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DRAFT 1 ----------------------- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ------------------------ -------------------------------------Mandato 2017-2021 ---------------------------------------- ----- SESSÃO ORDINÁRIA DE JUNHO - SEGUNDA REUNIÃO REALIZADA NO DIA VINTE E CINCO DE JUNHO DE DOIS MIL E DEZANOVE. ------------ ---------------------------ATA NÚMERO SETENTA E CINCO --------------------------- ----- Aos vinte e cinco dias do mês de junho de dois mil e dezanove, em cumprimento da respetiva convocatória e ao abrigo do disposto nos artigos vigésimo sétimo e trigésimo do Anexo I da Lei número setenta e cinco de dois mil e treze, de doze de setembro, e nos artigos vigésimo quinto e trigésimo sexto do seu Regimento, reuniu a Assembleia Municipal de Lisboa, na sua sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, nº 14, em Lisboa, em Sessão Ordinária, segunda Reunião, sob a presidência da sua Presidente efetiva, Excelentíssima Senhora Maria Helena do Rego da Costa Salema Roseta, coadjuvado pela Excelentíssima Senhora Carla Cristina Ferreira Madeira e pela Excelentíssima Senhora Maria Virgínia Martins Laranjeira Estorninho, respetivamente Primeira Secretária em exercício e Segunda Secretária. ------------------ ----- Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados na Mesa da Assembleia, os seguintes Deputados Municipais: -------------------------------------------- ----- Aline Gallash Hall de Beuvink, Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana Margarida Mota Vieira da Silva de Morais, Ana Maria Gaspar Marques, Ana Maria de Campo Pedroso Mateus, Ana Sofia Soares Ribeiro de Oliveira Dias Figueiredo, António Manuel Pimenta Prôa, António Modesto Fernandes Navarro, Artur Miguel Claro da Fonseca Mora Coelho, Cláudia Alexandra de Sousa e Catarino Madeira, Fábio Martins de Sousa, Fernando Garcia Lopes Correia, Fernando Manuel Moreno D’Eça Braamcamp, Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa, Francisco Américo Maurício Domingues, Graciela Lopes Valente Simões, Hugo Miguel Mateus Gaspar, Inês Drummond Ludovice Mendes Gomes, Isabel Cristina Rua Pires, Joana Margarida Durão Ferreira Alegre Duarte, João Diogo Santos Moura, João Luís Valente Pires, José Alberto Ferreira Franco, José António Barbosa Borges, José António Cardoso Alves, José Luís Sobreda Antunes, José Manuel Marques Casimiro, José Manuel Rodrigues Moreno, José Maximiano Albuquerque Almeida Leitão, Luis Pedro Alves Caetano Newton Parreira, Mafalda Ascensão Cambeta, Manuel Malheiro Portugal de Nascimento Lage, Margarida Carmen Nazaré Martins, Maria Alexandra Almeida da Cunha Cordeiro da Mota Torres, Maria da Graça Resende Pinto Ferreira, Maria Irene dos Santos Lopes, Maria Luisa de Aguiar Aldim, Maria Simoneta Bianchi Aires de Carvalho Luz Afonso, Maria Teresa Craveiro Pereira, Mário Jorge Paulino de Oliveira de Almeida Patrício, Miguel Alexandre Cardoso Oliveira Teixeira, Miguel Farinha dos Santos da Silva Graça, Miguel Nuno Ferreira da Costa Santos, Natacha Machado Amaro, Natalina Nunes Esteves Pires Tavares de Moura, Patrícia Carla Serrano Gonçalves, Paulo Jorge Velez Muacho, Raúl Jorge Gouveia da Silva Santos, Ricardo de Sant’Ana Godinho Moreira, Rodrigo Maria Santos de Mello Gonçalves, Rui Paulo da Silva Soeiro Figueiredo, Rui Pedro Costa Lopes, Silvino Esteves Correia, José Roque Alexandre, Diogo Manuel da Silva Malhado, Pedro Miguel Tadeu Costa, Luís Duarte de Albuquerque Carreira, Susana Maria da Costa

ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA Mandato 2017-2021 … · Casimiro, entre o período de 25 de junho de 2019 a 7 de outubro de 2019, que foi apreciada e aceite pelo Plenário da Assembleia

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----------------------- ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE LISBOA ------------------------

-------------------------------------Mandato 2017-2021 ----------------------------------------

----- SESSÃO ORDINÁRIA DE JUNHO - SEGUNDA REUNIÃO REALIZADA

NO DIA VINTE E CINCO DE JUNHO DE DOIS MIL E DEZANOVE. ------------

---------------------------ATA NÚMERO SETENTA E CINCO ---------------------------

----- Aos vinte e cinco dias do mês de junho de dois mil e dezanove, em cumprimento

da respetiva convocatória e ao abrigo do disposto nos artigos vigésimo sétimo e

trigésimo do Anexo I da Lei número setenta e cinco de dois mil e treze, de doze de

setembro, e nos artigos vigésimo quinto e trigésimo sexto do seu Regimento, reuniu a

Assembleia Municipal de Lisboa, na sua sede, sita no Fórum Lisboa, na Avenida de

Roma, nº 14, em Lisboa, em Sessão Ordinária, segunda Reunião, sob a presidência da

sua Presidente efetiva, Excelentíssima Senhora Maria Helena do Rego da Costa

Salema Roseta, coadjuvado pela Excelentíssima Senhora Carla Cristina Ferreira

Madeira e pela Excelentíssima Senhora Maria Virgínia Martins Laranjeira Estorninho,

respetivamente Primeira Secretária em exercício e Segunda Secretária. ------------------

----- Assinaram a “Lista de Presenças”, para além dos mencionados na Mesa da

Assembleia, os seguintes Deputados Municipais: --------------------------------------------

----- Aline Gallash Hall de Beuvink, Álvaro da Silva Amorim de Sousa Carneiro, Ana

Margarida Mota Vieira da Silva de Morais, Ana Maria Gaspar Marques, Ana Maria

de Campo Pedroso Mateus, Ana Sofia Soares Ribeiro de Oliveira Dias Figueiredo,

António Manuel Pimenta Prôa, António Modesto Fernandes Navarro, Artur Miguel

Claro da Fonseca Mora Coelho, Cláudia Alexandra de Sousa e Catarino Madeira,

Fábio Martins de Sousa, Fernando Garcia Lopes Correia, Fernando Manuel Moreno

D’Eça Braamcamp, Fernando Manuel Pacheco Ribeiro Rosa, Francisco Américo

Maurício Domingues, Graciela Lopes Valente Simões, Hugo Miguel Mateus Gaspar,

Inês Drummond Ludovice Mendes Gomes, Isabel Cristina Rua Pires, Joana

Margarida Durão Ferreira Alegre Duarte, João Diogo Santos Moura, João Luís

Valente Pires, José Alberto Ferreira Franco, José António Barbosa Borges, José

António Cardoso Alves, José Luís Sobreda Antunes, José Manuel Marques Casimiro,

José Manuel Rodrigues Moreno, José Maximiano Albuquerque Almeida Leitão, Luis

Pedro Alves Caetano Newton Parreira, Mafalda Ascensão Cambeta, Manuel Malheiro

Portugal de Nascimento Lage, Margarida Carmen Nazaré Martins, Maria Alexandra

Almeida da Cunha Cordeiro da Mota Torres, Maria da Graça Resende Pinto Ferreira,

Maria Irene dos Santos Lopes, Maria Luisa de Aguiar Aldim, Maria Simoneta Bianchi

Aires de Carvalho Luz Afonso, Maria Teresa Craveiro Pereira, Mário Jorge Paulino

de Oliveira de Almeida Patrício, Miguel Alexandre Cardoso Oliveira Teixeira, Miguel

Farinha dos Santos da Silva Graça, Miguel Nuno Ferreira da Costa Santos, Natacha

Machado Amaro, Natalina Nunes Esteves Pires Tavares de Moura, Patrícia Carla

Serrano Gonçalves, Paulo Jorge Velez Muacho, Raúl Jorge Gouveia da Silva Santos,

Ricardo de Sant’Ana Godinho Moreira, Rodrigo Maria Santos de Mello Gonçalves,

Rui Paulo da Silva Soeiro Figueiredo, Rui Pedro Costa Lopes, Silvino Esteves

Correia, José Roque Alexandre, Diogo Manuel da Silva Malhado, Pedro Miguel

Tadeu Costa, Luís Duarte de Albuquerque Carreira, Susana Maria da Costa

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Guimarães, Henrique João Tavares Frias Sá e Melo, Nuno Miguel dos Santos Silva,

Maria Cândida Rio de Freitas Cavaleiro Madeira, José Pedro Pires Ferreira, Rosa

Maria Carvalho da Silva, Diana Isabel Bechet Gonçalves Vale, José Júlio Cordeiro

dos Reis Silva, Gabriel Maria Simplício Baptista Fernandes e Rodolfo Knapic. ---------

----- Faltaram à Reunião os seguintes Deputados Municipais: ------------------------------

----- Augusto Miguel da Gama Antunes de Albuquerque, Davide Miguel Santos

Amado, Francisco José Nina Martins Rodrigues dos Santos, José Inácio da Silva

Ramos Antunes Faria e Paula Inês Alves de Sousa Real. -----------------------------------

----- Fizeram-se substituir, ao abrigo do disposto no artigo 78.º da Lei n.º 169/99, de

18 de Setembro, com a redação dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, o qual se

mantém em vigor por força do disposto, a contrario sensu, na alínea d), do n.º 1, do

artigo 3.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e do artigo 8.º do Regimento da

Assembleia Municipal de Lisboa, os seguintes Deputados Municipais: -------------------

----- José António Nunes do Deserto Videira (PS), Presidente da Junta de Freguesia de

Marvila, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputada Municipal

Susana Maria da Costa Guimarães. ------------------------------------------------------------

----- Pedro Miguel Sousa Barrocas Martinho Cegonho (PS), Presidente da Junta de

Freguesia de Campo de Ourique, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto

legal Deputado Municipal Pedro Miguel Tadeu Costa. --------------------------------------

----- Pedro Delgado Alves (PS), Presidente da Junta de Freguesia de Lumiar, por um

dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputado Municipal Henrique João

Tavares Frias Sá e Melo. ------------------------------------------------------------------------

----- Rute Sofia Florêncio Lima de Jesus (PS), Presidente da Junta de Freguesia de

Olivais, por um dia, tendo sido substituída pelo substituto legal Deputado Municipal

Luis Duarte de Albuquerque Carreira. ---------------------------------------------------------

----- André Nunes de Almeida Couto (PS), Presidente da Junta de Freguesia de

Campolide, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputada

Municipal Maria Cândida Rio de Freitas Cavaleiro Madeira. ------------------------------

----- Jorge Manuel Jacinto Marques (PS), Presidente da Junta de Freguesia de Ajuda,

por um dia, tendo sido substituído pelo substituto legal Deputado Municipal Diogo

Manuel da Silva Malhado. ----------------------------------------------------------------------

----- Patrocínia César (PS), por um dia, tendo sido substituída pelo Deputado

Municipal José Ferreira. ------------------------------------------------------------------------- .

----- Diogo Leão (PS), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal

Nuno Santos. -------------------------------------------------------------------------------------- .

----- Hugo Lobo (PS), por um dia, tendo sido substituído pelo Deputado Municipal

José Roque Alexandre. -------------------------------------------------------------------------- .

----- Vasco André Lopes Alves Veiga Morgado (PSD), Presidente da Junta de

Freguesia de Santo António, por um dia, tendo sido substituído pelo substituto legal

Deputado Municipal Rodolfo Knapic. ---------------------------------------------------------

----- Carlos Barbosa (PSD), por um dia, tendo sido substituído pela Deputada

Municipal Rosa Carvalho da Silva. ------------------------------------------------------------ .

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----- Maria Cristina Castel Branco Alarcão Júdice (CDS-PP), por um dia, tendo sido

substituída pela Deputada Municipal Diana Bechet Vale. ----------------------------------- .

----- Margarida Bentes Penedo (CDS-PP), por um dia, tendo sido substituída pelo

Deputado Municipal Júlio Cordeiro Reis Silva. ---------------------------------------------- .

----- João Maria Condeixa (CDS-PP), por um dia, tendo sido substituído pelo

Deputado Municipal Gabriel Maria Baptista Fernandes. ------------------------------------ .

----- Solicitou a suspensão do mandato a Deputada Municipal Beatriz Gebalina

Pereira Gomes Dias (BE) sendo substituída pelo Deputado Municipal Tiago Maria

Sousa Alvim Ivo Cruz, entre o período de 24 de junho de 2019 a 27 de março de

2021, que foi apreciada e aceite pelo Plenário da Assembleia Municipal, nos exatos

termos do respetivo pedido, e de acordo com o disposto no artigo 77.º da Lei 169/99,

de 18 de Setembro, com a redação dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, o

qual se mantém em vigor por força do disposto, a contrario sensu, na alínea d), do n.º

1, do artigo 3.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e do art.º 7.º do Regimento da

Assembleia Municipal. --------------------------------------------------------------------------

----- Solicitou a suspensão do mandato o Deputado Municipal Tiago Maria Sousa

Alvim Ivo Cruz (BE) sendo substituído pelo Deputado Municipal José Marques

Casimiro, entre o período de 25 de junho de 2019 a 7 de outubro de 2019, que foi

apreciada e aceite pelo Plenário da Assembleia Municipal, nos exatos termos do

respetivo pedido, e de acordo com o disposto no artigo 77.º da Lei 169/99, de 18 de

Setembro, com a redação dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de janeiro, o qual se

mantém em vigor por força do disposto, a contrario sensu, na alínea d), do n.º 1, do

artigo 3.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, e do art.º 7.º do Regimento da

Assembleia Municipal. --------------------------------------------------------------------------

----- Através da Ata da Mesa da Assembleia Municipal de Lisboa número 18/2019, de

25 de junho de 2019, foi deliberado o seguinte a descrever: --------------------------------

----- Justificar as faltas dos Deputados Municipais: Davide Amado (PS-PJF

Alcântara), Maria da Graça Resende Pinto Ferreira (PS-PJF de Santa Clara), Fernando

Manuel Pacheco Ribeiro Rosa (PSD-PJF de Belém), Fábio Sousa (PCP – PJF de

Carnide), Paula Inês Alves de Sousa Real (PAN) e José Inácio Faria (MPT), à 73ª

Reunião da Assembleia Municipal de Lisboa (46ª Sessão Extraordinária), realizada no

dia 11 de junho de 2019. ------------------------------------------------------------------------

----- A Câmara esteve representada pelo Senhor Vice-Presidente João Paulo Saraiva e

pelo Senhor Vereador Miguel Gaspar. ---------------------------------------------------------

----- Estiveram ainda presentes os Senhores Vereadores da oposição: João Pedro

Gonçalves Pereira, Maria Conceição Zagalo, Nuno Correia da Silva, João Pedro

Abreu Costa e Nuno Rocha Correia. ----------------------------------------------------------

----- Às quinze horas e vinte minutos, constatada a existência de quórum, a Senhora

Presidente da Assembleia Municipal, declarou aberta a Reunião. -----------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Boa tarde Senhores Deputados e Senhoras Deputadas, agradecia que tomassem

os vossos lugares já temos quórum. ------------------------------------------------------------

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----- Cumprimentar a Mesa, esta Mesa feminina que aqui hoje me acompanha. ---------

----- Dizer aos Senhores Deputados que vamos começar, temos aqui vários pontos da

nossa Ordem de Trabalhos à nossa espera. ---------------------------------------------------

----- Antes de tudo pedia já que tomassem os vossos lugares porque temos já que

começar por uma Deliberação, e pedia a vossa atenção Senhores Deputados, ainda

estão Senhores Deputados a assinar, Assessores também nos seus lugares, desculpem

lá mas enquanto não estiverem todos sentados não posso começar a Sessão. ------------

----- PEDIDO DE SUSPENSÃO DE MANDATO DE DEPUTADO

MUNUCIPAL (APRESENTADO POR TIAGO MARIA SOUSA ALVIM IVO

CRUZ), PELO PERÍODO DE 25 DE JUNHO ATÉ 7 DE OUTUBRO DE 2019,

AO ABRIGO DO DISPOSTO NOS NºS 1 A 3 DO ARTIGO 77º., DA LEI Nº.

169/99, DE 18 DE SETEMBRO, NA REDAÇÃO ATUAL, E NO ARTº. 7º. DO

REGIMENTO; --------------------------------------------------------------------------------- ----- (Este documento fica anexado a esta Ata, como Anexo I e dela faz parte

integrante) -----------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: - -

----- “Muito bem, Senhores Deputados temos aqui uma questão prévia, que é muito

simples, há um pedido de suspensão do mandato do Senhor Deputado Municipal

Tiago Maria Ivo Cruz, normalmente isto é colocado à vossa apreciação. -----------------

----- Pergunto se alguém tem alguma objeção a este pedido de suspensão? Não vejo

nenhuma objeção. --------------------------------------------------------------------------------

----- O pedido de suspensão não tem votos contra e nem abstenções, votos a favor do

PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, PPM, 7 IND e o Senhor Deputado

Municipal Independente Rui Costa. O Pedido de suspensão de Mandato foi

aprovado por unanimidade. ------------------------------------------------------------------

----- (Ausência de dois Deputados (as) Municipais Independentes da Sala de Plenário,

sendo um deles o Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello

Gonçalves) ----------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Portanto, a Assembleia aceita e concorda e, portanto, pode ser já substituído

nesta Sessão pelo seguinte na lista, que eu penso que é o Senhor Deputado José

Casimiro, a quem desejo um bom regresso a esta Casa e aos nossos Trabalhos. ---------

----- Temos agora um Voto de Pesar que eu vou pôr à vossa consideração, um Voto de

Pesar do Bloco de Esquerda e um Voto de Pesar do PCP, vamos pôr à consideração,

portanto, o que entrou em primeiro lugar foi o Voto de Pesar “Pelas 16 mulheres

vítimas de violência doméstica em Portugal”. ------------------------------------------------

---- Quero perguntar à Senhora Deputada Carla Madeira se ela quer ler o Voto de

Pesar, faz favor.” ---------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Primeira Secretária em Exercício, Carla Madeira, fez a leitura do

Voto de Pesar: ------------------------------------------------------------------------------------

----- VOTO DE PESAR n.º 75/01 (BE) – SUBSCRITO PELO BLOCO DE

ESQUERDA E PELA SENHORA PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA

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MUNICIPAL –VOTO DE PESAR “NEM MAIS UMA: PELAS 16 MULHERES

VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA EM PORTUGAL”; ----------------------

----- “A realidade volta a confirmar aquela que é a frase mais reveladora da nossa

incapacidade, enquanto sociedade, de erradicarmos este flagelo social que é a

violência doméstica, o crime que mais mata em Portugal. Só em 2019 já se somam 18

vítimas mortais em contexto de violência doméstica. A maior parte destas vítimas, 16,

são mulheres, confirmando-se que é um crime que carrega a marca de género. Nos

últimos 15 anos já morreram mais de 500 mulheres às mãos da violência machista.

Uma média de 35 mulheres assassinadas por ano. ------------------------------------------

----- Este é, à semelhança de outros crimes, como por exemplo a violação, um crime

de género, que atinge as mulheres, tirando-lhes a vida e, quando tal não acontece,

lhes destrói a vida pessoal, profissional e familiar. Há 18 anos, legislou-se no sentido

de garantir que este crime era um assunto de todos e todas. Passado todo este tempo,

há ainda muito para fazer, muitas mulheres e crianças para proteger. -------------------

----- A última vítima conhecida era residente em Lisboa, na freguesia da Penha de

França. A 13 de junho foi assassinada às mãos do companheiro agressor, de quem

vinha reportando o crime de violência doméstica desde 2017, conforme informação

da PSP. Estavam a decorrer processos sobre duas queixas. O agressor tinha sido

presente a interrogatório, mas nenhuma medida adicional foi tomada para proteger a

vítima. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Tribunal da Comarca de Lisboa decretou a prisão preventiva do agressor

após o assassinato desta mulher, tendo ficado claro, com a informação até agora

revelada, que até este momento não se ativaram todos os meios possíveis para evitar

a morte. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- O crime de violência doméstica é o crime contra pessoas que mais mata em

Portugal, mesmo quando as vítimas fazem queixa e pedem ajuda. Fica claro que

ainda há muito a fazer para que o sistema atual consiga proteger quem precisa e não

manter o sentimento de impunidade vigente entre agressores. -----------------------------

----- Assim, continua a afigurar-se necessário responder à incapacidade de várias

instâncias competentes atuarem com a celeridade exigida e de ativarem todos os

mecanismos ao seu alcance para proteger as vítimas de violência doméstica. -----------

----- Assim, a Assembleia Municipal de Lisboa, reunida a 25 de junho de 2019, ao

abrigo do artigo 25.º, n.º 2, alínea k) do Anexo I da Lei n.º 75/2013, de 12 de

Setembro, delibera: ------------------------------------------------------------------------------

----- 1- Expressar o seu profundo pesar pela morte de 16 mulheres, e de todas as

vítimas de violência doméstica até junho de 2019.” -----------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Primeira Secretária. ------------------------------------------

----- Vou pedir à Segunda Secretária para ler o outro Voto de Pesar” ---------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, procedeu à leitura do

Voto de Pesar: ------------------------------------------------------------------------------------

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----- VOTO DE PESAR n.º 75/02 (PCP)- SUBSCRITO PELO GRUPO

MUNICIPAL DO PCP E SENHORA PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA

MUNICIPAL DE LISBOA - “PELO FALECIMENTO DE ANTÓNIO AREOSA

FEIO”; -------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Faleceu no passado dia 21 de Junho, António Areosa Feio, destacado militante

antifascista, comunista desde o princípio da ditadura. --------------------------------------

----- António Barreto Areosa Feio nasceu em Vila Nova de Gaia, a 4 de Agosto de

1922. Ainda criança vem com os pais para Lisboa e inicia o ensino liceal no Liceu

Camões. Entretanto seu pai, militar e ex-professor do Colégio Militar, que fora

transferido de Peniche – onde cumpria pena de residência fixa – para Sines,

consegue fundar um colégio na vizinha vila de Santiago do Cacém e António vai

frequentar esse colégio. Muito jovem, aos doze, treze anos, começa a tomar

consciência política e, em Sines, tem como amigos alguns comunistas mais velhos,

mas que irão ser, então, seus companheiros e influenciar as suas escolhas

ideológicas. Iniciou os estudos de Engenharia Civil no Instituto Superior Técnico, em

Lisboa, mas concluiu no Porto a licenciatura, na Faculdade de Engenharia do Porto,

devido às suas actividades políticas. -----------------------------------------------------------

----- Foi dirigente associativo da sua escola e, ainda muito jovem, em 1945, já

integrava a Comissão distrital do MUD. Participou na fundação do MUD-Juvenil, de

cuja Comissão Central iria fazer parte, em 1947 e 1948. -----------------------------------

----- Em Fevereiro de 1948 integrou a Comissão de Emergência do MUD, constituída

para assegurar os trabalhos daquele Movimento, face à prisão dos membros da

Comissão Central pela PIDE e em 1949 fez parte da Comissão Central do Movimento

Nacional Democrático (MND). -----------------------------------------------------------------

----- Preso pela primeira vez em 1946, acusado de pertencer ao Partido Comunista

desde fins de 1942, foi julgado no Tribunal Plenário de Lisboa e condenado a 18

meses de prisão. Preso de novo em 1949, é condenado e, em fins de Junho de 1953,

sai em regime de liberdade condicional, por três anos. Depois de libertado manteve a

actividade política: fez parte da Comissão Nacional para a Defesa da Paz (1950) e

pertenceu às comissões eleitorais das candidaturas à Presidência da República de

Norton de Matos (1949), Ruy Luís Gomes (1951), Arlindo Vicente (1958) e Humberto

Delgado (1958). ----------------------------------------------------------------------------------

----- Em 1959, assinou, com outros oposicionistas, um documento, datado de 18 de

Março, em que se pedia a Salazar que, por ocasião da sua última lição em Coimbra,

se verificasse «também o seu afastamento da vida política». De novo preso em 1963,

é outra vez julgado no Tribunal Plenário de Lisboa, sendo então condenado a 24

meses de prisão, que cumpriu integralmente. -------------------------------------------------

----- Em 1971 foi um dos subscritores do panfleto «Ao Povo de Lisboa», que

denunciava a situação dos presos políticos. Em 1973, fez parte da Comissão Nacional

do III Congresso da Oposição Democrática, realizado em Aveiro, e apresentou uma

tese intitulada «Significado do III Congresso da Oposição Democrática». Fez parte

activa da Comissão de Defesa da Liberdade de Expressão, criada em 1971. ------------

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----- Depois do 25 de Abril, foi presidente do Fundo de Fomento da Habitação, chefe

de gabinete dos secretários de Estado da Habitação e Turismo, no III e no V

governos provisórios, e, no IV Governo Provisório, desempenhou as mesmas funções

junto do secretário de Estado da Administração Local. Dedicou-se depois ao

movimento sindical, primeiro no Sindicato dos Trabalhadores de Hotelaria, depois na

União dos Sindicatos de Lisboa e no Sindicato dos Trabalhadores da Função Pública

do Sul e Açores. ----------------------------------------------------------------------------------

----- O Grupo Municipal do PCP propõe que a Assembleia Municipal de Lisboa, na

sua sessão de 25 de Junho de 2019, delibere: ------------------------------------------------

----- a) Manifestar o seu profundo pesar pelo falecimento de António Areosa Feio,

guardando um minuto de silêncio; -------------------------------------------------------------

----- b) Apresentar as suas mais sentidas condolências e a solidariedade perante a

dolorosa perda à sua Família. ------------------------------------------------------------------

----- O Grupo Parlamentar do Partido Comunista.” -----------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Senhores Deputados, eu assovio-me pessoalmente a ambos os Votos e vamos

pô-los à votação, em primeiro lugar o Voto “Pelas 16 mulheres vítimas de violência

doméstica em Portugal”.-------------------------------------------------------------------------

----- O Voto de Pesar nº. 75/01 (BE) não tem votos contra e nem de abstenção, votos

a favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, PPM, 6 IND, do Senhor

Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor Deputado

Municipal Independente Rui Costa. O Voto de Pesar nº. 75/01 foi aprovado por

unanimidade. ------------------------------------------------------------------------------------

----- (Ausência de dois Deputados (as) Municipais Independentes da Sala de Plenário)

----- O Voto de Pesar nº. 75/02 (PCP) não tem votos contra e nem de abstenção,

votos a favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, PPM e 6 IND, e do

Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor

Deputado Municipal Independente Rui Costa. O Voto de Pesar nº. 75/02 foi

aprovado por unanimidade. ------------------------------------------------------------------

----- (Ausência de dois Deputados (as) Municipais Independentes da Sala de Plenário)

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Há uma Declaração de Voto do PCP no Voto de Pesar pelo António Areosa

Feio. ------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Vamos fazer um minuto de silêncio Senhores Deputados.” ---------------------------

----- (Neste momento foi feito um minuto de silêncio pelos dois Votos de Pesar) -------

----- O Grupo Municipal do PCP apresentou, por escrito, a seguinte Declaração de

Voto:-----------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Voto de Pesar nº 75/01 (BE) – “Nem mais uma: pelas 16 mulheres vítimas de

violência doméstica em Portugal” -------------------------------------------------------------

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DRAFT

8

----- Reconhecendo que as mulheres são as principais vítimas, o PCP condena toda a

violência doméstica, sem desvalorizar os trágicos desfechos que afectam mulheres,

homens e crianças. -------------------------------------------------------------------------------

----- O Grupo Municipal do PCP não pactua com o branqueamento do sistema

capitalista assente na exploração e dominação que alimenta a violência nas suas

diversas dimensões na sociedade, ao mesmo tempo que faz uso dos mecanismos de

opressão sobre as mulheres. A violência sobre a mulher na família, bem como a

exploração das mulheres na prostituição são expressões extremas e concretas que tão

bem exemplificam esta situação. ---------------------------------------------------------------

----- Para o PCP a melhor homenagem que pode ser feita às vítimas de violência

doméstica, designadamente no que concerne aos trágicos desfechos de mortes, é dar

uma efectiva prioridade política nos investimentos necessários em importantes

serviços públicos e funções sociais do Estado que assegure uma adequada protecção

às mulheres vítimas de violência. --------------------------------------------------------------

----- É preciso ir bem mais longe na prevenção, combate e erradicação do flagelo

social da violência doméstica.” -----------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhores Deputados, temos duas Atas para aprovar, a Ata 55 e

a Ata 72. Pergunto se alguém se quer pronunciar?” ------------------------------------------

----- APRECIAÇÃO E APROVAÇÃO DA ATA Nº. 55, DE 26 DE FEVEREIRO

DE 2019; ------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Ata nº 55 não tem votos contra e nem abstenções, votos a favor do PS, PSD,

CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, PPM e 7 IND, e do Senhor Deputado

Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor Deputado Municipal

Independente Rui Costa. A Ata nº 55 foi aprovada por unanimidade. -----------------

----- De forma a dar cumprimento ao disposto no DL. n. º 4/2015, de 07 de Janeiro,

que aprova o novo Código de Procedimento Administrativo, mais precisamente no n.º

3 do seu artigo 34.º, não participaram na votação das Atas 55 e 72, os Senhores

Deputados Municipais que abaixo se referenciam, em virtude de não terem estado

presentes na reunião a que a mesma respeita. -------------------------------------------------

----- Ata n.º 55 Sessão Ordinária de Fevereiro (1ª Reunião), realizada em vinte e seis

de fevereiro dois mil e dezanove, não estiveram presentes os seguintes Senhores

Deputados Municipais: DM José António Cardoso (PS), DM Diogo Manuel Silva

Malhado (PS), DM Nuno Miguel Santos Silva (PS), DM Maria Cândida Cavaleiro

Madeira (PS); José Pedro Pires Ferreira (PS), DM Rodolfo Knapic (PSD), DM Diana

Bechet Vale (CDS-PP), DM José Júlio Reis da Silva (CDS-PP), DM José Casimiro

(BE), DM Raúl Santos (MPT) e DM Maria Helena Roseta (IND). ------------------------

----- (Ausência de um Deputado Municipal Independente da Sala de Plenário) ----------

----- APRECIAÇÃO E APROVAÇÃO DA ATA Nº. 72, DE 5 DE JUNHO DE

2019; -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Ata nº 72 não tem votos contra e nem abstenções, votos a favor do PS, PSD,

CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, PPM, 7 IND, e do Senhor Deputado Municipal

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Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor Deputado Municipal

Independente Rui Costa. A Ata nº 72 foi aprovada por unanimidade. ------------------

----- Ata n.º 72 Sessão Extraordinária, realizada em cinco de junho dois mil e

dezanove, não estiveram presentes os seguintes Senhores Deputados Municipais: DM

José António Cardoso (PS), DM Diogo Manuel Silva Malhado (PS), DM Nuno

Miguel Santos Silva (PS), DM Maria Cândida Cavaleiro Madeira (PS); José Pedro

Pires Ferreira (PS), Maria Simonetta Luz Afonso (PS), DM Pedro Tadeu Costa (PS),

DM José Júlio Reis da Silva (CDS-PP), DM Maria Luisa Aldim (CDS-PP), DM

Gabriel Baptista Fernandes (CDS-PP), DM António Modesto Navarro (PCP); DM

Fábio Martins Sousa (PCP), DM Natacha Amaro (PCP), DM José Casimiro (BE),

DM Ricardo Moreira (BE) e DM Maria Helena Roseta (IND). ----------------------------

----- (Ausência de um Deputado Municipal Independente da Sala de Plenário) ----------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos agora apreciar a Moção do CDS-PP pela manutenção do espaço

Registos de Lisboa na Avenida Fontes Pereira de Melo.” -----------------------------------

----- PONTO 2 - APRECIAÇÃO DA MOÇÃO 073/01 (CDS-PP) - PELA

MANUTENÇÃO DO ESPAÇO REGISTOS DE LISBOA NA AV. FONTES

PEREIRA DE MELO, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA C) DO ART.º

15º DO REGIMENTO; GRELHA BASE – 34 MINUTOS; -------------------------------

----- (A Moção 73/01 fica anexada a esta Ata, como Anexo II e dela faz parte

integrante) -----------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o CDS-PP para apresentação, têm a grelha habitual e penso que a

Mesa também tem inscrições. -------------------------------------------------------------------

---- A Senhora Segunda Secretária dá a palavra, mas em primeiro lugar ao

proponente.” --------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Maria Luísa Aldim, do CDS-PP.” -------------

----- A Senhora Deputada Municipal Maria Luísa Aldim (CDS-PP) no uso da

palavra fez a seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------

----- “Excelentíssima Senhora Presidente, Excelentíssimos Senhores Vereadores,

caros Deputados, Público presente, muito boa tarde a todos. -------------------------------

----- O CDS apresenta aqui hoje uma Moção, cujo tema “Pela manutenção do Espaço

Registos de Lisboa na Avenida Fontes Pereira de Melo”, em sequência de um anúncio

recente do Governo em que demonstrou intenção de separar ou deslocar os Serviços

de Registo e Notariado, atualmente na Avenida Fontes Pereira de Melo, por três locais

distintos, a Avenida Fontes Pereira de Melo, o Mercado 31 de Janeiro e o Parque das

Nações. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Atualmente este espaço congrega serviços como a Conservatória do Registo Civil

de Lisboa, a Conservatória do Registo Comercial de Lisboa, as soluções integradas de

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Registo, como a Empresa na Hora, o Balcão da Casa Ponta, o Balcão EDP e ainda o

Cartão de Cidadão e o Passaporte Eletrónico. ------------------------------------------------

----- É do conhecimento público que os serviços públicos do Cartão de Cidadão e

Passaportes estão em situação de rutura, com longas filas diárias e de marcação

antecipada de vários meses, sendo já um problema quer para os cidadãos, quer para os

cidadãos que vivem em Portugal, quer para os portugueses que vivam fora e que têm

que se deslocar ao nosso País periodicamente para atualizar os seus documentos e

muitas vezes são empurrados e obrigados a recorrer a outros Municípios para resolver

as suas situações com a maior celeridade. -----------------------------------------------------

----- Na altura em que foi anunciado o acordo entre o Município de Lisboa e a AMA

para a criação da Loja do Cidadão no Mercado 31 de Janeiro, com abertura prevista

para 2019, vimos como oportunidade para aumentar a capacidade de prestação destes

mesmos serviços e não de substituir o que já existe na Avenida Fontes Pereira de

Melo. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- O anúncio desta intenção de separar os serviços foi por isso uma surpresa, mas

uma má surpresa e no entender do CDS uma escolha errada que penaliza o cidadão,

primeiro porque é totalmente contrária às necessidades e tendências de prestação de

serviço aos cidadãos e empresas, pelo que a descentralização destes serviços

administrativos só vão criar mais barreiras à eficácia administrativa, vão tornar os

processos mais morosos, e como sabemos tempo é dinheiro, o que significa que

descentralizar neste caso é reduzir a eficácia ou aumentar custos para o cidadão e para

as empresas, e é tornar Lisboa menos competitiva. ------------------------------------------

----- Segundo porque não está de acordo sequer com o próprio espírito com que foram

criados os Espaços Registo, cuja missão e objetivo é One stop shop.----------------------

----- Terceiro, se por um lado caminhamos para a digitalização, cuja missão é

precisamente agilizar os processo e agregar informação de forma a automatizar os

procedimentos, por outro esta decisão a ser tomada significa que para aqueles que

ainda não têm hipóteses de recorrer a serviços digitais, que terão obrigatoriamente a

vida dificultada, sendo excluídos do acesso a um ponto único para atendimento de

todas as valências registrais, de forma transversal e integrada. -----------------------------

----- No entanto, não basta assegurar que os serviços não sejam prejudicados, mas é

importante dar nota da ausência de espaços dedicados a salas de espera e

compartimentos de entendimento que garantam o sigilo para cada ato, mas também

para os funcionários que pelas disposições atuais destes espaços, em open space,

pensados algures noa anos 90, estão mais expostos a maiores níveis de stress, sujeitos

a interrupções sistemáticas por terceiros no atendimento e rodeados de ruído

constante. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- Além desta situação, atualmente os serviços de Registo e Notariado, têm

carências de ordem material e de recursos humanos, sabemos e dando como exemplo

o material informático, que tem em médio 15 anos e a contratação de novos quadros

não acontece há cerca de 20 anos, pelo que a falta de recursos humanos necessários

para o cumprimento do serviço é mais do que evidente.-------------------------------------

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----- Sabemos que esta competência é do Estado e do Governo Central, mas Lisboa

não pode assistir sem se pronunciar, sabendo que tal medida terá impactos diretos na

vida dos cidadãos e das empresas que estão a Lisboa, é uma medida que prejudica

Lisboa, por isso o que propomos nesta Moção objetivamente é que a Assembleia

Municipal consiga junto do Governo exortar espacialmente o Ministério da Justiça

para não desmembrar os serviços instalados no espaço do Registo na Avenida Fontes

Pereira de Melo, que alerte o Ministério da Justiça para a necessidade e urgência de

melhorar as condições de atendimento e do espaço de trabalho destes trabalhadores, e

que a Loja do Cidadão, a instalar no Mercado 31 de Janeiro seja usada para aumentar

a oferta de serviços do Cartão de Cidadão e Passaporte, e não como mero veículo para

descentralizar os serviços. Obrigada.” ---------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Deputada. -----------------------------------------------------

----- Neste ponto da Ordem de Trabalhos, para além da Moção do CDS-PP há também

uma Recomendação do PEV, portanto, iremos dar a palavra agora ao PEV, a Senhora

Segunda Secretária irá dar a palavra para fazer a apresentação e depois temos a

discussão dos dois documentos.” ---------------------------------------------------------------

----- RECOMENDAÇÃO 074/01 (PEV) – (APRESENTADA NO ÂMBITO DA

APRECIAÇÃO DA MOÇÃO 73/01 DO CDS-PP - ACESSO AOS SERVIÇOS

DA LOJA DO CIDADÃO LARANJEIRAS, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA

ALÍNEA C) DO ART.º 15º CONJUGADA COM O N.º 12 DO ART.º 48º DO

REGIMENTO; ----------------------------------------------------------------------------------- ----- (A Recomendação 74/01 fica anexada a esta Ata, como Anexo III e dela faz

parte integrante) ----------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Sobreda Antunes, do PEV.” ---------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado, boa tarde Senhora Presidente e restantes Membros da Mesa,

Senhoras e Senhores Vereadores, Senhoras e Senhores Deputados, Público,

Jornalistas, Funcionários.------------------------------------------------------------------------

----- Em complemento à Moção nº 1 do CDS, a qual agradecemos, Os Verdes

apresentam uma recomendação sobre as dificuldades de acesso aos serviços da Loja

do Cidadão das Laranjeiras. Trata-se de um problema que requer também uma

solução urgente. ----------------------------------------------------------------------------------

----- Acontece que a renovação dos documentos de identificação, como, por exemplo,

a Carta de Condução e o Cartão de Cidadão, se encontram muito atrasados. De tal

forma que, no momento presente, apenas existe data disponível com agendamento

para pedidos de emissão ou de renovação para - pasme-se! - finais de Setembro de

2019. Hoje, às 12h, havia ainda, já com senha, 131 pessoas em fila de espera para

atendimento. --------------------------------------------------------------------------------------

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----- Acresce, para a entropia do sistema, o facto de algumas das mesas de

atendimento nem sequer disporem de acesso a cidadãos com mobilidade reduzida. -----

----- Aliás, a própria Senhora Ministra da Presidência e da Modernização

Administrativa já veio publicamente reconhecer registarem-se demoras para obtenção

destes documentos indispensáveis e obrigatórios de identificação. ------------------------

----- Sabemos que, recentemente, a AMA (Agência para a Modernização

Administrativa) desconcentrou alguns Espaços do Cidadão na área de algumas Juntas

de Freguesia, que também o IRN (Instituto dos Registos e do Notariado) procedeu a

alguns ajustes, mas, mesmo assim, as dificuldades diárias dos cidadãos, fazendo

longas filas à porta muito antes da sua abertura para conseguirem senha para o próprio

dia, denotam serem ainda manifestamente insuficientes, principalmente, devido à

carência de trabalhadores afectos aos serviços da Loja do Cidadão. -----------------------

----- Portanto, para o PEV, as dificuldades não se restringem exclusivamente aos

Espaços de Registos da Av. Fontes Pereira de Melo, que possui, aliás, uma

centralidade muito favorável, por serem servidos por diversos transportes públicos e

apoio a utentes com mobilidade reduzida.-----------------------------------------------------

----- Para além disso, a concentração de vários serviços nestes espaços permite poupar

tempo e dinheiro aos cidadãos e às próprias empresas. --------------------------------------

----- É inserido neste contexto que o PEV propõe que seja reconhecida a necessidade

de redução dos atrasos e tempos de espera para atendimento na Loja do Cidadão das

Laranjeiras, e sejam rapidamente encontradas soluções complementares que permitam

aprofundar o agilizar das situações de marcação e agendamento por parte dos utentes. -

----- Mais propomos que sejam reforçados os serviços com o número de trabalhadores

efectivos considerados indispensáveis para uma mais eficiente prestação de serviço,

de modo a reduzir os tempos de espera, em particular, dos serviços de emissão de

Carta de Condução e do Cartão de Cidadão. --------------------------------------------------

----- E, finalmente, que sejam melhorados os níveis de comodidade nas salas de espera

e de atendimento, bem como seja agilizado o acesso a cidadãos com mobilidade

reduzida. Obrigado Senhora Presidente.” -----------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “ Muito obrigado Senhor Deputado.------------------------------------------------------

----- Vamos prosseguir e temos vários senhores Deputados inscritos.” --------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Manuel Lage, do Partido Socialista.” ----------

----- O Senhor Deputado Municipal Manuel Lage (PS) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, Senhores Deputados, vem o CDS-PP apresentar-nos uma

Moção sobre a manutenção do Espaço de Registos de Lisboa, na avenida fontes

Pereira de Melo, e pergunta-se o Partido Socialista quem fechou a Loja do Cidadão

nos Restauradores? Quando é que a Loja de Cidadão dos Restauradores foi encerrada?

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E em que momento é que essa Loja do Cidadão encerrou? Dá-me a ideia que temos

alguma falha de memória aqui na Assembleia Municipal. ----------------------------------

----- Quem é que reduziu, em que Governo e em que momento é que foram reduzidos

os serviços prestados nas Lojas do Cidadão, no território nacional e na cidade de

Lisboa? Senhores Deputados do CDS-PP, quem é que impediu a contratação de novos

funcionários públicos a nível nacional, Senhores Deputados? E de repente afinal em

que Governo e nós temos a contratação de mais funcionários públicos, Senhores

Deputados? Quando é que nós vemos mais contratação, quando nós vemos a

contratação de mais funcionários públicos para, de facto, fazermos face a um mal que

todos nós reconhecemos, e que bom que é ver os Senhores Deputados do CDS-PP, os

senhores têm tantos nomes que a gente às vezes nem sabemos como é que os havemos

de chamar, os Senhores a reconhecerem que há um défice de funcionários públicos,

quando não deixaram contratar para agora virem-se queixar que eles faltam! ------------

----- E, de facto, qual foi o Governo em que vimos que havia uma alteração da norma,

para que mais cidadãos pudessem ter acesso aos serviços prestados pelas Lojas do

Cidadão? Em que efetivamente houvesse mais jovens a poderem usufruir dos serviços

que são prestados? Dá-me ideia que foi neste Governo, Senhor Presidente, Senhores

Deputados, a renovação on line, que hoje em dia é possível fazer-se dos serviços que

já são prestados na Loja do Cidadão, milhares de aderentes que já têm acesso a estes

serviços! A restruturação que está a ser feita e que diz e que acede a milhares de

pessoas e que nas várias Juntas de Freguesia, milhares de pessoas já têm acesso a elas!

---- O Espaço Cidadão que estão nas Juntas de Freguesias da cidade, oh Senhores

Deputados, Senhor Presidente, o Partido Socialista naturalmente não pode aderir a

esta falácia que nos é apresentada sob um manto de demagogia pura, aqui apresentada

por parte do CDS que olvida aquilo que se fez quando esteve no Governo e vem agora

aqui, sob o manto desta capa de defensores dos funcionários públicos, que se

esqueceram durante o tempo em que estiveram no Governo, defensores dos cidadãos

que nada fizeram por eles e pelo contrário, fecharam serviços públicos anos após anos

e agora vêm aqui dizer que é preciso trazer mais e fazer o melhor por eles! --------------

----- O Partido Socialista votará contra esta Moção, naturalmente, não podemos

compactuar com este tipo de mascarar daquilo que foi o passando da atuação do

governo da Direita em Portugal e naturalmente que estaremos contra porque esta

matéria está a ser tratada, e bem tratada, por este Governo de Esquerda em Portugal.

Muito obrigado Senhora Presidente.” ----------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado.” -----------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Fernando Correia, do PCP.”---------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Fernando Correia (PCP-Independente) no

uso da palavra fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------

----- “Ora boa tarde a todos, Senhora Presidente, Senhores Deputados, Público. ---------

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----- Esta situação dos Registos e Notariado, que eu me lembre já vem desde os anos

90! Está no osso! Há meia dúzia de funcionários, muitos deles em condições mínimas,

mal equiparados a trabalhar nos Registos e Notariado. --------------------------------------

----- Quando o Senhor Ministro, quando o Senhor Primeiro-Ministro foi Ministro da

Justiça, eu cheguei a acompanhá-lo numa visita ao Registo Civil, em que já na altura

era uma penúria as condições e a falta de meios humanos que se registavam! -----------

----- Portanto, esta situação é, de facto, muito antiga e foi-se agravando, e agravou-se

agora mais porque os Serviços Centrais sabiam muito bem que, no período de

março/abril e atá agora mais tarde, ia haver problemas com o fluxo da renovação de

Cartões do Cidadão nomeadamente. -----------------------------------------------------------

---- Além do Brexit e todas as explicações que possam dar, e dos imigrantes, sabia-se

que isto ia acontecer! A verdade é que continua a não serem contratados funcionários,

a Troika já se foi embora, o Governo já mudou, o Senhor Deputado Manuel Lage, só

agora é que abriu a contratação de novos funcionários públicos, não foram contratados

funcionários públicos nenhuns nos últimos anos, de maneira substancial e não foi só

nos Hospitais, que sabemos agora que demoram um ano a contratar um médico, mas a

mais engraçado é que hoje veio uma notícia no Público, que vem dizer que as pessoas

é que têm a culpa porque vão todos para a fila logo de manhã! Bem, isto deve ser para

rir! Devem estar a brincar, seguramente, com uma coisa que é muito séria, toda a

gente sabe que se não for de manhã para a fila, e de manhã é 6 e meia da manhã, 7

horas, não consegue senha e não consegue perder, pelo menos meio dia de trabalho,

porque estamos a falar em perder meio dia de trabalho! E mais do que isso, eu sei por

experiência própria que no mês de março também quem queria ter o cartão em menos

de um mês, e estamos a falar de um documento importante que é o Cartão do

Cidadão, tinha que pagar a taxa de urgência, não eram 15 euros, eram 30, porque

ninguém garantia que o cartão chegava a casa num mês! E eu sei exatamente do que é

que estou falando, com a agravante que para levantar é outra vez uma nova fila e

novas senhas! Portanto, estamos a falar de um processo que significa, para quem tem

sorte de ter senha, meio-dia para lá ir fazer o cartão e no mínimo meio-dia para o

levantar, ou umas duas ou três horas para o levantar. ----------------------------------------

----- Portanto, isto é um problema de penúria, de serviços de falta de meios dos

serviços em que, de facto, não faz sentido fechar um serviço integrado de Registos e

Notariado, como este da Fontes Pereira de Melo, para ir com os meios que ali estão

instalados, com recursos humanos, para abrir uma Loja do Cidadão, fazia sentido

manter aquele serviço que funciona bem, quem recorreu a ele sabe que funciona bem,

e, entretanto, se é preciso criar um novo serviço na Loja do Cidadão do Mercado 31

de Janeiro, julgo eu, então que seja criado um novo serviço com mais uma Loja que

abra e que traga mais oferta a quem procura tudo isto. --------------------------------------

----- Em relação às lojas AMA vamos lá agora tentar perceber uma coisa, o que está a

acontecer neste momento, em que Lojas da Agência de Modernização Administrativa,

que até agora tratavam de documentos menos relevantes que um Cartão do Cidadão

ou de um Passaporte, coisa que nunca trataram, porque não têm registo de dados

biométricos, estão a renovar Cartões do Cidadão sem atualização dos dados

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biométricos dos 25 aos 60 anos! Ora isto na minha modesta opinião, e falo a título

pessoal, pode pôr ou não em causa a questão da identidade, dos dados, da privacidade

dos dados, porque estamos a falar de Lojas em Juntas de Freguesia ou Câmaras

Municipais que não são propriamente do Registo Civil, que não têm que ter essa

função, a que estão agora é desenrascar o Governo no meio desta trapalhada toda atrás

do Cartão do Cidadão. ---------------------------------------------------------------------------

----- Nós, obviamente, acompanharemos quer a Moção, do CDS, quer a

Recomendação do Partido Os Verdes. Terminei.” -------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

------ “Peço desculpa Senhor Deputado, estava a conferir aqui uma coisa no site da

Assembleia e escapou-me aqui que efetivamente teve um bocadinho de tempo a mais,

mas o PCP é sempre tão rigoroso no cumprimento do tempo que, neste caso foi um

bónus aqui da Presidente. Vamos perseguir.” -------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Diogo Moura, do CDS.” -------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

------ “O CDS dispõe de tempo cedido pelo PPM.” ------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente. ----------------------------------------------------

----- Para encerrar a apresentação desta Moção dizer que obviamente que o PS não leu

bem aquilo que nós viemos aqui propor, em primeiro lugar porque tem que ter um

espelho retrovisor para ver o que é que o José Sócrates fez ao nosso País, e a forma

como governou, mas pelos vistos isso é motivo de orgulho para o Partido Socialista. --

----- Depois convém lembrar que relativamente à Loja do Cidadão dos Restauradores

é preciso dizer que o Engenheiro Sócrates fez um acordo de 700 mil euros de

arrendamento, com mais de 20 mil edifícios vagos do Estado, 700000 euros, isso sim

o Governo do PSD e CDS fechou e bem! -----------------------------------------------------

----- Mas vem dizer que diminuiu os serviços, vá ver os serviços que foram abertos, os

Espaços Cidadão, mas de 400 iniciativas, e não sou só eu que o digo, para além de

serem os dados, se calhar seria bom, Senhor Deputado, ouvir as declarações da

Ministra Maria Manuela Leitão Marques, três ou quatro meses depois de tomar posse,

a dizer que o trabalho que o Governo anterior fez foi ótimo, e que o bem trabalho que

foi feito pelo anterior Governo é para seguir e prosseguir e, portanto, não percebo

porque é que o Senhor Deputado tem uma posição contrária! ------------------------------

----- Mas depois, quer dizer, nós percebemos bem e eu acho que não perceberam a

Proposta que nós trazemos aqui, quando nós dizemos que a Loja do Cidadão no

Mercado de 31 de Janeiro é uma mais-valia, mas é uma mais-valia se nós

aumentarmos os serviços ao cidadão. O que nós vamos fazer é desmembrar os

serviços que estão na Fontes Pereira de Melo, o único sítio onde as pessoas podem

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tratar de todo o tipo de Registos e Notariado, isto é dito pelos funcionários como é

dito por qualquer Deputado, um dos poucos sítios monde podemos fazer um

atendimento na íntegra no que respeita a Registos. ------------------------------------------

----- Depois para terminar, também dizer que, obviamente, o PS está num desnorte

porque o PS em Lisboa é uma coisa e o PS no Governo é outra! Ainda agora veio a

Senhora Secretária de Estado da Justiça dizer que os portugueses são uns malandros,

esses malandros que vão 3 horas antes para as filas, ocupar espaço e por causa disso

não há senhas. ------------------------------------------------------------------------------------

----- Agora vem o Governo à noite a dizer que o Governo não pensa assim…” ----------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Já ultrapassou bastante o tempo cedido Senhor Deputado.”--------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP) no uso da palavra

continuou: -----------------------------------------------------------------------------------------

----- “Vou já terminar, Senhora Presidente, e portanto, se calhar é o PS que tem que se

encontrar e perceber exatamente o que é que quer, se quer um bom serviço aos

cidadãos, ou mau, ou se quer continuar nos fait divers. Obrigado.” ------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -----------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor o Vice-Presidente João Paulo Saraiva, por favor.” -------

----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Muito boa tarde a todos. ------------------------------------------------------------------

----- Eu já me habituei a ver aqui nesta Assembleia uma série de momentos,

nomeadamente, protagonizados pela direita, neste caso pelo CDS, em que nos é

apresentado a versão moderna de um velho do Restelo, que faz uma sequência de um

ultraliberal no Governo e de um velho do Restelo, contra toda e qualquer mudança

quando na oposição. -----------------------------------------------------------------------------

----- Sobre esta matéria o CDS em dado momento tentou protagonizar aquilo que

eram as grandes reformas do Estado e à primeira situação, ou à segunda e à terceira

em que alguém, neste caso o Governo Socialista apresenta um conjunto de Propostas

para alterar e para dar sequência e reforçar aquilo que foram as políticas já seguidas

há uma série de anos, aliás, de uma forma geral pelo Estado Português, também com

alguns momentos pelo próprio PSD, nomeadamente, que é modernizar os serviços

públicos, no sentido de dar respostas integradas aos cidadãos, nomeadamente, através

de Lojas do Cidadão, vem o CDS dizer “Aqui D’el Rei que estão a desintegrar um

processo vertical”, que obviamente não está conseguido na lógica da melhoria dos

serviços ao cidadão de forma integrada, coisa que uma Loja do Cidadão não está e

que, obviamente, não é compatível com essa abordagem integrada a pensar no

cidadão! -------------------------------------------------------------------------------------------

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----- Os nossos serviços públicos, muitos deles estão pensados numa lógica do

trabalhador, numa lógica verticalizada que nunca ninguém pensou, nunca, o que é que

era a necessidade dos cidadãos, e agora de há uns anos a esta parte, que se utilizou

cada vez mais essa forma de abordar as alterações nos serviços públicos, vem o CDS

dizer que nesta matéria há, de facto, uma desintegração dos serviços do Registo e do

Notariado. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- Esta é uma mudança de postura, uma falácia relativamente àquilo que é a

perspetiva reformista que o CDS enuncia e enche a boca, mas eu já agora sobre esta

questão da Loja do Cidadão, eu acho que estamos todos a perder, na questão do

Cartão de Cidadão, acho que estamos todos a perder demasiadas energias a tentar

criticar uma série de situações que acontecem, de facto, acontecem muito por falta de

informação e em vez de contribuirmos para dizer às pessoas que muitas vezes basta

atravessar a rua, esperar 10 dias para ter o papel para renovação do Cartão de

Cidadão, como foi o meu caso, e os Senhores gastam o vosso tempo e a vossa energia,

em vez de anunciarem que é possível fazer no Espaço Cidadão, que é possível fazer

na Internet, criticam os serviços existentes e assinalam e subscrevem aquilo que são as

longas filas em vez de informarem as pessoas, isto é, de facto, um péssimo serviço à

democracia e áquilo que é o interesse público. Muito obrigado.” --------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Vereador. -------------------------------------------------------

----- Há um pedido de esclarecimento do CDS-PP ao Senhor Vice-Presidente. ----------

----- Para o pedido de esclarecimento, eu pedia para ser sucinto, tem 3 minutos, mas,

como já gastou um a mais veja lá se consegue economizar um bocadinho.”--------------

----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP) no uso da palavra fez

o seguinte pedido de esclarecimento: ----------------------------------------------------------

----- “ Serei sucinto, é um pedido de esclarecimento ao Senhor Vice-Presidente,

porque subverteu tudo aquilo que foi a nossa intervenção e o que está escrito na nossa

Moção, eu gostaria de saber qual é a posição oficial da Câmara relativamente à

instalação da Loja do Cidadão no Mercado 31 de Janeiro, se é que é a favor, porque

aprovaram uma proposta em Câmara, mas se concorda que se deve criar mais um

serviço de atendimento desmembramento um outro? Ou seja, não aumentando o

serviço ao cidadão mas desconcentrando e desmembrando, tendo em conta aquilo que

são as mais-valias de ter um serviço concentrado, um único, na Avenida Fontes

Pereira. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Somos nós que o dizemos? Não, são os cidadãos e são, em particular, os

funcionários que ali estão há mais de 30 anos a trabalhar, e não tem a ver só com uma

questão de trabalhadores e de eficácia laboral, mas tem a ver com aquilo que é o

melhor serviço ao cidadão, o cidadão poder tratar no mesmo sítio de questões que têm

a ver co o registo civil, com o registo predial, com questões de herança e por aí, etc.,

tudo aquilo que são os Registos e Notariados, que estão naquele edifício. ----------------

----- Depois dizer também que o ponto que nós aqui apresentamos, se concorda que se

deve melhorar as condição nas zonas de espera? Como sabe hoje em dia, não há

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qualquer tipo de privacidade no planeamento nestes espaços, como noutros, a Loja do

Cidadão é um modelo que nos últimos 20 anos não melhorou e, portanto, continuou

com esta ausência de privacidade e, portanto, quando estamos a tratar de dados tão

delicados como o que eles dizem respeito à nossa nacionalidade e a dados pessoais do

cidadão, temos a menos no metro, uma cadeira não, várias cadeiras de fila de espera,

portanto, perceber se não concorda com esta nossa Proposta de ver melhorado o

conforto nas salas de espera e a privacidade no atendimento? ------------------------------

----- E, portanto, gostaria de colocar estas questões à Câmara para perceber se a

Câmara Municipal de Lisboa tem a mesma posição que tem o Governo, ou que teve

aqui o PS na Assembleia Municipal, isso era importante para nós, mas, principalmente

as pessoas perceberem.” -------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “ Muito obrigada Senhor Deputado. -----------------------------------------------------

----- Senhor Vice-Presidente.” ------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra

deu o seguinte esclarecimento: -----------------------------------------------------------------

----- “Pois meu caro Deputado do CDS Diogo Moura, eu acho que é muito mais

importante pensar num serviço integrado ao cidadão, onde o cidadão pode resolver

uma série de situações de forma integrada em vários serviços, em que também têm um

Mercado, por acaso, que ainda integra mais a sua vida pessoal, do que pensar em

primeiro lugar naquilo que é o que há 30 anos está estabelecido num serviço. -----------

----- Não há forma de modernizar a administração pública e sem pensar em primeiro

lugar no cidadão, em segundo lugar nos trabalhadores, e nunca no que está

estabelecido há 30 anos, de forma já desatualizada e fora de contexto, é muito mais

interessante pensarmos por esta ordem e não pela ordem que os Senhores estão a pôr

nesta Proposta. Muito obrigado.” ---------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Senhor Deputado Luís Newton, pede a palavra para? Há uma inscrição do PSD?

Não me tinham dito aqui na Mesa. Faça o favor, não sabia que estava inscrito Senhor

Deputado! Faça o favor. -------------------------------------------------------------------------

----- Senhor Deputado, eu peço imensa desculpa, mas estava inscrito, agora de

inscreveu-se outra vez! Eu gostava que essas coisas fossem claras, porque senão

parece que estamos aqui a manipular a lista de inscrições! Senhor Deputado, faça o

favor, tem a palavra e tem o direito a ela!” ----------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, tenho que começar por lhe dizer e que isto não esteja a ser

contabilizado porque eu tenho que responder. -----------------------------------------------

----- Senhora Presidente, houve uma falha de comunicação, havia um conjunto de

inscrições quando nós pedimos para nos de inscrevermo-nos numas, e de nos

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inscrevermos noutras, o que deu origem aqui à confusão, não há manipulação de

inscrições Senhora Presidente.” ----------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Está esclarecido, muito obrigada Senhor Deputado.” ---------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Sinto que seja a melhor forma também de abordar!”----------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Está esclarecido, muito obrigada Senhor Deputado.” ---------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, Senhor Vereador, eu tenho dois grandes registos sobre este

tema que julgo fazer sentido partilhar com Vossa Excelência, desde logo a forma

como uma vez mais o Senhor Vice-Presidente entende que o debate político tem para

si inevitavelmente uma dimensão paternalista, se os partidos da oposição estão de

acordo consigo ou eles são, de facto, estão todos a ver a luz, são os iluminados! --------

----- Se os partidos da oposição estão contra a sua posição, os partidos da oposição

não sabem fazer política e sentem saudades do tempo em que esses partidos faziam

política! --------------------------------------------------------------------------------------------

----- E depois o Senhor Vereador tem aqui uma visão que eu também não tinha

percebido, mas que agora já ficou claro, muito importante sobre como é que se tratam

das questões de cidadania, primeiro porque parece particularmente evidente que o

Partido Socialista, o conceito dele de planeamento é faz-se e depois logo se vê o que é

que acontece! Se termos filas à porta do Cartão de Cidadão, as pessoas não têm que lá

estar nas filas, se temos filas para os transportes públicos, as pessoas não têm que

andar de autocarro, e agora fiquei a perceber também que o Senhor também tem uma

visão muito rural da gestão da dimensão cívica. Eu fiquei a perceber que para Vossa

Excelência pode-se tratar de um processo de regulação do poder paternal enquanto se

compra no mercado uma dourada!... -----------------------------------------------------------

----- Eu sinceramente não compreendo o Senhor Vice-Presidente, que visão é esta

para a vida em sociedade? -----------------------------------------------------------------------

----- Também não compreendo, Senhor Presidente, como é que o Senhor Presidente, o

Senhor Vice-Presidente pode em determinado momento preservar aquilo que é a

dignidade humana de quem trata de processos civis, de enorme complexidade, nestes

departamentos não sendo contemplando as questões básicas de privacidade, porque ter

processos de divórcio ou ter processos de regulação do poder paternal, onde não há

possibilidade, não estão contempladas soluções para assegurar a privacidade das

pessoas que estão envolvidas, porque as instalações onde os querem meter não as

asseguram, é uma violência para com os cidadãos de uma forma geral, que são as

pessoas que nos pagam para nós pensarmos em resolver os problemas deles, mas já

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percebi isso, Senhor Presidente, regulação do poder paternal enquanto está na fila de

espera, uma posta de pescada!... Muito obrigado.” -------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “ Muito obrigado Senhor Deputado.------------------------------------------------------

----- O Senhor Vice-Presidente pede a palavra para? ----------------------------------------

----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Não é para defesa da honra da dourada, é para fazer uma interpelação ao Senhor

Deputado.” ----------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Ao Senhor Deputado não pode fazer, pode fazer a mim, à Senhora Presidente, se

quiser.” --------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Ah, mas não posso interpelar o Senhor Deputado?” ----------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Não, não pode, mas pode-me interpelar a mim, pode interpelar a Mesa, se assim

o entender.” ---------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra

fez a seguinte interpelação à Mesa: ------------------------------------------------------------

----- “Então vou interpelar a Mesa. -------------------------------------------------------------

----- Senhora Presidente eu gostava que a Senhora Presidente, a Mesa, pudesse

colocar uma questão ao Senhor Deputado, ou esclarecer com o Senhor Deputado do

PSD se ele conhece as instalações e os espaços de privacidade do Mercado 31 de

Janeiro, no espaço da loja do Cidadão do 31 de Janeiro? ------------------------------------

----- E depois se também conhecendo esse espaço, se de facto lhe pare plausível que a

Loja do Cidadão, que é no primeiro andar que se encontra… “ ----------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Oh Senhor Vice-Presidente, eu custa-me estar a interrompê-lo, mas o que o

Senhor Presidente está a fazer é um pedido de esclarecimento ao Senhor Deputado,

que não pode fazer! Pode através de mim, mas então sintetize as coisas que quer

esclarecer e depois eu resolverei, mas eu também não posso pedir aos senhores

Deputados que me respondam a mim.” --------------------------------------------------------

----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra

prosseguiu: ----------------------------------------------------------------------------------------

----- “Certo. Então não sei, mas a senhora Presidente normalmente, bem, mas então só

a última questão: se o Senhor Deputado considera que no primeiro andar não se

conseguem fazer todas as interações com os serviços públicos, e no rés-do-chão, se é

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possível estar nos dois sítios ao mesmo tempo para no rés-do-chão comprar a

garoupa?” -----------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Vice-Presidente. A Mesa teve aqui alguma

condescendência para que os argumentos pudessem ser expostos, mas temos que

conhecer bem o Regimento para podermos de facto fazer as Reuniões com fluidez. ----

----- Senhores Deputados, neste momento creio que não tenho mais nenhum Senhor

Deputado inscrito, ainda há mais uma Senhora deputada inscrita? Senhora Deputada,

deixe-me ver se tem tempo, tem 17 segundos se quiser utilizá-los aí do seu lugar os 17

segundos, faça favor.” ---------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Rosa Carvalho da Silva (PSD) no uso da

palavra fez a seguinte intervenção: ------------------------------------------------------------

----- “Eu pretendo perguntar ao Senhor Vereador, que me esclareça, se realmente ele

já lá teve neste espaço e já esteve na Fontes Pereira de Melo? Se ele sabe bem como é

as pessoas atendidas no seu espaço na Fontes Pereira de Melo e como é em Marvila,

na Loja do Cidadão, como é que é no 31 de Janeiro, se há realmente privacidade? ------

----- Quando se vai, não estamos propriamente a falar no Cartão de Cidadão, onde

temos outros serviços, e os outros serviços são precisamente o Registo Civil, temos

heranças, temos divórcios, se o Senhor já lá foi e se esteve nesses espaços e se sabe

como é que se processa? É tudo.” --------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Deputada, creio que o Senhor Vice-Presidente já não

tem tempo para responder. ----------------------------------------------------------------------

----- De qualquer maneira a questão foi suscitada e fica registada. -------------------------

----- Senhores Deputados vamos então neste momento, creio que não há mais

inscrições, vamos então proceder à votação pela ordem de entrada ------------------------

----- Temos em primeiro lugar à moção 73/01 do CDS-PP, pela manutenção dos

Espaços Registos de Lisboa na Avenida Fontes Pereira de Melo. --------------------------

----- Pedia aos Senhores Deputados para se sentarem nos seus lugares. Tenho a

indicação que o Senhor Deputado Miguel Graça está impedido nesta votação e pedia

para se sentarem nos vossos lugares porque senão temos dificuldade em conferir as

votações.-------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Miguel Graça está impedido, até pode não se sentar neste

momento, não contabilizamos a sua votação. Os outros Senhores Deputados é que têm

que estar sentados, vamos então a isso. Senhora Deputada Rosa Maria se quiser

sentar-se, para a gente poder fazer a votação, com a devida tranquilidade.” --------------

----- Moção 73/01 (CDS-PP), votos contra do PS e 1 IND, abstenções de 2 IND,

votos a favor do PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, PPM, 2 Senhores

Deputados Municipais IND, do Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo

Mello Gonçalves e do Senhor Deputado Municipal Independente Rui Costa. A Moção

73/01 (CDS-PP) foi aprovada por maioria. -------------------------------------------------

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----- (Ausência de dois Deputados (as) Municipais Independentes da Sala de Plenário)

----- (O Senhor Deputado Municipal Independente Miguel farinha dos santos da Silva

Graça, não participou na votação desta Moção por impedimento legal.) ------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos então agora passar à votação da Recomendação 74/01 do Partido

Ecologista Os Verdes.” --------------------------------------------------------------------------

----- Recomendação 74/01 (PEV), não tem votos contra nem de abstenção, votos a

favor PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, PPM, 6 IND, do Senhor

Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor Deputado

Municipal Independente Rui Costa. A Recomendação 74/01 (PEV) foi aprovada

por unanimidade. -------------------------------------------------------------------------------

----- (Ausência de dois Deputados (as) Municipais Independentes da Sala de Plenário)

----- (O Senhor Deputado Municipal Independente Miguel farinha dos santos da Silva

Graça, não participou na votação desta Moção por impedimento legal.) ------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos agora passar ao ponto seguinte da Ordem de Trabalhos, trata-se de uma

Moção apresentada pelo Bloco de Esquerda, no sentido do alargamento do

complemento solidário para idosos e, portanto, tem a palavra o Bloco de Esquerda

para apresentar a sua Moção.” ------------------------------------------------------------------

----- PONTO 3 - APRECIAÇÃO DA MOÇÃO 073/02 (BE) – PELO

ALARGAMENTO DO COMPLEMENTO SOLIDÁRIO PARA IDOSOS, AO

ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA C) DO ART.º 15º DO REGIMENTO;

GRELHA BASE – 34 MINUTOS; ------------------------------------------------------------

----- (A Moção 74/02 (BE) fica anexada a esta Ata, como Anexo IV e dela faz parte

integrante) -----------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Isabel Pires (BE) no uso da palavra fez a

seguinte apresentação: ---------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigada Senhora Presidente, Senhores Deputados, Senhoras deputadas,

Senhores Vereadores, Senhora Vereadora. ----------------------------------------------------

----- O Complemento Solidário para Idosos (CSI) foi criado há cerca de 13 anos para

apoiar os pensionistas do regime geral da Segurança Social e que têm rendimentos

muito baixos. -------------------------------------------------------------------------------------

------ É uma muito poderosa arma de combate à pobreza: extremamente eficaz porque

retira os mais idosos, aqueles que já não têm possibilidade de voltar ao trabalho e que

deram tudo de si numa vida de trabalho, da pobreza das pensões baixas. -----------------

----- O Complemento Solidário para Idosos (CSI) abrange atualmente cerca de

165.137 pessoas (70% são mulheres). Há dezenas de milhares de pensionistas de

Lisboa que recebem esta prestação social. ----------------------------------------------------

----- Mas muitos idosos que vivem numa situação muito precária continuam sem

poder aceder a esta prestação social, já que na avaliação dos recursos das requerentes,

para além dos rendimentos anuais do próprio, tem sido considerada também uma

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quantia anual definida em função dos rendimentos dos descendentes, mesmo que não

vivam com o requerente. ------------------------------------------------------------------------

----- Num recente relatório, a própria OCDE defende que a condição de recursos para

aceder ao CSI não deve ter em conta o rendimento dos descendentes porque, e cito,

“Incluir os rendimentos dos filhos nas condições para atribuição do CSI, contribui

para perpetuar os baixos rendimentos nas mesmas famílias por várias gerações”. -------

----- Há muito que o Bloco de Esquerda tem vindo a alertar para esta situação e para a

necessidade urgente de alterar esta condição injusta para aceder ao Complemento

Solidário para Idosos. Lembramos, também, que no próprio debate temático que

tivemos recentemente sobre a pobreza se falou da relevância desta prestação social. ---

----- Também pelo papel que tem na cidade de Lisboa, consideramos importante que a

Assembleia Municipal de Lisboa se pronuncie sobre o tema e reforce, junto do

governo, para que se altere a legislação atual de modo a que a atribuição do CSI tenha

apenas em consideração os rendimentos anuais do ou da própria idosa e do conjugue

há mais de 2 anos, excluindo-se a ponderação dos rendimentos dos filhos ou filhas. ---

----- Pelo que propomos que a AML inste a Assembleia da República a acabar com

esta regra injusta que retira eficácia desta importante medida. Percebendo a quem

cabe esta competência, não deve esta assembleia municipal deixar de ter uma palavra

a dizer sobre a medida que tanto impacto tem na nossa cidade.” --------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Deputada. -----------------------------------------------------

----- Vamos passar aos restantes oradores.” ---------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado José Leitão do Partido Socialista.” -------------

----- O Senhor Deputado Municipal José Leitão (PS) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente da Assembleia, Senhor Vice-Presidente, Senhoras e

Senhores Vereadores, Senhoras e Senhores Deputados, Cidadãos e Cidadãs. ------------

----- A Moção do Bloco de Esquerda que nos propõe que instemos a Assembleia da

República para a legislação atual, de modo a que a atribuição do Complemento

Solidário para Idosos apenas tenha em conta os valores anuais do próprio idoso e da

pessoa com quem ele está casado, ou vive em união de facto há mais de dois anos,

excluindo-se a ponderação dos rendimentos dos filhos não será por nós aprovada. ------

----- O quadro para debate desta matéria é na Assembleia da República e não nesta

Assembleia Municipal. --------------------------------------------------------------------------

----- Como sabe, a nível Parlamentar o Orçamento de Estado é objeto de um projeto

alargado de negociação, especialmente com os Partidos com quem o PS subscreveu

acordos nessa sede, que provavelmente o subscritor desta Moção, o Bloco de

Esquerda participou nesse processo. ----------------------------------------------------------

----- O Complemento Solidário para Idosos é uma medida de que o PS justamente se

orgulha e consideramos muito relevante no combate à pobreza dos idosos, recordamos

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contudo que a partir deste ano o Complemento Solidário para Idosos passou a

abranger os pensionistas de invalidez, que vivam com carência de recursos

económicos. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- A medida do Orçamento de Estado de 2019 representa um esforço financeiro do

Complemento Solidário para Idosos tendo o Governo destinado 265 milhões de euros

para esta prestação social, mais 45,4 milhões de euros que no Orçamento de Estado de

2018. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Tanto quanto julgamos saber, aliás, julgamos bem porque o número foi repetido

aqui pela senhora Deputada anteriormente, recebem esta prestação 165 mil idosos.-----

----- Não é correto deslocar para esta Assembleia a análise desta questão e também a

sua sede é a Assembleia da República, esta Assembleia não é uma instância de

recurso para as Propostas não aprovadas em sede da Assembleia da República, e

apenas deve aprovar Moções dirigidas à Assembleia da República quando se trate de

matéria consensual na nesta Assembleia, essencial para a vida da Cidade. Disse.” ------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado, vamos prosseguir.” -------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Gabriel Fernandes, do CDS-PP.” ---------------

----- O Senhor Deputado Municipal Gabriel Fernandes (CDS-PP) no uso da

palavra fez a seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado senhora Presidente, Senhores vereadores, senhores deputados,

Senhoras e Senhores. ----------------------------------------------------------------------------

----- O Partido Socialista, aquando da criação do Complemento Solidário para Idosos,

em 2005, previu, e bem, a condição de recursos na atribuição desta prestação. A

condição de recursos é o conjunto de fatores financeiros e patrimoniais que o

agregado familiar deve reunir para poder ter acesso às prestações e apoios do Estado,

tem como objetivo possibilitar a atribuição das prestações sociais às pessoas que

realmente necessitam, de forma mais rigorosa e eficiente, e ao mesmo tempo

combater a fraude no acesso às prestações sociais. -------------------------------------------

----- É verdade que o Complemento Solidário para Idosos é já um complemento para

aqueles que têm uma pensão bastante diminuta, tendo como objetivo elevá-los para

fora do limiar da pobreza, sucede que ainda assim deve ser atribuído de forma

igualmente justa e acautelando algumas tentativas de fraude e é por isso que são

considerados os rendimentos dos filhos no cálculo da componente de solidariedade do

Complemento Solidário para Idosos, e reforço que é apenas do cálculo desta

componente de solidariedade que tem assim um efeito residual, mas que permite

responsabilizar e tornar a prestação menos permeável à fraude. ----------------------------

----- Responsabilizar, para que os filhos, que tenham essa possibilidade financeira,

cuidem e apoiem os seus pais, a solidariedade geracional é cada vez mais esquecida e

deverá ser incentivada. Não se enerve Senhor Deputado!... ---------------------------------

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----- Combater a fraude para que não seja possível passar o património para os filhos e

assim ser elegível para a prestação, sem dela necessitar. ------------------------------------

----- Não faria sentido um milionário transmitir património aos filhos e ao mesmo

tempo ser beneficiário desta ajuda, alguém com património elevado deve poder tirar

vantagens ao passar tudo para nome dos filhos? Claro que não. ----------------------------

----- E alguém com rendimentos elevados deve ser responsabilizado de cuidar e de

apoiar o seu próprio pai? Também não. -------------------------------------------------------

----- É para isso que este detalhe de condição de recursos existe, todavia

reconhecemos que este instrumento possa ser melhorado de forma que não impeça

quem realmente precisa e que por uns meros cêntimos, resultante dos rendimentos dos

filhos ir ficar de fora da prestação, no entanto não é neste sentido que vai a Proposta

do Bloco e, por isso, o CDS vai-se abster. Obrigado.”---------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado, vamos prosseguir.” -------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Miguel Santos, do PAN.” -----------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Santos (PAN) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente, Senhoras Secretárias, Senhores Vereadores,

Colegas Deputados Municipais, Imprensa, Público em geral. ------------------------------

----- A propósito do complemento solidário para Idosos (CSI), considera o PAN que o

somatório dos rendimentos que derivam de uma mascarada comunhão de mesa e

habitação entre as pessoas idosas e seus descendentes não tem qualquer fundamento, a

não ser o de permitir ao Estado conter uma despesa que a sua obrigação social nunca

deveria permitir. ----------------------------------------------------------------------------------

----- Observe-se ainda que o legislador optou por fazer o cômputo dos rendimentos

dos idosos com o dos seus descendentes, mas olvidou o cálculo e a aplicação das

despesas inerentes a cada um deles. Esquece-se ainda que a organização societária

atual não pressupõe que os filhos maiores e netos vivam em comunhão com os

avó/pais e com eles partilhem mesa e habitação (contribuindo para uma economia

familiar comum), a acrescer o facto dos próprios descendentes puderem encontrar-se

numa situação de igual ou até maior precariedade. Esta medida, a manter-se, apenas

permite a perpetuação de baixos rendimentos e uma dependência familiar que não

pode ser aceite, nem assume na sua base qualquer justificação. ----------------------------

----- Veja-se o caso do benefício do apoio judiciário, também ele concedido pela

Segurança Social, onde há um encontro entre rendimentos e despesas para

apuramento da atribuição deste benefício. Pois, se olham para o mais (rendimentos),

também devem olhar para o menos (despesas). -----------------------------------------------

----- No CSI apenas se tem em consideração o mais, ou seja, limita-se a Segurança

Social a contabilizar o somatório do IRS de ascendentes e descendentes, sem valorar

as despesas que constam desse formulário, despesas limitadas a um teto máximo que,

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ainda assim, sempre prejudicaria o beneficiário do CSI. Na realidade, o que deveria

ser apurado seria o rendimento disponível do idoso (= rendimento - despesas) e não o

rendimento auferido por este ou, num pior cenário (= o atual), o rendimento auferido

por este e pelos seus descendentes, sem que em qualquer um deles sejam deduzidas as

despesas devidamente comprovadas. ----------------------------------------------------------

----- Com efeitos, é imperativo que a taxa de esforço social acompanhe o estado do

país e possa ser revista anualmente, da mesma maneira que o é, por exemplo, a taxa

aplicada à atribuição de pensões de alimentos (portaria anual que nunca pode fixar um

valor inferior ao do ano transato) ou o aviso anual para atualização dos diversos tipos

de renda. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Ao já mencionado, poderá ainda acrescentar-se que a norma que impõe a soma

de rendimentos entre idosos e seus filhos pode, em última instância, constituir um

atentado à dignidade dos cidadãos idosos, mantendo-os em contínua situação de

pobreza e dependentes de familiares, sendo ainda obrigados a dar publicidade dos

rendimentos dos seus filhos, dados pessoais que devem ser protegidos. ------------------

----- Em suma, a lei só pode ser respeitada se acompanhar a evolução da sociedade -

trata-se de um princípio geral de direito que deve ser estimado e honrado por quem

tem a função de dar o exemplo a toda uma sociedade, pelo que os números 2 e 3 do

artigo 7.º do DL 232/2005, de 29 de dezembro devem ser revogados, fazendo-se a

justiça social também pretendida por este grupo municipal. --------------------------------

----- Àquilo que mencionámos poderá acrescentar-se ainda que a Norma que impõe a

soma de rendimentos entre o idoso e os seus filhos pode em última instância constituir

um atentado à dignidade dos cidadãos idosos, mantendo-os em contínua situação de

pobreza e dependência de familiares, sendo ainda obrigados a dar publicidade dos

rendimentos dos seus filhos, dados pessoais que devam ser protegidos, por esta razão

acompanharemos a Moção do Bloco. Muito obrigado.” -------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -----------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Rui Costa, Independente.” -----------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigado Senhora Presidente, Senhoras e Senhores Deputados Municipais. ------

----- Eu percebo a bondade da proposta que o Bloco de Esquerda nos traz, mas, no

entanto, não deixa de ser uma proposta incompleta à luz e até incongruente à luz

daquilo que é o sistema fiscal português de tributação. -------------------------------------

----- Isto é, a consideração quanto aos idosos do rendimento e património do agregado

familiar deve-se ao facto de quando os idosos são incluídos no agregado familiar,

enquanto ascendentes, há um benefício no âmbito do IRS. ---------------------------------

----- Ora bem, assim sendo, atribuir a uma extensão do Complemento Solidário para

Idosos que implica, simultaneamente, uma redução para efeitos de IRS, em que

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alguém aproveita, nesse campo é um contrassenso e, aliás, até é um contrassenso em

relação à progressividade do imposto e à própria razão de ser, e á própria razão de ser

da dedução à coleta pelo facto de haverem ascendentes integrados nesse agregado

familiar. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- E aqui vem a segunda questão, que é a questão da incompletude da proposta e da

sua incoerência, senão vejamos, isto devia-se refletir também em sede do Abono de

Família e não se reflete porque a situação é a mesma. Há descendentes que são

considerados dependentes, tal como é o caso dos ascendentes, e neste caso os idosos,

e não há possibilidade de não ser considerada nesta condição de recursos, portanto, o

rendimento e o património do agregado familiar, nesse caso, o que é válido para a

situação dos ascendentes havia de o ser também para os descendentes, portanto, esta

proposta vai atrás, enfim, de um sentimento de justiça, mas acaba por não se tornar

assim tão justa quando vista de forma incompleta, e nesse sentido não a posso

acompanhar.” -------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado. ------------------------------------------------------

----- Creio que ainda há um direito de resposta, ainda há um certo tempo, um minuto e

vinte e dois do Bloco de Esquerda, querem usar da palavra para responder? -------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Isabel Pires, do Bloco de Esquerda.” ----------

----- A Senhora Deputada Municipal Isabel Pires (BE) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigada Senhora Presidente. ------------------------------------------------------------

----- Agradecer as intervenções que foram aqui feitas e dizer que relativamente, e nós

tivemos a oportunidade já de dizer isto quando foi o debate, uma das sessões do

Debate Temático relativamente à pobreza, que quando falamos Complemento

Solidário para Idosos ou de outras prestações sociais, por vezes, há quem tenha o

hábito de fazer esta discussão e estes discursos sobre a penalização relativamente a

quem é beneficiário destas prestações sociais, e aqui falou-se em fraude, o Deputado

do CDS aqui indicou e, aliás, o discurso que o CDS aqui teve hoje foi o discurso que

foi tendo ao longo de 4 anos para justificar sucessivamente cortes em prestações

sociais, que foi o discurso de falar contra aqueles que mais precisavam, e que mais

precisam e, portanto, culpabilizá-los da sua situação e culpabilizá-los duplamente ou

triplamente, e a condição de recursos também é muito, bebe muito dessa lógica e,

portanto, achamos que desse ponto de vista é completamente errado fazer o debate

desta maneira, aquilo que está aqui em cima da Mesa, e para responder à intervenção

do Senhor Deputado José Leitão, em muitas áreas a Assembleia Municipal, entre as

Assembleias Municipais, têm do nosso ponto de vista, o dever de se pronunciar sobre

determinadas matérias. --------------------------------------------------------------------------

----- Tal como foi dito também no debate temático sobre a pobreza, a cidade de

Lisboa, e vou terminar, tem um número bastante significativo e bastante alto de

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população idosa e população idosa que recebe o Complemento Solidário para Idoso,

mas mais do que isso, tem uma população muito grande idosos e idosas que, neste

momento estão vedados a aceder a esta prestação social exatamente por causa deste

entrave que tem a ver com a condição de recursos e a inclusão dos filhos na condição

de recursos e, portanto, achamos que a Assembleia Municipal de Lisboa, olhando,

como já olhámos várias vezes para um problema que atinge a cidade, que é o

envelhecimento e as respostas sociais que são dadas, tem obviamente um papel de se

pronunciar relativamente a esta matéria e, portanto, ficará a cada um a

responsabilidade relativamente a essa pronúncia.” -------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Deputada. -----------------------------------------------------

----- Senhores Deputado concluímos as intervenções nesta matéria, queria pedir aos

senhores Deputados para assumirem os seus lugares.----------------------------------------

----- Tenho a indicação que o senhor deputado Nuno Santos Silva, do Partido

Socialista, está impedido de votar nesta matéria, e vamos pôr à votação… ---------------

----- A Senhora Deputada Rosa Maria Carvalho da Silva desculpe lá estar a interpelá-

la mas precisamos de votar. ---------------------------------------------------------------------

------ Vamos pôr à votação a Moção do Bloco de Esquerda, 73/02, pelo alargamento

do complemento solidário para idosos. --------------------------------------------------------

----- Moção 73/02 (BE), votos contra do PS, abstenções do CDS-PP, PPM, 1 IND, e

do Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor

Deputado Municipal Independente Rui Costa, votos a favor do PSD, PCP, BE, PAN,

PEV, MPT e 7 IND. Moção 73/02 (BE) não obteve votos suficientes para ser

aprovada. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- (O Senhor Deputado Municipal Nuno Miguel dos Santos Silva, do PS, não

participou na apreciação e votação desta Moção por impedimento legal) -----------------

----- Registando-se empate na presente votação, com 32 votos contra, 32 votos a

favor e abstenções dos Grupos Municipais do CDS-PP, PPM, e de três Deputados

(as) Municipais Independentes, o voto de qualidade previsto no nº. 1 do artº. 69º.

Do Regimento da assembleia Municipal não desempatou a votação uma vez que

a Senhora Presidente da Assembleia Municipal se absteve. Em resultado do

exposto e por consenso do Plenário esta votação será repetida na próxima

reunião. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- PONTO 4 - APRECIAÇÃO DA RECOMENDAÇÃO 073/02 (BE) – NOVA

VERSÃO RETIFICADA- AGRAVAMENTO DO IMI PARA PRÉDIOS

DEVOLUTOS, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA C) DO ART.º 15º DO

REGIMENTO; GRELHA BASE – 34 MINUTOS; ---------------------------------------- ----- (A apresentação da Recomendação 73/02 (BE) fica anexada a esta Ata, como

Anexo V e dela faz parte integrante) -----------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra prosseguiu:

----- “Eu queria chamar a atenção dos Proponentes da Recomendação número 73/02,

do Bloco de Esquerda, que na parte deliberativa remetem para que a Câmara

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estabeleça os indicadores objetivos, queria chamar a vossa atenção de que os

indicadores são entre os indicadores que constam do anexo da lei, não são quaisquer

indicadores, são aqueles e, portanto, sugeria talvez se achassem bem, que

considerassem indicadores de entre os referidos no anexo 1 deste Diploma, que os

Senhores referem que é o 67/2019, para ficar mais claro, porque não são quaisquer

indicadores. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Se estiverem de acordo, eu pedia que considerassem esse aditamento. --------------

----- Posto isto, vamos então passar à discussão, sobre esta matéria há mais duas

Propostas, portanto, há uma Recomendação do Bloco, uma Recomendação do Senhor

Deputado Independente Rodrigo Mello Gonçalves e outra Recomendação do Senhor

Deputado Independente Rui Costa. ------------------------------------------------------------

----- E vamos, portanto, dar a palavra em primeiro lugar a quem tem Propostas para

apresentar e tem um minuto a mais por essa razão, e depois daremos para o Debate.” --

----- RECOMENDAÇÃO 073/06 (DM IND RODRIGO MELLO GONÇALVES)

- REABILITAÇÃO DE PRÉDIOS DEVOLUTOS, AO ABRIGO DO DISPOSTO

NA ALÍNEA C) DO ART.º 15º CONJUGADA COM O N.º 12 DO ART.º 48º DO

REGIMENTO. -----------------------------------------------------------------------------------

----- (Recomendação 73/06 (DM Rodrigo Mello Gonçalves) fica anexada a esta Ata,

como Anexo VI e dela faz parte integrante) --------------------------------------------------

----- RECOMENDAÇÃO 075/03 (DM IND RUI COSTA) – REVISÃO DA

ESTRATÉGIA DE REABILITAÇÃO URBANA E AGRAVAMENTO DO

IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE IMÓVEIS RELATIVAMENTE A PRÉDIOS

DEVOLUTOS EM ZONAS DE PRESSÃO URBANÍSTICA; ------------------------- ----- (Recomendação 75/03 (DM Rui Costa) fica anexada a esta Ata, como Anexo VII

e dela faz parte integrante) ----------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “ Tem a palavra a Senhora Deputada Isabel Pires, do Bloco de Esquerda.” ---------

----- A Senhora Deputada Municipal Isabel Pires (BE) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, Senhores Deputados, Senhoras Deputadas, Senhores

Vereadores. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Com a publicação do Decreto-lei 67/2019 os municípios ganharam uma nova

ferramenta de gestão urbanística em zonas com elevada pressão com a possibilidade

de "agravarem significativamente a elevação da taxa de imposto municipal para os

imóveis devolutos localizados em zonas de pressão urbanística”. -------------------------

----- Esta é uma ferramenta muito útil para ajudar a resolver a crise na habitação, visto

que o conceito de pressão urbanística consiste em delimitar as “áreas em que se

verifique uma dificuldade significativa de acesso à habitação, seja por a oferta

habitacional ser escassa ou desadequada face às necessidades, seja por essa oferta ser

disponibilizada a valores superiores aos suportáveis pela generalidade dos agregados

familiares sem que entrem em sobrecarga de gastos habitacionais face aos seus

rendimentos.” -------------------------------------------------------------------------------------

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----- Esta delimitação é realizada precisamente, por quem melhor sabe, os municípios,

“através de indicadores objetivos relacionados, por exemplo, com os preços do

mercado habitacional, com os rendimentos das famílias ou com as carências

habitacionais detetadas.” ------------------------------------------------------------------------

----- Ou seja, é um Decreto-lei à medida de Lisboa cuja utilidade não pode ser

desperdiçada. Se há local onde os preços do mercado habitacional são incomportáveis

por famílias com rendimentos médios e baixos é Lisboa, pelo que todos os

mecanismos que ajudem a colmatar o problema devem ser aplicados, e bem aplicados.

----- Sendo certo que a Câmara Municipal de Lisboa já hoje aplica o agravamento do

IMI a prédios em mau estado, sendo este três vezes superior ao imposto aplicado em

prédios ocupados, esta é, ainda assim, uma nova ferramenta. ------------------------------

----- Na verdade, o Presidente da Câmara de Lisboa, em entrevista ao Expresso, já

tinha indicado que estava disponível para aplicar novo agravamento ao IMI se tivesse

lei habilitante. Agora há lei habilitante e é o momento de a usar para ajudar a resolver

a crise na habitação. ------------------------------------------------------------------------------

----- Relembremos que os preços de habitação na cidade de Lisboa continuam a

registar taxas de crescimento incomportáveis para os rendimentos das famílias, sendo

necessário utilizar todos os instrumentos disponíveis para disponibilizar mais espaços

para habitação na cidade. ------------------------------------------------------------------------

----- Estamos certos que o Partido Socialista e toda a esquerda acompanham esta

nossa preocupação e que estarão de acordo com a necessidade desta resposta.-----------

----- Registamos, também, que a primeira versão da recomendação foi alterada para

poder acolher sugestões feitas que permitem concretizar um pouco mais. ----------------

----- E respondendo à indicação da Senhora Presidente que de facto falta aqui a

indicação mais precisa que está no Ponto 1 da parte da exposição de motivos, que

refere exatamente aos prédios devolutos em zonas de pressão urbanística e de acordo

com o Decreto-lei 67/2018 e, portanto, faremos chegar um acrescento para essa

explicitação. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Queríamos também dizer que relativamente à proposta do deputado municipal

Rui Costa, o estabelecimento dos indicadores objetivos terá sempre que ser de acordo

com o respetivo decreto-lei que os define, obviamente. -------------------------------------

----- Relativamente à questão da ARU nós também consideramos que é preciso uma

revisão estruturada da mesma, no entanto, parece-nos, e apesar de genericamente

acompanharmos a Recomendação, há aqui vários conceitos que estão colocados nesta

Recomendação que merecem também um tratamento um pouco diferenciado, mas

genericamente acompanhamos. -----------------------------------------------------------------

---- Por fim relativamente à recomendação do deputado municipal Rodrigo de Mello

Gonçalves dizer que é uma recomendação que acompanha este debate numa estrada

paralela. Não discordamos das propostas que coloca a votação, aliás temo-nos batido

exatamente que o património da CML possa ser utilizado para responder à grande

necessidade de habitação. Mas consideramos, ao mesmo tempo, que não é possível

fazer de conta que o setor privado não tem qualquer quota de responsabilidade na

matéria, e portanto, percebendo qual é o intuito da sua recomendação, ela não tem

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necessariamente que ver com aquilo que está proposto relativamente ao IMI, mas

acompanharemos, sendo certo que esperamos então que considerando as

preocupações por si levantadas, também vote favoravelmente a proposta do Bloco de

Esquerda.”-----------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Deputada. -----------------------------------------------------

----- Nós temos então agora uma Recomendação do Senhor Deputado Rodrigo Mello

Gonçalves e depois do Senhor Deputado Rui Costa que têm que as apresentar. ---------

----- A Senhora Segunda Secretária dá a palavra.” -------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “ Tem a palavra o Senhor Deputado Rodrigo Mello Gonçalves, Independente.” ---

----- O Senhor Deputado Municipal Rodrigo Mello Gonçalves (IND) no uso da

palavra fez a seguinte apresentação: -----------------------------------------------------------

----- “Obrigado Senhor Presidente, Senhores Vereadores, Senhores Deputados

Municipais. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- O Município que se prepara agora para agravar a tributação sobre imóveis

privados devolutos, é o mesmo que tem, diz-se, a maior quantidade de imóveis

devolutos da cidade, isto é no mínimo caricato para não dizer mesmo imoral, a

Câmara não pode e não deve punir o privado quando não reabilita e deixasse o seu

próprio património a cair aos bocados, a Câmara não pode e não deve exigir aos

privados que contribuam para o mercado de arrendamento quando a própria Câmara

tem centenas de casas fechadas ou devolutas. ------------------------------------------------

----- A Câmara não pode e não deve esconder dos lisboetas e desta Assembleia, o

estado o seu património e a gestão que dele é feita, a Câmara tem de dar o exemplo

naquilo que exige aos outros e, por isso se apresento hoje esta Recomendação que é

muito simples, organização da informação, plano de recuperação do património

devoluto e partilha dessa informação e da posterior execução do plano com a

Assembleia Municipal, através da informação escrita do Presidente, é isto e apenas

isto, e isto é, desde logo, uma questão de transparência. Obrigado.”-----------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Rui Costa, Independente.” -----------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND) no uso da palavra fez a

seguinte apresentação: --------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigado Senhora Presidente, Senhoras e Senhores Deputados. --------------------

----- Acompanhando as demais Recomendações que são apresentadas neste Ponto,

queria só dizer o seguinte, no que à que apresento diz respeito. O grande problema

com os critérios que são definidos para este agravamento de IMI são os que constam

do anexo ao Decreto-lei que, por sua vez, remete na esmagadora maioria dos

indicadores para os censos de 2011. -----------------------------------------------------------

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----- Ora bem, os censos 2011 não descrevem minimamente a realidade que temos na

cidade, e porventura, não servirão para o objetivo que deve mobilizar esta Assembleia

Municipal, e que deve mobilizar o Município nas políticas fiscais, que é mobilizar o

património para o serviço de habitação. ------------------------------------------------------

----- Nessa medida será o próprio Decreto-lei que tem a possibilidade de se definir o

critério pela área de reabilitação urbana e esse seria o critério mais feliz, até porque a

área da reabilitação urbana não está, infelizmente, ao serviço da cidade, porque

desatualizada: E, portanto, adotando este critério e alterando o IHRU julgo que,

portanto, a estratégia de reabilitação urbana eu julgo que faríamos melhor serviço.

Muito obrigado.” ---------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -----------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Modesto Navarro, do PCP.”---------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (PCP) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigado Senhora Presidente. -----------------------------------------------------------

----- Já percebemos que há uma situação relativamente obscura e que necessita de

esclarecimento, por isso mesmo, nós, em relação à Recomendação 073/02, do Bloco

de Esquerda, entendemos que o critério da aplicação desta medida é meramente

geográfico e pode afetar e penalizar os pequenos proprietários que não estão a retirar

rendimentos desses imóveis por diversas razões, portanto, esta matéria tem que ser

considerada, a daí obviamente, perante esta Recomendação votaremos contra, até que

as coisas realmente sejam esclarecidas. --------------------------------------------------------

----- Quanto à Recomendação 073/06, do Deputado Rodrigo Mello Gonçalves,

reabilitação de prédios devolutos, claro que estamos de acordo, iremos votar

favoravelmente, mas só lembramos que a nossa Proposta de Programa de

Arrendamento a Custos Acessíveis já consta nessa Proposta, já consta esta matéria, e a

Câmara deveria estar a fazer o levantamento respetivo, e cada vez se atrasa mais, uma

matéria que é fundamental. ---------------------------------------------------------------------

----- Quanto a Recomendação 075/03, do Deputado Rui Costa, do Deputado

Independente, revisão da estratégia de reabilitação urbana, etc., pedíamos a votação

em separado dos dois pontos, no ponto 1 nós estamos de acordo com este ponto, ou

seja, que seja revista a área de reabilitação urbana, porque esta deve hoje abranger

áreas que devem ter condições especiais para a criação de habitação. Não estamos de

acordo com o ponto 2, porque é na prática igual à do Bloco de Esquerda, pede

agravamento de IMI para prédios devolutos, nas zonas de pressão urbanística, o que

pode ser imputado tanto a grandes proprietários, como a proprietários sem grandes

rendimentos, daí, obviamente, em coerência, votaremos contra em relação ao Ponto 2.

Muito obrigado, mas sobretudo o que nós entendemos é que é matéria que deve ser

realmente afinada e discutida e clarificada entre nós. Muito obrigado.” -------------------

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----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado, vamos prosseguir.” -------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Miguel Graça, Independente.” ------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Senhores Deputados, eu peço desculpa de interromper enquanto o Senhor

Deputado Miguel Graça se chega à Tribuna, os Serviços apuraram o seguinte: a

votação que fizemos da Moção do Bloco de Esquerda deu empate na votação, pela

soma aritmética dos votos das bancadas, com os independentes e os que estiveram

presentes nas votações, temos 32 votos contra, 10 abstenções e 32 votos a favor, o que

o Regimento prevê nestes casos, é o voto de qualidade do Presidente, que não se

aplica porque o Presidente, neste caso, a Presidente absteve-se também, portanto, não

posso estar a mudar o voto para desempatar, nem devo e, portanto, por analogia com o

que está previsto para as votações secretas, o que deve ser feito é uma repetição da

votação ou um adiamento para votar noutra Sessão, portanto, podemos repetir a

votação e provavelmente dará o mesmo resultado, ou adiamos a votação para a

próxima Sessão… --------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Luís Newton está a pedir a palavra, diga? Faz favor tem o

microfone.” ---------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente tenho uma dúvida, a Senhora Presidente fez referência

relativamente à questão da votação indicando que foi feito o somatório das bancadas,

no entanto no início da votação a senhora Presidente tinha indicado que…” -------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Nós descontámos um voto na Bancada do Partido Socialista. Houve esse

cuidado, senão seriam 33 e só se contaram 32, aliás, foi a totalidade dos votos contra.

Obrigado. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, como é que preferem? Preferem repetir a votação? Penso

que já nem sequer são os mesmos Senhores Deputados que estão na Sala, adiamos isto

e votamos numa próxima sessão? --------------------------------------------------------------

----- Penso que é mais sensato, se calhar, adiar a votação, para não estarmos a sujeitar

aqui as pessoas a votarem duas vezes a mesma coisa. ---------------------------------------

----- A Senhora Isabel Pires, microfone à Senhora Deputada Isabel Pires.” ---------------

----- A Senhora Deputada Municipal Isabel Pires (BE) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, quer dizer, estes desempates normalmente, como bem

indicou, há voto de qualidade da Presidente da Mesa, ou do Presidente da Mesa

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poderia ser aqui invocado para resolver esta votação, obviamente, que se a

Assembleia estiver disponível…” --------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Deputada, acabei de dizer que me abstive, portanto, tenho dificuldade

agora em desempatar uma coisa em que me abstive.” ---------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Isabel Pires (BE) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “ Eu estou a fazer uma intervenção considerando aquilo que disse, eu sei, agora

podemos votar na próxima sessão, que será na quinta-feira, não nos opomos a isso,

mas gostava de ouvir as restantes as restantes forças políticas.”----------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito bem. --------------------------------------------------------------------------------

----- Rapidamente, alguém se opõe a que seja adiado para a próxima sessão? ------------

----- Ninguém se opõe? É isso que faremos! --------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, é que eu acho desconfortável estar a pedir para as pessoas

votarem duas vezes uma coisa que acabaram de votar, agora na próxima sessão,

vamos ponderar, vamos refletir, pode ser que haja conversações, que se entendam ou

não e logo vemos o resultado que isto tem. ---------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, assim faremos, dando um espaço para a reflexão e tenho

que pedir desculpa ao Senhor Deputado Miguel Graça por esta interrupção no debate,

vamos prosseguir.” -------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Graça (IND) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente da Assembleia Municipal, Senhores Vereadores, Caros

Colegas Deputados. ------------------------------------------------------------------------------

----- Os Deputados Municipais Independentes do Movimento de Cidadãos por Lisboa,

gostariam também aqui de comentar, relativamente às várias recomendações, a

questão aqui em votação neste ponto. A primeira do Bloco de Esquerda relativamente

ao agravamento do IMI para prédios devolutos, que foi, obviamente, na sequência da

aprovação do Decreto-lei 67 de 2019, se proceda ao agravamento deste imposto e cria

a possibilidade dos Municípios agravarem a taxa de Imposto Municipal para os

imóveis devolutos localizados em zonas de pressão urbanística. ---------------------------

----- Dizer que concordamos, naturalmente, com esta iniciativa, aliás, queríamos

também saudar o Bloco de Esquerda pela abertura que teve às mais alterações que

propusemos, que fossem mais concretas, e também agradecer à Senhora Presidente da

Assembleia Municipal por complementar também que os indicadores de objetivos que

a Câmara pode e deve definir, devem ser os que constam nos anexos da Lei. ------------

----- Relativamente à Recomendação 73/06 do Deputado Municipal Independente

Rodrigo Mello Gonçalves, dizer também que na generalidade concordamos com esta

Recomendação, aliás, a reabilitação do edificado e devoluto é uma matéria

extremamente importante, no entanto, teríamos aqui duas observações a fazer, que no

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primeiro ponto pudesse ser revista a data que é aqui apontada, porque o final do mês

de julho é já aqui, esta recomendação deu entrada há já algum tempo, portanto,

pedíamos esta revisão, obviamente, para a Câmara ter o tempo útil para responder e

parece-nos acima de tudo que ela está disponível para o fazer. -----------------------------

----- Relativamente ao segundo ponto gostaríamos também de dizer que

compreendemos a importância de um plano de recuperação do património devoluto,

susceptível de ser destinado à habitação, mas dizer que a Câmara Municipal, de facto,

já tem um plano de intervenção no património, portanto, achámos que também não é

correto dizer nos termos que aqui está, que não, aliás, existem dois contratos

programas com a GEBALIS, que que foram aprovados pela Assembleia Municipal, as

Propostas 348 e 292 de 2018, o “Aqui há mais Bairro I” e “Aqui há mais Bairro II”,

são 25 milhões de euros no primeiro programa e 27 no segundo, num total de 31

bairros intervencionados, existem os concursos de renda convencionada, os programas

“Habitar o Centro Histórico I e II”, naturalmente que concordamos que é certo que

haverá sempre muito para fazer neste campo, mas também não nos parece justo a

afirmação e o que é defendido neste ponto, e obviamente, concordamos que esta

informação vá na Informação Escrita. Obrigado.” -------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -----------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Manuel Laje, do Partido Socialista.” -----------

----- O Senhor Deputado Municipal Manuel Lage (PS) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, Senhores Deputados. ---------------------------------------------

----- Acerca da recomendação da reabilitação de prédios devolutos, aqui apresentada

pelo Senhor Deputado Rodrigo Mello Gonçalves, que exerce o mandato como

Deputado Municipal Independente, o Partido Socialista começou por ter algumas

questões, atendendo a que o texto que nos é apresentado é num português suave, e,

portanto, até os consideramos até nos levaram a equacionar um voto favorável, tendo

em conta a forma como está redigido o texto não coincidiu, felizmente, com aquilo

que foi a apresentação que o Senhor Deputado nos brindou esta tarde e, portanto, o

nosso sentido de voto vai no seguimento e na forma como Vossa Excelência aqui nos

trouxe a apresentação, porquanto o Senhor Deputado aqui nos pede transparência e,

portanto, o Senhor Deputado quer transparência e por isso propõe, tem a honra de

propor que a Câmara proceda à sistematização da informação sobre habitações

devolutas até final do mês de julho, portanto, no prazo de 30 dias e, portanto, é tão

simples quanto isto, esta é a transparência que o Senhor Deputado aqui propõe a esta

Câmara, é 30 dias para que isto seja feito! ----------------------------------------------------

----- E esta é transparência que este Senhor Deputado aqui apresenta, nada mais e

nada menos, Senhores Deputados, isto é aquilo que me merece naturalmente o voto de

quem apresenta uma moção, uma recomendação que para nós não é mais é do que,

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eventualmente, para que não possa haver nenhum tipo de ofensa a qualquer tipo de

honra, eventualmente pudesse vir a ser considerada demagógica, ou populista, ou

eleitoralista, responsável tendo em conta que estamos a qualquer coisa como dois ou

três meses de eleições, e que o Partido Socialista se propôs votar favoravelmente,

propondo ao Senhor Deputado que pudesse alterar o prazo para pudéssemos ter o voto

favorável do Partido Socialista, e o Senhor Deputado recusou essa alteração proposta

pelo Partido Socialista. --------------------------------------------------------------------------

----- Por outro lado o PS também não pode concordar com a introdução de uma forma

clara e percetível na Informação Escrita do Presidente, não porque não concorde com

o facto de ela lá estar, agora aquilo com que nós não podemos, naturalmente,

concordar é com a limitação, e com uma imposição a um qualquer Presidente de

Câmara, seja do Partido Socialista ou de outra qualquer força política, à forma como

este redige a sua Informação Escrita e, portanto, só quem não tem ambição, só quem

não sabe o que é, só quem não tem ambição de vir a saber o que é ser Presidente de

Câmara, é que pode naturalmente querer condicionar a Informação Escrita de um

Presidente de Câmara, por isso, naturalmente, nós não vamos compactuar com uma

limitação do mandato, do livre exercício do mandato de Presidente da Câmara e,

portanto, naturalmente votaremos também contra este Ponto. Muito obrigado.” ---------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Senhores Deputados, temos aqui ainda dois Senhores Deputados que pediram a

palavra, mas que não têm tempo, preciso de saber se alguém lhes cede tempo, são

ambos os Senhores Deputados Independentes. O PPM dá tempo ao Senhor Deputado

Rodrigo Mello Gonçalves e o MPT dá também ao Senhor Deputado Miguel Graça,

portanto, está correto, não sei qual se inscreveu primeiro? Vamos deixar o Senhor

Depurado Rodrigo Mello Gonçalves, que é autor, a responder no fim porque pode

querer reagir a algumas das questões levantadas pelo outro Senhor Deputado.-----------

----- Palavra ao Senhor Deputado Miguel Graça primeiro.” --------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Miguel Graça, Independente.” ------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “O Senhor Deputado Miguel Graça tem tempo cedido pelo MPT, a Mesa está

atenta Senhor Deputado.” -----------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Graça (IND) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Antes de mais agradecer ao MPT a cedência do tempo, para falar da terceira

recomendação, que não cheguei a ter tempo, do Senhor Deputado Municipal

Independente Rui Costa, que tem dois pontos, o segundo ponto nós não concordamos,

de facto, com o agravamento do IMI e, acima de tudo, concordamos com o

agravamento do IMI, mas não que se faça a partir de uma sobreposição entre a área de

reabilitação urbana e a zona de pressão urbanística, acima de tudo configuramos,

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achamos que configura mais um laxismo, isto é, não estamos aqui a falar de dados

concretos, estamos a falar de uma sensação, aliás, haverá até situações em que, se

calhar, fará sentido ser o negativo um de outro, por exemplo, a Avenida liberdade

onde talvez faça sentido não existirem os mesmos benefícios fiscais da ARU, mas

faça sentido classificar como a zona pressão urbanística. -----------------------------------

----- Relativamente ao primeiro ponto, relembramos que relativamente a esta matéria

os Deputados Municipais Independentes Cidadãos por Lisboa apresentaram duas

recomendações em março e junho de 2019, mas acima de tudo pedíamos que este

ponto não faria sentido fazê-lo agora porque não só a Câmara Municipal de Lisboa

está a preparar esta Revisão da Estratégia Urbana como a Lei de Bases da Habitação

está prestes a ser aprovada e, portanto, julgamos que não é oportuno votar este ponto.

Obrigado.” ----------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado. ------------------------------------------------------

----- Vai ter os mesmos 48 segundos, tiraram-lhe 6 segundos gastos a mais pelo

Senhor Deputado Miguel Graça, mas enfim, a Mesa dará os mesmos 48 segundos que

deu ao Senhor Deputado Miguel Graça. -------------------------------------------------------

----- São diferentes, o Senhor Deputado Rodrigo Mello Gonçalves está a dizer que

tem tempo cedido pelo PPM e se for preciso também pelo CDS-PP. ----------------------

----- O Senhor Deputado Rui Costa tem tempo cedido de alguém? ------------------------

----- Quer fazer um pedido de esclarecimento ao Senhor Deputado Miguel Graça?

Poderá fazer um pedido de esclarecimento ao Senhor Deputado Miguel Graça, se faz

favor. Mas Senhor Deputado, era bom que utilizassem os telefones para a Mesa poder

dirigir a Ordem de Trabalhos, porque se não isto torna-se ingovernável, estamos

constantemente aqui a alterar a Ordem de intervenções. ------------------------------------

----- Se o Senhor Deputado não se importa de esperar, o Senhor Deputado faz o seu

pedido de esclarecimento daí e o Senhor Deputado Miguel Graça responde também

daí, se faz favor.” ---------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND) no uso da palavra fez o

seguinte pedido de esclarecimento: ------------------------------------------------------------

----- “Obrigado Senhora Presidente, eu usei o telefone para dizer isso, e alertei-a no

sentido de evitar uma desordem no debate que estamos a fazer, mas a questão muito

interessante suscitada pelo Senhor Deputado Miguel Graça, a quem agradeço a

atenção, em relação à proposta que aqui apresentei, mas eu fiquei só sem perceber

uma coisa, seria muito válido aquilo que aqui disse se porventura o Senhor Deputado

Miguel Graça não tiver consciência de que os benefícios fiscais são definidos e podem

ser variáveis com a ARU, nos termos do Artigo 14 do Regime Jurídico da

Reabilitação Urbana que entretanto foi alterado, portanto, não tem nada que ver uma

coisa com a outra! E gostava de saber, bem foi o que disse mas não parece! Então há

uma contradição nos termos, gostava que me esclarecesse nisso, é que se, de facto,

são situações diversas, parece-me a mim que a utilização do critério da Área de

Reabilitação Urbana é muito melhor do que a utilização do critério dos Censos 2011,

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e pergunto se não lhe parece exatamente isso? É que os Censos 2011 espelham uma

realidade completamente alterada. Era só isto.” ----------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado. Senhor Deputado Miguel Graça, para

responder.” ----------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Graça (IND) no uso da palavra deu o

seguinte esclarecimento:-------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado também pelo pedido de esclarecimento e pela palavra, dizer que

relativamente ao comentário que foi feito por uma parte dos Deputados Municipais

independentes de Lisboa, não é relativamente à utilização do critério dos Censos de

2011, naturalmente que já não refletem a realidade populacional e as dinâmicas que

hoje a cidade atravessa, mas era sim sobre o facto da Proposta do Senhor Deputado

Municipal Independente Rui Costa, era de fazer coincidir a ARU a uma zona de

pressão urbanística, é isso é que não nos parece isso uma proposta que faça sentido

agora, faz sim sentido, e foi isso que referimos, que a ARU deva ser revista primeiro e

julgamos que é isso precisamente que a Câmara Municipal está a fazer, aliás, já

apresentámos duas recomendações nesse sentido e, de facto, a Câmara Municipal

parece-nos recetiva a este propósito e ele, aliás, faz todo o sentido, não fosse esta uma

matéria que tem sido aqui debatida extensamente nesta Assembleia Municipal, como

inclusivamente dissemos que se fosse feita esta correspondência entre as zonas de

pressão urbanística e a ARU sem ser feita esta revisão e sem acautelar também o que

está agora a ser discutido em termos de Lei de Bases da Habitação que, em breve

saberemos, e que será publicada, será, de facto, prematuro, qualquer uma destas

matérias deve ser votada nestes termos, portanto, fará sentido sim a Câmara

Municipal fazer o seu trabalho de Revisão da Estratégia de Reabilitação Urbana de

Lisboa, da revisão da ARU e naturalmente ser publicada a Lei de Bases da Habitação,

pela qual nós também ansiamos a que esperamos que venha a clarificar muitos destes

assuntos. Obrigado.” -----------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado. ------------------------------------------------------

----- Agora sim o Senhor Deputado Rodrigo Mello Gonçalves.” ---------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Rodrigo Mello Gonçalves (IND) no uso da

palavra fez a seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente. ----------------------------------------------------

----- Brevemente para responder ao Senhor Deputado Manuel Lage, na intervenção

que fez aqui, que se percebe, aliás, porque a intervenção que fez vem na sequência

daquilo que é a gestão de todo este dossier por parte da Câmara, mas para lhe dizer o

seguinte: ninguém aqui deu um mês! A entrada desta Moção na Assembleia

Municipal foi no dia 10 de junho, como sabe, a discussão deste ponto foi adiada e,

portanto, foi remetida para hoje, mas o Executivo Socialista está na Câmara há 10

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anos e, portanto, não me venha dizer que ao fim de 10 anos ainda tem que andar a

fazer o levantamento sobre a situação do seu património devoluto. -----------------------

----- Em segundo lugar e em relação Informação Escrita, a Informação Escrita não

condiciona nada nem ninguém, como sabe, os Serviços remetem centenas de páginas

ou dezenas de páginas na Informação Escrita, onde é perfeitamente possível acolher a

informação e a execução do plano. -------------------------------------------------------------

----- E por fim a questão da transparência, Senhor Deputado, transparência sim, sabe

porquê? Porque desde o início, pelo menos deste Mandato do PSD ao CDS já todos os

Partidos andaram a pedir esta informação e a Câmara pura e simplesmente não dá!

Até o Bloco de Esquerda, que é parceiro de Governo na Câmara de Lisboa, já aqui

nesta Assembleia requereu esta informação e disse que concordava, ainda há pouco

com isso e, portanto, transparência sim, sabe porquê? Porque os Senhores não dão a

informação a ninguém e têm que a dar. Ponto.” ----------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado. ------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, chegámos ao momento das votações, mas há um pedido de

palavra da Câmara Municipal, muito bem. Senhor Vice-Presidente.” ---------------------

----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Então sou muito breve, nunca pensei vir a dizer isto aqui na Assembleia, mas

vou dizer agora, “deixem-nos trabalhar”, é que, de facto, calma! Também não foi

assim uma coisa tão interessante! É preciso deixar acabar a frase! -------------------------

----- É que nós, de facto, estamos a estudar este assunto e logo que o tenhamos

suficientemente maturado e com a qualidade que esta Casa exige, traremos cá toda a

informação, com as diferentes hipóteses, e contamos no processo orçamental aprovar

esta matéria, para poder entrar em vigor a 1 de janeiro de 2020. E é isso, muito

obrigado.” -----------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “O Senhor Deputado Luís Newton pede a palavra para? O Senhor Deputado não

estava inscrito, estou a perguntar para que é que quer a palavra, está-me a fazer sinais!

Quer pedir a palavra. -----------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado tem tempo, se pede a palavra para usar o seu tempo, faz

favor, é uma pena não se inscrever na Mesa, mas isso é outra questão que havemos de

resolver um dia, brevemente será resolvida essa questão.” ----------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente será resolvida hoje mesmo, não quero falhar com Vossa

Excelência, ainda para mais tão satisfeito que estou de a ver aí. ---------------------------

----- Eu quero só transmitir, Senhor Vereador, e devolver-lhe a simpatia com que

muitas vezes se refere a todos na oposição, e dizer-lhe que, começo a ter esperança em

si, o Senhor começa a ver a luz, é o Senhor agora que começa a ver a luz! ---------------

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----- Começou a citar Aníbal Cavaco Silva, é uma esperança séria de que

eventualmente possamos vir a encontrar, do seu lado infelizmente eu sei que não será

de todos os Vereadores, mas o seu lado o caminho para a prosperidade que há no

centro direita. Muito obrigado.” ---------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhores Deputados. ---------------------------------------------------

----- Bom, deixando de parte estas picardias, que são sempre legítimas, naturalmente,

no debate parlamentar, vamos concentrarmo-nos agora nas votações. ---------------------

----- Senhores Deputados, vamos pôr à vossa apreciação a Recomendação 73/02, do

Bloco de Esquerda, portanto, tanto quanto me apercebi o Bloco de Esquerda aceita

que seja acrescentado aqui onde está “que a Câmaras de Lisboa estabeleça os

indicadores objetivos que permitam definir o conceito de zonas de pressão

urbanística, com vista a proceder ao agravamento do IMI nestas zonas específicas”,

que acrescente os indicadores dos objetivos de entre os listados, no Anexo 1 do

Decreto-lei 67/2019, ou outros de que a Câmara disponha, até se pode acrescentar

isso, “ou outros que a Câmara dispunha” concordam com essa redação? Muito bem,

eu digo isto, “ou outros de que a Câmara disponha” porque a lei o que diz, e é

importante, talvez nem todos os senhores Deputados tivessem tido a ocasião de a ler,

o que a lei diz é que, eu vou ler: “A delimitação, em concreto, de uma zona de pressão

urbanística fundamenta-se na análise conjugada de séries temporais de indicadores

relativos aos temas constantes no quadro seguinte” que é o tal anexo, “publicados pelo

INE, bem como do aproveitamento de fontes administrativas dos Municípios”,

portanto, os Municípios podem ter outras fontes administrativas que podem ser

incorporadas aqui e que atualizam os indicadores do INE. ----------------------------------

----- Recomendação 73/02, do Bloco de Esquerda, Nova Versão Retificada, votos

contra do CDS-PP, PCP, PEV, MPT e PPM, abstenção do Senhor Deputado

Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves, votos a favor do PS, PSD, BE,

PAN, 8 IND e do Senhor Deputado Municipal Independente Rui Costa. A

Recomendação 73/02, do Bloco de Esquerda, retificada, foi aprovada por

maioria. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra prosseguiu:

----- “Vamos passar agora à Recomendação do Senhor Deputado Rodrigo Mello

Gonçalves, pergunto se em relação à sugestão do Senhor Deputado Miguel Graça se

mantém a data de julho ou se está disponível para propor outra data? Pergunto, não sei

se o Senhor Deputado me está a ouvir? Mantem a data de julho, muito bem, vamos

pôr à votação a Recomendação 73/06 do Senhor Deputado Rodrigo Mello Gonçalves. -

----- O Senhor Deputado Miguel Graça para? Para destacar o Ponto 2, portanto, temos

que votar cada um de sua vez, que é mais simples.” -----------------------------------------

----- Ponto 1 da Recomendação 73/06 (DM IND Rodrigo Mello Gonçalves), votos

contra do PS, não há abstenções, votos a favor do PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN,

PEV, MPT, PPM, 8 IND e do Senhor Deputado Independente Rodrigo Mello

Gonçalves e do Senhor Deputado Independente Rui Costa. O Ponto 1 da

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Recomendação 73/06 (DM IND Rodrigo Mello Gonçalves) foi aprovado por

maioria. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Ponto 2 da Recomendação 73/06 (DM IND Rodrigo Mello Gonçalves), votos

contra do PS, abstenções de 5 IND, votos a favor do PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN,

PEV, MPT, PPM, 3 IND, do Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo

Mello Gonçalves e do Senhor Deputado Independente Rui Costa. O Ponto 2 da

Recomendação 73/06 (DM Rodrigo Mello Gonçalves) foi aprovado por maioria. --

----- Ponto 3 da Recomendação 73/06 (DM IND Rodrigo Mello Gonçalves), votos

contra do PS, não há abstenções, votos a favor do PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN,

PEV, MPT, PPM e 8 IND, do Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo

Mello Gonçalves e do Senhor Deputado Independente Rui Costa. O Ponto 3 da

Recomendação 73/06 (DM Rodrigo Mello Gonçalves) foi aprovado por maioria. --

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra prosseguiu:

----- “Vamos agora à Recomendação 75/03, do Senhor Deputado Municipal

Independente Rui Costa e pedem-me a votação separada, a do ponto 1 e a do ponto

2.” --------------------------------------------------------------------------------------------------

----- Ponto 1 da Recomendação 75/03 (DM IND Rui Costa), votos contra do PS e 6

IND, abstenções do PSD, votos a favor do CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT,

PPM, 2 IND, do Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves

e do Senhor Deputado Independente Rui Costa. O Ponto 1 da Recomendação 75/03

(DM IND Rui Costa) foi rejeitado. ----------------------------------------------------------- ----- Ponto 2 da Recomendação 75/03 (DM IND Rui Costa), votos contra do PS,

PCP, PEV, 6 IND, abstenções do PSD, PPM e do Senhor Deputado Municipal

Independente Rodrigo Mello Gonçalves, votos a favor do CDS-PP, BE, PAN, MPT, 2

IND e do Senhor Deputado Independente Rui Costa. O Ponto 2 da Recomendação

75/03 (DM IND Rui Costa) foi rejeitado. ---------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Senhores Deputados, uma vez que terminou e que isto agora já não vai

influenciar as decisões há a informação que eu vos queria dar sobre esta matéria, que

pode ser relevante para o futuro, e que é a seguinte: é votada amanhã na Comissão de

Orçamento e Finanças da Assembleia da República alterações ao Código do IMI que

envolvem esta questão dos devolutos, nomeadamente, uma questão por mim suscitada

e penso que ela é relevante para Lisboa, o facto do agravamento do IMI só considerar

os prédios na sua totalidade e quando há prédios que não estão em propriedade

horizontal, uma parte está ocupada e a outra parte que não está, incide o IMI

agravado, como se o prédio estivesse totalmente devoluto. --------------------------------

----- Foi apresentada uma Proposta, penso que ela poderá ser aprovada, no sentido de

tornar muito claro que quando um prédio não está totalmente devoluto, o agravamento

do IMI é só sobre a parte que está devoluta e não sobre a parte que está habitada, eu

penso que isto é justo, é a introdução aqui de um pormenor, mas recebi queixas várias

de munícipes de Lisboa com IMI agravados, e a que a Câmara respondeu que não

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podia fazer nada porque era o que a Lei dizia e, portanto, se a Lei for alterada,

poderemos ter aqui uma apreciação mais fina.------------------------------------------------

----- E outra matéria que vai ser, em termos de IMI não interessa agora para este

efeito, para efeitos de devolutos é isto!... Não há fração, por isso quando há frações é

fácil, o agravamento só se aplica à fração devoluta, o grande problema é quando não

há divisão em propriedade horizontal, e muitas vezes essa divisão é difícil de

conseguir, ou porque o prédio está em heranças e as pessoas não se entendem, ou

porque a Câmara não autoriza porque houve uma obra ilegal qualquer num andar e já

não se pode fazer a propriedade horizontal e, portanto, quando não há propriedade

horizontal e é um conjunto de coproprietários, até pode lá estar um a morar e os outros

não, o que lá está a morar apanha com agravamento do IMI quando ele não tem razão

para isso, portanto, é uma questão de pormenor, mas eu penso que pode ser

interessante para podemos ser, como aliás, o apelo que o Partido Comunista aqui fez,

que houvesse um aprofundamento nesta matéria, esta matéria realmente carece ser

aprofundada, carece ser vista muito bem calibrada às situações concretas, para não ser

depois injusta ou cega e a tratar de maneira igual situações que são diferenciadas. ------

----- Era esta informação que eu queria dar, mas entendi que não o devia fazer antes

da votação. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- Posto isto, podemos passar ao ponto seguinte da Ordem de Trabalhos, Senhores

Deputados, que é mais uma Recomendação, neste caso do PEV, para a

regulamentação e atribuição de suplemento de risco, insalubridade e penosidade.” -----

----- PONTO 5 - APRECIAÇÃO DA RECOMENDAÇÃO 073/03 (PEV) -

REGULAMENTAÇÃO E ATRIBUIÇÃO DO SUPLEMENTO DE RISCO,

INSALUBRIDADE E PENOSIDADE, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA

C) DO ART.º 15º DO REGIMENTO; GRELHA BASE – 34 MINUTOS; -------------- ----- (A Recomendação 73/03 (PEV) fica anexada a esta Ata, como Anexo VIII e dela

faz parte integrante) ------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra a Senhor Deputada Cláudia Madeira, do PEV.” ---------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV) no uso da palavra

fez a seguinte apresentação: ---------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Presidente, Senhoras Secretárias, Senhores Vereadores

e Senhores Deputados. ---------------------------------------------------------------------------

----- Os Verdes apresentam uma recomendação sobre o suplemento de Risco,

Insalubridade e Penosidade para que a Câmara Municipal de Lisboa reclame do

Governo a sua urgente regulamentação, informando a Assembleia Municipal sobre os

desenvolvimentos relativamente a esse procedimento. --------------------------------------

----- Estes suplementos devem ser atribuídos aos trabalhadores que exercem funções

em condições de risco, penosidade e insalubridade, e estão há muito tempo previstos,

uma vez que foram definidos num Decreto-Lei de 1998 (Decreto-Lei nº 53-A/98, de

11 de Março), em função de algumas particularidades específicas do trabalho prestado

tanto no âmbito da Administração Central como Local. -------------------------------------

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----- No entanto, este diploma apenas fixou o regime de atribuição para a

Administração Central, e a regulamentação para as autarquias deveria ser feita no

prazo de 150 dias, o que nunca aconteceu. ----------------------------------------------------

----- Desta forma, os prazos de regulamentação previstos no diploma foram

ultrapassados e totalmente ignorados, e passados mais de 20 anos, estas compensações

ainda não estão a ser garantidas aos trabalhadores das autarquias. -------------------------

----- Entretanto, houve várias alterações legislativas, que são referidas no documento

que apresentamos, mas os trabalhadores continuam a executar o seu trabalho, sem

qualquer reconhecimento ou pagamento pelas condições em que trabalham. -------------

----- Obviamente, Os Verdes consideram que os factores de risco devem ser

minimizados, para prevenir os prejuízos que possam causar aos trabalhadores, tal

como prevê a legislação sobre segurança e saúde no trabalho. -----------------------------

----- Mas, sabendo-se que nem sempre é possível evitar a existência destas situações,

os trabalhadores devem receber este suplemento, e ver garantidas outras

compensações em função da exposição a essas circunstâncias.-----------------------------

----- Por tudo isto, é preciso pôr termo a uma omissão legislativa que dura há

demasiado tempo. --------------------------------------------------------------------------------

----- Assim, e uma vez que a autarquia pode e deve, além das diligências que já

desenvolveu, pressionar o Governo a proceder à regulamentação, actualização e

alargamento da atribuição do suplemento de risco, insalubridade e penosidade, assim

como outras formas de compensação, para que seja uma realidade para os

trabalhadores das autarquias. -------------------------------------------------------------------

----- Não podemos ignorar que são muitos os trabalhadores nestas condições, e que o

seu trabalho diário é essencial para a vida das populações, e não estamos a falar de

nenhum privilégio. -------------------------------------------------------------------------------

----- Estamos perante um direito e resolver esta situação é da mais elementar justiça e

um forte contributo para a dignificação destes trabalhadores. ------------------------------

----- E como este problema só se resolve com medidas concretas, a par das iniciativas

que o Grupo Parlamentar do PEV já apresentou com vista à regulamentação deste

suplemento, com esta recomendação pretendemos que o executivo pressione o

Governo para que a justiça seja feita e esta situação seja finalmente regulamentada.

Obrigada.”-----------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Deputada.” ---------------------------------------------------

----- A Senhora Primeira Secretária em Exercício, Carla Madeira, no uso da

palavra fez a seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------

----- “Tenho a inscrição do Senhor Deputado Manuel Lage, mas não o estou a ver na

sala, passo ao seguinte, Deputado Municipal Fernando Correia, do PCP.” ---------------

----- O Senhor Deputado Municipal Fernando Correia (PCP-Independente) no

uso da palavra fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------

----- “Ora mais uma vez boa tarde. ------------------------------------------------------------

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----- Durante a segunda metade da década de 80 do século passado, claro, sendo a

Câmara Municipal de Lisboa governada pelo CDS, PSD e PS, os trabalhadores do

Município de Lisboa, cantoneiros de limpeza, condutores de máquinas e de veículos

especiais, calceteiros, jardineiros e operários de construção de espaços verdes, nalguns

casos após várias semanas de greve, alcançaram o reconhecimento das duras

condições em que exerciam as suas funções, tendo os Órgãos do Município deliberado

o pagamento do que corretamente foi designado subsídio de insalubridade, penosidade

e risco. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- No caso do Município de Lisboa a última atualização deste suplemento é de

2009, portanto, tem 10 anos. --------------------------------------------------------------------

----- Há situações de manifesta desigualdade do direito ao subsídio entre trabalhadores

que desempenham funções idênticas, os cantoneiros em algumas Freguesias não

recebem, apesar de os seus colegas que vieram transferidos da Câmara receberem. -----

----- O mesmo se passa entre trabalhadores com profissões que acarretam risco,

atualmente recebem subsídio os trabalhadores da limpeza urbana, coveiros, operários

das oficinas e jardineiros, que por exemplo trabalham com motosserras, mas

continuam incompreensivelmente excluídos os eletricistas e os bombeiros. --------------

----- O subsídio de insalubridade, penosidade e risco carece de regulamentação legal,

defendendo o Grupo Municipal do PCP, que o Executivo Municipal deve desenvolver

esforços junto do Governo para que que essa regulamentação se realize de forma

justa, sem perda dos direitos já alcançados nesta matéria pelos trabalhadores do

Município de Lisboa, deve ser reconhecido o seu caráter de suplemento salarial com

efeitos no cálculo do valor da aposentação destes trabalhadores, e deve ser

considerada, devem ser consideradas as incidências das condições em que as funções

são exercidas para efeitos da redução da idade de reforma. ---------------------------------

----- Por esta razão o PCP acompanha a Proposta apresentada pelo PEV sobre esta

matéria.” -------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -----------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Vice-Presidente.” ---------------------------------------------

----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Ora muito bem, esta Recomendação do PEV, peca por estar fora de tempo, pelo

simples facto de que Município de Lisboa não aplica, eu diria, na zona cinzenta

daquilo que a Lei permite, é certo e estamos inteiramente de acordo que a Lei carece

de regulamentação, mas também é certo que que no Município de Lisboa há um

conjunto muito alargado de trabalhadores do Município de Lisboa que têm direito a

este subsídio. --------------------------------------------------------------------------------------

----- No caso do Bombeiros Voluntários ele está incorporado na remuneração e foi

incorporado em devido tempo, e também pela Mogal, o caso mais flagrante é o caso

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dos eletricistas, de facto, que num conjunto de situações, certamente do meu ponto de

vista, também deviam estar incluídos, é verdade que a regulamentação não está feita,

é verdade que o Município aplica a Lei, como disse, no limite daquilo que o pode ou o

considera poder aplicar, é certo também que era importante que o Governo

regulamentasse, a Assembleia da República e o Governo legislassem sobre esta

matéria, e nomeadamente o Governo regulamentasse, e também é certo e por isso é

que eu disse que esta recomendação está fora do tempo, que o Município de Lisboa

com os sindicatos deviam fazer aqui um esforço para que isso acontecesse, já o

fizeram por proposta minha, por Proposta do Executivo, fizemos uma carta comum ao

Governo e à Assembleia da República, para que quer uns quer outros pudessem

equacionar a regulamentação e o aperfeiçoamento da legislação sobre este tema,

portanto, aquilo que podíamos e consideramos que podíamos fazer está feito e não

traz nada de novo esta recomendação. Muito obrigado.” ------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Vice-Presidente. -----------------------------------------------

----- Senhores Deputados havia mais um Senhor Deputado inscrito, mas ele não está

na sala, portanto, nós vamos passar desde já à votação da Recomendação 73/03, do

PEV.” ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Recomendação 73/03, do PEV, não há votos contra e nem abstenções, votos a

favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, 8 IND e do Senhor

Deputado Municipal Independente Rui Costa. A Recomendação 73/03, do PEV foi

aprovada por unanimidade. ------------------------------------------------------------------ ----- (Ausência do Grupo Municipal do PPM da Sala de Plenário) -------------------------

----- (Ausência do Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello

Gonçalves) ----------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Senhores Deputados, eu queria dar-vos aqui algumas informações sobre a nossa

Ordem de Trabalhos. -----------------------------------------------------------------------------

----- O ponto número 11 da Ordem de Trabalhos, que é as Contas, está aqui agendado

apenas porque é obrigatório agendar na Sessão Ordinária de junho, as Contas

consolidadas, mas a Câmara ainda não as aprovou, já deu entrada a documentação e já

está a ser apreciado em sede da 1.ª Comissão, mas temos que aguardar pela aprovação

formal em Câmara, portanto, não vamos discutir este ponto hoje. -------------------------

----- Temos duas petições e a combinação é que se seja por volta das 17h 30m que

iniciamos as petições, portanto, quando estiverem presentes os peticionários da

primeira Petição agendada, nós iremos dar início ao processo das petições,

independentemente do ponto onde nos encontrávamos na Ordem de Trabalhos, e

depois se no final das petições tivermos tempo, voltamos à Ordem de Trabalhos,

apenas para não prejudicar os cidadãos que vêm aqui apresentar os seus pontos e com

horários mais ou menos concertados com o meu gabinete. ---------------------------------

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----- Posto isto, vamos passar agora à apreciação da Proposta nº. 384/2019, é uma

aquisição de duas frações autónomas na Rua José Estevão, por exercício do direito

legal de preferência, a proposta é urgente porque isto tem prazos, e há uma Parecer da

1ª Comissão, cujo relator é o Senhor Deputado João Valente Pires.” ----------------------

----- PONTO 6 - APRECIAÇÃO DA PROPOSTA 384/CM/2019 - AQUISIÇÃO

PELO MUNICÍPIO DE DUAS (2) FRAÇÕES AUTÓNOMAS SITAS NA RUA

JOSÉ ESTEVÃO N.º 83 A 83 B E 83 C A 83 F, POR EXERCÍCIO DO

DIREITO LEGAL DE PREFERÊNCIA, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO

ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA I), DO N.º 1, DO ART.º 25.º, DO ANEXO I

DA LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, NA REDAÇÃO ATUAL; GRELHA

BASE: 34 MINUTOS; -------------------------------------------------------------------------- ----- Parecer da 1ª Comissão Permanente; -------------------------------------------------

----- (A Proposta 384/CM/2019 fica anexada a esta Ata como Anexo IX e dela faz

parte integrante) ----------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da 1ª.CP fica anexada a esta Ata como Anexo X e dela faz parte

integrante) -----------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra prosseguiu

a sua intervenção: --------------------------------------------------------------------------------

----- “Pergunto se o Se Senhor Deputado João Valente Pires se encontra presente na

Sala? Se ele está presente e quer apresentar o Parecer, faz favor.” -------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal João Valente Pires (PS) no uso da palavra,

enquanto relator, fez a seguinte intervenção: -------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, Senhor Vice-Presidente, Senhores Vereadores, Senhores

Deputados. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- As zonas residenciais de Lisboa padecem todas do mesmo problema, a falta de

estacionamento. A cidade não foi construída para a utilização maciça do transporte

individual, e a existência de mais carros, como lugares de estacionamento é uma

constante em Lisboa. -----------------------------------------------------------------------------

----- Por esta razão a Câmara Municipal de Lisboa tem tomado medidas diversificadas

para controlar este fenómeno dos tempos modernos, algumas mais estruturais, e nunca

é demais relembrar a aposta que se está a fazer nos transportes coletivos, e outras mais

imediatas- -----------------------------------------------------------------------------------------

----- Neste sentido a Câmara Municipal de Lisboa manifestou interesse em exercer o

direito de preferência na alienação de duas frações sitas na Rua José Estevão, dos

números 83-A até 83-F, pelo valor respetivamente de 1 milhão 300 mil euros e 1

milhão e 200 mil euros. As duas frações totalizam uma área de 4 mil 690 metros

quadrados, desenvolvida em três pisos. --------------------------------------------------------

----- A zona em causa é uma das que estão identificadas como uma das mais

carenciadas em estacionamento na zona de Arroios. -----------------------------------------

---- Das análises dos técnicos que se deslocaram ao local resulta que o espaço reúne

condições para o propósito em causa, até porque no passado foram utilizadas para o

mesmo fim. Prevê-se que seja possível criar de imediato 200 lugares de

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estacionamento e no futuro, mediante algumas obras de adaptação, mais 100 lugares,

o que permitirá atenuar as carências de estacionamento na zona. --------------------------

----- O preço global pretendido é de 2 milhões 547 mil e 600 euros, incluindo 5%da

comissão da Leiloeira e o IVA à taxa legal. ---------------------------------------------------

----- Este preço foi confrontado com duas avaliações realizadas por duas empresas

independentes, que apresentaram valores superiores para a aquisição, corresponde a

cerca de 480 euros por metro quadrado de área de construção, o que se traduz por um

custo unitário, por estacionamento de 8 mil 492 euros para os 300 lugares e a criar

futuramente, ou 12 mil 783 para os atuais 200 lugares, estes valores por

estacionamento estão claramente abaixo da média praticada. -------------------------------

----- Assim sendo, a 1ª Comissão entende que a proposta de aquisição das frações

supra mencionadas está em condições de ser debatida e votada neste Plenário. Disse.” -

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado, eu não sei, penso que não há inscrições,

portanto, esta é uma aquisição de duas frações que a Mesa vai pôr à votação. -----------

----- Desculpe, o Senhor Vereador Miguel Gaspar.” -----------------------------------------

----- A Senhora Vereadora Miguel Gaspar, no uso da palavra, fez a seguinte

intervenção: ---------------------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente. ----------------------------------------------------

----- Antes de mais cumprimenta-la também, já há algum tempo que não nos víamos,

cumprimentá-la. ----------------------------------------------------------------------------------

----- Só dizer que, de facto, que o exercício do direito de superfície é por definição

oportunístico, a Câmara não pode escolher os momentos em que o pode exercer, mas,

de facto, esta é uma oportunidade extraordinária que nos foi colocada para

conseguirmos suprir um problema de estacionamento numa zona de Lisboa altamente

consolidada e onde num raio de várias centenas de metros não há uma oferta

concentrada de estacionamento. ----------------------------------------------------------------

----- Tem potencial para entre 200 a 300 lugares de estacionamento, o que significa

que vem dar-nos margem suficiente para reforçar o estacionamento de residentes,

discutir até alguma obra de espaço público que possa ser feita na envolvente do

Jardim Constantino, melhorando o papel daquele espaço no bairro, e até porque não,

irmos mesmo ao tema da micrologística, e de ter também ali junto à Almirante Reis

uma solução de suporte à micrologística, é uma oportunidade única a muito bom

preço e felizmente tivemos esta oportunidade para a aproveitar, se merecer a

concordância desta Assembleia. Muito obrigado.” -------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Vereador. -------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, posto isto vamos então pôr à vossa consideração a Proposta

384/CM/2019.” -----------------------------------------------------------------------------------

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----- Proposta 384/CM/2019, votos contra do CDS-PP e PPM, não há abstenções,

votos a favor do PS, PSD, PCP, BE, PAN, PEV, MPT e 5 IND. A Proposta

384/CM/2019 foi aprovada por maioria. ---------------------------------------------------- ----- (Ausência de 3 Deputados (as) Municipais Independentes e do Senhor Deputado

Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves.) ----------------------------------------

----- (O Senhor Deputado Municipal Independente Rui Pedro Costa Lopes, não

participou na apreciação e votação desta Proposta por impedimento legal.) --------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “O CDS-PP comunica que quer fazer uma Declaração de Voto, muito bem.” ------

----- (O CDS-PP prescindiu da Declaração de Voto sobre a Proposta 384/CM/2019.) --

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos então prosseguir com o ponto seguinte, que é uma apreciação de uma

nova versão da Recomendação do CDS-PP sobre a criação de locais de paragem de

curtíssima duração junto aos estabelecimentos de ensino e zonas “kiss and ride”. ------

----- PONTO 7 - APRECIAÇÃO DA NOVA VERSÃO DA RECOMENDAÇÃO

064/01 (CDS-PP) - CRIAÇÃO DE LOCAIS DE PARAGEM DE CURTÍSSIMA

DURAÇÃO JUNTO AOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO - ZONAS

“KISS & RIDE”, AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA C) DO ART.º 15º DO

REGIMENTO; GRELHA BASE: 34 MINUTOS;----------------------------------------------------

----- (A Recomendação 064/01 (nova versão) fica anexada a esta Ata como Anexo XI

e dela faz parte integrante) ----------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Eu vou perguntar ao CDS-PP, é o Senhor Deputado Diogo Moura, tem a palavra

para apresentar a proposta.” ---------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP) no uso da palavra fez

a seguinte apresentação: -------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente, Senhoras Secretárias, Caros Vereadores e

Caros Deputados. --------------------------------------------------------------------------------

----- Esta é uma proposta que tem uma ligeira alteração, esta Recomendação foi aqui

trazida a Plenário na Sessão de 9 de Abril, e foi entendimento quer do CDS quer em

conjunto com o Senhor Vereador Miguel Gaspar que a mesma poderia ser apensada e

refletida no âmbito da 8ª. Comissão e, portanto a minha primeira palavra será de

apreço e agradecimento ao Senhor Vereador Miguel Gaspar pela abertura na

discussão deste tema. ----------------------------------------------------------------------------

----- E efetivamente no dia 17 a 8ª. Comissão Permanente de Mobilidade e

Transportes reuniu e contou com a presença e a adição quer do Senhor Vereador quer

de vários dirigentes da Área de Mobilidade e Tráfego, em particular quem está a

trabalhar nesta Área da Mobilidade e Segurança Escolar. -----------------------------------

----- No que diz respeito à Proposta em si ela é muito explícita no que são os seus

considerandos, nós temos um problema em Lisboa que é notório e é do conhecimento

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de todos, que é o facto da tomada e largada de alunos junto aos estabelecimentos de

ensino criar alguns constrangimentos a nível do tráfego, mas também problemas no

espaço viário, mas também no espaço público, assistimos muitas vezes a

estacionamento muito longo em 2ª e 3ª filas junto aos estabelecimentos e, portanto, o

contributo que aqui hoje trazemos é uma medida, e tal como vimos na 8ª. Comissão, é

uma das medidas e soluções mitigadoras para esta problemática, não ela essa a única

solução, mas sendo uma delas e, portanto, esta proposta “kiss & ride”, traduzindo é a

criação de espaços de curtíssima duração, de paragem curtíssima duração junto aos

estabelecimentos. --------------------------------------------------------------------------------

----- Num sistema que nós conhecemos, quer em termos visuais do americano, ou

seja, como não diz “kiss & ride”, os pais param, o encarregado de educação para e

deixa o seu educando e depois ele automaticamente entra no estabelecimento de

ensino, obviamente que aqui, e esse é um trabalho que a Câmara já está a fazer, e que

nós aqui também já sugeríamos, que num trabalho de proximidade com estes

estabelecimentos de ensino, sejam eles públicos ou privados, porque também se não

tivermos o apoio e o auxílio por parte em particular dos auxiliares destes

estabelecimentos de ensino, dificilmente conseguiremos ter aqui uma solução que

possa corresponder, ou seja, o poder público apenas porque faz alterações no espaço

público e viário não consegue por si só resolver esta temática e, portanto, os próprios

estabelecimentos de ensino são uma peça fundamental. ------------------------------------

----- Em 2015 foi apresentada uma Recomendação nesta Assembleia, para que se

implementasse, numa experiência piloto, as zonas “kiss & ride”, soubemos pela

Câmara que nos últimos 3 ou 4 anos foram pensadas e feitas intervenções em 57

escolas, não com este modelo do “kiss & ride”, mas com espaços também de tomada e

largada de alunos e, portanto, já essa experiência se não há por parte dos serviços e,

portanto, o que nós temos aqui juntar é esta solução, que aliás o Senhor Vereador

achou que era positivo era de salutar, mas que, como disse, deve fazer parte de um

Plano de Mobilidade Escolar em que a Câmara está a trabalhar e, portanto, deve ser

entendida como uma solução e não a solução para estas questões, porque é um

problema muito mais vasto, não tem só a ver com mobilidade, não tem a ver só com

educação, mas também tem a ver com o civismo e com novos hábitos no transporte de

alunos e, obviamente com aquilo que é uma avaliação necessária da malha urbana

envolvente de cada estabelecimento, porque não podemos fazer uma avaliação igual

da malha urbana, por exemplo, numa escola do casco histórico ou uma escola, por

exemplo nos Olivais, quando o seu espaço urbano e a malha é muito mais distanciada

entre si! --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Portanto, o que é que nós propomos? Propomos que o Município conclua o

levantamento e enquadramento dos estabelecimentos de ensino da cidade, que, como

disse já tem vindo a fazer, a tipologia da malha urbana envolvente e possíveis

adaptações do espaço viário e público para acolher a estas zonas designadas de “Kiss

and Ride”, que proceda à implementação de experiências piloto a curto prazo, para

ver se efetivamente, e em zonas distintas da cidade com malhas urbanas distintas, para

perceberem se efetivamente há uma solução ou não, aliada a outras e que,

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obviamente, como já disse, que estas soluções sejam aferidas e acordadas com os

estabelecimentos de ensino em prol de toda a comunidade escolar, em particular, a

doa alunos. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- Portanto, Senhora Presidente, termino dizendo que, neste registo de levar uma

Recomendação em primeiro lugar a uma Comissão e podê-la discutir com a Câmara,

eu acho que é profícuo, que é benéfico e, portanto, acho que hoje a nossa proposta

também está mais enriquecida por esse mesmo debate. Muito obrigado.” ----------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado. ------------------------------------------------------

----- Vamos dar a palavra a quem a pediu, portanto, a senhora Segunda Secretária vai

dar a palavra.” ------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Cláudia Madeira, do PEV.” --------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV) no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Presidente, Senhoras Secretárias, Senhores Vereadores

e Senhores Deputados. ---------------------------------------------------------------------------

----- Relativamente à criação de locais de paragem de curtíssima duração junto aos

estabelecimentos de ensino, Os Verdes estão de acordo, relembrando que já em 2015

votámos a favor de uma recomendação sobre esta matéria. --------------------------------

----- É inegável que a tomada e largada de alunos nas escolas causa constrangimentos

e devem ser tomadas medidas para que se consiga resolver o problema do trânsito e

também da segurança dos alunos e dos condutores. -----------------------------------------

----- Efectivamente, levar e ir buscar as crianças à escola é um dos principais

argumentos para utilizar o automóvel em Lisboa. --------------------------------------------

----- Nesse sentido, as zonas de paragem de curta duração, ou zonas “kiss & ride”,

poderão contribuir para a resolução deste problema ou, pelo menos, para minimizar os

seus efeitos. --------------------------------------------------------------------------------------

----- Alertamos apenas para dois aspectos. ----------------------------------------------------

----- Primeiro, nestas zonas é suposto termos paragens muito curtas, o que mais

facilmente acontece quando os pais deixam as crianças na escola. Mas é preciso ter

em conta que quando as vão buscar, podem ter que esperar alguns minutos, o que

poderá criar alguma acumulação de carros, sendo necessário ter outras medidas a par

desta, o que nos leva ao segundo aspecto. -----------------------------------------------------

----- Os Verdes não podem deixar de referir o número muito significativo de alunos

que se deslocam para a escola com os pais em transporte individual. Falamos de mais

de 40% dos alunos. -------------------------------------------------------------------------------

----- Esta é uma situação que é importante inverter, obviamente tendo em conta a

idade dos alunos e a sua autonomia, porque cria um grave problema de gestão de

mobilidade e de espaço público junto às entradas das escolas, e levanta também

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problemas de segurança, além dos impactos ambientais decorrentes da utilização de

transporte individual. ----------------------------------------------------------------------------

----- Consideramos, assim, necessário, a par da criação das zonas “kiss & ride”,

promover uma mobilidade realmente sustentável e modificar atitudes nas instituições

e na sociedade. -----------------------------------------------------------------------------------

----- Como bem se sabe, a escola tem um papel muito importante na formação e na

mudança de comportamentos e é preciso apostar-se em campanhas de sensibilização

relativamente aos benefícios da utilização dos transportes colectivos nas deslocações

casa/escola e escola/casa, para que se promova a necessária mudança

comportamental. ---------------------------------------------------------------------------------

----- Naturalmente, nas situações em que há carência de transportes, esse problema

deve ser resolvido para que exista efectivamente uma alternativa. -------------------------

----- Em conclusão, Os Verdes vão viabilizar esta recomendação porque é importante

que o Município implemente medidas de segurança e de fluidez do tráfego em zonas

escolares, mas não podemos deixar de reforçar que a aposta deve ser feita na

mobilidade colectiva, principalmente se pretendemos uma alteração do actual

paradigma de mobilidade. Obrigada.” --------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Deputada, vamos prosseguir.” ------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado José Alberto Franco, Independente.”-----------

----- O Senhor Deputado Municipal José Franco (IND) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito boa tarde Senhor Presidente, restante Mesa, Senhores Vereadores,

Colegas Deputados. ------------------------------------------------------------------------------

----- Os Deputados Municipais Independentes do Movimento de Cidadãos Por Lisboa

estão também na disposição de viabilizar com o seu voto nesta Recomendação

apresentada pelo CDS, recomendação essa que como já foi explicado pelo Colega

Diogo Moura, acolheu, felizmente, portanto, um conjunto de sugestões que foram

apresentadas na Reunião da 8ª Comissão, que teve lugar no dia 14 de junho, não foi

17, foi 14 de junho, Reunião essa que foi bastante profícua, e eu aproveito para

saudar, portanto, a atitude construtiva que o CDS revelou ao ter-se disposto a discutir

no local, que conforme eu já aqui disse numa outra Sessão, é um local para a

discussão, não apenas política, mas também técnica dos assuntos que interessam neste

caso à mobilidade, assim outros partidos tivessem a mesma atitude construtiva que o

CDS demostrou nesta oportunidade. -----------------------------------------------------------

----- Eu reparo e assiná-lo que realmente o texto da versão atualizada acolheu várias

sugestões que foram apresentadas durante a Reunião da 8ª Comissão, estamos,

portanto, a favor de que se conclua, não é iniciar ou concluir, é que a Câmara conclua

o levantamento que já está a ser feito desde 2015 nesta questão da tipologia da malha

urbana que envolve as escolas e que, portanto, identifique quais as medidas que

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possam ser positivas para a redução do tráfego e também para a segurança das

crianças, que é outra questão que foi aqui acrescentada na versão revista, que se

multipliquem, multipliquem talvez é exagero, mas que se complementem estas ações

como outras intervenções que a Direção Municipal de Mobilidade tem em curso, e

ficamos satisfeitos em saber que há agora uma equipa técnica na DMM a trabalhar

nestes assuntos da mobilidade escolar. --------------------------------------------------------

----- E, finalmente tal como a Deputada do PEV também já referiu, querermos

sublinhar que este apoio a estas medidas não significa de modo nenhum, e é oportuno

agora relembramos, a nossa aposta principal em soluções de mobilidade para as

crianças, que não se apoiem necessariamente no transporte individual, portanto,

sabemos que há diferenças significativas nesta matéria entre os estabelecimentos

privados e as escolas públicas, mas, portanto, foi-nos apresentada, e com muito

interessante, um trabalho feito pela Câmara cujos resultados estão resumidos neste

pequeno separador com os resultados estatísticos, são 60% dos pais das crianças das

escolas privadas que os levam à escola e os vão buscar, o que é significativamente o

contrário do que se passa nas escolas públicas. -----------------------------------------------

----- Portanto, nós continuaremos a apostar no recurso às soluções coletivas de

transporte, mas compreendemos que tenha que haver experiências que minorem os

efeitos negativos dos casos em que se usa o transporte individual. Muito obrigado.” ---

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -----------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Valente Pires, do PS.” ---------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Valente Pires (PS) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, Senhor Vice-Presidente, Senhores Vereadores, Senhores

Deputados. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- Esta recomendação chama-nos a atenção para a dificuldade de estacionar

corretamente, verificada pelos pais e encarregados de educação que transportam de

carro os filhos às escolas em Lisboa, leva a que sejam cometidos atos imprudentes

como estacionar em segunda e terceira fila, o que aumenta a probabilidade de

ocorrerem acidentes, bem como atrapalha o trânsito que circula nas artérias e nas

proximidades das escolas. -----------------------------------------------------------------------

----- Como solução mitigadora desse problema, a criação de zonas “kiss & ride”,

zonas de tomada e largada de passageiros de curtíssima duração, entre um e dois

minutos, durante os horários dos estabelecimentos escolares que servem, possibilita a

largada e tomada de crianças de um modo mais seguro.-------------------------------------

----- Considerando em primeiro lugar a segurança das crianças, a criação destas zonas

vai permitir minorar alguns dos problemas de trânsito na chamada hora de ponta. ------

----- O programa de Mobilidade Escolar 2019/2020 não se esgota na criação de zonas

“kiss & ride” pois estão em implementação, ou já em funcionamento, outros

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Programas da Câmara Municipal de Lisboa, tais como “O Navegante-Escola”, para os

primeiros e segundos ciclos do ensino público e privado; “Lisboa em Rodinhas”, que

movimenta cerca de 300 alunos; o “City Changer Cargo Bike”, que está em

funcionamento em duas escolas, e com 24 famílias neste programa; e as Escolas Leão

de Arroios, Dom Dinis, Delfim Santos e do Parque das Nações, estão a ser alvo de

intervenções, nomeadamente, na colocação de bandas cromáticas; criação de parques

de estacionamento para velocípedes, motociclos e ciclomotores; criação de parques de

estacionamento para pessoas com mobilidade reduzida; colocação de sinalização

vertical e colocação de revestimento de alta fricção tipo “Power Group” e ainda a

colocação de lombas redutoras de velocidade, entre outras medidas. ----------------------

-----Por último, gostaria de referir que a Câmara Municipal de Lisboa para todos estes

projetos tem o seguinte lema, todas as crianças devem poder ir para a escola em

segurança, independentemente da idade e do modo de transporte. ------------------------

----- Por todas estas razões, o Partido Socialista vai votar favoravelmente esta

proposta. Disse.” ---------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -----------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Miguel Santos, do PAN.” -----------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “A Mesa regista ainda um pedido palavra nesta matéria do Senhor Vereador

Miguel Gaspar, pergunto pois se mais algum Senhor Deputado quiser inscrever-se, é

agora o momento de o fazer.” -------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Santos (PAN) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente, Senhoras Secretárias, Senhores Vereadores,

Colegas Deputados Municipais, Imprensa, Público em geral. -----------------------------

----- Como é sabido nós temos privilegiado e continuamos a privilegiar o transporte

coletivo para a deslocação na Cidade. ---------------------------------------------------------

----- Sabemos também que o levar as crianças à escola é uma tarefa que a nossa

sociedade, os nossos concidadãos, têm em especial conta para implementar medidas

de segurança e ter um cuidado extremo com a deslocação dos seus filhos, por isso,

temos hoje em dia uma grande maioria de crianças que, provavelmente, são deixadas

na escola pelos seus progenitores e que não estão a utilizar os transportes públicos,

isto levanta questões, como é sabido, de estacionamento na altura do deixar as

crianças que levam por vezes a que haja engarrafamentos à entrada das escolas, muito

complicados, de difícil resolução. --------------------------------------------------------------

----- Por isso esta proposta de Recomendação de zonas “kiss & ride” é uma boa

proposta e iremos apoiá-la certamente. --------------------------------------------------------

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----- Queria ainda dizer que é necessário que existam, para além desta Recomendação,

soluções customizadas para cada escola, que devem passar seja por apoio de veículos

da Câmara, seja por apoio de veículos da própria escola, porque nem todas as escolas

têm a mesma dimensão e a forma como é feita o deixar as crianças varia e, portanto,

não pode haver uma solução igual para todos. ------------------------------------------------

----- Por isso, um apelo à imaginação dos pais, das escolas e da própria Câmara para

que sejam implementadas, caso a caso, as melhores soluções. Muito obrigado.” --------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado. ------------------------------------------------------

----- Agora a palavra ao senhor Vereador Miguel Gaspar.” ---------------------------------

----- O Senhor Vereador Miguel Gaspar, no uso da palavra, fez a seguinte

intervenção: ---------------------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigado Senhora Presidente. -----------------------------------------------------------

----- Antes de mais agradecer uma vez mais a disponibilidade do Presidente da 8ª.

Comissão para me convidar e para me receber para falar sobre este tema da

mobilidade escolar na 8ª. Comissão. ----------------------------------------------------------

----- Saudar também o ambiente de diálogo que houve entre todos os Grupos Políticos

na 8ª Comissão em que, no essencial, arriscaria usar a palavra de consenso

relativamente à necessidade e à importância da mobilidade escolar, e apenas dizer

isto, de facto, não será possível resolver o problema de mobilidade da cidade de

Lisboa se também não resolvemos o problema de mobilidade das escolas. ---------------

----- As crianças, os jovens, mas, em particular, as crianças mais novas, pela sua

dependência da mobilidade dos adultos condicionam centenas de milhares de pessoas

na cidade de Lisboa que, de alguma forma ao longo do seu dia levam as crianças à

escola. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Este problema é mais agudo naquele que é aquilo que é o ensino privado na

cidade de Lisboa, os números são muito claros, há mais do dobro da dependência do

carro no ensino privado do que no ensino público, naturalmente a escola pública é

uma escola de proximidade, o que também facilita o ir a pé e o ir de outros modos

para a escola, mas também haverá outros fenómenos, que não só estes, que

contribuem para isto, e o que é verdade é que as zonas de “kiss & ride”, e também

aqui elogiar a Proposta do CDS no sentido que de facto as zonas de “kiss & ride” são

úteis, mas são manifestamente insuficientes para resolver o problema da mobilidade

escolar, como tivemos oportunidade de discutir. ---------------------------------------------

----- Fizemos umas contas, um colégio, e digo um colégio porque tipicamente os

colégios têm muitas vezes mais alunos do que as escolas públicas, concentrados num

único sítio, mas um colégio com mil alunos rapidamente precisávamos de 50 ou 60

lugares de “kiss & ride” para suportar aquilo que são a quantidade de carros que hoje

procuram essas escolas, é por isso que a Câmara Municipal de Lisboa abraça a

mobilidade escolar com muita força, é, provavelmente, é uma equipa muito dedicada

que nós temos a trabalhar nesta área da mobilidade, onde são muito pró-ativos,

registamos o número crescente de interesse de escolas públicas e privadas de

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participarem de forma ativa neste assunto, mas também porque estamos nesta

Assembleia, que é onde também se sentam os Senhores Presidentes de Junta, também

por isso ser muito claro nesta mensagem. Nunca conseguiremos resolver de forma

plena o problema da mobilidade escolar sem o envolvimento das Juntas de Freguesia,

e sem a participação dos Senhores Presidentes de Junta, pela proximidade que têm às

escolas, e pela sua capacidade de intervenção no terreno, por isso, lançar daqui o repto

também para um envolvimento grande muito das Juntas de Freguesia e em

colaboração com os Serviços Municipais Mobilidade, para conseguirmos calar e que

sejam as boas práticas e os bons exemplos que consigamos fazer na cidade de Lisboa.

Muito obrigado Senhora Presidente.” ----------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Vereador. -------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, estamos em condições de pôr à vossa votação a

Recomendação 64/01, do CDS-PP, pela criação de locais de paragem de curtíssima

duração junto aos estabelecimentos de ensino e zonas de “kiss & ride”. ------------------

----- Recomendação nº. 64/01, do CDS-PP, votos contra do Senhor Deputado

Municipal Independente Rui Costa, não há abstenções, votos a favor do PS, PSD,

CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, PPM, 6 IND e do Senhor Deputado Municipal

Independente Rodrigo Mello Gonçalves. A Recomendação nº. 64/01 foi aprovada

por maioria. --------------------------------------------------------------------------------------

----- (Ausência de dois Deputados (as) Municipais Independentes da Sala de

Plenário.) -----------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “O Senhor Deputado Municipal Rui Costa apresentará uma Declaração de Voto.”

----- (Não foi apresentada a Declaração de Voto do Senhor Deputado Municipal

Independente Rui Costa.)------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Senhores Deputados, está na hora que estava combinada com os peticionários da

Petição 18/2018 para começarmos a discussão da petição, que devia ter sido às 5h

30m, peço desculpa destes minutos de atraso. ------------------------------------------------

----- PONTO 12 - APRECIAÇÃO DA PETIÇÃO 18/2018 – OBRAS DE

AMPLIAÇÃO DA CASA DOS ANIMAIS DE LISBOA (CAL), NOS TERMOS

DA PETIÇÃO E AO ABRIGO DO ARTIGO 85º DO REGIMENTO; 1,5 X

GRELHA BASE: 51 MINUTOS, A QUE ACRESCEM 10 MINUTOS PARA OS

PRIMEIROS SUBSCRITORES; --------------------------------------------------------------

----- Parecer da 4ª Comissão Permanente ------------------------------------------------------

----- Recomendação 068/04 (4ª CP) ----------------------------------------------------------

----- (A Petição nº. 18/2018 fica anexada a esta Ata como Anexo XII e dela faz parte

integrante) -----------------------------------------------------------------------------------------

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----- (O Parecer da 4ª. Comissão relativo à Petição nº 18/2018 fica anexada a esta Ata

como Anexo XIII e dela faz parte integrante) ------------------------------------------------

----- (A Recomendação 068/04 (4ª. Comissão) relativo à Petição nº 18/2018 fica

anexada a esta Ata como Anexo XIV e dela faz parte integrante) -------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Propunha que os outros Pontos da Ordem de Trabalhos ficassem neste momento

suspensos, o Ponto 11º. será sempre adiado, porque ainda não foi aprovado em

Câmara, e que começássemos desde já a apreciação da Petição, logo vemos no final

das Petições se ainda conseguimos regressar à nossa Ordem de Trabalhos ou se estes

pontos transitam para a Ordem de Trabalhos da semana seguinte, consoante a hora em

que estivermos, portanto, neste momento, eu queria a introduzir a questão da Petição

18/2018, “Obras de ampliação da Casa dos Animais de Lisboa”. --------------------------

----- É uma Petição que teve 432 subscritores, a primeira subscritora, ou enfim, quem

vem falar em nome dos peticionários é a Senhora Dona Anabela Nunes, que tem 10

minutos para o efeito. ----------------------------------------------------------------------------

----- Não sei se já está a ser acompanhada pelos Serviços, muito bem e, portanto,

teremos a grelha das petições, que os Senhores Deputados já conhecem e os

Peticionários também tiveram conhecimento da Recomendação da 4ª Comissão e do

Parecer da 4ª Comissão. -------------------------------------------------------------------------

----- A seguir à apresentação da Senhora representante dos Peticionários vamos ouvir

o que é que a 4ª Comissão se pronunciou e que é que propõe e depois teremos o

debate. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Faz favor de subir. Muito obrigada pela vossa iniciativa, isto leva sempre mais

tempo do que aquilo que nós gostamos, mas, finalmente hoje é o dia para a

apreciarmos e tem os seus 10 minutos, quando chegar ao fim do tempo farei o sinal.

Muito obrigada.” ---------------------------------------------------------------------------------

----- A Peticionária, Senhora Anabela Nunes, no uso da palavra fez a seguinte

intervenção: ---------------------------------------------------------------------------------------

----- “Boa tarde Excelentíssimas Senhoras e Excelentíssimos Senhores, a Petição é

sobre as obras de ampliação da Casa dos Animais de Lisboa, que estão aprovadas

desde 2016, portanto, desde 2016 que estamos à espera das obras na CAL, por isso

resolvi fazer esta Petição que penso que ajudará na rapidez do começo das mesmas,

visto ser urgente a criação de mais boxes para alojar os animais abandonados, que são

cada vez mais. ------------------------------------------------------------------------------------

----- Vi que falaram na cooperação com associações zoófilas, mas penso que não será

possível pois estas estão completamente lotadas, para além de que as condições são

muito inferiores às da CAL, podendo-se concluir, tal como foi citado pelo Parecer que

parecem autênticos campos de refugiados. ----------------------------------------------------

----- Agradeço que não abandonem este tema que tanto nos aflige, pois animais soltos

na via pública são um perigo para eles e para nós. -------------------------------------------

----- Tal como citei o número das boxes previstos nas obras aprovadas não é de todo

suficiente, mas resolverá uma pequena parte do problema, visto que pelo menos todos

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os dias são solicitadas entradas de pelo menos dois a três animais na CAL, fora as

queixas de abandonos em varandas, hortas, quintais, que a CAL não pode socorrer,

estando estes animais em perigo. ---------------------------------------------------------------

----- Agradeço mais uma vez a atenção dada a este tema, cada vez mais preocupante

para todos nós. ------------------------------------------------------------------------------------

----- Já agora gostaria de solicitar a todos os Partidos aqui representados, se não

estaria na altura de atualizar os Decretos-lei mencionados, que muitos já têm mais de

vinte anos e que se tornaram, portanto, mais do que insuficientes para o panorama

atual respeitando esta causa tão nobre!” -------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Dona Anabela, penso que expôs aqui claramente a vossa

preocupação, e agora temos que dar a palavra ao Senhor Relator, penso que é o

Senhor Deputado Diogo Moura, peço desculpa, eu tinha a indicação que era o Senhor

Deputado Diogo Mouta, não é?-----------------------------------------------------------------

----- É o Senhor Deputado Miguel Santos que vem apresentar, a Relatora é a sua

colega Inês Sousa Real e o Senhor Deputado vem representá-lo, muito bem, o Parecer

da 4ª Comissão.” ---------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Santos (PAN) no uso da palavra, e pelo

relator, fez a seguinte intervenção: -------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente. ---------------------------------------------------

----- No dia 1 de Agosto de 2018 deu entrada na Assembleia Municipal uma Petição,

subscrita por 640 cidadãos, intitulada “Obras de ampliação na Casa dos Animais de

Lisboa”, a CAL. ----------------------------------------------------------------------------------

----- Através da referida Petição foi referido e solicitado em suma o seguinte: que a

Casa dos Animais de Lisboa, a CAL, é o centro oficial de recolha de animais do

Concelho de Lisboa que tem por competência o acolhimento de todos os animais

abandonados ou negligenciados da Cidade, mas que se encontra sempre em

sobrelotação, não podendo como tal dar resposta às inúmeras solicitações que lhe são

feitas. ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Que cada animal abandonado no seu espaço público, para além do sofrimento

causado pelo abandono, doenças ou subnutrição, pode ser um foco de contágio e

causar a insalubridade do espaço público e acidentes rodoviários muito graves, pelo

que zelar pela saúde e salubridade públicas e pela segurança das pessoas, quando

afetadas pela presença de animais no meio urbano, são igualmente competências dos

centros de recolha oficial, CRO, como é o caso da casa dos Animais de Lisboa. --------

----- Que a Câmara Municipal prometeu em 2016, na sequência de votação do projeto

apresentado para o Orçamento Participativo, iniciar as obras de ampliação da CAL, e

que em 2017 não aceitou a nova proposta ao Orçamento Participativo, com o mesmo

teor, uma vez que a ampliação já estava contemplada no Orçamento Municipal, mas

decorridos dois anos nenhuma alteração se verificou. ---------------------------------------

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----- Pelo que requerem os Peticionários que a Câmara Municipal inicie de imediato as

prometidas obras de ampliação da CAL, e que equipe esta instalação de meios

humanos e materiais necessários ao seu regular funcionamento. --------------------------

----- Distribuída a Petição à 4ª. Comissão Permanente de Ambiente e Qualidade de

Vida foram promovidas diligências no sentido de ouvir desde logo os Peticionários, o

Vereador do Pelouro, o Projetista de ampliação da CAL, tendo no entanto só sido

possível ouvir o Gestor responsável por este Processo, o Engenheiro Rui Anjos e a

Provedora Municipal dos animais de Lisboa. -------------------------------------------------

----- Foram ainda requeridas as peças do projeto de ampliação da Casa dos Animais e

o Parecer emitido nesse âmbito pela Provedoria. ---------------------------------------------

----- Considerando que pouco antes da entrada da Petição a 4ª Comissão já tinha

realizado uma visita às instalações da Casa dos Animais de Lisboa, acompanhada pela

responsável técnica da mesma, a Doutora Marta Videira, e o chefe da respetiva

Divisão, o Doutor Veríssimo Pires, não se afigurou necessário o repetir o local de

urgência, uma vez que já tínhamos a informação prestada aquando da referida visita. --

----- A destacar o parecer positivo de Provedoria relativamente ao projeto de

ampliação e a informação do Vereador do Pelouro, tendo sido referido que desde

2014, aquando das obras de melhoria da CAL foi sentida a necessidade de ampliar as

instalações, que estavam já aquém das suas capacidades, pelo que a partir daí se

encetou um processo técnico para se encontrar a melhor solução, chegando-se hoje a

um projeto finalizado que traduz uma ampliação da zona das boxes para cães, uma

zona de recreio e lazer, houve também uma reformulação na zona do Gatil fechado,

com mangas de circulação, para permitir aos felinos circular pelo exterior e pelo

interior. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Entre várias recomendações destacamos a criação de uma zona de recobro para

os animais que saem das cirurgias; uma maternidade para gatos que vai ser dotada das

condições ideais, estando presentemente a funcionar a título provisório; a ampliação

da zona de armazéns e construção de um depósito de água potável, que servirá para

situações de emergência, como faltas ou cortes de água; o atual refeitório e cozinha

irão ser remodelados em zona de gabinetes, devido à escassez para Médicos

Veterinários. --------------------------------------------------------------------------------------

----- A zona de estacionamento vai ser totalmente revista com a colocação de um

depósito de gás propano para o afastar do edifício novo, o que irá obrigar a nova

recolocação da colónia/sede de gatos. ---------------------------------------------------------

----- Em sede de audição referiu ainda o Senhor Vereador que o projeto de execução

não está concluído, que a obrigação legal de revisão do projeto neste momento está

em curso, com prazo espetável para terminar na segunda quinzena de abril, e que o

valor estimado é na ordem de 1 milhão e 250 mil euros. -----------------------------------

----- Por último referiu que o prazo executável da obra deverá andar na ordem dos

nove meses a um ano, e só quando se concluir a revisão do projeto poderão

determinar com exatidão o prazo de conclusão. ----------------------------------------------

----- Assim tendo em conta o valor da Petição nº. 18/2018 e as suas legítimas

preocupações, a visita realizada à Casa dos Animais de Lisboa pela 4ª. Comissão

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Permanente, bem como as audições realizadas e a análise da documentação enviada,

emitem-se as seguintes recomendações à Câmara Municipal: ------------------------------

----- 1- Sensibilização dentro do Concelho Metropolitano da Área Metropolitana de

Lisboa e na Direção- Geral das Autarquias Locais, para uma maior e melhor

articulação entre os Municípios que a integram, com vista à construção de instalações

com condições similares à da Casa dos Animais de Lisboa e à promoção de ações que

visem que visem prevenir o excesso de abandono de animais. -----------------------------

----- Não obstante a necessidade de ampliação da CAL, pois muitos dos abandonos

decorrem de um rácio que resulta da própria pressão populacional do Concelho, não

se deixa de verificar que que os demais Municípios limítrofes que integram a área

Metropolitana de Lisboa também devem fazer um investimento proporcional, mas que

muitas vezes é o próprio Concelho de Lisboa que acaba por acolher os animais

provenientes daqueles concelhos, isto para além dos desafios trazidos pela evolução

da legislação de proteção animal, como é o caso da criminalização de maus tratos, que

leva a que os animais tenham que permanecer por um maior período de tempo

acolhidos e à guarda do Município. ------------------------------------------------------------

----- 2- Que até ao início das obras de ampliação da CAL se assegure o acolhimento

dos animais, nomeadamente por via da realização de protocolos com entidades

terceiras devidamente capacitadas para o efeito, como as associações zoófilas

legalmente constituídas ou quaisquer outras entidades que detenham espaço adequado

para o efeito, sempre e desde que acautelado o bem-estar dos animais e o acesso da

autarquia aos mesmos; ---------------------------------------------------------------------------

----- 3- Que passe a ser efetuado o registo dos animais que não dão entrada na CAL

por falta de capacidade de alojamento, por proveniência geográfica, e tal informação

possa estar disponível publicamente no sítio oficial da CML e da CAL, e que a mesma

possa constar da informação escrita do Presidente da CML. --------------------------------

----- 4- Que sejam assegurados os necessários recursos humanos para o regular

funcionamento da Casa dos Animais de Lisboa. ---------------------------------------------

----- 5- O reforço das campanhas de adoção e de sensibilização da população para os

deveres que devem ser observados na detenção de animais; --------------------------------

----- 6- Que a obra de ampliação acautele as boas práticas em matéria ambiental e seja

articulada com o “Plano de Ação para as Energias Sustentáveis e o Clima” (PAESC),

assim como incluindo a instalação de paneis solares na CAL, com vista à redução dos

consumos energéticos. ---------------------------------------------------------------------------

----- Não se pretende que a CAL seja a última morada de destino dos animais, que por

algum motivo ali são acolhidos, mas tão-somente um local de passagem, quer permita

salvaguardar o seu bem-estar, proceder à sua recuperação física e atá comportamental

e posteriormente encaminhá-los para novas famílias. ----------------------------------------

----- O Relatório em apreço foi aprovado por unanimidade das forças políticas

presentes e representadas na 4ª. Comissão Permanente. -------------------------------------

----- Resta-nos agradecer aos Peticionários e às entidades de ouvidas pela colaboração

disponibilizada. Muito obrigado.” --------------------------------------------------------------

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----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado, que fez aqui o papel do Relator, nesta caso a

Relatora. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Agora vamos dar a palavra aos senhores Deputados inscritos.” ----------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Cláudia Madeira, do PEV.” --------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV) no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, eu começo por saudar em nome do grupo Municipal do

Partido Ecologista Os Verdes, os subscritores desta Petição, muito pertinente que

solicita obras de ampliação da Casa dos Animais de Lisboa. -------------------------------

----- Este é um equipamento municipal importante mas está permanentemente

sobrelotado, não conseguindo, por isso, dar a resposta necessária a todas as

solicitações, principalmente tendo em conta a evolução da legislação sobre protecção

e bem-estar animal. ------------------------------------------------------------------------------

----- Esta situação faz com que não consiga cumprir devidamente a sua missão, e cada

animal que não consegue receber, é um animal destinado a ficar abandonado, com

todas as consequências que isto representa, desde o sofrimento que é causado, às

questões de saúde e de segurança. --------------------------------------------------------------

----- Acontece que a autarquia ainda não avançou com as prometidas obras, que foram

inclusive uma proposta apresentada no Orçamento Participativo em 2016, que acabou

por ser não ser votada, pois a Câmara tinha um projecto mais completo. -----------------

----- No entanto, nada avançou e, em 2017, quando a proposta foi novamente

apresentada, a autarquia informou que não era elegível, alegando que já estaria

contemplada no orçamento municipal. --------------------------------------------------------

----- E, de facto, perante uma pergunta de Os Verdes, o executivo chegou a afirmar

que a empreitada deveria estar em execução no início de 2018. ----------------------------

----- A realidade é que já estamos em 2019, e nada de obras!-------------------------------

----- Este não é um caso único de projectos do Orçamento Participativo que não

avançam. Concretamente sobre este equipamento, relembramos que a 3ª Fase da

Construção do Canil/Gatil Municipal (a antiga designação) foi a proposta mais votada

em 2009, e também essas obras tardaram.-----------------------------------------------------

----- Depois de se iniciarem, chegaram a estar paradas, tendo até havido uma sentença

do Tribunal Administrativo que obrigava a um conjunto de medidas com vista ao

bem-estar dos animais. --------------------------------------------------------------------------

----- Perante isto, a posição de Os Verdes é muito clara: a Câmara não pode

desenvolver um processo de orçamento participativo e depois não cumprir a vontade

dos cidadãos. --------------------------------------------------------------------------------------

----- Relativamente à ampliação, estão previstas mais 24 boxes para cães, mas é

fundamental assegurar que serão suficientes face às necessidades, daí ser relevante

sabermos quantos animais acabam por não dar entrada por falta de espaço. --------------

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----- A Casa dos Animais deve ter um espaço adequado à realidade do município e

não faz sentido fazer agora obras de ampliação e, daqui a uns meses, estarmos

novamente com o mesmo problema de sobrelotação. ----------------------------------------

----- Aliás, em 2014 quando finalmente terminaram as obras que vieram melhorar

consideravelmente as suas condições, que eram deploráveis, tornou-se logo evidente

que não foram suficientes. ----------------------------------------------------------------------

----- Outro aspecto essencial é o reforço dos meios humanos, pois a Casa dos Animais

só conseguirá dar uma vida melhor aos animais se tiver os trabalhadores necessários.

E é de reconhecer e de saudar todo o trabalho que lá é feito, muitas vezes sem as

condições apropriadas. ---------------------------------------------------------------------------

----- Bem sabemos que a autarquia está a avançar com a contratação de trabalhadores,

mas é preciso ter em conta os que vão sair por motivo de aposentação e a própria

ampliação do espaço requerer mais profissionais. Ou seja, se entram três mas saem

dois, o resultado é apenas mais um e isso não será suficiente. ------------------------------

----- Não menos importante é todo o trabalho que é preciso prosseguir no que diz

respeito a campanhas para adopção responsável. ---------------------------------------------

----- Mas este não é um assunto novo. Pela mão de Os Verdes, no seguimento de

várias visitas que temos feito à Casa dos Animais, foram diversas as recomendações

que apresentámos, por exemplo em 2007, 2010 e 2013, sempre com o propósito de

realizar as obras necessárias, assim como de dotar este serviço dos meios humanos e

materiais adequados, sem esquecer as campanhas de sensibilização. E todas elas

foram aprovadas. --------------------------------------------------------------------------------

----- Foi também aprovada em 2016, por proposta de Os Verdes, uma recomendação

para a instalação de painéis solares neste equipamento. -------------------------------------

----- Mas como as obras, nas suas diferentes fases, têm encontrado muitos

contratempos, também temos vindo a questionar o executivo sobre a data para a sua

realização. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- Ou seja, facilmente se percebe que a Casa dos Animais precisa destas medidas,

entre outras, para prestar um serviço com mais qualidade no que diz respeito ao bem-

estar animal. --------------------------------------------------------------------------------------

----- Portanto, perante o conteúdo desta petição, que Os Verdes acompanham, é da

maior importância que a Câmara Municipal concretize as recomendações constantes

do relatório da 4ª comissão, com as quais também estamos de acordo. --------------------

----- Por fim, reiteramos a nossa saudação a todos os peticionários e reforçamos que

estas medidas serão um passo determinante para que Lisboa seja uma cidade mais

amiga dos animais. Obrigada.” -----------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Deputada.” ----------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Graciela Simões do PCP.” ----------------------

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----- A Senhora Deputada Municipal Graciela Simões (PCP) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------

----- “Boa tarde, queria felicitar, em nome do PCP os peticionários e gostava de sobre

esta matéria informar que o PCP em 2015 apresentou uma Recomendação, que foi

nesta Assembleia aprovada por todos, com exceção da abstenção do CDS, e em que

manifestava exatamente as suas preocupações em relação à Casa dos Animais, mas

também em relação às condições de trabalho dos trabalhadores, dos poucos

trabalhadores que lá existiam, e em relação também aos recursos humanos. -------------

-----Acontece que não só esta Recomendação aqui aprovada teve seguimento, assim

como aquilo que já foi aqui ouvido, o orçamento participativo e as respostas às nossas

preocupações, algumas delas vieram através da Diretora Clínica da Casa dos Animais,

que por acaso hoje esteve presente, como seria de esperar, no debate temático sobre

esta matéria. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Ao contrário daquilo que deveria acontecer com o Executivo, dar resposta

exatamente às recomendações aprovadas nesta Assembleia e que não têm

encaminhamento, portanto, gostávamos de vir a verificar de que não é mais uma

situação em relação a este trabalho que está a ser feito e que a resolução seja, enfim,

acompanhada de melhorias da Casa dos Animais, em relação aos recursos humanos

necessários, porque sabemos que já foram abertos concursos para alguns, mas não os

suficientes para que seja feito um trabalho de acordo com as necessidades, e que esta

melhoria que importa num 1 milhão e 200 mil, pelo menos é o que está orçamentado,

traga respostas, de acordo com as necessidades, e não daqui a um ano estejamos

novamente a discutir as necessidades de alargamento da Casa dos Animais, portanto,

era apenas esta nota que queria deixar clara.” ------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Deputada.” ----------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Raúl Santos, do MPT.” --------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Raúl Santos (MPT) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigado Senhora Presidente e Senhores Vereadores, Caros Colegas, Público

presente, Peticionários, a quem começo por saudar esta iniciativa que agora estamos a

discutir. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- A prova de que o bem-estar animal é uma questão que diz muito aos lisboetas, foi

o projeto intitulado “Ampliação das instalações da Casa dos Animais de Lisboa” e

novas valências para o bem-estar animal e que recebeu um apoio que todos

conhecemos. --------------------------------------------------------------------------------------

----- Os Deputados Municipais que integram a 4ª. Comissão Permanente detiveram no

ano passado a oportunidade de visitar a Casa dos Animais de Lisboa, e foi com agrado

que constatámos que os animais ali acolhidos usufruem de instalações e cuidados que,

infelizmente, nem todos os centros de recolha podem possuir e dispensar. ---------------

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----- Os esforços que os técnicos e a equipa de voluntários, aliados ao investimento

feito pelo Município, ali prestam, ali têm, resultaram num centro com excelentes

condições para acolher animais de companhia abandonados na Cidade de Lisboa. ------

----- A todos os que se dedicam diariamente a proporcionar a estes animais

abandonados, por quem lhes deveria ter assegurado conforto e amor, gostaríamos de

deixar aqui uma palavra de apreço, no entanto, estamos perante a necessidade de

aumentar a capacidade de recolha das instalações da Casa dos Animais, sinal de que

ainda não é suficiente. ---------------------------------------------------------------------------

----- Ao aumento da população residente na Área Metropolitana de Lisboa segue-se o

aumento da população dos centros de recolha, e assim nunca será suficiente. ------------

----- Consideramos que há muito a fazer a nível da Educação, sabemos que o

Executivo tem já um programa de sensibilização nas escolas sobre a adoção em

centros de recolha, em detrimento da compra de animais de companhia, o que é mais

uma iniciativa que louvamos, mas se a educação passasse essencialmente sobre as

questões do bem-estar animal, todas as crianças que compreendessem que há mais

coisas que nos aproximam dos animais de companhia do que aquelas que nos

diferenciam, e que os adultos também o entendessem, talvez as consequências

imediatas, e a médio e longo prazo, no número de abandonos de animais fossem

visíveis mais rapidamente e a Casa dos Animais de Lisboa não sentisse a necessidade

de ver as suas instalações ampliadas, o que tememos que venha a acontecer

nomeadamente no futuro próximo. -------------------------------------------------------------

----- Fazendo votos para que este cenário de recuperação desta Casa e da sua

ampliação se concretize tão brevemente quanto possível, acompanhamos

positivamente as recomendações elaboradas pela 4ª Comissão Permanente.

Obrigado.” ----------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -----------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Isabel Pires, do Bloco de Esquerda.” ----------

----- A Senhora Deputada Municipal Isabel Pires (BE) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “ Obrigada Senhora Presidente, Senhores Deputados, Senhoras Deputadas. --------

----- Em primeiro lugar em nome do grupo Municipal do Bloco de Esquerda saudar os

peticionários e os expedicionários que trouxeram a esta Assembleia Municipal este

debate. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Como já foi amplamente referido a questão das obras da Casa dos Animais de

Lisboa é uma questão antiga, tem havido recomendações e moções à Câmara ao longo

de vários anos, para que seja equacionado de uma forma rápida obras de beneficiação

daquela Casa e também de alargamento. ------------------------------------------------------

----- Desde 2016 que existe o compromisso da própria Câmara relativamente a estas

obras, mas a verdade é que desde aí que o processo tem estado mais ou menos parado,

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já em várias oportunidades, tanto em Sessões de Informação Escrita do Presidente da

Câmara, como em sessões de perguntas à Câmara, e através de requerimentos, nós

temos questionado a própria Câmara relativamente às razões que levam e que levaram

a esta morosidade e, por isso, esta Petição também acresce de relevância para que, de

uma forma mais célere, a situação possa ser resolvida, e por isso que acompanhamos

também as recomendações que foram dadas pela 4ª Comissão Permanente, que

esperemos que, desta vez ajudem, de facto, a que a situação se resolva com uma a

maior celeridade possível, a bem, exatamente, não só de uma questão de saúde

pública, mas também de cumprimento com aquilo que a Câmara tem vindo a defender

no âmbito da defesa dos direitos dos animais, que também é algo de importante e

relevante na Cidade de Lisboa.” ----------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Deputada.” ----------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Hugo Gaspar, do PS.”----------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Senhores Deputados é a última intervenção que temos neste ponto da Ordem de

Trabalhos, se alguém quer ainda inscrever-se é a altura de o fazerem junto da Mesa.” --

----- O Senhor Deputado Municipal Hugo Gaspar (PS) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Excelentíssima Senhora Presidente da assembleia Municipal, Excelentíssimos

Senhores ou Senhor Vereador, Caros Colegas Deputados e Público em geral. -----------

----- A ampliação da Casa dos Animais de Lisboa consta do Programa do Governo,

quando Fernando Medina e sua equipa se apresentaram os lisboetas, tendo por base

esta premissa saudamos todas as iniciativas que partem dos cidadãos, e que são um

estímulo para que este programa possa ser cumprido. ---------------------------------------

----- A Casa dos Animais de Lisboa tem um total de equipamentos municipais, um

conjunto características que a tornam única, e que face ao despertar que se sente para

as questões do bem-estar animal, tem desde a primeira hora sido sujeita a um grande

escrutínio, escrutínio esse que parte da própria Câmara Municipal de Lisboa, por parte

da generalidade dos partidos aqui representados, ou ainda por parte de muitos

cidadãos individualmente ou organizados em associações. ---------------------------------

----- A este escrutínio a Casa dos Animais de Lisboa tem vindo a responder com total

transparência ao nível de procedimentos, ao nível das práticas e ao possibilitar que

quem quer que seja possa verificar que os seus olhos, a forma como os animais

errantes da cidade ali são acolhidos, mantidos e tratados. -----------------------------------

----- Perante isto, consideramos que as recomendações redigidas após a análise e o

debate que resultou da Petição número 18 de 2018, reforço essa política de

transparência e de acolhimento dos contributos da cidadania, que o Município de

Lisboa adotou e adotou bem. -------------------------------------------------------------------

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----- Destaco, por exemplo, o facto da atual Provedora Municipal dos Animais de

Lisboa ter considerado e declarado em sede da 4ª Comissão, e passo a citar “Em

muitos aspetos o projeto parece ir além da Lei, ultrapassando inclusivamente os

mínimos legais recomendados, nomeadamente no tamanho dos recintos, destinados a

alojamento, exercício de canídeos e na implementação de um sistema de vídeo

vigilância. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- O grupo Municipal do Partido Socialista saúda os avanços que têm sido dados

para que mais um compromisso feito com e para os Lisboetas seja cumprido,

sabíamos que enquanto não existir uma mudança na mentalidade que quem ainda

lamentavelmente opta criminosamente por abandonar, todo e qualquer espaço ficará

sempre lotado, sendo as ampliações inconsequentes. ----------------------------------------

----- Sabemos ainda que esta ampliação será mais eficaz se o diálogo com a União

Zoófila avançar e passarmos à fase de construção dos suas novas instalações, que

permitirão acolher mais animais errantes, este é de resto outro compromisso eleitoral

que consta do Programa do Governo da Cidade, e que estamos certos que irá seu

levado a bom porto. ------------------------------------------------------------------------------

----- Permitam-me no entanto a liberdade de cair num exercício de redundância,

opinando sobre a opinião pessoal expressa pela Relatora do Parecer, relativo à Petição

em análise, a Senhora Deputada do PAN, Inês Sousa Real. ---------------------------------

----- O Partido Socialista continua a não subscrever a Proposta de criação de um

hospital veterinário municipal, mantendo a sua posição, como esta Recomendação foi

apresentada e submetida a votação pelo PAN, no passado dia 27 de fevereiro, de igual

forma não nos revemos na rejeição da adjetivação da Cidade de Lisboa como cidade

amiga dos animais, pelo facto de a Relatora considerar que há um tratamento

diferenciado para com cavalos, ovelhas e outros animais de quinta parece-nos uma

visão humanista alarmista e exagerada e desfasada da realidade, sobretudo porque

como cada um de nós sabe, ao regressar hoje aos seus territórios, estamos muito longe

de ter uma invasão de animais de quinta a deambular pela cidade, recusamos o

julgamento de anos de progresso e de boas práticas que têm sido adotadas pelo

Município de Lisboa na área do bem-estar animal, por alguns casos isolados, mais,

Lisboa é de facto uma cidade amiga dos seus animais, sendo que existem sempre

oportunidades de melhoria para cimentar este estatuto. -------------------------------------

----- Não considerar Lisboa como uma cidade amiga dos animais, quando temos nos

últimos anos estado sempre na vanguarda das políticas possíveis e exequíveis no bem-

estar animal é uma injustiça, uma injustiça que tem por base o mesmo raciocínio que

saliente-se, rejeitamos, de por exemplo, considerar que o PAN não poderia exibir

outdoors com a frase “A nossa ideologia é a ecologia, e simultaneamente é fixar os

mesmos espaços relvados em pleno Marquês de Pombal”. Disse.” ------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -----------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, terminámos as intervenções, penso que estamos em

condições de passar à fase de votação. O que nos compete neste momento é votar a

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Recomendação da 4ª Comissão que têm presente, a Recomendação 68/04 sobre a

Petição 18/2018, e que recomenda como já foi aqui apresentado, uma série de

iniciativas que eu vou pôr então à votação. ---------------------------------------------------

----- Ninguém pede votação separada, portanto, vamos para à votação as

Recomendação 68/04.” --------------------------------------------------------------------------

----- Recomendação 68/04 (4ª. CP), não há votos contra, não há abstenções, votos a

favor de PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, PPM, 7 IND, do Senhor

Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Deputado

Municipal Independente Rui Costa. A Recomendação 68/04 (4ª. CP) foi aprovada

por unanimidade. -------------------------------------------------------------------------------

----- (Ausência de um Deputado (a) Municipal Independente da sala de Plenário.)-----

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Senhores Deputados, para a Ata tenho que chamar a atenção que há pouco na

votação que fizemos do ponto 6 da Ordem de Trabalhos, a Proposta de aquisição

daquelas duas frações por direito de preferência, a Proposta 384, o Senhor Deputado

Municipal Independente Rui Costa pediu escusa na votação e, portanto, isto tem que

ficar registado em Ata. ---------------------------------------------------------------------------

----- Agora Senhores Deputados vamos passar à segunda Petição que temos aqui para

apreciar, é a Petição em defesa do Miradouro da Senhora do Monte. ----------------------

----- Eu há pouco disse que a Petição 18 tinha 432 assinaturas, mas havia aqui uma

troca na informação que eu dei, a Petição 18 tem 646 assinaturas, e esta Petição 22,

esta sim é que tem 432 assinaturas.” -----------------------------------------------------------

----- PONTO 13 - APRECIAÇÃO DA PETIÇÃO N.º 22/2018 – EM DEFESA DO

MIRADOURO DA SENHORA DO MONTE, AO ABRIGO DO DISPOSTO NO

ARTIGO 85º DO REGIMENTO; 1,5 X GRELHA BASE: 51 MINUTOS, A QUE

ACRESCEM 10 MINUTOS PARA OS PRIMEIROS SUBSCRITORES; --------------

----- Parecer da 3ª Comissão Permanente ------------------------------------------------------

----- Recomendação 075/01 (3ª CP) ----------------------------------------------------------

----- (A Petição nº. 22/2018 fica anexada a esta Ata como Anexo XV e dela faz parte

integrante) -----------------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da 3ª. Comissão relativo à Petição nº 22/2018 fica anexada a esta Ata

como Anexo XVI e dela faz parte integrante) ------------------------------------------------

----- (A Recomendação 75/01 (3ª. Comissão) relativo à Petição nº 22/2018 fica

anexada a esta Ata como Anexo XVII e dela faz parte integrante) ------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Creio que está presente o Peticionário que a vai defender, o Cidadão José

Manuel Coelho, e o Relator, este sim, é que foi o Depurado Diogo Moura, tinha aqui

uma troca nos meus apontamentos, peço desculpa. ------------------------------------------

----- O Senhor Peticionário pode subir, se faz favor, conhece as regras, tem 10

minutos para fazer a sua comunicação que aguardamos todos agradecendo a vossa

iniciativa e a paciência que tiveram, uma vez que já foi apresentada há algum tempo.”

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----- O Peticionário, Senhor José Manuel Coelho, no uso da palavra fez a seguinte

intervenção: ---------------------------------------------------------------------------------------

----- “Começo por saudar todos os presentes e na pessoa da Senhora Presidente de

todos os eleitos. -----------------------------------------------------------------------------------

----- Eu estou aqui como apresentador desta Petição, relativamente ao Miradouro da

Nossa Senhora do Monte. ----------------------------------------------------------------------

----- O Miradouro da Senhora do Monte é um monumento de referência da cidade que

nós não gostaríamos de perder. -----------------------------------------------------------------

----- A importância do Miradouro da Senhora do Monte traduz-se pelo facto de ser

efetivamente património histórico, religioso, paisagístico e ambiental da cidade.--------

----- A Capela da Senhora do Monte é um imóvel de interesse público desde 1933. -----

----- A envolvente do Miradouro e a capela da Senhora do Monte são zona especial de

proteção desde 1960, é o segundo destino de visitas logo após o Mosteiro dos

Jerónimos, este é um facto relevantíssimo na nossa opinião. -------------------------------

----- Pensamos também que o Miradouro da Senhora do Monte é um pilar da

candidatura Lisboa Histórica, Cidade Global, que foi avaliada em julho de 2017, pelo

Património Cultural da UNESCO. -------------------------------------------------------------

----- Em termos históricos a colina da Senhora do Monte é o local onde esteve Afonso

Henriques quando da conquista de Lisboa. As outras duas colinas foram ocupadas por

outras forças, designadamente por ingleses, bretões e que também participaram na

conquista.------------------------------------------------------------------------------------------

----- A capela da Senhora do Monte, que veem aqui é sobejamente conhecida por um

conjunto de situações, designadamente de cariz religioso, mas também pela sua

arquitetura pela sua beleza. ---------------------------------------------------------------------

----- O Miradouro é um património paisagístico e ambiental, porque efetivamente se

insere num dos pontos dominantes da cidade, com um relevo extraordinário numa

perspetiva também ambiental. -----------------------------------------------------------------

----- Ao cimo da Calçada do Monte, aquele edifício que vemos ali é o número 41,

existe um terreno estreito que conseguem vê-lo aqui, que é bastante declivoso e é o

local onde se pretende construir um edifício. -------------------------------------------------

----- Esta frente toda, que é um dos pontos fundamentais de estacionamento das

pessoas, porque tem um muro onde as pessoas se sentam, onde as pessoas se

debruçam e tem uma vista para a zona sul da cidade, para o Rio e para a outra margem

que é verdadeiramente notável, e que faz parte integrante do conjunto. ------------------

----- O edifício que se pretende construir, e que existe um processo de licenciamento

em curso, depois de um PIP que foi aprovado pela Câmara, vai claramente fechar este

horizonte. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- Esta montagem penso que é elucidativa daquilo que irá acontecer. Quem está da

cidade e olha pelo Miradouro, atualmente tem este panorama, a seguir terá algo deste

género, terá ali uma barreira que efetivamente condicionará toda aquela zona. ----------

----- Precisamos claramente do apoio de quem gosta da cidade, e é por isso que

estamos aqui, o nosso processo é um processo de sensibilização, em que gostaríamos

que observassem que estamos em presença de um panorama, que é de todos.------------

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----- Há mais de um século que receamos que fique efetivamente condicionado para a

utilização de apenas de alguns! -----------------------------------------------------------------

----- Com esta edificação do portal da Capela da senhora do Monte deixará de haver

vistas para o lado esquerdo, ou seja, para o lado sudeste. -----------------------------------

----- Cerca de 20% das vistas desaparecerão, uma vista ampla e rasgada que existe

deixará de cobrir o Convento da Igreja da Graça, o Rio Tejo, do lado esquerdo da

Colina do Castelo, a zona especial de proteção do Miradouro e a Capela da Senhora

do Monte e que em Lisboa integram este espaço na estrutura ecológica municipal,

sistema de vistas do ver permeável a preservar, e nós entendemos que deve continuar

a existir e a ser respeitado, este princípio. -----------------------------------------------------

----- Relativamente à propriedade do terreno temos realmente matérias que

gostaríamos de ver esclarecidas, em maio de 1898, a Câmara Municipal de Lisboa

expropriou o terreno para desafogo da vista do Largo do Monte, é assim que é titulado

o processo. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- Em 2018, em agosto, houve o conhecimento da existência de um projeto de

edifícios para apartamentos para construir precisamente nesse mesmo terreno,

alegadamente por fazer parte de uma herança de um senhor chamado Manuel

Bacalhau. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- Em novembro de 2018 foi tomado conhecimento que o terreno foi vendido a uma

entidade chamada “Glacier Horizon”, empresa que fez sondagens geotécnica no local

e relativamente ao terreno desenvolveu um projeto na sequência do PIP que foi

aprovado. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- Este é um extrato do documento que referenciamos de expropriação, eu pedia a

vossa atenção para observarem que este lote G e H é precisamente o local onde vai ser

construído, ou onde se pretende construir o edifício. ----------------------------------------

----- Em termos globais, eu penso que esta imagem clarifica bastante o que estamos a

falar, o Miradouro da Senhora do Monte tem uma frente de 93 metros, estamos a falar

numa amputação de 30 metros dessa frente, que é realmente notável, portanto, é cerca

de um terço do Miradouro que ficaria amputado se este processo vier a ser validado

pela Câmara. -------------------------------------------------------------------------------------

----- Por outro lado, no que diz respeito ainda a matérias de ordem legal é importante

observar que o espaço que faz parte integrante do chamado logradouro verde

permeável a preservar. --------------------------------------------------------------------------

----- Na nossa modesta opinião e de acordo com o Artigo 10, nada seria possível

edificar neste espaço, independentemente da questão da titularidade do terreno, em

termos de vistas as cartas que o PDM tem também são bem claras, este é o quadro que

existe de vistas neste momento, que é realmente notável, estamos a falar de 270 graus

da amplitude de visão e isto será a amputação que será criada com a edificação. -------

----- por outro lado este processo é realmente um bocado estranho na perspetiva da

sua divulgação, nunca ter relativamente ao pedido de informação prévia quer o

processo de licenciamento que, neste momento, está em curso, foram cumpridas as

disposições legais relativas a divulgação, ou seja o Decreto-lei 136/2014, articulado

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com a decorrente Portaria associada e, portanto, conforme eu referi nenhum destes

processos teve publicitação no local. ----------------------------------------------------------

----- O que fazemos? Em 2018, em 11 de setembro, entregámos 432 assinaturas feitas

ad hoc, em 1 3 de setembro de 2018 lançámos uma Petição online, em 22 de outubro

houve uma audição com a 3ª Comissão Permanente da AML, em que a nossa Petição

foi r referenciada por 22/2018 “Em Defesa do Miradouro da Senhora do Monte”, e em

que todos os partidos na ocasião deram o seu apoio. -----------------------------------------

----- Em 17 abril 2019 foi fechada a Petição online com 4455 assinaturas, assinaturas

essas que nos permitiram que em junho de 2019, recentemente, tivéssemos sido

ouvidos na Assembleia da República em que a Petição recebeu esta referenciação

620/13-4ª “Em defesa do Miradouro da Senhora do Monte”. -------------------------------

----- O que queremos? O apuramento de responsabilidades na aprovação do PIP por

parte da Câmara e do DGPC, considerando que o código a aplicar na nossa opinião

não foi respeitado, o Parecer da DGPC é muito superficial, entendemos que os valores

que estão ali em causa, designadamente de património, que é o âmbito da DGPC

mereceriam um outro tipo de atenção, e a questão do esclarecimento dos direitos de

propriedade do terreno relativo à edificação. -------------------------------------------------

------ O que devem fazer as autoridades municipais? Na nossa opinião proteger e

salvaguardar o património histórico, religioso, paisagístico e ambiental de rara beleza,

visitado diariamente por milhares de visitantes, requalificar a zona de proteção do

Miradouro e a Capela da Senhora do Monte tirando o maior e melhor partido do

terreno ali existente para o melhoramento do espaço público e para usufruto de todos. -

----- Abrir e não fechar janelas sobre Lisboa, é uma das carências que nós temos. Esta

é uma imagem do Miradouro e isto é outra imagem do pôr-do-sol e vejam a utilização

do muro e da frente que é destinada à pretensão de construção de um edifício. ----------

----- Espero que tenham ficado sensibilizados e que possam partilhar connosco as

nossas preocupações e que nos ajudem na resolução desta matéria. Obrigado.” ---------

----- (O PowerPoint apresentado pelo Peticionário José Manuel Coelho fica anexado a

esta Ata, como Anexo XVIII e dela faz parte integrante.) ----------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada, acho que foi bastante elucidativo.” ----------------------------------

----- O Peticionário, Senhor José Manuel Coelho, no uso da palavra fez a seguinte

intervenção: ---------------------------------------------------------------------------------------

----- “Se me permitisse só queria dizer uma coisa, eu tenho dois dossiers escritos, um

com o PowerPoint e outro com os documentos todos e numa exposição

circunstanciada e detalhada de tudo o que nos levou a este PowerPoint, esses

documentos estão em via digital disponíveis.” -----------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito bem, se quiser entregar na Mesa nós faremos a distribuição por todas as

forças políticas. Muito obrigado, o ideal é em base digital. ---------------------------------

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----- Senhores Deputados, portanto, ouvimos esta exposição, agora vamos dar a

palavra ao Senhor Relator da 3ª Comissão Permanente, o Senhor Deputado Diogo

Moura.” --------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Informar que o Senhor Deputado Diogo Moura vai fazer a apresentação do

Relatório e depois de seguida faz logo a sua intervenção.” ---------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Diogo Moura (CDS-PP) no uso da palavra,

enquanto relator, fez a seguinte intervenção: -------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente. ----------------------------------------------------

----- Dar nota então daquele que foi o Relatório da 3ª Comissão relativo à Petição 22/

2018 “Em defesa do Miradouro da Senhora do Monte”. ------------------------------------

----- Esta Petição deu entrada na 3ª Comissão no dia 11 de setembro, subscrita por 432

cidadãos e, como já foi aqui bem explanado pelo Peticionário tinha como título “Em

defesa do Miradouro da Senhora do Monte” e levantava vários riscos, com base numa

intervenção, numa urbanização no número 41, contíguo às Escadinhas do Miradouro. -

----- Essas questões levantadas no texto da Petição tinham que ver diretamente com as

questões de sendo uma construção numa zona de risco sísmico, e associada

desmoronamento de terras, a preocupação é inerente. ---------------------------------------

----- O facto deste projeto ficar dentro da zona, tal como a Capela, da zona especial de

proteção à Capela da Senhora do Monte e também com a sua construção o erguer-se

uma muralha de asseguramento na parte superior da Calçada do Monte, mas também

do lado esquerdo da ermida, bem como a nível de vistas, com a obstrução da vista do

Rio Tejo do lado esquerdo do Castelo e da Igreja do Convento da Graça, portanto,

sucintamente é isto que nos traz a Petição. ----------------------------------------------------

----- Das diligências efetuadas pela Comissão em primeiro lugar ouvimos em outubro

de 2018 os peticionários, que nos apresentaram novamente as suas preocupações, a

questão da obstrução da vista panorâmica, as questões da sus integração naquilo que

são as regras previstas no Plano Diretor Municipal, aliás, fala-nos do estudo prévio

para o terreno em apreço e que a sua qualificação enquanto estrutura ao logradouro

verde permeável a preservar, espaço esse a integrar no estudo ecológico municipal,

não se coaduna com aquilo que é o projeto, de que foi dado conhecimento público. ----

----- Falaram-nos também daquilo que foram as declaração do Senhor Presidente da

Câmara de Lisboa, em particular na Assembleia Municipal de Lisboa, onde deixou a

garantia de que não seria aprovado nenhum projeto que inviabilizasse o sistema de

vistas, ou as vistas a partir daquele Miradouro, embora as Peticionárias presentes

nessa audição tenham levantado várias reservas sobre essa mesma promessa, e

também nos deram nota nesse momento de que a Petição já contava com 3416

assinaturas. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- Posto isto, decorreram entre outubro de 2018 e março de 2019 cinco meses, cinco

meses em que a Comissão esteve à espera de documentos que pediu à Câmara

Municipal, e não os tendo recebido, entendemos então a ouvir a Senhora Presidente da

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Junta de Freguesia de São Vicente, que é Freguesia da área geográfica do Miradouro e

da Capela de Nossa Senhora do Monte. -------------------------------------------------------

----- Nesta audição a Senhora Presidente informou e deu nota da sua preocupação com

sistema de vistas, embora tal como os Deputados, o projeto que conhece é o projeto

que vem na comunicação social, e por não haver um conhecimento profundo do

processo em apreço, referiu também que tinha reunido com o Senhor Vereador, com o

Senhor Presidente da Câmara e que o Senhor Presidente da Câmara tinha mais uma

vez reiterado de que não seria aprovado nenhum projeto que colocasse em causa o

sistema de vistas a partir do Miradouro da Senhora do Monte. -----------------------------

----- Demos também informação que tinha entrado um nosso projeto e, portanto, já

não tanto a ver com o primeiro PIP, mas um novo projeto sobre aquele mesmo lote de

terreno. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Por fim, a Senhora Presidente disse que nunca iria apoiar um projeto, um

processo que fosse contra aquilo que são os interesses dos moradores. -------------------

----- Finalmente tivemos a oportunidade de ouvir o Senhor Vereador Manuel Salgado,

no dia 14 de abril de 2019, após várias insistências por parte da Comissão, o Senhor

Vereador nos deu nota que i primeiro PIP que é invocado no texto da Petição e que

tinha sido aprovado pelos Serviços tinha caducado, mas que também já tinha dado

entrada um novo projeto que se encontrava à data da sua audição a ser avaliado pelos

Serviços, e acrescentou aliás que subscrevia o compromisso do Senhor Presidente em

como o edifício, o Município não iria validar nenhum projeto que colocasse em causa

o sistema de vistas, e também sobre o sistema de vistas o Senhor Vereador Manuel

Salgado defendeu e que a questão das vistas a partir do espaço público é ser difícil de

avaliar A priori, uma vez que as técnicas de fotomontagem são apresentadas pelos

promotores da obra e não pela Câmara, portanto, nem sempre com a utilização das

mesmas fotografias, e portanto, considerando aquilo que é a entrega desses

documentos e dessas fotomontagens elas podem estar desvirtuadas face a outras

leituras, digamos, gráficas e visuais dessas mesmas fotomontagens e, portanto, o que

o Senhor Vereador anunciou é que a Câmara está a trabalhar no sentido de criar uma

cidade, entre aspas, 3D, digamos, um modelo, uma aplicação que seja disponibilizada

pela Câmara, para que todas aquelas que sejam as fotomontagens utilizadas nos

processos urbanísticos que dão entrada na Câmara sejam feitas com a mesma base de

imagens do Município e não conforme cada um dos promotores assim vai

apresentando. -------------------------------------------------------------------------------------

----- Ainda nas diligências a Comissão considerou importante relevar outras

informações e documentos relevantes, dizer que após a audição dos Peticionários

considerámos pertinente, mais uma vez, pedir informações à Câmara, recebemos uma

resposta por parte do Senhor Vereador, de 21 de fevereiro, em que nos dava a nota

que em 2016 tinha sido homologado favoravelmente o PIP da proposta de volumetria

de edificação a construir no local, de já aqui vos falei, e que, entretanto, caducou. ------

----- Disse também que esse pedido estava na data em fase de apreciação, portanto,

esta informação já está desatualizada, que foram na altura pedidos novos elementos

para decisão municipal, e portanto, que a Edilidade encontrava-se à espera de receber

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esses mesmos elementos, para que pudesse apreciar o impacto da construção na zona

envolvente. ----------------------------------------------------------------------------------------

----- Depois também quisemos deixar ipsis verbis aquilo que foram as palavras do

Senhor Presidente da Câmara Municipal e o compromisso assumido nesta Assembleia

Municipal, que foi interpretado de várias formas por vários intervenientes, e portanto,

fizemos uma transcrição daquilo que foram as palavras do Senhor Presidente

Fernando Medina, nesta Assembleia Municipal em que disse que, e passo a citar, “não

aprovaremos num projeto para aquele local que não respeite a integridade de que

todos amamos, o miradouro tem caraterísticas únicas do ponto de vista das vistas

sobre a cidade de Lisboa, mas tem, também por isso, um espaço de dimensão afetiva

na vida de centenas de milhares de pessoas, portanto, não aprovaremos nada que

colida com esse interesse superior da Cidade” e, portanto, foram estas as palavras e a

intervenção do Senhor Presidente, aquando da discussão deste tema. ---------------------

----- Depois recebemos a 13 de março de 2019 um e-mail por parte dos peticionários

que nos davam nota, e o alerta tinha entrado na Câmara um novo pedido de projeto,

portanto, um novo PIP, com a designação do seu número de processo e da sua data de

entrada e, portanto, a Comissão na altura tomou boa nota. ----------------------------------

----- E também informando, é importante dar esta nota enquanto contributo cívico,

que e é uma possibilidade, que os peticionários constituíram-se como assistentes deste

processo junto da Câmara Municipal e, portanto, têm acesso ao mesmo. -----------------

----- Quanto à opinião das forças políticas e o Deputado Relator considerámos que não

havia necessidade e, portanto, reservámos para o Plenário, para hoje a nossa opinião e

o sentido de voto, e dizer que, por fim, nas conclusões que por um lado a Comissão

ter tido dificuldade e ter demorado nove meses a emitir um Parecer, teve dificuldade

em emiti-lo porque queria dar uma resposta clara e inequívoca aos peticionários, mas

por falta de elementos e o atraso, independentemente das razões, o atraso por parte da

Câmara quer na audição do Senhor Vereador, quer na facultação de documentos, não

fez com que nós pudéssemos em tempo útil responder-vos às questões levantadas e

ajudar na clarificação e numa solução. --------------------------------------------------------

----- Também concluiu a Comissão que estando o novo PIP em fase de apreciação,

portanto, à data da aprovação deste Parecer, e não havendo também informação

específica sobre a mesmo, porque também não recebemos até hoje, a Comissão não

tinha dados suficientes para avaliar o impacto real da integração proposta, pelo que

voltou a solicitar à Câmara, aquando da emissão do despacho e previamente à sua

aprovação, a remissão à Assembleia Municipal, em particular, à 3ª Comissão. ----------

----- Depois também o facto de o Miradouro e este processo urbanístico se encontrar

numa zona de relevante interesse histórico e cultural da cidade, que é a Colina e o

Miradouro da Senhora do Monte, eleva obviamente a preocupação dos cidadãos

relativamente ao impacto que poderá ter na vista a partir de vários ângulos do

Miradouro, quer também na própria panorâmica da cidade e, portanto, depois no fim

levantamos várias questões sobre a falta e a ausência de informação por parte da

Câmara. --------------------------------------------------------------------------------------------

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----- No que concerne ao sistema de vistas, a Comissão também entendeu que é

essencial melhorar e utilizar os suportes de trabalho e fotomontagem, com regras

claras para que eles sejam também mais precisos e mais criteriosa aquando da

avaliação dos processos de licenciamento por parte dos serviços camarários. ------------

----- Quanto ao eventual conflito que é-nos apresentado pelos peticionários,

nomeadamente, na denominação de imóvel de interesse público, da Capela enquanto

imóvel de interesse público em1933 e a definição da zona especial de proteção da

Capela de Nossa Senhora do Monte em 1960, e também dos usos que estão previstos

no PDM, entendemos obviamente aquilo que é o respeito por esses instrumentos de

gestão territorial e também de legislação que a Câmara obviamente no meu processo

de licenciamento deve respeitar esses mesmos instrumentos, que estão em vigor, bem

como as zonas especiais de proteção e salvaguarda. -----------------------------------------

----- E por fim, obviamente saudar esta iniciativa dos peticionários, que só podemos

felicitar pelo ato de participação cívica, que obviamente nos ajudam a melhorar aquilo

que são as decisões sobre a Cidade. ------------------------------------------------------------

----- Por fim, quanto às Recomendações emanadas da 3ª Comissão, a primeira que na

apreciação do projeto sejam respeitados os princípios e disposições do Plano Diretor

Municipal, bem como outros instrumentos de gestão territorial e restrições emanadas

da zona especial de proteção da Capela da Senhora do Monte, que em segundo que

seja remetida à 3ª Comissão toda a informação referente ao projeto urbanístico para o

lote em apreço, e em terceiro que em projetos com relevante impacto histórico,

cultural e urbanístico, que avalie a possibilidade de realização de sessões públicas de

esclarecimento, em articulação óbvia com as Juntas de Freguesia e com os promotores

da obra. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Também recomendamos ainda que esta informação a prestar a esta órgão, à

Assembleia Municipal, através das suas Comissões, seja dado com a brevidade

possível e desejada para a bom condução dos trabalhos e respostas tão conclusivas

quanto possível aos anseios dos peticionários, e por fim agilizar tão breve quanto

possível a criação da designada cidade 3D, a fim de anular a subjetivamente

interpretativa dos promotores tornando-se um instrumento fundamental tendente à

preservação do sistema de vistas e de património construído. ------------------------------

----- Este Parecer que agora vos relatei, foi aprovada por unanimidade, na Reunião da

3ª. Comissão, de dia 13 de Maio. --------------------------------------------------------------

----- Quanto à minha intervenção, enquanto Deputado Municipal do CDS começo por

felicitar os peticionários por este ato cívico importante, como acabei de dizer, para a

construção de uma cidade melhor, nós seremos melhores eleitos e melhores políticos e

agentes da cidade com a vossa ajuda, certamente e, portanto, felicitá-los uma vez

mais. Não vou dizer aquilo que está no Parecer porque, obviamente, também votei

favoravelmente, portanto, também concordo com ele, não entrando em redundâncias,

mas dizer que há coisas que nos parecem claras, primeiro que é preciso que a Câmara,

e acreditando na palavra do Senhor Presidente, que se vai cumprir o que o sistema de

vistas, violado o sistema de vistas que está previsto no PDM, é importante também

perceber que o Senhor Vereador, que faz a leitura do sistema de vistas previsto no

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PDM, porque encontra uma zona concêntrica do Miradouro, e é desse ponto

específico que ele lê o sistema de vistas e, portanto, se há uma obstrução ou não, nós

achamos que ele deve ser mais amplo, mas as ferramentas que existem, neste

momento, são essas e por aquilo que foi a intervenção do Senhor Vereador na

Reunião temos que ter em boa conta que não será, mas de qualquer forma o

acompanhamento que faremos próximo deste processo, estaremos, obviamente,

atentos. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Também nos preocupa que a nível do Plano Diretor Municipal nós estamos a

falar de uma zona em que o solo está qualificado como logradouro, integrante da

estrutura verde municipal e, portanto, estando como estrutura verde e logradouro

verde não pode obviamente constituir-se como uma zona non edificandi. O que é que

isso quer dizer? Quer dizer que aquela zona não para ter qualquer tipo de construção,

qualquer tipo de edificação, e isto não vai ao encontro daquilo que o Senhor Vereador

nos disse, mas lá está, nós temos que olhar para projeto em si, conhecer, porque não o

conhecemos até hoje, isso é importante dizer e, portanto, é importante recebermos

primeiro a informação sobre o processo, para de forma clara e coerente também

possamos tomar uma posição, mas aquilo que está nos instrumentos de gestão

territorial, em particular no Plano Diretor Municipal de Lisboa, é que aquela é uma

zona, e esta em particular, é uma zona non edificandi, e depois obviamente o respeito

pela zona que uma zona especial de proteção obriga, na salvaguarda dos seus

elementos arquitetónicos, históricos e culturais, por fim dizer que o CDS

acompanhará de perto este assunto e que acompanha também as preocupações dos

peticionários, deixar um alerta de que, nós não podemos estar, como foi o caso de esta

Petição e de outras, mas neste caso nove meses à espera de respostas por parte da

Câmara, para podermos dar respostas aos peticionários. ------------------------------------

----- Por vezes é difícil, há processos em que não é possível ter logo a informação,

mas também é preciso que fique claro para os peticionários que não é por desleixo ou

por falta de trabalho ou de incúria desta Assembleia Municipal, em particular de

nenhuma Comissão, que nós nos atrasámos na resposta, nós queremos dar-vos uma

resposta clara, conclusiva e que ajude a encontrar um caminho que é o caminho

melhor para a cidade, não temos dados suficientes, não ter informação suficiente, nós

preferimos, digamos, protelar e esperar por respostas mais claras e conclusivas por

parte da Câmara, do que vos dar uma resposta que no fim muitas vezes, e digo-o em

nome do CDS, muitas vezes é inócua e não vai ajudar à resolução. Obrigado.” ----------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -----------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Cláudia Madeira, do PEV.” --------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV) no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ---------------------------------------------------------------------

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----- “Obrigada Senhora Presidente, Senhora Secretária, Senhores Vereadores e

Senhores Deputados. -----------------------------------------------------------------------------

----- Em primeiro lugar saudamos os subscritores da Petição “Em Defesa do

Miradouro da Senhora do Monte” que trazem à Assembleia Municipal um assunto de

extrema importância.-----------------------------------------------------------------------------

----- As preocupações que os peticionários manifestam são justas e pretendem

defender o Miradouro da Senhora do Monte contra eventuais projectos imobiliários

que possam prejudicar o usufruto deste espaço, que apresenta características únicas. ---

----- Antes de entrarmos na discussão da petição, convém relembrar que os terrenos

para onde estão previstos imóveis são um conjunto de lotes que a Câmara comprou

nas décadas de 1950, 1960 e 1980, para fins de utilidade pública, e que,

posteriormente, foram transferidos para a Empresa Pública de Urbanização de Lisboa

(EPUL). ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- Em 2011, esta empresa apresentou um pedido de informação prévia (PIP), que

foi chumbado tanto pela autarquia como pelo então Igespar (actual Direcção-Geral do

Património Cultural). Em 2015, quando a EPUL foi extinta, os terrenos voltaram à

posse da Câmara, que os vendeu, logo no ano seguinte, a uma empresa imobiliária. O

que nos leva a questionar sobre os motivos para o Município ter vendido o terreno em

causa e onde ficou a utilidade pública que levou à sua aquisição? ------------------------ ----- Recentemente, esteve previsto um projecto, que motivou esta petição, cujo PIP

(Pedido de Informação Prévia) aprovado entretanto caducou, e que previa blocos de

apartamentos no topo da Calçada do Monte. ---------------------------------------------- ----- Desde logo, estava em causa o facto de se construir em zona de risco sísmico,

associada a deslizamento de terras, como chegou a acontecer bem perto dali, e de

colocar em risco a integridade da actual vista panorâmica, além de ser questionável o

uso dado aos terrenos. ----------------------------------------------------------------------- ----- Estamos também a falar de uma área abrangida pela Zona Especial de Proteção

da Capela de Nossa Senhora do Monte, classificada como imóvel de interesse público

desde 1933. ---------------------------------------------------------------------------------- ----- Igualmente importante é o facto de o PDM prever a qualificação de espaço

enquanto logradouro verde permeável a preservar, que faz parte da estrutura ecológica

municipal. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- Sobre este ponto, recordamos que ainda na semana passada esta Assembleia

aprovou uma recomendação de Os Verdes sobre a valorização e preservação de

logradouros. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Portanto as perguntas que se impõem são: a quem serviria este projecto e que

vantagens pode trazer para a cidade? ----------------------------------------------------------

----- Recorde-se que até a Presidente da Junta de Freguesia de São Vicente apresentou

preocupações em relação ao projecto para ali previsto. --------------------------------------

----- Posteriormente, deu entrada um novo projecto que, aparentemente, acaba por

manter os problemas principais. ----------------------------------------------------------------

----- É verdade que o Presidente da CML veio garantir que não seria aprovado

nenhum projecto que inviabilizasse a vista, mas não chega. --------------------------------

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----- Para Os Verdes não há a mínima dúvida: a CML deve rejeitar todo e qualquer

projecto que tenha impactos negativos no sistema de vistas, assim como qualquer

projecto que prejudique o miradouro e o seu usufruto, que prejudique a cidade e os

cidadãos e que não seja uma mais-valia para os interesses das populações. A CML

deve estar comprometida com o bem-estar e qualidade de vida dos munícipes e não

com outros quaisquer interesses. ---------------------------------------------------------------

----- Os Verdes criticam ainda a falta de discussão pública sobre este processo, que,

infelizmente, tem sido a política da autarquia em relação a vários projectos

imobiliários. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Os Verdes não podem deixar de referir o facto de, mais uma vez, e começa a ser

grave a frequência com que isto acontece, haver ausência de informação e de a CML,

pela mão do Senhor Vereador do Urbanismo, não dar uma resposta célere e cabal às

questões que são colocadas, sendo um verdadeiro entrave aos trabalhos das

Comissões e à resposta que esta Assembleia tem a obrigação de dar aos munícipes. É

inadmissível que o processo de apreciação tenha demorado 9 meses. ---------------------

----- Em conclusão, a autarquia tem aqui a oportunidade de mostrar que não se limita

a aceitar o que os promotores imobiliários propõem, mas que defende o interesse da

cidade e é pena que as recomendações não vão mais longe, pois é preciso travar

qualquer muralha que se pretenda erguer no Miradouro da Senhora do Monte. ---------

----- É isto que os peticionários solicitam! ----------------------------------------------------

----- Terminamos, reiterando a nossa saudação aos peticionários, e reafirmando que é

preciso defender o Miradouro da Senhora do Monte, porque Lisboa não pode perder

mais um espaço para a especulação imobiliária, principalmente tendo em conta os

impactos gravíssimos que acabamos de referir. Obrigada.” ---------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “ Muito obrigada Senhora Deputada.” ---------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Natacha Amaro, do PCP.” ----------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Natacha Amaro (PCP) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------

----- “Boa tarde Senhor Presidente, Senhoras Secretárias, Senhores Vereadores,

Senhoras e Senhores Deputados, Senhores Peticionários, Caro Público. ------------------

----- Mais uma petição chegou à Assembleia Municipal de Lisboa que espelha as

preocupações com intenções de construção atentatórias da qualidade de vida dos

moradores da zona, do património, da segurança e, mesmo, do mais elementar direito

à paisagem, às vistas, à admiração da cidade, por todos os que cá vivem e trabalham e

também pelos que nos visitam. -----------------------------------------------------------------

----- A petição “Em defesa do Miradouro da Senhora do Monte” obriga, uma vez

mais, os órgãos autárquicos a discutir, a reflectir e a assumir sobre o que

efectivamente querem para Lisboa. -----------------------------------------------------------

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----- Aprovaremos a recomendação da 3ª Comissão, nos seus diversos pontos e

conteúdos, até pelo facto das recomendações serem bastante inócuas, mas não

podemos deixar de colocar aqui algumas das persistentes preocupações que ressaltam

deste processo: ------------------------------------------------------------------------------------

----- - se o compromisso assumido pelo Senhor Presidente da CML, na AML de 18 de

Setembro passado, de “não aprovação de nenhum projecto para aquele local que não o

respeite” nomeadamente quanto às vistas sobre a cidade e à dimensão afectiva

daquele espaço, será efectivamente cumprido ------------------------------------------------

----- - se a subscrição deste compromisso pelo senhor vereador Manuel Salgado,

deixado na audição com a comissão de 14 de Abril último, se mantém e é levado a

bom porto na avaliação que os serviços estão a fazer do novo projecto -------------------

----- - se se poderá contar com a oposição da Junta de Freguesia de São Vicente ao

novo projecto se o mesmo se revelar igualmente penalizador das vistas do Miradouro.-

----- São 3 compromissos assumidos perante esta Assembleia (e perante a população)

que podem e devem travar outra construção que se revele, no projecto conhecido,

mais um atentado à cidade. ----------------------------------------------------------------------

----- Pela nossa parte, pelo PCP, os peticionários e a cidade podem contar com a

oposição a todos os projectos que tragam elevado lucro a alguns (muito poucos) com

enormes prejuízos para todos. Não é esta a cidade que defendemos e entendemos que

estes projectos não devem receber a aprovação da CML. Obrigada.” ---------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “ Muito obrigada Senhora Deputada.” ---------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Rui Costa, Independente.” -----------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Rui Costa (IND) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente, Senhor Vice-Presidente da Câmara,

Senhoras e Senhores Deputados. ---------------------------------------------------------------

----- Este é infelizmente mais um exemplo do tipo de política urbanística que vamos

tendo na cidade de Lisboa. Uma política que vive de um total desrespeito por aquilo

que são as normas de proteção do património histórico ou cultural, uma política que

continua alicerçada em direitos adquiridos urbanísticos, e uma política que apesar dos

bons ventos do programa do Governo da cidade e das Grandes Opções do Plano e de

uma Recomendação aqui aprovada por esta Assembleia, com uma ampla maioria, a

Recomendação 021/12, do Bloco de Esquerda, que tive a oportunidade de subscrever,

uma política que ainda não acabou com aquilo que são os direitos urbanísticos

adquiridos, por via dos pedidos de informação prévia, que se renovam ad eternum. ----

----- É necessário declarar a caducidade de muitos dos compromissos urbanísticos

assumidos e que se mantêm apenas para valorizar os terrenos. Pese embora hoje já

boa parte das matérias que dizem respeito a prédios e imóveis classificados serem

objeto de deliberação da Câmara, não serem decididos unipessoalmente no âmbito da

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subdelegação de competências pelo Senhor Vereador Manuel Salgado, há pelos vistos

ainda muito a fazer. ------------------------------------------------------------------------------

----- O património cultural da cidade é para ser preservado, as polémicas sobre o

urbanismo não cessam e de facto é uma má imagem que continuamos a dar à cidade,

com estes processos pouco transparentes e pouco claros, decisão urbanística. -----------

----- Diria mais, apesar de alguns esforços no reforço da participação pública, é

verdade, a verdade é que as polémicas se têm vindo a avolumar. --------------------------

----- Agradeço penhoradamente aos peticionários o esforço que fizeram na defesa da

cidade e do seu património histórico-cultural, acompanharei as conclusões e a

proposta da Comissão, mas tudo isto saberá a pouco, saberei manter os compromissos

que tenho com a cidade nesta matéria e, naturalmente, continuarei a acompanhar, na

medida das minhas possibilidades, esta e outras situações clamorosas, esperando que a

Câmara honre o seu compromisso nas Grandes Opções do Plano e as Recomendações

em boa hora aprovadas aqui nesta Assembleia Municipal. Disse.” ------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “ Muito obrigada Senhor Deputado.” ----------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Aline Beuvink, do PPM” -----------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Aline Beuvink (PPM) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Excelentíssima Senhora Presidente da Assembleia, Excelentíssimos Senhores

Deputados, Excelentíssimo Senhor Vice-Presidente da Câmara, Excelentíssimos

Senhores Vereadores, Senhores Peticionários, a quem saúdo particularmente, boa

tarde. -----------------------------------------------------------------------------------------------

----- Discutimos hoje a Petição 22/2018, “Em defesa do Miradouro de Nossa Senhora

do Monte”, estamos a falar de um edifício, ou melhor, de um projeto para um edifício

cuja construção prevista para o terreno contíguo, número 41 da Calçada do Monte,

apresenta 9 metros acima do solo e que tem influência nas vistas circundantes do

Miradouro, como é o caso da Rua da Senhora do Monte e da Calçada do Monte, ou

seja, vai afetar diretamente uma zona especial de proteção. --------------------------------

----- Um espaço com um potencial único para valorizar a cidade, e que tem um projeto

que vem deste modo prejudicar severamente Lisboa, os seus moradores, e todos

aqueles que por lá passam diariamente. -------------------------------------------------------

----- Pergunto que riqueza trará este edifício ao Miradouro de Nossa Senhora do

Monte? Qual o impacto do mesmo no dia-a-dia dos moradores e dos visitantes? Além

disso, até que ponto esta construção é legal? Se viola uma zona especial de proteção,

desrespeita um logradouro verde que nomeava, o PDM, e nem sequer teve uma

discussão pública? --------------------------------------------------------------------------------

----- Cada vez mais olhamos para a cidade como um conjunto de lotes que

obrigatoriamente têm que ser construídos, este não deve ser o caminho Senhores

Deputados, uma zona altamente densificada no centro da cidade, devemos tomar todo

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o cuidado quando falamos de novas construções! Principalmente numa zona em que o

edificado já está consolidado! ------------------------------------------------------------------

----- Para o PPM esta seria a altura ideal para se fazer uma intervenção no Miradouro

com o objetivo de dignificar e valorizar todo o conjunto, e não para ceder a interesses

escusos e que não se percebem bem quais são, de algumas imobiliárias.------------------

----- Mas o mais significativo em torno deste processo é o facto de estarmos

justamente hoje aqui a ter esta discussão! Em nenhum local civilizado do mundo as

autoridades municipais permitiriam um atentado como este à malha urbana da cidade. -

----- A Câmara Municipal de Lisboa mostrou uma vez mais a insensibilidade que a

caracteriza nestes últimos tempos, não vale tudo em Lisboa, Senhores Deputados, não

pode valer tudo em Lisboa, este edifício não pode ser construído, e esta era a resposta

que os lisboetas esperavam desta Administração Municipal, e que é a única resposta

possível para dignificar a cidade de Lisboa, respeitar o seu património e

principalmente os lisboetas!---------------------------------------------------------------------

----- E já agora senhor Vice-Presidente, o PPM vai estar atento, como sempre, mas

mesmo muito atento a isto. Disse.” ------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “ Muito obrigada Senhora Deputada.” ---------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Miguel Teixeira, do Partido Socialista.” -------

----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Teixeira (PS) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Boa tarde Senhora Presidente, Senhores Membros da Mesa, Senhores Membros

do Executivo, Senhoras e Senhores Deputados, Público presente. -------------------------

----- Permitam-me que em primeiro lugar em nome do grupo Municipal do Partido

Socialista saúde os peticionários e subscritores da Petição 22/2018 “Em defesa do

Miradouro da Nossa Senhora do Monte”, que é constituída, sobretudo por moradores

e comerciantes do Bairro da Graça, e que se opõem à construção de um edifício de

apartamentos, que se projetava então construir ao cimo da Calçada do Monte, com 6

pisos e cobertura acima do solo, e que de acordo com a Petição impediria as vistas

numa determinada área já que também hoje identificada na apresentação. ---------------

----- De acordo com esta Petição, o citado projeto colocará em causa não só a

salubridade e a luz dos moradores dos edifícios situados na Rua Damasceno Monteiro,

números 36 a 42, dado que defronte a estes irá ser elevado um muro de 18 mestre,

decorrente da construção deste edifício de apartamentos. -----------------------------------

----- Este grupo de peticionários que reuniu cerca de 4450 assinaturas, aqui hoje

transmitidas, alertam ainda que o referido novo edifício fica dentro da zona especial

de proteção do Miradouro e Ermida da Senhora do Monte, o que contraria segundo

sua opinião a sua função de miradouro, alegando que este local, entre os aspetos,

receciona a visita de largos milhares de visitantes, que aí avistam o Rio Tejo, o

Castelo e Igreja da Graça, e outras áreas da cidade de Lisboa. -----------------------------

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----- De acordo também com a Senhora Presidente da Junta de Freguesia, que foi

ouvida no âmbito da 3ª Comissão, esta mesma revelou preocupações face à

possibilidade da perda de vistas, sublinhando ainda ter da parte do Senhor Presidente

da Câmara Municipal de Lisboa, o compromisso que nunca será aprovado nenhum

projeto que coloque em causa a vista do miradouro, compromisso esse que também

foi reiterado aqui no âmbito desta Assembleia Municipal. ---------------------------------

----- A 3ª Comissão teve ainda a oportunidade de ouvir o Senhor Vereador Manuel

Salgado, que informou que o PIP aprovado pelos Serviços já tinha caducado, e que

deu entrada nos Serviços do Município um novo projeto que se encontra ainda em

fase de avaliação, informando ainda subscrever o compromisso do Senhor Presidente

da Câmara em como nenhum projeto será validado que coloque em causa o sistema de

vistas, isto ainda que hoje, neste debate, tenha existido por parte de outras pessoas a

colocação em dúvida da palavra aqui dada pelo Senhor Presidente da Câmara. ----------

----- O Senhor Vereador, e queria o Grupo Municipal do Partido Socialista, queria

também sublinhar isto, aproveitou ainda a audição para comunicar que o Município

irá criar uma cidade 3D, pode parecer coisa pouca, mas se estivermos atentos a isto

perceberemos rapidamente o que é que este instrumento nos trará, isto resultará no

controlo rigoroso no sistema, permitindo que na fase de apreciação, se valide temas

como o sistema de vistas, hoje aqui tema de debate. -----------------------------------------

----- Em concreto e da atualidade o novo projeto encontra-se em avaliação, um novo

projeto para este local, que não é o primeiro que deu aqui entrada, sublinhando-se a

existência de um firme compromisso por parte quer do Senhores Presidente da

Câmara quer por parte do Senhor Vereador Manuel Salgado, e que citaram que em

momento algum se assistirá, repito, à aprovação de um projeto que limite o direito à

fruição de vistas. É um compromisso que está dado! ----------------------------------------

----- A iniciativa de criar, e permitam-me que saúde isto, uma cidade em 3D é também

per si revelador do cuidado e zelo político expostos por este Executivo que cada vez

mais procura que a cidade mantenha o seu dinamismo, embora também enquadrados

num eixo regulador que defenda os interesses de todos, é essa a obrigação também. ----

----- Em suma, o Grupo Municipal do Partido Socialista entende e sublinha as

recomendações emanadas por via do referido Relatório, que aproveitamos para

cumprimentar o Senhor Deputado Relator pela qualidade do relatório aqui exposto,

voltando a lembrar que a fase atual relativamente a este projeto é de avaliação dos

eventuais méritos do projeto. Disse.” ----------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -----------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Isabel Pires, do Bloco de Esquerda.” ----------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

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----- “Senhores Deputados, se algum Senhor Deputado ainda se quer inscrever é altura

de o fazer. Senhor deputado Luís newton, é altura de o fazer, é porque depois vêm

fora de horas, muito bem.” ----------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Isabel Pires (BE) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- Obrigada Senhora Presidente, Senhores Deputados, Senhoras Deputadas,

cumprimentar em primeiro lugar os peticionários e as peticionárias que nos

trouxeram, já há largos meses, este tema. -----------------------------------------------------

----- Este tema também tem sido desde o início acompanhado também pelo Grupo

Municipal do Bloco de Esquerda e independentemente de acompanharmos e

acompanhamos as recomendações aqui na 3ª Comissão, há alguns temas que

estiveram aqui um debate que, do nosso ponto de vista, é importante aqui relevar. ------

----- Os peticionários deixaram aqui a imagem, bastante clara, do que é que está em

causa com, ou o que é que estaria em causa com um possível projeto que estaria para

ali previsto, estamos a falar de uma zona especial de proteção, estamos a falar de um

local que deveria estar protegido também no sistema de vistas e estamos a falar de um

património histórico óbvio, de um património cultural absolutamente óbvio para todas

as pessoas que alguma vez passaram na cidade de Lisboa, estamos a falar de uma

zona que é logradouro e, portanto, considerado espaço verde e, portanto, para nós é

estranho que se possa ainda vir aqui defender que temos que aguardar a avaliação do

novo PIP, a questão é que não deveria haver sequer para aquele local absolutamente

nenhum PIP, nem sequer nenhum projeto daquela dimensão a ser avaliado, e esse é

que é o verdadeiro problema! -------------------------------------------------------------------

----- Como é que se pode equacionar numa zona protegidas pelo sistema de vistas,

zona verde, etc., tudo aquilo que foi dito, que ainda se possa equacionar estar em

apreciação um projeto para aquela zona, quando aqui foi bastante claro, e agradecer

desse ponto de vista às imagens que foram aqui trazidas pelos peticionários, é

absolutamente óbvio para qualquer pessoa, mesmo que não tenha nenhuma formação

em engenharia ou em arquitetura urbanística, em nada disso, de que ali não pode

haver nenhuma construção daquele género. ---------------------------------------------------

----- Poderá haver eventualmente por parte do Município alguma obras de

requalificação do espaço público, que possa ali ser necessária, agora haver qualquer

equação de que possa existir ali qualquer tipo de edifício, muito menos daquelas que

se têm falado concretamente e que estavam no anterior PIP que, entretanto foi, está já

de desatualizada, a verdade é que, do nosso ponto de vista, o problema está

exatamente aqui, é na possibilidade ou na abertura da possibilidade por parte deste

Executivo, demasiadas vezes, de sequer avaliar projetos semelhantes a este para zonas

que ninguém compreende que possam ter projetos desta envergadura, e portanto, é

importante que esta Assembleia Municipal continue a acompanhar não só este caso,

mas outros casos como já foi dito por alguns Grupos Municipais, se têm avolumado

de projetos deste calibre, falamos, por exemplo, do caso da Torre da Portugália

também ainda ninguém no seu perfeito juízo consegue perceber como é que aquilo

está a ser equacionado naquela zona, entre outros projetos também em zonas de

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miradouros ou em zonas altamente turísticas atualmente, mas que não se tem em

conta tudo o que está por trás e todas as consequências negativas que terá para a

população. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- Portanto, dizer que da nossa parte, e acho que esta Assembleia Municipal tem

esse compromisso de continuar a acompanhar não só este caso, mas outros casos

semelhantes e, de facto, pugnar por que este tipo de espaços possam ser preservados

tal como estão, tal como eles servem atualmente a população, e não servem só a

população de Lisboa, como me foi dito, no mesmo ponto de vista turístico e de toda a

gente que passa pela cidade de Lisboa passa naquele miradouro, é um marco histórico,

é um marco cultural que deve ser protegido enquanto tal e, portanto, esta Assembleia

Municipal terá também esse trabalho necessariamente de futuro de continuar a

acompanhar esta matéria.” ----------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Deputada.” ----------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Miguel Santos, do PAN.” -----------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Depois do PAN temos a inscrição do PSD e do Senhor Vice-Presidente da

Câmara.” ------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Miguel Santos (PAN) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhora Presidente, Senhores Secretários, Senhores Vereadores,

Colegas Deputados Municipais, Imprensa, Público em geral. ------------------------------

----- É com uma regularidade muito preocupante que estas situações se repetem, e

antes de mais, dar os parabéns aos peticionários e peticionárias, na medida em que

não só estes mas os anteriores de várias situações parecidas, têm agido com um

controle de qualidade final relativamente às questões de urbanismo, porque realmente

aparecem-nos situações que não lembram a ninguém, neste caso é termos ali na

Senhora do Monte uma espécie de um miradouro privado! Que alguém com certeza

iria usufruir com muita qualidade e muito gosto. ---------------------------------------------

----- Isto não é possível, não é permissível uma coisa destas! Contento-me com a

declaração do seu Presidente de Câmara de que não irá permitir nada que colida com

as vistas do Miradouro da Senhora do Monte. Esperamos que isso venha a acontecer,

mas mais do que sempre que aparece um atentado destes, ou um mono, ou o que quer

que seja, uma torre, era importante que os PIP não fossem aprovados. --------------------

----- Porque é que os PIP são sistematicamente aprovados e depois têm de vir os

peticionários levantar este tipo de questões? É isso que nós não entendemos, porque é

que as regras não são feitas de tal forma que uma coisa destas seja imediatamente

recusada, como recomendaria o bom senso, portanto, os Senhores Peticionários e

Peticionárias poderão contar com o PAN para o acompanhamento desta situação e

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para a análise futura do novo PIP, e cá estaremos para fazer o nosso trabalho. Muito

obrigado.” -----------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -----------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Luís Newton, do PSD.” --------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Luís Newton (PSD) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente em Exercício, Senhoras e Senhores Deputados, Senhoras e

Senhores Vereadores. ---------------------------------------------------------------------------

----- Em primeiro lugar cumpre saudar os peticionários e lamentar que mais uma vez

tenham que ser aqueles a quem nós deveríamos servir a gritar pelo cumprimento das

mesmas regras que são aprovadas nesta Casa. -----------------------------------------------

----- Tanto o PDM merece respeito, como respeito merece também o Programa

Especial de Proteção da Capela de Nossa Senhora do Monte! Lisboa é uma cidade que

encanta primeiro os seus moradores, não só pelo sistema de vistas, que representa esta

urbe construída em colinas ao longo de dois milénios, mas também pelas pessoas que

cá habitam e que cá vêm fazendo desta cidade e deste as colinas o seu ponto de vida! --

----- A violência urbanística, que muitas vezes este tipo de violações dos nossos

próprios regulamentos representam, e isto tem que ficar claro de uma vez por todas, o

facto de se tratar do sistema de vistas não é sobre o potencial turístico da cidade de

Lisboa. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Em primeira instância e é fundamentalmente uma violência contra todos os que

hoje cá vivem, e que são inevitavelmente aqueles que continuam a construção milenar

que a cidade de Lisboa representa, e o legado por esses mesmos espaços e por estes

mesmos elementos diferenciadores que Lisboa tem, relativamente ao resto do mundo,

e que, por isso, a nós nos tanto orgulham e são motivo de visita por parte de tantos

que não são portugueses. -----------------------------------------------------------------------

----- E aqui há uma questão incontornável, se não formos nós os primeiros a defender

os mesmíssimos regulamentos que aqui aprovamos, se continuarmos de forma

reincidente a ter que analisar petições nesta Casa, por violação dos mesmíssimos

regulamentos que nós aqui aprovamos, então pouco ou nenhum serviço público,

acabamos todos nós por fazer, e isto é também uma grande tragédia! Disse.” ------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado. ------------------------------------------------------

----- Tem a palavra o Senhor Vice-Presidente da Câmara, para encerrar o debate.” -----

----- O Senhor Vice-Presidente da Câmara, João Paulo Saraiva, no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Muito rapidamente, Senhor Presidente, Senhores Deputados, em primeiro lugar

um agradecimento especial aos peticionários, e ao contrário do que disse o Deputado

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Luís Newton para mim os peticionários fazem parte e as petições e as intervenções

dos munícipes, fazem parte desse sistema que nos garante que quando alguma coisa

falha os munícipes estão cá para chamar a atenção, umas vezes para dizer aquilo que

falhou e outras vezes para dizer aquilo que lhes parece que falhou, nesta caso ainda há

alguma análise para fazer, mas fazer esse agradecimento em primeiro lugar e dizer

que é de sublinhar que para além desta Petição, ou de todo o envolvimento na mesma,

há uma trabalho feito também de acompanhamento, constituíram-se como assistentes

no processo, e isso também é algo que me parece de sublinhar, um trabalho

continuado em prol da cidade e daquilo que consideram um a defesa dos interesses da

cidade. ---------------------------------------------------------------------------------------------

----- Depois, em segundo lugar, protestar contra uma informação errada que foi dada

pela Senhora Deputada de Os Verdes, em que ficou no ar, pelo menos foi essa a

minha interpretação, que este terreno terá sido vendido pelo Município, isto não

corresponde de todo à verdade, ou seja, este terreno nunca esteve na posse do

Município, não foi transacionado pelo Município, isto é falso!-----------------------------

---- Depois sublinhar e para terminar aquilo que o Senhor Presidente disse na

Comissão, e penso que já disse noutras sedes, que é que não será construído naquele

local nada, nenhum edifício que condicione o sistema de vistas daquele Miradouro,

ponto final parágrafo, portanto, é só isso que tenho a dizer. Muito obrigado.” -----------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Vice-Presidente. -----------------------------------------------

----- Senhores Deputados chegámos ao fim do debate, estamos em condições de por à

vossa consideração a Recomendação da 3ª. Comissão Permanente, a Recomendação

75/01, e vou passar à votação.” -----------------------------------------------------------------

----- Recomendação 75/01 (3ª. CP), não tem votos contra e nem de abstenção, votos

a favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, 6 IND, do Senhor

Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor Deputado

Municipal Independente Rui Costa. A Recomendação 75/01 (3ª. CP) foi aprovada

por unanimidade. -------------------------------------------------------------------------------

----- (Ausência do Grupo Municipal do PPM na Sala de Plenário) -------------------------

----- (Ausência de dois Deputados (as) Municipais Independentes da Sala de Plenário)

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Agradecimentos também, pela minha parte, aos Senhores Peticionários, ouviram

registaram aquilo que ouviram, nós também registamos o que aqui disseram, foram

aqui tomados compromissos importantes por parte de várias forças políticas, o

processo continua, podem contar connosco assim como nós sabemos que podemos

contar com os cidadãos. Muito obrigada. ------------------------------------------------------

----- Eu gostava de pedir apenas uma coisa, se me derem licença, que é o seguinte: há

25 anos houve um homem que inscreveu no futuro Plano Diretor da Cidade de Lisboa

o sistema de vistas, foi o Gonçalo Ribeiro Telles. --------------------------------------------

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----- Eu pedia-vos uma salva de palmas, porque se não fosse o sistema de vistas, se

não fosse o pioneirismo e a teimosia com que ele implantou o sistema de vistas, e eu

na altura trabalhava com ele, precisamente nesse processo das componentes

ambientais do PDM, se não fosse a resistência com que ele venceu muitos obstáculos,

nós não teríamos no PDM de Lisboa, desde essa altura, uma tão importante

componente daquilo que é a defesa da nossa Cidade e, portanto, achei que era justo

depois das votações, como sempre e nunca antes, mas depois das votações lembrar a

quem devemos esta proteção adicional do nosso património e da nossa belíssima

Cidade.” -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Neste ponto da Ordem de Trabalhos, a senhora Presidente da Assembleia

fez alusão ao Sistema de Vistas inscrito há vinte e três anos no “Futuro Plano da

Cidade de Lisboa” pelo Arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles propondo que ao

mesmo fosse feita uma aclamação pelo pioneirismo, teimosia e resistência com

que, à data, venceu muitos obstáculos. Este Sistema existe hoje no PDM como um

importante componente daquilo que é a defesa da Cidade. Referiu ainda, que

esta proteção do nosso Património e da nova belíssima Cidade deveria ser

lembrada. -----------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra continuou: -

----- “Senhores Deputados, temos ainda algum tempo, eu agradecia-vos talvez porque

só faltam 3 pontos na Ordem de Trabalhos, que são relativamente simples, eu penso

que nós podemos esgotar a nossa Ordem de Trabalhos, para não ficarmos com coisas

penduradas, e temos poucas pessoas inscritas e penso que isto fará rapidamente.--------

----- São os 3 pontos, o ponto 8, 9 e 10, uma vez que o ponto 11, por definição, tem

que ser adiado, que é as Contas, esse é um ponto que nos vai levar a uma apreciação

mais longa quando for aprovada pela Câmara. -----------------------------------------------

----- O ponto 8 é uma permuta de terrenos. O ponto 9 é uma apreciação de uma adesão

a uma Associação Portuguesa Para a Diversidade e Inclusão. E o ponto 10 é uma

repartição de encargos. --------------------------------------------------------------------------

----- Julgo que há algumas pessoas querem chamar a atenção para alguns aspetos deste

ponto, mas que o podemos fazer rapidamente, portanto, passaria desde já o ponto 8 da

Ordem de Trabalhos.” ---------------------------------------------------------------------------

------ PONTO 8 - APRECIAÇÃO DA PROPOSTA 334/CM/2019 – (SUBSCRITA

PELO SENHOR VEREADOR MANUEL SALGADO) - PERMUTA DO

ANTIGO LOTE MUNICIPAL N.º 11, SITO NA RUA OLIVÉRIO SERPA,

ATUALMENTE PROPRIEDADE DE SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES

EURICO & ISIDRO, LDA., PELA PARCELA DE TERRENO MUNICIPAL

PARA CONSTRUÇÃO, SITA NA RUA ANDRÉ DE RESENDE S/N.º,

FREGUESIA DE BENFICA, PARA DAR CUMPRIMENTO AO ESTIPULADO

NA “REVISÃO DO PLANO DE PORMENOR DA ZONA ENVOLVENTE AO

MERCADO DE BENFICA”, NOS TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO

DO DISPOSTO NA ALÍNEA I), DO N.º 1 DO ARTIGO 25.º, DA LEI N.º 75/2013,

DE 12 DE SETEMBRO, NA REDAÇÃO ATUAL; GRELHA BASE: 34

MINUTOS; ---------------------------------------------------------------------------------------

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----- Parecer da 1ª Comissão Permanente. --------------------------------------------------

----- (A Proposta 334/CM/2019 fica anexada a esta Ata como Anexo XIX e dela faz

parte integrante) ----------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da 1ª. Comissão, sobre a Proposta 334/CM/2019, fica anexada a esta

Ata como Anexo XX e dela faz parte integrante) --------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “O Relator foi o Senhor Deputado Rodrigues dos Santos, do CDS, não sei se ele

está, julgo que não está, mas de qualquer maneira, o Relatório foi distribuído, não

houve problemas de maior na sua apreciação, pergunto à Câmara se quer fazer a

apresentação da Proposta 334. A Câmara dispensa a apresentação. ------------------------

----- Vamos dar a palavra a quem se inscreveu.” ---------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Isabel Pires, do Bloco de Esquerda. Não

quer?” ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Tenho também a indicação de que o Senhor Deputada Municipal Rui Costa está

impedido de votar, aliás, não o vejo na sala, está impedido de votar esta Proposta e,

portanto, sendo assim a Mesa vai desde já pôr à votação a Proposta 334/CM/2019.” ---

----- Proposta 334/CM/2019, não tem votos contra, abstenções do PSD e do BE,

votos a favor do PS, CDS-PP, PCP, PAN, PEV, MPT, PPM e 6 IND e do Senhor

Deputado Rodrigo Mello Gonçalves. A Proposta 334/CM/2019 foi aprovada por

maioria. ------------------------------------------------------------------------------------------- ----- (Ausência de dois Deputados (as) Municipais Independentes da Sala de Plenário)

----- (O Senhor Deputado Municipal Independente Rui Pedro Costa Lopes, não

participou na votação desta Proposta por impedimento legal) ------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Vamos passar agora à apreciação do ponto da parte deliberativa da Proposta

336/CM/2019.” -----------------------------------------------------------------------------------

----- PONTO 9 - APRECIAÇÃO DO PONTO 1 DA PARTE DELIBERATIVA

DA PROPOSTA 336/CM/2019 - ADESÃO DO MUNICÍPIO DE LISBOA À

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA PARA A DIVERSIDADE E INCLUSÃO, NOS

TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO NA ALÍNEA N), DO

N.º 1, DO ART.º 25.º DA LEI N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, NA REDAÇÃO

ATUAL, NO N.º 1, DO ART.º 59.º, E N.ºS 1 E 2 DO ART.º 56.º, AMBOS DA LEI

N.º 50/2012, DE 31 DE AGOSTO, NA REDAÇÃO ATUAL; GRELHA BASE: 34

MINUTOS. ---------------------------------------------------------------------------------------

----- Parecer da 6ª Comissão Permanente ------------------------------------------------------

----- Recomendação 075/02 (6ª CP) ----------------------------------------------------------

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----- (A Proposta 336/CM/2019 fica anexada a esta Ata como Anexo XXI e dela faz

parte integrante) ----------------------------------------------------------------------------------

----- (O Parecer da 6ª. Comissão, sobre a Proposta 336/CM/2019, fica anexada a esta

Ata como Anexo XXII e dela faz parte integrante) ------------------------------------------

----- (A Recomendação 75/02 (6ª. CP), sobre a Proposta 336/CM/2019, fica anexada a

esta Ata como Anexo XXIII e dela faz parte integrante) -----------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Há um Parecer da 6ª. Comissão Permanente, o Relator foi o Senhor Deputado

Sobreda Antunes. Pergunto se quer apresentar o seu relatório? ----------------------------

----- O Senhor Deputado Sobreda Antunes assim o fará. ------------------------------------

---- E há uma Recomendação que resulta do relatório, portanto, naturalmente,

apresentará as duas coisas. ----------------------------------------------------------------------

----- Tenho aqui uma nota do meu Gabinete que há um erro material na Proposta que

eu já vou alertar, de qualquer maneira informarei o erro material, digo já qual é, neste

Proposta no Anexo II, onde consta “escalão 7” deve constar “escalão 5”, uma vez que

os escalões das quotas foram fundidos e não alteram o valor da quota. -------------------

----- Isto terá que ficar registado em Ata para se alterar a Proposta em conformidade. --

----- Faz favor Senhor Deputado.” -------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Sobreda Antunes (PEV) no uso da palavra,

enquanto relator, fez a seguinte intervenção: -------------------------------------------------

----- “Muito obrigado, muito boa tarde de novo. ---------------------------------------------

----- O que está em causa na Proposta nº 336/2019 é algo muito simples. Trata-se da

adesão do Município de Lisboa à Associação Portuguesa para a Diversidade e

Inclusão, o que implica a aceitação dos seus Estatutos e o pagamento de uma quota

anual, com o valor de mil €, a liquidar após visto prévio do Tribunal de Contas.-------- ----- Trata-se de uma associação sem fins lucrativos que tem por missão promover a

diversidade e a inclusão e que intenta promover a valorização das competências e o

talento de cada pessoa, bem como a igualdade de tratamento e de oportunidades,

combatendo os estereótipos e as discriminações, fomentando uma cultura baseada no

respeito pelos direitos humanos, nomeadamente nas áreas de trabalho. -------------------

----- Aquando da análise da proposta na 6ª Comissão, surgiu uma dúvida sobre o

escalão em que o Município se deveria inscrever, se o 5º ou o 7º, e o correcto valor da

correspondente subscrição. ----------------------------------------------------------------------

----- Posteriormente, o gabinete do Senhor Vice-Presidente acabaria por esclarecer

que a APPDI havia, recentemente, fundido o número de escalões e das quotas,

reduzindo-os de 7 para 5, reconhecendo a CML não ter procedido à atempada

correcção da Proposta que submeteu à AML.-------------------------------------------------

----- Confirmado o erro material, a vereação apresentou um novo anexo,

comprometendo-se a proceder ao envio, ‘assim que possível’, da substituição do

corpo da Proposta. --------------------------------------------------------------------------------

----- Perante este contexto, a 6ª Comissão deliberou recomendar à CML que: -----------

----- 1º, comece por subscrever a Carta Portuguesa para a Diversidade;-------------------

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----- 2º, proceda à submissão da condição de associado efectivo à Associação

Portuguesa para a Diversidade e Inclusão, após visto prévio do Tribunal de Contas, se

possível, já no ano de 2019; ---------------------------------------------------------------------

----- 3º, queremos aqui destacar o pedido para que a CML apresente a esta AML,

ainda durante o corrente ano, o programa das intervenções concretas que se propõe

executar para o biénio 2019/2020, com o anunciado conjunto de boas práticas e

opções estratégicas a implementar pelo Município; bem como, ----------------------------

----- 4º, remeta periodicamente a esta AML o relatório anual das actividades

desenvolvidas no âmbito da diversidade, que lhe compete preparar e apresentar às

entidades parceiras da Carta, como associada da APPDI; -----------------------------------

----- 5º, envie à AML a versão corrigida da Proposta nº 336/2019, com os respectivos

anexos; e-------------------------------------------------------------------------------------------

----- 6º, dê conhecimento do presente parecer a um conjunto de instituições, incluindo

o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa. ------------------------------------

----- Resta concluir lembrando que o presente parecer foi aprovado por unanimidade

pelos GM e deputadas e deputados que exercem o seu mandato como independentes

na 6ª Comissão. Obrigado Senhora Presidente.” ---------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado. ------------------------------------------------------

----- Pergunto se há algum senhor Deputado inscrito? Não registo inscrições. -----------

----- Eu penso que a correção a que o Senhor fez referência, foi aquela que eu já aqui

assinalei, o erro material. Não precisam de enviar, nós podemos fazer, a Assembleia

Municipal tem competência para fazer a correção dos erros materiais porque somos

nós que mandamos depois para o Boletim para publicação. --------------------------------

----- Senhor Deputado, eu estou aqui a informar-lhe, informei antes do Senhor

Deputado usar da palavra, que os meus serviços fizeram o trabalho de verificação e a

correção material é esta. Penso que não há mais nenhuma retificação, mas se há mais

correções peço desculpa, mas não me apercebi que havia mais correções. ----------------

----- Se o Senhor Deputado poder deixar essa indicação aqui, compete à Mesa

verificar sempre se as propostas têm correções ou não e, portanto, pode-nos ter

escapado. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- Se o Senhor deputado quiser fazer o favor de nos deixar, nós temos competência

para fazer essa correção se for um erro material, portanto, não é necessário a Proposta

andar para trás e para diante, nós podemos fazê-lo aqui, se o Senhor Deputado quiser

fazer o favor depois de dar essa indicação aos meus serviços, aos meus serviços não,

aos serviços desta Casa, não são meus. --------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, posto isto, vamos pôr à vossa consideração a Proposta

336/CM/2019, com a necessária correção dos erros materiais.” ----------------------------

----- Proposta 336/CM/2019, não tem votos contra e nem abstenções, votos a favor

do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, PPM, 6 IND, do Senhor Deputado

Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor Deputado Municipal

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Independente Rui Costa. A Proposta 336/CM/2019 foi aprovada por unanimidade,

sem discussão. -----------------------------------------------------------------------------------

----- (Ausência de dois Deputados (as) Municipais Independentes da Sala de Plenário)

----- Recomendação75/02 (6ª.CP) não tem votos contra e nem abstenções, votos a

favor do PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE, PAN, PEV, MPT, PPM, 6 IND, do Senhor

Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello Gonçalves e do Senhor Deputado

Municipal Independente Rui Costa. A Recomendação75/02 (6ª.CP) foi aprovada

por unanimidade, sem discussão. ------------------------------------------------------------

----- (Ausência de dois Deputados (as) Municipais Independentes da Sala de Plenário)

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “E para fechar os trabalhos de hoje vamos para a vossa consideração a Proposta

338, é uma repartição de encargos.” -----------------------------------------------------------

----- PONTO 10 - APRECIAÇÃO DA PROPOSTA 338/CM/2019 -

REPARTIÇÃO DE ENCARGOS E ASSUNÇÃO DE COMPROMISSOS

PLURIANUAIS PARA OS ANOS ECONÓMICOS DE 2019, 2020, 2021 E 2022,

RELATIVOS AO PROCEDIMENTO PARA “AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS DE

FORNECIMENTO DE DADOS PARA A MONITORIZAÇÃO DE

PARÂMETROS AMBIENTAIS (QUALIDADE DO AR E RUÍDO), DE

TRÁFEGO E METEOROLÓGICOS DA CIDADE DE LISBOA”, NOS

TERMOS DA PROPOSTA E AO ABRIGO DO DISPOSTO NO ARTIGO 24.º E

NAS ALÍNEAS DD) E CCC) DO N.º 1 DO ARTIGO 33.º, DO ANEXO I DA LEI

N.º 75/2013, DE 12 DE SETEMBRO, NA REDAÇÃO ATUAL, NOS N.ºS 1 E 6,

DO ARTIGO 22.º DO DECRETO-LEI N.º 197/99, DE 8 DE JUNHO E NA

ALÍNEA C) DO N.º 1 DO ARTIGO 6.º, DA LEI Nº 8/2012, DE 21 DE

FEVEREIRO, NA REDAÇÃO ATUAL; GRELHA BASE: 34 MINUTOS; ------------

----- (A Proposta 338/CM/2019 fica anexada a esta Ata como Anexo XXIV e dela faz

parte integrante) ----------------------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Tenho várias inscrições para esta Proposta, vamos então dar a palavra, há duas

pessoas inscritas, muito bem.” ------------------------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Cláudia Madeira, do PEV.” --------------------

----- A Senhora Deputada Municipal Cláudia Madeira (PEV) no uso da palavra

fez a seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------

----- “Obrigada Senhora Presidente. ------------------------------------------------------------

----- Relativamente a esta proposta, Os Verdes não querem deixar de referir alguns

aspectos, uma vez que a qualidade do ar e o ruído são matérias que têm merecido a

nossa atenção nesta Assembleia. ---------------------------------------------------------------

----- Consideramos positiva a implementação de uma rede com um total de 80 pontos

de monitorização, bem como a integração e disponibilização dos dados através da

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Plataforma de Gestão Inteligente de Lisboa (PGIL), que vai ao encontro do que Os

Verdes têm defendido, ou seja, a melhoria dos mecanismos de informação à

população sobre a qualidade do ar e que esta informação esteja acessível a todos os

cidadãos.-------------------------------------------------------------------------------------------

----- No entanto, estamos novamente perante uma contratação externa. O próprio

Departamento de Ambiente, Energia e Alterações Climáticas fundamenta a decisão

pela, e passo a citar: “a falta de meios humanos internos com a qualificação para o

serviço objecto da presente prestação de serviços por indisponibilidade temporária

de colaboradores detentores da qualificação necessária”. ---------------------------------

----- Ora principalmente, perante os objectivos anunciados pela Câmara no que diz

respeito ao combate às alterações climáticas, seria pertinente que se procedesse à

contratação de recursos humanos qualificados e necessários para a autarquia, já que a

vigência da proposta que estamos a apreciar termina em 2022. Ou seja, se o objectivo

é continuar a monitorizar estes parâmetros, a Assembleia terá novamente que aprovar

a abertura de novo concurso para aquisição destes serviços. --------------------------------

----- Aliás, aproveitamos para questionar o executivo como será feito o posterior

acompanhamento da evolução dos indicadores de qualidade ambiental para suporte à

decisão quando terminar o presente contrato, isto é, depois de 2022, uma vez que a

proposta prevê que todos os equipamentos de monitorização sejam naquela data,

desinstalados. -------------------------------------------------------------------------------------

----- Os Verdes consideram que uma constante e permanente monitorização destes

parâmetros constitui um importante instrumento de decisão, permitindo aferir

igualmente se as medidas implementadas estão a ser efectivas no que diz respeito à

qualidade do ar e ao ruído. ----------------------------------------------------------------------

----- E de facto, notícias recentes dão conta de que pela 3ª vez consecutiva, Lisboa é a

cidade com mais trânsito de toda a Península Ibérica, acima de cidades como Madrid

ou Barcelona, e, segundo a Associação Zero, a Avenida da Liberdade continua a

ultrapassar os valores admitidos por lei, mas actualmente a zona que apresenta mais

problemas ao nível da qualidade do ar é o Parque das Nações, a par de Telheiras e do

Cais do Sodré, situações que não se coadunam com uma cidade que venceu a

candidatura de Capital Verde da Europa. ------------------------------------------------------

----- Estes factos vêm comprovar aquilo que Os Verdes têm vindo a defender: há

muito ainda por fazer para que Lisboa seja uma das melhores cidades do mundo para

se viver com qualidade de vida, ambiente e saúde pública. Obrigada.” -------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Deputada.” ----------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra o Senhor Deputado Fábio de Sousa, do PCP.” -----------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Fábio de Sousa (PCP) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

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----- “Senhora Presidente, Caro Público presente, Executivo Camarário, Trabalhadores

da Câmara Municipal. ---------------------------------------------------------------------------

----- A Proposta 388 remete-nos para esta questão de assistirmos a mais uma

externalização de serviços, não deixa, na nossa opinião, de ser preocupante que a

Câmara tenha que andar a adquirir dados de qualidade de ar, quando existe uma rede

de medição destes dados. ------------------------------------------------------------------------

----- Das duas uma, ou a rede não está em condições de medir estes dados, e então é

grave que não tenha sido efetuada a sua modernização e adequação aos dias de hoje,

ou se esta não se encontra funcional, aquilo que nos parece que seria adequado para

que efetivamente, e que impunha, era a reparação e a manutenção, e exigir

naturalmente ao Ministério do Ambiente que que se pronunciasse e que ajudasse a

resolver esta questão, portanto, parece-nos claramente que estamos a ir por um

caminho que é errado se abandonarmos a rede pública para ir adquirindo estes dados a

terceiros. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- Por esse motivo o PCP votará em abstenção. Obrigado.”------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Deputado.” -----------------------------------------------------

----- A Senhora Segunda Secretária, Virgínia Estorninho, no uso da palavra

anunciou o seguinte: -----------------------------------------------------------------------------

----- “Tem a palavra a Senhora Deputada Teresa Craveiro, Independente.” --------------

----- A Senhora Deputada Municipal Teresa Craveiro (IND) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção: --------------------------------------------------------------------------

----- “Boa tarde Senhora Presidente, Senhores Vereadores, Senhores Deputados e

Público. --------------------------------------------------------------------------------------------

----- Um pouco, enfim, na continuidade das intervenções anteriores, mas dando do

ponto de vista um salto, eu diria que há aqui uma oportunidade efetiva de mostrar que

a cidade é uma capital verde, e é também uma cidade saudável, porque pertencemos à

Rede das Cidades Saudáveis, desde 92 e todas estas matérias estão articuladas. ---------

-----De facto, o ar, não temos competência, é a CCDR, e como nós deverá, e como eu

deixava um desafio até ao Senhor Vice-Presidente, era que se constituísse um projeto

integrado inter-pelouros, a plataforma de gestão inteligente, que ganhou um prémio

que, de facto, concretizasse uma operação integrada, em que estivesse a matéria da

poluição, com a CCDR que, de facto, é um link que tem que ir à CCDR para

verificarmos o que é que é o efeito de dinamização das zonas de redução de ruído,

ainda que sabemos de ruído e simultaneamente também as matérias do ar, das zeros,

ou seja, sabemos que elas são aleatórias, mas qual foi o feito até 2011 até hoje, e estas

matérias ligadas à cidade saudável, não só à capital verde, portanto, verificarmos esta

matéria com a mobilidade, verificar a questão do plano para a ação do ruído, para a

pavimentação toda que se efetuou nos últimos anos, quais foram os efeitos que deu,

onde são as zonas em que diminuímos 33000 habitantes, que estão expostos pela

Carta do Ruído, relativamente aos decibéis, 65 decibéis diurnos, 55 noturnos, e

esperava-se com a Carta do Ruído diminuir deste valor um valor de facto, uma

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polpação que diminuía esta matéria, e portanto, os vários Planos que existem, são

imensos Planos, alterações climáticas, biodiversidade, porque os indicadores para

construir, um site porque também é uma matéria de transparência, é o olhar e verificar

que as políticas diversas de vastos instrumentos estão-me a dar mais qualidade

nalgumas zonas de bairros, e noutras quais são as políticas que eu tenho que efetuar

ligadas ao ruído, ligadas ao ar, e ligadas, de facto, à questão da mobilidade, portanto,

um grande projeto aproveitando o ganho e o prémio que tivemos da plataforma de

gestão inteligente de dados, com inter-pelouros e um desafio a capital verde, mas

também para uma matéria que não podemos deixar muito mais tempo, que é a Rede

das Cidades Saudáveis e com esta matéria da medição.” ------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhora Deputada. -----------------------------------------------------

----- Penso que já não temos mais senhores deputados inscritos, ao Senhor Vereador

Miguel Gaspar dou-lhe a palavra.” -------------------------------------------------------------

----- O Senhor Vereador Miguel Gaspar, no uso da palavra, fez a seguinte

intervenção: ---------------------------------------------------------------------------------------

----- “Obrigado Senhora Presidente. -----------------------------------------------------------

----- Eu acho que eu nestas coisas, eu gosto sempre de ver o copo meio cheio, mas

alguns dos Senhores Deputados gostam de olhar muito para o copo meio vazio. --------

----- Eu não entendo a crítica que fazem relativamente à contratação externa ou àquilo

que é, bom, para já falham um ponto, não é? Ou seja, portanto, não estamos aqui a

garantir uma coisa que nunca houve na cidade de Lisboa, que é uma rede total, que

abrange de forma total o Município de Lisboa, porque conseguimos avaliar de forma

muito objetiva a qualidade do ar e podemos agir naquilo que é a defesa da qualidade

de vida das pessoas, da saúde das crianças em particular e dos idosos, e conseguimos

ter uma efetiva melhoria da qualidade do ar. --------------------------------------------------

----- E conseguir levar este objetivo, este desígnio, até às últimas consequências. -------

----- A crítica que o PCP e o PEV trazem aqui é “Lé estão a externalizar serviços”, eu

a ultima vez que fui às oficinas dos Olivais, não vi lá ninguém que fosse capaz de

montar sensores de qualidade ambiental, portanto, é normalíssimo que nós os

compremos fora e que seja uma prestação de serviços para os instalar, porque tanto

quanto eu sei, a Câmara Municipal de Lisboa não tem patentes de sensores de

qualidade do ar, nem sabe montar sensores qualidade do ar, portanto, é normal que

nós os compremos fora. -------------------------------------------------------------------------

----- Também é normal que seja durante 3 anos, por duas razões, um por uma questão

de norma do CCP, mas dá-se aqui uma coincidência que é o tempo de vida do sensor,

estes sensores de qualidade do ar fim de 3 anos têm que ser mesmo substituídos, é da

vida das suas características técnicas, são assim e, portanto, é normal que a fim de 3

anos, eu também espero cá estar, Senhora Deputada e conto com o seu voto para

continuar a estar cá, permitem lançar novamente a rede para conseguimos ter

novamente a rede, daqui a 3 anos renovar esta rede de sensores, agora o tempo de vida

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útil dos sensores é 3 anos, e é por isso que este contrato de serviços é de 3 anos

também. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- O PCP tem esta questão, nós normalmente as boas experiências que nós temos de

exigir ao Ministério do Ambiente, e que têm tido muita recetividade, é exigir ao

Ministério do Ambiente que nos deixe tomar conta da nossa cidade, por exemplo, com

a Carris, passaram a Carris para cá e temos feito um grande trabalho com a Carris

Municipal, nós temos esta diferença para o PCP, enquanto que o PCP identifica um

problema e diz que é melhor pedir aos outros para o resolverem, nós identificamos um

problema e resolvemo-lo, portanto, nós temos uma rede de sensores de qualidade do

ar na cidade de Lisboa, que é na nossa opinião insuficiente, existem 2 sensores, salvo

erro, oficiais na cidade de Lisboa, nós estamos a pôr 86 para dar transparência ao

processo e o PCP diz “Bom, bom, era pedirmos isto aos outros”, não temos esta forma

de trabalhar, temos uma forma de resolver e de intervir e de entregar de forma

totalmente transparente à cidade de Lisboa, uma rede de sensores de qualidade do ar,

porque achamos que é isso que devemos fazer. ----------------------------------------------

----- Relativamente à questão da Doutora Teresa Craveiro, de facto, desde a raiz que

este problema, que este projeto foi desenhado para integrar a rede de dados abertos da

cidade de Lisboa, para integrar a plataforma do Pegil, é lá que os dados vão chegar e é

lá que eles vão até ser dados acesso de forma horizontal a toda a Câmara Municipal. ---

----- Depois há o tema da CCDR e aqui a articulação com a CCDR, a CCDR tem

competências próprias da qualidade do ar, é até estranho que até na nossa opinião por

vezes mais no sentido de que achamos que o Município tem uma palavra mais forte na

defesa da qualidade do ar do Município…” ---------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Senhor Vereador terminou o seu tempo.” ----------------------------------------------

----- O Senhor Vereador Miguel Gaspar, no uso da palavra, fez a seguinte

intervenção: ---------------------------------------------------------------------------------------

----- “Senhora Presidente, mesmo para terminar, temos que articular com a CCDR

apesar disso, não deixaremos de fazer o nosso trabalho, que é tirar o máximo proveito

desta rede que estamos agora a adquirir.” -----------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Senhor Deputados, não sei se o Senhor Deputado Fábio Sousa quer pedir um

esclarecimento, deixe-me ver como é que a seu tempo, tem um minuto para poder

falar, tem tempo para falar dentro do vosso tempo.” -----------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Fábio Sousa (PCP) no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Senhor Vereador, a questão que nós lhe queríamos colocar é que efetivamente

as palavras que o Senhor Vereador amavelmente nos concede, parece-nos um

bocadinho estranha, esta é uma posição do PCP, há muitos anos acompanhada e que

nos faz todo o sentido, uma vez que consideramos que existem serviços estratégicos

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que devem estar na esfera do Município, ou não sendo do Município, neste caso, em

concreto, no Ministério do Ambiente. ---------------------------------------------------------

----- E portanto, o PCP já pôs estas questões em várias alturas, e esta posição é mais

do que conhecida, porque acreditamos que a Câmara Municipal ou nalgumas áreas

tem gente competente e gente capaz e equipas que podem fazer um bom trabalho em

determinadas áreas, e que a Câmara tem optado ao longo do tempo por externalizar

serviços sem se são se perceber muito bem, muitas vezes entregar a privados, posso

dar um exemplo concreto de como é a gestão dos espaços verdes, 20 milhões para os

espaços verdes sem qualidade, portanto, fazem mais caro, sem qualquer qualidade

inerente, quando, por exemplo, a Escola de Jardinagem que formava jardineiros e um

conjunto de técnicos municipais capazes, que faziam um trabalho muito mulher,

portanto, não percebemos esta política de externalização de serviços, e é muito por aí

que a nossa posição é esta. Muito obrigado.” -------------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Senhor Deputado muito obrigada. -------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados, creio que concluímos o debate nesta matéria, está na altura

de pormos à votação a Proposta em 338/2019, esta repartição de encargos para o

efeito que estivemos a ver e a ouvir.” ----------------------------------------------------------

----- Proposta em 338/CM/2019, não tem votos contra, abstenções do PSD, CDS-PP,

PCP, PEV, PPM e o Senhor Deputado Municipal Independente Rodrigo Mello

Gonçalves, votos a favor do PS, BE, PAN, MPT, 7 IND e do Senhor Deputado

Municipal Independente Rui Costa. A Proposta em 338/CM/2019 foi aprovada por

maioria. -------------------------------------------------------------------------------------------

----- (Ausência de um Deputado (a) Municipal Independente da Sala de Plenário) ------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “O PCP fará uma Declaração de Voto oral. ---------------------------------------------

------ Senhor Deputado, tem a palavra para fazer a Declaração de voto.” -----------------

----- O Grupo Municipal do PCP apresentou, oralmente, a seguinte Declaração de

Voto:-----------------------------------------------------------------------------------------------

----- “Como vê Senhor Vereador, é novo aqui e às vezes já extrema a sua posição, viu

que houve várias abstenções e, portanto, atente que o Senhor está aqui a cumprir um

papel, é de um Executivo com pelouros e há Vereadores que não têm pelouros, e

portanto, responsabilize-se por aquilo que é da sua responsabilidade e saiba encarar

esta Assembleia que respeito. Muito obrigado.” ----------------------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigado Senhor Deputado, às Declarações de Voto não temos de

resposta. ------------------------------------------------------------------------------------------

----- A Defesa da Honra tem sempre direito. Faça o favor.” --------------------------------

----- O Senhor Vereador Miguel Gaspar, no uso da palavra, fez a seguinte

intervenção em Defesa da Honra: --------------------------------------------------------------

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----- “Senhora Presidente, só para esclarecer o Senhor Deputado Modesto Navarro,

por quem eu tenho o maior respeito, que não me estou, em momento algum a

desresponsabilizar, desresponsabilizar não, mas a desrespeitar esta Assembleia! --------

----- O que eu estou aqui é a frisar uma opção política, aquilo que os Senhores

afirmam aqui é uma afirmação porventura até do século passado, daquilo que é a

forma de ver de uma cidade moderna, na área concreta que temos em apreciação nesta

Assembleia, está em causa a existência de uma rede de sensores moderna na Cidade,

que eu registo vosso voto de abstenção viabilizado a Proposta, mas uma discordância

de fundo do modelo, em que na vossa solução simplesmente este processo não

acontecia, e o que eu me limitei foi a sublinhar isso e portanto, defendo aqui a minha

honra dizendo que não desrespeitei esta Assembleia, antes pelo contrário, a única

coisa que me limitei a fazer foi identificar uma diferença política, que é para isso que

esta Assembleia serve. Muito obrigado senhor Deputado.” ---------------------------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Muito obrigada Senhor Vereador.” ------------------------------------------------------

-----Senhores Deputados, Senhor Deputado Modesto Navarro, tem a palavra para?

Explicações não está previsto, mas entendamos que é para um contraprotesto, se

quiser, Defesa da Honra que o Senhor Deputado quer esclarecer. Sim Senhor, muito

bem.” ----------------------------------------------------------------------------------------------

----- O Senhor Deputado Municipal Modesto Navarro (PCP) no uso da palavra fez

a seguinte intervenção para resposta da Defesa da Honra: ----------------------------------

----- “É que é exatamente numa altura em que vêm notícias que o estado do ar e,

portanto, o sistema ecológico e de saúde da Cidade está muito mal e se expande até ao

Parque das Nações, até à 24 de Julho, até Telheiras, etc., etc. que o Senhor Vereador

vem aqui passar por cima das coisas e isso é inadmissível, desculpe lá!” -----------------

----- A Senhora Presidente da Assembleia Municipal, no uso da palavra fez a

seguinte intervenção: ----------------------------------------------------------------------------

----- “Desculpem, agora tenho que terminar, já ficou visto o vosso ponto, não há do

ponto de vista da Mesa, não há aqui mais ofensas de ninguém, são uma divergência

política assumida, e o Senhor Vereador acabou de dizer isso mesmo, mas estamos

aqui para assumir essas diferenças. ------------------------------------------------------------

----- Senhores Deputados não se vão embora sem ouvir que ainda esta semana temos

uma Sessão Extraordinária na quinta-feira, que é para o Debate Temático, a partir das

5 horas e meia, o Debate Temático sobre as Mulheres e o Trabalho e antes disso, nós

vamos aproveitar, temos uma questão muito importante, e quero alertar todos, isto foi

assente na Conferência de Representantes, nós vamos ter que tomar uma posição

sobre a descentralização de competências do Governo para o Município de Lisboa, em

duas áreas importantes, na Educação e nos Transportes Fluviais em zonas interiores. --

----- Acontece que se nós não tomarmos esta posição até dia 30 de junho isso equivale

a dizer que estamos de acordo, e eu sei que há forças políticas que não estão de acordo

e, portanto, temos que dar uma oportunidade a que todos tomem a posição que

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entendem e democraticamente se encontre a vontade do Município! Muito obrigada

Senhor Deputados.” ------------------------------------------------------------------------------

----- A sessão terminou, eram dezanove horas e trinta minutos. ---------------------------

----- Nota: As propostas votadas na presente reunião foram aprovadas, em minuta, nos

termos da deliberação n.º 353/AML/2017 tomada pela Assembleia, por unanimidade,

na reunião realizada no dia 21 de Novembro de 2017.---------------------------------------

----- Eu ______________________________, a exercer funções no Gabinete de

Apoio à Assembleia Municipal lavrei a presente ata que também assino, nos termos

do disposto no n.º 2 do art.º 57.º do Anexo I à Lei n.º 75/2013 de 12 de setembro, do

n.º 2 do art.º 90.º do Regimento da Assembleia Municipal de Lisboa e do despacho da

Senhora Presidente da Assembleia Municipal de Lisboa exarado em 6 de Novembro

de 2017 na folha de rosto anexa à Proposta n.º 1/SMAM/2017. ----------------------------

---------------------------------------A PRESIDENTE -------------------------------------------