Upload
trinhcong
View
216
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Assistência Farmacêutica no SUSPolítica de Medicamentos
Dirce Cruz Marques
agosto/2010
Pesquisa de novos fármacos
Produção de produtos
farmacêuticos
Usuário
Populações
Sistema de saúde
Prescrição
MARKETING
Políticas públicas de
saúde, medicamentos,
etc
INSERÇÃO DOS MEDICAMENTOS
Determinantes:
• econômicos
• sociais
• políticos
Produção de fármacos
Práticas dos profissionais de saúde (médicos, odontólogos, farmacêuticos)
Bem social X mercadoria
Distorção no acesso
Distorção na utilização
Medicamentos e os Sistemas de Saúde
Credibilidade
Importância do tema • Lei Orgânica da Saúde • Projeto Inovar/ CRAME/MS• Lei de Patentes• Extinção da CEME• Política Nacional de Medicamentos• ANVISA • Lei de Genéricos• Política Nacional de Assist. Farmacêutica• Programas de AF no SUS
Mercado farmacêutico brasileiro
16.308 apresentações/julho 2009fonte: ABCFarma
“me too”
8º mercado mundial R$30 bilhões/2009)
Vinte e três anos de cotação de novos produtos farmacêuticos por La revue Prescrire (a)
Cotação No de especialidades farmacêuticas
%
Bravo 7 0,24
Interessante 77 2,68
Traz algum benefício 217 7,56
Eventualmente útil 455 15,85
Nada de novo 1.913 66,63
Inaceitável 80 2,79
A comissão de redação não pôde se pronunciar
122 4,25
Total 2.871 (b) 100
(a) De 1981 a 2003, inclusive; (b) Somente novas especialidades ou novas indicações terapêuticas de
produtos registrados.
Adaptado de Política Industrial ou Saúde Pública: O abismo aumenta. Boletim Sobravime (40/41): 13-19
8
1990: Lei Orgânica da Saúde – Lei 8080
regulamentação do SUS
Artigo 6º - “Estão incluídas, ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde –SUS”.
I – a execução de ações:
a)de vigilância sanitária;
b)de vigilância epidemiológica;
c)de saúde do trabalhador; e
d)de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica
Política Nacional de MedicamentosPortaria GM 3916/1998
Medicamentos essenciais
Desenvolvimento tecnológico
Capacitação de RH
Acesso e uso racional
Medicamentos Essenciais
“São os que satisfazem às necessidades prioritárias de saúde da população. São selecionados tendo em conta sua relevância na saúde pública, sua evidência de segurança e eficácia e sua relação custo-efetividade”.
Conferência Mundial sobre Uso Racional de
Medicamentos – Nairobi (1985)
“Existe uso racional quando os pacientes
recebem medicamentos apropriados às suas
necessidades clínicas, em doses adequadas
e individualizadas, pelo período de tempo
requerido e a um custo razoável para eles e
sua comunidade”.
Resolução CNS nº338/2004
Aprova a Política Nacional de Assistência Farmacêutica
• integrante da Política Nacional de Saúde
• nortear de políticas setoriais (de medicamentos, ciência e tecnologia, desenvolvimento industrial, recursos humanos)
• acesso e uso racional de medicamentos
• envolve desde a pesquisa de fármacos até o acompanhamento da utilização dos medicamentos, inclusive a Atenção Farmacêutica
• responsabilidades compartilhadas entre gestores
• adoção da RENAME
•Utilização de plantas medicinais e fitoterápicos
Gerenciamento
Financiamento
Recursos Humanos
Sistema de Informações
Controle e Avaliação
Seleção
Utilização:
Prescrição,
Dispensação
e uso
Distribuição
Armazenamento
Programação
Aquisição
O Ciclo da Assistência
Farmacêutica
Marin et al. Asistência Farmacêutica para Gerentes
Municipais. Brasil, 2.003
Gestão da Assistência Farmacêutica no SUS
Listas Oficiais: RENAME; REMEME; REMUME
Inserção da Assistência Farmacêutica no Plano de Saúde/ Relatório de Gestão
Organização dos serviços farmacêuticos
Gestão da Assistência Farmacêutica no SUSPacto pela Saúde – 6 blocos de financiamento
Portarias GM 2981/2009 e 2982/2009
Componentes
-Estratégico-Especializado- Básico
Responsabilidade tripartite
Componente Estratégicorecurso financeiro e aquisição federaldistribuição estadualdispensação municipal
doenças de perfil endêmico-controle de endemias (tuberculose, hanseníase, malária, leishmaniose, chagas); programa DST/Aids (anti-retrovirais); sangue e hemoderivados; imubiológicos (vacinas e soros); programa de combate ao tabagismo;programa de alimentação e nutrição; lúpus, mieloma múltiplo e doença enxertoXhospedeiro
-insulinas NPH e regular; anticoncepcionais
Componente especializado-Protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas-MS(50 protocolos e várias consultas públicas)-Comissão de incorporação de tecnologias do MS
Grupo 1- maior complexidade da doença; refratariedade à 1º e 2º linha de tratamento; alto impacto financeiro.
Grupo 2- menor complexidade da doença; refratariedade à 1º linha de tratamento;
Grupo 3 – fármacos da Rename como 1º linha de cuidado.
Componente especializadoGrupo 1A- responsabilidade federal: aquisição e distribuição; responsabilidade estadual: dispensação
B- responsabilidade federal: repasse de recursos aos estados; responsabilidade estadual: aquisição, distribuição e dispensação
Componente Especializado
Grupo 2: responsabilidade estadual:recursos financeiro para aquisição; distribuição e dispensação
Grupo 3: responsabilidade federal e estadual: transferência de recursos financeiros; responsabilidade municipal: aquisição, distribuição e dispensação
Componente Especializado
LMEAPAC
-Asma grave
- SES/SP – doença pulmonar obstrutiva crônica; prevenção da infecção pelo vírus sincicial respiratório; hipertensão arterial pulmonar
Componente Básico-Recurso financeirofederal: R$ 5,10 hab/anoestadual e municipal: R$ 1,86/hab/ano para
medicamentos e R$ 0,50/hab/ano para insumos de diabetes
-Responsabilidade municipal: aquisição, distribuição e dispensação
- Seleção de medicamentos: RENAME ; homeopatia e fitoterapia
Seleção de Medicamentos Essenciais
Medicamentos selecionados por sua
relevância em saúde pública, evidência de
eficácia e segurança e custo-efetividade
favorável comparativamente.
WHO, 2002
Seleção racional de medicamentos
Comissão de Farmácia e Terapêutica
OMS ( “estratégias farmacêuticas para
os países no período 2004-2007” )
promoção da CF em nível institucional,
local e nacional
Medicina Baseada em Evidências
É uma abordagem que utiliza as ferramentas da Epidemiologia Clínica, da Estatística, da Metodologia Científica e da Informática para trabalhar a pesquisa, o conhecimento e a atuação em saúde, com o objetivo de oferecer a melhor informação disponível para a tomada de decisão nesse campo.
Centro Cochrane do Brasil
A hierarquia da Evidência
Revisões sistemáticas
ECR
Coorte
Caso-controle
Estudo de casos
Opinião de especialista
Pesquisa animal
Pesquisa in vitro
va
lid
ad
e
co
nfi
an
ça
Medicina Baseada em Evidências
“A utilização conscienciosa, explícita e judiciosa da melhor evidência, acerca dos cuidados com pacientes individuais”
(Evidence-Based Medicine Working Group. JAMA 1992,
268:2429-5)
Economia da Saúde
Avaliação Econômica/ Farmacoeconomia
“Os recursos empregados em um programa
estão sendo aproveitados de forma eficiente?
custo da doença; custo-minimização, custo-
benefício, custo-efetividade, custo-utilidade”
(Cordeiro, 2005)
Avaliação de tecnologias em Saúde
Um campo multidisciplinar de análise de políticas, que estuda as implicações clínicas, sociais, éticas e econômicas do desenvolvimento, difusão e uso da tecnologia em saúde”(Goodman, 1998)
Política Nacional de Ciência, Tecnologia e
Inovação em Saúde
“melhor relação custo/efetividade”
(portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/relatorio_pnctis_2-
cntis.pdf)
Árvore de Decisão
Fase I - Análise das evidências
Fase II – Avaliação das implicações práticas
Fase III – Questões administrativas
Fase I – Análise das evidências
-o fármaco possui eficácia/efetividade?
a segurança de uso está estabelecida?
-eficácia comparada favorece fármaco?
Fase II – Implicações práticas
-técnicas:
é mono-fármaco?
possibilita comodidade posológica?
estabilidade e facilidade de armazenamento?
fracionamento e adequação das doses?
análise de custo minimização
necessita de adoção de diretrizes clínicas?
há vantagens na inclusão do medicamento?
Fase II – Implicações práticas
- impacto financeiro
prevalência da doença
dose diária definida (DDD)
preço fábrica
população SUS dependente (75%)
estimativa de quanto será o gasto da SMS
Fase III – Questões administrativas
-disponibilidade de recursos financeiros
-cronograma para programação de compra
-divulgação à rede
RENAME 2010
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/rename_2010.pdf
REMUME-SP/ Itens para dispensação
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/saude/arquivos/assistenciafarmaceutica/Relacao_Medicamentos_Essenciais_Rede_Basica.pdf
Bibliografia recomendadaCNS. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 338, de 06 de maio de 2004. Aprova a Política Nacional de Assistência Farmacêutica. Diário oficial da União, Brasília, 20 mai. 2004. Seção I, nº 96.
Marín N, Luiza VL, Osório-de-Castro CGS, Machado-dos-Santos S. Assistência farmacêutica para gerentes municipais. Organizado por Nelly Marín et al.. Rio de Janeiro: Organização Pan-Americana de Saúde/Organização Mundial da Saúde; 2003.
MS. Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde, Organização Mundial da Saúde. Avaliação da assistência farmacêutica no Brasil: estrutura, processos e resultados. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde; Ministério da Saúde. 2005. [Série técnica medicamentos e outros insumos essenciais para a saúde, 3]. 2005.
MS. Ministério da Saúde. Portaria GM 3.916 de 30 de outubro de 1998. Aprova a política nacional de medicamentos e define as diretrizes, as prioridades e as responsabilidades da Assistência Farmacêutica para os gestores federal, estadual e municipal do Sistema Único de Saúde- SUS. Diário Oficial da União, Brasília (DF), 10 nov 1998. Seção 1, p. 18-22. 1998.
MS. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Assistência farmacêutica na atenção básica. Instruções técnicas para a sua organização. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
MS. Ministério da Saúde. Portaria GM nº 2.981 de 26 de novembro de 2009. Aprova o Componente Especializado da Assistência Farmacêutica.
MS. Ministério da Saúde. Portaria GM nº 2.982 de 26 de novembro de 2009. Aprova a Assistência Farmacêutica na Atenção Básica.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica. Diretrizes para a estruturação de farmácias no âmbito do Sistema Único de Saúde, 2009.
OMS. Ivama AM, Maldonado JLM (org.) O papel do farmacêutico no sistema de atenção à saúde: Relatório do Grupo Consultivo da OMS: Nova Délhi, Índia: 13 – 16 de dezembro de 1988 + O papel do farmacêutico: assistência farmacêutica de qualidade: Benefícios para os governos e a população: Relatório da Reunião da OMS: Tóquio, Japão: 31 de agosto – 3 de setembro de 1993 + Boas práticas em farmácia (BPF) em ambientes comunitários e hospitalares. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde: Conselho Federal de Farmácia, 2004.
OPAS. Organização Pan-Americana de Saúde/Organização Mundial de Saúde, Conselho Federal de Farmácia. O papel do farmacêutico no sistema de atenção à saúde. Trad. de Suzane Sobral. Brasília: OPAS; 2004.