61
1 ------------------------- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ---------------------- -------------------------------------- Mandato 2009-2013 ---------------------------------------- -----TERCEIRA REUNIÃO DA DÉCIMA OITAVA SESSÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA INICIADA NO DIA TRINTA DE ABRIL DE DOIS MIL E TREZE ------------------------------------------------------------- ------------------------------ATA NÚMERO NOVENTA E UM ----------------------------- -----Aos vinte e um dias do mês de Maio de dois mil e treze, e em cumprimento de convocatória emanada nos termos do disposto na alínea f) do n.º 1 do artigo 20.º do seu Regimento, reuniram a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua Sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, em sessão ordinária, sob a presidência da sua Presidente efetiva, Excelentíssima Senhora Maria Simonetta Bianchi Aires de Carvalho Luz Afonso, coadjuvada pelo Excelentíssimo Senhor Nelson Pinto Antunes e pela Excelentíssima Senhora Ana Páscoa, respetivamente Primeiro Secretário e Segunda Secretária em exercício. ---------------------------------------------------------------- -----Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados, os seguintes Deputados Municipais: --------------------------------------------------------------------------- ----- Alberto Francisco Bento, Aline Gallash Hall, Ana Bela Burt Magro Pires Marques, Ana Maria Gaspar Marques, André Nunes de Almeida Couto, António Manuel, António Manuel de Freitas Arruda, António Manuel Pimenta Prôa, António Maria Almeida Braga Pinheiro Torres, António Modesto Fernandes Navarro, António Paulo Duarte de Almeida, António Paulo Quadrado Afonso, Armando Dias Estácio, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Belarmino Ferreira Fernandes da Silva, Cláudia Alexandra de Sousa e Catarino Madeira, Diogo Feijó Leão Campos Rodrigues, Diogo Vasco Gonçalves Nunes de Bastos, Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp, Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa, Fernando Pereira Duarte, Filipe Mário Lopes, Francisco Carlos de Jesus Vasconcelos Maia, Francisco David Carvalho da Silva Dias, Gonçalo Maria Pacheco da Câmara Pereira, Gonçalo Matos Correia Castro de Almeida Velho, Hugo Alberto Cordeiro Lobo, Hugo Filipe Xambre Bento Pereira, Idália Maria Jorge Poucochinho Morgado Aparício, Inês de Drummond Ludovice Mendes Gomes, Inês Lopes Cavalheiro Ponce Dentinho de Albuquerque D’Orey, Ismael do Nascimento Fonseca, João Álvaro Bau, João Cardoso Pereira Serra, João Diogo Santos Moura, João Manuel Costa de Magalhães Pereira, João Nuno de Vaissier Neves Ferro, João Vás Lima, Joaquim Emanuel da Silva Guerra de Sousa, Joaquim Lopes Ramos, Joaquim Maria Fernandes Marques, John Law Rosas da Costa Jones Baker, Jorge Telmo Cabral Saraiva Chaves de Matos, José Alberto Ferreira Franco, José António Nunes do Deserto Videira, José Filipe de Mendonça Athayde de Carvalhosa, José Manuel Marques Casimiro, José Maximiano de Albuquerque Almeida Leitão, José Roque Alexandre, Luís Filipe da Silva Monteiro, Luís Filipe Graça Gonçalves, Manuel Luís de Sousa Silva Medeiros, Maria Albertina de Carvalho Simões Ferreira, Maria Alexandra Dias Figueira, Maria Cândida Rio Freitas Cavaleiro Madeira, Maria Clara Currito Gargalo Ferreira da Silva, Maria da Graça Rezende Pinto Ferreira, Maria de Lurdes de Jesus Pinheiro, Maria Elisa Madureira de Carvalho, Maria Filomena Dias Moreira Lobo, Maria Irene

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

1

------------------------- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ---------------------- -------------------------------------- Mandato 2009-2013 ---------------------------------------- -----TERCEIRA REUNIÃO DA DÉCIMA OITAVA SESSÃO ORDINÁRIA DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA INICIADA NO DIA TRINTA DE ABRIL DE DOIS MIL E TREZE ------------------------------------------------------------- ------------------------------ATA NÚMERO NOVENTA E UM ----------------------------- -----Aos vinte e um dias do mês de Maio de dois mil e treze, e em cumprimento de convocatória emanada nos termos do disposto na alínea f) do n.º 1 do artigo 20.º do seu Regimento, reuniram a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua Sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, em sessão ordinária, sob a presidência da sua Presidente efetiva, Excelentíssima Senhora Maria Simonetta Bianchi Aires de Carvalho Luz Afonso, coadjuvada pelo Excelentíssimo Senhor Nelson Pinto Antunes e pela Excelentíssima Senhora Ana Páscoa, respetivamente Primeiro Secretário e Segunda Secretária em exercício. ---------------------------------------------------------------- -----Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados, os seguintes Deputados Municipais: -------------------------------------------------------------------------------- Alberto Francisco Bento, Aline Gallash Hall, Ana Bela Burt Magro Pires Marques, Ana Maria Gaspar Marques, André Nunes de Almeida Couto, António Manuel, António Manuel de Freitas Arruda, António Manuel Pimenta Prôa, António Maria Almeida Braga Pinheiro Torres, António Modesto Fernandes Navarro, António Paulo Duarte de Almeida, António Paulo Quadrado Afonso, Armando Dias Estácio, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Belarmino Ferreira Fernandes da Silva, Cláudia Alexandra de Sousa e Catarino Madeira, Diogo Feijó Leão Campos Rodrigues, Diogo Vasco Gonçalves Nunes de Bastos, Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp, Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa, Fernando Pereira Duarte, Filipe Mário Lopes, Francisco Carlos de Jesus Vasconcelos Maia, Francisco David Carvalho da Silva Dias, Gonçalo Maria Pacheco da Câmara Pereira, Gonçalo Matos Correia Castro de Almeida Velho, Hugo Alberto Cordeiro Lobo, Hugo Filipe Xambre Bento Pereira, Idália Maria Jorge Poucochinho Morgado Aparício, Inês de Drummond Ludovice Mendes Gomes, Inês Lopes Cavalheiro Ponce Dentinho de Albuquerque D’Orey, Ismael do Nascimento Fonseca, João Álvaro Bau, João Cardoso Pereira Serra, João Diogo Santos Moura, João Manuel Costa de Magalhães Pereira, João Nuno de Vaissier Neves Ferro, João Vás Lima, Joaquim Emanuel da Silva Guerra de Sousa, Joaquim Lopes Ramos, Joaquim Maria Fernandes Marques, John Law Rosas da Costa Jones Baker, Jorge Telmo Cabral Saraiva Chaves de Matos, José Alberto Ferreira Franco, José António Nunes do Deserto Videira, José Filipe de Mendonça Athayde de Carvalhosa, José Manuel Marques Casimiro, José Maximiano de Albuquerque Almeida Leitão, José Roque Alexandre, Luís Filipe da Silva Monteiro, Luís Filipe Graça Gonçalves, Manuel Luís de Sousa Silva Medeiros, Maria Albertina de Carvalho Simões Ferreira, Maria Alexandra Dias Figueira, Maria Cândida Rio Freitas Cavaleiro Madeira, Maria Clara Currito Gargalo Ferreira da Silva, Maria da Graça Rezende Pinto Ferreira, Maria de Lurdes de Jesus Pinheiro, Maria Elisa Madureira de Carvalho, Maria Filomena Dias Moreira Lobo, Maria Irene

Page 2: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

2

dos Santos Lopes, Maria Isabel Homem Leal de Faria, Maria João Bernardino Correia, Maria José Pinheiro Cruz, Maria Luísa Rodrigues Das Neves Vicente Mendes, Maria Teresa Cruz de Almeida, Maria Virginía Martins Laranjeiro Estorninho, Mariana Raquel Aguiar Mendes Teixeira, Miguel Alexandre Cardoso Oliveira Teixeira, Patrocínia da Conceição Alves Rodrigues do Vale César, Paula Cristina Coelho Marques Barbosa Correia, Paulo Alexandre da Silva Quaresma, Pedro Miguel de Sousa Barrocas Martinho Cegonho, Pedro Miguel Ribeiro Duarte dos Reis, Rita da Conceição Carraça Magrinho, Rodrigo Nuno Elias Gonçalves da Silva, Rosa Maria Carvalho da Silva, Rui Jorge Gama Cordeiro, Rui Manuel Pessanha da Silva, Valdemar António Fernandes de Abreu Salgado, Vítor Manuel Alves Agostinho, Renata Andreia Lajas Custódio, João Capelo, António José Gouveia Duarte, Manuel dos Santos Ferreira, Zita Fernandes Terroso, Maria Margarida Matos Mota da Silva Carvalho, Carla Almeida, Maria Isabel Dos Prazeres Pinto Nascimento Pereira, Abílio Pereira Gaspar Braz, António Figueiredo, Luís Jorge Teixeira Mendes da Silva, António Maria Henrique, Maria Luísa Aguiar Aldim, Miguel Afonso da Silva Ribeiro Reis e João Oliveira Martins. --------------------------------------------------------------------- ------ Faltaram à reunião os seguintes Deputados Municipais:------------------------------- ------ Ana Maria Bravo Martins de Campos, Ermelinda Lopes da Rocha Brito, João Augusto Martins Taveira, João Mário Amaral Mourato Grave, José Joaquim Vieira Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado. ----------------------------------------------------------------------------- ------ Pediram suspensão do mandato, que foi apreciada e aceite pelo Plenário da Assembleia Municipal nos termos da Lei 169/99, de 18 de Setembro, com a redação dada pela Lei 5-A/2002, de 11 de Janeiro, os seguintes Deputados Municipais: ---------- ------- João Mota Lopes (Partido Social Democrata), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada Zita Fernandes Terroso. -------------------------------------------- ------ António Manuel Dias Baptista (Partido Socialista), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada Carla Sofia Lopes de Almeida. ---------------------------------- ------ Rita Susana da silva Guimarães Neves e Sá (Partido Socialista), por um dia, tendo sido substituída pelo Deputado Municipal António Maria Henrique. -------------- ------ Pedro Manuel Biscaia Pereira (Partido Socialista), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada Maria Margarida da Silva Carvalho. ---------------------------- ------ Maria do Céu Guerra (Independente.), por um dia, tendo sido substituída pela Deputada Municipal Renata Lajas. -------------------------------------------------------------- ------ Deolinda Machado (Partido Comunista Português), por um dia, tendo sido substituída pela Segunda Secretária, em exercício, Ana Páscoa. ---------------------------- ------ Adolfo Mesquita Nunes (Centro Democrático Social), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado João Carlos Fraga de Oliveira Martins. ------------------------- ------ António Ferreira de Lemos (Centro Democrático Social), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada Maria Luísa Aguiar Aldim. ---------------------------------- ------ Foram justificadas as faltas e admitidas as substituições dos seguintes Deputados Municipais, Presidentes de Junta de Freguesia: ----------------------------------

Page 3: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

3

------ Filipe António Osório de Almeida Pontes (Partido Social Democrata), Presidente da Junta de Freguesia da Sé pelo Deputado Abílio Pereira Gaspar Braz. ----- ------ Nuno Roque (Partido Social Democrata), Presidente da Junta de Freguesia do Lumiar pela Deputada Maria Isabel dos Prazeres Pinto Nascimento Pereira. ------------- ------ Maria Idalina Flora (Partido Social Democrata), Presidente da Junta de Freguesia Nossa Senhora de Fátima pelo Deputado António Figueiredo. ------------------ ------ José Maria Bento (Partido Socialista), Presidente da Junta de Freguesia de S. João, pelo Deputado Manuel dos Santos Ferreira. --------------------------------------------- ------ José Rosa do Egipto (Partido Socialista), Presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria dos Olivais, pelo Deputado Luís Jorge Teixeira Mendes da Silva. ---------- ------ Carlos Lima (Partido Comunista Português), Presidente da Junta de Freguesia do Castelo, pelo Deputado João Capelo. ------------------------------------------------------- ------ Jorge Manuel da Rocha Ferreira (Partido Comunista Português), Presidente da Junta de Freguesia da Madalena, pelo Deputado António José Gouveia Duarte. -------- ------ A Câmara esteve representada pelo Senhor Presidente em exercício, Vereador Manuel Salgado, e pelos Srs. Vereadores: Maria João Mendes, Catarina Vaz Pinto, Helena Roseta e Manuel Brito. ------------------------------------------------------------------- -----Estiveram ainda presentes os Srs. Vereadores da oposição: Victor Gonçalves, Miguel Graça, João Marrana, António Monteiro e Carlos Moura. -------------------------- ------ Às quinze horas e vinte e cinco minutos, constatada a existência de quórum, a Senhora Presidente declarou aberta a reunião, terceira da Sessão Ordinária iniciada no dia trinta de Abril de dois mil e treze. -------------------------------------------------------- ----- Disse que iriam ser votadas em conjunto as propostas números 150/2012, com as alterações da proposta 54/2013, e recomendavam à Câmara um texto conjunto para publicação, evitando assim qualquer confusão que pudesse surgir. ------------------------- ------------------------- CONTINUAÇÃO DA ORDEM DO DIA -------------------------- ------ Segue-se a transcrição das Propostas nºs 150/2012 e 54/2013, pontos 13 e 14, respetivamente, da Ordem de Trabalhos, debatidas e votadas em conjunto. ----------------- ------ Proposta N.º 150/2012 - SUBMETER À APRECIAÇÃO E DELIBERAÇÃO DA AML, O REGULAMENTO MUNICIPAL QUE APROVA O SISTEMA DE INCENTIVOS AS OPERAÇÕES URBANÍSTICAS COM INTERESSE MUNICIPAL , NOS TERMOS DA PROPOSTA, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA A), DO N.º2, DO ART.º 53º DA LEI N.º 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI N.º 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO. ------------------------------------------------------------------------------------- -----------------------------------PROPOSTA N.º 150/ 2012 ----------------------------------- ----- “Pelouros: Planeamento e Política de Solos, Licenciamento Urbanístico, Reabilitação Urbana e Obras: Vice-Presidente Manuel Salgado. -------------------------- ----- Serviços: DMPRGU / DPRU. --------------------------------------------------------------- ----- O projeto de Revisão do Plano Diretor Municipal de Lisboa, cuja versão final já se encontra concluída, prevê no artigo 84º do Regulamento do Plano (RPDML) que, através de regulamento municipal, seja estabelecido um sistema de incentivos a

Page 4: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

4

operações urbanísticas que apresentam interesse municipal, mas que se revelam menos vantajosas do ponto de vista da promoção imobiliária privada. ------------------- ----- No sistema de incentivos a operações urbanísticas houve que ter em conta: -------- ----- 1. Os objetivos estratégicos de interesse público, tais como: a reabilitação, a compactação e o repovoamento de Lisboa, assentes numa estratégia de atracão para o Centro do investimento que, durante décadas, afluiu à periferia Norte de Lisboa e aos concelhos limítrofes; -------------------------------------------------------------------------- ----- 2. A atribuição de créditos de construção, a quem através duma operação urbanística prossiga os referidos objetivos estratégicos, que é uma das ferramentas principais para a execução do Plano e que se articula com as cedências e compensações e com as taxas urbanísticas, com vista a orientar o investimento privado no imobiliário para os objetivos de interesse público que o município estabeleceu nos termos de referência do PDM. ------------------------------------------------ ----- Neste sentido, é essencial a aprovação e entrada em vigor deste Regulamento Municipal para que sejam prosseguidos coerentemente os objetivos urbanísticos constantes da proposta de Revisão do PDM de Lisboa. -------------------------------------- ----- Em Reunião de Câmara de 21 de Dezembro de 2011, nos termos do aprovado pela Proposta n.º 733/2011, a Câmara Municipal deliberou submeter a apreciação pública, por um período de 30 dias, a Proposta de “Regulamento Municipal que aprova os Incentivos a Operações Urbanísticas com Interesse Municipal”, ao abrigo do disposto no artigo 118.º do Código do Procedimento Administrativo. ----------------- ----- Findo o período de discussão pública, que decorreu entre 29 de Dezembro de 2011 e 8 de Fevereiro de 2012, procedeu-se ao apuramento e ponderação dos respetivos resultados, que constam do Relatório de Apuramento e Ponderação junto em anexo à presente Proposta, e à elaboração da versão final de regulamento a apresentar à Câmara Municipal. ----------------------------------------------------------------- ----- Após a respetiva aprovação pela Assembleia Municipal, o Regulamento será objeto de publicação na 2.ª série do Diário da República e no Boletim Municipal. ------ ----- Assim, tenho a honra de propor ao Plenário da Câmara Municipal de Lisboa que delibere aprovar: ----------------------------------------------------------------------------------- ----- A proposta de versão final do “Regulamento Municipal que aprova o Sistema de Incentivos a Operações Urbanísticas com Interesse Municipal”, ao abrigo do disposto no n.º 7 do artigo 112.º e no artigo 241.º da Constituição da República Portuguesa, para efeitos de ulterior aprovação pela Assembleia Municipal, nos termos da alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º, conjugada com a alínea a) do n.º 2, do artigo 53.º, ambos da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro.-------------------------------------------------------------------------- ----- Lisboa, 21 de março de 2012. --------------------------------------------------------------- ----- O Vice-Presidente Manuel Salgado.” ------------------------------------------------------ ------ Proposta N.º 54/2013 - SUBMETER À APRECIAÇÃO E DELIBERAÇÃO DA AML, A ALTERAÇÃO À PROPOSTA Nº 150/2012, RELATIVA AO REGULAMENTO MUNICIPAL QUE APROVA O SISTEMA DE INCENTIVOS AS OPERAÇÕES URBANÍSTICAS COM INTERESSE

Page 5: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

5

MUNICIPAL, NOS TERMOS DA PROPOSTA, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA A), DO N.º2, DO ART.º 53º DA LEI N.º 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI N.º 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO. ------------------------------------------------------------------------------------------ -----------------------------------PROPOSTA N.º 54/ 2013 ------------------------------------- ----- “ Pelouros: Planeamento e Política dos Solos, Licenciamento Urbanístico, Reabilitação Urbana e Obras. -------------------------------------------------------------------- ----- Considerando que: ---------------------------------------------------------------------------- ----- A Câmara Municipal de Lisboa, pela Deliberação n.º 456/CM/2012, de 18 de julho de 2012, determinou a abertura de um período de discussão pública relativamente a alterações à Proposta n.º 150/2012, pela qual, em 30 de maio de 2012, a Câmara Municipal de Lisboa tinha aprovado o “Regulamento Municipal que Aprova o Sistema de Incentivos a Operações Urbanísticas com Interesse Municipal”, para efeitos de submissão à Assembleia Municipal; ------------------------------------------ ----- As alterações ao Regulamento Municipal que Aprova o Sistema de Incentivos a Operações Urbanísticas com Interesse Municipal, que foram submetidas a discussão pública, incidiram sobre questões suscitadas em sede de discussão do projeto de versão final da Revisão do Plano Diretor Municipal de Lisboa e procuraram, por um lado, obviar aos inconvenientes que poderiam decorrer das atuais condições económicas que podem não propiciar, de imediato, o dinamismo pretendido para o mercado de créditos de construção e, por outro lado, eliminar a emissão antecipada de títulos de créditos de construção antes de concluída a operação urbanística que os origina; ----------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A discussão pública decorreu entre 20 de julho de 2012 e 24 de setembro de 2012, no âmbito da qual foram apresentadas cinco participações; ------------------------- ----- Em 31 de Outubro de 2012, e com base numa proposta de ponderação das participações recebidas em sede de discussão pública, a Câmara Municipal aprovou, através da deliberação que recaiu sobre a Proposta n.º 749/2012, um conjunto de alterações a introduzir na Proposta n.º 150/2012; -------------------------------------------- ----- No âmbito da discussão que antecedeu a aprovação da Proposta n.º 749/2012, foram suscitadas questões e dúvidas que levaram a um trabalho conjunto dos vereadores subscritores da presente proposta que concluiu pela oportunidade de alterar o regime então proposto e de promover a apresentação de um novo regulamento; ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- Em particular, no tocante à atribuição de créditos de construção em razão da oferta de fogos sujeitos a valor máximo de renda ou preço de venda, no sentido de ser previsto o objeto e o conteúdo do contrato a que já aludia o Regulamento, assim como as normas regulamentares a que esta situação se deveria subordinar, até por forma a tornar claro o regime de penalização do interessado, face a um eventual incumprimento, por sua parte, das obrigações assumidas perante o Município; --------- ----- Apurou-se, ainda, a necessidade de densificar o regime correspondente ao período transitório de três anos, durante o qual, a Câmara Municipal pode emitir créditos de construção mediante o pagamento de uma contrapartida pelo interessado,

Page 6: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

6

introduzindo a necessidade de autorização, destas situações, pela Assembleia Municipal e limitando a afetação dos meios financeiros em causa à aquisição e reabilitação de imóveis ou à reabilitação de imóveis municipais; -------------------------- ----- Estas alterações foram acompanhadas pelo ajustamento da redação de algumas normas, nomeadamente uma discriminação, no texto do Regulamento, dos critérios de valoração que presidem à atribuição de créditos por reabilitação de edifícios, entre os quais, a promoção da habitação e a proteção da situação dos ocupantes, a par da oferta de fogos sujeitos a preço máximo de renda ou preço de venda, da salvaguarda e valorização do património ou da promoção de conceitos bioclimáticos e de eficiência na utilização dos recursos; ------------------------------------------------------ ----- Estas alterações, na medida em que também foram objeto de participações em sede de discussão pública, determinaram uma alteração da ponderação inicial que foi realizada dos resultados da mesma e ditaram, ainda, a proposta que ora se apresenta de revogação da deliberação que aprovou a Proposta n.º 749/2012; ---------------------- ----- Face ao exposto e para efeitos de substituição da deliberação que aprovou a Proposta n.º 749/2012, cumpre aprovar as alterações à Proposta n.º 150/2012 que constam do Anexo A que faz parte integrante da presente proposta, as quais estão refletidas na versão final do Regulamento Municipal que Aprova o Sistema de Incentivos a Operações Urbanísticas com Interesse Municipal, que constitui o Anexo B, com base na proposta de ponderação constante do “Relatório de Ponderação da Discussão Pública”, que se junta como Anexo C. --------------------------------------------- ----- Assim, temos a honra de propor ao Plenário da Câmara Municipal de Lisboa que delibere: ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- I – Revogar a deliberação da Câmara Municipal de Lisboa, de 31 de Outubro de 2012, que recaiu sobre a Proposta n.º 749/2012. ---------------------------------------------- ----- II - Aprovar a alteração à Proposta n.º 150/2012, que aprovou o Regulamento relativo ao Sistema de Incentivos a Operações Urbanísticas com Interesse Municipal, com alteração da Nota Justificativa, dos artigos 1.º, 2.º, introdução de um novo artigo 3.º e consequente renumeração dos demais artigos e, considerando esta renumeração, alteração dos artigos 5.º, 7.º, 8.º, 14.º, 15.º e 18.º, assim como alteração do Anexo II do mesmo Regulamento, para prossecução das atribuições previstas na alínea o), do n.º 1, da Lei n.º 159/99, de 14 de Setembro e ao abrigo do disposto no n.º 7 do artigo 112.º e no artigo 241.º da Constituição da República Portuguesa e, para efeitos de ulterior aprovação pela Assembleia Municipal, nos termos da alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º, conjugada com a alínea a) do n.º 2 do artigo 53.º, ambas da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, alterada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, e dos artigos 116.º a 118.º do Código do Procedimento Administrativo. -------------------------------------------------------------------------------------- ----- Lisboa, 24 de Janeiro de 2013. ------------------------------------------------------------- ----- Os Vereadores Manuel Salgado e Victor Gonçalves.” ---------------------------------- ----- COMISSÃO PERMANENTE DE ADMINISTRAÇÃO, FINANÇAS, PATRIMÓNIO, DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E TURISMO ------------------ -------------------------------------------- PARECER ----------------------------------------------

Page 7: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

7

------------------------------PROPOSTAS Nºs. 150/2012 e 54/2013 -------------------------- ----- “A Comissão Permanente de Administração, Finanças, Património, Desenvolvimento Económico e Turismo reuniu em 25 de Fevereiro de 2012, a fim de analisar e emitir parecer sobre as Propostas nº.150/2012 e 54/2013. --------------------- ----- A Câmara Municipal de Lisboa aprovou o Regulamento Municipal que aprova o Sistema de Incentivos a Operações Urbanísticas com Interesse Municipal, através da Proposta nº. 150/2012. ----------------------------------------------------------------------------- ----- Entretanto, a Comissão, em conjunto com as Comissões do Urbanismo e do PDM, procedeu à audição do Senhor Vice-Presidente da CML, Arq. Manuel Salgado, sobre a referida Proposta, na qual apresentou a mesma em PowerPoint, que se anexa ao presente Parecer. ------------------------------------------------------------------------------- ----- Após a referida audição, a CML determinou a abertura de um período de discussão pública relativamente a alterações à proposta nº. 150/2012, tendo em consideração várias questões colocadas com a Revisão do Plano Diretor Municipal de Lisboa, o qual foi aprovado na CML e na AML, também após discussão pública. --- ----- Neste contexto, terminada a discussão pública das alterações ao Regulamento em apreço, na qual foram apresentadas várias participações, a CML deliberou fazer uma ponderação das referidas participações, ponderação, esta, introduzida na Proposta nº. 54/2013. ------------------------------------------------------------------------------ ----- Assim sendo, a Comissão entende que as presentes propostas se encontram em condições de serem discutidas e votadas em plenário, recomendando que a discussão das mesmas seja feita em conjunto, dado que são complementares. ------------------------ ----- O presente parecer foi aprovado por unanimidade, estando ausentes o BE e o Senhor Deputado Independente José Franco. -------------------------------------------------- ----- Assembleia Municipal de Lisboa, em 25 de Fevereiro de 2012. ----------------------- ----- O Presidente da Comissão Rui Pessanha da Silva.” ------------------------------------ ----- COMISSÃO PERMANENTE PARA O PLANEAMENTO ESTRATÉGICO E ACOMPANHAMENTO DO PLANO DIRECTOR MUNICIPAL ------------------------- -------------------------------------------- PARECER ---------------------------------------------- -------------------------------PROPOSTAS Nºs. 150/2012 e 54/2013 ------------------------- ----- “A Comissão para o Planeamento Estratégico e Acompanhamento do Plano Diretor Municipal reuniu nos dia 9 e 6 de Maio de 2013 para deliberar a emissão de Parecer sobre a Proposta nº 150/2012, que submete à Assembleia Municipal, para aprovação, com as alterações introduzidas pela Proposta nº 54/2013, o “Regulamento Municipal que aprova o Sistema de Incentivos a Operações Urbanísticas com Interesse Municipal”. ------------------------------------------------------- ----- Previamente, a Comissão já havia abordado esta temática, tendo tido oportunidade de ouvir o Senhor Vereador Manuel Salgado sobre a mesma. ------------- ----- II. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Trata-se de um regulamento complementar do Plano Diretor Municipal, pelo qual é desenvolvida a disciplina do sistema de incentivos a operações urbanísticas designadas “de interesse municipal”, previsto no artigo 84.º do respectivo

Page 8: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

8

Regulamento, ou seja, aquelas que sendo do interesse do Município, “se revelam menos vantajosas do ponto de vista da promoção imobiliária privada”. ------------------ ----- O objetivo proposto é o de incentivar os investidores privados a concretizarem operações que, numa “lógica de mercado” não levariam a cabo - por serem insuficientemente rentáveis – mas que se entenda contribuírem para os objetivos estratégicos do Plano Diretor, em particular em matéria de reabilitação e repovoamento da Cidade e de aumento da sua eficiência ambiental, mediante a concessão aos mesmos de determinados benefícios, designados “créditos de construção”. ----------------------------------------------------------------------------------------- ----- Especificamente, as operações que se pretendem promover são aquelas de que resulte: ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- - a oferta de fogos sujeitos a valor máximo de renda ou de peço de venda; --------- ----- - a reabilitação de edifícios;----------------------------------------------------------------- ----- - o restauro e reabilitação de bens da Carta Municipal do Património; ------------- ----- - a transmissão para o Município de áreas verdes; -------------------------------------- ----- - a demolição de construções existentes em espaços verdes e no interior de quarteirões; ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- - a oferta suplementar de estacionamento para residentes em áreas deficitárias, e a melhoria da eficiência energética de edifícios, infraestruturas e espaços públicos. --- ----- A contrapartida concedida aos particulares pela promoção de operações urbanísticas que promovam estes objetivos consiste na concessão pelo Município do direito de majorar, dentro de determinados parâmetros e limites, o número de metros quadrados de superfície de pavimento susceptíveis de serem edificados, seja na própria operação que gerou os créditos, seja noutra operação. Esta faculdade é designada “créditos de construção”, é titulada por documento, e é transacionável. ---- ----- Os créditos podem ser utilizados: ---------------------------------------------------------- ----- - em obras de construção, ampliação e alteração em espaços centrais e residenciais consolidados; ------------------------------------------------------------------------ ----- - em loteamentos, quando admitidos, nesses mesmos espaços; ------------------------ ----- - em obras de construção, ampliação e alteração ou loteamentos em espaços de atividades económicas consolidados;------------------------------------------------------------ ----- em obras de conservação, reconstrução, construção, ampliação e alteração ou em loteamentos em espaços centrais e residenciais a consolidar, e em obras de conservação, reconstrução, construção, ampliação e alteração ou em loteamentos em espaços de atividades económicas a consolidar. ----------------------------------------------- ----- Na generalidade dos casos, o benefício decorrente dos créditos de construção consiste na majoração do índice de edificabilidade aplicável até um máximo, definido caso a caso no Regulamento do Plano Diretor; no caso de operações em espaços centrais e residenciais consolidados, tal benefício consiste na possibilidade, verificadas outras condicionantes, do aumento da altura das fachadas, em qualquer caso mediante prévio debate público. ----------------------------------------------------------- ----- Os créditos podem, em regra ser utilizados na operação urbanística que os gerou ou em outra operação. ---------------------------------------------------------------------

Page 9: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

9

----- Importa, no entanto assinalar como exceções os créditos que decorrem da reabilitação de edifícios e do restauro e reabilitação de bens da Carta Municipal do Património, que não podem ser utilizados na própria operação que os gerou, e bem assim aqueles que têm origem no aumento da eficiência energética dos edifícios, que apenas podem ser consumidos na própria operação de origem. ---------------------------- ----- III. ----------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Embora já exista um sistema similar, mas de âmbito mais restrito no Município do Porto, o sistema agora regulamentado apresenta-se como inovador e ambicioso, procurando, de facto, privilegiar operações urbanísticas qualificáveis como de interesse do Município face aos objetivos estratégicos definidos no Plano Diretor, sem necessidade de recurso a meios financeiros públicos. ----------------------------------- ----- Surge aqui, desde logo, uma primeira nota crítica, relativa à terminologia utilizada; na verdade, alguns Grupos Municipais entendem que a referência a “operações urbanísticas de interesse municipal” enquanto objeto de incentivos inculca a ideia de que as demais operações não revestiriam idêntico interesse, o que se lhes afigura errado. ----------------------------------------------------------------------------- ----- Em qualquer caso, e no sentido de garantir que o sistema de créditos de construção possa ser um incentivo, não apenas para os grandes promotores imobiliários, mas também para as pequenas operações de reabilitação urbana ou outras (que por exemplo sejam realizadas pelos proprietários de prédios a reabilitar ou pelos respectivos condóminos), compreende-se a opção pela utilização dos créditos de construção, não apenas por quem os adquire e na própria operação em que têm origem, mas por terceiros a quem sejam alienados e em operações diferentes da que lhes dá lugar, nos termos que acima se sumariaram. -------------------------------- ----- Esta possibilidade de alienação dos créditos coloca questões de controlo e transparência do sistema, tendo sido consignados mecanismos e garantias destinadas a este efeito, em sede de titulação dos créditos de construção, seu registo e publicidade e de prova da transmissão dos títulos. -------------------------------------------- ----- Assim: ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- - os créditos de construção são titulados por documento-tipo emitido pela Câmara, conforme estabelecido no Anexo I ao Regulamento; ------------------------------- ----- - os títulos são inscritos em registo próprio, no qual são averbadas as transmissões de que sejam objeto e as vicissitudes a que são sujeitos, nomeadamente as suas transmissões, desdobramentos, cativação, cessação da cativação e extinção; -- ----- a consulta do registo dos Títulos é facultada a todos os interessados e ao público em geral, assim como é objeto de divulgação pública no sítio da internet da Câmara Municipal. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Neste particular, enfatizam-se as melhorias introduzidas no sistema pela Proposta nº 54/2013, com a clarificação o regime da atribuição de créditos por oferta fogos sujeitos a valor máximo de renda ou preço de venda, reforçando o controlo por parte da Autarquia relativamente às transações e arrendamento dos fogos sujeitos a valor máximo de renda ou preço de venda. -----------------------------------------------------

Page 10: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

10

----- Assim, embora o Regulamento inicial já mencionasse a necessidade, nessas situações, de existir um contrato com o particular e a autarquia, introduziu-se um novo artigo 3.º, referindo as normas regulamentares que devem reger esta matéria, clarificando-se, também, o regime de penalização do interessado se não cumprir as obrigações assumidas perante o Município, assegurando que são fixadas, por via contratual, cláusulas sancionatórias para os adquirentes de créditos de construção que não promovam as operações que justificaram a atribuição dos créditos de construção. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Nas alterações introduzidas pela Proposta nº 54/2013, foi densificada a disposição transitória constante do respectivo artigo 18º, nos termos da qual, durante três anos a contar da entrada em vigor do regulamento, podem ser atribuídos créditos mediante o pagamento de uma contrapartida pelo interessado. ----------------- ----- Este regime transitório surge rodeado de especiais e merecidas cautelas, ficando a venda de créditos dependente de autorização pela Assembleia Municipal, e especificado que os meios financeiros obtidos por esta via só podem ser afetos à aquisição de imóveis pela Autarquia e sua reabilitação, ou à reabilitação de imóveis municipais, devendo, de resto, ser identificada a concreta utilização desses meios na proposta a apresentar à Assembleia Municipal. Acresce que foi utilizado um critério objetivo para efeitos de valorização dos créditos de construção, por recurso ao Código do Imposto Municipal sobre Imóveis (o valor dos créditos de construção corresponde ao aumento do valor patrimonial tributário do terreno para construção decorrente da utilização de créditos). ----------------------------------------------------------- ----- A Comissão, reconhecendo que o sistema proposto está formal e programaticamente ajustado ao Plano Diretor, manifestou no entanto reservas quanto a sua real eficiência como instrumento suscetível de promover eficazmente os objetivos propostos, nomeadamente os da reabilitação urbana e da disponibilização de fogos a custos reduzidos, nomeadamente face ao atual contexto económico. --------- ----- IV. ----------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Comissão sugere que as reflexões evidenciadas nestes Parecer – digam elas respeito aos méritos da Proposta, ou aos aspetos em que a mesma é suscetível de crítica ou aperfeiçoamento – sejam objeto de amplo debate pelo Plenário da Assembleia Municipal. ----------------------------------------------------------------------------- ----- Na sequência e sem prejuízo do acima exposto, é parecer da Comissão Permanente para o Planeamento Estratégico e Acompanhamento do Plano Diretor Municipal que as Proposta nº 150/2012 e nº 54/2013 se encontram em condições de ser apreciadas e votadas no Plenário da Assembleia Municipal de Lisboa. -------------- ----- O presente Parecer foi aprovado com os votos ___________________. ----------- ----- Os Grupos Municipais presentes reservaram para o debate em Plenário a definição do seu sentido de voto. ----------------------------------------------------------------- ----- Lisboa, 16 de Maio de 2013. ---------------------------------------------------------------- ----- O Presidente da Comissão.” ----------------------------------------------------------------

Page 11: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

11

----- COMISSÃO PERMANENTE DE URBANISMO E DE ACOMPANHAMENTO DA GESTÃO DA INTERVENÇÃO NA ZONA RIBEIRINHA E BAIXA DE LISBOA ---------------------------------------------------------------------------------------------- -------------------------------------------- PARECER ---------------------------------------------- -------------------------------PROPOSTAS Nºs. 150/2012 e 54/2013 ------------------------- ----- “A Comissão Permanente de Urbanismo e de Acompanhamento da Gestão da Intervenção na Zona Ribeirinha e Baixa de Lisboa, em conjunto com a Comissão Permanente para o Planeamento Estratégico e Acompanhamento do Plano Diretor Municipal, reuniu, no dia 2 de Julho de 2012, com o Senhor Vice-Presidente da Câmara Municipal, Vereador Manuel Salgado, acompanhado de técnicos municipais, para apresentação da proposta de Regulamento Municipal que aprova o Sistema de Incentivos a Operações Urbanísticas com Interesse Municipal (Proposta nº 150/2012). -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Na sequência da apresentação, e constatando a necessidade de introduzir alterações na proposta em discussão, o Senhor Vereador Manuel Salgado propôs que a nova redação ainda em preparação fosse apreciada pela Câmara Municipal, submetida a discussão pública, devidamente aprovada e novamente remetida à Assembleia Municipal, previsivelmente em Setembro de 2012. ------------------------------ ----- Tal metodologia resultou na apresentação da Proposta nº 54/2013, agora subscrita pelo Senhor Vereador Manuel Salgado e pelo Senhor Vereador Victor Gonçalves. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Comissão Permanente de Urbanismo e de Acompanhamento da Gestão da Intervenção na Zona Ribeirinha e Baixa de Lisboa debateu as opções de base subjacentes à criação de um sistema de incentivos a determinadas operações urbanísticas durante a discussão relativa à revisão do Plano Diretor Municipal de Lisboa, e retomou tal debate na sua reunião de 15 de Março de 2013, a propósito da Proposta nº 53/2013. ------------------------------------------------------------------------------- ----- As diferenças entre os textos regulamentares subjacentes à Proposta nº 150/2012 e à Proposta nº 53/2013 encontram-se enunciadas no ponto II da parte deliberativa desta última proposta. ------------------------------------------------------------------------------ ----- No essencial, e para além de precisões e alterações de redação, as principais modificações encontram-se descritas na fundamentação da Proposta nº 53/2013, nos seguintes termos: ----------------------------------------------------------------------------------- ----- «Em particular, no tocante à atribuição de créditos de construção em razão da oferta de fogos sujeitos a valor máximo de renda ou preço de venda, no sentido de ser previsto o objeto e o conteúdo do contrato a que já aludia o Regulamento, assim como as normas regulamentares a que esta situação se deveria subordinar, até por forma a tornar claro o regime de penalização do interessado, face a um eventual incumprimento, por sua parte, das obrigações assumidas perante o Município; --------- ----- Apurou-se, ainda, a necessidade de densificar o regime correspondente ao período transitório de três anos, durante o qual, a Câmara Municipal pode emitir créditos de construção mediante o pagamento de uma contrapartida pelo interessado, introduzindo a necessidade de autorização, destas situações, pela Assembleia

Page 12: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

12

Municipal e limitando a afetação dos meios financeiros em causa a aquisição e reabilitação de imóveis ou a reabilitação de imóveis municipais; -------------------------- ----- Estas alterações foram acompanhadas pelo ajustamento da redação de algumas normas, nomeadamente uma discriminação, no texto do Regulamento, dos critérios de valoração que presidem a atribuição de créditos por reabilitação de edifícios, entre os quais, a promoção da habitação e a proteção da situação dos ocupantes, a par da oferta de fogos sujeitos a preço máximo de renda ou preço de venda, da salvaguarda e valorização do património ou da promoção de conceitos bioclimáticos e de eficiência na utilização dos recursos» ----------------------------------------------------- ----- Durante o debate, formou-se a convicção que a nova redação do Regulamento Municipal que aprova o Sistema de Incentivos a Operações Urbanísticas com Interesse Municipal regista melhorias apreciáveis face à redação anterior. -------------- ----- Já a avaliação global do impacto do sistema de incentivos resultou bem mais controversa, entre a expectativa de que o sistema constitua um importante incentivo para a reabilitação da cidade, para a disponibilização de estacionamento e para o aumento da eficiência energética e a manifestação de vincadas reservas sobre a sua valia e efeitos. --------------------------------------------------------------------------------------- ----- Subjacente ao posicionamento crítico relativo ao regulamento proposto encontra-se uma posição de fundo oposta ao próprio sistema de créditos de construção em que os poderes municipais surgem como emissor e distribuidor de valor. -------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Depois, salienta-se que a aplicação do sistema de incentivos a operações urbanísticas que promovam a oferta de fogos sujeitos a valor máximo de venda ou de colocação em arrendamento está dependente da aprovação de um Programa Municipal de Habitação que determinará os parâmetros básicos a ter em conta, como «valor máximo de venda», «valor máximo de renda», «habitação a preços acessíveis», «renda acessível». A definição e, ou, alteração desses parâmetros corresponde a uma competência própria da Assembleia Municipal, que sobre tal matéria ainda não se pronunciou. Neste contexto, o regulamento apresenta-se como uma norma incompleta que não pode ser avaliada autonomamente. ----------------------- ----- Não obstante a nova redação da proposta de regulamento introduzir alguns elementos acrescidos de controlo público sobre o funcionamento do sistema, foi salientado que os parâmetros de referência se mantêm indeterminados, remetendo para um preenchimento demasiado aberto pela Câmara Municipal, pelo que a proposta continua a gerar apreensões. ---------------------------------------------------------- ----- O próprio aparato conceptual elegido pela proposta de regulamento fomenta alguma indeterminação ao utilizar conceitos que não se encontram previstos no Decreto Regulamentar nº 9/2009, de 29 de Maio, deixando muitas dúvidas sobre os limites do respectivo conteúdo. ------------------------------------------------------------------- ----- De seguida, foi expressa a convicção que o sistema subjacente ao regulamento conduzirá, a prazo, a um aumento geral da edificabilidade da cidade ao admitir generosamente majorações do índice máximo. A este propósito, salientou-se que a proposta de regulamento vem apresentada com insuficiente estudo e ponderação das

Page 13: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

13

possíveis consequências sobre o desenvolvimento harmónico da cidade, resultantes da interferência na área do imobiliário com instrumentos tão intrusivos como a criação artificial de valor troca e abertura das condições para o aumento relevante da edificabilidade admitida. ----------------------------------------------------------------------- ----- Finalmente, foi manifestado um vincado ceticismo quanto à capacidade do sistema atingir os objetivos a que se propõe: baseia-se na ilusão de que incentivar mais construção irá promover ou multiplicar a reabilitação urbana… -------------------- ----- As questões enunciadas, que por vezes assumem uma complexidade técnica acentuada, devem, no entender da 4ª Comissão, ser tomadas em conta e amplamente debatidas pela Assembleia Municipal durante a apreciação das Propostas nºs 150/2012 e 53/2013 em plenário. ---------------------------------------------------------------- ----- Assembleia Municipal de Lisboa, em 26 de Abril de 2013. ----------------------------- ----- O Presidente da Comissão António Duarte de Almeida.” ------------------------------ ----- O Senhor Vereador Manuel Salgado no uso da palavra, disse que aquele regulamento que ali estava em discussão era uma das peças chaves do Plano Diretor Municipal. Portanto, estava contemplado no próprio plano, tinha tido uma primeira versão que tinha sido apresentada àquela Assembleia Municipal mas, posteriormente, na sequência de um trabalho de colaboração entre o Vereador Vítor Gonçalves e com o próprio, e com toda a equipa e técnicos, autores do Plano Diretor, a proposta foi revista e aperfeiçoada, crendo que tinha sido um ganho em eficiência e em rigor porque todas as condições que eram suscetíveis de serem incentivadas tinham passado a ser estabelecidas com maior rigor, sendo que, por outro lado, todos os mecanismos de controlo, fosse da Câmara, ou da Assembleia Municipal, ficaram perfeitamente, estabelecidos. --------------------------------------------------------------------------------------- ----- Congratulava-se pelo facto de aquela proposta ter sido construída em conjunto, sendo um contributo muito importante para o desenvolvimento urbanístico da Cidade de Lisboa e para a concretização dos objetivos definidos no Plano Diretor Municipal. -- ----- O Senhor Vereador Vítor Gonçalves no uso da palavra, disse que embora não tenha sido muito favorável ao novo PDM, várias questões tinha levantado, quer junto do seu partido, quer junto do Senhor vereador Manuel Salgado, as quais não estavam comtempladas na feitura do PDM, daí ter optado por não participar na reunião Câmara que tinha aprovado o novo PDM, com os votos favoráveis do próprio PSD. -------------- ----- No entanto, havia um artigo que dentro do PDM era aquele que mais o valorizava, e que tinha a ver com a reabilitação. A Cidade estava decadente e a cair, sendo necessário revitalizar a cidade, nomeadamente a zona histórica, o espaço público, o edificado, de forma a reconstruir, reabilitando a cidade que tanto necessitava. ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Disse que o artigo 84º do PDM, era o mais importante, porque era quele que iria impulsionar a que as melhores práticas na área da reabilitação fossem praticadas de modo a valorizar o edificado, o espaço público, os espaços verdes, no fundo, a qualidade de vida da Cidade de Lisboa. E aquele regulamento levantava algumas dúvidas, tinha carências, nomeadamente quando considerado como uma moeda em relação a novas construções. ----------------------------------------------------------------------

Page 14: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

14

----- Realçou que o que o PSD tinha imposto na Câmara era que aquelas alterações fossem condicionadas a um estreito e rigoroso rastreio da própria Assembleia Municipal e da Câmara, e que nada fosse feito à revelia daquelas entidades, que tudo fosse ali para que fosse claro e transparente. E foi aquilo que tinha sido introduzido, nomeadamente, quando exigiram que qualquer aquisição que fosse feita no prazo de três anos, tivesse que ser, quer naquilo que fosse comprado, e a formo como fosse reabilitado, quer naquilo que fosse feito com aqueles créditos, e na forma como fosse feito. Completamente, transparente, e só poderia passar se todos tivessem de acordo e se fosse de interesse para a cidade. --------------------------------------------------------------- ----- Também em relação àquilo que representava a construção, as tais mais-valias de construção, e que iriam ser postas no mercado de arrendamento, ou no mercado de venda, a preços mais favoráveis, tinha de haver rigor na forma como seria a construção e como era colocado no mercado de arrendamento, e á forma como eram alienados em termos de venda. Tudo aquilo tinha ficado claro naquele regulamento, por isso aquele artigo, 84º, era muito importante, por isso tinha contribuído para a sua valorização, o próprio e o PSD, na Câmara Municipal de Lisboa, e esperava que todos assumissem as suas responsabilidades. ---------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal Magalhães Pereira (PSD), no uso da palavra, disse que no âmbito da concretização do novo Plano Diretor Municipal a Câmara Municipal de Lisboa tinha engendrado um sistema para incentivar os promotores urbanísticos a efetuar um conjunto de operações que a Câmara poderia considerar mais interessantes para a cidade, sistema, aquele, que consistia na contrapartida de conceção de crédito por via da execução daquelas operações preferenciais. Engendrou, mas falhou, tendo que retirar a proposta no sentido de enquadrá-la às condições económicas- financeiras prevalecentes, em resposta às fundamentadas criticas que recebia de todos os quadrantes interessados na cidade.------------------------- ----- Disse que numa invulgar convergência de vereadores da maioria e da oposição, apresentava uma nova proposta mantendo, porém, o conceito na sua discutível essencialidade, mas que apresentava melhorias resultantes daquela convergência. ------ ----- No entanto, não tinham ficado sanadas algumas das insuficiências da proposta, nomeadamente, o facto de todo o sistema estar construído sobre um plano municipal de habitação que não existia. Em sua substituição pretendeu-se estabelecer a definição anual pela Câmara Municipal de valor máximo de renda, e do preço de venda, o que parecia, no entanto, incompatível com o respeito das competências próprias da Assembleia Municipal por representar uma atualização, ou seja, uma alteração periódica do regulamento do sistema de incentivos e que teria de ser submetido ao escrutínio da Assembleia Municipal. ------------------------------------------------------------ ----- Por outro lado, como era corrente na apresentação das propostas da Câmara Municipal de Lisboa, criavam-se e utilizavam-se os conceitos técnicos indefinidos de forma não fundamentada contrariando o decreto regulamentar 9/2009, de vinte e nove de Maio, relativo ao Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial. Mais, a proposta era apresentada com insuficiente ponderação e produção de estudos específicos das consequências prováveis da sua adoção, para o desenvolvimento da

Page 15: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

15

cidade, resultando aquelas da interferência de poderes públicos na área do imobiliário com instrumentos tão intrusivos como a criação artificial de moeda, e a destruição daquela pelo seu emissor, moeda aquela com prazo de validade incerta. ------------------ ----- Não se constatava, também, a definição suficiente dos parâmetros e objetivos do sistema, mantendo tudo sujeito à interpretação arbitrária pela Câmara ao sabor das conveniências. --------------------------------------------------------------------------------------- ----- A verdade, era que a introdução daquele sistema era marcadamente aventureiro podendo conduzir a um aumento da edificabilidade geral da cidade, que não era pretendido, ao ser tão generoso na majoração do índice máximo. -------------------------- ----- Era ilusão entender que incentivar mais construção iria, de alguma forma, promover a reabilitação urbana tão necessária à Cidade de Lisboa. ------------------------- ----- Congratulou os importantes contributos do PSD na elaboração daquela proposta. - ----- O Senhor Deputado Municipal Francisco Silva Dias (PCP), no uso da palavra, disse que defrontavam-se dois conceitos opostos; aquele que afirmava que o desenvolvimento da cidade emanava da vontade coletiva de transformação, expressa em instrumentos de planeamento, democraticamente, discutidos e aceites, e aquele que afirmava que aquele desenvolvimento seria casuístico, desencadeado, fundamentalmente, por iniciativa dos detentores dos fatores de transformação dentro de uma lógica de mercado. Naquele último conceito, caberia ao Estado e ao Município a tarefa restrita de incentivar e controlar aqueles fatores de transformação e os seus agentes. -------------------------------------------------------------------------------------- ----- Pela leitura das propostas, era fácil concluir que o segundo conceito atrás referido, era dominante, e que o primeiro era esquecido, ou expulso. Incentivavam-se os promotores imobiliários privados a promoverem iniciativas urbanísticas com interesse municipal, admitindo que pudesse haver operações urbanísticas sem interesse municipal, ou até prejudiciais ao interesse municipal, e que a Câmara aceitava. Naquelas propostas falava-se de atrair operações desinteressantes para os promotores por não serem suficientemente rentáveis, como se o corpo da cidade estivesse que estar sempre nas mãos daqueles que só pretendiam retirar lucro. ----------- ----- Para terminar, disse que preservar o património e o edificado passava pelo aumento da eficiência energética do edificado, dotar a cidade de mais espaços verdes, incrementar a capacidade de estacionamento, ampliar o parque imobiliário social, achava que sim, era aquele o caminho. ---------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal José Casimiro (BE), no uso da palavra, disse que aquele regulamento tinha sido sujeito a discussão pública e que tinha sido objeto de melhoramentos sucessivos. No entanto, continuava pendente da aprovação de um Plano Municipal de Habitação que iria determinar os parâmetros a ter em conta como o valor máximo da renda, a habitação a preços acessíveis, a renda acessível, terminação de enorme importância pela crise que se vivia, crise que, tal como a própria proposta o reconhecia, era um obstáculo ao dinamismo pretendido para o mercado de créditos, e por outro lado, eliminar a emissão antecipada de títulos de créditos de construção antes de concluída a operação urbanística que os originava. A crise devia levar a uma oposta mais forte na reabilitação urbana. Existia mais de oito

Page 16: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

16

mil prédios abandonados e degradados pelo que a aposta devia de ser muito séria no que respeitava ao direito à habitação, pelo momento que se vivia com uma lei de arrendamento muito injusta, ou de despejo, e da aplicação antissocial da lei das rendas apoiadas, pelo que a aposta na habitação a preços acessíveis era fundamental, mais ainda, na renda acessível. -------------------------------------------------------------------------- ----- Mas a Câmara tinha feito a sua escolha em sede de PDM, com aquela proposta, colocou o seu programa, o do Partido Socialista, numa gaveta, sufragado pelos eleitores de Lisboa, não indo á luta por um programa de reabilitação que efetivamente, reabilitasse a cidade e a repovoasse. A cidade não precisava de nova construção, precisava de uma reabilitação urbana mais humanizada, onde prevalecessem as políticas públicas. ----------------------------------------------------------------------------------- ----- Favoreciam vincadamente a especulação imobiliária, como aliás era apresentado no relatório do RPDM, que para atrair investimento privado para a reabilitação era indispensável que aquela aplicação fosse tão atrativa como as aplicações bolsistas. Naquele sentido, não se podia tomar opções que condicionassem a livre transações de créditos que condicionassem o mercado imobiliário, só tendo em favorecer os promotores imobiliários, e não a cidade, descaraterizando o conceito de reabilitação urbana. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Assim, afirmou que o BE votaria contra aquela proposta de regulamento. ---------- ----- O Senhor Deputado Municipal António Arruda (MPT), no uso da palavra, disse que o Partido da Terra entendia que com aquela proposta estava aberto o caminho para o facilitismo à betonização na Cidade de Lisboa. ----------------------------- ----- Por outro lado, entendia que a intervenção do Senhor Vereador Vítor Gonçalves naquela proposta, devia-se unicamente ao interesse de salvar uma proposta mal formulada pelo executivo camarário, e que sem qualquer dúvida era importante para a cidade. Assim, agradecia ao Senhor Vereador Vítor Gonçalves a ajuda prestada à cidade. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Para terminar, e como já era hábito, o MPT dirigia-se ao Senhor Vice-Presidente Manuel Salgado, na falta do Senhor Presidente da Câmara, para o questionar sobre a implementação de algumas propostas apresentadas pelo MPT, ou subscritas, bem como as respetivas taxas de execução, a Recomendação número quatro, relativa ao plano de salvaguarda de património azulejar apresentada pelos Deputados Municipais Independentes e subscrita pelo MPT, votada e aprovada por unanimidade a sete de Dezembro de 2010. Também a Moção número oito, relativa à criação do certificado municipal de acessibilidade, votada e aprovada por maioria, com abstenção do PS, em vinte e dois de Fevereiro de 2011. E a Recomendação número dez relativa á criação de um plano municipal de turismo inclusivo, votada por maioria, com a abstenção do PS, em dezanove de Fevereiro de 2013. --------------------------------------------------------- ----- Assim, perguntava que medidas tinham sido tomadas para a concretização e em que fase se encontravam as mesmas. ------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV), no uso da palavra, disse que a proposta número 54/2013 vinha proceder à alteração da proposta número 150/2012, relativa ao Regulamento Municipal que aprovava o Sistema de Incentivos a

Page 17: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

17

Operações Urbanísticas com Interesse Municipal, tal como previsto no artigo 84º do regulamento do Plano Diretor Municipal de Lisboa. ------------------------------------------ ----- Referiu que o PDM previa como um dos principais instrumentos, o sistema de incentivos a operações urbanísticas de interesse municipal através da atribuição de créditos de edificabilidade ou construção, sendo que aquela foi uma das principais razões que levou os «Os Verdes» a votarem contra a proposta referente ao projeto de versão final do Plano Diretor Municipal de Lisboa. ------------------------------------------- ----- Por um lado, aqueles créditos de edificabilidade ou construção podiam ser transacionáveis a terceiros, ou seja, num mercado de moeda de edificabilidade, favorecendo, assim, a criação de um mercado especulativo, que tendia a favorecer os grandes promotores imobiliários. Por outro lado, «Os Verdes» entendiam que o sistema de incentivos a operações urbanísticas de interesse municipal, através da atribuição de créditos de construção, não iria contribuir para fomentar a Reabilitação Urbana de Edifícios na Cidade de Lisboa. ------------------------------------------------------ ----- Sublinhou que tinham dúvidas que aquele Sistema de Incentivos pudesse atingir os fins a que se destinava, nomeadamente, permitir um aumento da eficiência energética, uma maior disponibilização de estacionamento e um melhor aproveitamento do património edificado e das infraestruturas já existentes na cidade de Lisboa. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Aquele Regulamento Municipal conduzia, a longo prazo, a um aumento geral da edificabilidade na cidade resultante das majorações do índice máximo permitidas no regulamento. Além disso, previa atribuir créditos de edificabilidade a operações urbanísticas que pretendiam promover a oferta de fogos sujeitos a valor máximo de renda ou preço de venda, que estava dependente da fixação de tais valores em Programas Municipais de Habitação presentemente inexistentes. --------------------------- ----- Finalizou, dizendo que pelas razões expostas, «Os Verdes» iriam votar contra aquelas propostas relativas ao Regulamento Municipal que aprovava o Sistema de Incentivos a Operações Urbanísticas com Interesse Municipal. ----------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal António Modesto Navarro (PCP), no uso da palavra, disse que era sabido que o PCP tinha votado contra a proposta 150/2012, cabendo, agora, analisar as alterações introduzidas através da proposta número 54/2013. Essas alterações consistiam na introdução do artigo específico número três sobre a oferta de fogos sujeitos a valor máximo de renda, ou preço de venda, que instituía o procedimento de colocação de tais fogos, durante um período mínimo de dez anos, período de vigência do ónus, uma bolsa de arrendamento municipal ao abrigo de normas de programa de renda convencionada, ou em bolsa municipal equivalente para as situações de alienação. ---------------------------------------------------- ----- Consistiam, igualmente, as referidas alterações, na alteração do regime transitório de três anos, emissão e venda de crédito a promotores particulares com o objetivo anunciado de fazer reverter tal receita na reabilitação de edifícios municipais, aquisição, reabilitação, ou afetação, ao fundo municipal de urbanização, anteriormente, cometido á Câmara, e agora, cometido á Assembleia Municipal com

Page 18: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

18

identificação da operação urbanística beneficiária dos créditos emitidos e do destino da receita proveniente da operação. -------------------------------------------------------------- ----- A alteração relativa aos fogos sujeitos a preço máximo de renda com o preço máximo, acrescentando mais mecanismos de controlo de aplicação, continuava a não responder às questões essenciais mencionadas uma vez que os critérios de determinação dos valores de referência continuavam a ser remetidos para programas de habitação a definir posteriormente, mantendo-se legitimamente, todas as apreensões manifestadas relativamente à eventual referenciação a valores estabelecidos por outras entidades que não o município. ------------------------------------- ----- Disse que cabia, ainda, chamar a atenção para a consideração de um prazo mínimo de gerência do ónus sobre os fogos construídos em regime condicionado, admitindo-se que poderão formar-se prazos mais ampliados embora não fossem anunciados qualquer critério para o efeito. ------------------------------------------------------ ----- Quanto ao regime transitório, embora fosse alargado o espectro das responsabilidades políticas na emissão de crédito por um período de três anos, atribuindo tal faculdade à Assembleia Municipal, e definindo melhor os requisitos do destino da consignação da receita obtida, mantinha-se a contradição com o espirito do regime instituído de incentivo a boas práticas de promoção imobiliária para duvidosas fontes alternativas de financiamento à atividade municipal, no âmbito da reabilitação urbana. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Assim, o PCP votaria contra ao que era proposto. --------------------------------------- ----- A Senhora Presidente confirmou que não havendo inscrições passariam à votação conjunta daquelas propostas. ------------------------------------------------------------ ----- VOTAÇÃO – a Proposta nº 150/2012 e 54/2013, foram Aprovadas por maioria com os votos a favor do Partido Social Democrata, do Partido Socialista, 4 (quatro) Deputados Independentes, os votos contra do Partido Comunista Português, do Centro Democrático Social, do BE e do Partido Ecologista “Os Verdes”, e as abstenções do Partido da Terra e do Partido Popular Monárquico. ------------------------- ----- Segue-se a discussão e votação da proposta nº 69/2013, ponto dezassete da Ordem de Trabalhos, votação ponto por ponto a pedido do Partido da Terra. ------------- ------ Proposta N.º 69/2013 – SUBMETER À APRECIAÇÃO E DELIBERAÇÃO DA AML A REVOGAÇÃO DO DIREITO DE SUPERFÍCIE CONSTITUÍDO SOBRE UMA PARCELA DE TERRENO NA AVENIDA DOS CONDES DE CARNIDE E A ALIENAÇÃO EM PROPRIEDADE PLENA DE UMA PARCELA DE TERRENO SITA NA RUA SOUSA LOPES (À ANTIGA AZINHAGA DA TORRINHA), PARA CONSTRUÇÃO DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DE CUIDADOS CONTINUADOS E DE UM ESTRUTURA RESIDENCIAL DE TERCEIRA IDADE, NOS TERMOS DA PROPOSTA, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA I) DO Nº 2 DO ART.º 53º DA LEI N.º 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI N.º 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO. ------------------------------------------------------------------ -----------------------------------PROPOSTA N.º 69/2013 -------------------------------------- ----- “Pelouros: Vice-Presidente Manuel Salgado e Vereadora Helena Roseta. ---------

Page 19: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

19

----- Serviços: DMPRGU / Departamento de Política de Solos e Valorização Patrimonial e Direção Municipal de Habitação e Ação Social. ----------------------------- ----- Considerando que: ---------------------------------------------------------------------------- ----- a) No âmbito do Acordo celebrado com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, o Município de Lisboa se comprometeu a contratualizar, a título gratuito, com entidades privadas, sem fins lucrativos, a afetação de terrenos municipais para a construção e implementação de Instalações e Equipamentos de Cuidados Continuados (Cf. Anexo I, que aqui se dá por integralmente reproduzido); -- ----- b) Em 31 de Julho de 2009, através da Proposta n.º 751/2009, foi aprovada em sessão de Câmara a constituição, a título gratuito, de um direito de superfície a favor da Montepio Geral - Associação Mutualista, Instituição Particular de Solidariedade Social, sobre uma parcela de terreno municipal, sita na Avenida dos Condes de Carnide, tornejando para a Estrada do Poço do Chão, na freguesia de Carnide, com a área de 2.000 m², que corresponde ao prédio urbano descrito no registo predial sob o n.º 912 da freguesia de Carnide, doravante designado por “Prédio”, destinada à construção e instalação de uma Unidade de Cuidados Continuados (Cf. Anexo II que aqui se dá por integralmente reproduzido); ---------------------------------------------------- ----- c) Por escritura pública realizada no dia 22 de Setembro de 2009 foi constituído o direito de superfície sobre o referido Prédio, o qual não foi ainda objeto de inscrição no registo predial a favor da Montepio Geral - Associação Mutualista, Instituição Particular de Solidariedade Social, estabelecendo-se, no n.º 10 das condições de acordo, o prazo de 24 meses, a contar da data da constituição do direito de superfície, para a construção da Unidade de Cuidados Continuados; ----------------- ----- d) A superficiária não pôde até à data promover a construção da Unidade de Cuidados Continuados porque, encontrando-se o Prédio abrangido pelo Plano de Pormenor do Eixo Luz – Benfica, em vigor, e onde se não individualizou este equipamento, seria necessário, enquanto condição de licenciamento, que o Município procedesse previamente a uma alteração do respetivo regulamento, o que até hoje não aconteceu; --------------------------------------------------------------------------- ----- e) O acesso a cuidados de saúde continuados, de qualidade, é uma prioridade assumida e reconhecida pelo Município de Lisboa, uma vez que a Rede de Cuidados Continuados em Lisboa dispõe apenas de 82 camas, sendo necessário, de acordo com o Ministério da Saúde, 1512 lugares até 2016; ----------------------------------------------- ----- f) No atual contexto, existe alguma incerteza quanto à manutenção e duração dos apoios públicos para a instalação e funcionamento de Unidades de Cuidados Continuados; ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- g) A Montepio Geral - Associação Mutualista, Instituição Particular de Solidariedade Social pretende ainda, assim, realizar o investimento necessário à construção de uma nova Unidade de Saúde de Cuidados Continuados em Lisboa, desde que assegurada a respetiva sustentabilidade financeira, a médio e a longo prazo, para o que é fundamental o desenvolvimento de um projeto integrado, que inclua a construção, instalação e gestão conjuntas com uma estrutura residencial de terceira idade; --------------------------------------------------------------------------------------

Page 20: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

20

----- h) A Montepio Geral - Associação Mutualista, Instituição Particular de Solidariedade Social manifestou interesse em dispor de uma parcela de terreno que permitisse, do ponto de vista urbanístico, o desenvolvimento daquele projeto integrado, com possibilidade de construir uma Estrutura Residencial de Terceira Idade, contigua à Unidade de Saúde de Cuidados Continuados; --------------------------- ----- i) Os serviços municipais identificaram uma parcela de terreno, integrando o domínio privado municipal, sita na Rua Sousa Lopes (à antiga Azinhaga da Torrinha), na freguesia de Campo Grande, com a área de 3.696,10 m², com as características adequadas, quer em termos de dimensão, quer de localização, para a construção da Unidade de Saúde de Cuidados Continuados e da Estrutura Residencial de Terceira Idade; ------------------------------------------------------------------- ----- j) A Montepio Geral - Associação Mutualista, Instituição Particular de Solidariedade Social concorda com a nova localização (Cf. Anexo III que aqui se dá por integralmente reproduzido) e apresentou o Processo n.º 234/EDI/2012, relativo a um Pedido de Informação Prévia para a construção de uma Unidade de Saúde de Cuidados Continuados e de uma Estrutura Residencial de Terceira Idade na parcela de terreno, que mereceu aprovação em sessão de Câmara de 14 de Junho de 2012, tendo-se fixado uma capacidade edificatória de 8.000 m2, aproximadamente 4.000 m2 para a construção da Unidade de Saúde de Cuidados Continuados e 4.000 m2 para a construção da Estrutura Residencial de Terceira Idade (Cf. Anexo IV que aqui se dá por integralmente reproduzido); ---------------------------------------------------------- ----- k) A Montepio Geral - Associação Mutualista Instituição Particular de Solidariedade Social manifestou interesse em adquirir a referida parcela de terreno em propriedade plena e não em direito de superfície, tendo aceitado todos os termos e condições para o efeito fixados pelos serviços municipais; ---------------------------------- ----- l) A Montepio Geral - Associação Mutualista, Instituição Particular de Solidariedade Social, entidade privada sem fins lucrativos, poderia construir a Unidade de Saúde de Cuidados Continuados, com uma edificabilidade de 4.000,00m2, em terreno municipal cedido gratuitamente em direito de superfície pelo prazo de 50 anos; ----------------------------------------------------------------------------------- ----- m) O interesse da Montepio Geral - Associação Mutualista, Instituição Particular de Solidariedade Social no desenvolvimento do projeto integrado e na aquisição da propriedade plena da parcela de terreno municipal representa uma valorização objetiva desta, com vantagens para o Município.------------------------------- ----- n) Foi aprovada a deliberação n.º 462/2012, em reunião de Câmara realizada em 18 de Julho de 2012, que foi apreciada em Comissão de Urbanismo (Cf. Anexo V que aqui se dá por integralmente reproduzido); ----------------------------------------------- ----- o) A Comissão de Urbanismo suscitou diversas questões e objeções aos termos e condições da alienação da propriedade municipal (Cf. Anexo VI que aqui se dá por integralmente reproduzido), tendo sido decidido não submeter a votação em plenário da Assembleia Municipal sem que antes os serviços procedessem à reavaliação dos termos da proposta, de modo a acolher os contributos apresentados em sede de Comissão de Urbanismo; -------------------------------------------------------------------------

Page 21: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

21

----- p) O Departamento de Politica de Solos e Valorização Patrimonial procedeu à análise dos comentários e contributos apresentados na Comissão de Urbanismo e reformulou os termos e condições da alienação. ---------------------------------------------- ----- Temos a honra de propor que a Câmara Municipal delibere, ao abrigo das disposições conjugadas da alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º e da alínea i) do n.º 2 do artigo 53.º todos da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redação conferida pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, aprovar e submeter à Assembleia Municipal: ----------- ----- 1. Revogação da deliberação n.º 462/2012, aprovada em reunião de Câmara de 18 de julho de 2012; ------------------------------------------------------------------------------- ----- 2. Revogação do direito de superfície constituído, por escritura pública outorgada em 22 de Setembro de 2009, a favor da Montepio Geral - Associação Mutualista, Instituição Particular de Solidariedade Social, sobre a parcela de terreno municipal, sita na Avenida dos Condes de Carnide, tornejando para a Estrada do Poço do Chão, na freguesia de Carnide, com a área de 2.000,00 m², que corresponde ao prédio urbano descrito no registo predial sob o n.º 912 da freguesia de Carnide (Cf. Anexo VII que aqui se dá por integralmente reproduzido), representada a cor amarela na Planta n.º 12/057/DPSVP (Cf. Anexo VIII que aqui se dá por integralmente reproduzido), com a consequente reversão para a esfera privada do Município; ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 3. Alienação, em propriedade plena, a Montepio Geral - Associação Mutualista Instituição Particular de Solidariedade Social, da parcela de terreno municipal, sita na Rua Sousa Lopes (à antiga Azinhaga da Torrinha), na freguesia de Campo Grande (Cf. Anexo IX que aqui se dá por integralmente reproduzido), com a área de 3.696,10m², com a capacidade edificatória de 8.000 m², destinada à Unidade de Saúde de Cuidados Continuados e de uma Estrutura Residencial de Terceira Idade, a desanexar do prédio urbano descrito no registo predial sob o n.º 1055 da freguesia do Campo Grande, representada a cor verde na Planta n.º 12/058/DPSVP (Cf. Anexo X que aqui se dá por integralmente reproduzido), pelo preço de € 3.346.200,00 (três milhões trezentos e quarenta e seis mil e duzentos euros), a pagar na data da celebração do contrato de compra e venda, por documento particular autenticado ou escritura notarial. ----------------------------------------------------------------------------------- ----- Parcela a alienar: ----------------------------------------------------------------------------- ----- CONFRONTAÇÕES -------------------------------------------------------------------------- ----- Norte – C.M.L. --------------------------------------------------------------------------------- ----- Nascente – C.M.L. ---------------------------------------------------------------------------- ----- Sul – C.M.L. ------------------------------------------------------------------------------------ ----- Poente – C.M.L. ------------------------------------------------------------------------------- ----- CONDIÇÕES DE ACORDO ---------------------------------------------------------------- ----- 1. A parcela de terreno é entregue no estado em que se encontra, livre de ónus ou encargos e de pessoas e bens. ----------------------------------------------------------------- ----- 2. A parcela de terreno destina-se à construção e instalação de uma Unidade de Saúde de Cuidados Continuados e de uma Estrutura Residencial de Terceira Idade, conforme PIP aprovado em sessão de Câmara de 14 de Junho de 2012. ------------------

Page 22: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

22

----- 3. A Montepio Geral - Associação Mutualista, Instituição Particular de Solidariedade Social obriga-se a apresentar nos serviços municipais os projetos e estudos necessários ao licenciamento da construção da Unidade de Saúde de Cuidados Continuados e da Estrutura Residencial de Terceira Idade no prazo máximo de 180 dias a contar da data da celebração do contrato de compra e venda da parcela de terreno, por documento particular autenticado ou escritura notarial. --- ----- 4. A construção deverá ser iniciada nos 6 meses subsequentes à emissão da competente licença da construção e concluída no prazo que vier a ser fixado no âmbito do licenciamento. ------------------------------------------------------------------------- ----- 5. Sem prejuízo do disposto no número seguinte, no âmbito do licenciamento a área afeta à Unidade de Saúde de Cuidados Continuados não poderá ser inferior à destinada para a Estrutura Residencial de Terceira Idade. --------------------------------- ----- 6. Durante 50 anos, a contar da data em funcionamento dos equipamentos, a Montepio Geral - Associação Mutualista, Instituição Particular de Solidariedade Social compromete-se a contratualizar com o Ministério da Saúde e com o Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, no âmbito das redes públicas de cuidados continuados integrados (CCI) e de equipamentos sociais, para um período não inferior a 50 anos, 50% e 20% da capacidade da Unidade de Cuidados Continuados e das residências, respetivamente, aos munícipes de Lisboa, que residam na Cidade há mais de 3 anos, obrigando-se ainda, no que às residências diz respeito, a praticar preços iguais aos fixados para os seus associados com antiguidade inferior a 5 anos. - ----- 7. Porque o preço acordado entre as partes teve em consideração o facto do Montepio Geral - Associação Mutualista, Instituição Particular de Solidariedade Social ser uma das entidades elegíveis para, no âmbito do Acordo celebrado entre o Município de Lisboa e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, construir a Unidade de Cuidados Continuados em regime de direito de superfície, por 50 anos, a título gratuito, a alienação da parcela de terreno municipal é subordinada à seguinte condição: -------------------------------------------------------------------------------- ----- - Caso nos 100 anos subsequentes à data de outorga do contrato de compra e venda o Montepio Geral - Associação Mutualista, Instituição Particular de Solidariedade Social, ou quem lhe suceder na posição de proprietário, venha a limitar ou cessar a valência de Unidade de Saúde de Cuidados Continuados, constituir-se-á na obrigação de pagar ao Município uma compensação monetária calculada nos seguintes termos: ------------------------------------------------------------------ ----- VC = (VM – VV) x (1-AC/100). ------------------------------------------------------------- ----- Em que: ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- - VC corresponde ao valor da compensação devida ao Município; ------------------- ----- - VM é o valor de mercado da área do terreno que é destinada à construção da Unidade de Saúde de Cuidados Continuados, na data da ocorrência do facto que determinou a compensação ao Município. ------------------------------------------------------ ----- - VV é o valor de venda da área do terreno que é destinada à construção da Unidade de Saúde de Cuidados Continuados, pago na data da compra e venda, ou seja € 557.700,00, atualizado na data da ocorrência do facto que determinou a

Page 23: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

23

compensação ao Município, por aplicação do índice de preços no consumidor, sem habitação. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- - AC corresponde ao n.º de anos decorrido até à data da ocorrência do facto que determinou a compensação ao Município. Caso a Unidade de Saúde de Cuidados Continuados não chegue a entrar em funcionamento AC = 0. ------------------------------- ----- 8. Sem prejuízo do disposto no número seguinte, caso no decurso do prazo de 50 anos a contar da celebração do contrato de compra e venda cessem os apoios públicos ou as comparticipações da segurança social aos utentes das unidades de cuidados continuados, a Montepio Geral - Associação Mutualista, Instituição Particular de Solidariedade Social, assegurará tarifas de serviços base inferiores a 50% ao valor mais baixo praticado a cada momento, incluindo descontos, a, pelo menos, 20% das camas reservadas para os munícipes de Lisboa nos termos do disposto em 6. Supra, que tenham rendimentos mensais inferiores a 2 salários mínimos nacionais. --------------------------------------------------------------------------------- ----- 9. Em alternativa ao disposto no número anterior, poderá a Montepio Geral - Associação Mutualista, Instituição Particular de Solidariedade Socia optar por proceder ao pagamento ao Município de Lisboa da compensação monetária calculada nos termos no n.º 7 supra. ------------------------------------------------------------ ----- 10. A resolução de todo e qualquer litígio emergente da interpretação, aplicação ou execução de qualquer das cláusulas anteriores, fica sujeito a um tribunal arbitral, com expressa renúncia a qualquer outro. ------------------------------------------------------- ----- 11. Para efeitos do disposto no número anterior, a tribunal arbitral será constituído ad hoc da seguinte forma: ---------------------------------------------------------- ----- a) Cada Parte nomeará um árbitro e estes dois árbitros acordarão sobre a nomeação de um terceiro árbitro, que presidirá. --------------------------------------------- ----- b) Os árbitros serão nomeados no prazo máximo de 15 dias a contar da data em que uma das Partes tenha notificado a outra da sua intenção de submeter o diferendo a um tribunal arbitral. ----------------------------------------------------------------------------- ----- c) O presidente será nomeado no prazo máximo de 30 dias a contar da data da nomeação dos restantes árbitros. ---------------------------------------------------------------- ----- d) Na ausência de acordo quanto à nomeação do Presidente, qualquer das partes poderá solicitar ao presidente do tribunal da Relação que proceda à respetiva nomeação. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- e) O tribunal arbitral determinará as suas regras de procedimento. ----------------- ----- f) O tribunal arbitral decide por maioria de votos e a sua decisão será definitiva e vinculativa. ---------------------------------------------------------------------------------------- ----- g) Cada Parte suportará os custos com o seu próprio árbitro e da sua representação no processo arbitral. Os custos relativos ao Presidente, bem como os demais custos, serão suportados em partes iguais por ambas as Partes. ------------------ ----- ANEXOS: --------------------------------------------------------------------------------------- ----- I. Acordo celebrado entre o Município de Lisboa e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo em 04.11.2008; ----------------------------------------------

Page 24: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

24

----- II. Proposta n.º 751/2009, aprovada em sessão de Câmara de 31 de Julho de 2009; ------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- III. Certidão da escritura notarial de constituição do direito de superfície, celebrada em 22 de setembro de 2009; ------------------------------------------------------- ----- IV. Carta da Montepio Geral - Associação Mutualista Instituição Particular de Solidariedade Social, datada de 17 de Novembro de 2011; --------------------------------- ----- V. Deliberação n.º 462/CM/2012, de 18 de Julho de 2012; ---------------------------- ----- VI. Parecer da Comissão de Urbanismo; ------------------------------------------------- ----- VII. Certidão do Registo Predial relativa à parcela de terreno a reverter para o Município; ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- VIII. Planta n.º 12/057/DPSVP, relativa à parcela de terreno a reverter para o Município; ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- IX. Certidão do Registo Predial relativa à parcela de terreno a alienar, em propriedade plena pelo Município; -------------------------------------------------------------- ----- X. Planta n.º 12/058/DPSVP, relativa à parcela de terreno a alienar, em propriedade plena pelo Município. -------------------------------------------------------------- ----- XI. Relatório de avaliação efetuado pelos serviços. ------------------------------------- ----- (Processo n.º 19579/CML/09). -------------------------------------------------------------- ----- O Vereador Manuel Salgado e a Vereadora Helena Roseta.” ------------------------- ----- COMISSÃO PERMANENTE DE ADMINISTRAÇÃO, FINANÇAS, PATRIMÓNIO, DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E TURISMO.---------------- - -------------------------------------------- PARECER ---------------------------------------------- -----------------------------------PROPOSTA Nº. 69/2013 --------------------------------------- ----- “A Comissão Permanente de Administração, Finanças, Património, Desenvolvimento Económico e Turismo reuniu em 5 de Março de 2013, a fim de analisar e emitir parecer sobre a Proposta nº.69/2013. -------------------------------------- ----- No âmbito do acordo celebrado entre o Município de Lisboa e a Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo, o Município de Lisboa assumiu o compromisso de celebrar contratos com entidades privadas sem fins lucrativos, a fim de afetar terrenos municipais para a construção e implementação de instalações e equipamentos de cuidados continuados. -------------------------------------------------------- ----- Neste contexto, o Montepio Geral - Associação Mutualista, Instituição Particular de Solidariedade Social pretende realizar o investimento necessário à construção de uma nova unidade de saúde de cuidados continuados em Lisboa, com sustentabilidade financeira, desenvolvendo um projeto integrado para a construção, instalação e gestão conjuntas com uma residência de terceira idade.---------------------- ----- Assim sendo, foi identificada uma parcela de terreno, sita na Rua Sousa Lopes, em conformidade com o descrito na alínea i) dos considerandos da proposta, para execução do objetivo do Montepio. -------------------------------------------------------------- ----- Tendo em conta a proposta em apreço, nomeadamente a parte deliberativa e as condições de acordo, bem como a documentação anexa, a Comissão entende que a mesma está em condições de ser discutida e votada em plenário. -------------------------- ----- O presente parecer foi aprovado por unanimidade, estando ausente o BE. ---------

Page 25: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

25

----- Assembleia Municipal de Lisboa, em 5 de Março de 2013. ---------------------------- ----- O Presidente da Comissão Rui Pessanha da Silva.” ------------------------------------ ----- COMISSÃO PERMANENTE DE URBANISMO E DE ACOMPANHAMENTO DA GESTÃO DA INTERVENÇÃO NA ZONA RIBEIRINHA E BAIXA DE LISBOA ---------------------------------------------------------------------------------------------- -------------------------------------------- PARECER ---------------------------------------------- ----------------------------------- PROPOSTA N.º 69/2013 -------------------------------------- ----- A Comissão Permanente de Urbanismo e de Acompanhamento da Gestão da Intervenção na Zona Ribeirinha e Baixa de Lisboa reuniu em 25 de Março e em 16 de Maio de 2013 para apreciar a Proposta nº 69/2013, apresentada pela Câmara Municipal, relativa à revogação de direito de superfície constituído sobre uma parcela de terreno sita na Avenida dos Condes de Carnide e alienação em propriedade plena de uma parcela de terreno, sita na Rua Sousa Lopes (a antiga Azinhaga da Torrinha), para construção de uma Unidade de Saúde de Cuidados Continuados e de uma Estrutura Residencial de Terceira Idade. --------------------------- ----- Na sequência do debate foram solicitadas, por escrito, e prestadas, informações complementares à Senhora Vereadora Maria João Mendes, a propósito da opção pela alienação direta e da quantificação do valor do benefício concedido pelo Montepio para o acesso dos cidadãos de Lisboa à unidade de cuidados continuados. -- ----- A discussão sobre o conteúdo da proposta teve em conta os contributos aduzidos durante o debate da Proposta nº 462/2012, que constitui o seu antecedente direto e que foi objeto de apreciação aprofundada por parte da comissão. ------------------------- ----- Não obstante a constatação de que o conteúdo da Proposta nº 69/2013 apresenta uma evolução favorável face ao da anterior Proposta nº 462/2012, foi evidenciado o facto de se manterem várias dúvidas, indeterminações e objeções já suscitadas no anterior parecer emitido pela comissão. -------------------------------------------------------- ----- Em primeiro lugar, subsiste a questão da localização do terreno a alienar. Foi salientado que se trata de uma área com frágil enquadramento urbanístico, que não se encontra coerentemente infraestruturada e que não se apresenta como adequada para a utilização proposta. Foi sugerida a delimitação de uma unidade de execução que concretizasse os parâmetros urbanísticos relevantes, determinasse as áreas a consagrar a infraestruturas, equipamentos e espaços verdes e procedesse à distribuição das responsabilidades pela urbanização (até porque, fez-se notar, a parcela de terreno em causa nem sequer é contígua à Rua Sousa Lopes, embora o acesso apenas se possa vir a fazer por essa via). ---------------------------------------------- ----- Ainda a propósito do enquadramento urbanístico, foi referenciado que a presente proposta surge à margem de qualquer enquadramento nos processos de planeamento urbanístico, como uma decisão casuística adotada em contracorrente, considerando a recente aprovação do Plano Diretor Municipal. --------------------------- ----- Em segundo lugar, foi novamente salientada a necessidade de proceder à articulação da proposta com o Plano de Desenvolvimento Social, com as orientações assumidas pela Administração Regional de Saúde e com o Conselho de Ação Social. --

Page 26: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

26

----- Em terceiro lugar, e nos moldes anteriores, a questão do método de alienação do terreno. Foi manifestada a preferência pela utilização da hasta pública em vez da alienação por ajuste direto, tendo em conta a alteração dos pressupostos relativamente à concessão do direito de superfície que agora se pretende revogar. ----- ----- Em quarto lugar, o preço da transação. O montante considerado na proposta é de cerca de metade do valor de mercado estimado para a parcela de terreno. Tal montante tem, eventualmente, em consideração o facto de anteriormente ter sido cedida gratuitamente, em regime de direito de superfície, pelo prazo de 50 anos, uma área destinada à construção e instalação de uma unidade de cuidados continuados. No entanto, tal como foi enfatizado no debate em comissão, essa operação aritmética não leva em conta a alteração dos pressupostos do negócio, que não deveria deixar de se refletir no valor da alienação. O benefício concedido pelo Montepio para o acesso dos cidadãos de Lisboa à unidade de cuidados continuados parece não justificar o preço da transação.------------------------------------------------------------------- ----- O debate em comissão ilustrou a manutenção de dúvidas quanto à operação projetada, que se aguarda sejam discutidas e dissipadas no debate em plenário. -------- ----- Assembleia Municipal de Lisboa, em 16 de Maio de 2013. ----------------------------- ----- O Presidente da Comissão António Duarte de Almeida.” ------------------------------ ----- O Senhor Deputado Municipal Francisco Silva Dias (PCP), no uso da palavra, disse que aquela proposta encerrava um caso paradigmático do planeamento da Cidade de Lisboa dos últimos anos. Uma entidade adquiria por negociação um terreno que entendia ser necessário para o exercício da sua atividade, segundo os seus critérios, sem se certificar se aquele terreno possuía os requisitos exigidos para tal atividade em termos de forma, acessibilidade e qualidade ambiental. E apresentou á Câmara para efeitos de licenciamento, uma prática nefasta na sua generalidade. Seria, sim, uma boa prática se aquela entidade expusesse os seus programas de intenções ao município que os enquadraria na necessidade da cidade, naquela matéria, e procuraria no seu património fundiário, terreno com tal vocação e de acordo com a estratégia de desenvolvimento vertida no PDM, pondo aquele terreno em hasta pública. --------------- ----- Afigurava-se que era irreversível, mesmo que atentatório das boas práticas, o processo incluído naquelas propostas. Mas em consciência, não podiam aceitá-lo, abstendo-se o PCP como denúncia. -------------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal João Bau (BE), no uso da palavra, disse que aquela proposta propunha àquela assembleia municipal que tomasse duas decisões: que fosse revogado o direito de superfície constituído a título gratuito em vinte e dois de Setembro de 2009, a favor da Instituição Particular de Solidariedade Social, Montepio Geral – Associação Mutualista, sobre uma parcela de terreno municipal sito na Avenida dos Condes de Carnide e, ainda, que fosse alienada pelo valor de três milhões trezentos e cinquenta e seis mil e duzentos euros, em propriedade plena à Montepio Geral – Associação Mutualista, uma parcela de terreno municipal, sita na Rua Sousa Lopes, destinada à construção de uma unidade de saúde de cuidados continuados e de uma estrutura residencial de terceira idade. -------------------------------

Page 27: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

27

----- Depois, em quatro de Novembro de 2008, é celebrado um acordo de colaboração entre a CML e a ARS – Lisboa e Vale do Tejo, visando a colaboração bilateral das duas instituições para a implementação de instalações e equipamentos de cuidados continuados e integrados na Cidade de Lisboa que estava extremamente carecida naquele domínio. No âmbito daquele acordo, a Câmara devia de identificar de acordo com os instrumentos de gestão territorial, em vigor, terrenos, ou espaços, que pudessem ser afetos à construção das referidas instalações e em equipamentos, e em seguida, contratualizar com entidades privadas sem fins lucrativos a cedência de tais terrenos para os fins referidos. -------------------------------------------------------------------- ----- Foi no quadro daquele acordo de colaboração que, em 2009, foi aprovada pela CML a constituição, a título gratuito, de um direito de superfície a favor do Montepio Geral – Associação Mutualista, associação privada sem fins lucrativos sob uma parcela de terreno municipal, sita na Avenida dos Condes de Carnide. -------------------- ----- Posteriormente, o Montepio Geral – Associação Mutualista, evocando que da incerteza do atual contexto haveria quanto á manutenção e duração dos apoios públicos para a instalação e funcionamento da unidade de cuidados continuados, vinha manifestar o seu interesse na realização do investimento necessário à construção de uma nova unidade de saúde de cuidados continuados, desde que assegurada a respetiva sustentabilidade financeira a média e a longo prazo. Para isso, considerava ser fundamental o desenvolvimento de um projeto integrado que incluísse para além da unidade de cuidados de saúde continuados, também a construção, instalação e gestão de uma estrutura residencial de terceira idade o que exigia uma parcela de terreno que, ao contrário do que sucedia com a parcela de terreno municipal sobre a qual já dispunha sobre o direito de superfície, que permitisse o desenvolvimento de tal projeto integrado. ----------------------------------------------------------------------------------- ----- E era para viabilizar tal pretensão do Montepio Geral – Associação Mutualista que o executivo municipal propunha que a par da revogação do direito de superfície já anteriormente constituído, fosse alienada em propriedade plena a parcela de terreno já referida, nas condições constantes da proposta. Para calcular o valor do terreno, o executivo recorria a uma avaliação feita pelos próprios serviços municipais, sendo que o preço de venda proposto resultava da soma de duas parcelas, a primeira respeitava o valor da metade do terreno que seria utilizada para a construção da estrutura residencial para a terceira idade e que seria calculada por base na avaliação feita. A segunda parcela dizia respeito á outra metade do terreno destinada à construção da unidade de cuidados continuados inicialmente proposta, sendo o seu valor de acordo com a proposta do executivo, teria sobre o valor da avaliação um desconto de 80% como contrapartida da revogação do tal direito de superfície já existente sobre o terreno da Avenida Condes de Carnide, e o desconto proposto valia dois milhões duzentos e trinta mil e oitocentos euros. --------------------------------------------------------- ----- Sublinhou que aquela proposta suscitava ao BE duas questões; a construção e a exploração do tal projeto integrado era uma atividade que se podia, ou devia ser considerada uma atividade de solidariedade social a desenvolver por uma instituição

Page 28: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

28

privada sem fins lucrativos, ou era de facto um negócio a desenvolver no âmbito da legítima atividade de natureza empresarial de uma sociedade anónima, perguntava. --- ----- Também a cedência proposta do terreno devia fazer-se da forma proposta e, portanto, sem a realização de uma hasta pública, perguntava. ------------------------------- ----- Para fundamentar a resposta àquelas duas questões, a resposta do BE era que iria apresentar informação constante do sítio da internet do Montepio Geral, e referia informação constante das atas das reuniões da Câmara Municipal, relativas àquela temática. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Referiu que aquele grupo, o Montepio Geral – Associação Mutualista detinha a 100% a Fundação Montepio e também a 100% a Caixa Económica Montepio Geral, que no seu perímetro de consolidação contava com diversas empresas participadas em percentagens variadas e na sua maioria no setor financeiro mas, também, na área do turismo, em Portugal, Angola e Cabo verde. Detinha ainda participações diversas com percentagens a rondar os 100%, ou 51%, em diversas sociedades anónimas. ------------- ----- A valência que o Montepio Geral pretendia introduzir era uma residência assistida para a terceira idade sendo que a sua definição constava do site do Montepio Geral, e também fazia parte de uma notícia de trinta de Julho de 2012, no Diário de Notícias, a qual o próprio leu aos ali presentes. ------------------------------------------------ ----- Sublinhou que a questão que ali deixava era a de que a construção pretendida seria um negócio de uma S.A., perguntava. Ou seria uma atividade de solidariedade social de uma instituição privada sem fins lucrativos, perguntava de novo. --------------- ----- Disse que face ao exposto e àquilo que se pretendiam com o proposto, não lhe parecia justificar-se a adoção do procedimento excecional proposto, ou seja, que aquela alienação fosse feita sem hasta pública e fosse feita com um desconto de dois milhões duzentos e trinta mil e oitocentos euros. --------------------------------------------- ----- Assim, o BE considerava não ser razoável e por isso votaria contra aquela proposta. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal António Prôa (PSD), no uso da palavra, disse que o PSD tinha três dúvidas relativas àquela proposta. -------------------------------------- ----- Assim, a primeira dúvida prendia-se com a avaliação e qual era o critério de avaliação do património que iria ser transmitido ao Montepio e se a singularidade de ter sido escolhido aquele critério não indiciava claramente um benefício para a entidade que iria adquirir aquela parcela de terreno, Porque se fosse utilizado outro critério, talvez um critério mais utilizado, a valorização seria diferente, superior, e portanto, beneficiava mais o interesse do município de Lisboa. ----------------------------- ----- A segunda dúvida prendia-se com a dispensa da hasta pública, estranhava aquele decisão e por isso pedia o esclarecimento ao Senhor Vereador sobre a dispensa da hasta pública quando a mesma podia resultar em benefício para o município. ------------ ----- A terceira dúvida tinha a ver com as contrapartidas, sendo que em verdade, e por experiência no passado, o mesmo tem dito que o Município não tem sabido zelar pelos interesses dos munícipes pela falta de zelo no que respeita ao cumprimento das contrapartidas. ---------------------------------------------------------------------------------------

Page 29: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

29

----- Assim, o PSD entendia que os interesses do município não eram salvaguardados pela proposta ali apresentada. Assim, pedia esclarecimentos ao Senhor Vereador, ou que melhorasse a proposta, se assim o entendesse. -------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal John Rosas (MPT), no uso da palavra, disse que o MPT após a análise daquela proposta, concluiu que a mesma somente defendia os interesses do Montepio Geral, e por vários motivos. --------------------------------------- ----- Sublinhou que, em primeiro lugar, existia ali uma falsa questão não se tratava de beneficiar os munícipes com a criação de uma residência assistida e de apoio à terceira idade, mas sim de beneficiar o Montepio Geral com condições únicas e especiais para a construção de uma unidade de saúde para os seus próprios sócios. ----- ----- O Município de Lisboa pretendia, assim, conceder ao Montepio Geral, através de recursos municipais, criar uma estrutura semiprivada para os seus sócios e que lhe permitisse seguir uma atividade que em si própria poderia vir a ser altamente lucrativa. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Em suma, o Partido da Terra entendia que o negócio da venda dos terrenos municipais ao Montepio Geral tinha sido mal negociado pelo executivo por não acautelarem, devidamente, os interesses do município. --------------------------------------- ----- Ressalvava, no entanto, a parte da proposta em que se propunha a revogação do direito de superfície constituído a favor do Montepio Geral com a consequente reversão para a esfera privada do município, ponto, aquele, com o qual concordavam e que, por isso, votariam a favor. ------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV), no uso da palavra, disse que a proposta que estava em discussão, e como já foi referido, visava revogar o direito de superfície constituído sobre uma parcela de terreno na Avenida dos Condes de Carnide e a alienação em propriedade plena de uma parcela de terreno na Rua Sousa Lopes para construção de uma Unidade de Saúde de Cuidados e de Residências Assistidas de Terceira Idade. --------------------------------------------------------------------- ----- Por um lado, tinham que ter presente que na cidade de Lisboa não existiam muitas Unidade de Saúde de Cuidados, daí a necessidade e a importância de suprir a enorme falta de camas para Cuidados Continuados, para atingir as valores minimamente aceitáveis, de acordo com as metas estabelecidas com o Ministério da Saúde. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Por outro lado, em relação às Residências Assistidas de Terceira Idade, estas não deviam ser um negócio para suportar financeiramente a Unidade de Saúde de Cuidados Continuados, sendo que a propriedade alienada para aquele efeito devia ter sido objeto de alienação por hasta pública em detrimento de ter sido feito por ajuste direto, neste caso concreto ao Montepio União Mutualista. ---------------------------------- ----- Tinham, também, o preço da transação, cujo montante era cerca de metade do valor de mercado estimado para aquela parcela de terreno. ---------------------------------- ----- Ora, o que se passava naquela proposta era que fora garantida a fixação de condições de preferência de acesso dos lisboetas às Residências Assistidas de Terceira Idade, através da fixação duma quota de 20%. ------------------------------------------------

Page 30: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

30

----- A fixação daquela quota, por si só, não permitia à generalidade da população lisboeta suportar financeiramente aqueles serviços. ------------------------------------------- ----- Afirmou que para «Os Verdes», deveriam ter sido negociadas mensalidades mais acessíveis, para que as pessoas que necessitavam daqueles cuidados não ficassem excluídas do acesso aos mesmos, por falta de condições económicas. --------------------- ----- Não concordavam, também, com o facto de o Montepio União Mutualista poder estabelecer alterações à tabela de preços para estes serviços, sem que houvesse uma auscultação da Câmara Municipal de Lisboa. -------------------------------------------------- ----- Sublinhou que àquelas questões, acrescia, ainda, uma outra questão: a localização do terreno a alienar que se situava numa área com alguma fragilidade do ponto de vista urbanístico, levantando algumas dúvidas sobre se aquela localização seria a mais adequada. --------------------------------------------------------------------------------------------- ----- O Senhor Vereador Manuel Salgado, no uso da palavra, disse que havia um contrato celebrado entre o Município de Lisboa e o Montepio Geral em que o Município cedeu a custo zero, um terreno em Carnide, junto ao Hospital da Luz, com o objetivo de ser construída uma unidade de cuidados continuados que tinha preços tabelados para os seus utentes, conforme acordado com o Ministério da Saúde. --------- ------ Referiu que em determinada altura o Montepio tinha proposto à Câmara agregar à unidade de cuidados continuados uma residência para idosos, e que era um programa que o Montepio tinha e que era utilizado, essencialmente, pelos seus associados, propondo para que fosse possível um novo terreno. Aquele terreno estava indicado para equipamento, junto à Rua Sousa Lopes, Bairro de Santos, em Lisboa. ---- ----- Sublinhou que quando aquela proposta foi feita, o executivo entendeu que a resposta àquela proposta apresentada pelo Montepio, era terreno para unidade de cuidados continuados troca por troca, continuaria a ser a custo zero, sendo que o terreno para a construção da residência para idosos seria a preço de mercado. E eram feitas duas avaliações; uma avaliação feita por técnicos da Câmara e uma avaliação externa, chagando-se a um valor seiscentos e noventa e sete euros por metro quadrado de um terreno na Rua Sousa Lopes, um valor de base fixado pelo cruzamento da avaliação externa com a avaliação feita pelos técnicos municipais para a parte das residências assistidas. ------------------------------------------------------------------------------ ----- Por outro lado, propôs o Montepio que preferia ficar com o direito de superfície na totalidade, acordando-se um valor para a totalidade. -------------------------------------- ----- Aquando da discussão inicial daquela proposta em discussão, foi colocada a questão das contrapartidas, porque aquele mercado das residências assistidas, infelizmente, era um mercado especulativo, onde havia muito pouca oferta e muita procura, estando por isso com valores muito altos sendo, por isso, colocada a questão das contrapartidas. Mas da mesma forma que na habitação social tinham valores de renda inferiores à renda técnica, necessitavam de ter oferta de habitação para a chamada classe média, portanto, a valores que fossem acessíveis à generalidade da população. E tinham no mercado habitação de luxo, pelo que achava que no que respeitava às residências assistidas também deviam as mesmas ter no mercado ofertas diversificadas, e por isso, estavam a construir no Bairro Padre Cruz uma residência

Page 31: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

31

assistida, de iniciativa municipal, que iria ser gerida pela Santa Casa da Misericórdia, sendo o objetivo construir mais residências assistidas para a população de Lisboa. ------ ----- Disse que nas contrapartidas a negociar com o Montepio, a ideia era acordar valores que fossem acessíveis, sendo fixado; 50% de todas as camas de cuidados continuados eram destinadas aos munícipes de Lisboa, sendo aquele valor fixado pelo Ministério da Saúde. Em relação á residência assistida, o negociado foi; em 20% da capacidade e num período de cinquenta anos, seriam dadas condições idênticas àquelas que tinham os sócios do Montepio com mais de três anos. ------------------------- ----- Aquele era um tema que tinha sido muito discutido em reunião de Câmara, estando junto à proposta a tabela de preços, verificando-se que o desconto era de noventa e três, ponto dois, euros e por dia, relativamente àquilo que eram os valores de mercado. ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Considerava aquela proposta interessante para o município pela oferta, a preços acessíveis, à classe média de Lisboa, serviços na área da saúde e no apoio aos idosos. - ----- O Senhor Deputado Municipal Luís Graça Gonçalves (PSD), no uso da palavra, referindo que se tratava de um pedido de esclarecimento da sua parte, disse que o Senhor Vereador Manuel Salgado tinha dito que havia uma poupança diária de noventa e três euros, e no estudo apresentado pela Câmara, pedido no âmbito da Comissão de Urbanismo, o estudo referia noventa e três euros por mês, e não por dia. - ----- O Senhor Vereador Manuel Salgado, no uso da palavra, esclareceu dizendo que o Senhor Deputado Municipal tinha toda a razão, eram noventa e três euros por mês, e não por dia. ---------------------------------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal João Bau (BE), no uso da palavra, e com tempo cedido pelo PEV, disse que a sua primeira questão estava esclarecida, o desconto que o senhor Vereador ali apontava era superior ao preço médio que o site do montepio referia para as suas residências, o que seria insólito. -------------------------- ----- Por outro lado, o que estava no acordo era que os benefícios a receber pelos munícipes seriam idênticos aos benefícios dos associados do Montepio com cinco anos, o que, unilateralmente, o Montepio poderia modificar aquele benefício à sua vontade e no momento que entendesse. --------------------------------------------------------- ----- Sublinhou, no entanto, uma questão já anteriormente, levantada e que tinha a ver com a afirmação do próprio Vereador Manuel Salgado que tinha dito que se aquela proposta fosse recusada o Montepio ficaria com o terreno por cinquenta anos, o que era uma situação insólita. O Montepio Geral era uma associação centenária e com grande prestígio na sociedade portuguesa. E os corpos gerentes do Montepio Geral, os atuais e os futuros, eram pessoas de bem, pessoas conhecidas na sociedade portuguesa, sendo que era estranho pensar que aquelas pessoas pudessem pensar ficar com um terreno por cinquenta anos, cedido a título gratuito para um certo fim, sem que o mesmo fosse utilizado para aquele fim. Mesmo que isso lhes passasse pela cabeça, o facto era que o acordo de direito de superfície tinha clausulas que permitiam à Câmara fazer com que o terreno voltasse á sua posse, já que o terreno tinha de ser utilizado segundo o fim a que estava destinado, fixado pelo direito de superfície. -------

Page 32: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

32

----- Aquele argumento utilizado pelo Senhor Vereador Manuel Salgado era altamente falacioso, utilizado por quem não tinha mais nenhum argumento que defendesse a sua proposta. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente confirmou que não havendo mais inscrições passariam à votação da proposta nº 69/2013, que a pedido do MPT, seria uma votação ponto por ponto. ------------------------------------------------------------------------------------------------- ------ VOTAÇÃO dos pontos nºs 1 e 2 – foram Aprovados por maioria com os votos a favor do Partido Socialista, de 4 (quatro) Deputados Independentes, do Bloco de Esquerda e do Partido da Terra, votos contra do Partido Popular Monárquico, e as abstenções do Partido Social Democrata, do Partido Comunista Português, do Centro Democrático Social, e do Partido Ecologista “Os Verdes”. ---------------------------------- ------ VOTAÇÃO do ponto nº 3 – foi Aprovado por maioria com os votos a favor do Partido Socialista e de 4 (quatro) Deputados Independentes, votos contra do Bloco de Esquerda, do Partido Popular Monárquico e do Partido da Terra, e as abstenções do Partido Social Democrata, do Partido Comunista Português, do Centro Democrático Social, e do Partido Ecologista “Os Verdes”. ---------------------------------- ----- Disse que iriam passar à discussão da proposta nº 112/2013. ------------------------- ------ Proposta N.º 112/2013 – SUBMETER À APRECIAÇÃO E DELIBERAÇÃO DA AML A ADAPTAÇÃO DOS ESTATUTOS DA GEBALIS – GESTÃO DOS BAIRROS MUNICIPAIS DE LISBOA. E.E.M., À LEI Nº 50/2012, DE 31 DE AGOSTO, NOS TERMOS DA PROPOSTA, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA I) DO Nº 2 DO ART.º 53º DA LEI N.º 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI N.º 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO. ------------------------------------------------------------------------------------- -----------------------------------PROPOSTA N.º 112/2013 ------------------------------------ ----- Pelouros: Habitação e Finanças. ----------------------------------------------------------- ----- Serviços e empresas municipais: DMHDS, DMF e GEBALIS. ------------------------ ----- Enquadramento histórico e legal. ---------------------------------------------------------- ----- 1. Objeto social e atribuições: -------------------------------------------------------------- ----- 1.1. A GEBALIS foi criada em 1995 como empresa municipal com o objetivo de promover a gestão social, patrimonial e financeira dos bairros municipais, construídos ao abrigo do PIMP – Programa de Intervenção a Médio Prazo e do PER - Programa Especial de Realojamento. Estes programas visavam eliminar os bairros de barracas que existiam em Lisboa (num total de cerca de 20.000 famílias), através da construção ou aquisição de habitação social em terrenos municipais. ---------------- ~ ----- 1.2. Em 2003 a CML decidiu passar para a gestão da GEBALIS bairros municipais mais antigos, nomeadamente, entre outros, o Bairro 2 de Maio - Fundação Salazar, que veio à posse da CML por extinção daquela Fundação. ---------- ----- 1.3. Entretanto a CML foi promovendo, através do Regulamento para Alienação de Imóveis Municipais (RAIM), cuja primeira redação data de 1992, a alienação de fogos municipais aos respetivos moradores, visando “a dignificação da função habitacional, promovendo a estabilidade da comunidade e das famílias, aumentando

Page 33: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

33

o nível de inclusão social e contribuindo para a heterogeneidade do perfil das famílias residentes”, como consta do preâmbulo da novo RAIM aprovado em 2008. --- ----- 1.4. Da conjugação destes factos resultou um aumento dos fogos e bairros sob gestão da GEBALIS mas, ao mesmo tempo, uma transformação de bairros integralmente municipais em bairros apenas parcialmente municipais. ------------------- ----- 1.5. Em 2006 foi constituída a Rede Social de Lisboa, que conta atualmente 331 entidades parceiras, constituindo a maior Rede Social do país. Muitos destes parceiros atuam conjuntamente com a GEBALIS nos territórios dos bairros municipais, visando aumentar a coesão social e combater fenómenos de exclusão e pobreza. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 1.6. Em 2010 e após análise de um Relatório de análise de viabilidade económica e financeira, de 21 de Julho de 2010, produzido pela Ernst&Young, a CML aprovou, através da Deliberação 567/CM/2010, de 13 de Outubro, a manutenção da empresa num cenário de ajustamento, envolvendo, entre outros aspetos, a redução de efetivos e a concentração dos gabinetes de bairro, em articulação com a proposta de reestruturação orgânica então em preparação para submissão à CML e à AML. ----------------------------------------------------------------------- ----- 1.7. Em 2011 a CML aprovou uma reestruturação interna que, entre outros objetivos, visou uma mudança de cultura da administração municipal numa “lógica de cooperação e partilha de recursos entre os diferentes serviços municipais”. Com esta reestruturação foram criadas 5 unidades de intervenção territorial, com competências transversais em matéria de gestão urbanística, espaço público e gestão de equipamentos municipais. --------------------------------------------------------------------- ----- 1.8. A mudança de cultura na administração municipal traduziu-se na mudança de relacionamento com a GEBALIS, que de protagonista único da gestão social dos bairros municipais passou a assumir cada vez mais o papel de parceiro nos diferentes programas e projetos de coesão social desenvolvidos pelas autarquias (Câmara e Juntas de Freguesia) e pela sociedade civil nesses territórios. ------------------------------ ----- 1.9. Está em curso uma reforma administrativa de Lisboa, com a passagem de 53 para 24 freguesias na cidade, que a partir das eleições locais de 2013 passarão a dispor de mais recursos e competências para a intervenção de proximidade nas respetivas áreas. ------------------------------------------------------------------------------------ ----- 1.10. Parece assim ser chegado o momento de abandonar uma visão de certo modo paternalista e assistencialista da empresa relativamente aos bairros municipais, que teve a sua razão histórica de ser face à enorme quantidade de famílias realojadas, através do PIMP e do PER, em mais de 17.000 fogos, para a recentrar naquilo que deverá cada vez mais ser o seu objeto central – a gestão de proximidade do arrendamento habitacional nos bairros municipais, mantendo naturalmente competências para promover ou participar em parcerias que visem a coesão social desses territórios e a sua inclusão no tecido urbano da cidade e contrariando a criação de guetos nas áreas de realojamento de população carenciada. ------------------------------------------------------------------------------------------

Page 34: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

34

----- 1.11. A necessidade de conformar os estatutos da empresa à lei 50/2012, de 31 de Agosto, proporciona a oportunidade de atualizar o objeto social e as atribuições da GEBALIS de acordo com o que é atualmente a sua missão concreta no terreno, aproveitando-se para os adequar também ao novo quadro regulamentar da habitação municipal, ao abrigo do qual a GEBALIS é uma entidade gestora de arrendamento habitacional, mas não tem competências na atribuição nem na alienação de património. Neste sentido, deverá nomeadamente seguir as regras legais e regulamentares definidas, quer para os arrendamentos habitacionais em regime de renda apoiada, quer para as habitações em regime de cedência precária que se mantêm em vigor. ----------------------------------------------------------------------------------- ----- 1.12. Não existindo ainda quadro regulamentar para a atribuição e gestão dos espaços não habitacionais municipais, entende-se que, à semelhança do que já sucede com os espaços habitacionais em bairros municipais, a GEBALIS pode manter-se como gestora dos arrendamentos e cedências precárias de espaços não habitacionais que estejam sob sua responsabilidade, mas a respetiva atribuição ou alienação deverá sempre caber ao órgão executivo municipal. ------------------------------------------ ----- 1.13.Deverá ainda prever-se entre as atribuições da GEBALIS a de se substituir à CML na promoção da criação e administração de condomínios nos edifícios parcialmente municipais que estejam sob sua responsabilidade. Esta é uma área que exige recursos de proximidade relevantes, já que implica, também ela, uma nova cultura de responsabilidade partilhada pela manutenção e conservação do edificado municipal. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 1.14. No quadro da lei 50/2012, a GEBALIS cumpre todas as exigências legais para se manter, nomeadamente à luz do artigo 70º e dos critérios referidos no artigo 62º. ---------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 2. Órgãos sociais: ----------------------------------------------------------------------------- ----- 2.1. Ao contrário das restantes empresas municipais de Lisboa, nos Estatutos da GEBALIS não foi prevista a existência de um Conselho Geral, sendo os seus órgãos apenas o Conselho de Administração e o Fiscal Único. -------------------------------------- ----- 2.2. Em 2011, através da Deliberação 196/CM/2011, de 13 de Abril, a CML deliberou propor à Assembleia Municipal a alteração de estatutos da empresa para criar um Conselho Geral, enquanto órgão consultivo que visasse a promoção da transparência e a circulação de informação sobre a atividade da empresa. Esta proposta não chegou a ser votada pela Assembleia Geral, tendo sido retirada pela CML por não ter havido consenso em torno da sua composição e do número de representantes da Assembleia Municipal e estar em preparação nova legislação sobre o sector empresarial local. Confronte-se para este efeito o parecer da 6ª Comissão Permanente da AML sobre a referida proposta. ---------------------------------------------- ----- 2.3. A lei das competências das autarquias (lei 169/99, de 18 de Setembro, na redação dada pela lei 5-A/2002, de 11 de Janeiro) fixa entre as competências do órgão executivo do município, a de “nomear e exonerar o conselho de administração dos serviços municipalizados e das empresas públicas municipais” (artigo 64º, nº 1, alínea i) -----------------------------------------------------------------------------------------------

Page 35: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

35

----- 2.4. Estranhamente a lei 50/2012 omite esta disposição legal e passa a conferir à Assembleia Geral a competência para eleger os membros do órgão de gestão ou de administração da empresa (artigo 26º, nº 1). A mesma lei indica que compete ao órgão executivo da entidade participante (neste caso o município) “designar o representante desta na assembleia geral da respetiva empresa local.” Temos assim que uma decisão que envolvia todo o executivo municipal, que é um órgão colegial eleito e tem de prestar contas à assembleia municipal, passa, aparentemente, a caber a um só representante do município, que ficará com poderes para eleger (e portanto, naturalmente, também para exonerar) o Conselho de Administração da empresa local. Consideramos que esta disposição legal reduz as competências municipais e traduz um retrocesso em termos de transparência, fiscalização e prevenção da corrupção no sector empresarial local. --------------------------------------------------------- ----- 2.5. Mas a mesma lei 50/2012 refere no seu artigo 26º, nº 4, que a mesa da assembleia geral é composta por um máximo de 3 elementos, o que parece contradizer a necessidade de uma assembleia geral unipessoal, que aliás dificilmente poderá ser considerada sequer uma “assembleia”. ------------------------------------------ ----- 2.6. Entendemos pois que, em consonância com a lei das competências das autarquias, que estabelece o quadro de competências, assim como o regime jurídico de funcionamento, dos órgãos dos municípios e das freguesias, se deverão manter as competências do órgão executivo municipal, o que só é compatível com a lei 50/2012 se o representante do município na assembleia, que só pode ter um voto, pois o município é acionista único, estiver sempre expressamente mandatado para todas as reuniões da assembleia geral, através de mandato expresso aprovado pelo órgão municipal competente. ----------------------------------------------------------------------------- ----- 2.7 Subsiste a questão da mesa da assembleia geral, já que não faz sentido que o representante único do município de convoque a si próprio, pelo que se propõe uma mesa da assembleia geral de dois membros, a designar pelo órgão executivo municipal, que indica o respectivo presidente. Para respeitar o princípio do voto único estabelece-se que a mesa da assembleia geral não tem direito de voto, mas desempenha todas as demais competências, nomeadamente convocar as reuniões, fixar a ordem de trabalhos e garantir a elaboração, aprovação e registo das atas. ----- ----- Assim, nos termos das disposições conjugadas da alínea l) do nº 2 do artº 53º e da alínea d) do nº 7 do artº 64º, da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, na redação que lhe foi dada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, e ainda do artigo 70º da lei 50/2012, de 31 de Agosto, proponho que a Câmara delibere: ------------------------------ ----- a) aprovar e submeter, à aprovação da Assembleia Municipal as alterações aos Estatutos da GEBALIS constantes do artº 1º e da secção II da proposta de alteração aos Estatutos em anexo 1 a esta proposta; ----------------------------------------------------- ----- b) aprovar a adequação dos atuais Estatutos da GEBALIS à lei 50/2012, através da aprovação dos restantes artigos da proposta de alteração aos Estatutos em anexo 1 a esta proposta. ---------------------------------------------------------------------------------- ----- Lisboa, 19 de Fevereiro de 2013. ----------------------------------------------------------- ----- As Vereadoras Helena Roseta e Maria João Mendes.” ---------------------------------

Page 36: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

36

----- COMISSÃO PERMANENTE DE HABITAÇÃO, REABILITAÇÃO URBANA E BAIRROS MUNICIPAIS.---------------- ------------------------------------------------------ -------------------------------------------- PARECER ---------------------------------------------- -----------------------------------PROPOSTA Nº.112/2013 -------------------------------------- ----- “A Comissão Permanente de Habitação, Reabilitação Urbana e Bairros Municipais, reuniu em 10 de Abril de 2013 nas instalações da Assembleia Municipal para apreciar a proposta 112/2013, referente à “adaptação dos estatutos da Gebalis – gestão dos bairros municipais de Lisboa, lei 50/2012 de 31 de Agosto nos termos da proposta”. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Foi ouvida em sede de comissão a Sra. Vereadora Helena Roseta, bem como o Sr. Presidente da Gebalis, onde, após os devidos esclarecimentos, os deputados presentes nesta comissão entenderam aprovar por unanimidade, podendo a referida proposta baixar à discussão em plenário. ------------------------------------------------------ ----- Lisboa, 10 de Abril de 2013. ---------------------------------------------------------------- ----- O Presidente da Comissão Fernando Manuel D’Eça Braamcamp.” ----------------- ----- A Senhora Vereadora Helena Roseta, no uso da palavra, disse que aquela alteração de estatutos tinha dois aspetos; um primeiro aspeto, já aprovado pela Câmara, e não carecia ser submetido ao plenário, era uma simples transposição da Nova Lei do Sector Empresarial Local, 50/2012, para as empresas municipais, e que alterou uma série de aspetos concretos, nomeadamente, introduziu a figura da Assembleia Geral, uma figura obrigatória, uma vez que a GEBALIS era aquele caso extraordinário de uma empresa municipal que não tinha nem um concelho geral e nem assembleia geral, e nem nenhum órgão fiscalizador. Assim, passava a ter uma Assembleia Geral unipessoal visto que só tinha um único acionista, e que era a Câmara, uma situação que lhes fazia alguma confusão, porque era uma só pessoa que era designada pela Câmara, que se convocava a si própria, o que após terem falado com a Comissão de Habitação, propuseram uma solução que foi aprovada pela Câmara e que era aquela Assembleia Geral tinha uma Mesa que não tinha direito de voto, mas que tinha um vogal com direito de voto. E que o Presidente da Assembleia Geral, embora não tivesse direito de voto, devesse ser, por inerência, o Presidente da Comissão de Habitação da Assembleia Municipal, já que havia queixa corrente de vários mandatos que não havia informação suficiente sobre a GEBALIS na Assembleia Municipal. ----------------------------------------------------------------------------- ----- Referiu que a GABALIS era uma entidade gestora de arrendamento social nos bairros municipais, sendo gestora de proximidade, fazendo uma gestão do arrendamento diferente daquele que era feito pelos serviços da Câmara, que era genérico e que não tinha aquele trabalho de proximidade. ----------------------------------- ----- Assim, propunha àquela Assembleia era que aceitasse que a GEBALIS ao invés de ser uma entidade gestora dos bairros municipais, fosse uma entidade gestora de proximidade do arrendamento social dos bairros municipais, porque era isso que já fazia e era isso que devia de continuar a fazer, introduzindo algumas novidades, nomeadamente, a gestão de condomínios que era uma coisa que em 1995 não existia,

Page 37: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

37

mas que atualmente existia, a GEBALIS geria seiscentos condomínios que eram particularmente complicados. --------------------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal António Prôa (PSD), no uso da palavra, disse que após, praticamente, seis anos de mandato da responsabilidade do Dr. António Costa, estavam ali a proceder a alterações ligeiras, diria, relativamente a uma das empresas municipais, a “reboque” de uma imposição legal de adequar os estatutos à nova lei que enquadrava o setor empresarial local. E aquele era o verdadeiro pretexto para que procedesse a alguns ajustes nos estatutos que a Senhora Vereadora entendia aproveitar para outros pequenos ajustes. -------------------------------------------------------- ----- Na verdade, após seis anos de mandato, a atual maioria tinha sido incapaz de proceder a uma estruturação global do sector empresarial do município, pensando em novos papéis para aquele setor, novas funções, que colmatassem as diferenças que haviam desde a data da atual arquitetura do Setor Empresarial do Município. ------------ ----- Assim, assistiam ali, uma vez mais, a um ajuste de detalhe a “reboque” de uma imposição legal, sem que aquela maioria tivesse sido capaz de desenhar uma nova configuração para o Setor Empresarial Local, o que constituí um insucesso importante daquela maioria no que dizia respeito á forma como encarava as empresas do município. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Deputada Municipal Rita Magrinho (PCP), no uso da palavra, disse que aquelas alterações, apresentadas pela Senhora Vereadora Helena Roseta no que respeita à GEBALIS, e na altura da discussão daquela proposta em reunião de Câmara, o PCP entendeu que a mesma levava à liquidação de oitenta postos de trabalho na GEBALIS, relativamente às questões da gestão da parte social. -------------- ----- Na altura a Senhora Vereadora Helena Roseta tinha informado a Câmara, e o Senhor Vereador Ruben de Carvalho, do PCP, que não havia qualquer necessidade de extinguir postos de trabalho, antes pelo contrário, tendo afirmado que aqueles postos de trabalho iriam manter-se. ----------------------------------------------------------------------- ----- Disse que se assim fosse, se os postos de trabalho se mantivessem, o PCP estava de acordo com aquela proposta no que respeitava àquela questão específica. ------------- ----- No entanto, tinha uma outra dúvida que tinha a ver com a constituição da Assembleia Geral constante na proposta, e se a mesma era aquela que estava reformulada no artigo oitavo. --------------------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal António Arruda (MPT), no uso da palavra, disse que a posição do Partido da Terra relativamente àquela proposta era já conhecida até pela posição que o Partido da Terra tinha no que respeitava às empresas municipais. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Disse que o conteúdo funcional daquela empresa estava completamente ao lado, e que uma empresa com aquelas caraterísticas não se podia converter, por falta de visão política e social, num escritório de cobrança de rendas, de instrução de projetos de cobrança, nem, tão pouco, numa mega empresa de gestão de condomínios. ----------- ----- Afirmou que a GEBALIS vinha a ser gerida de forma desleixada, por quem denunciava falta de diligência e de zelo. A preocupação da GEBALIS deveria ser as pessoas que habitam os bairros sociais, incentivando a criação de comunidades ativas

Page 38: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

38

nos bairros, desenvolvendo as potencialidades das comunidades locais, respeitando a cultura identitária de cada habitante, de cada grupo, e ouvindo as suas preocupações. -- ----- O Partido da Terra tinha constatado que os prédios necessitavam de reabilitação, muito embora as obras já tivessem sido anunciadas, mas pecavam por tardias. ----------- ----- Também, perguntou, para quando seria alargado os horários de atendimento à população dos bairros municipais, aprovado em reunião de Câmara. E quantos fogos se encontravam vagos e quantos condomínios tinham sido constituídos, perguntou. ---- ----- Disse que para quê estarem ali a discutir as alterações dos estatutos quando o que se devia estar ali a fazer era a discutir a extinção da GEBALIS, porque o Partido da Terra entendia que aquela empresa era deficitária, não conseguindo cumprir as competências que lhe tinham sido delegadas. No entanto, o executivo Socialista defendia a GEBALIS, não se importando de ter extinguido uma outra empresa publica, e que nem sequer era municipal, a qual tinha dado provas suficientes de competência e eficiência na persecução dos seus objetivos, e que tinha cerca de quarenta e dois anos de existência, alcançando um estatuto próprio ao nível nacional, afirmando que estava a falar da EPUL. ---------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal Filipe Lopes (IND), no uso da palavra, disse que pediu a palavra mas não era para responder à criticas do Deputado Municipal António Arruda, mas que não podia deixar de afirmar ali o grande desconhecimento revelado pelo Deputado Municipal António Arruda ao fazer as afirmações que fez. ---- ----- Sublinhou que aquele pelouro da Senhora Vereadora Helena Roseta era o que mais implicava o contato com as pessoas, e tinha aquela experiência pela sua passagem pelos gabinetes dos técnicos locais. Era um trabalho que não deixava grandes marcas mediáticas, mas que ia ao fundo da vida das pessoas. --------------------- ----- Era necessário ir aos sítios antes de se fazer afirmações, disse dirigindo-se ao deputado municipal António Arruda, era necessário ver como é que as situações eram atendidas e falar com as pessoas. ----------------------------------------------------------------- ----- Assim, defendia o trabalho da GEBALIS, afirmando que a mesma estava mais próxima dos seus inquilinos do que os serviços da Câmara, conhecendo melhor as realidades, podendo, daquela forma, fazer uma seleção correta da prioridade das obras. ------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Assim, considerava as críticas do Deputado Municipal António Arruda como descabidas. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal José Casimiro (BE), no uso da palavra, disse que o BE tinha algumas dúvidas. ----------------------------------------------------------------- ----- Afirmou que como todos sabiam, o BE tinha no seu programa que a GEBALIS devia de ser fundida com a EPUL e com a SRU, e que a parte social devia de ser da responsabilidade da Câmara. ---------------------------------------------------------------------- ----- O que gostaria de acentuar era que, como sabiam, alguns moradores já tinham comprado a casa. Gostava de saber se a gestão de condomínios iria ser partilhada entre as GEBALIS e os moradores, pois os residentes daqueles bairros municipais não tinham condições financeiras para fazer face às intervenções que os bairros necessitavam, bem como as intervenções que eram necessárias nas suas próprias

Page 39: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

39

habitações. Por isso, entendia que aquela responsabilidade devia de ser partilhada entre a Câmara e a própria GEBALIS. ---------------------------------------------------------- ----- Quanto ao acompanhamento social de proximidade que era feito por alguns gabinetes nos próprios bairros, parecia-lhe que não estava espelhado nos próprios estatutos, pelo que perguntava como é que aquele acompanhamento iria ser feito, já que era necessário, o mesmo, ser assegurado às populações dos bairros. ------------------ ----- A Senhora Vereadora Helena Roseta, no uso da palavra, disse que começaria por responder ao Senhor Deputado António Prôa, dizendo o seguinte; que não lhe competia responder à questão sobre a incapacidade do executivo camarário de restruturar o setor empresarial local, até porque não era Presidente da Câmara, mas que já muito tinha sido feito naquela matéria, e que o setor empresarial local em Lisboa não estava deficitário, estava equilibrado e que passos fundamentais já tinham sido dados. Algumas empresas tinham sido extintas, como sabiam, e que não iria falar da EPUL porque não lhe competia falar de tal assunto e que o mesmo não estava na ordem de trabalhos. --------------------------------------------------------------------------------- ----- o facto de levar ali aquela alteração dos estatutos da GEBALIS, naturalmente só pôde ter sido feito depois de sair a Lei 50/2012, sobre o Setor Empresarial Local porque desde que tinha sido assinado o memorando e as sucessivas revisões do “dito cujo”, estava lá escrito que tinha de haver alterações ao regime das empresas municipais e das empresas públicas. Não podiam fazer, por isso, alterações estatutárias sem saberem qual seria o enquadramento normativo que iria ser produzido pelo Governo, ou pela Assembleia da República, sobre aquela matéria. A GEBALIS esteve até à última para saber se iria cumprir os critérios de poder continuar a ser uma empresa municipal, e se não cumprisse aqueles critérios teria de ser extinta, o que não aconteceu, e ao contrário do que o Senhor Deputado Municipal António arruda afirmou, a GEBALIS cumpria os critérios da lei e não era uma empresa deficitária há mais de três anos. ----------------------------------------------------------------------------------- ----- Quanto à questão levantada pelo PCP, confirmou que não estava previsto nenhum despedimento, pelo contrário. Tinham alguns trabalhadores com contratos a prazo já renovados, outros, poucos, que já tinham cessado e não conseguiam fazer a renovação, com grande pena sua, mas estavam a estudar uma hipótese que julgava ser juridicamente interessante, uma vez que a lei do setor empresarial local dizia que a empresa deixava de ser uma empresa pública e passaria a ser uma empresa privada, de direito privado, embora fosse totalmente municipal, provavelmente não se lhe aplicava as limitações da contratação e da renovação de contrato que tinham no setor público. Estavam a explorar aquela hipótese para ver se conseguiam salvar os poucos casos que tinham chegado ao término da renovação. ------------------------------------------ ----- Disse que o que o Senhor Deputado Municipal António Arruda tinha dito dos trabalhadores da GEBALIS não era verdade. E que os horários de atendimento não tinham sido alargados porque tiveram de fechar gabinetes por motivos de agressões, pessoas agredidas pelos moradores e que tiveram de ser atendidas no hospital, e que nem sempre tinha condições para manter policiamento à porta dos gabinetes. A

Page 40: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

40

verdade era que as coisas eram complicadas e era injusta a posição do Deputado António Arruda face aos trabalhadores daquela empresa. ------------------------------------ ----- Sublinhou que o acompanhamento social de proximidade, ao contrário do que acontecia em 1995, atualmente, já não era somente feito pela GEBALIS, agora existia a Rede Social com as comissões sociais de freguesia com os núcleos executivos locais, com a Santa Casa da Misericórdia, com a Segurança Social, e portanto, a GEBALIS já não detinha o exclusivo do acompanhamento social de proximidade, e era por isso que defendia que a mesma devia de continuar a ter nos estatutos que continuaria a ser responsável pelo menos a gestão de proximidade dos inquilinos municipais, sendo que o resto do bairro poderá não competir à GEBALIS, pois tratava-se de um empresa e não de uma fundação, ou de uma organização não-governamental, nada disso. E como empresa não lhe competia fazer atendimento social, mas dos inquilinos municipais a GEBALIS tinha de o fazer porque era o seu objeto principal. ------------------------------------------------------------------------------------- ----- Quanto á questão dos condomínios, em princípio assumiam no geral a maior parte das obras. Mas a verdade era que aquele assunto também era muito discutido localmente, caso a caso porque dependia muito da capacidade financeira dos condóminos, porque se uns não tinham, outros tinham para fazer face a parte das obras e, portanto, não podia haver ali uma regra muito inflexível porque as coisas tinham de se adequar. Disse que ainda era significativo o número de pessoas que investiam quer naquelas de que já eram proprietários, quer naquelas que pertenciam à Câmara, com esforço. ------------------------------------------------------------------------------ ----- Resumindo, disse que aquela adequação dos estatutos da empresa GEBALIS era um passo em frente no sentido de definir bem a função da empresa e era uma empresa que fazia muita falta ao trabalho da Câmara na gestão da habitação social, e com técnicos altamente qualificados, sendo um ativo do município devendo todos beneficiar dele. -------------------------------------------------------------------------------------- ----- Confirmou, ainda, que tinha sido distribuído a todos os Grupos Municipais um relatório de Março de 2013, com números até Dezembro de 2012, rigorosos e exatos sobre tido o que o Senhor Deputado António Arruda tinha perguntado; ocupações, quantos inquilinos eram, quantas situações, estava lá tudo, e que provavelmente o desconhecimento do Senhor Deputado António Arruda devia-se ao facto de não ter lido aquele relatório. -------------------------------------------------------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal António Arruda (MPT), no uso da palavra, disse que não ia ali atacar os funcionários da GEBALIS, mas sim as chefias que não cumpriam, cabalmente, o trabalho que lhes era dado. ----------------------------------------- ----- Referiu que se a GEBALIS cumpria, por que razão era que há um ano, na Imprensa, veio dizer que em frente aos escritórios da GEBALIS estava uma pessoa morta, há três meses, e que só se tinha descoberto porque as cartas, o correio, iam-se acumulando. Como era possível só ter dado conta daquela situação ao fim de três meses. As pessoas não pagavam a renda, perguntou. ------------------------------------------ ----- VOTAÇÃO – a Proposta nº 112/2013, foi Aprovada por maioria com os votos a favor do Partido Socialista e de 4 (quatro) Deputados Independentes, votos

Page 41: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

41

contra do Centro Democrático Social, do Partido Popular Monárquico e do Partido da Terra, e as abstenções do Partido Social Democrata, do Partido Comunista Português, do Bloco de Esquerda e do Partido Ecologista “Os Verdes”. -------------------------------- ----- Disse que iriam passar à discussão da proposta nº 174/2013. ------------------------- ------ Proposta N.º 174/2013 – SUBMETER À APRECIAÇÃO E DELIBERAÇÃO DA AML A MINUTA DO SEGUNDO ADITAMENTO AO ACORDO FINANCEIRO RELATIVO À GESTÃO URBANA, ACESSIBILIDADES E EXPROPRIAÇÕES, E TAXA MUNICIPAL PELA REALIZAÇÃO DE INFREESTRUTURAS URBANÍSTICAS CELEBRADO EM 18 DE OUTUBRO DE 2005, ENTRE O MUNICÍPIO E A PARQUE EXPO, SA, NOS TERMOS DA PROPOSTA, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA I) DO Nº 2 DO ART.º 53º DA LEI N.º 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI N.º 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO. ------- -----------------------------------PROPOSTA N.º 174/2013 ------------------------------------ ----- “Pelouro: Vereadora Maria João Mendes. ----------------------------------------------- ----- Serviço: DMF ---------------------------------------------------------------------------------- ----- Considerando que: --------------------------------------------------------------------------- ----- a) Por meio da Proposta nº 20/2005, aprovada pela Câmara e pela Assembleia Municipal, respetivamente em 19.01.2005 e 08.03.2005, através da qual se aprovou o montante do valor em dívida do Município à Parque Expo, SA, resultante de intervenções desta Empresa na Zona de Intervenção da Expo 98 – atual Parques das Nações - e seus acessos, cuja responsabilidade competiria, total ou parcialmente ao Município de Lisboa, no valor de € 155. 054.089, 57 (cento e cinquenta e cinco milhões cinquenta e quatro mil e oitenta e nove euros e cinquenta e sete cêntimos), tendo sido efetuado um Acordo Financeiro, em 18 de Outubro de 2005, entre o município de Lisboa e a Parque EXPO, o qual foi visado pelo Tribunal de Contas, em 23 de Fevereiro de 2006 (Processo n.º 2692/05); -------------------------------------------- ----- b) Foi celebrado entre o Município de Lisboa e a Parque Expo, SA, um aditamento a esse Acordo Financeiro, em 16 de Setembro de 2009, também sujeito a visto prévio do Tribunal de Contas (Processo n.º 1866/2009), pelo qual se reconheceu um acréscimo, ao referido Acordo, no valor de € 26.217.755,10 (vinte e seis milhões, duzentos e dezassete mil setecentos e cinquenta e cinco euros e dez cêntimos) relativo aos encargos em que incorreu a Parque Expo, na gestão urbana da zona, por conta do Município, no período de 1 de Janeiro de 2005 a 31 de Outubro de 2008; ------------ ----- c) O Município deliberou aceitar a transferência da gestão urbana do Parque das Nações para a sua esfera, a partir de 01 de janeiro de 2005, nos termos da Proposta n.º 20/2005, aprovada pela Câmara Municipal e pela Assembleia Municipal. Todavia, o Município só assumiu essa responsabilidade em 1 de dezembro de 2012, tendo a mesma sido assegurada pela Parque EXPO até 30 de novembro de 2012; ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- d) No contexto da decisão do Governo de proceder à extinção da Parque EXPO, o Município aceitou assumir as atividades de gestão urbana integrada na Zona de

Page 42: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

42

Intervenção da EXPO’98, em toda a área compreendida nos limites da Zona de Intervenção desta exposição; --------------------------------------------------------------------- ----- e) A assunção destas responsabilidades coincide com a criação da freguesia do ‘Parque das Nações’, no concelho de Lisboa, a qual ficará inteiramente situada no território do Município de Lisboa, que para o efeito vê alterada a sua delimitação territorial, de acordo com a reorganização administrativa de Lisboa estabelecida pela Lei nº 56/2012, de 8 de novembro; --------------------------------------------------------- ----- f) O Decreto-Lei n.º 241/2012, de 6 de novembro, determina a transferência para o Município de Lisboa dos contratos de empreitada de obras públicas, locação e aquisição de bens móveis e serviços celebrados pelas sociedades Parque EXPO, S.A., e Parque Expo- Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A., no âmbito das atividades de gestão urbana na zona de intervenção da Expo’98; --------------------------------------- ----- g) O mesmo Decreto-Lei prevê que o Município de Lisboa compense a Parque EXPO e a Parque Expo – Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A. pelos custos incorridos com os contratos desde novembro de 2008 a 30 de novembro de 2012, o que implica a elaboração de um segundo aditamento ao Acordo Financeiro; ------------ ----- h) O Governo celebrou, através dos Ministérios das Finanças, dos Assuntos Parlamentares, da Economia e do Emprego, da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, da Secretaria de Estado da Cultura, e o Município de Lisboa um Memorando de Entendimento (MdE) que, entre outros pontos, contempla o acordo para a assunção pela CML da gestão, conservação e manutenção urbana do Parque das Nações. -------------------------------------------------------------------------------- ----- i) O Conselho de Administração da Parque EXPO, S.A, em 5 de fevereiro de 2013, concordou com o teor do 2.º aditamento ao Acordo Financeiro, conforme transmissão efetuada pelo ofício datado de 18.02.2013, que se junta a esta proposta. -- ----- Tenho a honra de propor que a Câmara Municipal delibere: ------------------------- ----- Nos termos da alínea a), do n.º 6 do artigo 64º, da Lei 169/99, de 18 de setembro e respetivas alterações, aprovar submeter à assembleia municipal, para que este órgão, nos termos das alíneas q) do n.º 1 e b) do n.º 3, ambas do artigo 53.º da referida lei, e alínea c) do n.º 1 do artigo 6.º da Lei n.º 8/2012, de 21 de fevereiro e respetivas alterações: ----------------------------------------------------------------------------- ----- 1. Aprove a minuta do 2.º aditamento ao Acordo Financeiro relativo à gestão urbana, acessibilidades e expropriações e taxa municipal pela realização de infraestruturas urbanísticas celebrado, em 18 de outubro de 2005, entre o Município de Lisboa e a PARQUE EXPO, S.A., junta a esta proposta e que dela faz parte integrante. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 2. Autorize a assunção do respetivo compromisso plurianual, resultante deste 2.º aditamento ao Acordo Financeiro, cujo último pagamento ocorrerá em maio de 2016. ----- Paços do Concelho, 7 de Março de 2013. ---------------------------------------------- ----- A Vereadora Maria João Mendes.” ------------------------------------------------------- ----- COMISSÃO PERMANENTE DE ADMINISTRAÇÃO, FINANÇAS, PATRIMÓNIO, DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E TURISMO.---------------- - -------------------------------------------- PARECER ----------------------------------------------

Page 43: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

43

-----------------------------------PROPOSTA Nº.174/2013 -------------------------------------- ----- “A Comissão Permanente de Administração, Finanças, Património, Desenvolvimento Económico e Turismo reuniu em 2 de Abril de 2013, a fim de analisar e emitir parecer sobre a Proposta nº.174/2013. ------------------------------------- ----- Em 2005 e em 2009 foram celebrados Acordos Financeiros entre o Município de Lisboa e a Parque Expo, SA, referentes a valores em dívida pela intervenção da empresa no Parque das Nações. ------------------------------------------------------------------ ----- Apesar do Município ter aceitado a transferência da gestão urbana do Parque das Nações, a partir de 2005, efetivamente só aconteceu a partir de 1 de Dezembro de 2012. -------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Com a reorganização administrativa de Lisboa, é criada a Freguesia do Parque das Nações, cujo território ficará situado no Município de Lisboa. ------------------------ ----- Entretanto, o Governo decidiu extinguir a Parque Expo, SA. -------------------------- ----- Neste contexto, nos termos da legislação aprovada, são transferidos para o Município de Lisboa os Contratos de Empreitadas de Obras Públicas, Locação e Aquisição de Bens Móveis e Serviços celebrados pela Parque Expo, SA., ficando o Município responsável por compensar a Parque Expo, SA. pelos custos daqueles desde 2008 até 30 de Novembro de 2012, daí a necessidade de um 2º. Aditamento ao Acordo Financeiro. --------------------------------------------------------------------------------- ----- Com o 2º. Aditamento, tem que ser assumido o respectivo compromisso plurianual até Maio de 2016. --------------------------------------------------------------------- ----- Assim sendo, a Comissão entende que a presente proposta se encontra em condições de ser discutida e votada em plenário. ---------------------------------------------- ----- O presente parecer foi aprovado por unanimidade, estando ausente o BE. --------- ----- Assembleia Municipal de Lisboa, em 2 de Abril de 2013. ------------------------------ ----- O Presidente da Comissão Rui Pessanha da Silva.” ------------------------------------ ----- A Senhora Vereadora Maria João Mendes, no uso da palavra, disse que aquela proposta era bastante explícita daquilo que era o relacionamento financeiro da Câmara com a Parque Expo SA, mas no fundo a mesma resultava do facto de no âmbito do acordo com o Estado, com o Governo Português, que abrangia uma série de situações que estavam em negociação com a Câmara, nomeadamente, a questão do Aeroporto e a questão do CCB, e ter ficado, também, desde logo definido, que a Câmara aceitava a transferência para o Município da zona da Expo, tanto mais que a mesma viria a constituir a nova freguesia, o Parque das Nações, no âmbito da Reorganização Administrativa. E daí, ao assumir o compromisso a Câmara ficou de liquidar um conjunto de componentes que iam desde a gestão urbana desenvolvida desde um de Novembro de 2008 até trinta e um de Julho de 2012, e depois subsequentemente, digamos, tinha havido um primeiro acordo com o Estado e que estava preparado para ser assinado em Julho de 2012, mas que só foi assinado efetivamente, mais tarde, mas que foi apurado um primeiro montante de dívida até trinta e um de Julho de 2012, vinte e quatro vírgula seis milhões de euros, aos quais foram somados os valores das infraestruturas de Loures, que passaram para o Município de Lisboa, e apenas o das infraestruturas, ou seja, nada que tivesse a ver com a gestão urbana da área que

Page 44: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

44

pertencia a Loures, mas sim os ativos que passavam para o Município, sendo depois, adicionado a prorrogação da gestão urbana desde Julho até um de Dezembro, altura em que, por decreto-lei, tinha sido feita a transferência e deduzida uma parcela de gestão urbana relativa a Loures que a Câmara de Lisboa não tinha, nem iria suportar, o que perfazia o valor de quarenta e dois vírgula oito milhões de euros, que estavam contemplados naquela adenda e que foi objeto de um acordo de pagamento ali expresso, o qual tinha uma primeira prestação que vencia após o visto do Tribunal de Contas, ou seja, aprovada que fosse aquela proposta a segunda adenda teria de ser submetida ao visto do Tribunal de Contas e só depois é que podia, a mesma, ser operalizada em termos financeiros, estando previsto um primeiro pagamento, de nove milhões de euros, após o visto do Tribunal de Contas, um segundo pagamento a vinte dias após o primeiro pagamento, de seis milhões de euros, e de seguida, uma sucessão de pagamentos de cinco milhões de euros até Maio de 2016. Portanto, tudo decorria de obrigações anteriores, sendo que o primeiro pagamento e o segundo, após vinte dias do pagamento do primeiro, não ia implicar do Município de Lisboa o desembolso porque seria feito por encontro de contas com os quinze milhões de euros que resultavam do acordo global com o Estado, o qual tinha ficado em dívida, no valor de duzentos e oitenta e seis milhões de euros, e em trinta e um de Dezembro só tinham sido pagos ao Município de Lisboa duzentos e setenta e um milhões de euros, ficando quinze milhões de euros pendentes. -------------------------------------------------------------- ----- Em termos do orçamento da Câmara estava previsto o pagamento de vinte milhões de euros e que eram quinze milhões de euros por encontro de contas, e cinco milhões de euros por uma prestação que seria paga em Setembro de 2013. -------------- ----- A Senhora Deputada Municipal Rita Magrinho (PCP), no uso da palavra, disse que começaria a sua intervenção protestando, mais uma vez, tal como tinha feito na sessão de Câmara, pelo facto da Senhora Vereadora não explicar rigorosamente, nada sobre como é que se chagava a um montante total de quarenta milhões de euros, que não era uma verba qualquer, aliás, estavam a falar da Parque Expo e de um processo que se arrastava há muitos anos, e a Senhora Vereadora não tinha um único documento que pudesse juntar á proposta no sentido de clarificar a forma como tinha chegado àquele montante referido. Era que, gestão da Parque expo era muito genérica. ----- Assim, o PCP queria saber do que é que se tratava quando a Senhora Vereadora falava de gestão e manutenção urbana, questão que continuava por ser esclarecida. ----- ----- Sublinhou que o acordo feito com o Governo para permitir, através dos terrenos do aeroporto, a privatização da ANA, como todos sabiam, aquele acordo feito com o Governo era muitíssimo interessante. Mas a verdade, era que aquela Assembleia Municipal precisava de esclarecimentos que a Senhora Vereadora não tinha dado na sessão de Câmara, tal como não tinha dado ali. ------------------------------------------------ ----- A Senhora Vereadora Maria João Mendes, no uso da palavra, disse que tinha muita dificuldade em entender o que a Deputada Municipal Rita Magrinho tinha acabado de dizer. ----------------------------------------------------------------------------------- ----- Esclareceu que quando era dito que o valor que estava em dívida era quarenta e dois vírgula oito milhões de euros era, na realidade, um somatório de parcelas que

Page 45: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

45

diziam respeito a infraestruturas que eram de Loures e que se traduziam nos ativos que tinham passado para a Câmara Municipal de Lisboa, e que a integração daquele território tinha passado a ser a nova freguesia, na componente de Loures porque aquelas infraestruturas já na componente que eram antigamente de Lisboa tinham sido objeto de um acordo inicial e que foram cento e cinquenta e cinco milhões de euros e que estava, igualmente, explicado na proposta. Depois, àquela componente que era dezassete vírgula seis milhões de euros, explicada na alínea b), soma-se tudo aquilo que era gestão urbana que era a gestão corrente daquela zona da cidade e que era a gestão do espaço público e infraestruturas, e que já tinha sido objeto de um primeiro aditamento que tinha ido à Câmara e à Assembleia Municipal, e que foi objeto de visto do Tribunal de Contas, sendo que a gestão urbana era aquilo, a gestão corrente do espaço da Parque Expo o qual diferia das infraestruturas porque aquelas eram ativos, e a gestão urbana era gestão corrente, gestão do dia-a-dia daquela zona da cidade. E ali, havia duas parcelas; uma parcela que tinha sido o apuramento inicial de um de Novembro de 2008 a trinta e um de Julho de 2012, tal como dizia a alínea a), que eram vinte e quatro vírgula seis milhões de euros, e depois um adicional, porque o decreto-lei 124 só transferia aquela área a um de Dezembro e, portanto, desde trinta e um de Julho a um de Dezembro de 2012, havia um adicional de dois vírgula seis milhões de euros aos quais tinha sido subtraídos dois vírgula um que dizia respeito à área de Loures, tudo aquilo gestão corrente, tudo aquilo gestão urbana, o que totalizava os quarenta e dois vírgula oito milhões de euros que tinha sido o acordo financeiro aprovado. -------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV), no uso da palavra, disse que na sequência do Memorando de Entendimento celebrado entre o Governo e a CML, o executivo camarário apresentava aquela proposta, referente a um segundo aditamento ao Acordo Financeiro, celebrado entre o Município e a Empresa Parque Expo, S.A., relativo à gestão urbana, acessibilidades e expropriações e taxa municipal pelas infraestruturas urbanísticas no atual território do Parque das Nações. --------------- ----- Assim, o Senhor Presidente reconhecia finalmente que a CML tinha uma dívida superior a quarenta e dois milhões de euros para com a Empresa Parque Expo - Gestão Urbana, desde um de Novembro de 2008, referente a encargos de gestão e manutenção urbana no Parque das Nações (sem se perceber muito bem como e em quê), apesar de sempre o ter negado categoricamente quando confrontado com a mesma. ----------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Importa reter que a dívida da CML a esta empresa resulta do facto do Município ter aceitado a transferência da gestão urbana do Parque das Nações, a partir de um de Janeiro de 2005, nos termos da Proposta nº 20/2005, aprovado, tanto pela Câmara Municipal, como pela Assembleia Municipal de Lisboa, mas sem nunca ter assumido aquela responsabilidade e os encargos que foram assegurados pela empresa Parque Expo - Gestão Urbana. ---------------------------------------------------------------------------- ----- Ora, o Governo decidiu extinguir o Grupo Parque Expo, S.A., tendo o Município de Lisboa aceite, então, a transferência efetiva da gestão urbana do Parque das Nações

Page 46: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

46

a partir de um de Dezembro de 2012, bem como a regularização da dívida existente, superior a quarenta e dois milhões de euros. ---------------------------------------------------- ----- Em 2011, o défice da empresa Parque Expo - Gestão Urbana, segundo o relatório do Tribunal de Contas, era de quase 24 milhões de euros, montante que iria ser pago pelo Município de Lisboa, o que o Governo agradecia pois permitira extinguir aquela empresa. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Por outro lado, os contratos de empreitadas de obras públicas, locação e aquisição de bens móveis e serviços celebrados pela Parque Expo seriam transferidos para o Município de Lisboa, o que representaria um encargo anual de cerca de seis milhões, a suportar pela autarquia, para que fosse assegurada a gestão e manutenção urbana. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Importa saber como seriam assegurados aqueles serviços. Seriam assegurados pela CML através dos seus serviços camarários ou a CML pretendia celebrar um contrato com terceiros para que aqueles assegurassem a gestão e manutenção urbana no Parque das Nações, perguntava. -------------------------------------------------------------- ----- Tratava-se de uma proposta omissa em relação àquela questão. ----------------------- ----- Estavam, também, perante uma proposta que previa que previa que fosse o próximo executivo camarário a suportar um encargo financeiro superior a vinte milhões de euros para proceder à liquidação da dívida existente, ou seja mais de metade da dívida total, para além do encargo anual de cerca de seis milhões para que fosse assegurada a gestão e manutenção urbana naquele espaço. --------------------------- ----- Obviamente, o PEV não estava de acordo com aquela forma de liquidação da dívida do Município à empresa Parque Expo - Gestão Urbana, tal como estava consagrada na proposta, nem com a incerteza e omissão existente em relação à forma como a CML iria assegurar a gestão e manutenção urbana no Parque das Nações, pelo que «Os Verdes» iriam votar contra à presente proposta. ------------------------------------ ----- A Senhora Deputada Municipal Rita Magrinho (PCP), no uso da palavra, disse que a Senhora Vereadora podia não ter entendido o que tinha dito, mas o que disse foi o seguinte, aquela soma de quarenta milhões de euros a que se juntavam os outros dois milhões, era uma soma que decorria de um conjunto de parcelas. E o que tinha perguntado à Senhora Vereadora, e que ainda não tinha explicado, era ao que é que correspondiam aquelas parcelas, perguntava. Sabia que cada uma daquelas parcelas tinha um objetivo de gestão urbana, e a Senhora Vereadora decidiu dar a resposta genérica, de que a gestão urbana era a gestão urbana, e isso entendia. ----------- ----- Afirmou que só podia entender que a Senhora Vereadora não queria responder, e não era assim que se esclareciam as questões ali na Assembleia Municipal de Lisboa. - ----- A Senhora Vereadora Maria João Mendes, no uso da palavra, disse que o seu respeito pela Assembleia Municipal era total, tinha a máxima preocupação sempre que lhe faziam perguntas, respondia de forma cabal e sempre com o máximo respeito. ------ ----- Afirmou que a proposta ali apresentada era a tentativa de sumarizar de uma forma bastante objetiva toda a tramitação. Não era porque não quisesse responder à Senhora Deputada Rita Magrinho, mas julgava ter já respondido a todas as questões,

Page 47: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

47

embora, e repetia, tivesse dificuldade em entender a Senhora Deputada Rita Magrinho. -------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Sublinhou que o que estava ali em causa eram duas parcelas diferentes, uma que dizia respeito á transferência de ativos, outra dizia respeito á gestão urbana porque uma parte maioritária dizia respeito á área que já anteriormente era do Município de Lisboa, e que quando tinha sido feito o primeiro aditamento ao acordo inicial da Expo em que a Câmara ressarciu a Expo pelo custo dos ativos, das infraestruturas, quando se fez o primeiro aditamento relativo já à gestão urbana daquela área e que tinha coberto todos os custos até Outubro de 2008, o Tribunal de Contas tinha dado o visto prévio mas disse que não voltaria a avisar qualquer contrato de aditamento sem que a Câmara não lançasse um concurso respectivo, ou não fizesse a transferência efetiva da gestão daquela zona territorial. E como aquela transferência efetiva não tinha ocorrido até ao ano de 2012, só no ano de 2012, e no âmbito do acordo com o Governo, é que a Câmara tinha acedido a que fossem transferidas aquelas responsabilidades, e o Governo transferiu-as porque queria fazer a extinção da Parque Expo, e se pode fazer o acordo e o ressarcimento de todas as verbas em dívida, e era aquilo que tinham ali, o valor por metro quadrado que estava inerente aos vários aditamentos, era o mesmo do no início, o valor do metro quadrado para Loures era igual ao valor do metro quadrado para Lisboa. ------------------------------------------------------------------------------------------ ----- O Senhor Deputado Municipal João Bau (BE), no uso da palavra, disse que o BE sugeria que fossem fornecidos elementos complementares, e que aquela proposta não fosse votada naquele dia até porque a Senhora Vereadora Maria João Mendes os tinha acostumado, quer no plenário, quer nas comissões, a ser extremamente transparente, fornecendo sempre todas as informações que lhe eram requeridas. Era aquela a imagem que tinham dela e fazia-lhe justiça. ----------------------------------------- ----- No entanto, havia ali, uma conta, que tinham de aprovar, logo assumiriam a responsabilidade, todas as responsabilidades, e que aquela conta tinha duas parcelas; uma era a de transferência de ativos, mas quais ativos, perguntava. Devia de haver uma listagem de ativos com a respetiva valorização. ------------------------------------------ ----- E referente à gestão urbana, apresentava um valor de vinte e quatro milhões, mas vinte e quatro milhões não era vinte e quatro cêntimos. Portanto, a gestão urbana tinha componentes, quais eram, perguntava. Era a limpeza, era a iluminação, a vigilância, era o quê, perguntava. ------------------------------------------------------------------------------ ----- O BE não estava em condições de votar favoravelmente uma proposta com aquele montante sem perceber o que a mesma continha, e ao que se referia em concreto. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Vereadora Maria João Mendes, no uso da palavra, disse que iria responder com todo o prazer às questões levantadas pelo Senhor Deputado João Bau, bastava enviar-lhe as faturas da Parque Expo, gestão urbana, e todo sabiam o que fazia a Parque Expo, gestão urbana, e que era o que já, anteriormente, tinha referido. Havia uma tabela que tinha estado na base naquilo que tinha sido aceite enquanto faturação, e que foi liquidado pela Câmara. -----------------------------------------------------------------

Page 48: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

48

----- Mas, salientou que aquela proposta não podia ser adiada. Disse que as informações que estavam a ser pedidas podiam ter sido pedidas com mais antecedência, e que se o tivessem sido teria disponibilizado toda a informação, agora aquela proposta não podia ser adiada por mais tempo. ---------------------------------------- ----- A Senhora Presidente confirmou que não havendo inscrições passariam à votação daquela proposta. ------------------------------------------------------------------------- ----- VOTAÇÃO – a Proposta nº 174/2013, foi Aprovada por maioria com os votos a favor do Partido Social Democrata, do Partido Socialista, de 5 (cinco) Deputados Independentes, do Centro Democrático Social e do Partido da Terra, e os votos contra do Partido Comunista Português, do Bloco de Esquerda, do Partido Ecologista “Os Verdes” e do Partido Popular Monárquico. ---------------------------------- ----- O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (PCP), no uso da palavra, para apresentação de uma declaração de voto, disse que sobre aquela proposta o PCP tinha interrogado a Câmara sobre qual o destino dos “dinheiros”, o que não tinha sido explicado na Câmara, sendo que na Comissão do Urbanismo, o PCP tinha proposto que a Câmara fosse questionada para que esclarecesse a que se destinava aquelas dotações, e não tinha havido respostas, o que houve eram alíneas com dotações e não diziam o conteúdo. ---------------------------------------------------------------------------------- ----- E o que era estranho era que a Senhora Vereadora não tenha respondido com a delicadeza e com a eficácia suficiente à intervenção que o PCP tinha feito, e fosse depois dizer que iria enviar ao Senhor Deputado João Bau a informação que faltava. Aquela informação tinha de ser enviada, sim, à Assembleia Municipal e a todos os grupos municipais. ---------------------------------------------------------------------------------- ----- Disse que iriam passar à discussão da proposta nº 174/2013. ------------------------- ------ Proposta N.º 270/2013 – SUBMETER À APRECIAÇÃO E DELIBERAÇÃO DA AML A MINUTA DO CONTRATO-PROGRAMA PARA 2013 DA EGEAC – EMPRESA DE GESTÃO DE EQUIPAMENTOS E ANIMAÇÃO CULTURAL, EM, NOS TERMOS DA PROPOSTA, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA R) DO Nº 1 DO ART.º 53º DA LEI N.º 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI N.º 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO. ------------------------------------------------------------------------------------- -----------------------------------PROPOSTA N.º 270/ 2013 ----------------------------------- ----- “Pelouro: Vereadora Maria João Mendes, Vereadora Catarina Vaz Pinto. -------- ----- Considerando que: ---------------------------------------------------------------------------- ----- 1. A EGEAC – Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural, E.M., abreviadamente designada por EGEAC, é uma pessoa coletiva de direito privado sob a forma de sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, de responsabilidade limitada, com natureza municipal, constituída pelo Município de Lisboa, que goza de personalidade jurídica e é dotada de autonomia administrativa, financeira e patrimonial; -------------------------------------------------------------------------- ----- 2. A EGEAC é uma empresa local de gestão de serviços de interesse geral que tem por objeto exclusivo assegurar a universalidade, a continuidade dos serviços prestados e a coesão económica e social na área da cultura, através da gestão de

Page 49: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

49

equipamentos culturais e de atividades de promoção de projetos e iniciativas no domínio da cultura; -------------------------------------------------------------------------------- ----- 3. As empresas do sector empresarial local regem-se pela Lei nº 50/2012, de 31 de agosto – Regime jurídico da atividade empresarial local e das participações locais, pela lei comercial, pelos respetivos Estatutos e, subsidiariamente, pelo regime do sector empresarial do Estado; --------------------------------------------------------------- ----- 4. Nos termos do artigo 23º dos seus Estatutos, a gestão da EGEAC deve articular-se com os objetivos prosseguidos pelo Município de Lisboa, com respeito pelo disposto nas orientações estratégicas aprovadas pela Câmara Municipal de Lisboa, visando o cumprimento do seu objeto social e assegurando a sua viabilidade económica e o equilíbrio financeiro; ------------------------------------------------------------ ----- 5. Em cumprimento do artigo 27º dos seus estatutos – Deveres Especiais de Informação - o Conselho de Administração da EGEAC enviou os Instrumentos de Gestão Previsional 2013, documento que se anexa e que faz parte integrante da presente proposta; ---------------------------------------------------------------------------------- ----- 6. O Parecer do Fiscal Único sobre os Instrumentos de Gestão Previsional dispõe o seguinte: «Com base no trabalho efetuado sobre a evidência que suporta os pressupostos da informação financeira previsional (…) executado tendo em vista a obtenção de um nível de segurança moderado, nada chegou ao nosso conhecimento que nos leve a concluir que tais pressupostos não proporcionam uma base aceitável para aquela informação e que tal informação não tenha sido preparada e apresentada de forma consistente com as políticas e princípios contabilísticos normalmente adotados pela entidade». «Devemos, contudo advertir que frequentemente, os acontecimentos futuros não ocorrem da forma esperada, pelo que os resultados reais poderão vir a ser diferentes dos previstos e as variações poderão ser materialmente relevantes»; ------------------------------------------------------------------- ----- O Parecer do Fiscal Único refere a seguinte ênfase: ----------------------------------- ----- 1. «A EGEAC considerou, no âmbito do desenvolvimento das suas atividades em 2013, a celebração de um Contrato Programa com a Câmara Municipal de Lisboa no montante de 7.043.057 €, acrescido do valor de IVA devido, o qual contribui para o resultado líquido previsional positivo de 152.840 €»; ---------------------------------------- ----- 2. A concretização do Plano de Atividades para 2013 assenta na celebração de um contrato-programa, quantificado em 7.043.057,00 euros, a que acresce IVA à taxa legal em vigor, cuja minuta se apensa como parte integrante desta Proposta; ----------- ----- 3. Nos termos da alínea c) do artigo 18º dos seus Estatutos, o Fiscal Único da EGEAC emitiu parecer no sentido de que «(…)o valor das contrapartidas financeiras está adequadamente calculado»; ----------------------------------------------------------------- ----- Tenho a honra de propor que Câmara Municipal de Lisboa delibere, nos termos das disposições conjugadas da alínea d) do n.º 7 do artigo 64º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, com a redação dada pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Janeiro, do artigo 32º, alínea a) do nº1 do artigo 42º, nº 1 e 5 do artigo 47º da Lei 50/2012, de 31 de Agosto, do artigo 24º e das alíneas a) e b) do artigo 27º dos Estatutos da EGEAC: -----

Page 50: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

50

----- 1. Apreciar favoravelmente, os Instrumentos de Gestão Previsional 2013 da EGEAC – Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural, E.M. ------------- ----- 2. Mandatar a Dr.ª Maria Isabel Castelão Rodrigues, Técnica Superior da CML - representante do Município de Lisboa na Assembleia geral da EGEAC - para os votar favoravelmente nos termos da presente proposta. -------------------------------------- ----- 3. Aprovar e submeter à Assembleia Municipal a minuta de Contrato-Programa 2013 a celebrar com a EGEAC – Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural, E.M, com cabimento no Projeto C3.02.P003, Orgânica, 16.00 e Económica 05.01.01.01.01 do Orçamento em vigor. -------------------------------------------------------- ----- A Vereadora Maria João Mendes e a Vereadora Catarina Vaz Pinto.” ------------- ----- COMISSÃO PERMANENTE DE ADMINISTRAÇÃO, FINANÇAS, PATRIMÓNIO, DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E TURISMO ------------------ -------------------------------------------- PARECER ---------------------------------------------- -----------------------------------PROPOSTA Nº.270/2013 -------------------------------------- ----- “A Comissão Permanente de Administração, Finanças, Património, Desenvolvimento Económico e Turismo, reunida em 13 de Maio de 2013, deliberou dar o seu parecer relativo à Proposta nº.270/2013, nos seguintes termos. ---------------- ----- Em 2 de Maio de 2013, a Comissão procedeu à audição do Conselho de Administração da EGEAC, sobre a Proposta, em conjunto com a Comissão Permanente de Cultura, Educação, Juventude e Desporto. Nesta reunião, o Presidente do Conselho de Administração da EGEAC, Senhor Dr. Miguel Honrado, fez uma intervenção, na qual fez uma apresentação geral do Contrato-Programa para 2013, tendo em conta, não só as atividades de 2012, como as de 2013, a fim de enquadrar a presente Proposta. ------------------------------------------------------------------ ----- A fim de completar a documentação referente à Proposta em apreço, o Conselho de Administração da EGEAC entregou um Manual, contendo os Instrumentos de Gestão Previsional para 2013, com as atividades em Monumentos e Museus, Teatros e Cinema e Festas de Lisboa, Manual este que é parte integrante do presente Parecer. ----- A Comissão alerta para o facto de no nº. 6 da Cláusula Terceira da minuta do Contrato-Programa, onde se lê “projeto de orçamento municipal”, deve, ler-se apenas, “Orçamento municipal”, considerando que se trata de referência ao Orçamento atualmente em vigor. ----------------------------------------------------------------- ----- Neste contexto, a Comissão entende que a proposta está em condições de ser apreciada e votada em plenário. ----------------------------------------------------------------- ----- O presente parecer foi aprovado por unanimidade. ------------------------------------- ----- Assembleia Municipal de Lisboa, em 13 de Maio de 2013. ----------------------------- ----- O Presidente da Comissão Rui Pessanha da Silva.” ------------------------------------ ----- COMISSÃO PERMANENTE DE CULTURA, EDUCAÇÃO, JUVENTUDE E DESPORTO. ---------------------------------------------------------------------------------------- -------------------------------------------- PARECER ---------------------------------------------- -----------------------------------PROPOSTA Nº.270/2013 -------------------------------------- ----- “A Comissão Permanente de Cultura, Educação, Juventude e Desporto, reuniu em 02 de maio de 2013 para análise da Proposta nº. 270/2013 (Instrumentos de

Page 51: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

51

Gestão Previsional 2013 da EGEAC – Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural, E.M.). Ouviu também o Sr. Presidente do Conselho de Administração da EGEAC, Dr. Miguel Honrado, que se fez acompanhar pela Vogal do C.A., Senhora Dr.ª. Lucinda Lopes e pelo Contabilista da EGEAC, Sr. Dr. Mário João. Esta reunião foi conjunta com a Comissão Permanente de Administração, Finanças, Património, Desenvolvimento Económico e Turismo. ---------------------------- ----- Da reunião havida e da análise posteriormente feita, a Comissão Permanente de Cultura, Educação, Juventude e Desporto concluiu: ------------------------------------------ ----- 1. Este Contrato Programa 2013 cumpre a estratégia da EGEAC; ------------------- ----- 2. Condicionada pelo novo normativo (Lei 50/2012), que revela critérios muito rígidos, é notório o esforço da EGEAC na área financeira, adequando os seus objetivos à realidade atual. ----------------------------------------------------------------------- ----- 3. O trabalho importante da EGEAC, revelador de dinâmicas presentes e futuras, tem expressão na população da cidade e no turismo nacional e internacional. ----- A Comissão Permanente de Cultura, Educação, Juventude e Desporto considera ser este Contrato Programa positivo para que o trabalho essencial, na área da Cultura, continue a ser realizado pela EGEAC na especificidade que lhe foi atribuída pelo Município. -------------------------------------------------------------------------------------- ----- Este Parecer foi aprovado por unanimidade (PSD, PS, PCP e Deputada Independente Ana Gaspar) não estando presentes o CDS/PP, o BE e a Deputada Independente Maria do Céu Guerra. ------------------------------------------------------------ ----- Assembleia Municipal de Lisboa, em 07 de maio de 2013. ----------------------------- ----- A Presidente da Comissão Maria Luísa Vicente Mendes.” ----------------------------- ----- A Senhora Vereadora Catarina Vaz Pinto no uso da palavra, disse que a primeira vez que ali iam apresentar a minuta do contrato-programa da EGEAC, e tal como devia de ser feito com as restantes empresas municipais já que era uma obrigação que a nova lei impunha aos municípios e, portanto, a nova Lei do Setor Empresarial do Estado. ----------------------------------------------------------------------------- ----- Assim, mostrou-se disponível para as questões que lhe quisessem colocar. --------- ----- A Senhora Presidente confirmou que não havendo inscrições passariam à votação daquela proposta. ------------------------------------------------------------------------- ----- VOTAÇÃO – a Proposta nº 270/2013, foi Aprovada por maioria com os votos a favor do Partido Social Democrata, do Partido Socialista, de 5 (cinco) Deputados Independentes, do Partido Comunista Português, do Bloco de Esquerda, do Partido da Terra, do Partido Ecologista “Os Verdes” e do Partido Popular Monárquico, e a abstenção do Centro Democrático Social. --------------------------------- ----- Disse que iriam passar à discussão da proposta nº 401/2013. ------------------------- ----- Proposta N.º 401/2013 – SUBMETER À APRECIAÇÃO E DELIBERAÇÃO DA AML A RETIFICAÇÃO DAS PROPOSTAS NÚMEROS 77/2013 E 78/2013, NOS TERMOS DA PROPOSTA, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA R) DO Nº 1 DO ART.º 53º DA LEI N.º 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI N.º 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO. ------------------ -----------------------------------PROPOSTA N.º 401/ 2013 -----------------------------------

Page 52: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

52

----- Pelouro: Educação – Vereador Manuel Brito. ------------------------------------------- ----- Serviços: Departamento de Educação ---------------------------------------------------- ----- Considerando que: ---------------------------------------------------------------------------- ----- É competência do Município de Lisboa, em matéria de ação social escolar, no domínio da gestão dos refeitórios escolares, designadamente, o fornecimento de refeições aos estabelecimentos de educação pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico em cada ano letivo, nos termos da al. b) n.º 3 do art.º 19, da Lei n.º 159/99, de 14 de setembro, da al. d) do n.º 4 do art.º 64.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com a redação da Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, e dos artigos 6.º e 7.º do Decreto-Lei n.º 399-A/84, de 28 de dezembro; ---------------------------------------------------------------- ----- Através da Deliberação n.º 77/CM/2013, de 13 de fevereiro, aprovada pela Assembleia Municipal em 12 de março de 2013, foi autorizada a assunção de compromissos plurianuais no valor total de 9.929.703,00 €, acrescidos de IVA à taxa legal em vigor, referente ao concurso público para o fornecimento de refeições aos estabelecimentos de educação pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico da rede pública (Processo n.º 15/CPI/CCM/DP/2013), nos seguintes termos: ------------------------------- ----- 2013 – 551.558,50 € -------------------------------------------------------------------------- ----- 2014 – 3.309.901,00 € ------------------------------------------------------------------------ ----- 2015 – 3.309.901,00 € ------------------------------------------------------------------------ ----- 2016 – 2.758.342,50 €; ----------------------------------------------------------------------- ----- Na presente data se constatou haver um erro de cálculo relativamente ao valor total estimado para o referido concurso; ------------------------------------------------------- ----- De acordo com os preços unitários base fixados no artigo 10º do Programa de Procedimentos e no artigo 5º do Caderno de Encargos (0,52 € para o pequeno almoço, 1,76 € para o almoço e 0,52 € para o lanche), o prazo de execução fixado no artigo 4º (de 1 de setembro de 2013 a 31 de julho de 2015, com a possibilidade de renovação para mais um ano letivo, ou seja, 669 dias), o número de refeições previstas no Anexo J – Grupo de Escolas – Confeção Local do Caderno de Encargos (6189 almoços para crianças dos escalões A e B, 4996 almoços para crianças do escalão C, 5729 pequenos almoços e 5729 lanches para as crianças dos escalões A e B), e o previsto nos n.ºs 1 a 4 do artigo 6º do Caderno de Encargos dos quais resulta que o Município de Lisboa suporta na íntegra o custo das refeições (pequeno almoço, almoço e lanche) das crianças dos escalões A, B e NEE e apenas suporta o valor correspondente à diferença entre o preço unitário contratualizado do almoço e o valor máximo do mesmo fixado pelo Ministério da Educação (ou seja, 0,57 € de comparticipação), o valor total estimado para o procedimento em causa deveria ser de 13.178.309,88 €; -------------------------------------------------------------------------------- ----- Nessa medida, a assunção de compromissos plurianuais referente ao concurso em causa deveria ser a seguinte: ----------------------------------------------------------------- ----- 2013 – 551.558,50 € -------------------------------------------------------------------------- ----- 2014 – 4.392.769,96 € ------------------------------------------------------------------------ ----- 2015 – 4.392.769,96 € ------------------------------------------------------------------------ ----- 2016 – 3.841.211,46 €; -----------------------------------------------------------------------

Page 53: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

53

----- Por outro lado, através da Deliberação n.º 78/CM/2013, de 13 de fevereiro, aprovada pela Assembleia Municipal em 12 de março de 2013, foi autorizada a assunção de compromissos plurianuais no valor total de 7.567.086,00 €, acrescidos de IVA à taxa legal em vigor, referente ao concurso público a realizar para o fornecimento de refeições transportadas (catering) aos estabelecimentos de educação pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico da rede pública (Processo n.º 14/CPI/CCM/DP/2013), nos seguintes termos: ------------------------------------------------ ----- 2013 – 440.244,60 € -------------------------------------------------------------------------- ----- 2014 – 2.522.362,00 € ------------------------------------------------------------------------ ----- 2015 – 2.522.362,00 € ------------------------------------------------------------------------ ----- 2016 – 2.082.117,40 € ------------------------------------------------------------------------ ----- Na presente data se constatou haver um erro de cálculo relativamente ao valor total estimado para o referido concurso; ------------------------------------------------------- ----- De acordo com os preços unitários base fixados no artigo 10º do Programa de Procedimentos e no artigo 5º do Caderno de Encargos (0,52 € para o pequeno almoço, 0,52 € para o lanche, 2,43 € para o almoço do lote A, 1,95 € para o almoço do lote B e 2,35 € para o almoço do lote C), o prazo de execução fixado no artigo 4º (de 1 de setembro de 2013 a 31 de julho de 2015, com a possibilidade de renovação para mais um ano letivo, ou seja, 669 dias), o número de refeições previstas no Anexo J – Grupo de Escolas do Caderno de Encargos (lote A - 1628 almoços para crianças dos escalões A e B, 1609 almoços para crianças do escalão C, 1679 pequenos almoços e 1679 lanches para as crianças dos escalões A e B; lote B - 1660 almoços para crianças dos escalões A e B, 1559 almoços para crianças do escalão C, 1575 pequenos almoços e 1575 lanches para as crianças dos escalões A e B, lote C - 181 almoços para crianças dos escalões A e B, 72 almoços para crianças do escalão C, 181 pequenos almoços e 181 lanches para as crianças dos escalões A e B), e o previsto nos n.ºs 1 a 4 do artigo 6º do Caderno de Encargos dos quais resulta que o Município de Lisboa suporta na íntegra o custo das refeições (pequeno almoço, almoço e lanche) das crianças dos escalões A, B e NEE e apenas suporta o valor correspondente à diferença entre o preço unitário contratualizado do almoço e o valor máximo do mesmo fixado pelo Ministério da Educação (ou seja, 1,24 € de comparticipação no lote A, 0,76 € de comparticipação no lote B e 1,16 € de comparticipação no lote C), o valor total estimado para o procedimento em causa deveria ser de 9.669.933,39 €; -------------------------------------------------------------------- ----- Nessa medida, a assunção de compromissos plurianuais referente ao concurso em causa deveria ser a seguinte: ----------------------------------------------------------------- ----- 2013 – 440.244,60 € -------------------------------------------------------------------------- ----- 2014 – 3.223.311,13 € ------------------------------------------------------------------------ ----- 2015 – 3.223.311,13 € ------------------------------------------------------------------------ ----- 2016 – 2.783.066,53 €; ----------------------------------------------------------------------- ----- Tenho a honra de propor que a Câmara Municipal delibere: ------------------------- ----- Submeter, nos termos das disposições conjugadas da alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º

Page 54: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

54

5-A/2002, de 11 de janeiro, e do artigo 148º do Código de Procedimento Administrativo, à aprovação da Assembleia Municipal a retificação das Propostas n.ºs 77/2013 e 78/2013 nos seguintes termos: -------------------------------------------------- ----- a) Na Proposta n.º 77/2013 ------------------------------------------------------------------ ----- Nos parágrafos 11º e 12º, onde consta: --------------------------------------------------- ----- “O valor estimado do contrato inicial é de 6.619.802,00 €, acrescido de IVA, à taxa legal em vigor; -------------------------------------------------------------------------------- ----- O valor estimado da eventual renovação para o ano letivo 2015/2016 é de 3.309.901,00 €, acrescido de IVA, à taxa legal em vigor” ----------------------------------- ----- Deverá constar: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “O valor estimado do contrato inicial é de 8.785.539,92 €, acrescido de IVA, à taxa legal em vigor; -------------------------------------------------------------------------------- ----- O valor estimado da eventual renovação para o ano letivo 2015/2016 é de 4.392.769,96 €, acrescido de IVA, à taxa legal em vigor”; ---------------------------------- ----- Na parte deliberativa da proposta, onde consta:----------------------------------------- ----- “Submeter, nos termos da alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, à aprovação da Assembleia Municipal, para os efeitos do disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo 6º da Lei n.º 8/2012, de 21 de fevereiro, com a alteração da Lei n.º 20/2012, de 14 de maio, a assunção de compromissos plurianuais no valor total de 9.929.703,00 €, acrescidos de IVA à taxa legal em vigor, referente ao concurso público a realizar para o fornecimento de refeições aos estabelecimentos de educação pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico da rede pública, nos seguintes termos: --------- ----- 2013 – 551.558,50 € -------------------------------------------------------------------------- ----- 2014 – 3.309.901,00 € ------------------------------------------------------------------------ ----- 2015 – 3.309.901,00 € ------------------------------------------------------------------------ ----- 2016 – 2.758.342,50 €” ---------------------------------------------------------------------- ----- Deverá constar: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Submeter, nos termos da alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, à aprovação da Assembleia Municipal, para os efeitos do disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo 6º da Lei n.º 8/2012, de 21 de fevereiro, com a alteração da Lei n.º 20/2012, de 14 de maio, a assunção de compromissos plurianuais no valor total de 13.178.309,88 €, acrescidos de IVA à taxa legal em vigor, referente ao concurso público a realizar para o fornecimento de refeições aos estabelecimentos de educação pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico da rede pública, nos seguintes termos: --------- ----- 2013 – 551.558,50 € -------------------------------------------------------------------------- ----- 2014 – 4.392.769,96 € ------------------------------------------------------------------------ ----- 2015 – 4.392.769,96 € ------------------------------------------------------------------------ ----- 2016 – 3.841.211,46 €” ---------------------------------------------------------------------- ----- b) Na Proposta n.º 78/2013 ------------------------------------------------------------------ ----- Nos parágrafos 11º e 12º, onde consta: ---------------------------------------------------

Page 55: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

55

----- “O valor global estimado dos contratos iniciais é de 5.044.724,00 €, acrescido de IVA, à taxa legal em vigor, sendo que 2.654.802,00 € são referentes ao sistema de catering a quente descartável multi/unidose, 2.169.422,00 € são referentes ao sistema de catering a frio, e 220.500,00 € são referentes ao sistema de catering a frio descartável multi/unidose; ------------------------------------------------------------------------- ----- O valor global estimado da eventual renovação para o ano letivo 2015/2016 é de 2.522.362,00 €, acrescido de IVA, à taxa legal em vigor”.----------------------------------- ----- Deverá constar: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “O valor global estimado dos contratos iniciais é de 6.446.622,26 €, acrescido de IVA, à taxa legal em vigor, sendo que 3.433.022,56 € são referentes ao sistema de catering a quente descartável multi/unidose, 2.702.688,64 € são referentes ao sistema de catering a frio, e 310.911,06 € são referentes ao sistema de catering a frio descartável multi/unidose; ------------------------------------------------------------------------- ----- O valor global estimado da eventual renovação para o ano letivo 2015/2016 é de 3.223.311,13 €, acrescido de IVA, à taxa legal em vigor”; ---------------------------------- ----- Na parte deliberativa da proposta, onde consta:----------------------------------------- ----- “Submeter, nos termos da alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, à aprovação da Assembleia Municipal, para os efeitos do disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo 6º da Lei n.º 8/2012, de 21 de fevereiro, com a alteração da Lei n.º 20/2012, de 14 de maio, a assunção de compromissos plurianuais no valor total de 7.567.086,00 €, acrescidos de IVA à taxa legal em vigor, referente ao concurso público a realizar para o fornecimento de refeições transportadas (catering) aos estabelecimentos de educação pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico da rede pública, nos seguintes termos: -------------------------------------------------------------------- ----- 2013 – 440.244,60 € -------------------------------------------------------------------------- ----- 2014 – 2.522.362,00 € ------------------------------------------------------------------------ ----- 2015 – 2.522.362,00 € ------------------------------------------------------------------------ ----- 2016 – 2.082.117,40 €; ----------------------------------------------------------------------- ----- Deverá constar: ------------------------------------------------------------------------------- ----- “Submeter, nos termos da alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º da Lei n.º 169/99, de 18 de setembro, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, à aprovação da Assembleia Municipal, para os efeitos do disposto na alínea c) do n.º 1 do artigo 6º da Lei n.º 8/2012, de 21 de fevereiro, com a alteração da Lei n.º 20/2012, de 14 de maio, a assunção de compromissos plurianuais no valor total de 9.669.933,39 €, acrescidos de IVA à taxa legal em vigor, referente ao concurso público a realizar para o fornecimento de refeições transportadas (catering) aos estabelecimentos de educação pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico da rede pública, nos seguintes termos: -------------------------------------------------------------------- ----- 2013 – 440.244,60 € -------------------------------------------------------------------------- ----- 2014 – 3.223.311,13 € ------------------------------------------------------------------------ ----- 2015 – 3.223.311,13 € ------------------------------------------------------------------------ ----- 2016 – 2.783.066,53 €”. ---------------------------------------------------------------------

Page 56: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

56

----- O Vereador Manuel Brito.” ----------------------------------------------------------------- ----- COMISSÃO PERMANENTE DE ADMINISTRAÇÃO, FINANÇAS, PATRIMÓNIO, DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E TURISMO ------------------ -------------------------------------------- PARECER ---------------------------------------------- -----------------------------------PROPOSTA Nº.401/2013 -------------------------------------- ----- “A Comissão Permanente de Administração, Finanças, Património, Desenvolvimento Económico e Turismo reuniu no dia 5 de Março de 2013, a fim de apreciar as Propostas nºs.77/2013 e 78/2013. ------------------------------------------------- ----- Com as presentes Propostas, a Câmara Municipal de Lisboa pretende colocar em concurso o fornecimento de refeições às escolas básicas do 1º. Ciclo e aos Jardim-de-infância da rede pública da Cidade de Lisboa, quer na vertente de refeições transportadas (“catering”), quer as confecionadas nos estabelecimentos de ensino, conforme a disponibilidade destes. ----------------------------------------------------- ----- De salientar que, em relação às refeições transportadas, estão sempre acauteladas para o próprio dia alternativas, caso hajam possíveis falhas na sua entrega. ----------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Neste contexto, a Comissão entende que as Propostas nºs.77/2013 e 78/2013 estão em condições para serem apreciadas e votadas em plenário da Assembleia Municipal de Lisboa. ------------------------------------------------------------------------------- ----- O presente parecer foi aprovado por unanimidade, estando ausente o BE. --------- ----- Assembleia Municipal de Lisboa, em 5 de Março de 2013. ---------------------------- ----- O Presidente da Comissão Rui Pessanha da Silva.” ------------------------------------ ----- O Senhor Vereador Manuel Brito no uso da palavra, disse que Tratava-se de um erro, conforme explicado, um erro de cálculo, um erro material, mas que podia dificultar bastante a entrada em funcionamento das refeições em Setembro, às crianças. O concurso estava a decorrer e tinha de ser enviado para o Tribunal de Contas. ------------------------------------------------------------------------------------------------ ----- Agradeceu à Comissão e àquela Assembleia o facto de possibilitarem a discussão daquela proposta, naquele dia, dada a urgência da mesma. ----------------------------------- --------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente confirmou que não havendo mais inscrições passariam à votação daquela proposta. ------------------------------------------------------------------------- ----- VOTAÇÃO – a Proposta nº 401/2013, foi Aprovada por maioria com os votos a favor do Partido Social Democrata, do Partido Socialista, de 5 (cinco) Deputados Independentes, do Partido Comunista Português, do Centro Democrático Social, do Bloco de Esquerda, do Partido da Terra e do Partido Ecologista “Os Verdes”, e a abstenção do Partido Popular Monárquico. ------------------------------------- ----- Disse que iriam passar à discussão da proposta nº 308/2013. ------------------------- ----- Proposta N.º 308/2013 – SUBMETER À APRECIAÇÃO E DELIBERAÇÃO DA AML O CONTRATO-PROGRAMA ENTRE A CML E A GEBALIS, NO ÂMBITO DA OPERAÇÃO QREN – “ECO BAIRRO DA BOAVISTA AMBIENTE +”, PARA REQUALIFICAÇÃO E MELHORIA DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE UM CONJUNTO DE EDIFÍCIOS DE HABITAÇÃO

Page 57: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

57

MUNICIPAL, NOS TERMOS DA PROPOSTA, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA R) DO Nº 1 DO ART.º 53º DA LEI N.º 169/99, DE 18 DE SETEMBRO, COM A REDAÇÃO DADA PELA LEI N.º 5-A/2002, DE 11 DE JANEIRO. ------------------------------------------------------------------------------------------ -----------------------------------PROPOSTA N.º 308/ 2013 ----------------------------------- ----- “Pelouros: Habitação ------------------------------------------------------------------------ ----- Serviços e Empresas: GABIP-Boavista, DMHDS e GEBALIS ------------------------- ----- Considerando que: ---------------------------------------------------------------------------- ----- 1. A GEBALIS - Gestão dos Bairros Municipais de Lisboa, E.M, adiante designada abreviadamente por GEBALIS, cujos estatutos foram adequados à Lei nº 50/2012, de 31 de Agosto, através da Deliberação 112/CM/2013, de 27 de Fevereiro, é uma é uma pessoa coletiva de direito privado, sob forma de sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, de responsabilidade limitada, com natureza municipal, que goza de personalidade jurídica e é dotada de autonomia administrativa, financeira e patrimonial. ------------------------------------------------------- ----- 2. O objeto social da GEBALIS, constante do artigo 3º dos Estatutos, na versão ainda em vigor, consiste na promoção do desenvolvimento local, desenvolvendo a atividade de gestão social, patrimonial e financeira dos bairros municipais em moldes a definir pela Câmara Municipal de Lisboa. ------------------------------------------ ----- 3. Na prossecução do seu objeto social constitui, nomeadamente, atribuição da GEBALIS, assegurar a manutenção do parque edificado daqueles bairros, promovendo para o efeito a execução de obras de conservação e de beneficiação. ----- ----- 4. Nos termos do nº 3 do artº 32º da Lei nº 50/2012, de 31 de agosto, que aprova o regime jurídico do sector empresarial local, a atribuição às empresas municipais de subsídios ou outras transferências financeiras provenientes de entidades participantes no respetivo capital social exige a celebração de um contrato programa, se o seu objeto se integrar no âmbito da função de desenvolvimento local ou regional, como sucede. ------------------------------------------------------------------------ ----- 5. No artº 26º dos Estatutos aprovados pela Deliberação 112/CM/2013, de 27 de Fevereiro, (anterior artigo 20º) da GEBALIS, prevê-se expressamente que aquela entidade celebrará com o Município de Lisboa contratos programa onde se definirá a missão e o conteúdo das responsabilidades de desenvolvimento local e regional, assumidas. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Tendo ainda presente que: ------------------------------------------------------------------- ----- 1. Em concertação com a Câmara Municipal de Lisboa, a GEBALIS, E.E.M. candidatou-se e logrou obter um financiamento no âmbito do QREN – Quadro de Referência Estratégica Nacional tendo em vista a requalificação e a melhoria da eficiência energética de diversos edifícios propriedade do Município de Lisboa e situados no Bairro da Boavista. ------------------------------------------------------------------ ----- 2. A iniciativa em apreço insere-se no designado projeto “Eco Bairros” com o qual se pretende aliar um urbanismo sustentável a um estilo de vida ecológico, nomeadamente através da intervenção integrada em vários domínios, desde a energia

Page 58: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

58

à água, passando pela mobilidade e os transportes, os resíduos, as técnicas e os materiais de construção. --------------------------------------------------------------------------- ----- 3. Incluído no eixo prioritário “Sustentabilidade Territorial”, o Programa Operacional Regional de Lisboa (POR Lisboa), para 2007-2013, no âmbito do QREN, contempla efetivamente projetos experimentais que conjuguem a mobilidade e o ambiente, tendo em vista a criação de Eco Bairros. ---------------------------------------- ----- 4. A intervenção aprovada traduz-se nomeadamente na realização de obras de requalificação do parque edificado do Bairro da Boavista, em Lisboa, propriedade do Município, com o objetivo de melhorar o desempenho energético dos edifícios a intervencionar, bem como de reduzir o impacto ambiental das empreitadas a realizar, designadamente através da utilização de materiais predominantemente naturais e em cujo processo de produção seja minimizada a pegada ecológica. -------------------------- ----- 5. O Bairro da Boavista apresenta-se como um conjunto edificado heterogéneo a que correspondem diferentes épocas de construção, datando alguns dos edifícios da década de 60, com evidentes necessidades de intervenção e requalificação. ------------- ----- 6. Nos termos do projeto aprovado no âmbito do QREN, 65% do valor das obras será disponibilizado pelo FEDER e os restantes 35% terão de ser assegurados por capitais próprios. ----------------------------------------------------------------------------------- ----- 7. Tendo em vista a concretização deste projeto, que já foi iniciado e terá obrigatoriamente de ser implementado e concluído até ao final de 2013, a GEBALIS tem já em curso as duas primeiras empreitadas de “Melhoria do desempenho energético e ambiental de edifícios de habitação municipal” no bairro da Boavista, designadamente nos lotes 11 a 18 e 19 a 26, suportadas no contrato programa com o Município aprovado pela deliberação 488/CM/2013 visado pelo Tribunal de Contas no processo 1243/2012. ---------------------------------------------------------------------------- ----- 8. Pretende-se agora lançar as terceira e quarta empreitadas previstas na operação QREN “Eco Bairro da Boavista Ambiente+”, referentes à intervenção nas fachadas nos lotes 1, 2A, 8, 9, 50, 53, 54, 58ª, 63, 66, 67, 69, 70, 72, 73 e 76 e de substituição de janelas nas frações municipais nos lotes 45, 46, 47, 48 e 49, com investimento total estimado até 552.500,00 € (IVA incluído) e à intervenção de substituição de janelas nas frações municipais nos lotes 1 a 9, 2A a 8, 50 a 53, 54 a 58A, 59 a 62, 63 a 66, 67 a 69, 70 a 72 e 73 a 76, com investimento total estimado até 691.000,00 € (IVA incluído), respetivamente. A despesa global estimada da terceira e quarta empreitadas tem pois como limite o montante de 1.243.500,00 € (um milhão, duzentos e quarenta e três mil e quinhentos euros). ------------------------------------------- ----- 8. Deste montante total, 35% do valor do projeto efetivamente executado terão de ser suportados por capitais próprios, estando cabimentada para o efeito no Orçamento municipal transposto de 2012 uma dotação de 415.800,00 € (quatrocentos e quinze mil e oitocentos euros). ------------------------------------------------------------------ ----- 9. As obras serão exclusivamente realizadas em imóveis de propriedade do Município de Lisboa. ------------------------------------------------------------------------------- ----- 10. O Município de Lisboa formalizou um contrato de empréstimo para a concretização do designado “Plano de Investimentos Prioritários em Ações de

Page 59: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

59

Reabilitação Urbana (PIPARU)”, em cujo 5º aditamento estas intervenções se inserem. ---------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 11. O nº.1 do artigo 50º da Lei nº. 50/2012, de 31 de agosto estatui que a “as entidades públicas participantes devem celebrar contratos-programa com as respetivas empresas locais de promoção do desenvolvimento local e regional onde se defina a missão e o conteúdo das responsabilidades de desenvolvimento local e regional assumidas”, razão pela qual a dotação da GEBALIS, por parte da Câmara Municipal de Lisboa, dos capitais próprios indispensáveis à realização das empreitadas referidas terá de ser precedida da celebração de um instrumento deste tipo. --------------------------------------------------------------------------------------------------- ----- 12. Nos termos das disposições conjugadas na alínea m) do nº 1 do artigo 20º e do artigo 26º, ambos dos Estatutos da GEBALIS, já adequados à Lei n.º 50/2012, de 31 de Agosto, a celebração deste contrato programa carece de aprovação da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal, devendo posteriormente ser submetido ao Tribunal de Contas. -------------------------------------------------------------------------------- ----- 13. O presente contrato-programa só produzirá efeitos financeiros após visto do Tribunal de Contas. -------------------------------------------------------------------------------- ----- Proponho que a Câmara delibere: --------------------------------------------------------- ----- 1. Aprovar, nos termos das disposições conjugadas da alínea d) do n.º 7 do artigo 64.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redação dada pela lei 5-A/2002, de 11 de Janeiro, da alínea m) do n.º 1 do artigo 20º e do artigo 26º dos Estatutos da GEBALIS, E.M, já adequados à Lei n.º 50/2012, de 31 de agosto, a celebração do Contrato Programa entre o Município de Lisboa e a GEBALIS, E.M, nos termos e condições plasmados na minuta do contrato-programa, no dossier descritivo da empreitada 3 e no dossier descritivo da empreitada 4, em anexo e que fazem parte integrante da presente proposta; ----------------------------------------------------------------- ----- 2. Autorizar, para o devido efeito, a transferência em 2013 do valor correspondente a 35% do investimento total efetivamente executado, até 415.800,00 € (quatrocentos e quinze mil e oitocentos euros) para a GEBALIS, nos termos do presente Contrato Programa. --------------------------------------------------------------------- ----- A despesa tem enquadramento na orgânica 13.01, ação do plano C1.04.P005.19 Bairro Boavista, rubrica económica 08.01.01.01 do orçamento camarário em vigor, de acordo com cabimentação e declaração de fundos disponíveis conforme anexos 4 e 5. ----- Lisboa, 19 de Abril de 2013. ---------------------------------------------------------------- ----- A Vereadora da Habitação e Desenvolvimento Social Helena Roseta.” ------------- ----- COMISSÃO PERMANENTE DE ADMINISTRAÇÃO, FINANÇAS, PATRIMÓNIO, DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E TURISMO ------------------ -------------------------------------------- PARECER ---------------------------------------------- -----------------------------------PROPOSTA Nº.308/2013 -------------------------------------- ----- “A Comissão Permanente de Administração, Finanças, Património, Desenvolvimento Económico e Turismo, reunida em 20 de Maio de 2013, deliberou dar o seu parecer relativo à Proposta nº.308/2013, nos seguintes termos. ----------------

Page 60: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

60

----- A presente Proposta surge no seguimento da concertação entre a GEBALIS e a Câmara Municipal de Lisboa para a obtenção de um financiamento do QREN, para a requalificação e a melhoria da eficiência energética de vários imóveis municipais do Bairro da Boavista, financiamento esse que foi aprovado no âmbito do Programa Operacional Regional de Lisboa, a fim de contemplar projetos de criação de Eco Bairros. ----------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A requalificação em apreço do Eco Bairro da Boavista inclui as áreas da energia, água, mobilidade e transportes, resíduos, técnicas e materiais de construção. ----- O referido projeto é custeado pelo FEDER (65%) e por capitais próprios (35%), estando em curso as duas primeiras empreitadas e com esta Proposta pretende lançar-se as duas últimas para conclusão da obra, através da respetiva celebração de Contrato-Programa especifico para o efeito, em conformidade com a documentação anexa à mesma. ------------------------------------------------------------------------------------- ----- Neste contexto, a Comissão entende que a proposta está em condições de ser apreciada e votada em plenário. ----------------------------------------------------------------- ----- O presente parecer foi aprovado por unanimidade, estando ausentes na votação o CDS-PP e o PPM. -------------------------------------------------------------------------------- ----- Assembleia Municipal de Lisboa, em 20 de Maio de 2013. ----------------------------- ----- O Presidente da Comissão Rui Pessanha da Silva”. ------------------------------------ ----- COMISSÃO PERMANENTE DE HABITAÇÃO, REABILITAÇÃO URBANA E BAIRROS MUNICIPAIS ---------------------------------------------------------------------- -------------------------------------------- PARECER ---------------------------------------------- -----------------------------------PROPOSTA Nº.308/2013 -------------------------------------- ----- “A Comissão Permanente de Habitação, Reabilitação Urbana e Bairros Municipais, reuniu em 20 de Maio de 2013 nas instalações da Assembleia Municipal para apreciar a proposta 308/2013, no âmbito da “Operação QREN – ECO – Bairro da Boavista – Ambiente. -------------------------------------------------------------------------- ----- Após análise da proposta pelos Srs. Deputados Municipais desta comissão, foi deliberado por unanimidade estar a mesma apta a discussão em plenário. --------------- ----- Lisboa, 20 de Maio de 2013 ----------------------------------------------------------------- ----- O Presidente da Comissão Fernando Manuel D’Eça Braamcamp.” ----------------- ----- A Senhora Vereadora Helena Roseta no uso da palavra, disse que a razão da urgência relativa àquela proposta era que tinham uma operação QREN aprovada e que estava a decorrer no Bairro da Boavista, e as obras tinham de estar concluídas no final do ano. Os primeiros contratos-programa, assinados no ano anterior, não careciam de aprovação pela Assembleia Municipal pois não tinham entrado em vigor as disposições da lei do Setor Empresarial do Estado, mas a partir do momento que aquelas disposições legais entraram em vigor, os contratos-programa tinham de ser sujeitos à Assembleia Municipal. ----------------------------------------------------------------- ----- Referiu que aqueles contratos-programa eram quatro empreitadas, em que duas já estavam a decorrer e que se tratava da recuperação das fachadas, coberturas, no sentido de dar melhores condições ambientais àquelas habitações que visava melhorar

Page 61: ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ...1998-2013.am-lisboa.pt/fileadmin/ASSEMBLEIA...Pires, Rogério da Silva e Sousa, Salvador Posser de Andrade e Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado

61

a eficiência energética dos edifícios, sobretudo para substituição de janelas por janelas de vidros duplos. ------------------------------------------------------------------------------------ ----- Disse que aqueles contratos eram altamente escrutinados, além de terem de ir ao Tribunal de Contas, e ao contrário do que acontecia nos contratos-programa feitos pela Câmara, os concursos lançados e os contratos-programa era feitos com base em cadernos de encargos completos e verificados pelos parceiros, nomeadamente, a Agência Nova e o próprio laboratório de Engenharia Civil que também tinham colaborado na elaboração dos cadernos de encargos completos, com justificações e especificações todas. ------------------------------------------------------------------------------- ----- Por outro lado, a prestação de contas era muito exigente, era verificada pela DCCDR, pela Câmara, pela GEBALIS, sendo só possível a Câmara pagar só depois do trabalho feito, com as respetivas faturas validadas. ---------------------------------------- ----- Estava muito segura relativamente àqueles contratos-programa porque eram uma matéria que tinha sido trabalhada com bastante exigência e cuja prestação de contas e escrutínio eram, igualmente, muito exigente. -------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente confirmou que não havendo mais inscrições passariam à votação daquela proposta. ------------------------------------------------------------------------- ----- VOTAÇÃO – a Proposta nº 308/2013, foi Aprovada por maioria com os votos a favor do Partido Socialista, de 5 (cinco) Deputados Independentes, do Partido Comunista Português, do Bloco de Esquerda e do Partido Ecologista “Os Verdes”, os votos contra do Partido Popular Monárquico, e as abstenções do Partido Social Democrata, do Centro Democrático Social e do Partido da Terra. -------------------------- ----- A Senhora Presidente agradeceu a todos os grupos municipais, desejando a todos o resto de uma boa tarde. ----------------------------------------------------------------------------- ----- Deu por encerrada a sessão, às dezoito horas e quinze minutos. ------------------------- ----- Nota: As propostas aprovadas na presente reunião consideram-se aprovadas em minuta, nos termos da deliberação tomada pela Assembleia, por unanimidade, na reunião realizada no dia vinte e quatro de Novembro de dois mil e nove, inserida na páginas cinco da ata número dois. ------------------------------------------------------------------ ----- E eu, , Primeiro Secretário, mandei lavrar a presente ata que subscrevo juntamente com a Segunda Secretária . ------------------------------------- A PRESIDENTE ---------------------------------------------