196
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA Fundada em 18 de fevereiro de 1808 Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde ASPECTOS NEUROLÓGICOS DA INFEÇÃO PELO HTLV-1 NA BAHIA: RESULTADOS DE UMA COORTE DE 8 ANOS Davi Tanajura Tese de Doutorado Salvador (Bahia), 2013

ASPECTOS NEUROLÓGICOS DA INFEÇÃO PELO HTLV -1 NA … · iii UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ... o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e ... Artigo V ± Interferon Beta

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA

Fundada em 18 de fevereiro de 1808

Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde

ASPECTOS NEUROLÓGICOS DA INFEÇÃO

PELO HTLV-1 NA BAHIA:

RESULTADOS DE UMA COORTE DE 8 ANOS

Davi Tanajura

Tese de Doutorado

Salvador (Bahia), 2013

ii

Ficha Catalográfica

T161a Tanajura, Davi

Aspectos Neurológicos da Infecção pelo HTLV-1 na

Bahia: resultados de um estudo de coorte de 8 anos/ Davi

Tanajura, Salvador, 2013.

196f.: il.

Orientador – Edgar Marcelino de Carvalho Filho

Tese (Doutorado), Faculdade de Medicina Bahia,

Universidade Federal da Bahia, 2013.

1. HTLV-1; 2. Neurologia; 3. Coorte; 4. Bahia

I. Carvalho Filho, Edgar Marcelino de II. UFBA. III. Título.

CDU 616.8

iii

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

FACULDADE DE MEDICINA DA BAHIA

Fundada em 18 de fevereiro de 1808

Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde

ASPECTOS NEUROLÓGICOS DA INFEÇÃO PELO HTLV-1 NA BAHIA:

RESULTADOS DE UM ESTUDO DE COORTE DE 8 ANOS

Davi Tanajura

Professor orientador: Edgar M. De Carvalho

Tese apresentada ao Colegiado do PROGRAMA DE

PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE,

da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da

Bahia, como pré-requisito obrigatório para obtenção

do grau de Doutor em Ciências da Saúde.

Salvador (Bahia), 2013

iv

COMISSÃO EXAMINADORA

Membros Titulares:

Prof. Dr. Aluísio Augusto Cotrim Segurado – Professor Titular da Faculdade de

Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Doutor em doenças infecciosas e

parasitárias

Prof. Dr. Oswaldo Massaiti Takayanagui – Professor Titular da Faculdade de

Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), Doutor em

Neurologia.

Prof. Dr. André Luis Muniz Alves dos Santos – Médico neurologista. Doutor em

Medicina e Saúde. Pós-doutor em Neuroimunologia. Chefe do Serviço de Neurologia

do Hospital da Bahia e Coordenador de Neurologia do Hospital São Rafael.

Profa. Dra. Silvane Braga Santos – Professora Adjunto de Parasitologia da

Universidade Estadual de Feira de Santana. Doutora em imunologia.

Prof. Dr. Paulo Novis Rocha – Médico Nefrologista. Doutor em Medicina com área de

concentração em imunologia, Prof. Adjunto da Universidade Federal da Bahia(UFBA)

v

“As doenças, em geral, são muito antigas e

pouco mudaram sua forma. Somos nós que

mudamos a medida que aprendemos a

reconhecer o que era

anteriormente imperceptível.” Jean Martin Charcot em

De l'Expectation en médecine

vi

Aos meus pais Eduardo e Rose

A minha esposa Luisa

A meu irmão Gabriel

vii

EQUIPE

André Luiz Muniz Alves dos Santos, neurologista

Anselmo Souza, biólogo

Camila Farias, bióloga

Cristina Toledo-Cornell, estudante de graduação de medicina

Cristiano Sampaio, secretário

Daniel Paranhos, estudante de graduação de medicina

Dilma Simplício, técnica em laboratório

Dílson Neves, técnico em laboratório

Dorival Araújo, técnico em laboratório

Edgar M. De Carvalho, imunologista, reumatologista

Érica de Castilho, secretária

Glória Orge, bioquímica

Ingrid Barboza, estudante de graduação em medicina

Isadora Siqueira, infectologista

José Abraão Neto, urologista

Lorena Dantas, dermatologista

Lúcia Passos, enfermeira

Maria de Lourdes Bastos, pneumologista

Matheus Tannus, urologista

Natália Barbosa, bióloga

Néviton Castro, urologista

Orlando Mário Sanches, técnico de laboratório

Paulo Lessa, gerente de projetos

viii

Paulo Oliveira, urologista

Rosana Andrade, fisioterapeuta

Silvane Braga, bioquímica, imunologista

Tânia Luna, bióloga

Thais DellaVechia, psicóloga

Valeria Bittencourt Gusmão, reumatologista

ix

INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

o Faculdade de Medicina da Bahia

CORNELL UNIVERSITY

o Weill Cornell Medical College

x

FONTES DE FINANCIAMENTO

Ministério da Educação, Governo Federal do Brasil.

o Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

(CAPES),

o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

(CNPq)

Instituto Nacional de Ciências e Tecnologia em Doenças

Tropicais (INCT-DT) número do projeto 573839/2008-5

xi

AGRADECIMENTOS

- Ao Prof. Edgar M. de Carvalho, por ter servido de exemplo de retidão e seriedade em

pesquisa científica, por ter me mostrado "o caminho das pedras".

- Ao Dr. André Muniz, por minha formação como médico neurologista, por minha

introdução ao HTLV-1.

- Ao Dr. Marshall J. Glesby, por ser meu mentor nos Estados Unidos, por ter

aperfeiçoado meus conhecimentos em estatística e epidemiologia.

- Aos Drs. Anselmo Souza e Silvane Santos pela parceria e amizade.

- A Glória Orge e Lúcia Santos por manterem e abraçarem o ambulatório dos pacientes

com HTLV-1.

- Aos funcionários e colaboradores do Serviço de Imunologia (SIM), em especial os

diretamente envolvidos com a pesquisa do HTLV-1.

- Aos colegas de pós-graduação, por fortalecerem a pesquisa na Bahia e por serem

companheiros

- Aos diversos estudantes de graduação com quem tive oportunidade de ensinar e

aprender.

- Ao pacientes com HTLV-1 por serem tão solícitos e perseverantes com o nosso

projeto.

1

Índíce

2

Índice de Tabelas e gráficos 5

I. Resumo 9

II. Objetivos 11

III. Introdução 13

IV. Revisão da Literatura 16

O HTLV-1 17

Doenças Associadas 20

Imunologia e patogênese do HTLV-1 21

A paraparesia espástica tropical 23

HTLV-1 e sintomas neurológicos relacionados a mielopatia 24

Bexiga hiperativa associada ao HTLV-1 24

Disfunção erétil 27

Disautonomia 27

Sintomas piramidais 28

HTLV-1 e sintomas neurológicos não relacionados a mielopatia 28

Neuropatia periférica 28

Neuropatia craniana 29

Miopatia 29

Manifestações cerebelares 30

Esclerose lateral amiotrófica 30

Sintomas cognitivos e alterações cerebrais 30

V. Material e Métodos 32

Desenho do estudo 33

População estudada 33

3

Critérios de inclusão e exclusão 34

Avaliação clínica 35

Definição de caso 35

Estudo imunológico 36

Determinação de carga pró-viral 37

Análise estatística 37

Óbitos 38

Ética em pesquisa 38

VI. Resultados 39

VII. Discussão 67

VIII. Propostas de estudo 73

IX . Conclusões 75

X. Summary 77

XI. Referências Bibliográficas 79

XII. Anexos 89

Anexo I – Artigo encaminhado para publicação 90

Anexo II – Artigos Publicados durante o período do doutorado 115

Artigo I - Prevalence of Erectile Dysfunction in HTLV-1 Infected Patients and its

Association with Overactive Bladder

116

Artigo II – Detrusor arreflexia as an end stage of neurogenic bladder in HAM/TSP 118

Artigo III – Imunopathogenesis and Neurological Manifestations Associated to

HTLV-1 Infections

120

Artigo IV – Immunological and Viral Features in Patients With Overactive Bladder

Associated With Human T-Cell Lymphotropic Virus Type 1 Infection

122

4

Artigo V – Interferon Beta-1a Improves Urinary Symptoms, Reduces Proviral Load,

and Modifies the Immune Response in a Patient with HAM/TSP

124

ArtigoVI – Neurological symptoms and signs in HTLV-1 patients with overactive

bladder syndrome

126

Artigo VII – Helminthic infection and the risk of neurologic disease progression in

HTLV-1

128

Artigo VIII – Sensory Symptoms and Immune Response in Individuals Infected with

HTLV-1

130

Artigo IX – Immunologic Response and Proviral Load in Human T-lymphotropic

Virus Type 1 Infected Individuals With Erectile Dysfunction

132

Anexo III – Questionário de admissão na coorte 134

Anexo IV – Questionário de retorno na coorte 150

Anexo V – Escala de incapacidade funcional 161

Anexo VI – Escala de incapacidade motora de OSAME 170

Anexo VII – Escala ambulatorial de Hauser 172

Anexo VIII – Termo de consentimento livre e esclarecido 174

Anexo IX – Parecer da CONEP e aprovação do projeto 184

5

Índice de quadros,

tabelas e gráficos

6

Figura 1 - Países de alta prevalência para o HTLV-1. 18

Figura 2 - Prevalência de sorologia positiva para HTLV-1 em pacientes

selecionados a partir de bancos de sangue.

19

Quadro 1 - Principais doenças associadas ao HTLV-1 20

Figura 3 – Pacientes encaminhados para o ambulatório de HTLV de acordo

com a fonte de origem

33

Quadro 2 – Quantidade de visitas (V) registradas na coorte em relação ao ano

de estudo.

41

Figura 4 – Total de visitas realizada de acordo com o ano de estudo. 43

Figura 5 – Número de pacientes de acordo com a quantidade de retorno

registrado.

44

Figura 6– Classificação dos pacientes com ELISA positivo para o HTLV-1 de

acordo com o Western Blot.

46

Figura 7 – Classificação dos pacientes de acordo com o diagnóstico neurológico 47

Tabela 1 - Características epidemiológicas e demográficas dos 440 indivíduos

infectados pelo HTLV-1 de acordo com o diagnóstico

49

Figura 8 – Comparação entre carga pró-viral nos grupos diagnósticos de

pacientes admitidos na coorte.

50

Figura 9 – Comparação entre níveis de IFN-γ (pg/dl) nos grupos diagnósticos

de pacientes admitidos na coorte.

51

7

Figura 10 – Comparação entre níveis de TNF-α (pg/dl) nos grupos diagnósticos

de pacientes admitidos na coorte.

52

Tabela 2 – Análise de sobrevida – Sintomas referidos em pacientes com HTLV-

1 sem HAM/TSP avaliados por período de 8 anos.

54

Tabela 3 – Análise de sobrevida – Exame neurológico nos indivíduos com

HTLV-1 sem HAM/TSP no período de 8 anos.

56

Figura 11 – Curvas de Kaplan-Meier de acordo com a piora de pelo menos 1

ponto no EDSS entre grupos com mais ou menos de 100.000 cópias/106PBMC.

58

Figura 12 – Curvas de Kaplan-Meier de acordo com a piora de pelo menos 1

ponto no EDSS entre gêneros masculino e feminino.

59

Figura 13 – Curvas de Kaplan-Meier de acordo com a piora de pelo menos 1

ponto no EDSS entre grupos maiores ou menores que 60 anos.

60

Tabela 4 – Análise de Cox univariada de acordo com a piora de pelo menos 1

ponto no EDSS.

61

Figura 14– Curvas de Kaplan-Meier com relação aos níveis de TNF-α utilizando

o ponto de corte de 2000 pg/ml

63

Figura 15– Curvas de Kaplan-Meier com relação aos níveis de IFN-γ utilizando

o ponto de corte de 2000 pg/ml

64

8

Figura 16 – Curvas de Kaplan-Meier para os principais sintomas neurológicos

nos indivíduos infectados pelo HTLV-1.

65

Figura 17 – Causas de morte entre 10 paciente no período de 2004-2011. 66

9

I. Resumo

10

Introdução: O vírus linfotrópico para células T humanas (HTLV-1) é o agente causal

da mielopatia associada ao HTLV-1/ paraparesia espástica tropical (HAM/TSP),

doença observada em cerca de 5% dos indivíduos infectados. Apesar da baixa

prevalência, um grande número de indivíduos infectados pelo vírus que não preenchem

critério para HAM/TSP apresentam queixas neurológicas relacionadas a manifestações

urinárias, motoras e sensitivas. Métodos: Trata-se de um estudo de coorte com 414

pacientes infectados pelo HTLV-1, em Salvador-Bahia. Os indivíduos do estudo foram

avaliados anualmente e as taxas de incidência foram calculadas para cada variável do

banco de dados. Resultados: Um total de 163 pacientes tinham diagnóstico de

HAM/TSP, seja definido, possível ou provável, 251 indivíduos eram assintomáticos

do ponto de vista neurológico. Este último grupo foi selecionado para análise de

sobrevida. Acompanhamento de pelo menos três anos foi observado em 51% da

amostra para a maioria das variáveis estudadas. A taxa de incidência expressada em

1000 pessoas/ano foi de 206 para parestesias em mãos, 186 para parestesias em pés,

129 para noctúria e 126 para urgência. No exame neurológico a taxa foi de 76 para

aparecimento de hiperreflexia em membros inferiores, 52 para paraparesia, 36 para o

sinal de Babinski. Com a escala de EDSS aplicada anualmente, observou-se uma

incidência de 134 a cada 1000 pessoas/ano para piora de pelo menos 1 ponto na escala.

As curvas de Kaplan Meier aplicadas de acordo com a piora de pelo menos 1 ponto no

EDSS mostraram pior sobrevida com o sexo feminino e carga pro-viral maior que

100.000 cópias por 106 células mononucleares periféricas. Durante a coorte 5

indivíduos desenvolveram HAM/TSP definitivo. Conclusões: O desenvolvimento de

sintomas neurológicos teve alta incidência durante o período de 8 anos. A incidência

de bexiga hiperativa associada ao HTLV-1 foi de 19% e a de HAM/TSP de 1,47%.

11

II. Objetivos

12

Principal

Descrever os aspectos neurológicos e incidência de sintomas em pacientes

com HTLV-1 sem HAM/TSP, no seu curso longitudinal em uma coorte de 8

anos.

Secundários

Identificar fatores de risco relacionados ao desenvolvimento de doença

neurológica associada ao HTLV-1.

Descrever principais formas neurológicas de doenças associadas ao HTLV-1.

Descrever a incidência de HAM/TSP

Descrever desfechos na população de assintomáticos e de HAM/TSP

13

III. Introdução

14

O vírus linfotrópico para células T humanas do tipo 1 (HTLV-1) foi o primeiro

retrovírus a ser descrito nessa espécie, inicialmente identificado em um paciente com

linfoma cutâneo (Poiesz et al. 1980). É um vírus endêmico em todo o mundo com

prevalência estimada entre 11 e 20 milhões de pessoas (de Thé and Bomford 1993),

sendo atribuído a diversas manifestações clínicas. Entre as principais estão a mielopatia

associada ao HTLV-1/ paraparesia espástica tropical (HAM/TSP) e a

Leucemia/Linfoma de células T do adulto (ATLL) (Araujo and Silva 2006).

São consideradas áreas de alta prevalência para o vírus o sudeste do Japão, as

ilhas do Caribe, a América Central e do Sul, Norte e Oeste da África, algumas áreas do

Oriente Médio e da Oceania (Antoine Gessain and Cassar 2012).

Estima-se que cerca de 5% dos indivíduos com HTLV-1 desenvolvam

HAM/TSP, sendo o tempo de incubação do vírus de cerca de 20 a 40 anos (Martin et

al. 2010). Apesar da baixa prevalência e longo curso da HAM/TSP, indivíduos com

HTLV-1 podem apresentar sinais e sintomas neurológicos sem critérios diagnósticos

para mielopatia.

Estudo transversal comparando sintomas em pacientes com HTLV-1 e doadores

sadios mostra que parestesias, fraqueza em membros, sintomas urinários, hiperreflexia,

sinal de Babinski e disfunção erétil são mais comuns em portadores do vírus (Caskey

et al. 2007).

Existem poucos estudos de coorte sobre HTLV-1, sendo que a maioria é em

indivíduos com HAM/TSP(Olindo et al. 2006)(Martin and Taylor)(Martin et al. 2010).

Somente um estudo acompanhou pacientes com HTLV-1 assintomáticos e alta

incidência de sintomas neurológicos foi identificada(Biswas et al. 2009).

Não se sabe ao certo se sintomas neurológicos ou outros sintomas clínicos

relacionados ao HTLV-1 precedem ou não HAM/TSP. Alguns fatores de risco como

15

sexo feminino, idade avançada de carga pró-viral estão associados à condição de

mielopatia, no entanto a ordem de aparecimento destas manifestações não está

esclarecida.

Nosso estudo tem como objetivo determinar a incidência de sintomas

neurológicos em uma população com HTLV -1 sem HAM/TSP, previamente

assintomática.

16

.

IV. Revisão da

Literatura

17

1. O HTLV

O vírus linfotrópico para células T humanas do tipo 1 (HTLV - Human T cell

lymphotropic virus) foi o primeiro retrovírus a ser identificado em seres humanos,

inicialmente isolado em um paciente com linfoma cutâneo no início da década de 80

(Poiesz et al. 1981). Apesar de só ter sido descoberto recentemente, a infecção do

HTLV em seres humanos data muitos anos, sendo este originado de mutações do STLV

(vírus linfotrópico para células de símios) acontecidas primariamente no continente

africano (Verdonck et al. 2007).

O HTLV é um vírus da família Retroviridae, subfamília Orthoretrovirinae e do

gênero Deltaretrovirus. Apesar de infectar preferencialmente células T CD4, também

é encontrado em células T CD8, células B e células dendríticas (Antoine Gessain and

Cassar 2012).

Apesar de o HTLV-1 ser o tipo mais prevalente e com maior potencial

patogênico, existem ainda outros 3 tipos: o HTLV-2, HTLV-3 e HTLV-4. Estes outros

tipos estão pouco relacionados com doenças nos seres humanos (Kalyanaraman et al.

1982)(Wolfe et al. 2005).

O genoma do HTLV-1 consiste de duas fitas de RNA, cujo genes mais

importantes são os estruturais GAG, ENV e POL, e os regulatórios TAX, REX. Mais

recentemente um gene chamado HBZ que está diretamente relacionado com aumento

de carga viral e gravidade de doença neurológica associado ao vírus foi identificado

(Souza et al. 2012).

O HTLV-1 infecta as células T humanas através de receptores GLUT-1, NPR1 e

HSPG. Uma vez na célula o vírus se integra ao DNA do hospedeiro e transcreve-se em

novas partículas virais que são transmitidas a outras células por contato direto(Souza

et al. 2012).

18

As estimativas de prevalência do HTLV-1 variam muito. Um estudo de 1993

avaliou que cerca de 11 a 20 milhões de pessoas estejam infectadas pelo HTLV-1 em

todo mundo(de Thé and Bomford 1993), mas um trabalho mais recente aponta que 5 a

10 milhões de pessoas estejam infectadas(Antoine Gessain and Cassar 2012).

O HTLV-1 é endêmico na maior parte do mundo, sendo áreas de maior

prevalência o Sul e Sudoeste do Japão (>10% de infectados), as ilhas Caribenhas como

Jamaica, Trindade e Tobago, Martinica (6%), países da África Subsaariana como

Benin, Guiné Bissau, e Camarões (até 5%), o Irã no Oriente Médio, a Melanésia na

Oceania, e alguns países da América do Sul como Brasil, Peru, Equador, Colômbia e

Guianas(1 a 5 % de infectados - Figura 1)(Proietti et al. 2005).

Figura 1 - Países de alta prevalência para o HTLV-1. As cores escuras indicam

prevalências entre 1 e 10% e as cores intermediárias e claras prevalências abaixo de

1%. Adaptado de Proietti et. al. 2005.

No Brasil, em estudo utilizando doadores de sangue, as maiores prevalências

foram observadas em estados do Nordeste, a saber, Bahia e Maranhão(Figura

2)(Catalan-Soares, Carneiro-Proietti, and Proietti 2005). Em Salvador, capital da

19

Bahia, estudo epidemiológico mostra prevalência de infectados em até

aproximadamente 2% da população geral(Dourado et al. 2003).

Existem quatro subtipos de HTLV-1, classificados de A até D, sendo o subtipo

A o mais comum (tipo Cosmopolita). Dentro deste subtipo existem ainda grupos

moleculares diferentes, sendo o Transcontinental o mais prevalente (Catalan-Soares,

Carneiro-Proietti, and Proietti 2005).

A transmissão do HTLV se dá de diversos modos, sendo os principais a

materno-infantil (principalmente pelo aleitamento), a sexual e a contaminação através

de sangue, hemoderivados, agulhas e seringas, tendo esta última diminuído

consideravelmente após implantação da triagem para o vírus em bancos de

sangue(Carneiro-proietti et al. 2002).

20

Figura 2 - Prevalência de sorologia positiva para HTLV-1 em pacientes selecionados

a partir de bancos de sangue. Adaptado de Catalan-Soares 2005(Catalan-Soares,

Carneiro-Proietti, and Proietti 2005).

Doenças Associadas

Existe uma forte associação do HTLV-1 com o Linfoma/ Leucemia de células

T do adulto(ATLL), com a mielopatia associada ao HTLV-1/ paraparesia espástica

tropical(HAM/TSP) e com a dermatite infecciosa na infância(Antoine Gessain and

Cassar 2012).

Outras nosologias tem sido comumente relacionadas ao HTLV-1 porém com

menos evidência através de estudos clínicos e experimentais, são elas a uveíte, miosite,

artrite, dermatite infectiva do adulto e pneumonite (Quadro 1)(Antoine Gessain and

Cassar 2012).

Quadro 1 - Principais doenças associadas ao HTLV-1

Doença no adulto Associação

ATLL ++++

HAM/TSP ++++

Uveíte +++

Dermatite infectiva +++

Miosite +++

Artrite associada ao HTLV-1 ++

Pneumonite infiltrativa ++

Câncer cervical invasivo +

Câncer pulmonar de pequenas células +

Síndrome de Sjögren +

21

Doenças na infância Associação

Dermatite infectiva ++++

HAM/TSP ++++

ATLL ++++

Linfadenopatia persistente ++

A força de associação foi baseada em estudos epidemiológicos, assim como estudos

moleculares, modelos animais e ensaios clínicos. ++++ - associação comprovada, +++

- provável associação, ++ - associação plausível, + - associação possível.

Adaptado e traduzido de Gessain & Mahieux, 2012(Antoine Gessain and Cassar 2012).

Do ponto de vista das manifestações neurológicas o HAM/TSP parece ser

somente a "ponta do iceberg" e um espectro de manifestações tem sido atribuída a

presença do vírus(Araujo and Silva 2006). Dentre esses podemos dividir em

manifestações relacionadas à doença medular(bexiga neurogênica, sinais piramidais

isolados, síndrome combinada posterior, disfunção erétil e disautonomias

cardiovascular) e aquelas não relacionadas à doença medular (polineuropatia, miopatia,

distúrbios cognitivos, neuropatia craniana, síndrome cerebelar, doença do neurônio

motor)(Souza et al. 2012). Como são essas objetos de nosso estudo, especificaremos

adiante.

Imunologia e patogênese do HTLV

O HTLV-1 leva a uma ativação crônica e persistente das células T, levando a

uma proliferação destas células e produção aumentada de citocinas. Essa produção

espontânea de citocinas é vista tanto em indivíduos com doença neurológica ou

22

hematológica quanto aqueles sem. O perfil de citocinas em resposta ao HTLV-1 é do

tipo Th1 e inclui principalmente produção de TNF- e INF-(Bangham 2003).

Na ATLL células infectadas expressando a proteína Tax são seletivamente

selecionadas por outras proteínas regulatórias e pelo sistema imune do hospedeiro

levando a uma expansão clonal e acumulo de mutações(Bangham 2000).

No HAM/TSP existem três mecanismos aceitos para explicar a patogênese: o

da citotoxidade direta em que células T citotóxicas destroem células infectadas; o da

autoimunidade em que o mimetismo de auto antígenos com proteínas virais provocam

autodestruição; e o mais popular que é o mecanismo de dano circundante (by stander)

em que células T CD4 infectadas pelo HTLV-1 seriam alvo de linfócitos T citotóxicos

levando a secreção de citocinas inflamatórias que destruiriam o tecido celular

adjacente(Cooper, van der Loeff, and Taylor 2009).

Em achados histopatológicos de medula em pacientes com HAM/TSP, existe

predominância de células CD8 no infiltrado de placas desmielinizantes. A maioria

dessas células anti-HTLV-1 reconhecem a proteína Tax. Algumas mutações nesse tipo

de proteína podem ser responsáveis pela grande variação da doença neurológica

associada ao HTLV-1 e suas diversas formas de apresentação(Bangham 2000).

Em relação também a manifestação de doença, a presença de alelos do tipo

HLA se relaciona com a especificidade da resposta T. Estudo populacional genético

no Japão identificou que o HLA-A*2 apresentou fator de proteção para HAM/TSP, e

outro alelo o DRB1*0101 aumenta o risco para a doença(Jeffery et al. 1999).

Células T periféricas cronicamente ativadas por Tax, migram para o sistema

nervoso central onde produzem uma grande quantidade de citocinas e

metaloproteinases que são tóxicas para o tecido neurológico circundante.

23

A paraparesia espástica tropical

Assim como o HTLV-1, HAM/TSP é uma doença antiga, e suas primeiras

descrições datam do final do século XIX e início do século XX quando a doença era

ainda conhecida como "paraparesia espástica tropical" ou "neuropatia jamaicana"

(Cruickshank 1956). Somente alguns anos após a identificação do HTLV-1 é que um

estudo epidemiológico na Martinica identificou uma associação entre a paraparesia

espástica tropical e anticorpos para o HTLV-1 no sangue(Gessain et al. 1985). Em

tempo semelhante, estudiosos no Japão também descreveram a associação entre

anticorpos anti-HTLV e uma mielopatia endêmica no sul do país, passando assim a

chamar mielopatia associada ao HTLV-1(Osame et al. 1986). Decorrido pouco tempo,

em consenso, a Organização Mundial de Saúde (OMS) unificou os nomes diferentes

para uma só doença: a mielopatia associada ao HTLV-1/ paraparesia espástica tropical

(HAM/TSP)(Osame 1990).

HAM/TSP é uma síndrome caracterizada por fraqueza em membros inferiores

(paraparesia) crônica de curso prolongado e por vezes estática ao longo dos anos,

acompanhada de hiperreflexia e sinais de liberação piramidal como o sinal de Babinski.

Sintomas urinários são comuns sendo estes habitualmente relacionados com bexiga

neurogênica, e sintomas sensitivos de redução da sensibilidade vibratória

principalmente em membros inferiores também estão presentes(De Castro-Costa et al.

2006).

A incidência de HAM/TSP em pacientes portadores de HTLV-1 é

aproximadamente 2% em regiões do Caribe, por tempo definido(Maloney et al. 1998).

A maior prevalência e o pior curso da doença se dá em mulheres. Outro fator também

relacionado a quadros clínicos mais graves é a carga viral elevada(Araujo e Silva

2006).

24

Na HAM/TSP o HTLV-1 afeta principalmente o segmento medular torácico e

os principais tratos acometidos são os da coluna lateral, em especial o trato cortico-

espinhal(Iwasaki 1990).

HTLV-1 e sintomas neurológicos relacionados a mielopatia

Bexiga hiperativa associada ao HTLV-1

Nas primeiras descrições da paraparesia espástica tropical observou-se cerca de

61% de prevalência de sintomas urinários, sendo estes principalmente do tipo urgência

e incontinência (Cruickshank 1956).

Estudos pioneiros que incluíram exames urodinâmicos, relataram que as

alterações mais comumente vista nos casos de disfunção urinária dos pacientes com

HAM/TSP eram a hiperatividade detrusora e a dissinergia detrusor-esfíncter, estas

compatíveis com lesão medular a nível torácico nas colunas laterais - achados típicos

da doença (Hiyoshi et al. 1987)(Shibasaki et al. 1988)(Komine et al. 1991).

Em uma série de casos com 25 pacientes(Imamura et al. 1991), houve registro

de que em 16% dos pacientes entrevistados, os sintomas urinários precederam os

sintomas piramidais. No entanto outros trabalhos mostram a disfunção urinária

surgindo após a piramidal, sendo a ordem de aparecimento destes sintomas ponto ainda

controverso (Komine et al. 1991)(Namima et al. 1990).

Os sintomas urinários parecem piorar com a evolução do quadro clínico de

HAM/TSP, e ainda algumas descrições na literatura com estudos de urodinâmica

mostram casos de bexiga hiporreflexa e arreflexa(Imamura et al. 1991)(Castro et al.

2007).

Em relato de caso publicado durante essa Tese descrevemos a alteração urinária

de uma paciente com HAM/TSP que previamente tinha hiperatividade detrusora

25

comprovada por estudo de urodinâmica e que anos após evoluiu com arreflexia do

músculo. Os autores na discussão interrogam se esta não seria a evolução natural da

doença do ponto de vista da lesão do sistema nervoso autonômico, em que com o passar

do tempo houve extensão do dano (Tannus et al. 2011).

Mais recentemente a prevalência de sintomas urinários em HAM/TSP tem sido

relatada como acima de 90%(Matsuo et al.)(Sakiyama et al. 1992)(Castro et al. 2007)

e até o momento não existe nenhum tratamento específico para essa condição, sendo a

terapia somente sintomática através de medicações anticolinérgicas, bloqueadores alfa-

1 adrenérgicos, toxina botulínica e cateterismo.

Em outro relato de caso publicado durante a tese mostramos melhora de

sintomas urinários e redução de carga-viral em paciente com HAM/TSP que fez uso

regular de interferon beta 1a(Costa, Sundberg, et al. 2012), podendo essa ser uma

possibilidade terapêutica para futuros ensaios clínicos.

Poucos estudos, no entanto, tem descrito as manifestações urinárias de

pacientes com HTLV-1 sem HAM/TSP. Silva e colaboradores em 2009(Silva et al.

2009) descreveram a presença de bexiga neurogênica através de estudo urodinâmico

em 10 de 231 pacientes com HTLV-1 sem HAM/TSP. Os mesmos autores descreveram

que a alteração mais comum foi de dissinergia esfíncter-detrusor e que esses pacientes

tinham carga viral mais elevada comparados com outros que eram assintomáticos e de

níveis semelhantes comparados a portadores de HAM/TSP(Silva et al. 2007).

Em estudo de Caskey e colaboradores(Caskey et al. 2007) a prevalência de

sintomas urinários em pacientes com HTLV-1 sem HAM/TSP foi maior do que em

doadores assintomáticos nos itens de noctúria e incontinência urinária, mas não houve

diferença significativa, corrigido para baixo nível econômico. Separados de acordo

26

com a presença de sintomas urinários, os pacientes com HTLV-1 e sintomas urinários

tiveram maior prevalência de sintomas neurológicos e orais.

Castro e colaboradores (Castro et al. 2007) descrevem a prevalência de

sintomas urinários, concluindo como sendo os mais comuns noctúria(35,8%),

incontinência (29,8%), urgência (25,2%), aumento de frequência (22%) e disúria em

(15,6%). Esses autores em outro trabalho descrevem as alterações urodinâmicas desses

pacientes sendo a hiperatividade detrusora a mais comum (37%)(Castro et al. 2007).

Apesar de alta a prevalência de disúria nesses pacientes esse sintoma pouco se deve a

infecção, sendo a urocultura positiva em apenas 19%(Rocha et al. 2007).

Em estudo com 102 pacientes com HTLV-1 sem HAM/TSP, separados em 2

grupos de acordo com a presença ou não de sintomas urinários, notou-se que no grupo

com bexiga hiperativa associada ao HTLV-1 houve uma maior prevalência de sintomas

neurológicos com referência a sintomas sensitivos e motores, no entanto não foram

notadas alterações significativas no exame físico. Os pacientes com bexiga hiperativa

também tiveram carga pro-viral maior que pacientes assintomáticos do ponto de vista

urinário(Costa et al. 2012).

Do ponto de vista de trabalhos de coorte, um estudo de Biswas e

colaboradores(Biswas et al. 2009) feito com pacientes com HTLV-1 e HTLV-2

comparados com pacientes saudáveis mostrou que os pacientes com HTLV-1 tiveram

a ocorrência maior de sintomas urinários do que os últimos. Sintomas como fraqueza

em membros inferiores, hiperreflexia e alteração na sensibilidade vibratória também

foram mais prevalentes em grupos de HTLV-1 e HTLV-2.

27

Disfunção erétil e HTLV-1

A quase totalidade dos casos de HTLV-1 e disfunção erétil tem sido descritas

no Brasil. O primeiro relato é em um paciente com HAM/TSP em que disfunção erétil

era o sintoma inicial, sendo a paraparesia instalada após o quadro (Oliveira et al. 1998).

A prevalência de disfunção erétil em pacientes com HTLV-1 foi estimada em

40% em um estudo, e se considerados somente pacientes com HAM/TSP esse número

pode chegar a 88%(Castro et al. 2005). Em pacientes sem HAM/TSP e com disfunção

erétil outros achados são também relatados como hiperreflexia e alterações urinárias.

Os autores chamam atenção que parcela destes pacientes são jovens e que infecção

pelo HTLV-1 é a única morbidade. Boa resposta terapêutica ao inibidores da

fosfodiesterase 5 foi descrita por esses autores(Oliveira, Castro e Carvalho 2007).

Em outro estudo foi identificado 100% de disfunção erétil em pacientes com

HAM/TSP e de 35,9% em pacientes com HTLV-1 sem critérios para HAM/TSP, Nesse

trabalho a disfunção erétil esteve associada com as disfunções urinárias (Oliveira et al.

2010) .

Disautonomia e HTLV1

Sintomas relacionados com o sistema nervoso autônomo cardiovascular como

síncope, hipotensão postural, alteração de ritmo cardíaco são descritos em pacientes

com HTLV-1, porém com frequência baixa(Leite 2003). Em estudo com 20 pacientes

HAM/TSP comparados com controle Alamy e colaboradores(Alamy et al. 2001)

acharam maior frequência de variação de pressão com mudança postural e com teste

de força sustentada, e variação de ritmo cardíaco com respiração. Esses parâmetros

ainda não foram estudados em pacientes com HTLV-1 sem HAM/TSP.

28

Sintomas piramidais

Alguns sintomas piramidais como hiperreflexia, sinal de Babinski e sinal de

Hoffman pode aparecer em pacientes com HTLV-1 sem o diagnóstico de mielopatia -

ou seja sem paraparesia. Em avaliação de 196 pacientes sem HAM/TSP, em estudo

brasileiro, os autores encontraram 15 pacientes (7,7%) com alteração de reflexos

tendinosos profundos(Leite 2003).

Zunt e colaboradores(Zunt et al. 1999) utilizaram-se de dispositivo para medir

espasticidade em pacientes com HTLV-1 e encontraram diferenças significativas

comparando com soronegativos. Os pacientes com HTLV-1 sem HAM/TSP tinham

maior espasticidade comparados com controles.

HTLV-1 e sintomas neurológicos não relacionados a mielopatia

Neuropatia Periférica e HTLV-1

A neuropatia periférica é um achado pouco estudado em pacientes com HTLV-

1. Estudo eletrofisiológico identificou que cerca de 30% dos pacientes com HAM/TSP

tem envolvimento de nervos periféricos. Os pacientes em sua maioria tinham

polineuropatia sensitivo-motora com lesão axonal predominante(Saeidi et al. 2011).

Um estudo brasileiro com pacientes HTLV-1 sem HAM/TSP mostrou

comprometimento sensitivo em 13%, sendo confirmado em 6% após melhor

estratificação da neuropatia com exame de eletroneuromiografia.

O achado mais comum em testes eletrofisiológicos foi polineuropatia sensitivo-

motora de caráter misto (desmielinizante e axonal). Neste estudo foram procedidos

biópsia de nervo sural sendo infiltrado inflamatório o achado em metade dos casos

estudados(Leite et al. 2004).

29

Em outro trabalho foram comparados 92 pacientes com HTLV-1 sem

HAM/TSP com 145 indivíduos assintomáticos e observamos prevalência aumentada

de outros sintomas neurológicos como bexiga hiperativa e sintomas motores nessa

população (Tanajura, Glesby e Carvalho 2013). Um diferente padrão de resposta imune

com baixos níveis de citocinas inflamatórias também foi encontrado no grupo com

neuropatia periférica.

Neuropatia craniana

Poucos estudos descreveram a relação entre neuropatias cranianas e HTLV.

Pacientes com paralisia facial estudados na América Central tinham em cerca de 20%

sorologia positiva para HTLV-1, enquanto a prevalência de HTLV-1 na população

local era apenas de 3,5%(Bartholomew et al. 1997). Outros estudos também descrevem

paralisias faciais, inclusive episódios de repetição, sendo todos estes também de relatos

nas Américas Central e do Sul(Gil Villar et al. 2011)(Deligny et al. 2002).

A neurite óptica também foi descrita em associação com o HTLV-1,

especialmente na forma de neuromielite óptica e em alguns casos uma associação com

anti-aquoporina 4 foi encontrada(Olindo et al. 2010)(Yoshida et al. 1998)(Koga et al.

2009)(Komaba et al. 1996).

Miopatia e HTLV-1

Dois tipos de miopatias foram identificadas em pacientes com HTLV-1 a

polimiosite e a miosite por corpos de inclusão.

A polimiosite aparece na maior parte dos casos descritos em pacientes com

HAM/TSP(Gilbert et al. 2001). A presença do vírus nos músculos é detectada em

alguns pacientes(Tangy et al. 1995).

30

A miosite por corpos de inclusão foi descrita sem a associação com HAM/TSP

em um estudo. No mesmo trabalho os pacientes com doença apresentavam alta carga-

pró-viral(Matsuura et al. 2008).

Em ambos casos a resposta ao tratamento com corticoides e o curso da doença

é pior do que em casos sem infecção por HTLV-1.

Manifestações cerebelares

As manifestações cerebelares também tem sido descritas de forma rara e

esporádica em pacientes com HTLV-1, sendo estas especialmente associada a

síndrome piramidal na forma espinocerebelar(Carod-Artal et al. 1999)(Castillo et al.

2000)(Fujiki et al. 1999).

Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) relacionada ao HTLV-1

Uma síndrome semelhante a esclerose lateral amiotrófica tem sido descrita em

pacientes com HTLV-1. Em uma coorte no Rio de Janeiro Silva e colaboradores

descrevem 5 casos. As principais diferenças entre essa síndrome similar a ELA e a

ELA é o seu curso mais prolongado e a presença de bexiga neurogênica(Silva et al.

2005).

Sintomas cognitivos e alterações cerebrais

Existe interpretação de que o HTLV-1 cause uma doença sistêmica e não

somente hemática e medular. Nesse sentido alguns autores pesquisaram alterações

encefálicas, principalmente do ponto de vista radiológico e cognitivo. Morgan e

colaboradores(Morgan et al. 2007) descreveu alterações na substância branca cerebral

de 85% dos pacientes infectados com HTLV-1 assintomáticos e 80% dos pacientes

31

com HAM/TSP em uma amostra selecionada, sendo essa diferença não significativa.

Testes cognitivos aplicados mostram menores valores em pacientes com HAM/TSP,

no entanto estes não se correlacionavam com o número de lesões. A carga viral também

não teve associação com essas variáveis.

Comparados com controles sadios, indivíduos com HTLV-1 assintomáticos e

com HAM/TSP tinham menores escores em testes cognitivos, sem diferença no entanto

entre si. Os domínios mais afetados foram memórias visuais e espaciais, atenção e

habilidades visuais e motoras(Silva et al. 2003).

32

V. Material e

Métodos

33

Desenho do Estudo

Estudo de coorte de 8 anos com acompanhamento anual de pacientes

infectados com o HTLV-1.

População estudada

Pacientes infectados pelo vírus do HTLV-1 e acompanhados no ambulatório

Multidisciplinar de HTLV do Serviço de Imunologia (SIM)/ Hospital Universitário

Prof. Edgard Santos (HUPES)/ Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Esses pacientes foram primariamente referenciados de três bancos de sangue

(HEMOBA, IHEBA e STS) da cidade de Salvador-Ba, como mostra a Figura 3. Além

disso, uma proporção pequena de pacientes é referenciada por familiares, médicos

assistentes ou grandes hospitais.

Figura 3 – Pacientes encaminhados para o ambulatório de HTLV de acordo com a fonte

de origem.

Legenda: HSA – Hospital Santo Antônio; STS – Serviço de Transfusão de Sangue; HEMOBA –

Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia; IHEBA – Instituto de Hematologia da Bahia.

HSA2%

HEMOBA25%

STS20%

IHEBA9%

Clínica Privada4%

Familiares5%

Outros35%

34

De 2004 a 2011, uma coorte de 511 indivíduos infectados com HTLV foi

sistematicamente acompanhada, com avaliações anuais. Avaliação de diversas

especialidades foi efetuada, entre elas incluindo infectologia, pneumologia, neurologia,

urologia, dermatologia. reumatologia, odontologia, otorrinolaringologia, psicologia e

enfermagem.

Dessa população 414 foram infectados pelo HTLV-1 exclusivamente. Os

demais 97 tem dupla infecção HTLV-1/HTLV-2, somente HTLV-2, sorologia

indeterminada, ou foram excluídos pelos critérios descritos abaixo.

Critérios de Inclusão

Pacientes com diagnóstico de HTLV-1 pelo teste de Enzyme-linked

immunosorbent assay (ELISA) – (Cambridge Biotech Corp., Worceste, MA,

USA); e confirmados por teste de Western-Blot –HTLV blot (Genelab,

Singapore).

Idade entre 18 e 70 anos;

Habilidade para fornecer o consentimento livre e esclarecido

Critérios de exclusão

Portadores de outras doenças com limitação funcional que possa interferir no

exame neurológico;

Co-infecção com HIV

Portadores de outras mielopatias como esclerose múltipla, mielite transversa,

infarto medular, degeneração subaguda combinada da medula, neurossífilis,

neuroesquistossomose, neurotuberculose. Tais nosologias foram excluídas

através de exames laboratoriais ou de imagem.

35

Diagnóstico de alguma doença imunossupressora ou gravidez.

Avaliação clínica

Os dados clínicos e neurológicos foram coletados sistematicamente e

transferidos para banco de dados eletrônico, através de formulário padronizado

conforme Anexos 2 e 3 desta Tese. Todos os indivíduos foram submetidos a exame

físico geral e exame neurológico. Pacientes com sintomas urinários ou suspeita de

bexiga neurogênica associada com HTLV-1 realizaram sumário de urina, urocultura,

ultrassonografia de vias urinárias e estudo urodinâmico.

Em pacientes com suspeita de HAM/TSP, o estudo do líquor (LCR) foi obtido

para determinação de anticorpos anti-HTLV(parte do atual critério). Duas escalas

foram utilizadas para classificar os pacientes com HTLV-1 e manifestações

neurológicas ou HAM/TSP. A escala OMDS “Osame Motor Dysfunction

Scale”(Matsuzaki et al. 2000) e a escala EDSS “Extended Disability Status

Scale”(Kurtzke 1983). A OMDS avalia, sobretudo, a disfunção de marcha. A EDSS

tem sido utilizada há vários anos na esclerose múltipla, em que vários sistemas

funcionais são avaliados para determinar a incapacidade doença.

Como não existe tratamento estabelecido para a infecção por HTLV-1, a

maioria dos pacientes não recebeu terapia específica, utilizando apenas tratamento

sintomático.

Definição de caso

HTLV assintomático: Ausência de quaisquer sintomas neurológicos objetivos,

detectados através de exame físico ou complementar.

36

Bexiga neurogênica associada ao HTLV-1: sintomas de urgência associado ou

não a incontinência e usualmente com noctúria segundo definido pela Sociedade

Internacional de Continência(Abrams et al. 2002).

HAM/TSP - Definido por critérios da OMS acrescido dos critérios utilizados

por Castro-Costa e colaboradores(De Castro-Costa et al. 2006).

Estudo imunológico

Separação e cultura de células

Um total de 30 ml de sangue heparinizado foi coletado e a separação das células

mononucleares do sangue periférico (CMSP) foi realizada pelo gradiente de densidade

utilizando Ficoll-Hypaque e ajustado para uma concentração de 3 x 106 células/ml em

RPMI 1640 contendo 10% de soro normal humano, penicilina, estreptomicina e L-

glutamina. As culturas foram incubadas a 370C, com 5% CO2 por 72 horas. Após

incubação, os sobrenadantes foram coletados e mantidos a -200C, para determinação

posterior de citocinas.

Dosagem de Citocinas por ELISA

As citocinas (IFN- e TNF-) foram determinadas no sobrenadante de culturas

de CMSP utilizando o método de ELISA “sandwich”. Foram utilizados reagentes

comercialmente disponíveis (Pharmingen, San Diego, CA, USA) e o resultado

expresso em pg/mL, utilizando uma curva padrão construída com citocinas

recombinantes.

37

Determinação da carga pró- viral

A carga de DNA pró-viral de HTLV-1 em PBMC foi mensurada por PCR em

tempo real, utilizando o detector de sequências ABI PRISM 7700 (Applied

Biosystems, Foster City, CA) como descrito previamente por Nagai et al.(Nagai et al.

1998). O DNA foi extraído de 1x106 células utilizando o Kit de extração Puregene

DNA Isolation Kit (Gentra, Minneapolis, MN) de acordo com as instruções do

fabricante e 100 ng da solução de amostra de DNA foi analisada. O valor da carga pró-

viral foi calculado pela seguinte formula: número de cópias de HTLV-1 (pX) por 100

células = (número de cópias de pX) / (número de cópias de β-actina / 2) x 100.

Análise estatística

Os dados coletados foram inseridos em um banco de dados padronizado e

analisados utilizando o programa STATA versão 12 para Windows. A mediana e

percentis foram utilizados para avaliação das variáveis contínuas, e as proporções para

descrever as variáveis categóricas. O teste t de Student foi utilizado para comparar as

médias e o teste do qui-quadrado para as proporções. Foi considerado significante um

valor de p ≤ 0,05 (α= 5%). O teste de ANOVA de uma via com pós teste de Bonferroni

foi utilizado com comparações de médias entre três grupos.

Em análise de sobrevivência consideramos com falha o desenvolvimento de um

sintoma neurológico em um dado espaço de tempo(t). A censura foi aplicada a morte,

perda de seguimento e saída da coorte caracterizadas como o não aparecimento por

mais de 2 anos ou não estabelecimento de contato telefônico.

As curvas de Kaplan-Meier foram utilizadas como curvas de sobrevida e o log-

rank teste foi utilizado para comparar curvas. A regressão de Cox foi utilizada para

38

definir razões de azar (hazard ratio) nas variáveis estudadas, relacionadas com os

parâmetros de sobrevida.

Óbitos

Em óbitos ocorridos durante a coorte foram buscados os atestados de óbito

respectivos, informações junto a hospitais onde foram atendidos os falecidos e

informações de familiares. A causa de morte foi considerada a partir de combinação

desses dados, além de história pregressa dos indivíduos.

Ética em pesquisa

O Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz

(Fiocruz-BA) e a Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) aprovaram o

projeto de pesquisa em questão conforme Anexo VIII deste projeto. Todos pacientes

preencheram termo de consentimento livre e esclarecido e concordaram em participar

do nosso projeto.

39

VI. Resultados

40

Em nossa coorte o acompanhamento de pacientes foi realizado com no mínimo

uma avaliação annual entre os períodos de 2004 e 2012. Um total de 511 indivíduos

foi cadastrado na avaliação inicial (V0), sendo que a maioria preencheu o questionário

entre os anos de 2004 e 2005 (167 e 106 indivíduos respectivamente). Como esta é

uma coorte dinâmica os pacientes tiveram sua primeira avaliação em diferentes anos.

Quanto ao acompanhamento, 299 (58,51%) tinham registrado uma visita de

retorno(V1) e 90(17,61%) tinham sete retornos(V7), ou seja 8 registros em nosso

estudo. Em relação ao número de pacientes acompanhados por ano, percebe-se que

entre os anos de 2007 e 2010 foi registrado o maior número de visitas (247, 262, 254,

256 indivíduos avaliados respectivamente). As avaliações do ano de 2012 incluídas são

aquelas registradas nos primeiros meses do ano e não representam o período inteiro.

O quadro 2 especifica a quantidade de visita por ano na coorte e seus totais.

41

Quadro 2 – Quantidade de visitas (V) registradas na coorte em relação ao ano de estudo.

Ano V0 V1 V2 V3 V4 V5 V6 V7 Total

2004 167 167

2005 106 103 209

2006 58 55 96 209

2007 49 37 58 103 247

2008 44 25 39 54 100 262

2009 31 28 20 30 46 99 254

2010 29 23 23 17 22 50 92 256

2011 27 24 21 20 24 44 84 160

2012 4 5 5 5 3 6 22

Total 511 299 262 229 168 178 139 90

42

Em análise gráfica identificamos a quantidade de visitas realizada por ano

(entre 2004 e 2011, excluíndo 2012) e percebemos ascendência com o tempo e um leve

decréscimo no último ano (Figura 4).

Em outra análise, do número de pacientes de acordo com a quantidade de visitas

de retorno acumulada, notamos uma natural descensão do gráfico, uma vez que se trata

de coorte dinâmica e os pacientes que continuam ingressando no estudo ainda não

tiveram a oportunidade de retorno subsequente. Outra justificativa para a queda na

curva é o do registro de perdas do acompanhamento, ou de pacientes que não

retornaram, estão falecidos ou mudaram de localidade (Figura 5).

43

Figura 4 – Total de visitas realizada de acordo com o ano de estudo.

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Visitas por ano

44

Figura 5 – Número de pacientes de acordo com a quantidade de retorno registrado.

0

100

200

300

400

500

600

0 1 2 3 4 5 6 7 8

Número de pacientes po retorno

45

Dos 511 pacientes com registro no cadastro 440 tinham Western Blot positivo

para HTLV-1. Os demais foram classificados de acordo com a Figura 6.

Utilizamos dessa amostra de pacientes com HTLV-1, sendo estes então

classificados de acordo com o diagnóstico. Foram excluídos nesta etapa 26 pacientes

por falta de diagnóstico no banco de dados, dos demais 76 tinham HAM/TSP definitivo

de acordo com critérios da OMS(World Health Organization 1988) e de Castro-

Costa(De Castro-Costa et al. 2006), 87 tinham HAM/TSP provável ou possível

(pacientes com bexiga neurogênica isolada, síndrome piramidal ou com outros sinais

neurológicos sugestivos, mas sem paraparesia), e 251 eram assintomáticos do ponto de

vista neurológico (Figura 7).

46

Figura 6– Classificação dos pacientes com ELISA positivo para o HTLV-1 de acordo

com o Western Blot.

511 indivíduos HTLV

ELISA positivo

Western Blot n(%)

HTLV 2 = 6 (1,1); HTLV 1/2 = 27(5,2);

Indeterminado = 11(2,1);

Positivo para HTLV sem tipo específico = 9 (1,7);

Não realizado = 17(3,3);

Não encontrado = 1 (0,1);

HTLV-1= 440(86,1)

47

Figura 7 – Classificação dos pacientes de acordo com o diagnóstico neurológico

440 indivíduos com HTLV-1

Diagnostico

HAM/TSP possível ou provável - 87(19,78%)

HAM/TSP definido - 76(17,28%)

Não diagnósticado - 26(5,9%)

251(57,04%) Indivíduos assintomáticos

48

Em relação aos grupos de diagnóstico analisamos variáveis socioeconômicas e

demográficas como mostra a tabela 1, havendo apenas diferenças em relação à idade,

sendo o grupo com HAM/TSP com maior média comparado com os demais.

Para fins de posterior análise de sobrevida comparamos primariamente o nível

de citocinas e carga pró-viral entre os pacientes de diferentes grupos de diagnóstico.

Com relação à carga pró-viral, a Figura 8 mostra uma diferença estatística entre o grupo

com HAM/TSP definido e os demais (ANOVA de uma via e pós-teste de Bonferoni -

p<0,01). As comparações com as citocinas IFN-γ e TNF-α mostram a mesma diferença

entre os grupos, estando o grupo com HAM/TSP definitivo com maiores níveis

(Figuras 9 e 10).

49

Tabela 1 - Características demográficas dos 440 indivíduos infectados pelo HTLV-1

de acordo com o diagnóstico.

Sem

HAM/TSP

(n=251)

Provável ou

possível

HAM/TSP

(n=87)

HAM/TSP

(n=76) P

Idade 44.56 ± 12.16 47.88 ± 11.57 52.38 ±

14.04 <0.01a

Sexo Feminino 143(56.97) 58(66.67) 51(67.11) 0.13b

Amamentação

< 1 ano

1 – 3 anos

> 3 anos

(n=203)

72(58.54)

39(31.71)

12(9.76)

24(51.0)

13(27.66)

10(21.28)

17(51.52)

14(42.42)

2(6.06)

0.15b

Histórico de

transfusões

(n=409)

38(15.38) 22(25.29) 16(21.33) 0.09b

Uso de drogas

endovenosas 8(3.20) 4(4.60) 2(2.67) 0.76b

Relação

Homossexual

(n=304)

16(8.89) 3(5.45) 2(4.00) 0.27b

Infecção por

HBV(n=277) 14(7.73) 8(13.79) 2(5.26) 0.26b

aANOVA de uma via; bqui-quadrado

50

Figura 8 – Comparação entre carga pró-viral nos grupos diagnósticos de pacientes

admitidos na coorte.

Teste de ANOVA de uma via com pós-teste de Bonferroni.

51

Figura 9 – Comparação entre níveis de IFN-γ (pg/ml) nos grupos diagnósticos de

pacientes admitidos na coorte.

Teste de ANOVA de uma via com pós-teste de Bonferroni.

52

Figura 10 – Comparação entre níveis de TNF-α (pg/ml) nos grupos diagnósticos de

pacientes admitidos na coorte.

Teste de ANOVA de uma via com pós-teste de Bonferroni.

53

Utilizamos os 251 indivíduos assintomáticos e seu seguimento para fins de

análise de sobrevida em nosso trabalho.

Durante o período de 8 anos desta coorte 5 indivíduos desenvolveram

HAM/TSP definitivo (4,3 a cada 1000 pessoas/ano). Todos estes indivíduos foram

classificados no início como HAM/TSP provável ou possível. A mediana de tempo foi

de 2 anos para o desenvolvimento da doença.

Da amostra de 251 indivíduos entre 68,9% e 100% não possuíam os sintomas

para qual estiveram sendo avaliados no início da coorte, de acordo com a variável em

questão. Destes entre 73,7 e 77,6% tinham pelo menos 2 registros no estudos, sendo

estes utilizados para a análise de sobrevida.

A tabela 2 mostra os dados de densidade de incidência dos sintomas referidos

pelos indivíduos em resposta ao questionário padronizado (Anexo 2 e 3).

Parestesias em mãos e em pés foram os sintomas de maior taxa de incidência

(206 e 186 a cada 1000 pessoas/ano, respectivamente). Em relação aos sintomas

urinários, noctúria e urgência tiveram a maiores taxas em nossa amostra (129 e 126 a

cada 1000 pessoas/ano respectivamente). Em sintomas motores, dificuldade de correr

foi referido em 177 a cada 1000 pessoas/ano e dificuldade de andar em 124 a cada 1000

pessoas/ano.

54

Tabela 2 – Análise de sobrevida – Sintomas referidos em pacientes com HTLV-1 sem

HAM/TSP avaliados por período de 8 anos.

População

inicial sem o

respectivo

sintoma

n/N(%)

Amostra com

seguimento

n/N(%)

Proporção de

falhas

n/N(%)

Taxa de

incidênciaa

/1000

pessoas/ano

Sintomas sensitivos

Parestesias nas mãos 173/251(68·9) 129/173(74·5) 73/129(56·6) 206·2

Parestesias nos pés 188/251(73·7) 141/188(75·0) 76/141(53·9) 186·7

Sintomas urinários

Noctúria 214/251(85·2) 160/214(74·7) 65/160(40·6) 129,7

Urgência 251/251(100) 187/251(74·5) 73/187(19·0) 126·9

Retenção 238/251(94·8) 178/238(74·7) 50/178(28·0) 79·1

Incontinência 226/251(90·0) 169/226(74·7) 69/169(40·8) 95·8

Sintomas motores

Dificuldade de andar 221/251(88·0) 164/221(74·2) 64/164(39·0) 124·0

Dificuldade de correr 215/251(85·6) 159/215(73·9) 77/159(48·4) 177·4

aAnálise de sobrevida

55

No exame físico, os pacientes apresentavam incidência de sintomas piramidais

e alterações nas escalas padronizadas, de acordo com a Tabela 3. O sinal de maior

incidência foi o de hiperreflexia em membros inferiores (75 a cada 1000 pessoas/ano),

seguido de paraparesia, hiperreflexia em membros superiores e sinal de Babinski (52,

45 e 36 a cada 1000/ pessoas-ano respectivamente).

Nas escalas, o EDSS demostrou piora de pelo menos 1 ponto em 133 a cada

1000 pessoas-ano e o índice ambulatorial uma piora de 10 segundos em 12 a cada 1000

pessoas ano.

56

Tabela 3 – Análise de sobrevida – Exame neurológico nos indivíduos com HTLV-1

sem HAM/TSP no período de 8 anos.

População

inicial sem o

respectivo

sintoma

n/N(%)

Amostra com

seguimento

n/N(%)

Proporção de

falhas

n/N(%)

Taxa de

incidênciaa

/1000

pessoas/ano

Exame neurológico

Hiperreflexia em membros

superiors

194/236(82·2) 135/194(69·6) 20/135(14·8) 45·0

Hiperreflexia em membros

inferiors

198/244(81·1) 148/198(74·7) 34/148(22·9) 75·8

Paraparesia 240/240(100) 180/240(75·0) 34/180(18·8) 52·5

Sinal de Babinski 243/243(100) 181/243(74·5) 25/181(13·8) 36·6

Escalas

EDSS¹ - 185/251(73·7) 78/185(42·1) 133·7

Índice ambulatorial² - 184/237(77·6) 9/184(4·8) 12·1

aAnálise de sobrevida

¹Foi considerado como falha a piora de pelo menos um ponto na escala EDSS

²Foi considerado como falha no índice ambulatorial a piora de pelo menos 10 segundos para caminhar

em relação à medida anterior.

57

Por ser um parâmetro que avalia diversos aspectos neurológicos o EDSS foi

utilizado a fim de realizar curvas de Kaplan-Meier com variáveis que poderiam estar

relacionadas com a piora neurológica.

A carga pró-viral alta com números maiores que 100.000 cópias do vírus por

106 células mononucleares periféricas foi indicador de pior curva de sobrevida,

analisados de acordo com as curvas de Kaplan-Meier e testes log-rank de comparação.

A idade com ponto de corte em 60 anos não mostrou diferenças entre os grupos.

Análise com regressão de Cox mostrou resultados similares àqueles

encontrados nas curvas de Kaplan-Meier. Outras variáveis estudadas como

comorbidades e infecções não se mostraram significantes (tabela 4).

58

Figura 11 – Curvas de Kaplan-Meier de acordo com a piora de pelo menos 1 ponto no

EDSS entre grupos com mais ou menos de 100.000 cópias/106PBMC.

PBMC – Células mononucleares periféricas.

Curva abaixo – mais do que 100.000 cópias

Curva acima – menos do que 100.000 cópias

59

Figura 12 – Curvas de Kaplan-Meier de acordo com a piora de pelo menos 1 ponto no

EDSS entre gêneros masculino e feminino.

Curva abaixo sexo feminino

Curva acima sexo masculino

60

Figura 13 – Curvas de Kaplan-Meier de acordo com a piora de pelo menos 1 ponto no

EDSS entre grupos maiores ou menores que 60 anos.

Curva abaixo – mais de 60 anos

Curva acima – menos de 60 anos

61

Tabela 4 – Análise de Cox univariada de acordo com a piora de pelo menos 1 ponto

no EDSS.

HR(IC95%) P

Sexo (F=1 M=0) n=251 1·80 (1·09-2·97) ·02

Idade n=251 1·01(·99-1·03) ·13

Transfusão n=247 1·13(·65-1·97) ·64

Diabetes n=251 1·15(·78-4·71) ·84

Hipertensão n=251 1·13(·68-1·88) ·62

Hipotiroidismo n= 251 2·01(·63-6·40) ·23

Síndrome Seca n=127 1·73(·96-3·12) ·06

Periodontite n=127 1·18(·65-2·12) ·57

Hepatite B n=178 ·38(·09-1·58) ·18

Hepatite C n=177 ·90(·28-2·87) ·86

Sifilis n=137 1·11(·47-2·58) ·83

Chagas n=129 1·18(·42-3·27) ·74

Parasitológico de fezes positivo n=95 ·72(·40-1·29) ·27

Hemoglobina (<12·9 mg/dl =1 >13·0mg/dl=0) n=92 ·99(·56-1·77) ·99

Leucócitos (>10000=1 <9999 = 0) n=87 ·68(·16-2·81) ·59

Carga pró-viral (>100000 = 1 <99999=0) n=127 1.70(·93-3·11) ·04

62

Citocinas pró-inflamatórias dosadas também foram comparadas através de

curvas de Kaplan-Meier com ponto de corte de 2000 pg/ml. TNF- α apresentou

significância limítrofe nessa análise, mas diferenças não foram encontradas com IFN-

γ (Figuras 14 e 15).

Curvas individuais de Kaplan-Meier para sintomas principais mostram uma

possível ordem de aparecimento dos mesmos sendo os urinários mais precoces e os

motores mais tardios (Figura 16).

Houve 10 óbitos durante a coorte sendo a causa principal leucemia/linfoma de

células T do adulto (Figura 17).

63

Figura 14 – Curvas de Kaplan-Meier com relação aos níveis de TNF-α utilizando o

ponto de corte de 2000 pg/ml, considerando a piora de 1 ponto na escala de EDSS.

Curva abaixo – TNF maior que 2000 pg/ml

Curva acima – TNF menor que 2000 pg/ml

64

Figura 15– Curvas de Kaplan-Meier com relação aos níveis de IFN-γ utilizando o ponto

de corte de 2000 pg/ml

Curva abaixo – IFN maior que 2000 pg/ml

Curva acima – IFN menor que 2000 pg/ml

65

Figura 16 – Curvas de Kaplan-Meier para os principais sintomas neurológicos nos

indivíduos infectados pelo HTLV-1.

Urgência Incontinência

Hiperreflexia Paraparesia

Sinal de Babinski Índice Ambulatorial

66

Figura 17 – Causas de morte entre 10 paciente no período de 2004-2011.

Linfomas e Leucemias estiveram relacionados ao HTLV-1

20% Outros tipos de Câncer

20% Cirrose

30% Linfomas e Leucemias

(20%ATLL –10% Linfoma B)

20% Infarto do Miocárdio

10% Outros

67

VII. Discussão

68

O HTLV-1 é tido como um vírus de baixa morbidade, fato esse devido à baixa

prevalência de manifestações como ATL e HAM/TSP que acometem até 5% dos

infectados (Araujo and Silva 2006). No entanto neste estudo de coorte nós observamos

uma alta incidência de sintomas neurológicos, assim como alterações no exame físico

em mais de 56% dos indivíduos infectados pelo HTLV-1 acompanhados no

ambulatório, mesmo considerando nossa baixa taxa de HAM/TSP (5 pacientes). Isso

indica que em um curto espaço de tempo uma parcela significante de pacientes pode

desenvolver sintomas neurológicos.

Alguns sintomas como alterações urinárias e achados anormais no exame

neurológico como hiperreflexia e sinal de Babinski podem precede o aparecimento de

HAM/TSP nesses pacientes. Dos 5 pacientes que desenvolveram HAM/TSP ao longo

da coorte, todos tinham sintomas urinários precedendo o quadro clínico, sendo na

maioria urgência e/ou incontinência. Em estudo urodinâmico estes indivíduos tiveram

alterações do tipo hiperreflexia detrusora e/ou dissinergia detrusor esfíncter. Todos

tinham hiperreflexia grau 3 ou 4 mas em nenhum foi identificado o sinal de Babinski

precocemente, somente aparecendo no acompanhamento evolutivo, em tempo

semelhante a paraparesia.

Devido a zona limítrofe de irrigação sanguínea (em que o sangue corre

lentamente e as células inflamatórias se aderem mais facilmente ao epitélio vascular,

atravessando também mais facilmente a barreira hemato-encefálica) localizada no

segmento torácico da medula e especialmente na substancia cinzenta central, existe

uma predisposição de a doença neurológica começar na coluna intermédio lateral

envolvendo os núcleos autonômicos primeiramente, tendo como principal

manifestação disfunção vesical e sexual e então progredindo para os tratos

69

mielinizados da substancia branca (trato cortiço-espinhal).

Comparado com a literatura nossa prevalência de HAM/TSP foi pequena,

sendo que a maioria dos indivíduos já tinham a doença no início da coorte (39%). No

entanto o tempo de acompanhamento foi curto (8 anos) considerando a história natural

da doença.

Como em outras coortes de pacientes com HTLV-1 nosso estudo mostrou alta

incidência de sintomas. Poucos estudos têm se dedicado à descrição das manifestações

clínicas e neurológicas do HTLV-1, e mais escassos ainda foram os estudo de coorte.

Em estudo de coorte de Biswas e colaboradores em 2009(Biswas et al. 2009) sintomas

neurológicos foram tão prevalentes em pacientes com HTLV-1 quanto com HTLV-2

comparados com controles, em especial fraqueza em pernas, anormalidades na marcha,

incontinência urinária, sinal de Babinski e diminuição de sensibilidade vibratória.

Apesar de no estudo faltar um acompanhamento de indivíduos normais para

comparação dos sintomas desenvolvidos, as altas taxas de alterações neurológicas e a

relação com alta carga pró-viral justifica ser o achado compatível com a infecção pelo

HTLV-1.

Utilizamos a escala de EDSS como principal parâmetro para avaliação dos

fatores de risco nos pacientes com HTLV-1. Essa escala foi inicialmente desenhada

para o uso em pacientes com esclerose múltipla(Kurtzke 1983), entretanto tem se

mostrado uma ferramenta útil para pacientes com HTLV-1 porque avalia vários

domínios neurológicos englobando entre esses sintomas sensitivos, motores e

disfunções autonômicas (vesicais e intestinais). Além disso, mostramos previamente a

associação do EDSS com sintomas neurológicos (Castro et al. 2007)(Oliveira, Castro

e Carvalho 2007), e outros trabalhos também o fizeram(Sheremata et al.

1993)(Kuriyama et al. 2009)(Carod-Artal, Mesquita e Ribeiro 2008).

70

Nossa analise de regressão e de sobrevida trouxe à tona dois fatores de risco

importantes: o sexo feminino e a carga pró-viral elevada (maior que 100.000 cópias

por 106 PBMCs). Esses mesmos fatores já tinham sido identificados previamente em

coortes de pacientes HAM/TSP (Olindo et al. 2006)(Martin et al. 2010). Idade e

citocinas do perfil Th1 dosadas não mostraram diferenças estatisticamente

significantes na curva de sobrevida, no entanto altos valores de TNF-α tiveram valor

estatístico limítrofe em associação com piores curvas de sobrevida (p= 0,07).

Em um estudo prévio comparando sintomas neurológicos em pacientes

infectados pelo HTLV-1 e doadores sadios, foi mostrado dificuldade em andar de 11%

do grupo com o vírus(Caskey et al. 2007). Nesse estudo usando diferenças de pelo

menos 10 segundos em caminhar 8 metros, observamos uma baixa incidência (12

indivíduos a cada 1000/pessoas/ano). Como houve aumento no tempo de andar em uma

taxa menor do que fraqueza em membros inferiores e hiperreflexia, e similar a valores

da incidência de HAM/TSP, concluímos que somente o acometimento piramidal grave

parece influenciar no tempo de caminhar.

A síndrome de bexiga hiperativa foi identificada em pelo menos 19 individuos

a cada 1000 pessoas-ano considerando critério internacional(Abrams et al. 2002). A

maioria dos nossos pacientes também foram avaliados com estudo de urodinâmica e a

hiperatividade detrusora foi o achado mais frequente.

Em estudo prévio mostrou-se que os sintomas urinários não eram devidos a

infecção do trato urinário e sim manifestação da doença associada ao HTLV-1 (Rocha

et al. 2007). Nós mostramos recentemente que pacientes com síndrome de bexiga

hiperativa tinham anormalidades imunológicas e carga pró-viral semelhantes a

pacientes com HAM/TSP, e citocinas pro inflamatórias como TNF-α e IFN-γ nesses

71

pacientes foram maiores do que aquelas observadas nos assintomáticos (Santos et al.

2012).

É sabido que a carga pró-viral e a produção de citocinas pró-inflamatórias está

aumentada em pacientes com HAM/TSP e participa no desenvolvimento da patologia

associada a infecção do HTLV-1 (Olindo et al. 2006)(Martin et al. 2010)(Souza et al.

2012).

Na entrada da coorte 62 indivíduos com HTLV-1 já tinham bexiga hiperativa

mas somente 4 destes desenvolveram HAM/TSP definitivo. Estes dados apontam que

a maioria dos indivíduos com HTLV-1 e bexiga hiperativa não progridem para

HAM/TSP, indicando que em adição a uma exagerada produção de citocinas pró-

inflamatórias e carga pró-viral outros fatores podem estar influenciando o

desenvolvimento de HAM/TSP.

Existe importância na identificação de sintomas neurológicos em pacientes com

HTLV-1, principalmente os urinários, uma vez que esses estão relacionados a uma pior

qualidade de vida nos indivíduos portadores(Diniz et al. 2009)(Castro et al. 2007).

Nós mostramos que a carga pró-viral estava associada a disfunção neurológica,

mas não necessariamente é um marco do desenvolvimento de HAM/TSP. Nossa taxa

de mielopatia (1,47%) foi menor que a da literatura (3-5%),mas o tempo de avaliação

(8 anos com média de acompanhamento de 4,09 anos para os pacientes que

desenvolveram HAM/TSP) foi muito curto comparando com a média de 20 para o

desenvolvimento da doença (Araujo e Silva 2006). Semelhante ao nosso trabalho

recente estudo publicado por Romanelli e colaboradores(Romanelli et al. 2013)

observaram 7 casos incidentes de HAM/TSP em população de 181 pacientes com

HTLV-1 acompanhados em uma média de 7 anos.

O espetro de doenças neurológicas associadas ao HTLV-1, tem tido seu devido

72

reconhecimento, principalmente através de trabalhos de origem brasileira. As

síndromes de bexiga neurogênica e a neuropatia associada ao HTLV-1 foram

mostradas através de estudos transversais individualizados e parecem estar

relacionadas às outras manifestações neurológicas. O acompanhamento dos pacientes

em estudo de coorte mostrou que grande parte de indivíduos previamente

assintomáticos desenvolvem doença neurológica, necessitando estes de

reconhecimento e intervenção precoce do tipo terapêutica. Alguns fatores de risco tem

sido estudados, mas em nossos estudos somente carga pró-viral e sexo feminino têm

se mostrado consistente com o desenvolvimento e instalação de doença. Nossos

pacientes apresentaram também alta incidência dos sintomas relatados, sendo descritos

através das taxas de incidência individual e tempo em risco.

Algumas limitações foram consideradas como o tempo de estudo de 8 anos,

que comparado com a história natural da doença de cerca de 20 a 30 anos é pequeno.

A amostra utilizada se baseou em pacientes referenciados para Hospital Universitário,

com predomínio de pacientes encaminhados por banco de sangue, o que caracteriza

viés de seleção.

Como pontos positivos o estudo apresentou avaliação neurológica sistemática

anual, com anamnese e exame físico. Além disso a amostra de cerca de 500 pacientes

infectados com o vírus foi considerada representativa.

73

VIII. Propostas de

Estudo

74

Estudo radiológico através de ressonância magnética de coluna torácica das

alterações medulares precoces em pacientes com síndrome de bexiga

neurogênica associada ao HTLV-1.

Continuação do seguimento do estudo de coorte, considerando a história

natural longa da HAM/TSP, e observação anual a semestral do

desenvolvimento de sintomas.

Ensaios clínicos com medicações de efeito antiviral e no sistema imunológico

principalmente em pacientes com mielopatia subclínica e mielopatia de início

precoce.

75

IX. Conclusões

76

Observamos que indivíduos infectados pelo HTLV-1 sem HAM/TSP tiveram

alta taxa de incidência de sintomas neurológicos, especialmente os sensitivos, motores

e urinários. Dois fatores de risco estiveram associado à piora de pelo menos 1 ponto na

escala neurológica EDSS, sendo estes o sexo feminino e a carga pró-viral maior que

100.000 cópias/106 PBMC.

Nesse estudo 1,47% dos pacientes em risco desenvolveram HAM/TSP

definitivo. Apesar da baixa taxa de HAM/TSP, sintomas neurológicos devem ser

identificados em pacientes com HTLV-1 devido à sua alta prevalência e

interferência com a qualidade de vida.

77

X. Summary

78

Backgroud: The human T cell lymphotropic virus type 1 (HTLV-1) is the causal agent

of HTLV-1 associated myelopathy or tropical spastic paraparesis (HAM/TSP), disease

observed in up to 5% of infected individuals. Despite this low prevalence it is known

that a high number of HTLV-1 infected subjects who do not fulfill the criteria for

HAM/TSP present neurological complains related to sensory, motor, urinary or

autonomic manifestations. The aim of this study was to describe based in a prospective

cohort the incidence of these manifestations and risk factors associated with these

outcome.

Methods: Participants include 414 HTLV-1 infected individuals in Salvador, Bahia.

Symptoms were computed every year and incidence rates were calculated to each

variable in data.

Findings: While 163 patients had definite, possible or probable HAM/TSP, 251

subjects were asymptomatic for neurologic disease. This group was selected for

analysis. Follow-up of at least three years was achieved in 51% of patients, for most of

of the studied variable. The symptoms incidence rate was computed in 1000 persons-

year 206 for hand numbness, 186 for feet numbness, 129 for nocturia and 126 for

urgency. In the neurological exam the average incidence rate was 76 for legs

hyperreflexia, 52% for legs paraparesis and 36 for Babinski sign. In annual applied

EDSS scale the incidence rate of worsening 1 point was 134 at average. Kaplan-Meier

curves categorized by gender and proviral load showed that females an patients with

proviral load at more than 100.000 copies / 106 PBMCs had a higher risk. Five patients

developed definite HAM/TSP during the cohort.

Interpretation: Developing of neurological symptoms or signs occurred in up to 30%

of asymptomatic subjects during 8 years follow-up. The estimated incidence was 19%

for overactive bladder syndrome and 1·47% for definite HAM/TSP.

79

XI. Referências

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XII. Anexos

90

Anexo I

Artigo encaminhado para publicação

91

Neurological manifestations in HTLV-1 infected individuals without HAM/TSP:

8 years cohort.

Davi Tanajura,MD, MSc1,2, Néviton Castro, MD, PhD1, Paulo Oliveira, MD, PhD1,

Abraão Neto MD1, André Muniz, MD, PhD1, Lúcia Passos RN1, Glória Orge

PharmD1, Silvane Santos PhD1,2, Marshall Glesby MD PhD, Edgar M. Carvalho,

MD, PhD1,2

1Hospital Universitário Prof. Edgard Santos - Serviço de Imunologia

2Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Doenças Tropicais (INCT-DT)

Rua Augusto Viana S/N, 5o. andar, Canela

CEP - 40110-060

[email protected]

Tel/FAX: 55 71 3283 8113

1,2Immunology Department HUPES - UFBA, Bahia-Brazil

Keywords: HTLV-1 infections, HAM/TSP, neurologic manifestations, signs,

symptoms, cohort, incidence

92

ABSTRACT

Backgroud: The human T cell lymphotropic virus type 1 (HTLV-1) is the causal agent

of HTLV-1 associated myelopathy or tropical spastic paraparesis (HAM/TSP), disease

observed in up to 5% of infected individuals. Despite this low prevalence it is known

that a high number of HTLV-1 infected subjects who do not fulfill the criteria for

HAM/TSP present neurological complains related to sensory, motor, urinary or

autonomic manifestations. The aim of this study was to describe based in a prospective

cohort the incidence of these manifestations and risk factors associated with these

outcome.

Methods: Participants include 414 HTLV-1 infected individuals in Salvador, Bahia.

Symptoms were computed every year and incidence rates were calculated to each

variable in data.

Findings: While 163 patients had definite, possible or probable HAM/TSP, 251

subjects were asymptomatic for neurologic disease. This group was selected for

analysis. Follow-up of at least three years was achieved in 51% of patients, for most of

of the studied variable. The symptoms incidence rate was 20·6% for hand numbness,

18·6% for feet numbness, 12·9% for nocturia and 12·6% for urgency. In the

neurological exam the average incidence rate was 7·6% for legs hyperreflexia, 5·2%

for legs paraparesis and 3·6% for Babinski sign. In annual applied EDSS scale the

incidence rate of worsening 1 point was 13·4% at average. Cox regression was done

with EDSS in survival analysis and proviral load and female gender were identified as

significant risk factors (ORs 3·36 [1-11·66] and 1·80 [1·09-2·97] respectively). Five

patients developed definite HAM/TSP during the cohort.

93

Interpretation: Developing of neurological symptoms or signs occurred in up to 30%

of asymptomatic subjects during 8 years follow-up. The estimated incidence was 19%

for overactive bladder syndrome and 1·47% for definite HAM/TSP.

Funding: INCT-DT.

94

Introduction

The Human T-Lymphotropic Virus type 1 was the first human retrovirus described,

initially found in a patient with cutaneous lymphoma 1. After discovering it was also

associated with an ancient neurological condition called tropical spastic paraparesis

(TSP) that was prevalent in Central America 2. In Japan a similar disease was found

related to the virus and was called HTLV-1 associated myelopathy (HAM)3. Some

years after it was perceived that those two neurological conditions were the same and

an integrated name - HAM/TSP - was proposed to denominate the entity4.

HTLV-1 is a worldwide endemic virus with an estimated prevalence of 11 to 20 million

infected people. The infection has a high prevalence in Japan, Caribbean islands,

Central and South America, North and West Africa and part of the Middle East5. It is

estimated that about 3 to 5% of infected individual develops myelopathy6, but the

annual incidence of HAM/TSP among HTLV-1 infected subjects is not determined. As

the diseases occurs mainly after the 6th decade the incubation time has been considered

over 20 to 40 years7.

Despite the low prevalence of HAM/TSP, HTLV-1 infected individuals can present

with neurological or clinical symptoms related to the virus even without significant

motor abnormalities (paraparesis). In a cross sectional study comparing neurologic

manifestations in HTLV-1 infected subjects who do not fulfill the criteria for diagnosis

of HAM/TSP, it was shown that numbness and weakness in the inferior limbs, urinary

symptoms of overactive bladder, erectile dysfunction, hyperreflexia in the inferior

limbs and Babinski sign were higher among HTLV-1 carriers than in seronegative

individuals8,9.

Urinary manifestations are very common in HTLV-1 infection without HAM/TSP,

with prevalence that varies from 15 to 17%8,10. In urodynamic studies most of these

alterations are due detrusor overactivity and sphincter-detrusor dyssynergia11. It has

95

been observed that urinary symptoms may precede for years the diagnosis of

HAM/TSP in HTLV-1 indicating it can be an oligosymptomatic manifestation of

HAM/TSP12.

There are few cohort studies in HTLV infection and most of them are in patients with

HAM/TSP 13,14,7. Only one study followed up both HTLV-1 and HTLV-2 infected

subjects without myelopathy and high incidence of urinary, motor and sensory

symptoms were perceived but none of the case develops definitive HAM/TSP. The aim

of this study was to determine the incidence rate of neurologic symptoms and signs in

a non HAM/TSP HTLV-1 population with a follow-up of 8 years.

Method

This is a cohort study with 414 HTLV-1 infected individuals followed in the HTLV-1

clinic at Hospital Universitário Prof. Edgard Santos, Salvador, Bahia, Brazil. The

period of study was from 2004 to 2011. HTLV-1 infection was diagnosed by detection

of antibodies against viral antigens by ELISA (Cambridge Biotech Corp., Worcester,

MA, USA) and confirmed by Western blot (HTLV blot 2·4, Genelab, Singapore).

Subjects admitted in the clinic are referred mainly by blood banks or by the neurologic

clinic. They have six months to annual follow up and are seen by neurologists,

urologists, dermatologists, rheumatologists, pulmonologists, otorhinolaryngologists,

psychologists, nursery and dentists each visit. A research chart is fulfilled each year

with questions about clinical, neurological and urological symptoms and also physical

and neurologic exam.

Case definition

HAM/TSP criteria was based on a international consortium15. Briefly, definite

HAM/TSP is a non-remitting progressive spastic paraparesis with sufficiently impaired

gait to be perceived by the patient. Sensory symptoms or signs may or may not be

present. When present, they remain subtle and without a clear-cut sensory level.

96

Urinary and anal sphincter signs or symptoms may or may not be present. Probable

HAM/TSP is defined by a monosymptomatic presentation: spasticity or hyperreflexia

in the lower limbs or isolated Babinski sign with or without subtle sensory signs or

symptoms, or neurogenic bladder only confirmed by urodynamic tests. Possible

HAM/TSP is defined by complete or incomplete clinical presentation and not

completed ancillary exams. HTLV-1 antibodies in serum and/or CSF are part of all

categories and neurological conditions that can resemble HAM/TSP have to be

excluded in definite and probably HAM/TSP.

Neurologic Evaluation

Muscular strength was evaluated with the Medical Research Council criteria16 as

followed: 0 = no muscular contraction; 1 = little contraction; 2= active movement with

no gravity; 3= active movement against gravity; 4= active movement against gravity

and resistance; 5 = normal. Leg strength was evaluated in both sides in proximal and

distal muscles. If the score was less than 4 in one muscle, the segment was considered

weak for our analysis. Reflexes were defined according to the Campbell score17 in:

0=none; 1=present but diminished; 2=normal; 3=enhanced; 4=hyperactive, with

clonus. The routinely evaluated reflexes were biceps, triceps, brachioradialis in both

arms and patellar and ankle jerks in the legs. Any segment with a reflex graded 3 or 4

was considered abnormal. Hauser Ambulation Index18 scale was utilized in the annual

evaluation, and the time in seconds to walk 8 meters was utilized in survival analysis.

The expanded disability status scale (EDSS) scores19 were computed each year.

Overactive bladder syndrome was considered if individuals had symptoms of urgency

with or without incontinence, according to international criteria20.

Proviral load

97

The DNA was extracted from 106 PBMCs using a phenol/chloroform procedure.

HTLV-1 proviral load was determined using real-time TaqMan PCR. Results in this

study were presented in logarithm scale.

Statistics

Survival analysis was made to each variable in the chart, starting from individuals

without the symptom in evaluation and considering failure the development of the

corresponding symptom.

Censoring was applied to follow-up lost, no symptoms appearance within eight ears in

cohort and non-related HAM/TSP death.

Kaplan-Meier Curves were utilized to estimate survival when scales were used and

log-rank test was made to compare curves. Cox regression was performed to identify

risk factors for neurologic worsening by EDSS scale.

Ethics

Ethical committee of the Federal University of Bahia approved the study and all

participants signed an informed consent.

Results

From 414 HTLV-1 individuals evaluated, 76 had definite HAM/TSP (18,4%), 87 had

possible or probable HAM/TSP (21%) and 251 (60,6%) patients did not have

neurological disease related to HTLV-1 infection (Figure 1). Differences between

those groups are described in Table 1. HAM/TSP individuals had a high mean age

when compared with other groups.

During the study 5 of 338 individuals (1·47%) developed definite HAM/TSP. All of

them had intermediary symptoms been classified as possible HAM/TSP in entry being

most with neurogenic bladder confirmed by urodynamic study. The asymptomatic

group was selected to evaluate neurologic manifestations for survival analysis.

98

From the sample of 251 carriers a range from 73·7% to 100% did not have symptoms

in the cohort at entry depending on the variable analyzed and 69·6% to 75% had

follow-up registered (Tables 2 and 3).

When self-reported symptoms were evaluated, sensory complains had the highest

incidence rate: 20·6% for hand numbness and 18·7% for foot numbness. In urinary

symptoms nocturia and urgency had an incidence rate of 12%, retention 7·9% and

incontinence 9·6%. In motor symptoms walking difficult had a 12·4% and running

difficulty 17·7% rates. Person-time at risk was shorter for hand numbness and running

difficulty (2·7 years) and longer for incontinence (4·3 years) (Table 2).

In neurological exam legs hyperreflexia had an incidence rate of 7·6% followed by

paraparesis (5·2%), arms hyperreflexia (4·5%) and Babinski sign (3·7%) with a

person-time at risk of 3·0, 3·6, 3·3 and 3.8 years respectively (Table 3).

When scales were applied the incidence rate of increasing at least 1 point at EDSS was

13·4% and 1·2% for increasing at least 20 seconds in a 8-meters walk in Ambulatory

Index, with a person-time at risk of 3·2 and 4·0 years respectively (Table 2).

When Cox regression was applied based on EDSS increasing of 1 point, female gender

and high proviral load (more than 100,000 copies) were predictors of neurological

worsening (OR and 95% CI 1·80 (1·09-2·97) p=0·02 and 1.70(·93-3·11) p=0·05

respectively). Other parameters like co-infections (HBV, HCV, syphilis) and

comorbidities (hypertension, diabetes mellitus, hypotiroidism) were not significant.

Kaplan Meier curves were applied for gender and proviral load subgroups and

statistical difference was detected between curves in log-rank test (Figures 2 and 3).

Differences were not detected in common Th1 cytokine measures (Figure 4).

Also curves were generated for the more consistent and objective signs and symptoms.

An order of failures during 8 years time was observed being first the increasing time

99

in urgency, incontinence, hyperreflexia, legweakness, Babinski sign and ambulatory

index (Figure 5).

In this 8 years cohort we registered 10 deaths: 3(30%) had T-cell

Lymphoma/Leukemia, 2(20%) of other cancers, 2(20%) from heart attack and 2(20%)

had liver failure and were co-infected with Hepatitis C virus and 1(10%) was

electrocuted in an accident.

Discussion

HTLV-1 has been a neglected disease mainly due to concept that it is a low morbidity

infection as ATL and HAM/TSP are observed in less than 5% of infected subjects6. In

this cohort study, we observed a high incidence of neurological symptoms as well as

abnormalities in the neurological examination in up to 56% of HTLV-1 individuals

despite our low HAM/TSP rate. This indicates that despite HAM/TSP is an insidious

disease, morbidity associated to HTLV-1 is high and neurologic manifestations are

documented in a short period in a large percentage of HTLV-1 infected individuals.

Objective manifestations like urinary symptoms and findings in neurological exam had

significant incidence rates with a relative short time at risk. The appearance of

symptoms in HTLV-1 patients before reach HAM/TSP seems to come in a peculiar

order, beginning with mild sensitive-motor manifestations (hyperreflexia/numbness)

and urinary disturbances with evolution to leg weakness and Babinski sign. From the

six patients that developed definite HAM/TSP in our cohort, all had urinary symptoms

in cohort beginning, mostly urgency with incontinence. All patients had lower legs

hyperreflexia grade 3 or 4 and were considered probable HAM/TSP. Also none had

leg weakness or Babinski sign. The mean time to those patients who developed definite

HAM/TSP was 2 years. It is important to note that although 39.4% of the subjects in

the clinic had HAM/TSP at entry, and a large proportion of the non-HAM/TSP

developed neurologic manifestation3, the incidence of HAM/TSP was very low during

100

follow-up. These data argue in favor that development of HAM/TSP may due to factors

at the time of the infection who will determine severe CNS involvement rather than a

slow progressive disease.

Because the watershed zone (blood flows slowly and cells attaches more to vascular

endothelium and spread to tissue) of spinal cord is located in thoracic segment, and

specially in cord center (where is the gray matter), possible the disease begins in

intermediolateral column on autonomic nucleus, manifesting as bladder and sexual

dysfunction and than spread to the white matter tracts (corticospinal tract).

Like the other HTLV cohort in non-HAM/TSP patients our study showed high

incidence in symptoms. Moreover our study had done individual incidences rates and

person-time at risk for each neurological symptoms21. Although, this study lacks in

follow up of healthy individuals to compare symptoms incidence, the high rates and

relation of worsening neurological symptoms with high proviral load indicates a

relationship with HTLV-1 infection.

The EDSS scale was designed for use in multiple sclerosis patients19. However it is

useful for HTLV-1 infection because it can reach several neurologic domains like

sensory, motor and urinary and we have previously shown the association of EDSS

such as urinary manifestations and erectile dysfunction with neurologic symptoms in

HTLV-1 infection10,22,23. Our regression Cox analysis brought two important risk

factors at baseline, gender and HTLV-1 proviral load that had been cited as related to

worsen neurological symptoms in patients with HTLV-1 without HAM/TSP13,7.

In a previous study comparing neurologic symptoms and signs in HTLV-1 carriers and

in non infected individuals it was shown that complain of difficulty to walk was present

in 11% of HTLV-1 infected subjects8. Here although complain of difficulty to weak

was detected in more than 30% of the HTLV-1 carriers, by using differences of at least

101

20 seconds in walking 8 meters to analyze patient’s performance during time, we

observed that the incidence of an increasing in walk time occurred in a lower number

of cases. As increasing in walk time was documented in a lower rate than leg weakness

and hyperreflexia, and had similar values to HAM/TSP incidence we may conclude

that only severe pyramidal commitments appear to influence in walking time.

Overactive bladder syndrome was found in at least 19% of the individuals considering

international criteria and urgency incidence. Most of our patients are also evaluated

with urodynamic studies, and detrusor overactivity is the most frequent finding. Also,

previous study showed that those urinary symptoms are not likely to be due urinary

tract infection24. We have recently shown that patients with overactive bladder have

similar immunologic abnormalities and proviral load than patients with HAM/TSP and

that production of pro-inflammatory cytokines TNF-α and IFN-γ and pro-viral load

higher than that observed in HTLV-1 carriers25. It is known that proviral load and

production in pro-inflammatory cytokines are increased in patients with HAM/TSP and

participates in the pathogenesis of pathology associated to HTLV-1 infection13,7,26.

These data re-inforce the concept that overactive bladder in these individuals is a

manifestation related to HTLV-1. Additionally we have shown that in subjects without

HAM/TSP other urinary manifestations such as incontinence and nocturia occurred up

to twice more than overactive bladder. Although other cause of urinary incontinence

or nocturia could not be ruled out, specific studies aim to determine the association of

these manifestations with HTLV-1 infection should be performed. These symptoms

have an important impact in the quality of life of these individuals27,28.

There are multiple evidences that immunologic response participate in the

pathogenesis of diseases associated with HTLV-1. Children with infective dermatitis a

disease that is recognized as a risk factor for HAM/TSP have high production of pro-

102

inflammatory cytokines29 and in patients with periodontal disease associated to HTLV-

1 an increasing in pro-inflammatory cytokines and a decreasing in regulatory T cells

and the regulatory cytokines IL-10 is observed. Here we evaluated if the production of

TNF-α and IFN-γ at entry in the study was correlated with development of neurologic

symptoms. Our cytokine analysis did not showed difference between high and low

groups in Kaplan-Meier curves. Despite of this TNF-alpha high levels indicated a

worse curve at high levels with a p=0.07. However recent data have pointed out that a

better marker for development of HAM/TSP is not the amount of cytokine detected but

the lack ability of regulatory cytokines such as IL-10 and TGF-β in down regulate the

inflammatory response25.

Here in while 19% of HTLV-1 carriers developed overactive bladder only

1·47% developed HAM/TSP. At entry in the study 62 HTLV-1 infected individuals

had already overactive bladder but only 3 of them develop definitive HAM/TSP. Put

together these data pointed out that the majority of HTLV-1 infected subjects with

overactive bladder do not progress to HAM/TSP, indicating that in addition to the

exaggerated production of pro-inflammatory cytokine and proviral load other factors

participate in the development of HAM/TSP. Actually we showed that high proviral

load was associated with impairment in neurologic function but not necessary it is a

marker of development of HAM/TSP. The HAM/TSP rate was less of that found in the

literature (3-5%), but time of evaluation (8 years) was too short when compared to the

average of 20 years to develop the disease and life-time prevalence6,7,30.

Conclusion

HTLV-1 infected individuals had high rate of neurologic symptoms and signs

appearance, specially sensory, urinary and motor. Those aspects have to be considered

in individuals infected with HTLV-1, as they have important impact in the quality of

life. Moreover while there is no therapy for HAM/TSP treatment and a melioration of

103

these symptoms will improve the quality of life and an ability to work of these

individuals.

Conflict of interest

The authors have no conflict of interest to declare

Acknowledgements

This study was supported Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico/ National Council of Scientific and Technologic Development (CNPq)

project no.573839/2008-5 and by NIH grant R01 AI079238.

104

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107

Figure 1 - Cohort panel and patients selection for analysis

414 HTLV-1 individuals

251 HTLV-1 infected

without HAM/TSP163 HAM/TSP

87 Probable and

possible HAM/TSP76 Definite HAM/TSP

108

Table 1. Demographic and epidemiologic characteristics of 441 HTLV-1 infected subjects

followed at HTLV-1 according the neurologic diseases.

Without

HAM/TSP

(n=251)

Probable or

possible

HAM/TSP

(n=87)

HAM/TSP

(n=76) p

Age 44.56 ± 12.16 47.88 ± 11.57 52.38 ± 14.04 <0.01a

Female Gender 143(56.97) 58(66.67) 51(67.11) 0.13b

Breastfeeding

< 1 year

1 – 3 years

> 3 years

(n=203)

72(58.54)

39(31.71)

12(9.76)

24(51.0)

13(27.66)

10(21.28)

17(51.52)

14(42.42)

2(6.06)

0.15b

History of blood

transfusion (n=409) 38(15.38) 22(25.29) 16(21.33) 0.09b

Intravenous drug 8(3.20) 4(4.60) 2(2.67) 0.76b

Homosexual

activity(n=304) 16(8.89) 3(5.45) 2(4.00) 0.27b

HVB

infection(n=277) 14(7.73) 8(13.79) 2(5.26) 0.26b

HIV infection 0 0 0 - aone way-ANOVA; bchi-square

109

Table 2 - Survival analysis - self reported symptoms in HTLV-1 population without HAM/TSP during

a 8 year cohort.

Initial population

without respective

symptom

n/N(%)

Sample with

follow up

n/N(%)

Proportion of

failures n/N(%)

Incidence rate

/1000

person/year

Sensory symptoms

hand numbness 173/251(68·9) 129/173(74·5) 73/129(56·6) 206·2

feet numbness 188/251(73·7) 141/188(75·0) 76/141(53·9) 186·7

Urinary symptoms

noctúria 214/251(85·2) 160/214(74·7) 65/160(40·6) 129,7

urgency 251/251(100) 187/251(74·5) 73/187(19·0) 126·9

retention 238/251(94·8) 178/238(74·7) 50/178(28·0) 79·1

incontinence 226/251(90·0) 169/226(74·7) 69/169(40·8) 95·8

Motor symptoms

walking difficulty 221/251(88·0) 164/221(74·2) 64/164(39·0) 124·0

running difficulty 215/251(85·6) 159/215(73·9) 77/159(48·4) 177·4

110

Table 3 - Survival analysis - neurological exam in HTLV-1 individuals without HAM/TSP

Initial population

without respective

symptom

n/N(%)

Sample with

follow up

n/N(%)

Proportion of

failures

n/N(%)

Incidence rate

/1000

person/year

Neurological exam

Arms hyperreflexia 194/236(82·2) 135/194(69·6) 20/135(14·8) 45·0

Legs hyperreflexia 198/244(81·1) 148/198(74·7) 34/148(22·9) 75·8

Leg weakness 240/240(100) 180/240(75·0) 34/180(18·8) 52·5

Babinski sign 243/243(100) 181/243(74·5) 25/181(13·8) 36·6

Neurological scales

EDSS - 185/251(73·7) 78/185(42·1) 133·7

Ambulatory Index - 184/237(77·6) 9/184(4·8) 12·1

111

Figure 2 - Decrease in at least one point in EDSS scale according to gender.

log-rank test p<0.01

0.0

00.2

50.5

00.7

51.0

0

0 2 4 6 8analysis time

Female Male

Kaplan-Meier survival estimates

112

Figure 3 - Decrease in at least one point in EDSS scale according to proviral load

logarithm (n=130).

log-rank test p=0,047

0.0

00.2

50.5

00.7

51.0

0

0 2 4 6 8analysis time

less than 100.000 copies more than 100.000 copies

Kaplan-Meier survival estimates

113

Figure 4 – Kaplan-Meier survival analysis based on EDSS worse of at least one point

and stratified by Th1 cytokines (n=164).

log-rank p=0,07

0.0

00.2

50.5

00.7

51.0

0

0 2 4 6 8analysis time

TNF-alpha < 2000 pg/ml TNF alpha > 2000 pg/ml

Kaplan-Meier survival estimates

log-rank p=0,27

0.0

00.2

50.5

00.7

51.0

0

0 2 4 6 8analysis time

IFN-gamma<2000pg/ml IFN-gamma>2000pg/ml

Kaplan-Meier survival estimates

114

Figure 5 - Kaplan-Meyer curves for main neurological symptoms in HTLV-1 patients

during the 8-year cohort.

Urgency Incontinence

Hyperreflexia Leg weakness

Babinski sign Ambulatory Index

115

Anexo II

Artigos Publicados Durante o Período do Doutorado

116

Artigo I

Prevalence of Erectile Dysfunction in HTLV-1 Infected

Patients and its Association

with Overactive Bladder

117

118

Artigo II

Detrusor Arreflexia as an End Stage of

Neurogenic Bladder in HAM/TSP

119

120

Artigo III

Imunopathogenesis and Neurological Manifestations

Associated to HTLV-1 Infections

121

122

Artigo IV

Immunological and Viral Features in Patients With

Overactive Bladder Associated With Human T-Cell

Lymphotropic Virus Type 1 Infection

123

124

Artigo V

Interferon Beta-1a Improves Urinary Symptoms,

Reduces Proviral Load, and Modifies the Immune Response

in a Patient with HAM/TSP

125

126

Artigo VI

Neurological symptoms and signs in HTLV-1 patients with

overactive bladder syndrome

127

128

Artigo VII

Helminthic infection and the risk of neurologic disease

progression in HTLV-1

129

130

Artigo VIII

Sensory Symptoms and Immune Response in

Individuals Infected with HTLV-1

131

132

Artigo IX

Immunologic Response and Proviral Load in

Human T-lymphotropic Virus Type 1 Infected

Individuals With Erectile Dysfunction

133

134

Anexo III

Questionário de admissão na coorte.

135

Serviço de Imunologia - Ambulatório Multidisciplinar de HTLV-I/II

Questionário de admissão na coorte de HTLV-I/II

I-Identificação

Nome:

____________________________________________________________________

Registro da Pesquisa: ____________ Data da entrevista _____/____/_____

Registro do HUPES: ____________

Origem: ( ) 1.HCM 2.HSA 3.STS 4.HEMOBA 5.IHEBA 6.NEURO 7.

FAMÍLIA 9.OUTRO

Sexo (M/F): _______ Idade: _______ anos Data de nascimento:____/____/_____

Estado civil: ( ) S. Solteiro C.Casado ou morando junto D.Divorciado ou separado

V.Viúvo

Naturalidade: ________________________________________________UF ______

Endereço Atual:

__________________________________________________________

__________________________________________________________

Cidade _________________________________ CEP ____________ UF ________

Telefones para contato:

Telefone1 ( )__________________ Telefone2 ( )______________________

Raça: ( ) 1.Branca 2.Mulata 3.Negra 4.Outra

Atividade Profissional (Trabalho) :

____________________________________________

136

II- Ficha Epidemiológica

Nível de Escolaridade: ( ) 1.Analfabeto 2.Prim.Grau 3.Seg.Grau 4.Ter.Grau

9.Não informado

Até que série estudou? ____________________________

Saneamento básico em casa:

Água ( ) 1=Sim 2=Não 9=Sem Informação

Esgoto ( ) 1=Sim 2=Não 9=Sem Informação

Moradia em Zona ( ) 1.Urbana 2.Rural

Número de pessoas que moram na sua casa ________

Contato com água contaminada/ rio, lago ou represa: ( )

1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

Local de Contato ____________________Último contato _____/_____/_________

Renda Familiar: ( )

1=Menos que um salário mínimo

2=Entre um e quatro salários mínimos

3=Entre quatro e dez salários mínimos

4=Mais que dez salários mínimos

9=Não sabe

Já viveu fora do Brasil? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

Locais fora do Brasil:_______________________________________________

Você já recebeu transfusão de sangue? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

Quantas transfusões ( ) 1= Uma 2= 2-4 vezes 3= mais que 4 vezes 6= não se

aplica

Em que ano ocorreu sua primeira transfusão _____/_____/________

Você tem alguma tatuagem? ( ) 1= Sim; 2= Não; 9= Sem Informação

137

Você foi amamentado na Infância ( ) 1= Sim 2= Não 9 =. não sabe

Com que idade você deixou de ser amamentado? ( )

1= menos de 6 meses

2= 6 meses a 1 ano

3= 1 a 2 anos

4= 2 a 3 anos

5= mais de 3 anos

9= não sabe

Já teve relações sexuais com algum homem? ( ) 1= Sim; 2= Não; 9 = Sem

Informação

Já teve relações sexuais com alguma mulher? ( ) 1= Sim; 2= Não; 9 = Sem

Informação

Atividade Sexual ( ) Não Perguntar. Concluir pelas perguntas acima

0= Não Tem ; 1= Heterossexual; 2= Homossexual; 3= Bissexual; 9= Sem Informação

Faz uso de preservativo? ( )

0= Não usa; 1= Usa eventualmente; 2= Usa frequentemente

Você já utilizou drogas injetáveis? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

III – Questionário Clínico

1. Você está em uso de algum medicamento? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem

Informação

Med1:________________________________________

Med2:________________________________________

Med3:________________________________________

138

2.a Nos últimos doze meses você tem sentido dormência ou formigamento em suas

mãos? ( )

1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

2.b.Nos últimos doze meses você tem sentido dormência ou formigamento nos seus

pés? ( )

1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

3 Em média quantas vezes por dia você urina? ( )

1. Menos que 4 vezes

2. 4 a 6 vezes

3. 7 a 10 vezes

4. Mais que 10 vezes

9. Não informado

4.a. Você levanta a noite para urinar habitualmente? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem

Informação

Se a resposta for Sim, siga para a questão 4.b; Se Não, siga para a 5.

4.b. Em média, quantas vezes por noite você se levanta para urinar? ( )

1. De 1 a 2 vezes

2. De 3 a 4 vezes

3. Mais que 4 vezes

6= Não se aplica

9. Não informado

5. Quando você tem vontade de urinar tem que ir correndo ao banheiro porque não

consegue controlar a bexiga? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

6.Você perde urina na roupa? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

Se sim, provocado por esforço ou não ( )

139

1= provocado por esforço / 2= sem esforço / 6= Não se aplica/ 9= não informado

7 Você faz força para esvaziar a bexiga? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

8. Você sente dor ou ardor ao urinar? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

9. Nos últimos 12 meses você sentiu fraqueza em seus braços que durou

mais que uma semana? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

10.Nos últimos 12 meses você sentiu fraqueza em suas pernas que durou

mais que uma semana? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

11.Nos últimos 12 meses você sentiu alguma dificuldade para andar? ( )

1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

12.Nos últimos 12 meses você sentiu alguma dificuldade para correr? ( )

1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

13.Nos últimos 12 meses você teve dores em alguma de suas articulações

que duraram mais que uma semana? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

Se a resposta for: Sim, siga para a questão 13.a se não, siga para 14.

As questões 13.a. e 13.b. serão respondidas mediante exame físico

13.a. Presença de edema/calor (sinovite) ( ) 1=Sim;( ) 2=Não; ( ) 9= S/

informação

Lado direito Lado esquerdo

DC ombro ( ) EC ombro ( )

DC Cotovelo ( ) EC cotovelo ( )

DC punho ( ) EC punho ( )

DC mão ( ) EC mão ( )

DC Quadril ( ) EC quadril ( )

DC joelho ( ) Ec joelho ( )

DC Tornozelo ( ) EC tornozelo ( )

140

DC pé ( ) EC pé ( )

13.b Presença de rigidez articular) ( ) 1=Sim;( ) 2=Não; ( ) 9= S/

informação ( )

Lado direito Lado esquerdo

Dm ombro ( ) Em ombro ( )

Dm cotovelo ( ) Em cotovelo ( )

Dm punho ( ) Em punho ( )

Dm mão ( ) Em mão ( )

Dm quadril ( ) Em quadril ( )

Dm joelho ( ) Em joelho ( )

Dm tornozelo ( ) Em tornozelo ( )

Dm pé ( ) Em pé ( )

13.c. Deformidade articular: 1=Sim; ( ) 2=Não; ( ) 9= Sem informação ( )

Lado direito Lado esquerdo

Dm ombro ( ) Em ombro ( )

Dm cotovelo ( ) Em cotovelo ( )

Dm punho ( ) Em punho ( )

Dm mão ( ) Em mão ( )

Dm quadril ( ) Em quadril ( )

Dm joelho ( ) Em joelho ( )

Dm tornozelo ( ) Em tornozelo ( )

Dm pé ( ) Em pé ( )

13.d. Diminuição da mobilidade articular

1=Sim; ( ) 2=Não; ( ) 9= Sem informação ( )

13.e. Doença articular associada ao HTLV?

141

( ) 1=Sim ( ) 2=Não ( ) 3=Suspeita

14. Você já teve a sensação de boca seca? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

Se sim, por mais de 3 meses ou por menos de 3 meses? ( )

1=Por menos de 3 meses; 2= Por mais de 3 meses; 6= Não se aplica; 9= não

informado

15. Você tem dentes moles? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

15.a Você fuma ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

16. Extraiu algum dente? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

Se sim, há mais de 6 meses ou a menos de 6 meses? ( )

1= Por mais de 6 meses; 2= Por menos de 6 meses; 6= Não se aplica; 9= Não

informado

17.a. Você tem sangramento nas gengivas? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

As questões 18 a 20 serão respondidas mediante exame físico

18. Presença de gengivite? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

19. Presença de periodontite? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

20. Presença de mucosa seca ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

21. Você já teve a sensação de areia nos olhos? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem

Informação

22. Você já teve dor nos olhos? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

23. Você já teve visão embaçada? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

24. Você já teve incomodo com a luz ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

25. Você teve falta de ar nos últimos 12 meses ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem

Informação

Se sim,em repouso ou em exercício? ( )

1= em repouso 2= em exercício 6= Não se aplica 9= não informado

142

26. Você teve tosse persistente por mais de uma semana nos últimos 12 meses? ( )

1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

Se sim, com ou sem catarro? ( )

1= com catarro; 2= sem catarro; 6= Não se aplica 9= não informado.

27.a. Você teve diarréia nos últimos 6 meses? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem

Informação

Se a resposta for, Sim, siga para a questão 28 ; se Não, siga para 29.

27.b. Quantas vezes você teve diarréia nesse período? ( )

1=Uma vez; 2= De 2 a 4 vezes; 3= Mais de 4 vezes ; 6= Não se aplica 9= Não

informado

28. Você já teve uma dessas doenças? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

Diabetes ( )

Hipertensão Arterial ( )

Hipotireoidismo ( )

Anemia Falciforme ( )

Tuberculose ( )

29. Você bebe bebida alcoólica? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

As perguntas de 30 até 35 serão feitas só aos homens

Agora eu vou fazer perguntas sobre sua atividade sexual nas últimas 4 semanas

30. Utilizando as categorias a seguir, como você se descreve ( )

1. Sempre capaz de ter e manter uma ereção boa o suficiente para uma relação sexual

2. Geralmente capaz de ter e manter uma ereção boa o suficiente para uma relação

sexual

3. Ás vezes capaz de ter e manter uma ereção boa o suficiente para uma relação

sexual

143

4. Nunca capaz de ter e manter uma ereção boa o suficiente para uma relação sexual

6. Não se aplica

9. Não Informado

Se a resposta for a numero 1 ou 4, siga para 36

Se a resposta for a numero 2 ou 3 siga para 31

31. Qual foi o seu nível de confiança em obter uma ereção? ( )

1= Muito baixa; 2= Baixa; 3= Moderada; 4= Alta; 5= Muito Alta; 6= Não se aplica

9= Não Informado.

32. Suas ereções foram duras o suficiente para conseguir penetração? ( )

0. Sem atividade sexual

1. Quase nunca ou nunca

2. Poucas vezes (muito menos que a metade das vezes)

3. Algumas vezes (aproximadamente a metade das vezes)

4. A maioria das vezes (muito mais que a metade das vezes)

6. Não se aplica

5. Quase sempre ou sempre

9. Não informado

33. Foi capaz de manter a ereção após ter penetrado sua parceira? ( )

0. Sem atividade sexual

1. Quase nunca ou nunca

2. Poucas Vezes (muito menos que a metade das vezes)

3. Algumas vezes (aproximadamente a metade das vezes)

4. A maioria das vezes (muito mais que a metade das vezes)

5. Quase sempre ou sempre

6. Não se aplica

144

9. Não informado

34. Teve dificuldade para manter a ereção até o fim da relação sexual? ( )

0. Não tentei ter relação sexual

1. Quase sempre ou sempre

2. A maioria das vezes (muito mais que a metade das vezes)

3. Algumas vezes (aproximadamente a metade das vezes)

4. Poucas vezes (muito menos que a metade das vezes)

5. Quase nunca ou nunca

6. Não se aplica

9. Não informado

35. Suas relações sexuais foram satisfatórias nas últimas quatro semanas? ( )

0. Sem atividade sexual

1. Quase nunca ou nunca

2. Poucas vezes (muito menos que a metade das vezes)

3. Algumas vezes (aproximadamente a metade das vezes)

4. A maioria das vezes (muito mais que a metade das vezes)

5. Quase sempre ou sempre

6. Não se aplica

9. Não informado

Avaliação do nível da disfunção erétil ( ) Somar os pontos das questões de 31 a

35

1. Menor que 11 = grave

2. Entre 11 e 16 = moderada

3. Entre 17 e 21 = leve

4. Maior que 22 = normal

145

6. Não se aplica

9. Não informado

36. Você faz uso de medicação para disfunção erétil? ( )

1=Sim; 2=Não; 6= não se aplica; 9=Sem Informação

37. Você faz uso de cateterismo vesical? ( )

1=Sim; 2=Não; 6= não se aplica; 9=Sem Informação

38. Diminuição ou perda de libido ( )

1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

Mini exame do estado mental

Cálculo do escore total (escore máximo 30) ( )

Número de respostas corretas (máximo 30)

23-30 = normal / 19-23 = borderline/ menos 19 = déficit; 99 Não realizado

IV - QUESTIONÁRIOS EXAMES

EXAM 200____

39. Exame Neurológico - Escalas neurológicas

EIFS (0-5); 9= Não realizado

FP ( ) F.VESICAIS ( )

FC ( ) FI ( )

FT ( ) F.Visuais ( )

FM ( ) OF ( )

FS ( )

40. Escala ; 99 = Não realizado

EDSS (0-10) ( )

Escala OSAME (0-13) ( )

146

Ambulatorial (tempo / 8m) ( )

Espasticidade (0-4) ( )

Escala de Espasticidade (Escala de Ashworth modificada)

0= Tônus muscular normal

1= Aumento leve do tônus mucular, sinal do canivete (resistência inicial e facilita no

final)

1a= Aumento leve do tônus muscular (resistência maior inicial e resistência mínima

no restante)

2= Aumento acentuado do tônus muscular na maior parte da extensão do movimento,

mas parte afetado e facilmente movimentada passivamente

3= Aumento acentuado do tônus muscular na maior parte da extensão do movimento,

movimento passivo dificultado

4 = postura viciosa da parte afetada

41. Escala motora (graus: 0 a 5 em cada segmento); 9= Não realizado

Direito Esquerdo

Superior proximal D ( ) Superior proximal E ( )

Superior distal D ( ) Superior distal E ( )

Inferior proximal D ( ) Inferior proximal E ( )

Inferior distal D ( ) Inferior distal E ( )

42. Reflexos Profundos (graus 0 a 4) 9= Não realizado

Direito Esquerdo

bíceps D ( ) bíceps E ( )

tríceps D ( ) tríceps E ( )

braquiorradial D ( ) braquiorradial E ( )

147

patelar D ( ) patelar ( )

aquíleo D ( ) aquíleo ( )

Cutâneo - plantar D ( ) Cutâneo - plantar ( ) (flexor, extensor,

indiferente)

43. Avaliação Laboratorial

WB HTLV ( )

0 = negativo; 1= HTLVI ; 2= HTLV II; 3= HTLV I/II; 4= indeterminado; 5 = soro

positivo para HTLV; 9= Não realizado

Sorologias (positivo (P), negativo (N)); não realizado = (NR)

HIV ( )

Hepatite B (AgHBs) ( )

Hepatite C (Anti-HCV) ( )

Sífilis (VDRL) ( )

Doença de Chagas ( )

Citocinas 99999= não realizado

IFN _______

TNF _______

IL10 _______

IL5 _______

Fator reumatóide ( Se 1:20=P, se < 1:20=N): ( )

VHS ( ) 9999999= Não realizado

PCR (Se > 6 =P, se <6=N ): ( ); 9999999= Não realizado

148

FAN (P) ou (N): ( ) 9999999= Não realizado

Líquor: 9999= NÃO REALIZADO

Leucócitos (CSF) : ______________células

Proteínas (CSF) :________ mg

Glicose (CSF): _________g/dl

HTLV no líquor ( ) 0=negativo; 1=positivo; 9= Não realizou

Sífilis (VDRL no líquor) ( ) 0=negativo; 1=positivo; 9= Não realizou

Esquistossomose ( ) 0=negativo; 1=positivo; 9= Não realizou

Hemograma:

hematócrito (HCT) _____%

hemoglobina (HB) _____g/dl

leucócitos _____X 1000 células

bastões ______%

segmentados ______%

linfócitos ______%

linf. atípicos ______%

eosinófilos ______%

monócitos ______%

basófilos ______%

plaquetas ______X 1000

Sumário de Urina

Leucócitos ( ) (se numerosos =100, se raros= O; se não realizado= 999):

149

Se no questionario tiver "sem alteracao", preencha Leucócitos=O

Nº de cels./campo ( )

Parasitológico de fezes: Preencha com N se negativo ou P se positivo: ( ); NR=

Não realizado

Se positivo, preencha a seguir: 1. S. stercoralis / 2. S. mansoni / 3=A.lumbricoides/

4=A duodenalis/ 5=T. treich/ 6= E. hystolitica/ 7=E. nana/ 8= E. vermicularis/ 9= I.

butschili / 10= G. lambli / 11=E. coli/ 12= Chilomastix mesnili

EPF1 data ___/____/_____

Parasito ( )

parasito ( )

parasito ( )

parasito ( )

parasito ( )

parasito ( )

parasito ( )

parasito ( )

parasito ( )

parasito ( )

Carga Proviral:________________ ( se não realizado = 99999999)

Log da Carga Proviral:_____________ ( se não realizado = 99999999)

150

Anexo IV

Questionário de Retorno na Coorte.

151

Serviço de Imunologia - Ambulatório Multidisciplinar de HTLV-I/II

Questionário de retorno/ coorte de HTLV-I/II

I - Identificação

Nome: ______________________________________________ Sexo: _____

Idade: ________

Data da entrevista _____/____/_____ Registro da

Pesquisa: _______

Número do retorno: _______ Reg.

HUPES______________

Endereço atual: ______________________________ Telefone atual: ___________

II - Sintomas Urinários

1- Em média quantas vezes por dia você urina? ( )

1. Menos que 4 vezes

2. 4 a 6 vezes

3. 7 a 10 vezes

4. Mais que 10 vezes

9. Não informado

2- Você levanta a noite para urinar habitualmente? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem

Informação

Se a resposta for Sim, siga para a questão 3; se Não, siga para a 4

3- Em média, quantas vezes por noite você se levanta para urinar? ( )

1. De 1 a 2 vezes

152

2. De 3 a 4 vezes

3. Mais que 4 vezes

6. Não se aplica

9. Não informado

4- Quando você tem vontade de urinar tem que ir correndo ao banheiro porque não

consegue controlar a bexiga? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

5- Você perde urina na roupa? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

Se sim, provocado por esforço ou não ( )

1 = provocado por esforço; 2 = sem esforço; 6 = Não se aplica; 9 = não informado

6- Você faz força para esvaziar a bexiga? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

7- Você sente dor ou ardor ao urinar? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

As perguntas de 8 até 13 serão feitas só aos homens

Agora eu vou fazer perguntas sobre sua atividade sexual nas últimas 4 semanas

8- Utilizando as categorias a seguir, como você se descreve ( )

1. Sempre capaz de ter e manter uma ereção boa o suficiente para uma relação sexual

2. Geralmente capaz de ter e manter uma ereção boa o suficiente para uma relação

sexual

153

3. Ás vezes capaz de ter e manter uma ereção boa o suficiente para uma relação

sexual

4. Nunca capaz de ter e manter uma ereção boa o suficiente para uma relação sexual

6. Não se aplica

9. Não Informado

9- Qual foi o seu nível de confiança em obter uma ereção? ( )

1. Muito baixa; 2. Baixa; 3. Moderada; 4. Alta; 5. Muito Alta; 9. Não Informado 6

Não se aplica

10- Suas ereções foram duras o suficiente para conseguir penetração? ( )

0. Sem atividade sexual

1. Quase nunca ou nunca

2. Poucas vezes (muito menos que a metade das vezes)

3. Algumas vezes (aproximadamente a metade das vezes)

4. A maioria das vezes (muito mais que a metade das vezes)

5. Quase sempre ou sempre

6 Não se aplica

9. Não informado

11- Foi capaz de manter a ereção após ter penetrado sua parceira ? ( )

0. Sem atividade sexual

1. Quase nunca ou nunca

154

2. Poucas Vezes (muito menos que a metade das vezes)

3. Algumas vezes (aproximadamente a metade das vezes)

4. A maioria das vezes (muito mais que a metade das vezes)

5. Quase sempre ou sempre

6. Não se aplica

9. Não informado

12- Teve dificuldade para manter a ereção até o fim da relação sexual? ( )

0. Não tentei ter relação sexual

1. Quase sempre ou sempre

2. A maioria das vezes (muito mais que a metade das vezes)

3. Algumas vezes (aproximadamente a metade das vezes)

4. Poucas vezes (muito menos que a metade das vezes)

5. Quase nunca ou nunca

6. Não se aplica

9. Não informado

13- Suas relações sexuais foram satisfatórias nas últimas quatro semanas? ( )

0. Sem atividade sexual

1. Quase nunca ou nunca

2. Poucas vezes (muito menos que a metade das vezes)

3. Algumas vezes (aproximadamente a metade das vezes)

4. A maioria das vezes (muito mais que a metade das vezes)

155

5. Quase sempre ou sempre

6. Não se aplica

9. Não se aplica

14.a- Avaliação do nível de gravidade da disfunção erétil ( )

Somar os pontos das questões de 8.a 13

1. Menor que 11 = grave

2. Entre 11 e 16 = moderada

3. Entre 17 e 21 = leve

4. Maior que 22 = normal

6. Não se aplica

9. Não informado

14.b- Diminuição ou perda da libido ( )

1=Sim ; 2=Não; 9= Não informado

15- Você faz uso de medicação para disfunção erétil? ( )

1 = Sim; 2 = Não; 6 = Não se aplica; 9 = Não informado

16- Você faz uso de cateterismo vesical? ( )

1 = Sim; 2 = Não; 6 = Não se aplica; 9 = Não informado

III - Exame Neurológico

156

17- Nos últimos 12 meses você tem sentido dormência ou formigamento nas mãos? (

)

1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

18- Nos últimos 12 meses você tem sentido dormência ou formigamento nos seus

pés? ( )

1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

19- Nos últimos 12 meses você sentiu fraqueza nos braços que durou mais que uma

semana? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

20- Nos últimos 12 meses você sentiu fraqueza nas pernas que durou mais que uma

semana? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

21- Nos últimos 12 meses você sentiu alguma dificuldade para andar? ( )

1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

22- Nos últimos 12 meses você sentiu alguma dificuldade para correr? ( )

1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

As questões de 23 a 37 serão preenchidas mediante exame físico.

Escalas neurológicas

23- Escala EIFS (0-5):

FP ( )

157

FC ( )

FT ( )

FM ( )

FS ( )

F.VESICAIS ( )

FI ( )

F.Visuais ( )

OF ( )

24. Escala EDSS (0-10) ( )

25. Escala OSAME (0-13) ( )

26. Ambulatorial (tempo / 8m) ( )

27. Espasticidade (0-4) ( )

Escala de Espasticidade (Escala de Ashworth modificada)

0= Tônus muscular normal

1= Aumento leve do tônus muscular, sinal do canivete (resistência inicial e facilita no

final)

1a= Aumento leve do tônus muscular (resistência maior inicial e resistência mínima

no restante)

2= Aumento acentuado do tônus muscular na maior parte da extensão do movimento,

mas parte afetado e facilmente movimentada passivamente

3= Aumento acentuado do tônus muscular na maior parte da extensão do movimento,

Movimento passivo dificultado

4 = postura viciosa da parte afetada

158

28- Escala motora (graus: 0 a 5 em cada segmento)

superior proximal D ( ) superior proximal E ( )

superior distal D ( ) superior distal E ( )

Inferior proximal D ( ) inferior proximal E ( )

Inferior distal D ( ) inferior distal E ( )

29- Reflexos Profundos (graus 0 a 4)

biceps D ( ) bíceps E ( )

triceps D ( ) tríceps E ( )

braquiorradial D ( ) braquiorradial E ( )

patelar D ( ) patelar E ( )

aquíleo D ( ) aquíleo E ( )

Cutâneo - plantar D ( ) Cutâneo – plantar ( ) (flexor, extensor,

indiferente)

IV - Exame reumatológico

30-. Nos últimos 12 meses você teve dores em alguma de suas articulações

que duraram mais que uma semana? ( )

(0=NAO, 1=Monoarticular, 2=Oligoarticular, 3=Poliarticular, 9= sem informação)

31- Presença de sinovite? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

159

32- Presença de rigidez articular? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

32.b-Diminuição da mobilidade articular. ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

33- Presença de deformidade articular? ( ) 1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

33.b – Doença articular associada ao HTLV ( )

1=Sim; 2= Não; 3= Suspeita

V - Avaliação Odontológica

34- Você tem sensação de boca seca? ( ) 1-=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

35- Presença de gengivite? ( ) 1-=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

36- Presença de inflamação periodontal? ( ) 1-=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

37- Presença de mucosa seca? ( ) 1-=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

VI - Avaliação Laboratorial

38- Hemograma

Hematocrito ______%

Hemoglobina ____g

Leucócitos ______x1000

Bastões ______%

Segmentados ______%

Linfocitos ______%

Linfócitos atípicos ______%

Eosinofilos _____%

Monócitos _______%

Basofilos ______%

160

Plaquetas ______x1000

39- Parasitológico de fezes: Preencha com N se negativo ou P se positivo: ( )

Se positivo, preencha a seguir: 1. S. stercoralis, 2. S. mansoni, 3 A. lumbricoides, 4.

A. duodenalis, 5 T. trichi 6. E. histolitica, 7. E. nana, 8. E. vermicularis, 9. I.

butschili, 10. G. lamblia, 11. E. coli, 12. Chilomastix mesnili

parasito 1 ( )

parasito 2 ( )

parasito 3 ( )

40- Carga proviral : log

41- Citocinas: IFN TNF: IL10 IL5

VII - Uso de Medicamentos

42- Você está em uso de algum medicamento? ( )

1=Sim; 2=Não; 9=Sem Informação

Med1:________________________________________

Med2:________________________________________

Med3:________________________________________

161

Anexo V

Escala de Incapacidade Funcional por Sitemas e Escala de

Incapacidade Funcional Ampliada.

162

ESCALA DE INCAPACIDADE FUNCIONAL POR SISTEMAS (EIFS)

(KURTZKE, 1965; KURTZKE, 1983; GOODKIN et al., 1992)

Registro da Pesquisa Data Examinador

FUNÇÕES PIRAMIDAIS:

0. Normal.

1. Sinais anormais sem incapacidade motora.

2. Incapacidade mínima.

3. Paraparesia ou hemiparesia discreta ou moderada; monoparesia grave.

4. Paraparesia ou hemiparesia acentuada; tetraparesia moderada; ou monoplegia.

5. Paraplegia, hemiplegia ou acentuada tetraparesia.

6. Tetraplegia.

V. Desconhecido.

FUNÇÕES CEREBELARES:

0. Normal.

1. Sinais anormais sem incapacidade motora.

2. Ataxia discreta em qualquer membro.

3. Ataxia moderada do tronco ou de membros.

4. Ataxia severa dos quatro membros.

5. Incapacidade de realizar movimentos coordenados devido a ataxia.

163

V. Desconhecido.

X.

Utilizado depois de cada número quando a fraqueza (grau 03 ou mais na função

piramidal) interfere com o teste.

FUNÇÕES DO TRONCO CEREBRAL:

0. Normal.

1. Somente sinais anormais.

2. Nistagmo moderado ou outra incapacidade leve.

3. Nistagmo grave, acentuada paresia da musculatura extra-ocular ou

incapacidade moderada de outros nervos cranianos.

4. Disartria acentuada ou outra incapacidade acentuada.

5. Incapacidade de deglutir ou falar.

V. Desconhecido.

FUNÇÕES MENTAIS:

0. Normal.

1. Alteração apenas do humor (não altera o índice de incapacidade).

2. Leve comprometimento mental.

3. Moderado comprometimento mental.

4. Acentuado comprometimento mental (moderada síndrome cerebral crônica).

5. Demência ou grave síndrome crônica.

V. Desconhecido.

FUNÇÕES SENSITIVAS (revisado 1982):

164

0. Normal.

1. Sensibilidade vibratória ou estereognosia diminuída, somente em um ou dois

membros.

2. Diminuição leve da sensibilidade tátil ou dolorosa ou de posição, e/ou diminuição

moderada da sensibilidade vibratória em um ou dois membros; ou diminuição

somente da vibratória (com ou sem estereognosia) em três ou quatro membros.

3. Diminuição moderada da sensibilidade tátil ou dolorosa ou de posição, e/ou perda

da sensibilidade vibratória em um ou dois membros; ou leve diminuição da

sensibilidade tátil dolorosa e/ou

diminuição moderada da sensibilidade proprioceptiva, em três ou quatro membros.

4. Diminuição acentuada da sensibilidade tátil ou dolorosa e/ou perda da

sensibilidade proprioceptiva em um a dois membros; ou diminuição moderada da

sensibilidade tátil dolorosa e/ou diminuição severa da sensibilidade proprioceptiva

em mais de dois membros.

5. Perda da sensibilidade de um ou dois membros; ou moderada diminuição de

sensibilidade tátil ou dolorosa e/ou perda da sensibilidade proprioceptiva na maior

parte do corpo abaixo da linha da cabeça.

6. Perda da sensibilidade abaixo da cabeça.

V. Desconhecido.

FUNÇÕES VESICAIS (revisado 1992):

0. Normal.

1. Sintomas urinários sem incontinência.

165

2. Incontinência menor ou uma vez por semana.

3. Incontinência mais de uma vez por semana.

4. Incontinência diária ou mais que 01 vez por dia.

5. Cateterização contínua.

6. Grau 5 para bexiga e grau 5 para disfunção retal.

V. Desconhecido.

X. Adicionar se o paciente for classificado de 1-4 e fazer uso de cateterismo

intermitente.

FUNÇÕES INTESTINAIS (revisado 1992):

0. Normal.

1. < obstipação diária e sem incontinência.

2. Obstipação diária e sem incontinência.

3. Incontinência < uma vez por semana.

4. Incontinência > uma vez por semana e não diária.

5. Sem controle de esfíncter retal.

6. Grau 5 para bexiga e grau 5 para disfunção retal.

V Desconhecido.

FUNÇÕES VISUAIS:

0. Normal.

1. Escotoma com acuidade visual (corrigida) igual ou melhor que 20/30.

166

2. Pior olho com escotoma com acuidade visual máxima (corrigida) de 20/30 a 20/59.

3. Pior olho com amplo escotoma, ou diminuição moderada nos campos, porém com

acuidade visual máxima (corrigida) de 20/60 a 20/99.

4. Pior olho com diminuição acentuada nos campos e acuidade visual máxima

(corrigida) de 20/100 a 20/200; ou grau 3 com acuidade visual do melhor olho

igual ou menor que 20/60.

5. Pior olho com acuidade visual máxima (corrigida) menor que 20/200; ou grau 4

com acuidade visual do melhor olho igual ou menor que 20/60.

6. Grau 5 com acuidade visual do melhor olho igual ou menor que 20/60.

V. Desconhecido.

X. É adicionado aos graus de 0 a 6 se existir palidez temporal.

167

ESCALA DE INCAPACIDADE FUNCIONAL AMPLIADA (EDSS)

(KURTZKE, 1965; KURTZKE, 1983)

0. Exame neurológico normal (grau 0) em todas as avaliações do sistema funcional

- SF.

1,0. Nenhuma incapacidade; sinais mínimos em um SF (ou seja grau 1).

1,5. Nenhuma incapacidade; sinais mínimos em mais de um SF (mais de um SF grau

1).

2,0. Incapacidade mínima em um SF (um SF grau 2; outros graus 0 ou 1).

2,5. Incapacidade em dois SF (dois SF grau 2; outros graus 0 ou 1).

3,0. Incapacidade moderada em um SF (um SF grau 3 , outros grau 0 ou 1),ou discreta

incapacidade em três ou quatro SF (três ou quatro SF grau 2 ;outros 0 ou 1)

embora completamente ambulatorial.

3,5. Deambulação plena, com incapacidade moderada em um SF (um SF grau 3) e um

ou dois SF grau 2; ou dois SF grau 3; ou cinco SF grau 2 (outros 0 ou 1).

4,0. Deambulação plena sem ajuda; auto-suficiente; ativo por cerca de 12 horas por

dia, apesar da incapacidade relativamente grave consistindo de um SF grau 4

(outros 0 ou 1), ou combinações de graus menores excedendo os limites das

etapas anteriores capaz de caminhar cerca de 500 metros sem ajuda ou descanso.

4,5. Deambulação plena sem ajuda; ativo durante grande parte do dia; capaz de

trabalhar por um dia inteiro; porém, pode apresentar alguma limitação da

atividade completa ou precisar de um pouco de ajuda; caracteriza-se por

incapacidade relativamente grave, geralmente consistindo de um SF grau 4

168

(outros 0 ou 1), ou combinações de graus menores excedendo os limites das

etapas anteriores; capaz de caminhar cerca de 300 metros sem ajuda ou descanso.

5,0. Deambulação sem ajuda ou descanso para caminhar cerca de 200 metros;

incapacidade grave o suficiente para comprometer as atividades diárias (por

exemplo, trabalhar o dia inteiro sem dispositivos especiais); os equivalentes

comuns do SF são de grau 5, isoladamente (outros 0 ou 1),ou combinações de

graus menores, geralmente excedendo os limites da etapa 4,0.

5,5. Deambulação sem ajuda ou descanso para caminhar por 100 metros;

incapacidade grave o suficiente para impedir a realização de atividades diárias; os

equivalentes comuns do SF são de

grau 5, isoladamente (outros 0 ou 1), ou combinações de graus menores,

geralmente excedendo os limites da etapa 4,0.

6,0. Assistência intermitente ou com auxílio unilateral constante (bengala, muleta ou

suporte) para caminhar cerca de 100 metros com ou sem descanso; os

equivalentes comuns do SF são combinações com mais de 2 SF grau 3+.

6,5. Assistência bilateral constante (bengala, muleta, suporte) para caminhar cerca de

20 metros sem descanso; os equivalentes comuns do SF são combinações com

mais de dois SF grau 3 +.

7,0. Incapacidade para caminhar além de cerca de 5 metros, mesmo com auxílio;

restrito a cadeira de rodas; capaz de conduzir a cadeira de rodas comum sem

auxílio, além de entrar e sair da cadeira sem ajuda; consegue permanecer em

atividade, na cadeira de rodas, por cerca de 12 horas por dia; os equivalentes

169

comuns do SF são combinações com mais de um SF grau 4+; muito raramente,

função piramidal grau 5 isoladamente.

7,5. Incapacidade para dar mais do que alguns passos; confinamento à cadeira de

rodas; pode precisar de ajuda para sair e sentar na cadeira; capaz de conduzir a

cadeira sem ajuda, mas não consegue permanecer na cadeira de rodas comum o

dia inteiro; precisa de cadeira de rodas motorizada; os equivalentes comuns do SF

são combinações com mais de um SF grau 4+.

8,0. Restrito ao leito ou a cadeira, ou consegue se locomover com a cadeira de rodas,

porém não consegue ficar fora da cama por muito tempo; consegue realizar

algumas funções para cuidar da sua própria higiene e mantém o uso dos braços;

os equivalentes comuns do SF são combinações com grau 4+ em diferentes

sistemas.

8,5. Essencialmente confinado a cama na maior parte do dia; consegue realizar

algumas funções para cuidar de sua própria higiene e mantém algum uso dos

braços; os equivalentes comuns do SF são combinações com grau 4+ em

diferentes sistemas.

9,0. Paciente acamado e desamparado; consegue se comunicar e comer; os

equivalentes comuns do SF são combinações, em sua maioria, do grau 4+

9,5. Paciente totalmente desamparado e acamado; incapaz de se comunicar com

eficácia ou comer/ engolir; os equivalentes comuns do SF são combinações,

quase todos do grau 4+.

10. Morte devida a complicações da Esclerose Múltipla.

170

Anexo VI

Escala de Incapacidade Motora de Osame.

171

ESCALA DE INCAPACIDADE MOTORA DE OSAME (OMDS)

(IZUMO et al., 1996)

0. anda e corre normalmente.

1. Marcha normal mas corre lentamente.

2. Marcha anormal.

3. Marcha anormal e não consegue correr.

4. Necessita de apoio em escadas.

5. Necessita de apoio em uma das mãos para andar.

6. Necessita de apoio bilateral para andar.

7. Necessita de apoio bilateral para andar mas é limitado a 10 metros.

8. Necessita de apoio bilateral para andar mas é limitado a 5 metros.

9. não consegue andar mas pode engatinhar com a ajuda das mãos e joelhos.

10. rasteja com as mãos.

11. não consegue rastejar mas pode se virar na cama.

12. não se vira mas pode movimentar os dedos dos pés acamado e imóvel.

13. completamente restrito ao leito

172

Anexo VII

Escala Ambulatorial de Hauser.

173

ESCALA AMBULATORIAL

(Hauser SL et al., 1983)

0. Assintomático

1. Deambula normalmente. Relata fadiga que interfere com as atividades.

2. Marcha anormal ou desequilíbrio, distúrbio na marcha relatado pela família e

amigos, capaz de andar 8 metros em até 10 segundos.

3. Deambula independentemente, capaz de andar 8 metros em até 20 segundos.

4. Necessitando de apoio unilateral para andar (bengala ou auxílio, capaz de andar 8

metros em até 20 segundos).

5. Necessitando de apoio unilateral para andar, capaz de andar 8 metros em até 20

segundos ou com apoio unilateral em até 25 segundos.

6. Necessita de apoio bilateral e mais de 20 segundos para deambular 8 metros, pode

usar cadeiras de rodas esporadicamente.

7. Marcha limitado a vários passos, com apoio bilateral, com incapacidade para andar

8 metros, utilizando cadeira de rodas para várias atividades.

174

Anexo VIII

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

175

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Nome do Projeto: Resposta Imunológica, Fatores Virais e Infecções por Helmintos

na Expressão da Doença Associada ao HTLV-1

Nome do Participante:

Investigador Principal: Edgar M. Carvalho, médico, Hospital Universitário Prof.

Edgard Santos, Rua João das Botas s/n, Canela, 40110-160, Salvador-Bahia-Brazil.

Convite e Objetivo: Você é convidado a participar de um estudo que tem como

objetivo determinar doenças ou manifestações clínicas associadas à infecção causada

pelo vírus HTLV-1 e avaliar as razões pelas quais alguns pacientes apresentam

doença neurológica associada à infecção pelo HTLV-1. Participam do estudo 500

indivíduos infectados pelo HTLV-1, 40 pacientes com mielopatia associada ao

HTLV-1 e 40 pessoas que não estão infectadas por este vírus. Além das informações

aqui prestadas você pode perguntar tudo sobre o estudo ao seu médico. Caso decida

participar do estudo você será solicitado a assinar este formulário de consentimento.

Participação Voluntária: A sua participação é voluntária. Você pode desistir de

participar a qualquer momento, ou seja, agora ou durante a resposta ao questionário e

ao exame físico. Você tem liberdade de se recusar a responder qualquer pergunta do

questionário que considere invasora de privacidade, causadora de constrangimento

e/ou desconforto moral. Caso você decida não participar do estudo, você não terá

nenhuma perda por isso. Participando ou não, você receberá o acompanhamento

médico oferecido aos pacientes do ambulatório de HTLV.

Finalidade: O estudo visa determinar se algumas doenças ou manifestações clínicas

estão associadas à infecção pelo vírus HTLV-1, assim como a relação entre a resposta

176

imune, fatores virais e infecção por helmintos com o desenvolvimento da doença

neurológica. Iremos também comparar a freqüência de manifestações clinicas e

resposta imune em pacientes com e sem infecção por helmintos. Além disso, iremos

determinar a carga pró-viral do HTLV-1 e armazenar o material para determinar se

diferenças virais podem explicar porque alguns pacientes desenvolvem doença e

outros não.

Procedimentos: Caso você concorde em participar do estudo você responderá a um

questionário perguntando sobre queixas clínicas e será examinado por uma equipe de

médicos e um dentista. Você será solicitado a fornecer 30ml de sangue

(aproximadamente o equivalente a duas colheres de sopa) e a realizar anualmente

exame parasitológico de fezes. Em caso de você desenvolver problemas

neurológicos, será feita uma punção na sua coluna para obtenção de líquor e

determinar se você tem anticorpos contra o HTLV-1 no sistema nervoso central. Caso

você não deseje responder alguma pergunta do questionário você poderá não fazê-lo

sem que haja qualquer prejuízo. A coleta de sangue será solicitada novamente se você

apresentar novas manifestações neurológicas e no final do estudo.

Duração do estudo: Após a assinatura do termo de consentimento sua participação

no estudo será de 8 anos sendo que a cada ano você deverá comparecer ao

ambulatório de HTLV-1 para avaliação clínica e neurológica. Coleta de sangue para

estudos imunológicos será feita duas vezes no início e fim do estudo.

Confidencialidade: Qualquer informação obtida durante o estudo só será do

conhecimento da equipe e do órgão internacional que protege indivíduos em pesquisa

(Escritório de Proteção de Pesquisa em Humanos dos Estados Unidos). Você e

qualquer participante deste estudo não serão identificados por nome nas publicações

177

dos resultados do estudo. A confidencialidade estará de acordo com a Constituição

Brasileira e a Resolução 196/96.

Análise de Riscos e Benefícios: Pequena dor no local da coleta de sangue poderá

ocorrer. Em alguns casos, a coleta de sangue pode ser acompanhada por pequeno

sangramento ou formação de hematoma. Os riscos da punção da coluna para coleta

de líquor são sangramentos e infecção, ambos raros. Mais de 50% dos pacientes

apresentam dor de cabeça, que quando necessária é tratada com hidratação e repouso.

A resposta ao questionário e a realização de exames clínicos e de exame físico

poderão identificar alguma anormalidade na sua saúde que não estava sendo

observada por você. Caso seja identificado algum problema clínico ou neurológico as

providências devidas serão tomadas para que se faça o diagnóstico e tratamento do

problema.

Retorno de Benefícios para o Sujeito e para a Sociedade: Como muitas queixas

clínicas são comuns e não necessariamente relacionadas à infecção pelo vírus HTLV-

1, é importante determinar que alterações clínicas e neurológicas estão relacionadas

com a infecção pelo HTLV-1. Isto permitirá um melhor esclarecimento à população

sobre mielopatia associada ao HTLV-1. Os estudos imunológicos contribuirão para

identificar marcadores laboratoriais associados ao desenvolvimento da doença

neurológica.

Custos: Você não terá custos com a sua participação no estudo. Adicionalmente as

suas despesas com transporte e alimentação para participar no estudo serão pagas

pelo projeto.

178

Esclarecimentos: Caso você precise de esclarecimentos posteriores pode contar com

os seguintes investigadores pelo telefone 3237-7353: Dr. Edgar M. Carvalho e Dr.

André Luiz Muniz.

Consentimento: Se você leu o consentimento informado ou este lhe foi explicado e

você aceita participar do estudo, favor assinar o nome abaixo. A você será entregue

uma cópia deste formulário para guardar.

Sim, aceito participar do estudo.

Não, não aceito participar do estudo.

______________________________________ ____________

_______

Assinatura do participante Data

Hora

______________________________________ ____________

_______

Assinatura do pesquisador Data

Hora

179

_______________________________________ ______________

________

Assinatura da testemunha Data

Hora

180

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para Controles

Nome do Projeto: Resposta Imunológica, Fatores Virais e Infecções por Helmintos

na Expressão da Doença Associada ao HTLV-1

Investigador Principal: Edgar M. Carvalho, médico, Hospital Universitário Prof.

Edgard Santos, Rua João das Botas s/n, Canela, 40110-160, Salvador-Bahia-Brasil.

Comitê de Ética: CEP/COM/UFBA-Rua Augusto Viana, s/n, Canela – Hospital

Universitário Prof. Edgard Santos, 1º. Andar, CEP 40110-160-Salvador-Bahia, Tel

(71) 3283-8043.

Nome do Participante:

Número de Identificação no Projeto:

Convite e Objetivo: Você é convidado a participar de um estudo que tem como

objetivo avaliar as razões pelas quais alguns pacientes apresentam doença

neurológica associada à infecção pelo HTLV-1. Além das informações aqui presentes

você pode perguntar tudo sobre o estudo aos médicos que fazem parte do projeto.

Antes de concordar em participar desta pesquisa é importante que você leia este

documento, e caso decida participar do estudo você será solicitado (a) a assinar este

formulário de consentimento.

Você foi selecionado como um possível participante nesse estudo porque você doou

sangue a um banco de sangue em Salvador, Bahia e foi identificado como NÃO

estando infectado pelo vírus HTLV-1.

Participação Voluntária:

181

A sua participação no estudo é voluntária e você estará contribuindo para o melhor

entendimento da doença causada pelo vírus HTLV-1. Sua participação nesse estudo

será de apenas 1 dia. Você é livre para recusar a participar no estudo, sem perder os

seus direitos a cuidados médicos de rotina e sem nenhuma conseqüência quanto a

futuros cuidados médicos no Hospital Universitário Prof. Edgard Santos.

Finalidade do Estudo: O objetivo desse estudo é entender as razões porque pessoas

desenvolvem uma doença neurológica associada ao HTLV-1 e quais outros sintomas

elas podem vir a desenvolver por causa dessa infecção.

Procedimentos: Caso você decida participar do estudo será solicitado que você doe

trinta mililitros de sangue (mais ou menos 2 colheres de sopa) que vão ser usados

para avaliar sua resposta imunológica (sua capacidade de combater infecções).

Confidencialidade: Qualquer informação obtida durante este estudo será

confidencial sendo apenas compartilhada com outros membros da equipe cientifica.

Os resultados serão divulgados na forma de comunicação científica, não permitindo a

identificação individual dos participantes.

Análises de Riscos e Benefícios:

A retirada de sangue nos pacientes pode provocar dor leve devido à punção com

agulha. Em casos raros se acompanha de sangramento ou mancha na pele. A retirada

de sangue venoso é um procedimento médico de rotina, e todos os cuidados

apropriados serão tomados.

Retorno de Benefícios para o Sujeito e para a Sociedade: Muito pouco se sabe a

respeito dos sintomas iniciais da doença neurológica associada ao HTLV-1. O

objetivo do presente estudo é identificar anormalidades imunológicas associadas ao

HTLV-1. O conhecimento adquirido através desse estudo poderá no futuro ajudar

182

pessoas infectadas pelo HTLV-1, pois permitirá identificar precocemente pessoas

propensas a desenvolver problemas neurológicos e neste caso poder realizar

precocemente tratamento na perspectiva de evitar o desenvolvimento da doença.

Desta forma, o estudo não traz para você nenhum benefício mas ajudará os

indivíduos que são infectados pelo HTLV-1.

Custos: Você não terá quaisquer custos com os exames de laboratório ou com a

avaliação médica. Você não receberá nenhum pagamento por sua participação nesse

estudo. Adicionalmente as suas despesas com transporte e alimentação para

participar no estudo serão pagas pelo projeto.

Esclarecimentos:

Caso tenha alguma pergunta ou apresente alguma complicação relacionada aos

procedimentos realizados na pesquisa, você pode contatar pelo telefone 3237-7353 os

pesquisadores: Dr. Edgar M. Carvalho e Dr. André Luiz Muniz, no Serviço de

Imunologia do HUPES-UFBA, Rua João das Botas, s/n – Canela, telefone (071)

3237-7353, ou com o Comitê de Ética em Pesquisa CEP/COM/UFBA, na pessoa do

Dr. Eduardo Neto, no endereço Rua Augusto Viana, s/n, Canela – Hospital

Universitário Prof. Edgard Santos, 1º. Andar, CEP 40110-160-Salvador-Bahia, Tel

(71) 3283-8043.

Consentimento:

Se você leu o consentimento informado ou este lhe foi explicado e você concorda em

participar do estudo, favor assinar o nome abaixo. A você será entregue uma cópia

deste formulário para guardar.

Sim, eu concordo que a amostra de sangue possa ser guardada para pesquisa no

futuro.

183

Não, eu não concordo que a amostra de sangue possa ser guardada para pesquisa

no futuro.

Assinatura do participante Data

Hora

Assinatura da testemunha Data

Hora

COMPROMISSO DO PESQUISADOR

Discuti as questões acima apresentadas com os participantes do estudo. É minha

opinião que o indivíduo entende os riscos, benefícios e direitos relacionados a este

projeto.

Assinatura do pesquisador Data Hora

184

Anexo IX

Parecer da CONEP e aprovação do Projeto

185