela empresa, a referida parcela deve incorporar ao salrio. Recurso de revistaconhecido e no provido. Ac. (unnime) TST 1 T (RR 257.376/1996.2), min. Joo Oreste Dalazen,DJU 26/6/98.

    30 Participao nos Lucros

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    Segundo a CLT: No h meno. (Vide Medida Provisria n 1982-67, de 10/2/2000.)Segundo a Jurisprudncia: Participao nos lucros. A parcela participao nos lucros, por fora de

    norma constitucional, inc. XI do art. 7 da Constituio Federal de 1998, est desvinculada daremunerao. De outra parte, o art. 3 da Medida Provisria 1.539-33, de 10 de julho de 1997,preconiza que a participao de que trata o art. 2 no substitui ou complementa a remuneraodevida a qualquer empregado nem constitui base de incidncia de qualquer encargo trabalhista ouprevidencirio, no se lhe aplicando o princpio da habitualidade. Da a se concluir que a referidavantagem no integra o salrio para os efeitos legais. Revista parcialmente conhecida e provida. Ac.(unnime) TST 1 T (RR 319.246/96.5) (convocado), juiz Joo Mathias de Souza Filho, DJU27/8/99.

    Participao nos lucros. A clusula deve ser decidida pela vianegocial, como impe o texto legal, MP 955/95, art. 2 Ac. TST SDC(RO/DC 216.845/95.89), min. Ursulino Santos, DJU 1/8/97.

    Participao nos lucros. Inativos. No tendo a participao noslucros carter salarial em razo de expressa excluso imposta pela

    Constituio Federal (art. 7, inciso XI), no se estende aos servidoresinativos tal benefcio, quando concedido aos funcionrios da ativa.Dissdio jurdico improcedente. Ac. TRT 2 Reg. SDC (DC 423/96-A),

    juiz Nelson nazar, proferido em 14/10/96.

    31 Piso Salarial

    Segundo a CLT: No h referncia.Segundo a Jurisprudncia: Piso Salarial. Perodo de experincia. Inaplicabilidade. O piso salarial no

    aplicado ao empregado em perodo de experincia no importa em discriminao por parte doempregador j que o estado probatrio por si s j o diferencia. A norma legal e constitucional prevequiparao salarial para os igualmente equiparados. Recurso no provido. Ac. (unnime) TST

    SDC (RO DC 325.510/96.1), min. Ursulino Santos, DJU 1/8/97.

    32 Plano de Carreira

    Segundo a CLT: No h referncia.

    Segundo a Jurisprudncia: Plano de cargos e salrios. Possuindo a reclamada Plano de Cargos eSalrios, aprovado pelo Conselho Interministerial de Salrios das Empresas Estatais (CISEE),equipara-se a quadro organizado de carreira, impedindo o acolhimento de pretenso equiparaosalarial. Ac. TRT 1 Reg. 3 T (RO 19.827/97), juza Maria das Graas Cabral Vigas Paranhos,DO/RJ 16/3/00.

    O desenvolvimento de algumas atividades tpicas do cargo noautoriza o desprezo das regras do plano de cargos e salrios dareclamada. Ac. (unnime) TRT 1 Reg. 8 T (RO 12248/96), juza EvaMarta Cordeiro de Matos, DO/RJ 10/9/98.

    33 Produtividade

    Segundo a CLT: No h referncia.Segundo a Jurisprudncia: O adicional de produtividade oriundo de norma coletiva parte integrante

    do salrio, e, ainda, nos termos em que foi concedido categoria profissional, o referido adicional

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    est includo no salrio. Ac. TRT 1 Reg. 8 T (RO 31754/93), juiz Orlando Santos diniz, DO/RJ9/5/96.Adicional de produtividade. Previso em sentena normativa. Empresa VARIG S/A. Limitao

    temporal. O pargrafo nico do artigo 10 da Lei n 6.708/79 de clareza meridiana, ao proclamarque o aumento-produtividade seria ajustado por um ano, sem possibilidade de sua reviso, a essettulo, antes de vencido referido prazo. J a se encontra expressamente preconizado um termo, ouseja, o termo final de durao do aumento. Tambm a sinalizar que o aumento no deveriaincorporar-se, ad futurum, ao salrio do empregado, est o 3 do artigo 11 da mesma norma legal,a proclamar que ser facultado empresa no excluda do campo de incidncia do aumentodeterminado na forma deste artigo comprovar, na ao de cumprimento, sua incapacidadeeconmica, para efeito de excluso ou colocao em nvel compatvel com suas possibilidades. Sefoi estabelcido prazo para reviso do aumento concedido, e o verbo rever significa, segundo osmelhores dicionrios, fazer correes, reexaminar, tornar a ver pela Segunda vez etc., e seigualmente foi expressamente assegurado empresa sem condies econmicas de forrar-se aopagamento do aumento, e, finalmente, que este ltimo tem como sua causa geradora o aumento deprodutividade da categoria profissional, inaceitvel, permissa mxima venia o entendimento de

    incorporao de produtividade, alm do termo fixado na sentena normativa, acordo e/ouconveno coletiva, salvo expressa disposio em contrrio e/ou negociao pelas prprias partesinteressadas. Recurso de revista no provido. Ac. TST 4 T (RR 412.233/97.2), min. Milton deMoura Frana, DJU 27/8/99, p. 130.

    O adicional de produtividade oriundo de norma coletiva parte integrante do salrio, e, ainda,nos termos em que foi concedido categoria profissional, o referido adicional est includo nosalrio. Ac. TRT 1 Reg. 8 T (RO 31754/93), juiz Orlando Santos Diniz, DO/RJ 9/5/96, p.75.

    34 Promoes

    Segundo a CLT: No h referncia.Segundo a Jurisprudncia: No h referncia.

    35 Reajuste Salarial

    Segundo a CLT: No h referncia.Segundo a Jurisprudncia: Inexiste direito dos trabalhadores antecipao salarial decorrente da Lei

    n 8.222/91, face no-cumulatividade dos reajustes bimestrais e quadrimestrais previstos noreferido texto legal. Recurso de revista a que se d provimento. Ac. (unnime) TST 3 T (RR278030/96.4), min. Jos Zito Calass, DJU 6/12/96,

    36 Reduo de Salrio

    Segundo a CLT:Artigo 503 lcita, em caso de fora maior ou prejuzos devidamente comprovados, a reduogeral dos salrios dos empregados da empresa proporcionalmente aos salrios de cada um, nopodendo, entretanto, ser superior a 25% (vinte e cinco por cento), respeitado, em qualquer caso osalrio mnimo da regio.

    Pargrafo nico Cessados os efeitos decorrentes do motivo de fora maior, garantido orestabelecimento dos salrios reduzidos.Artigo 504 Comprovada a falsa alegao do motivo de fora maior garantida a reintegrao aosempregados estveis, e aos no-estveis, complementando da remunerao atrasada.

    Segundo a Jurisprudncia:A reclamada, quando reduziu os salrios dos autores, agiu dentro do princpio da legalidade e damoralidade que devem nortear os atos da administrao, sujeitando os interesses individuais aocoletivo, e pretendendo extinguir com as mordomias de um pequeno grupo em detrimento damaioria mal remunerada. Ac. (unnime) TRT 1 Reg. 5 T (RO 18557/97), juiz Orlando Santos Diniz,DO/RJ 17/1/00.

    Salrio. Reduo. O artigo 503 da CLT encontra-se revogado a sua promulgao, somente vivel a reduo salarial mediante conveno ou acordo coletivo, os quais importam,

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    obrigatoriamente, a interveno sindical. Constatando-se que a entidade representativa da categoriada reclamante no firmou o acordo invocado pelo reclamado, tem-se como ineficaz a reduo neleajustada. Ac. TRT 3 Reg. 2 T (RO 14582/95), juiz Bolivar Viegas Peixoto, DJ/MG 2/2/96.

    37 Remunerao

    Segundo a CLT:Artigo 457 Compreendem-se na remunerao do empregado, todosos efeitos legais, alm do salrio devido e pago diretamente peloempregador, como contraprestao do servio, as gorjetas que receber. 1 - Integram o salrio no s a importncia fixa estipulada, comotambm as comisses, porcentagens, gratificaes ajustadas, diriaspara viagens e abonos pagos pelo empregador.

    2 - No se incluem nos salrios as ajudas de custo, assim como asdirias para viagem que no excedam de 50% (cinqenta por cento) dosalrio percebido pelo empregado.

    3 - Considera-se gorjeta no s a importncia espontaneamente dadapelo cliente ao empregado, como tambm aquela que for cobrada pelaempresa ao cliente, como adicional nas contas, a qualquer ttulo, edestinada distribuio aos empregados.Artigo 458 Alm do pagamento em dinheiro, compreende-se no salrio,para todos os efeitos, a alimentao, habitao, vesturio ou outrasprestaes in naturaque a empresa, por fora do contrato ou do costume,fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum ser permitido opagamento com bebidas alcolicas ou drogas nocivas. 1 - Os valores atribudos s prestaes in naturadevero ser justos erazoveis, no podendo exceder, em cada caso, os dos percentuais dasparcelas componentes do salrio mnimo arts. 81 e 82 (grifos do autor). 2 - Para os efeitos previstos neste artigo, no sero consideradas

    como salrio as seguintes utilidades concedidas pelo empregador:I vesturios, equipamentos e outros acessrios fornecidos aosempregados e utilizados no local de trabalho, para a prestao doservio;II educao, em estabelecimento de ensino prprio ou de terceiros,compreendendo os valores relativos a matrcula, mensalidade, anuidade,livros e material didtico;III transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno,em percurso servido ou no por transporte pblico;IV assistncia mdica, hospitalar e odontolgica, prestadadiretamente ou mediante seguro-sade;V seguros de vida e de acidentes pessoais;VI previdncia privada;VII (VETADO)Nota: Pargrafo 2, com redao dada pela Lei n 10.243, de 19/6/2001. 3 - A habitao e a alimentao fornecidas como salrio-utilidadedevero atender aos fins a que se destinam e no podero exceder,respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vinte por cento)do salrio-contratual. 4 - Tratando-se de habitao coletiva, o valor do salrio-utilidade a elacorrespondente ser obtido mediante a diviso do justo valor dahabitao pelo nmero de co-habitantes, vedada, em qualquer hiptese autilizao da mesma unidade residencial por mais de uma famlia.Artigo 459 O pagamento do salrio, qualquer que seja a modalidade dotrabalho, no deve ser estipulado por perodo superior a 1 (um) ms,salvo no que concerne a comisses, porcentagens e gratificaes. 1 - Quando o pagamento houver sido estipulado por ms, dever ser

    efetuado, o mais tardar, at o quinto dia til do ms subseqente aovencido.Artigo 460 Na falta de estipulao do salrio ou no haver prova sobre

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    a importncia ajustada, o empregado ter direito a perceber o salrio igualao daquela que, na mesma empresa, fizer servio equivalente ou do quefor habitualmente pago para servio semelhante.

    Artigo 461 Sendo idntica a funo, a todo trabalho de igual valorprestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponde igualsalrio, sem distino de sexo, nacionalidade ou idade. 1 - Trabalho de igual valor, para os fins deste Captulo, ser o que forfeito com igual produtividade e com a mesma perfeio tcnica, entrepessoas cuja diferena de tempo de servio no for superior a 2 (Dois)anos. 2 - Os dispositivos deste artigo no prevalecero quando o empregadortiver pessoal organizado em quadro de carreira, hiptese em que aspromoes devero obedecer aos critrios de antigidade e merecimento. 3 - No caso do pargrafo anterior, as promoes devero ser feitasalternadamente por merecimento e por antigidade, dentro de cadacategoria profissional.

    4 - O trabalhador readaptado em nova funo por motivo de deficinciafsica ou mental atestada pelo rgo competente da Previdncia Social noservir de paradigma para fins de equiparao salarial.Artigo 462 Ao empregador vedado efetuar desconto nos salrios doempregado, salvo quando este resultar de adiantamentos de dispositivosde lei ou de contrato coletivo. 1 - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto ser lcito,desde que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrncia de dolodo empregado. 2 - vedado empresa que mantiver armazm para venda demercadorias aos empregados ou servios destinados a proporcionar-lhesprestaes in naturaexercer qualquer coao ou induzimento no sentido deque os empregados se utilizem do armazm ou dos servios.

    3- Sempre que no for possvel o acesso dos empregados a armazns

    ou servios no mantidos pela empresa, lcito autoridade competentedeterminar a adoo de medidas adequadas, visando a que as mercadoriassejam vendidas e os servios prestados a preos razoveis, sem intuito delucro e sempre em benefcio dos empregados. 4 - Observado o dispositivo neste Captulo, vedado s empresaslimitar, por qualquer forma, a liberdade dos empregados de dispor do seusalrio.Artigo 463 A prestao, em espcie, do salrio ser paga em moedacorrente do Pas.Pargrafo nico O pagamento do salrio realizado com inobservnciadeste artigo considera-se como no feito.Artigo 464 O pagamento do salrio dever ser efetuado contra-recibo,assinado pelo empregado; em se tratando de analfabeto, mediante sua

    impresso digital, ou, no sendo esta possvel, a seu rogo.Pargrafo nico Ter fora de recibo o comprovante de depsito emconta corrente bancria, aberta para esse fim em nome de cadaempregado, com o consentimento deste, em estabelecimento de crditoprximo ao local de trabalho.Artigo 465 O pagamento dos salrios ser efetuado em dia til e no localdo trabalho, dentro do horrio do servio ou imediatamente aps oencerramento deste, salvo quando efetuado por depsito em contabancria, observado o disposto no artigo anterior.Artigo 466 O pagamento de comisses e porcentagens s exigveldepois de ultimada a transao a que se referem. 1 - Nas transaes realizadas por prestaes sucessivas, exigvel opagamento das porcentagens e comisses que lhes disserem respeito

    proporcionalmente respectiva liquidao. 2 A cessao das relaes de trabalho no prejudica a percepo dascomisses e porcentagens devidas na forma estabelecida por este artigo.

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    Artigo 467 Em caso de resciso do contrato de trabalho, motivada peloempregador ou pelo empregado, e havendo controvrsia sobre parte daimportncia dos salrios, o primeiro obrigado a pagar a este, data do

    seu comparecimento ao tribunal de trabalho, a parte incontroversa dosmesmos salrios, sob pena de ser, quanto a essa parte, condenado apag-la em dobro.

    Segundo a Jurisprudncia: Remunerao varivel. Natureza salarial. Obrigando-se a empresa a pagaruma remunerao varivel sempre que atingidas metas por ela fixadas, a parcela paga a este ttulocom habitualidade tem natureza salarial, por fora do que dispe o art. 457, pargrafo 1, da CLT.Ac. (unnime) TRT 3 Reg. 2 T (RO 09725/95), juiz Jos Cesar de Oliveira, DJ/MG 2/2/96.

    Remunerao. Gratificao paga com habitualidade. As verbaspagas com habitualidade pelo empregador devem compor aremunerao para todos os efeitos legais, pois possuem ntido cartersalarial, no prevalecendo disposio regulamentar da empresa. A lei(artigo 457 da CLT), jamais poder ser suplantada pela regra particular

    do empregador, salvo se mais benfica ao empregador. Ac. (unnime)TRT 12 T (RO 000851/99), juiz Gilmar Cavalheri, DJ/SC 22/9/99, p.225.

    Gratificao por fora. Habitualidade. Integrao remunerao.Comprovado que o reclamado pagava com habitualidade, alm do salrioregistrado em carteira, uma gratificao por fora, sob o ttulo de valetransporte, os quais eram fornecidos em nmero excessivo e por vezesnegociados por marmitex, constituindo-se tal parcela em plus salarial quedeve integrar a remunerao do obreiro para todos os efeitos legais. Ac.TRT 24 Reg. TP (RO 0001556/96), juiz Carlos Deodalto Salles DJ?MS

    31/1/97, Ementrio.Remunerao varivel. Natureza salarial. Obrigando-se a empresa apagar uma remunerao varivel sempre que atingidas metas por elafixadas, a parcela paga a este ttulo com habitualidade tem naturezasalarial, por fora do que dispe o art. 457, pargrafo 1 da CLT. Ac.(unnime) TRT 3 Reg. 2 T (RO 09725/95), juiz Jos Cesar de Oliveira,DJ/MG 2/2/96, p. 53.

    38 Salrio

    Segundo a CLT:Artigo 5 - A todo trabalho de igual valor corresponder salrio igual, sem distino de sexo.Artigo 6 - No se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do empregador e oexecutado no domiclio do empregado, desde que esteja caracterizada a relao de emprego.(Vide tambm Art. 457 anteriormente citado).Artigo 458 Alm do pagamento em dinheiro, compreende-se no salrio, para todos os efeitoslegais, a alimentao, habitao, vesturio ou outras prestaes in naturaque a empresa, por forado contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum ser permitido opagamento com bebidas alcolicas ou drogas nocivas. 1 - Os valores atribudos s prestaes in natura devero ser justos e razoveis, no podendoexceder, em cada caso, os dos percentuais das parcelas componentes do salrio mnimo arts. 81 e82 (grifos do autor). 2 - Para os efeitos previstos neste artigo, no sero consideradas como salrio as seguintesutilidades concedidas pelo empregador:I vesturios, equipamentos e outros acessrios fornecidos aos empregados e utilizados no localde trabalho, para a prestao do servio;

    II educao, em estabelecimento de ensino prprio ou de terceiros, compreendendo os valoresrelativos a matrcula, mensalidade, anuidade, livros e material didtico;

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    III transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou nopor transporte pblico;IV assistncia mdica, hospitalar e odontolgica, prestada diretamente ou mediante seguro-

    sade;V seguros de vida e de acidentes pessoais;VI previdncia privada;VII - (VETADO)Nota Pargrafo 2 com redao dada pela Lei n 10.243, de 19/6/2001. 3 - A habitao e a alimentao fornecidas como salrio-utilidade devero atender aos fins a quese destinam e no podero exceder, respectivamente, a 25% (vinte e cinco por cento) e 20% (vintepor cento) do salrio-contratual. 4 - Tratando-se de habitao coletiva, o valor do salrio-utilidade a ela correspondente serobtido mediante a diviso do justo valor da habitao pelo nmero de co-habitantes, vedada, emqualquer hiptese, a utilizao da mesma unidade residencial por mais de uma famlia.

    Segundo a Jurisprudncia: As bonificaes pagas ao reclamante como prmio pela assiduidade tm

    natureza salarial. Revista conhecida e desprovida. Ac. (unnime) TST 2 T (RR 222015/95.4), min.ngelo Mrio, DJU 1/8/97, p. 34323.Moeda estrangeira. Converso. O ajuste de salrio em moeda

    estrangeira proibido em razo do disposto nos artigos 463 da CLT e1 do Decreto-Lei n 857/69. Da porque carece de validade clusula decontrato de trabalho que, exeqvel no Brasil, estipule pagamento desalrio em moeda estrangeira. Excetuam-se somente os contratos deTcnicos estrangeiros para a execuo de servios no Brasil em carterprovisrio (Decret-Lei n 691/69, art. 1). A converso em moedanacional da parcela do salrio avenada em moeda estrangeira d-seno cmbio da data da celebrao do contrato. Na espcie,considerando que poca de celebrao do contrato de trabalho aexecuo dos servios nem se dava no Brasil (1966) e considerando

    que, no perodo anterior despedida (1980) houve prestao de partedo servio no Brasil e parte na Alemanha, no sendo objeto de pedido osalrio de tal perodo juridicamente correto considerar-se o cmbio de

    julho/80, incidindo a partir da todos os reajustes salariais e correomonetria at a data do efetivo pagamento. Ac. TST SBDI2 (ROAR301409/96.6), min. Carlos Alberto Reis de Paula, DJU 11/12/98.

    Salrio. Pagamento por fora. No clculo de diferenas salariais econsectrios deve ser considerado o salrio efetivamente pago,inclusive parcela paga fora da folha de pagamento (por fora ou PF). Ac.(unnime) TRT 8 Reg. 3 T (RO 1139/98), juiz Jos de Alencar,proferido em 1/7/98.

    Empregado horista. Reduo da carga horria. A diminuio dacarga horria de empregado horista sem o aumento proporcional daremunerao configura reduo salarial. Por isso, ao adaptar-se aolimite de durao semanal de trabalho determinado pelo art. 7, incisoXIII, da Constituio de 1988, cumpria ao empregador observar oprincpio da irredutibilidade salarial consagrado no inciso VI do mesmodispositivo constitucional. Ac. (unnime) TRT 12 Reg. 2 T (RO8897/94), juiz Umberto Grillo, DJ/Sc 22/5/96.

    38.a Salrio: Admisso

    Segundo a CLT: No h referncia.

    Segundo a Jurisprudncia: No h referncia.

    38.b Salrio: Complessivo

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    Segundo a CLT: No h referncia.

    Segundo a Jurisprudncia: salrio complessivo. Reflexos das horas extras. O pagamento feito pelo

    empregador deve ser informado com toda a transparncia possvel. inadmissvel que o salrioajustado englobe o valor da sobre-jornada, sem especific-lo, pois tal hiptese configura o chamadosalrio complessivo, inadmitido na esfera trabalhista, nos termos do E. n 91 do C. Tribunal Superiordo Trabalho. Ac. TRT 2 Reg. 10 T (RO 02980556208), juza Vera Marta Publio Dias, DOE17/12/99, Ementrio de Jurisprudncia do TRT da 2 regio, Boletim n 2/200.Salrio complessivo. Inadmissibilidade. Consoante a doutrina e a

    jurisprudncia ptria, inadmissvel no direito positivado do trabalho afigura do salrio complessivo. Destarte, a simples alterao da empresade que a gratificao denominada de quebra-de-caixa se encontra aabrangida pela parcela excedente do salrio previsto para o pisonormativo da categoria merece ser rechaada, uma vez quecaracterizada a figura do salrio complessivo. Ac. TRT 12 Reg. 1 T(RO 6199/94), juiz Dilnei ngelo Bilssimo, DJ/SC 24/6/96,

    38.c Salrio-FamliaSegundo a CLT: No h meno. (Vide CF de 1988, art. 7, XII.)Segundo a Jurisprudncia: Salrio-famlia pago ao longo do contrato no pode ser indevido em meses

    intercorrentes. A obrigao s cessa quando os menores alcanam a idade limite. Ac. TRT 1 Reg.1 T (RO 3189/94), juiz Luiz Carlos Teixeira Bomfim, DO/RJ 11/4/96.

    38.d salrio: In natura

    Segundo a CLT: Artigo 506 No contrato de trabalho agrcola lcito o acordo que estabelecer aremunerao in natura, contanto que seja de produtos obtidos pela explorao do negcio e noexceda de 1/3 (um tero) do salrio total do empregado.

    Segundo a Jurisprudncia: Do salrio in natura. Transporte. Restou consignado no v. Acrdorecorrido, que a concesso de transporte constitua mera liberalidade da empregadora, pois haviatransporte regular pblico (fl. 428). Ora, se havia transporte pblico regular, a concesso detransporte gratuito no era necessria consecuo dos servios. Alm disso, a Reclamante eradesonerada do pagamento de passagens. Ou seja, a concesso de transporte gratuito constituasalrio indireto da Reclamante, logo integra sua remunerao, nos termos do art. 458, da CLT. Ac.TST 3 T (RR 211428/95.4), min. Jos Zito Calass, DJU 15/5/98.Salrio in natura. Telefone. Descaracterizao. O importante na

    aferio da natureza da utilidade fornecida se ela visa melhorconsecuo dos servios, ou se fornecida pelo trabalho. Nesta ltimahiptese, ela agrega-se ao salrio do empregado, o que no ocorrenaquela, em que conter ntida indenizatria. Comprovado que, mesmopermanecendo o empregado em sua residncia, o telefone utilizado

    para eventual contato com clientes, o simples fato de Ter ele o aparelho sua disposio, nos finais de semana e feriados, no afasta o carterindenizatrio da verba, fornecida para o trabalho, pois seria ilgico que aempresa lhe retirasse o benefcio nesses dias. O critrio decisivofinalstico: se para remunerar o trabalho, ou se para propiciar a melhorprestao de servio, descabendo, nest ltimo caso, falar em integraoao Salrio. Ac. TRT 3 Reg. 4 T (RO 8284/99), juiz Luiz Otvio LinharesRenault DJ/MG 27/11/99, p. 19.

    38.e Salrio-MaternidadeSegundo a CLT: Artigo 392 proibido o trabalho da mulher grvida no perodo de 4 (quatro)

    semanas antes e 8 (oito) semanas depois do parto. 1 - Para os fins previstos neste artigo, o incio do afastamento da empregada de seu trabalhoser determinado por atestado mdico nos termos do art. 375 o qual dever ser visado pelaempresa (grifo do autor).

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    2 - Em casos excepcionais, os perodos de repouso antes e depois do parto podero seraumentados de mais 2 (duas) semanas cada um mediante atestado mdico, na forma do 1. 3 - Em caso de parto antecipado, a mulher ter sempre direito s 12 (doze) semanas previstas

    neste artigo. 4 - garantido empregada, durante a gravidez, sem prejuzos doa salrios e demais direitos:I transferncia de funo, quando as condies de sade o exigirem, assegurada a retomada dafuno anteriormente exercida, logo aps o retorno ao trabalho;II dispensa do horrio de trabalho pelo tempo necessrio para a realizao de, no mnimo, seisconsultas mdicas e demais exames complementares.Artigo 393 Durante o perodo a que se refere o art. 392 a mulher ter direito ao salrio integral e,quando varivel, calculado de acordo com a mdia dos 6 (seis) ltimos meses de trabalho, bemcomo aos direitos e vantagens adquiridos, sendo-lhe ainda facultado reverter que anteriormenteocupava (grifo do autor).

    Segundo a Jurisprudncia: Gestante. Garantia de emprego. Conhecimento do estado gravdico. Notocante garantia de emprego da gestante, a jurisprudncia atual, reiterada e notria da SBDI1 tem

    dado interpretao ao art. 10, II, b, do ADCT no sentido de que o desconhecimento do estadogravdico pelo empregador, salvo previso contrria em norma coletiva, no afasta o direito aopagamento da indenizao decorrente da estabilidade. Revista conhecida e provida para condenara Reclamada ao pagamento dos salrios relativos ao perodo de garantia de emprego da gestante.Ac. (unnime) TST 5 T (RR 251971/96.4), min. Nelson Antnio Daiha, DJU 4/9/98.

    No h que se falar em condenao da empresa no pagamento dosalrio-maternidade se essa, ao dispensar a empregada, no tinhacincia de seu estado gravdico. Ac. (unnime) TRT 1 Reg. 7 T (RO18803/94), juza Donase Xavier Bezerra, DO/RJ 22/10/96.

    38.f Salrio-MnimoSegundo a CLT: Artigo 76 Salrio mnimo a contraprestao mnima devida e paga diretamente

    pelo empregador a todo trabalhador, inclusive ao trabalhador rural, sem distino de sexo, por dianormal de servio, e capaz de satisfazer, em determinada poca a regio do Pas, as suasnecessidades normais de alimentao, habitao, vesturio, higiene e transporte.Artigo 77 Revogado pela Lei n 4.589, de 11/12/1964.Artigo 78 Quando o salrio for ajustado por empreitada, ou convencionado por tarefa ou pea,ser garantida ao trabalhador uma remunerao diria nunca inferior do salrio mnimo por dianormal.Pargrafo nico Quando o salrio mnimo mensal de empregado comisso ou que tenha direito porcentagem for integrado por parte fixa e parte varivel, ser-lhe- sempre garantido o salriomnimo, vedado qualquer desconto em ms subseqente a ttulo de compensao.Artigo 79 Quando se tratar da fixao do salrio mnimo dos trabalhadores ocupados em serviosinsalubres, podero as Comisses de Salrio Mnimo aument-lo at de metade do salrio mnimonormal.Artigo 80 Revogado pela Lei n 10.097, de 19/12/2000.Pargrafo nico Revogado pela Lei n 10.097, de 19/12/2000.Artigo 81 O salrio mnimo ser determinado pela frmula Sm = a + b + c + d + e, em que a, b, c,d e e representam, respectivamente, o valor das despesas dirias com alimentao, habitao,vesturio, higiene e transporte necessrios vida de um trabalhador adulto. 1 - A parcela correspondente alimentao ter um valor mnimo igual aos valores da lista deprovises, constantes dos quadros devidamente igual aos valores da lista de provises, constantesdos quadros devidamente aprovados e necessrios alimentao diria do trabalhador adulto. 2 - Podero ser substitudos pelos equivalentes de cada grupo, tambm mencionados nosquadros a que alude o pargrafo anterior, os alimentos, quando as condies da regio oaconselharem, respeitando valores nutritivos determinados nos mesmos quadros. 3 - O Ministrio do Trabalho far, periodicamente, a reverso dos quadros a que se refere o 1deste artigo.Artigo 82 Quando o empregador fornecer, in natura, uma ou mais das parcelas do salrio mnimo,

    o salrio em dinheiro ser determinado pela frmula Sd = Sm P, em que Sd representa o salrioem dinheiro, Sm o salrio mnimo e P a soma dos valores daquelas parcelas na regio.

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    Pargrafo nico O salrio mnimo pago em dinheiro no ser inferior a 30% (trinta por cento) dosalrio mnimo fixado para a regio.Artigo 83 devido o salrio mnimo ao trabalhador em domiclio considerado este como o

    executado na habitao do empregado ou em oficina de famlia, por conta de empregador que oremunere.Artigo 117 Ser nulo de pleno direito, sujeitando o empregador s sanes do art. 121, qualquercontrato ou conveno que estipule remunerao inferior ao salrio mnimo estabelecido na regioem que tiver que ser cumprido.Artigo 118 O trabalhador a quem for pago salrio inferior ao mnimo ter direito, no obstantequalquer contrato ou conveno em contrrio, a reclamar do empregador o complemento de seusalrio mnimo estabelecido na regio em que tiver de ser cumprido.Artigo 119 Prescreve em 2 (dois) anos a ao para rever a diferena, contados, para cadapagamento, da data em que o mesmo tenha sido efetuado.Artigo 120 Aquele que infringir qualquer dispositivo concernente ao salrio mnimo ser passvelde multa de 3 (trs) a 120 (cento e vinte), valores-de-referncia regionais, elevada ao dobro nareincidncia.

    Artigo 121 Revogado pelo Decreto-lei n 229, de 28/2/1967.Artigos 122 e 123 Revogados pela Lei n 4.589, de 11/12/1964.Artigo 124 A aplicao dos preceitos deste Captulo no poder em caso algum, ser causadeterminante da reduo do salrio.Artigo 125 Revogado pela Lei n 4.589, de 11/12/1964.Artigo 126 O Ministrio do Trabalho expedir as necessrias fiscalizao do salrio mnimo,podendo cometer essa fiscalizao a quaisquer dos rgos componentes do respectivo Ministrio e,bem assim, aos fiscais do Instituto nacional de Seguro Social, da legislao em vigor.Artigos 127 e 128 Revogados pelo Decreto-lei n 229, de 28/2/1967.

    Segundo a Jurisprudncia: Salrio mnimo. Previso legal. Remunerao inferior. certo que o textoconstitucional assegura a todo trabalhador remunerao mensal mnima equivalente a um salrio

    mnimo. Todavia, para auferir tal ganho necessrio que seja cumprida jornada tambm previstaem lei, ou seja, oito horas dirias e quarenta e quatro semanais. Se a jornada inferior, nenhumairregularidade h em que remunerao tambm seja inferior ao salrio mnimo. Ac. (unnime) TRT9 Reg. 5 T (RO 05714/99), juiz Arnor Lima Neto, DJ/PR 19/11/99,

    juridicamente possvel a contratao de empregado para recebersalrio mnimo proporcional jornada de trabalho. Ac. (unnime) TRT5 Reg. 3 T (RO 271.97.0121-50), juiz Lysandro Tourinho, proferido em5/5/98,

    38.g Salrio NormativoSegundo a CLT: No h referncia.Segundo a Jurisprudncia: No h referncia.

    38.h Salrio ProfissionalSegundo a CLT: No h referncia.Segundo a Jurisprudncia: Salrio profissional. Vinculao ao salrio mnimo. A proibio de

    vinculao do sa