ASPECTOS RELEVANTES DAS UNIÕES HOMOAFETIVAS Adriana Galvão Moura Abílio

ASPECTOS ASPECTOS RELEVANTES DAS RELEVANTES DAS

UNIÕES UNIÕES HOMOAFETIVAS HOMOAFETIVAS

Adriana Galvão Moura AbílioAdriana Galvão Moura Abílio

DA CONSTITUIÇÃO DA CONSTITUIÇÃO

FEDERAL DE 1988FEDERAL DE 1988

Aspectos relevantes das uniões homoafetivas

Família ConstitucionalizadaFamília Constitucionalizada

Antes da CF/88: Conceito jurídico de Antes da CF/88: Conceito jurídico de família extremamente limitado e taxativo.família extremamente limitado e taxativo.

Após a CF/88: Ampliação do conceito Após a CF/88: Ampliação do conceito jurídico de família. O pluralismo das jurídico de família. O pluralismo das relações familiares ocasionou mudanças relações familiares ocasionou mudanças na estrutura da sociedade.na estrutura da sociedade.


Princípios Constitucionais da FamíliaPrincípios Constitucionais da Família

Princípio da dignidade da pessoa humana (art. Princípio da dignidade da pessoa humana (art.

1º, III da CF);1º, III da CF);

Princípio da liberdade;Princípio da liberdade;

Princípio da Igualdade e respeito a diferença;Princípio da Igualdade e respeito a diferença;

Princípio da não discriminação por orientação Princípio da não discriminação por orientação

sexualsexual


Princípio da solidariedade familiar;Princípio da solidariedade familiar;

Princípio da afetividade;Princípio da afetividade;

Princípio da Segurança Jurídica.Princípio da Segurança Jurídica.


Declaração Universal dos Direitos HumanosDeclaração Universal dos Direitos Humanos

Artigo 3ºArtigo 3º: : “Toda pessoa tem capacidade “Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades para gozar os direitos e as liberdades estabelecidas nesta Declaração, sem estabelecidas nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra nascimento, ou qualquer outra condiçãocondição””


DO ALARGAMENTO DO DO ALARGAMENTO DO

CONCEITO DE FAMÍLIACONCEITO DE FAMÍLIA


Tem-se como principais núcleos familiares:Tem-se como principais núcleos familiares:

CASAMENTOCASAMENTO

Segundo o art. 1514 do CC/02:Segundo o art. 1514 do CC/02:

““O casamento se realiza no momento em O casamento se realiza no momento em que o que o homem e a mulherhomem e a mulher manifestam, manifestam, perante o juiz, a sua vontade de perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados.”declara casados.”


Segundo o art. 226, Segundo o art. 226, §§ 3º da CF/88: 3º da CF/88:

““Os direitos e deveres referentes à Os direitos e deveres referentes à sociedade são exercidos igualmente pelo sociedade são exercidos igualmente pelo homem e pela mulherhomem e pela mulher”. ”.


União EstávelUnião Estável

Lei nº 9.278, de 10 de maio de 1996

Art. 1º - É reconhecida como entidade familiar a convivência duradoura, pública e contínua, de um homem e uma mulher, estabelecida com objetivo de constituição de família.


Artigo 1723 Código CivilArtigo 1723 Código Civil::

““É reconhecida como É reconhecida como entidade familiarentidade familiar a a união estável entre homem e mulherunião estável entre homem e mulher, , configurada na convivência pública, contínua configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família”. de constituição de família”.


Família MonoparentalFamília Monoparental

Art. 226, § 4º § 4º - Entende-se, também, - Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus formada por qualquer dos pais e seus descendentes.descendentes.


Família HomoafetivaFamília Homoafetiva

STJ STJ Resp 820475. 02/09/2008 - admitiu a Resp 820475. 02/09/2008 - admitiu a possibilidade jurídica do pedido de possibilidade jurídica do pedido de reconhecimento da união estável entre reconhecimento da união estável entre homossexuais e determinou que a Justiça homossexuais e determinou que a Justiça Fluminense retome o julgamento da ação, que foi Fluminense retome o julgamento da ação, que foi extinta sem análise do mérito. extinta sem análise do mérito.

Foi a primeira vez que o STJ analisou os direitos Foi a primeira vez que o STJ analisou os direitos de um casal homossexual com o entendimento de de um casal homossexual com o entendimento de Direito de Família e não do Direito Patrimonial.Direito de Família e não do Direito Patrimonial.


Competência após decisão do STJCompetência após decisão do STJ

Antes da decisão: Vara Cível (Direito das Antes da decisão: Vara Cível (Direito das obrigações)obrigações)

Depois da decisão: Vara da Família – Depois da decisão: Vara da Família – Entidade familiar Entidade familiar

- Unificou as decisões que estavam sendo - Unificou as decisões que estavam sendo proferidas pelos Tribunais Superiores, proferidas pelos Tribunais Superiores, como:como:


DECISÃO DO STFDECISÃO DO STF

05/05/2011 - Por unanimidade, 10 votos a 05/05/2011 - Por unanimidade, 10 votos a 0, os ministros do Supremo Tribunal 0, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceram a união Federal (STF) reconheceram a união estável para casais do mesmo sexo.estável para casais do mesmo sexo.

Companheiros em relação homoafetiva, Companheiros em relação homoafetiva, duradoura e pública terão os mesmos duradoura e pública terão os mesmos diretos e deveres das famílias formadas diretos e deveres das famílias formadas por homens e mulheres.por homens e mulheres.


PARECERES DOS MINISTROSPARECERES DOS MINISTROS

Ministro Ayres Britto -Ministro Ayres Britto - “A família é a “A família é a base da sociedade, não o casamento". base da sociedade, não o casamento".

Ministro Luiz FuxMinistro Luiz Fux - "A homossexualidade - "A homossexualidade não é crime. Então porque o homossexual não é crime. Então porque o homossexual não pode constituir uma família? Em regra não pode constituir uma família? Em regra não pode por força de duas questões não pode por força de duas questões abominadas pela Constituição: a abominadas pela Constituição: a intolerância e preconceito".intolerância e preconceito".


Ministra Cármen LúciaMinistra Cármen Lúcia – “Se a República – “Se a República

põe que o bem de todos tem que ser põe que o bem de todos tem que ser

promovido sem preconceito e sem forma promovido sem preconceito e sem forma

de discriminação, como se pode ter norma de discriminação, como se pode ter norma

legal que conduza ao preconceito e legal que conduza ao preconceito e

violência? (...) Aqueles que optam pela violência? (...) Aqueles que optam pela

união homoafetiva não pode ser união homoafetiva não pode ser

desigualado em sua vida e seus direitos".desigualado em sua vida e seus direitos".


Ministro Ricardo LewandowskiMinistro Ricardo Lewandowski – “As – “As

uniões de pessoa do mesmo sexo que duram uniões de pessoa do mesmo sexo que duram

e ostentam a marca da publicidade, devem e ostentam a marca da publicidade, devem

ser reconhecidas pelo direito (...) Cuida-se, ser reconhecidas pelo direito (...) Cuida-se,

em outras palavras, de retirar tais relações em outras palavras, de retirar tais relações

que ocorrem no plano fático da que ocorrem no plano fático da

clandestinidade jurídica, reconhecendo a clandestinidade jurídica, reconhecendo a

existência do plano legal enquadrando-o no existência do plano legal enquadrando-o no

conceito abrangente de entidade familia”.conceito abrangente de entidade familia”.


Ministro Joaquim Barbosa –Ministro Joaquim Barbosa – “Estamos aqui diante de “Estamos aqui diante de

uma situação de descompasso em que o direito não foi uma situação de descompasso em que o direito não foi

capaz de acompanhar as profundas mudanças sociais. capaz de acompanhar as profundas mudanças sociais.

Essas uniões sempre existiram e sempre existirão".Essas uniões sempre existiram e sempre existirão".

Ministro Gilmar Mendes -Ministro Gilmar Mendes - "A falta de um modelo "A falta de um modelo

institucional que proteja essa relação estimula e institucional que proteja essa relação estimula e

incentiva o quadro de discriminação. (...) É dever do incentiva o quadro de discriminação. (...) É dever do

Estado a proteção, e é dever da Corte dar essa proteção Estado a proteção, e é dever da Corte dar essa proteção

se ela não foi engendrada ou concebida pelo órgão se ela não foi engendrada ou concebida pelo órgão

competente”.competente”.


Ministra Ellen GracieMinistra Ellen Gracie – “Uma sociedade – “Uma sociedade

descente é uma sociedade que não humilha descente é uma sociedade que não humilha

seus integrantes", seus integrantes",

Ministro Marco Aurélio MeloMinistro Marco Aurélio Melo – “A Constituição – “A Constituição

não permite discriminação, por isso deve se não permite discriminação, por isso deve se

equiparar o direito de todos os cidadãos”. equiparar o direito de todos os cidadãos”.


Ministro Celso de MelloMinistro Celso de Mello “Ninguém, muito “Ninguém, muito

menos os juízes, podem fechar os olhos para menos os juízes, podem fechar os olhos para

essa nova realidade. A extensão às uniões essa nova realidade. A extensão às uniões

homoafetivas do mesmo regime jurídico homoafetivas do mesmo regime jurídico

aplicado a pessoas de gênero distinto justifica-aplicado a pessoas de gênero distinto justifica-

se e legitima-se pela direita incidência dos se e legitima-se pela direita incidência dos

princípios da igualdade, liberdade, não princípios da igualdade, liberdade, não

discriminação, segurança jurídica e do discriminação, segurança jurídica e do

postulado constitucional implícito que é o direito postulado constitucional implícito que é o direito

à busca da felicidade”.à busca da felicidade”.


Ministro Cézar PelusoMinistro Cézar Peluso – “As normas – “As normas

constitucionais não excluem outras constitucionais não excluem outras

modalidades de entidade familiar (...) Os modalidades de entidade familiar (...) Os

elementos comuns de ordem afetiva e elementos comuns de ordem afetiva e

material de união de pessoas do mesmo material de união de pessoas do mesmo

sexo guarda exatamente uma comunidade sexo guarda exatamente uma comunidade

com certos elementos da união estável com certos elementos da união estável

entre homem e a mulher”.entre homem e a mulher”.


A CONVERSÃO DA UNIÃO

ESTAVEL EM CASAMENTO

CIVIL HOMOAFETIVO


Art. 226, §3º da CF/88 afirma que lei deve Art. 226, §3º da CF/88 afirma que lei deve

facilitar a conversão da união estável em facilitar a conversão da união estável em

casamento.casamento.

Art. 8° daArt. 8° da Lei n. 9.278/96 regula o dispositivo Lei n. 9.278/96 regula o dispositivo

constitucional e prevê, os conviventes poderão, constitucional e prevê, os conviventes poderão,

de comum acordo e a qualquer tempo, requerer de comum acordo e a qualquer tempo, requerer

a conversão da união estável em casamento, a conversão da união estável em casamento,

por requerimento ao Oficial do Registro Civil da por requerimento ao Oficial do Registro Civil da

Circunscrição de seu domicílio.Circunscrição de seu domicílio.


Art. 1.726 do Código Civil aduz que a Art. 1.726 do Código Civil aduz que a união estável poderá converter-se em união estável poderá converter-se em casamento, mediante pedido dos casamento, mediante pedido dos companheiros ao juiz e assento no companheiros ao juiz e assento no Registro Civil.Registro Civil.


1º pedido de conversão de união estável 1º pedido de conversão de união estável homoafetiva em casamento:homoafetiva em casamento:

27 de junho de 2011. Cidade de Jacareí/SP.27 de junho de 2011. Cidade de Jacareí/SP.

Fundamentação:Fundamentação: Constituição Federal elegeu a Constituição Federal elegeu a dignidade da pessoa humana como um de seus dignidade da pessoa humana como um de seus fundamentos, sendo que o objetivo fundamental fundamentos, sendo que o objetivo fundamental do país é a construção de uma sociedade livre, do país é a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, bem como promover o bem de justa e solidária, bem como promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade quaisquer outras formas de cor, idade quaisquer outras formas de discriminação.discriminação.


2º caso:2º caso:

28 de junho de 2011. Cidade de 28 de junho de 2011. Cidade de Brasília/DF.Brasília/DF.

Fundamentação:Fundamentação: Não inexiste qualquer Não inexiste qualquer vedação constitucional ou legal que vedação constitucional ou legal que impeça o tratamento igualitário aos casais impeça o tratamento igualitário aos casais homoafetivos e, ao se proibir a conversão homoafetivos e, ao se proibir a conversão dessa união em casamento, haveria dessa união em casamento, haveria discriminação em razão da orientação discriminação em razão da orientação sexual, ferindo diretamente a Lei Maior.sexual, ferindo diretamente a Lei Maior.


3º caso:3º caso:

07 de julho de 2011. Cidade de São Bernardo 07 de julho de 2011. Cidade de São Bernardo do Campo/SP.do Campo/SP.

Fundamentação:Fundamentação: A própria CF determina que a A própria CF determina que a lei deverá facilitar a conversão da união estável lei deverá facilitar a conversão da união estável em casamento. Ademais, o comando emanado em casamento. Ademais, o comando emanado pelo STF é claro ao afirmar que à união estável pelo STF é claro ao afirmar que à união estável entre as pessoas do mesmo sexo devem ser entre as pessoas do mesmo sexo devem ser aplicadas as mesmas regras e conseqüências aplicadas as mesmas regras e conseqüências da união estável heteroafetiva.da união estável heteroafetiva.


PROPOSTA LEGISLATIVA

Deputado Federal Jean Willys do PSOL-RJ está lutando

para iniciar a tramitação de uma PEC visando legalizar o

casamento homoafetivo no Brasil.

Para a proposta iniciar a sua tramitação são necessárias

171 assinaturas dos demais parlamentares. Todavia, até o

presente momento foram colhidas 100 assinaturas,

faltando ainda 71 ratificações.

O projeto muda parte do texto do art. 226 da Constituição

Federal para permitir a união civil entre pessoas do

mesmo sexo.


CABIMENTO DA LEI MARIA

DA PENHA NAS UNIÕES

HOMOAFETIVAS


A Lei Maria da Penha: o Marco da Legalização das Uniões Homoafetivas.

Visa coibir a violência doméstica, sendo o primeiro dispositivo legal a fazer referência expressa às famílias homossexuais, ao proibir discriminação por orientação sexual.

Violência doméstica, como diz o próprio nome, é violência que acontece no seio de uma família. Assim, a Lei Maria da Penha ampliou o conceito de família.


LEI DE REGISTROS LEI DE REGISTROS

PÚBLICOSPÚBLICOS


PROVIMENTO N. 6/2004

CGJ/RS. A Corregedoria Geral da Justiça do Estado do RS, considerando que o fato de que a simples omissão na Constituição não veda as uniões, expediu em 2004 norma determinando que os cartórios efetuassem tais registros, baseado no art. 127 da Lei de Registros Públicos, que permite que qualquer título ou documento não registrável em outro ofício (cartório), seja registrado em Títulos e Documentos.

PROVIMENTO Nº 07/2010

Dispõe sobre o registro de contratos e documentos que digam respeito a relações jurídicas de convivência ou sociedade de fato entre pessoas capazes, independentemente de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação

DESEMBARGADOR BARTOLOMEU BUENO (Corregedor-Geral da Justiça).

Decisão do Corregedor nesse sentido já permitia os cartórios da cidade de São Paulo a registrarem esses contratos. Exemplo: 26º Tabelionato de Notas de São Paulo, Capital.


FAMÍLIAS HOMOAFETIVAS FAMÍLIAS HOMOAFETIVAS

E A CDHUE A CDHU


A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) adotou novos conceitos como critério Urbano (CDHU) adotou novos conceitos como critério para atender a população, entre eles está a inclusão para atender a população, entre eles está a inclusão de casais formados por pessoas do mesmo sexo.de casais formados por pessoas do mesmo sexo.

Afirma a CDHU que as medidas foram baseadas nos Afirma a CDHU que as medidas foram baseadas nos princípios da Dignidade e da Igualdade da Pessoa princípios da Dignidade e da Igualdade da Pessoa Humana expressos na Constituição de 1988.Humana expressos na Constituição de 1988.


A ADOÇÃO POR CASAIS A ADOÇÃO POR CASAIS

HOMOAFETIVOSHOMOAFETIVOS


Adoção é o negócio jurídico complexo e Adoção é o negócio jurídico complexo e solene, que faz com que se crie um solene, que faz com que se crie um vínculo de parentesco entre o adotante e vínculo de parentesco entre o adotante e o adotado. (Carlos Roberto Gonçalves, o adotado. (Carlos Roberto Gonçalves, 2008).2008).

CC/02 – Arts. 1618 a 1629.CC/02 – Arts. 1618 a 1629.


Adoção por casais homossexuaisAdoção por casais homossexuais

Lei n. 12010/09, que estipulou novas regras Lei n. 12010/09, que estipulou novas regras para a adoção de crianças e adolescentes.para a adoção de crianças e adolescentes.

Nova lei de adoção retirou a possibilidade de Nova lei de adoção retirou a possibilidade de casais homossexuais adotarem crianças.casais homossexuais adotarem crianças.

Violação ao princípio do interesse do menor Violação ao princípio do interesse do menor (Art. 43 do ECA).(Art. 43 do ECA).


APELAÇÃO CÍVEL. ADOÇÃO. CASAL APELAÇÃO CÍVEL. ADOÇÃO. CASAL FORMADO POR DUAS PESSOAS DE MESMO FORMADO POR DUAS PESSOAS DE MESMO SEXO. POSSIBILIDADE. SEXO. POSSIBILIDADE. Os estudos Os estudos especializados não apontam qualquer especializados não apontam qualquer inconveniente em que crianças sejam inconveniente em que crianças sejam adotadas por casais homossexuaisadotadas por casais homossexuais, mais , mais importando a qualidade do vínculo e do afeto que importando a qualidade do vínculo e do afeto que permeia o meio familiar em que serão inseridas e permeia o meio familiar em que serão inseridas e que as liga aos seus cuidadores. (Ap. Cível - que as liga aos seus cuidadores. (Ap. Cível - Sétima Câmara Cível - Nº 70013801592 - Sétima Câmara Cível - Nº 70013801592 - Comarca de Bagé – RS julgamento 30/08/2008).Comarca de Bagé – RS julgamento 30/08/2008).


Registro de menores por casais Registro de menores por casais homossexuaishomossexuais

Os casais homossexuais que que Os casais homossexuais que que conseguiram adotar crianças passaram conseguiram adotar crianças passaram por outro grande problema, a questão do por outro grande problema, a questão do registro.registro.


STJ – 27/04/2010 – Manteve o registro de STJ – 27/04/2010 – Manteve o registro de adoção adoção conjunta de duas crianças por um casal de conjunta de duas crianças por um casal de lésbicas da cidade de Bagé (RS).lésbicas da cidade de Bagé (RS). A adoção era A adoção era contestada pelo Ministério Público Federal do Rio contestada pelo Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul, que pedia a anulação do registro. Grande do Sul, que pedia a anulação do registro. A decisão do STJ cria um precedente jurídico que A decisão do STJ cria um precedente jurídico que permitirá aos casais homossexuais abandonar a permitirá aos casais homossexuais abandonar a prática usada atualmente de adoção individual prática usada atualmente de adoção individual para evitar problemas legais.para evitar problemas legais.

Ressaltou-se, na oportunidade, que o fato de a Ressaltou-se, na oportunidade, que o fato de a relação ser homoafetiva não influencia na opção relação ser homoafetiva não influencia na opção sexual dos adotados e, ainda, que a adoção vai sexual dos adotados e, ainda, que a adoção vai permitir às crianças melhor amparo e qualidade de permitir às crianças melhor amparo e qualidade de vida.vida.


JURISPRUDÊNCIAJURISPRUDÊNCIA

[...] Além de a formação do vínculo de filiação assentar-[...] Além de a formação do vínculo de filiação assentar-se predominante na convenção jurídica, mister observar, se predominante na convenção jurídica, mister observar, por igual, que nem sempre, na definição dos papéis por igual, que nem sempre, na definição dos papéis maternos e paternos, há coincidência do sexo biológico maternos e paternos, há coincidência do sexo biológico com o sexo social. (...) os com o sexo social. (...) os estudos especializados não estudos especializados não indicam qualquer inconveniente em que crianças indicam qualquer inconveniente em que crianças sejam adotadas por casais homossexuais, mais sejam adotadas por casais homossexuais, mais importando a qualidade do vínculo e do afeto que importando a qualidade do vínculo e do afeto que permeia o meio familiar em que serão inseridas e que permeia o meio familiar em que serão inseridas e que as liga a seus cuidadores.as liga a seus cuidadores. (...) (Apelação Cível (...) (Apelação Cível 70013801592, 7ª Câmara Cível TJRS. Relator: Des. Luiz 70013801592, 7ª Câmara Cível TJRS. Relator: Des. Luiz Felipe Brasil Santos. Julgamento: 05/04/2006).Felipe Brasil Santos. Julgamento: 05/04/2006).


DIREITOS PREVIDENCIÁRIOS DIREITOS PREVIDENCIÁRIOS

DOS HOMOAFETIVOSDOS HOMOAFETIVOS


INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/PRES Nº 20, DE INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/PRES Nº 20, DE 11 DE OUTUBRO DE 2007 - DOU DE 11/10/200711 DE OUTUBRO DE 2007 - DOU DE 11/10/2007Confere ao companheiro ou a companheira Confere ao companheiro ou a companheira homossexual de segurado inscrito no RGPS o homossexual de segurado inscrito no RGPS o direito de integrar o rol dos dependentes e, desde direito de integrar o rol dos dependentes e, desde que comprovada a vida em comum, concorrer a que comprovada a vida em comum, concorrer a pensão por morte e de auxílio-reclusão.pensão por morte e de auxílio-reclusão.

INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/DC Nº 25 - DE 7 INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/DC Nº 25 - DE 7 DE JUNHO DE 2000 – DOU DE 8/6/2000DE JUNHO DE 2000 – DOU DE 8/6/2000Estabelece, por força de decisão judicial, Estabelece, por força de decisão judicial, procedimentos a serem adotados para a concessão procedimentos a serem adotados para a concessão de benefícios previdenciários ao companheiro ou de benefícios previdenciários ao companheiro ou companheira homossexual.companheira homossexual.


DA TIPIFICAÇÃO DO CRIME DA TIPIFICAÇÃO DO CRIME

DE HOMOFOBIADE HOMOFOBIA


Projeto de Lei 122/06 – Altera a Lei n. 7.716/89 Projeto de Lei 122/06 – Altera a Lei n. 7.716/89 que trata de crimes de preconceitos contra que trata de crimes de preconceitos contra origem, sexo, raça e a cor, tipificando dentre tais origem, sexo, raça e a cor, tipificando dentre tais condutas a orientação sexual.condutas a orientação sexual.

Art. 5º, XLII da CF/88: Passou a considerar a Art. 5º, XLII da CF/88: Passou a considerar a prática do racismo como crime inafiançável e prática do racismo como crime inafiançável e imprescritível. imprescritível. O legislador falou em racismo, mas na verdade, O legislador falou em racismo, mas na verdade, o que ele queria dizer era preconceito. o que ele queria dizer era preconceito. Preconceito é gênero, do qual o racismo é uma Preconceito é gênero, do qual o racismo é uma espécie. espécie.


O projeto visa punir severamente quem proibir a O projeto visa punir severamente quem proibir a entrada em locais públicos, quem demitir, quem entrada em locais públicos, quem demitir, quem pretere em qualquer processo de seleção pretere em qualquer processo de seleção educacional, promoção funcional ou educacional, promoção funcional ou profissional, por discriminação em virtude de profissional, por discriminação em virtude de orientação sexual. orientação sexual.

Às penas, além da reclusão de 02 a 05 anos, Às penas, além da reclusão de 02 a 05 anos, também alcançam empresas que ficam também alcançam empresas que ficam proibidas de licitar com órgãos públicos, caso proibidas de licitar com órgãos públicos, caso pratiquem qualquer discriminação para com pratiquem qualquer discriminação para com seus empregados.seus empregados.


O Projeto de Lei 122/06 visa, dentre outras O Projeto de Lei 122/06 visa, dentre outras alterações, visa modificar a atual redação alterações, visa modificar a atual redação do § 3º do art. 140 do CP para: do § 3º do art. 140 do CP para: “Se a “Se a injúria consiste na utilização de elementos injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, referentes a raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero, sexo, procedência nacional, gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gêneroorientação sexual e identidade de gênero, , ou a condição de pessoa idosa ou ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência. Pena: reclusão portadora de deficiência. Pena: reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos e multa. de 1 (um) a 3 (três) anos e multa.


Considerações Considerações FinaisFinais


Preconceito Positivado: Prisão de Preconceito Positivado: Prisão de Homossexuais (Emirados Árabes Unidos)Homossexuais (Emirados Árabes Unidos)


Manifestação a favor da Manifestação a favor da tipificação do crime de homofobiatipificação do crime de homofobia


Adoção por casais Adoção por casais homossexuaishomossexuais



Preconceito no ExércitoPreconceito no Exército


Conscientização e AtitudeConscientização e Atitude


O respeito a diversidadeO respeito a diversidade


“ “ Época triste a nossa, em que é mais fácil quebrar Época triste a nossa, em que é mais fácil quebrar um átomo do que o preconceito”.um átomo do que o preconceito”.

(Albert Einstein) (Albert Einstein)


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