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ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO CONSULTORIA JURÍDICA JUNTO AO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA ASSESSORIA JURÍDICA DO DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL assjiinl3>dpf.goi'.br PARECER OM^/2016 - AJ/GAB/DG/DFF/CONJUR-MJ/CGU/AGU REFERÊNCIA: INTERESSADO: ASSUNTO: I. RELATÓRIO Processo n'' 08206.000734/2015-89 (2 volumes - Vol. I, fls.01/200: Vol. 11, fls. 201/214) CGTl/DG/DPF Pregão Eletrônico para Registro de Preços, do tipo menor preço por item, objetivando a aquisição de Computadores Portáteis {Noíehonks UUrafwos). Computadores Desktops. Dock Statiom e Impressoras Multifuncionais. EMENTA PREGÃO ELETRÔNICO. TIPO MENOR PREÇO POR ITEM. AQUISIÇÃO DE COMPUTADORES PORTÁTEIS (NOTEBOOKS ULTRAFINOS), COMPUTADORES DESKTOPS, DOCK STATIONS E IMPRESSORAS MULTIFUNCIONAIS. 1. Procedimento licitatório que tem como objeto formação de registro de preços para aquisição de: a. 3.785 Computadores Portáteis (Notebook Ultrafino): b. 4.087 Computadores Desktops (Smaíl Form Factor); c. 2.416 Computadores Desktops (Ultra Small Form Factor); d. 3.785 Dock Station Universal USB; e. 1.328 Impressora Multifuncional P&B. 2. Fundamento legal: Lei n" 10.520. de 2002: Decreto n° 5.450, de 2005; Decreto 7.892. de 2013: Lei n" 8.666. de 1993. subsidiariamente. e LC 123, de 2006. 3. Custo estimado: RS 99.995.048.99 (noventa e nove milhões, novecentos e noventa e cinco mil. quarenta e oito reais e noventa e nove centavos). 4. Análise jurídica adstrita a aspectosformais, sem incursões quanto ao mérito administrativo. Aprovação do procedimento condicionada ao cumprimento das recomendações. Peças rubricadas para efeito de simples conferência. 5. Parecer de caráter meramente opinativo. 1. Trata-se de analisar a legalidade da minuta do Pregão Eletrônico, do tipo Menor Preço por Item, cujo objeto é a formação de registro de preço para provável aquisição de 3.785 Computadores Portáteis (Notebook Ultrafino)-, 4.087 Computadores Desktops (Small Form Factor); 2.416 Computadores Desktops (Ultra Small Form Factor); 3.785 Dock Station Universal USBe 1.328 Impressora Multifuncional P&B. 2. No que tange à instrução processual (fls. 01/214), cabe ressaltar nos autos os seguintes documentos prescritos pela legislação de regência: SAS Quadra 06, Lotes 09/10 Bloco A Edifício Sede DPF, Brasília-DF CEP; 70.037-900- Brasnia-DF Teiefone; 2024-8547/2024-8222/ Fax: 2024-8445 e-tnaii: [email protected] Scrgio Ernesto Kopp Advogado da União

assjiinl3>dpf.goi'.br PARECER N» OM^/2016 … · 2017. 6. 2. · 1. Trata-se de analisar a legalidade da minuta doPregão Eletrônico, do tipo Menor Preço por Item, cujo objeto

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  • ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO

    CONSULTORIA JURÍDICA JUNTO AO MINISTÉRIO DA JUSTIÇAASSESSORIA JURÍDICA DO DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL

    assjiinl3>dpf.goi'.br

    PARECER N» OM^/2016 - AJ/GAB/DG/DFF/CONJUR-MJ/CGU/AGU

    REFERÊNCIA:

    INTERESSADO:

    ASSUNTO:

    I. RELATÓRIO

    Processo n'' 08206.000734/2015-89 (2 volumes - Vol. I, fls.01/200: Vol. 11, fls.201/214)CGTl/DG/DPF

    Pregão Eletrônico para Registro de Preços, do tipo menor preço por item, objetivandoa aquisição de Computadores Portáteis {Noíehonks UUrafwos). ComputadoresDesktops. Dock Statiom e Impressoras Multifuncionais.

    EMENTA

    PREGÃO ELETRÔNICO. TIPO MENOR PREÇO POR ITEM. AQUISIÇÃO DECOMPUTADORES PORTÁTEIS (NOTEBOOKS ULTRAFINOS),COMPUTADORES DESKTOPS, DOCK STATIONS E IMPRESSORASMULTIFUNCIONAIS.

    1. Procedimento licitatório que tem como objeto formação de registro de preçospara aquisição de:

    a. 3.785 Computadores Portáteis (Notebook Ultrafino):b. 4.087 Computadores Desktops (Smaíl Form Factor);c. 2.416 Computadores Desktops (Ultra Small Form Factor);d. 3.785 Dock Station Universal USB;e. 1.328 Impressora Multifuncional P&B.

    2. Fundamento legal: Lei n" 10.520. de 2002: Decreto n° 5.450, de 2005; Decreton° 7.892. de 2013: Lei n" 8.666. de 1993. subsidiariamente. e LC 123, de 2006.

    3. Custo estimado: RS 99.995.048.99 (noventa e nove milhões, novecentos enoventa e cinco mil. quarenta e oito reais e noventa e nove centavos).

    4. Análise jurídica adstrita a aspectos formais, sem incursões quanto ao méritoadministrativo. Aprovação do procedimento condicionada ao cumprimento dasrecomendações. Peças rubricadas para efeito de simples conferência.

    5. Parecer de caráter meramente opinativo.

    1. Trata-se de analisar a legalidade da minuta do Pregão Eletrônico, do tipo Menor Preço porItem, cujo objeto é a formação de registro de preço para provável aquisição de 3.785 Computadores Portáteis(Notebook Ultrafino)-, 4.087 Computadores Desktops (Small Form Factor); 2.416 Computadores Desktops(Ultra Small Form Factor); 3.785 Dock Station Universal USB e 1.328 Impressora Multifuncional P&B.

    2. No que tange à instrução processual (fls. 01/214), cabe ressaltar nos autos os seguintesdocumentos prescritos pela legislação de regência:

    SAS Quadra 06, Lotes 09/10 Bloco A Edifício Sede DPF, Brasília-DF CEP; 70.037-900- Brasnia-DFTeiefone; 2024-8547/2024-8222/ Fax: 2024-8445 e-tnaii: [email protected]

    Scrgio Ernesto KoppAdvogado da União

  • Continuação do Parecer n" Ô O/20I6-AJ/GAB/DG/DPF/CONJUR-MJ/CGU/AGU (Fl._a) Documento de oficialização da demanda (fls. 01/03);

    b) Aprovação do CGTI/DPF (H. 04);

    c) Portaria n° 047/2015 - CGTI/DPF. de 25 de junho de 2015, dispondo sobre a instituiçãodos integrantes da Equipe de Planejamento para a provável aquisição de computadoresportáteis e computadores Desktops (Ils,05/Ü6);

    d) Informação n° 07/2015 - DINF/CGTI/DPF, expediente solicitando avaliação técnicaquanto à adequação dos processos licitalórios em andamento na CGTI (fls. 07/08);

    e) Estudo Técnico Preliminar da Contratação (fls. 13/19);

    í) Análise de Riscos (fls. 19v/20v);

    g) Pesquisa de preços (fls. 21/27);

    h) Termo de referência (modelo AGU), assinado por seu elaborador, com aval da chefiaimediata, e aprovado com assinatura da autoridade competente (fls. 29/67);

    I) Aprovação Técnica da divisão de Informática (11.68);

    j) Aprovação Administrativa pelo Coordcnador-Geral de Tecnologia da Informação (fl.68v);

    k) Anexos ao Termo de Referência; Anexo I - Modelo de elaboração de Proposta (fl.69);Anexo II - Entrega/Garantia (fls. 69v/70); Anexo III - Procedimento para execuçãodosBenchmarks (fls.70v/71);

    I) Pesquisas de Mercado (fls. 73/139);

    m) Mapa Comparativo de Preços (fl.l40);

    n) Informação n" 101/2015- Setor de Compras/SAD, com breve relato das pesquisas demercado (fls. 141/142);

    o) Manifestação do ordenadorde Despiesa em que reconhece a necessidade de execução doreferido processo e infine, autoriza o prosseguimento do feito para Registro de Preços,considerando sua conveniência e oportunidade (fl. 143);

    p) Portaria n*^ 001/2016- CGTI/DPF - designação depregoeiros e equipe de apoio noâmbitoda CGTI (144/145):

    q) Minuta do Edital, e anexos (fls. 146/205);

    r) Minuta da Ata de Registro de Preços (fls.206/207v);

    s) Minuta do Termo de Contrato (fls.208/209v);

    t) Lista de Verificação-C/7ecírZ.íi/(fls. 210/211);

    u) Despacho Saneador n"01/2016- CPL/CGTI/DPF, o qual informa as providencias tomadasquanto ao saneamento das pendências (fls. 212/212v);

    Processo n-08206-000734/2015-89 Página 2de 36 Sérgio Emfaito KoppAdvogado da União

  • II. ANALISE

    (FI. wContinuação do Parecer n" 0^0 /20I6-AJ/GAB/DG/DPF/CONJUR-MJ/CGU/AGU V (í

    • v) Despacho de encaminhamento dos autos à Assessoria Jurídica - AJ/DPF, para procederà análise e manifestação da Minuta do Edital e seus anexos (fl. 213).

    3, Nestecontexto,encontram-se os autos nestaAssessoria Jurídica, para examee manifestação,nos termos do arl. 38, parágrafo único da Lei n*^ 8.666, de 1993.

    É o relato essencial.

    4. A análise recairá exclusivamente sob os aspectos formais do procedimento, sem incursõesde cunho meritório, por ultrapassar a órbita dc atribuição desta Assessoria Jurídica.

    A) Sistema de Registro de Preços (SRP)

    5. A ordem jurídica estabelece que "[as] compras, sempre que possível, deverão serprocessadas através de sistema de registra de preços" (Lei n° 8.666/90, art. 15, II), assim definido como o"conjunto de procedimentos para registro forma de preços relativos à prestação de serviços e aquisição debens. para contrataçõesfuturas " (Decreto n" 7.892/2013, arl. 1", I).

    6. A doutrina qualifica o Sistema de Registro de Preços (SRP) da seguinte forma:

    "O Sistema de Registro de Preços (SRP) é uma das mais úteis e interessantes alternativas de gestãode contratações colocada à disposição da Administração Pública. As vantagens propiciadas pelo SRPaté autorizam a interpretação de que sua instituição é obrigatória por todos os entes administrativos,não se tratando de uma mera escolha discricionária.

    O registro de preços é um contraio normativo, constituído como um cadastro de produtos efornecedores, selecionados mediante licitação, para contratações sucessivas de bens e serviços,respeitados lotes mínimos e outras condições previstas no edital

    7. À luz do princípio da eficiência, o SRP tem porescopo instrumentalizar meios para aquisiçãoparcelada de bens e serviços na Administração Pública, sendo, portanto, compatível com a Lei do Pregão(Lei n" 10.520/02, art. 11).

    8. Adota-se o SRP, quando enquadrar-se nas hipóteses previstas no Decreto n° 7.892/2013:

    "Art. 3- O Sistema de Registro de Preços poderá ser adotado nas seguintes hipóteses:

    I - quando, pelas características do bem ou serviço, houver necessidade de contrataçõesfreqüentes;

    II - quandofor conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas parceladas ou contrataçãode serviços remunerados por unidade de medida ou em regime de tarefa;

    'JUSTES' FILHO. Marçat. Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos. Wed São Paulo: Dialética. 2005. p. tJ4. «Z

    Processo n. 08206.000734/2015-89 Página 3de 36 Sérgio Emesio Kopp ^ 'Advogado da União

  • ífi.__Q/5-Continuação do Parecer n" Cl O /2016-AJ/GáB/DG/DPF/CONJUR-MJ/CGÜ/AGU V

    /// - quando for conveniente a aquisição de hens ou a contratação de serviços para atemttnenttfamais de um órgão ou entidade, ou a programas de governo: ou

    IV - quando, pela natureza do objeto, não for possível definir previamente o quantitativo a serdemandado pela Administração."

    9.< Não obstante, não há justificativa motivada nos autos pela opção da utilização doRegistro de Preços, devendo taJ lacuna ser esclarecida c Justificada no Termo de Referência pela áreademandante, à luz das hipóteses previstas no art. 3" do Decreto n" 7.892, de 2013, previamente àabertura do Edital de licitação, uma vez que se entendem insuficientes as justificativas apresentadasnos itens 2 e 6 do referido instrumento, notadamente a constante do subitem 6.4 para albergar autilização do referido instituto.

    10. Note-se que o dispositivo legal apontado no subitem 6.4 do Termo de Referência, insertoà fl. 59v (art. 2°, inc. III, do Dec. 7.892/93) trata tão somente da definição de órgão gerenciador.

    11. Desse modo, recomenda-se abrir tópico específico no Termo de Referência,disciplinando quanto à necessidade da utilização do Sistema de Registro de Preços, da Intenção deRegistro de Preços, da dispensa prévia da disponibilidade orçamentária (art. 7°, § 2", do Dec.7.892/2013), sem prejuízo da necessária adequação orçamentária, entre outros temas importantesrelacionados ao referido instituto (vide itens 12 a 17, deste Parecer).

    T2. No que toca à Intenção de Registro de Preços, não se logrou encontrar no bojo dos autosregistro de que foi realizada a divulgação do referido instituto e/ou justificativa que demonstre suainviabilidade, o que merece reparos, de forma atender ao que dita o Decreto n. 7.892/2013:

    "Art. 4-Fica instituído o procedimento de Intenção de Registro de Preços - IRP, a seroperacionalizado por módulo do Sistema de Administração e Serviços Gerais - SIASG. que deveráser utilizado pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema de Serviços Gerais • SISG, para registroe divulgação dos itens a serem licitados e para a realização dos atos previstos nos incisos II e Vdocaput do art. 5- e dos atos previstos no inciso II e caput do art. 6-,

    § l- A divulgação da Intenção de registro de preços poderá ser dispensada nos casos de suaInviabilidade, deforma Justificada.

    § 2-O Ministério do Planejamento. Orçamento e Gestão editará norma complementar pararegulamentar o disposto neste artigo."

    13. Desse modo, recomenda-se que o setor administrativo certifique junto ao SistemaCOMPRASSET, Intenção de Registro de Preços - IRP, pela qual possibilita os demais órgãos e entidadesa participarem do certame, de sorte a reduzir o custo da contratação, pelo acréscimo de demandas aofornecedor (economia de escala) e/ou apresentação de justificativa pormenorizada quanto àinviabilidade.

    14. O prazo de validade da Ata de Registro de Preço não poderá ser superior a um ano,computadas as eventuais prt>rrogações (Decreto 7.892/2013, art. 12); ou seja, a ARP vigora, no máximo, por12 meses (Cláusula Quarta da ARP; fl. 207).

    15. A existência de preços registrados não obriga a Administração Pública a contratar,facultando-se a realização de licitação específica para a aquisição pretendida, assegurada preferência aofornecedor registrado em igualdade de condições (Decreto n'̂ 7.892/2013, art. 16).

    16. Por essa mesma razão, a licitação para formação de registro de preços dispensa a préviadotação orçamentária, como professa JESSÉ TORRES Pereira JÚNIOR; jProcesso n. 08206.000734/2015-8') Página 4de 36 Sérgio Ernesío Ropp"^

    Advogado da União r

  • Continuação do Parecem" 0^0 /20I6-AJ/GAB/DG/DPF/CONJUR-MJ/CGU/AGU ( ^Ü.

    "O registro de preços não gera o compromissode contratar. O SRP caracterizo-se como um conjuntode procedimentos para registro formal de preços relath-os à prestação de serviços e aofornecimentode bens com vistas a contratações futuras, que poderão, ou não, ocorrer. Ofornecedor registradotem, apenas, a expectativa de direito de contratar com a administração dentro de prazo de validadeda ata. Por isto aue. diferentemente do sistema convencional de licitação, a Administração não

    necessita de contar com a prévia dotação orçamentária. [g^n.J.

    17. Portanto, a indicação da dotação orçamentária só c indispensável quando a AdministraçãoPtiblica demonstrar o efetivo interesse de realizar a contratação da empresa a quem foi adjudicada o(s)item(ns) licilado(s), cujos preços serão registrados na respectiva ARP.

    18. Todavia, havendo entrega imediata, recomenda-se a juntada de disponibilidadeorçamentária específica para a respectiva aquisição (vide também item 73, deste Parecer).

    19. Cabe salientar a juntada nos autos de planilha de custos (íls. 140), conforme pesquisa demercado.

    20. Em todo caso, recomenda-se que o Ordenador de Despesa, ao autorizar a abertura docertame certifique que a despesa tem adequação orçamentária e financeira com a Lei OrçamentáriaAnual e compatibilidade com a lei dc Diretrizes Orçamentárias, bem como que foram observadas,previamente, todas as prescrições constantes do art. 16 da Lei Complementar n° 101, de 04/05/2000(Lei de Responsabilidade Fiscal).

    B) Pertinência da modalidade licitatória empregada (Pregão Eletrônico)

    21. A Lei n° 10.520/02 reconheceu o Pregão como modalidade licitatória "para a aquisição debens e serviços comuns " (art. 1",capul), ou seja, "aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade possamser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais do mercado " (art. 1°, parágrafoúnico).

    22. O conceito do Pregão foi previsto no Decreto n" 3.555/00, como "modalidade de licitaçãoem que a disputa pelo fornecimento de bens ou serviços comuns é feita em sessão ptiblica. por meio depropostas de preços escritas e lances verbais " (Regulamento, art. 2"). Já o Decreto n° 5.450/05 estabeleceuque nas "licitações para aquisição de bens e serviços comuns será obrigatória a modalidade pregão, sendopreferencial a utilização da suaforma eletrônica " (art. 4").

    " 23. Nesse sentido, cabe assentar as lições de Marçal Jüsten Filho:

    "[...] bem ou serviçocomum é aqueleque se apresenta sob identidadee características padronizadase quese encontra disponível, a qualquer tempo, num mercado próprio".^

    \ 24. Destaca-se também, o magistério de Joel Menezes Niebuhr:

    ^in PotilicasPúblicasna.^ Licitações e ConiralaçõesAdminislralnas. Ed- Fónim. p. 511,

    'JUSTENnUtO, Marçal. Pregão (Comeotários à Legislação do PregãoComum e EleirÔDÍco). 4® ed. São Paulo, [>ia]éiica, 2005,p. 30.

    Processo n. 08206.000734/2015-89 Página 5 de 36 Sérgio Ernesto KoppAdvogado da União 7)

  • "Em apertadissima sinlese, para qualificar bem ou serviço como comum é necessária: a)vez definidas as especificações do objeto de modo objetivo, se consegue estabelecer o padrão dequalidade desejado pela Administração, sem que eventuais variações técnicas existentes entreprodutos que atendam tais especificações sejam importantes ou decisivas para a avaiiação daproposta que melhorsatisfaz o interesse público: b) que as especificações técnicas do bem ou serviçosejam usuais no mercado: c) que estrutura procedimental do pregão, menosformalista e mais célere,não importe prejuízo à análise da qualidade do objeto licitado nem ao interesse público.

    25. Insta assentar que, conforme entendimento jurisprudcncial do TCU•^ o quedefine se umbemou serviço pode ser considerado ou não comum 6 a possibilidade de definir o padrão de desempenho ou aqualidade, segundo especificações usuais do mercado.

    26. No ponto, verifica-se que o Termo de Referência (item 3; fl. 31), classificou os bens que sepretendem adquirir como comuns. Nessas condições, verifica-se, portanto, atendido o comando estabelecidono parágrafo único do art. 26 da Instrução Normativa SLTI/MPOG n° 04, de 2014, no qual se constata ser,nesses casos, obrigatória a modalidade de Pregão Eletrônico visando aquisições relacionadas à Tecnologiada Informação. Confira-se, verbis:

    "Parágrafo único. E obrigatória a utilização da modalidade Pregão para as contrataçõesde que trata esta IN sempre que a Solução de Tecnologia da Informação for enquadradacom bens ou serviços comuns, conforme o art. 1° da Lei n" 10.520, de 2002,preferencialmente na forma eletrônica, de acordo com o Decreto n° 5.450. de 2005. "

    C) Da instrução processual (exigências estabelecidas no art. 9° do Decreto n° 5.450/05)

    . 11a.Continuação do Parecer n° Q^O /20I6-AJ/GAB/DG/DPF/CONJUR-MJ/CGU/AGU \

    27. Vislumbrada a possibilidade jurídica da utilização do Sistema de Registro de Preços e damodalidade pregão, em sua forma eletrônica, para a contratação dos bens, objeto do presente procedimentolicilatório, às quais se condicionam ao prévio atendimento das recomendações assinaladas, passa-.se àverificação do cumprimento dos atos preparatórios para o pregão eletrônico, definidos no artigo 9" do Decreton° 5.450 de 31 de maio de 2005, que dispõe:

    Art. 9° Nafase preparatória do pregão, naforma eletrônica, será observado o seguinte:

    I - elaboração de termo de referência pelo órgão requisitante. com indicação do objeto deformaprecisa, suficiente e clara, vedadas especificações que. por excessivas, irrelevantes oudesnecessárias, limitem ou jrustrem a competição ou sua realização:

    II - aprovação do termo de referência pela autoridade competente;

    III • apresentação de justificativa da necessidade da contratação:

    IP- elaboração do edital, estabelecendo critérios de aceitação das propostas:

    V• definição das exigências de habilitação, das sanções aplicáveis, inclusive no que se refere aosprazos e às condições que. pelas suas particularidades, sejam consideradas relevantes para acelebração e execução do contrato e o atendimento das necessidades da administração: e

    VI- designação do pregoeiro e de sua equipe de apoio.

    'NIF.BUHR,Juel Menezes. Pregão - Presencial e Eleirõnico, 4"ed. Curiiiba, Zéniie, p. 68.

    'BRASIL, Tribunal de Comas da União. Processo TC n"013.896/2004-.'!. Acórdão n° 817/2O0.'5 - 1» Câmara. DOU, O9/05/0.S. Seção 1. p.l80

    Processo n. 08206.000734/2015-89 Página 6de 36 Sérgio Ernesto Kopp fAdvogado da União 2f {

  • Continuação do Parecem" (71 [) /20I6-AJ/GAB/DG/DPF/CONJUR-MJ/CGU/ACU \

    28. Preliminarmente, consigna-se que o presente procedimento foi iniciado com a instauraçãode processo administrativo, devidamente autuado, protocolado, numerado, composto de 214 (duzentas equatorze) folhas (vol. I - fls. 01/200; vol. II - 201/214), contendo autorização da autoridade competente paraa abertura do procedimento licitalório (fl. 04), de modo a satisfazer o grau de exigência prevista no caputdoart. 38 da Lei n° 8.666/93.

    29. Quantos às normas antes descritas, o Termo de Referencia foi elaborado pelo órgãorequisitante (fls. 29/67), com a indicação do objeto de forma clara, precisa e definida, encontrando-sedevidamente assinado pelos integrantes da Equipe de Planejamento (fl. 67), com aprovação técnica daDivisão de Informática (fl. 68) e com aprovação do Coordenador-Gcral de Tecnologia da Informação (fl.68v).

    30. Vale ressaltar à área técnica que especificações excessivas e/ou desarrazoadas sãovedadas de modo a não macular a competitividade do certame.

    31. Além disso, de modo a demarcar a observância dos princípios da moralidade erazoabilidade no bojo do feito, recomenda-se ao Gestor certificar no Termo de Referência que asespecificações técnicas não direcionam a licitação a determinado fornecedor ou marca, sob pena deresponsabiiidade, salvo justificativa piausivel^

    32. A justificativa da necessidade da contratação, nos termos do inciso III do artigo 9^do Decreton°5.45Ü/05, resta consignada no item 2 do Termo de Referência, às fls. 30/31, dispondo, in verbis:

    •'2. JUSTIFICATIVA E OBJETIVO DA CONTRATAÇÃO

    2.1. Registrarpreços para praváx-el aquisição de ComputadoresPortáteis (Notebooks ultrafinos).Computadores Desktops. Dock Stations e Impressoras Multifuncionais divididos em 5

    (cinco) itens:

    2.1.1. ITEM I - Computadores Portáteis (Notehook Ullrafinu).

    2.1.2. ITEM 2 - Computadores Desktops (Tipo SFF - Small Form Factor).

    2.1.3. ITEM 3 - Computadores Desktops (Tipo USFF - Ultra Small Form Factor).

    2.1.4. ITEM IV ~ Dock Slation Universal USB 3.0.

    2.1.5. ITEM V- Impressora Multifuncional P&B.

    2.2. Este registro de preço visa fornecer aos servidores da Policia Federal ferramentastecnológicas que facilitem, aprimorem e agreguem qualidade aos serviços institucionaisprestados, bem como, fornecer agilidade aos proce.ssos desenvolvidos no âmbito doDepartamento de Policia Federal.

    2.3. Nos últimos anos a informática tornou-se umaferramenta fundamental para a execução dosserviços nas empresas públicas e privadas. Nogoverno, boaparte dosprocessos de trabalhojá opera em sistemas de informação. Além disso, os microcomputadores, impressoras eperiféricos são amplamente utilizados para a operação das atividades administrativas,investigativas e analíticas nas diversas variadas unidadesda Policia Federal.

    ° "È veda

  • EM BRANCO

  • Continuação do Parecer n" 0^0 /20I6-AJ/GAB/DG^DPF/CONJUR-MJ/CGU/AGU

    2.4. Como acontece com a maioria das tecnologias, as estações de trabalftSsJdesktoccomputadores portáteis (notehooks>, impressoras e periféricos sofrem um processo dedepreciaçãonatural que, associado ao avançodas tecnologias, imprime aosgestores a tomadade medidas que garantam a continuidadedas informações e dos processos automatizadas doórgão gerido de forma profícua e qualitativa. Essas medidas, no Departamento de PoliciaFederal, são tomadas pela Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação - CGTl.

    2.5, A CGT/funciona como a unidade da PF responsável pela especificação e padronização detodo o parque computacional e tecnológico. Desenvolve-se em metodologia de trabalho,agregando conhecimento técnico e cientificopara difusão entre as decentralizadas, por meiode intercâmbio de conhecimentos entre unidadesinternas e outras instituições parceiras, alémde encontrar-seemprocesso demodernizaçãotecnológicaaftm de acompanhara necessidadede atendimento e modernização da PF, buscando atender o crescente número de solicitaçõesde sistemas computacionais que automatizam processos essenciais proporcionando amelhoria condições (sic) de trabalho aos servidores deste órgão e, em última instância, aocidadão. Acontinuidadedosserviçosé um dosatributosprincipais a ser levadoemcontapelosgestores, tendo em vista que a interrupção da prestação dos serviços públicos causariatranstornos aos administrados (cidadão).

    2.6, A ampliação e atualização do parque computacional e de elementos de Impressão para uso

    dos servidores da Policia Federal emprocessos automatizados é de suma importânciaparamanutenção da qualidade na prestação de serviços institucionais.

    2.7. Além disso, o custo de suporte e manutenção preventiva e corretiva de equipamento sistemasobsoletos é, para Administração Pública, onerosa, o que torna muito mais, economicamentevantajoso a aquisição de equipamentos novos com a garantia defuncionamento por parle dofornecedor por um período que contemple, no mínimo, a vida útil dos equipamentosadquiridos.

    2.S. Conclui-se então que para os bens de injbrmática. para ampliação e atualização do parquecomputacional, acompanhados pela garantia de funcionamento, como os notebooks,multifuncionais e estações de trabalho (computadores desktops) aqui propostos, é uma dasmelhores práticas estratégicas para minimizar a interrupção na prestação de serviçosinstitucionais.

    2.9. Para tanto,faz-se necessário cantar com umparque de TIcom cobertura integral de garantiaevitando eventuais situações que causem moléstia aos usuários dos serviços públicos.Jusíifícamos. aqui, a aquisição de notebooks ultrqfinos e estações de trabalho (computadoresdesktops) acrescidos da earantia de funcionamento.

    2.10. A necessidade da composição deste objeto reside na necessidade de promover a atualizaçãotecnológica e da expansão do quantitativo de computadores notebooks ultrafinos e dasestações de trabalho (computadores desktops) de acordo com a prospecção realizada pelasferramentas de gestão estratégica do Departamento de Policia Federal.

    2.11. A continuidade dos serviços é um dos atributos nrincioais a ser levado em conta pelos

    eestores. tendo em vista que a interrupção da prestação dos serviços públicos causariatran.stornos aos administrados. O fato é amplamente difundido na doutrina, onde se cita oinsígne doutrinador Marcai Justen filho, discorrendo acerca do tema:

    "A continuidade retrata, na verdade, a permanência da necessidade pública a sersatisfeita. Ou se/a, o dispositivo abrange os serviços destinados a atender necessidadespúblicas permanentes, cujo atendimento não exaure prestação semelhante nofuturo.

    2.12. Além dos objetivosjá expo.sto aqui. outro objetivo é prover acesso aos servidores da PolíciaFederal ao ferramental tecnológico que apoiam suas atividades, mesmo quando em campopor períodos prolongados, em locais de pequenos espaços ftsicos/mobiliário, navios portos eem todos pontos de atuação da policiafederal. "

    (Destaques do original)Processo n. 08206.000734/2015-89 Página 8 de 36 Sérgio Ernesto Kopp •"«

    Advogado da UniSo Jj? j

  • a onContinuação do Parecer n" 0"^ O /20I6-AJ/GAB/DG/DPF/CONJÜR-MJ/CGU/AGU

    33. Ainda em relação às exigências estabelecidas no art. 9° do Decreto n° 4.50, de 2005, ascondições, critérios e exigências da habilitação, assim como as sanções, entre outras, estas se encontramprevistas na minuta do Edital, em atendimento ao disposto no inciso V do referido diploma legal.

    34. Por fim, encerrando a instrução processual, constata-se nos autos a juntada de cópia daPortaria de designação de Prcgociros c Equipe de Apoio, cm cumprimento ao que dispõe o inciso VI doartigo 9*^ do Decreto n° 5,450/05 (vide fls. 144/145).

    D) Do quantitativo estimado para a contratação

    35. O art. T, § 4° da Lei n'' 8.666, de 1993, veda a inclusão, no objeto da licitação, defornecimento dc materiais c serviços sem previsão de quantidades. Assim, em atenção ao preceito legal retromencionado, impõe-se que sejam apresentados no Termo de Referência os quantitativos estimados para alicitação, justificando-se de forma motivada, considerando que de tal estimativa dependerá o valor dacontratação.

    36. No que toca a demanda e o quantitativo da aquisição do material em questão, consta aseguinte justificativa apresentada no subitcm 1.3, à f1. 29v:

    "O quantitativo descrito na tabela acima foi obtido através de levantamentos internos, consultas asdiversas unidades participantes, estimativas de substituições de equipamentos obsoletos, estudos,análises, solicitações, ntimero de bens computacionais ativos e média do número de servidores emcursoformação na academia de Polícia Federal. E uma estimativa de consumo individualizado (porunidade gestora) motivada pelos prospectos já citados e análises realizadas e que esperamosrepresentar ou estar próxima do consumo desejado, durante a vigência da ata;"

    ' s

    37.'' Em que pesem tais justificativas, note-se a necessidade de juntada nos autos dodemonstrativo da adequação da demanda em si, uma vez que se entende faltar lastro fático e técnicoconsubstanciado da aquisição pretendida, correspondente à quantidade de material a ser adquirido(ver também subitem 95.2.10, deste Parecer).

    38.1 Além disso, recomenda-se ao Gestor juntar aos autos demonstrativos dacompatibilidade do quantitativo estimado com aquele realmente necessário para a AdministraçãoPública (princípio da materialidade e da realidade) - vide também subitem 95.2.11 - consoanterequisita o art. 15, V, da IN/SLTI-MP n" 2/2008 e o art. 7°, § 4°, da LLCA:

    IN N" 2/2008

    Art. 15. O Projeto Básico ou Termo de Referência deverá conter:

    F - a justificativa da relação entre a demanda e a quantidade de serviço a ser contratada,acompanhada, no que couber, dos critérios de medição utilizados, documentos comprobatórios,fotografias e outros meios probatórios que se fizerem necessários:

    LLCA

    Art. 7°. Aslicitações para a execução de obras epara a prestação de serviços obedecerão ao dispostoneste artigo e. em particular, à seguinte seqüência:

    (...) 7^uo hmesProcesson. 08206-000734/2015-89 Págioa 9 de 36 Sérgio tmesio KoppAdvogado da Uaião

  • Fi. 93VContinuação do Parecem" 0"^^ aOtó-AJ/GAB/DG/DPF/CONJUR-MJ/CGU/AGU

    § 4°. È vedada, ainda, a inclusão, noobjeto da licitação, defornecimento demateriais eserviços semprevisão de quantidades ou cujos quantitativos não correspondam às previsões reais do projetobásico ou executivo.

    39. Insta observar o entendimento da Corte de Contas acerca do tema (Informativo n. 140;Sessões 19 e 20 de fevereiro de 2013):

    "4. A inexistência de projeto básico completo e com nível de precisão adequado, capaz depermitir a perfeita delimitação e quantificação do objeto a ser contratado, enseja aanulação do certame licitatório

    Representação contra a Concorrência 1/2012 promovida pelo Instituto Federal deEducação. Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro (IFTM), cujo objeto ê a contrataçãode serviços de recuperação do campus Paracatu, apontou várias irregularidades no editaldo certame, relacionadas a publicação, conteúdo, valores e composições de serviços. Dentreelas, em consonância com a análise da unidade técnica, o relator destacou a ausência de"um projeto básico completo e com nível de precisão apropriado à caracterização da obra,em afronta ao disposto no art. 7", §§ 2°, inciso I, e 4° da Lei 8.666/1993, e ao disposto noarl. 6". inciso IX, da mesma Lei", e considerou que as demais falhas não dirimidas "sãodiretamente decorrentes de.ssa falha grave". Diante desse quadro, entendeu que ainsufíciência do oroieto básico "impossibilita, em termos práticos, a efetiva mensuracão

    dos serviços a serem e.xecutados e de insunws neles empreuatlos". portanto, a perfeita

    delimitação e auantifícacão do objeto a ser contratado, o que "certamente colocará em

    risco a obtenção da proposta mais vantaiosa para a Administração EmJace da gravidadedo vício identificado, o Tribunal determinou a anulação do certame. Acórdão 212/2013-Plenário, TC 041.331/2012-5. relator Ministro José Jorge, 20.2.2013.[g.n.]

    40^ Por essas razões, entende-se por bem instar a autoridade assessorada para quepromova a complementação do Termo de Referência em item especifico, com a Relação demanda xQuantidade (Artigo 15, V, IN/SLTI n. 02/2008).

    E) Do tipo escolhido para a licitação: Menor Preço por Item

    41i No que toca ao tipo da licitação, elegeu-se como critério de seleção da proposta mais

    vantajosa o menor preço, por item,conforme se afere do subitem 1.2da minuta do Edital do Pregão Eletrônico- SRP, devendo também ser previsto no preâmbulo (fl. 146).

    42. Nessas condições, permite-se aferir que poderá haver pluralidade de contratações dentro deum mesmo procedimento licitatório.

    43. Éimportante que o Termo de Referência, por se tratar de instrumento norteador da licitação,especifique e justifique motivadamente o tipo a ser utilizado na modalidade de licitação, in casu, pregãoeletrônico para registro de preços, do tino menor preço nor item, de modo a afastar eventuaisquestionamentos sobre a legalidade do certame.

    44. Por oportuno, cabe tecer, brevemente, algumas considerações sobre o parcelamento, ou não,do objeto a ser licitado, à luz do que estabelece o inciso IV do art. 15, e § 1° do art. 23, todos da Lei n°

    8.666/93, os quais dispõem, verbis\

    PProcesso n. 08206.000734/2015-89 Página 10 de .36 Sérgio cniesio KoppAdvogado da União

  • ^Comemánosà /-ei de l.icuaçõese Contratos.Adminislralivos, 13° ediçáo, Dialélica, 2012, pp.307-308.

    Contimaçào do Parecer n" ü"70 /20I6-AJ/GAB/DG/DPF/CONJUR-MJ/CGU/AGV 2151An. 15. As compras, sempre que possível, deverão:

    (...)IV - ser subdivididas em tantas parcelas quantas necessárias para aproveitar as peculiaridades domercado, visando economicidade;

    An. 23 (...)

    § fAs obras, serviços e compras efetuadas pela Administração serão divididas em tantas parcelasquantas se comprovarem técnica e economicamente viáveis, procedendo-se à licitação com vistas aomelhor aproveitamento dos recursos disponíveis no mercado e à ampliação da competitividadesemperda da economia de escala.

    45. Sobre o assunto, Marçal Justen Filho"', ao comentar o § 1° do art. 23, acima transcrito,preleciona, verbis:

    "3) Fracionamento da contratação (§1")

    O disposto no § 1°do art. 23 apresenta alguma relação com o art. 8° e seu parágrafo único,

    que vedam a execuçãoparcial de objetos de que a Administração Pública necessita. As contrataçõesdevem ser programadas na sua integralidade, .sendo inde.sejá\'el execução parcelada. AUás, se oobjeto do contratofor um conjunto integrado de bens e (ou) serviços - configurando-se um sistema—ofracionamento da contratação não será meramente indesejável, mas sim impossível.

    Por outro lado. execução (programação) parcelada não se confunde com o fracionamento

    do objeto em diversos lotes ou parcelas (tal comoJá exposto nos comentários ao art. 8°). No caso do

    fracionamento, a Administração divide a contratação em vários lotes, cujo conjunto corresponde à

    satisfação integral da necessidade pública. Em principio, todas as contratações fracionadas são

    executadas simultaneamente. Na situação de programação parcelada, a Administração executa umcerto objeto em etapas - o que significa uma dissociação temporal na execução do objeto.

    O art. 23. § 1°. impõe o fracionamento como obrigatório. A regra retrata a vontade

    legislativa de ampliar a competitividade e o universo de possíveis interessados. O fracionamentoconduz à licitação e contratação de objetos de menor dimensão quantitativa, qualitativa e econômica.

    Isso aumenta o número de pessoas em condições de disputar a contratação, inclusive pela redução

    dos requisitos de habilitação (que serão proporcionados à dimensão dos lotes). Trata-se não apenasde realizar o principio da isonomia. mas da própria eficiência. A competição produz redução depreços e se .supõe que a Administração desembolsará menos, em montantes globais, através da

    realização de uma mullicidade de contratos de valor inferior do que pela pactuação do que pela

    pactuação de contratação única.

    A obrigatoriedade do fracionamento respeita limites de ordem técnica e econômica. Nãose admite o fracionamento quando tecnicamente isso não for viável ou, mesmo, reconiendáveL O

    fracionamento em lotes deve re.speiiar a integridade qualitativa do objeto a ser executado. Não é

    possível desnaturar um certo objeto, fragmeníando-o em contratações diversas e que importam orisco de impossibilidade de e.vecução satisfatória. Se a Administração necessitar adquirir um veiculo,não teria sentido licitar a compra por partes (pneus, chassis, motor etc). Mas seria possível realizar

    a compra fracionada de uma pluralidade de veículos. Em suma. o impedimento de ordem técnica

    significa que a unidade do objeto a ser executado não pode ser destruída através dofracionamento.

    (Destaquei)

    uo EcnesUProcesso n.08206.000734/2015-89 Página 11 de36 Sérgio Stneslo KoppAdvogado da União

  • °0b. cU.,pp 310-311.

    mContinuação do Parecer n" /20I6-AJ/GAB/DG/DPF/CONJUR-MJ/CGU/AGU V ^

    r J

    Já o impedimento de ordem econômica se relaciona com o risco de o ffacionanientoaumentar o preço unitário a ser pago pela Administração. Em uma economia de escala, o aumento

    de quantitativos produz a redução dos preços. Por isso. não teria cabimento a Administração/racionar as contratações se isso acarretar aumento de seus custos.

    Como se extrai, o fundamento juridico do /racionamento consiste na ampliação dasvantagens econômicas para a Administração. Adota-se o /racionamento como instrumento de

    redução de despesas administrativas. A possibilidade de participação de maior número deinteressados não é o objetivo imediato eprimordial, mas via instrumental para obter melhores o/ertas(em virtude do aumento da competitividade). Logo, a Administração não pode justificar um

    /racionamento que acarretar elevação de custos através do argumento de beneficio a um númeromaior de particulares."

    46. Na seqüência, o autor relaciona jurisprudências sobre o tema, das quais destaco, verbis:

    Súmula n"247 do TCU

    "E obrigatória a admissão da adjudicação por item e não por preço global, nos editais das licitações

    para a contratação de obras. ser\'iços. compras e alienações, cujo objeto seja divisivel. desde quenão haja prejuízo para o conjunto ou complexo ou perda de economia de escala, tendo em vista oobjetivo de propiciar a ampla participação de licitantes que. embora não dispondo de capacidade

    para a execução, fornecimento ou aquisição da totalidade do objeto, possam fazê-lo com relação aitens ou unidades autônomas, devendo as exigências de habilitação adequar-se a essa dMsibilidade. "

    Jurisprudência do TCU

    "6. Da leitura do§ l"do art. 23. extrai-se a compreensão de que o parcelamento se impõe com vistas

    ao melhor aproveitamento das peculiaridades e recursos disponíveis no mercado e à ampliação dacompetitividade. E. portanto, um instrumento de que se deve valer o ente contratante para trazer àcompetição empresas dos segmentos de mercado aptos a operar com cada uma das parcelas que

    compõem o objeto licitado. A conseqüência natural é a ampliação da disputa e. como regra, a

    contratação por preços mais vantajosos.

    7. Não se trata, no entanto, de regra absoluta, devendo o parcelamento efetivar-se quando for

    técnica e economicamente viável" (Acórdão n° 3.I55/201I, Plenário, rei Min. José Jorge)

    47. O autor, citando ainda jurisprudência da egrégia Corte de Contas, ressalta "que não obstantepromovido o ffacionamenlo. deverá observar-.se a modalidade cabível para o valor total da contratação(TCU. Acórdão n" 1.089/2003. Plenário, rei Min. Augusto Sherman Cavalcanti) ".

    48. Sobre a licitação por itens, merecem destaques as seguintes transcrições de trechos da obrado renomado Administrativista*^, com vistas a facilitar a análise jurídica da minuta de Edital trazido à colação:

    "4) A licitação por itens

    Um tema que não foi explicitamente disciplinado pela Lei foi a chamada licitação por itens,

    que se configura como uma espécie de licitação com pluralidade de objetos.

    4.!) Licitação por itens

    A licitação por itens consiste na concentração, em um único procedimento licitalôrio. de

    í>eio f.rnesProcesso n. 08206.000734/M1S-S9 PápnaI2de36 Sérgio Érnesio KoppAdvogado da UniSo

  • Continuação do Parecer n' /20I6-AJ/GAB/DG/DPF/CONJUR-MJ/CGU/AGU í'215.uma pluralidade decertames, deque resultam diferentes contratos. Aiicitação por itens eorrespondef'na verdade a uma muilicidade de licitações, cada qual com existência própria e dotada de autónomiajurídica, mas todas desenvolvidas em uitt único procedimento, documentado nos mesmos autos.

    Poderia aludir-se a uma hipótese de 'cumulação de licitações' ou 'licitações cumuladas'. fazendo-se

    paralelo com afigura da cumulação de ações conhecida no âmbito do Direito Processual.

    (...)

    4.2) Características da licitação por itens

    A licitação por itens deriva do interesse em economizar tempo e recursos materiais da

    Administração Pública, agilizando a atividade iicitatória. Na licitação por itens, há um único ato

    convocatório, que estabelece condições gerais para realização de certames, que se processarão

    conjuntamente, mas de modo autônomo. O ala convocatório discrimina diferentes objetos, cada qual

    considerado como um 'item'. A autonomia se revela pela faculdade outorgada aos licitantes deproduzir propostas apenas para alguns itens. Os requisitos de habilitação são apurados e cadaproposta é julgada emfunção de cada item. Há diversos julgamentos, tanto na fase de habilitação

    quanta na de exame de propostas. Mesmo que materialmente haja um único documento, haverá

    tantas decisões quantos sejam os itens objeto de avaliação".

    (Destaquei).

    49. No caso sub examine, todos os ilcns serão licitados individualmente, conforme se afere da

    tabela constante do subilem 6.5 do Termo de Referência (fl. 29 - frente e verso) c/c o subilem 1.2 da minuta

    do Edital (fl. 146). Todavia, conforme ià assinalado anteriormente, recomenda-se a inclusão da

    expressão "por item" também no preâmbulo da minuta do Edital, logo anós do "tino menor preço", a

    fim de aclarar o critério de seleção das propostas apresentadas ncios licitantes. de modo a afastar

    qualquer possibilidade de interpretação de que o certame poderá ser por menor oreco global.

    F) Da preferência à mícroempresa/empresa de pequeno porte

    50. No afã de dar concretudc ao mandamento constitucional de tratamento favorecido às

    microempresas e empresas de pequeno porte contido no artigo 179 da Constituição Federal, a referidalegislação delineia os parâmetros para o enquadramento das empresas que receberão os benefícios.

    51. O Decreto n" 6.204/07 estabelecia a exclusividade às microempresas (ME) e empresas de

    pequeno porte (EPP) na participação de processo licitalório cujo valor de contratação seja de até R$80.000,00 (oitenta mil reais), salvo hipóteses legais devidamente justificadas (ar/, d*).

    52. A redação foi praticamente mantida pelo atual Decreto (Decreto n"8.538/2015), que revogou

    aquele. Confira-se:

    Art. 6" Os órgãos e as entidades contratantes deverão realizar processo Iicitatória destinado

    exclusivamente à participação de microempresas e empresas de pequeno porte nos itens oulotes de licitação cujo valor seja de até RS 80.000,00 (oitenta mil reais).

    53. Para melhor compreensão da questão, cite-se o cscólio de Marçal Justen Filho:

    Processo n. 08206-0007.^4/2015-89 Página 13 de 36 Sérgio Erneslo Kt^pAdvogado da Uniáo

  • #

  • Continuação do Parecem' /2016-AJ/GAB/DG/DPF/CONJUR-MJ/CGU/AGU ^\

    "A própria constituição impõe a adoção de medidas jurídicas destinadas a prôTeger^incentivar a atuação de pequenas empresas. Sob um certo ângulo, a previsão expressacontida no artigo 170. IX. da CF/H8 reflete a proposta de que a ordem jurídica atribuircompreensões aos economicamente hipossuficientes. Assim, as grandes empresas sãodotadas de poder econômico muito mais elevado do que se passa no âmbito de pequenosempreendimentos e a realização de diferentes finalidades, a constituição previuexplicitamente a adoção de previdências destinadas a assegurar a sua proteção. "

    54. Nesse aspecto, elucidativo é o seguinte pronunciamento do Tribunal de Contas da União:

    "Oprincípio da igualdade entre as pessoas, incluindo-se ai os licitantes, não deve necessariamenteprevalecer em relação ao princípio do tratamento favorecido as microempresas e empresas depequeno porte, ambos devem estar em harmonia.

    Nessesentido, o ari 179estabeleceo tratamento diferenciado às citadas empresas, visando a igualaros desiguais, de forma a atender o mandamento constitucional estabelecido no art. 5°. Como jáexplanado, tal tratamento não pode ser considerado inconstitucional. No que se refere a tal questão,segue a posição do Supremo Tribunal Federal:

    'Por disposição constitucional (CF. artigo 179). as microempresas e as empresas de

    pequeno porte devem ser beneficiadas, nos termos da lei. pela 'simplificação de suas

    obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias. oupela eliminação ouredução de.stas'(CF. artigo 179). Não há ofensa ao princípio da isonomia tributária se a lei,por motivos extrafiscais. imprime tratamento desigual a microempresas e empresas de

    pequeno porte de capacidade coniributiva distinta, afastando do regime do Simples aquelas

    cujos sócios têm condição de disputar o mercado de trabalho sem assistência do Estado.'

    (ADI 1.643. Rei. Min. Maurício Corrêa. DJ 14/03/03)

    Ainda, na que tange ao princípio da igualdade, é oportuno transcrever o ensinamento de Hely LopesMeirelles, reproduzido pela representante, em sua peça inaugural:

    'Igualdade entre os licitantes: a igualdade entre os licitantes é principio impeditivo dadiscriminação entre os participantes do certame, quer através de cláusulas que, no edital ou

    convite, favoreçam uns em detrimento de outros, quer mediante julgamento faccioso, que

    desiguale os iguais ou iguale os desiguais (art. 3°, § 1°)'.

    Segundo a doutrina, existiria ofensa ao princípio da igualdade caso fosse dispensado tratamentoidêntico a licitantes em situações diversas.

    E incontroverso que as pequenas empresas, em um mercado de livre concorrência, estão emsituaçãode desvantagem emrelação ás empresas de maior porte, dessaforma, caso não houvesse o tratamentodiferenciado, previsto na Lei Complementar 123/2006. amparado no art. 179 da Constituição

    Federal, as pequenas empresas dificilmente conseguiriam oferecer a melhor proposta em umalicitação, o que diminuiria a possibilidade de contratar com a Administração Pública, maculando,

    assim, o principio da igualdade, pois as contratações se dariam, em sua maioria, com as grandesempresas.

    Nessa hipótese, as maiores empresas teriam oportunidade de crescer ainda mais. enquanto aspequenas teriam que contar apenas com as relações privadas para o seu desenvolvimento, o que éassaz difícil no mercado competitivo. Segundo informações retiradas do sítio do Sebrae Nacional, em

    Processo n. 08206.000734/2015-89 Página 14 dc 36 Sérgio Ernesio KoppAdvogado da União

  • , Fl. 21iContinuação do Parecer n' OW /2016-AJ/GAB/DG/DPF/CONJUR-W/CGU/AGU \ u

    27.3.2008. 22% das micro e pequenas empresas que iniciaram suas atividades em 20ÔÍ'^linh(,encerrado sua existência no ano de 2008.

    E importante lembrar que as pequenas empresas geram a maior parcela dos empregos do pais.contribuindo para reduzir as desigualdades sociais e regionais, preceitos também estabelecidos naCarta Magna (art. 3°. lll. art. 43 e art. 170. Ve Vil), ou seja, a Lei Complementar 123/2006. aoestimular as pequenas empresas, busca a igualdade plena garantida na Constituição. Ademais,emborase trate de intervençãodo Estadona economia, osprivilégiosconcedidos pela lei emquestãoincentivama livre iniciativa, umdosfundamentos da República Federativa do Brasil (art. 1°, IV, CF),estimulando surgimento de concorrentes, assim, impedindo a concentração do mercado.

    Não é demais observar que o princípio da isonomia está previsto no § /", inciso II. doart. 3"daLei8.666/1993. contudo, a própria lei já traz exceções ao criar os critérios de desempate contidos no §2° do mesmo artigo. A Lei Complementar 123/2006 apenas acrescentou mais um critério dedesempate, sendo que os percentuais estabelecidos para que as propostas sejam consideradasempatadas, até 5% ou 10%. dependendo do caso. estão em consonância com a razaabilidade, não

    havendo, portanto, ilegalidade alguma.

    Sobre a questão, Maria Sylvia Zanella di Pietro escreveu:

    'As exceções mencionadas não conflitam com o princípio da isonomia. uma vez que o art. 5°

    da Constituição somente assegura igualdade entre os brasileiros e estrangeiros em matéria

    de direitos fundamentais. Além disso, no caso das microempresas e empresas de pequeno

    porte, o tratamento diferenciado resulta da própria situação desigual dessas empresas em

    relação a outras que não têm a mesma natureza: por outras palavras, trata-se de tratardesigualmente os desiguais'.

    Pelo até aqui exposto, é possível afirmar que a Lei Complementar 123/2006 está dispensando otratamento diferenciado assegurado pela Constituição (art. 179), quando permite que as

    microempresas e as empresas de pequeno porte, ao contratar com a Administração Pública,apresentem comprovação da regularidade fiscal somente na assinatura do contrato e quando dá

    prazo para a regularização desta documentação. Ressalte-se que a Lei Maior possibilita que. por

    meio de lei. ocorra a redução ou até mesmo a eliminação de obrigações administrativas, tributárias,

    previdenciúrias e credilícias." (Relatório para o Acórdão 1231/2008 - Plenário-TCU).

    55. Sobre o assunto, importante assinalar que a LC 126, recentemente alterada pela LC147, fixou que a exclusividade se dá pelo valor de cada item licitado, cujo valor não supere o patamarde RS 80.000,00 (oitenta mil reais).

    56. Frise-se, ainda, a Orientação Normativa n° 47 da AGU, que preconiza, In verbis:

    "EM LICITAÇÃO DIVIDIDA EM ITENS OU LOTES/GRUPOS. DEVERÁ SER ADOTADA APARTICIP.AÇÃO EXCLUSIVA DE MICROEMPRESA. EMPRESA DE PEQUENO PORTE OUSOCIEDADE COOPERATIVA (ART. 34 DA LEI N" 11.488. DE 2007) EM RELAÇÃO AOS ITENSOU LOTES/GRUPOS CUJO VALOR SEJA IGUAL OU INFERIOR A RS 80.000.00 (OITENTA MIL

    REAIS), DESDE QUE NÃO HAJA A SUBSUNÇÃO A QUAISQUER DAS SITUAÇÕES PREVISTASPELO ART. 9° DO DECRETO N° 6.204. DE2007."

    tiProcesso n. 08206.000734/2015-89 Página 15 de 36 Sérgio Emesio Kapp

    Advogado da União

  • Continuação do Parecer n" ono /20I6-AJ/GAB/DG/DPF/CONJUR-MJ/CGU/AGU

    57. No caso dos autos, entende-se que o Termo de Referência afastou a possibilidade ii€exclusividade da licitação para as ME, EPP, e equiparadas, naqueles itens que se encontram dentro do

    limite de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), assim como também afastou a possibilidade de

    estabelecimento de cotas para essas empresas, de que tratam os incisos I e Ilf do art. 48 da Lei

    Complementar n" 123, de 2006. Conflram-se as seguintes justificativas estabelecidas no subitem 1.4 do

    Termo de Referência, inserto à fi. 29v:

    "A exclusividade de participação de microempresas e empresas de pequeno porte, bem como. oeslabeíecimenio de colas. Artigo 48 da Lei Complementar 123/2006, incisos l e III. cuio valorextrapola o estabelecido peta referida lei, representará prejuízo ao contexto geral das soluçõestécnicas aquipropostas. A complexidade de gestão técnica da .solução, os vários critérios de garantia,mais de vinte e sete unidades gestoras participantes distribuídas em várias pontos do Brasil e quedeverão gerir lodo o complexo contrato de acptisição da solução, os acordos de níveis de serviçoscomplexos e ligados a solução, a necessidade de padronização do parque computacional da DPF. aspolíticas de segurança institucional e o gerenciamento remotos da solução justificam a não aplicaçãodo Artigo 48 da Lei Complementar 123/2006. incisos / e III. e encontram respaldo no Artigo 49. incisoIII da referida lei. "

    (Destaquei)

    58. Note-se que a parte destacada do texto acima transcrito, ao que parece, se encontra defeituosana medida em que vincula o afastamento das ME, EPP, c equiparadas, ao valor que extrapolar o estabelecidopela referida Lei, O que poderá gerar eventuais questionamentos e/ou eventuais recursosinterpostos pelas lícítantes.

    59. Isso porque, de um lado, a primeira parte da redação parece entrar em contradição coma parte final, lendo em vista que nos termos do inc. I do art. 48 da LC 123/2006, com a redação dadapela LC 147/2014, a exclusividade se dá pelo valor de cada item licitado, cujo valor não extrapoleo patamar de RS 80.000,00 (oitenta mil reais).

    60. De outro lado, considerando todo o contexto do subitem suh examine (subitem 1.4 do TR; fl.30v), a redação inicial poderia levar ao entendimento de que as ME, EPP, e equiparadas, não poderãoparticipar da licitação para receber os benefícios do tratamento diferenciado, favorecido e simplificadoprevistos na Lei Complementar n° 123/2006. notadamenie em relação aos artigos. 44 e 45, já que, nesse caso,o valor da contratação estará acima do patamar de RS 80.000,00 (oitenta mil reais), conformeprevisto na redação inicial do subitem 1.4 do Termo de Referência, e de acordo com a justificativaapresentada, levar-se-ia ao entendimento de que eventual contratação dessas empresas poderá representarprejuízo ao contexto geral das soluções técnicas propostas, encontrando-se, para isso, amparo legal no art.49, inc. III, do citado diploma legal.

    61. Os artigos 47, 48, e 49 da Lei Complementar 123/2006, dispõe, verbis:

    "Art. 47. Nas contratações públicas da administração direta e indireta, autárquica efundacionai,federal, estadual e municipal, deverá ser concedido tratamento diferenciado e simplificado para asmicroempresas e empresas de pequeno porte objetivando a promoção do desenvolvimentoeconômicoesocial no âmbito municipal e regional, a ampliação da efciência das políticas públicas e o incentivoà inovação tecnológica. (Redação dada pela Lei Complementar n° 147. de 2014)

    Parágrafo único. No que diz respeito às compras públicas, enquanto não sobrevier legislaçãoestadual, municipal ou regulamento específico de cada órgão mais favorável à microempresa eempresa de pequeno porte, aplica-se a legislaçãofederal. (Incluído pela Lei Complementar n°147. de20l4l

    Art. 48. Para o cumprimento do disposto no art. 47 desta Lei Complementar, a administraçãopública: (Redação dada pela Lei Complementar n" 147. de 20141

    Processo n, 08206.0007.^4/2015-89 Página 16 de 36 Sérgio Ernesto KoppAdvogado da Uniáo

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  • (Fl. !)3/ )Continuação do Parecem" 0'IU/20I6-AJ/GAB/DG/DPF/CONJUR-MJ/CGU/AGU V (jp /

    / - deverá realizar processo licilalório destinado exclusivamente à participação de micrtJempFesas eempresas de pequeno porte nos itens de contratação cujo valor seja de até RS 80.000.00 (oitenta milreais); (Redação dada pela Lei Complementar n" 147. de 2014)

    II - poderá, em relação aos processos licitatórios destinados à aquisição de obras e serviços, exigirdos licitantes a subconiralação de microempresa ou empresa de pequeno porte: (Redação dadapela Lei Complementar n° 147. de 2014)

    íll - deverá estabelecer, em certames para aquisição de bens de natureza divisivel. cota de até 25%(vinte e cinco por cento) do objeto para a contratação de microempresas e empresas de pequenoporte. (Redação dada oela Lei Complementar n° 147. de 2014)

    § 1- (Revogado). (Redação dada pela Lei Complementar n° 147. de 2014)

    § 2- Na hipótese do inciso // do caput deste artigo, os empenhas e pagamentos do órgão ou entidadeda administração pública poderão ser destinados diretamente às microempresas e empresas depequeno porte subcontratadas.

    § 3- Os benefícios referidos na caput deste artigo poderão, jusiificadamenie. estabelecer aprioridade de contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte sediadas local ouregionalmente, até o limite de 10% (dez por cento) do melhor preço válido. (Incluído pela LeiComplementar n° 147. de 2014)

    Art. 49. Não se aplica o disposto nos aris. 47 e 48 desta Lei Complementar quando:

    I - (Revogado): (Redação dada pela Lei Complementar n" 147. de 2014) (Produção de efeito)

    II - não houver um minimo de 3 (trés) fornecedores competitivos enquadrados como microempresasou empresas de pequeno porte sediados local ou regionalmente e capazes de cumprir as exigênciasestabelecidas no instrumento convocatório:

    III - o tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas e empresas de pequeno portenão for vantajoso para a administração púbiica ou representar prejuízo ao conjunto ou complexodo objeto a ser contratado;

    IV-a licitaçãofor dispensável ou inexigível, nos termos dos arts. 24 e 25 da Lei n" 8.666. de 21 deiunho de 1993. excetuando-se as dispensas tratadas pelos incisos i e li do art. 24 da mesma Lei. nasquais a compra deverá ser feita preferencialmente de microempresas e empresas de pequeno porte,aplicando-se o disposto no inciso / do art. 48. (Redação dada nela Lei Complementar n" 147. de2014)

    (Destaquei)

    62. Em que pesem tais questionamentos, nota-se que foram mantidas na minuta do Editalo tratamento favorecido, simplificado e diferenciado às Microempresas, Empresas de Pequeno Forte,e equiparadas, notadamente no que toca ao critério de desempate de que tratam os artigos 44 e 45 daLei Complementar 123/2006 (vide subitens 7.14 a 7.17 da minuta cditalicia; fis. 148v/149). Inclusive,Isso foi expressamente previsto no subitem 1.5 do Termo de Referência, à fl. 30. Confira-se, verbis:

    "Será assegurado, como critério de desempate, preferência de contratação para asMicroempresas e Empresas de Pequena Porte (An. 44 da Lei Complementar n" 123. de14/12/2006), bem como. as empresas produtoras de bens e serviços de informática no país,que usufruam os benefícios constantes do art. 3" da Lei 8.248 de 23/10/1991, do Decreto n°7.174/2010 e do Decreto n" 8.184/2014. "

    Processo n. 08206,000734/2015-89 Página 17 de 36 Sérgio Ernesto KoppAdvogado da União

  • IFf—211Continuação doParecer n" tJ'lV /20I6-ÃJ/GAB/DG/DPF/CONJUR-MJ/CGU/AGU \

    63. Nessas condições, a contradição da redação inicial do subitem 1.4 do Termo deReferência fica evidente em relação ao textofínai, uma vez que a exclusividade se dá pelo valorde cadaitem licitado que não u]trapa.sse RS 80.000,00 (oitenta mil reais), nos termos do inc. I do art. 48 da LC123/2006 (redação dada pela LC 147/2014), e não acima desse valor, como constou equivocadamenteno referido subitem.

    64. Por essas razões, recomenda-se ajustar a redação do subitem 1.4 do Termo deReferência (11. 29v), de modo que fique claro que não será admitida às ME, EPP, e equiparadas, aexclusividade de licitação para aqueles itens cujo valor estimado para a contratação se encontre até olimite de RS 80.000,00 (oitenta mil reais), assim como também fique claro que não será admitido oestabelecimento de cotas de até 25% (vinte e cinco por cento) do objeto licitado (vide também subitem95.2.12, deste Parecer. A título de sugestão, segue a seguinte redação:

    "A exclushãdade de participação de microempresas e empresas de pequeno porte, bem como. oestabelecimento de cotas. Artigo 48 da Lei Complementar !23/2006, incisos I e 111, representaráprejuízo ao contexto gerai das soluções técnicas aqui propostas. A complexidade de gestão técnicada solução, os vários critérios de garantia, mais de vinte e sete unidades gestoras participantesdistribuídas em váriospontos do Brasil e que deverão gerir lodo o complexo contrato de aquisiçãoda solução, os acordos de níveis de serviços complexos e ligados a solução, a necessidade depadronização do parque computacional do DPF, as políticas de segurança institucional e ogerenciamento remotos da solução justificam a não aplicação do Artigo 48 da Lei Complementar123/2006, incisos I e III. e encontram respaldo no Artigo 49. inciso /// da referida lei. "

    65. Para finalizar o assunto, interessante de se observar, que no caso da pretensa iícitação,a estimativa de aquisição de todos os itens está muito acima de RS 80.000,00 (oitenta mil reais),conforme se afere do Mapa Comparativo de Preços acostado à fl. 140, o que dispensaria abordar aexigência de que trata o item precedente, no que toca à exclusividade.

    G) Da Pesquisa de mercado

    66. Conforme se afere dos autos, consta a tradicional pesquisa de mercado, dando azo aorespectivo Mapa Comparativo nasfls. 112/113. Sobre a questão impende consignarque o Tribunalde Contasda União'' exige nomínimo três colações, e, em último caso, justificar, sempre que possível, a impossibilidadede se apresentar os três orçamentos. Nesse sentido, confiram-se os seguintes arcstos:

    Assunto: LICITAÇÕES. DOUde23.04.2010, S. l, p. 157. Ementa: determinação aoSENAC/RO paraquefaça constar dosprocessosde licitação, dispensaou inexigibilidade. consultadepreços correntesno mercado, oufixados por órgão oficial competente ou, ainda, constantes do sistema de registra depreços, em cumprimento ao disposto na art. 26, parágrafo único, incisos II e III, e art. 43, inc. IV. da

    Lei n° 8,666/1993. consubstanciando a pesquisa no mercado em, pelo menos, três orçamentos defornecedores distintos, ejustificando sempre que nãofor possível obter número razoável de cotações(item 1.5.1.4, TC-023.925/2008-5, Acórdão n° l.685/20IO-2"Câmara).

    ' LICITAÇÕES. D.O.U, de 17.02.2006. S. 1 p.76. Ementa: TCU determinou ao IPF.M/SP que adotasse procedimento padrão para a.s pesquisas depreço de bens e serviços, onde fique estabelecida a exigência de obtenção de no mínimo 03 tlrésl propostasde oreco. nas quaisconste completodetalhamento da.s especificações do bem ou serviço ofertado, em conformidade com as especifiraçóes do objeto da licitação, e esteja evidenciada avincuiação entre o valor indicado na proposta c o que efetivamente vier a ser contratado (item 1.,^, TC-006.027/2004-4, Acórdão n" ISVlSXSò - 1'Câmara).

    Processo n. 08206.(XX)734/2015-89 Página 18de 36 SérgioErnesto KoppAdvogado da Unüo

  • Continuação do Parecer n" 0"10 /20I6-AJ/GAB/DG/DPF/CONJUR-MJ/CGU/AGU

    INEXIGIBILÍDADE DE LICITAÇÃO e LICITAÇÕES. DOUde04.06.20l0.S. I.p. 96. Ementa: alertaao MRE para a obrigatoriedade deregistrar, nosprocessos de contratação, ajustificativa depreçosa que se refere o inc. III do art. 26 da Lein°8.666/1993, mesmo na hipótesede existência de umúnicofornecedor, mediante verificação da conformidade do orçamento com preços de mercado oufixadospor órgão oficial competente ou. ainda, com os constantes do sistema de registro de preços, quedevem ser registrados nos autos, conforme Decisão n" 627/1999-P. ou. ainda, mediante inclusãonosautos de documentos que comprovem a compatibilidade das condições econômicas adotadas comaquelaspraticadas emcontratações usuaispelo particidar (item 9.3.1. TC-015.162/2009-9. Acórdãon° I.l83/20W-Plenàrio).

    Nota-se, in ca.su, que o preço de referência fixado para cada Item foi a média global dapesquisa de mercado individualizada junto a empresas do ramo, às Atas de Registro de Preçosdisponível no site de compras governamentais, e sítios eletrônicos de empresas na Internet, quesomados os cinco itens que se pretendem licitar resulta na média geral estimada de RS 99.993.048,99(noventa e nove milhões, novecentos e noventa c Ires mil, e quarenta e oito reais e noventa e novecentavos), conforme se afere do Mapa Comparativo de Preços (11. 140), do Anexo ÍI da minuta doEdital (fl. 205 - vol. II), e da Informação n" !0I/2015-Setor de Compras/SAD (fls. 141/142), conformeprevisto no art. 2" da instrução Normativa SLTl/MPOG n" 5, de 2014, era sua forma compilada, erespectivos parágrafos, que dispõe, in verbis:

    Art. 2"A pesquisa de preços será realizada mediante a utilização de um dos seguintesparâmetros: (Alteradopela Instrução Normativa n" 7, de 29 de agosto de 2014)

    / - Portal de Compras Governamentais - www.comprasgovernamentais.gov.br:

    II - pesquisa publicada em mídia especializada, sítios eletrônicos especializados ou dedomínio amplo, desde que contenha a data e hora de acesso:

    III - contratações similares de outros entes públicos, em execução ou concluídos nos 180(cento e oitenta) dias anteriores à data da pesquisa de preços: ou

    IV • pesquisa com osfornecedores.

    § 1° No caso do inciso I será admitida a pesquisa de um único preço. (Alterado pelaInstrução Normativa n° 7. de 29 de agosto de 2014)

    § 2" No âmbito de cada parâmetro, o resultado da pesquisa de preços será a média ou omenor dos preços obtidos. (A Iterado pela Instrução Normativa n" 7, de 29 de agosto de 2014)

    § 3°A utilização de outro método para a obtenção do resultado da pesquisa de preços, quenão o disposto no § 2°. deverá ser devidamente Justificada pela autoridade competente.§ 4°No caso do inciso IV. .somente serão admitidos ospreços cujas datas não se diferenciemem mais de 180 (cento e oitenta) dias.

    ^ 5° Excepcionalmente, mediante justificativa da autoridade competente, será admitida apesquisa com menos de três preços ou fornecedores.

    § 6° Para a obtenção do resultado da pesquisa de preços, não poderão ser considerados ospreços inexequíveis ou os excessivamente elevados, conforme critérios fundamentados edescritos no processo administrativo.

    Processo n. 08206.000734/2015-89 Página 19de 36 SérgioEtíeslo KoppAdvogado da União

  • H) Dos Recursos Orçamentários

    Continuação do Parecer n" OT^ /20I6-AJ/GAB/DG/DPF/CON.JUR-MJ/CGU/AGU

    68. Todavia,a Administraçãodeverá certificar-se que os preços não sejam inexequíveis, ouexcessivos, nos termos do § 6" do art. 2° da IN SLTI/MPOG n" 5, de 2014, transcrito no item retro, e seencontram-se dentro do prazo de validade, sem prejuízo de nova pesquisa de mercado, caso necessário.

    69. A existência depreços registrados não obriga a Administração Pública a firmar as respectivascontratações, facultando-sc a realização de licitaçãoespecífica paraa aquisiçãopretendida, sendo asseguradoao beneficiário do registro apenas a preferência de fornecimento em igualdade de condições (Decreto n°7.892/2013, art. 16).

    70. Por essa razão, a licitação para formação de registro de preços dispensa a prévia dotaçãoorçamentária, como professa JESSÉ TORRES PEREIRA JÚNIOR:

    O registro depreços não gera o compromisso de contratar. O SRP caracteriza-se como um conjuntodeprocedimentos para registraformal depreços relativos à prestação de serviços e aofornecimentode bens com vistas a contrataçõesfuturas, que poderão, ou não, ocorrer. Ofornecedor registradotem, apenas, a expectativa de direito de contratar com a administração dentro de prazo de validadeda ata. Por isto que. diferentemente do sistema convencional de licitação, a Administração nãonecessita de contar com a prévia dotação orçamentária.

    71. Nesse sentido também a Orientação n"20, de 01/04/2009, da Advocacia-Geral da União:

    "NA LICITAÇÃO PARA REGISTRO DE PREÇOS. A INDICAÇÃO DA DOTAÇÃOORÇAMENTÁRIA È EXIGÍVEL APENAS ANTES DA ASSINA TURA DO CONTRA TO. "

    72. Portanto, a indicação da dotação orçamentária só é indispensável quando aAdministração Pública demonstrar o efetivo interesse de realizar a contratação da empresa a quemfor adjudicada o(s) itcm(ns) lícitado(s), cujos preços serão registrados na respectiva ARP. Por essasrazões, não consta nos autos dotação orçamentária, o que não impede o prosseguimento do feito.

    73. Não obstante, muito embora se trata de registro de preços, recomenda-se àAdministração certificar se haverá entrega imediata, o que obri2a a inclusão de prévia disponibilidadeorçamentária nos autos.

    74. Nessas condições, ainda que se trate de registro de preços, recomenda-se que oOrdenador de Despesa, certifique que a despesa tem adequação orçamentária e financeira com a LeiOrçamentária Anual e compatibilidade com a lei de Diretrizes Orçamentárias, bem como se foramobservadas, previamente, todas as prescrições constantes do art. 16 da Lei Complementar n" 101, de04/05/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).

    I) Limites de Contratação previstos no Decreto n° 7.689/2012

    75. No âmbito do Poder Executivo Federal, o Decreto n" 7.689/2012 estabeleceu limites einstâncias de governança para a contratação de bens c serviços e para a realização de gastos com diárias epassagens, aplicáveis aos órgãos, entidades c fundos do Poder Executivo Federal integrantes do Orçamentos

    áo crtieslProcesso n. 08206,000734/2015-89 Página 20 de .36 Sérgio Crtiesio KoppAdvogado da União

  • I Fl O ^Continuação üo Parecem' 0"*l'0 /2016-AJ/GAB/DG/DPF/CONJUR-MJ/CGU/AGU ' ' -

    Fiscal e da Seguridade Social, donde se desiaca a previsão contida em seu artigo 2°.'°

    76. A Portaria MPOG n° 249, de 13 de junho de 2012 estabeleceu normas complementares parao cumprimento do mencionado Decreto, prevendoem seu artigo 3" que as atividadesde custeio decorremdecontratações diretamente relacionadas às atividades comuns a todos os órgãos e entidades que apoiam odesempenho de suas atividades institucionais, tais como, in verhis:

    I - fornecimentü de combustíveis, energia elétrica, água. esgoto e serviços detelecomunicação:

    II • as atividades de conservação, limpeza, segurança, vigilância, transportes, informática,copeiragem. recepção, reprografia. telecomunicações e manutenção de prédios,equipamentos e instalações, conforme disposto no Decreto n" 2.271. de 7 de julho de 1997:

    III - realizações de congressos e eventos, serviços de publicidade, serviços gráficos eeditoriais:

    IV - aquisição, locação e reformas de imóveis: e

    V- aquisição, manutenção e locação de veículos, máquinas e equipamentos.

    Parágrafo único. O enquadramento do objeto da contratação como atividade de custeiodeve considerar a natureza das atividades contratadas, conforme disposto neste artigo, enão a classificação orçamentária da despesa.

    77. A autoridade assistida, portanto, deverá adotar as providências necessárias, se for o caso, emqualquer fase do processo de contratação até antes da assinatura do contrato, podendo ser concedida pordespacho no próprio processo, por memorando ou ofício, por meio eletrônico com assinatura digital ou outromeio idôneo que registre a autorização expressa da autoridade competente, consoante § P do artigo 4" dacitada Portaria.

    An. 2° do Decreto n° 7.6S9U2:

    "Acelebração de noxos controlos adminisirairvos ou a prorrogação dos contratos em vigor relativos a atividades de custeio devemser auioricadasexpressamente pelo respectivo ministro de Estado.

    § I- Para os contratos com valor igual ou superior a RS 10 000.000.00 (dezmilhõesde reais) é vedada a delegação de competência

    a 2' Para os contratos com valores inferiores a RS10.000.000,00 (dezmilhõesde reats). a competência de que trata o capul poderá ser delegada ousubdelegada. e.xclusivamente:

    I -ao secrelário-executtvo. ou autoridade equivalente, aos dirigentes máximosdas unidades diretamente subordinados aos respectivos ministros deEstado e aos dirigentes máximos das entidades vinculadas, ficando vedada a subdelegação para os contratos com valor igual ou superior a RS1.000.000,00 (um milhão de reais):

    II - aos subsecretários de planejamento, orçamento e administração ou autoridade equivalente, vedada a subdelegação. para os contratos com valoresinferioresa RS1.000.000.00 (ummilhãock reais),e iguaisou superioreso RS500.000.00 (quinhentos mil reats): e

    III - aos coordenadoresou chefesdas unidadesadministrativas dos respectivos órgãos ou entidadespara os contratoscom valoresInferiores a RS500.000.00 (quinhentos mil reais).

    f 5' O Ministro de Estadodo Planejamento. Orçamento e Gestãopoderá alterar ou atualizar, a qualquer tempo, os valoresestabelecidos nos§§ /'e2'. ••

    tiProcesso n. 08206.000734/20I5-89 Página 21 de 36 Sérgio Ernesio Kopp

    Advogado da União

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  • Continuação do Parecer n" 0^0 /20I6-AJ/GAB/DG/DPF/CONJUR-MJ/CGU/AGU

    78. No caso dos autos, não se logrou encontrar autorização emanada pela aut^hhidC^competente para a celebração do contrato, em cumprimento ao Decreto n° 7.689, de 2 de março de

    2012, o que deverá ser providenciado previamente à contratação, ou justificado, caso se entenda tratarde investimento e não custeio.

    J) Da Intenção de Registro de Preços

    79. No que toca à Intenção de Registro de Preços, não se logrou encontrar no bojo dos autos

    o cadastro dos respectivos documentos, o que fere o cumprimento ao que dita o Decreto n" 7.892/2013,

    e alterações, a seguir transcrito:

    "An. 4- Fica instituído o procedimento de Intenção de Registro de Preços - IRP. a ser

    operacionalizado por módulo do Sistema de Administração e Serviços Gerais - SIASG, que deveráser utilizado pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema de Serviços Gerais - SISG. para registro

    e divulgação dos itens a serem licitados e para a realização dos atos previstos nos incisos II e Vdocaput do art. 5- e dos atos pre\'istos no inciso // e caput do art. 6^.

    § l~ A divulgação da intenção de registro de preços poderá ser dispensada, deformajustificadapeloórgão gerenciador. (Redação dada pelo Decreto n° 8.250, de 2014)

    § 2-0 Ministério do Planejamento. Orçamento e Gestão editará norma complementar para

    regulamentar o disposto neste artigo. "

    80. Nota-se que o atual Decreto que regulamenta o registro de preços (Decreto n" 7.892, de2013), cora as alterações promovidas pelo Decreto n" 8.250, de 2014, dispõe que a adesão dos órgãosparticipantes, por ocasião da Intenção de Registro de Preços - IRP, deverá ser concluída previamente àpublicação do Edital. Confira-se, in verhis:

    "Art. 4''(...)

    § 3" Caberá ao órgão gerenciador da Intenção de Registro de Preços - IRP: (Incluído pelo Decreton'8.250. de2.014)

    I - estabelecer, quando for o caso. o ntmero máximo de participantes na IRP em conformidade comsua capacidade de gerenciamento: (Incluído oelo Decreto n"8.250. de 2.014)

    II - aceitar ou recusar, justificadamente, os quantitativos consideradas ínfimosou a inclusão de novasitens: e (Incluído pelo Decreto n°8.250. de 2.0141

    III - deliberar quanto à inchi.são po.sterior de participantes que não manifestaram interesse duranteo período de divulgação da IRP. (Incluído pelo Decreto n" 8.250. de 2.014)

    (...)

    § 4'Os procedimentos constantes dos incisos // e III do § 3°serão efetivados antes da elaboraçãodo edital e de seus anexos. (Incluído neto Decreto n" 8.250. de 2.014)

    § 5" Para receber informações a respeito das IRPs disponíveis na Portal de Compras do GovernoFederal, os órgãos e entidades integrantes do SISGse cadastrarão no módulo IRP e inserirão a linhadefornecimento e de serviços de seu interesse. (Incluído pela Decreto n" 8.250. de 2.014)

    'PP^3n '

    Processo n. 08206.000734/201.S.8') Página 22 de 36 Sérgio Ernesio KoppAdvogado da União

  • Continuação do Parecer n' 0^ /20Í6-AJ/GAB/DG/DPF/CONJUR-MJ/CGU/AGU

    §6° Èfacultado aos órgãos eentidades integrantes do SISG, antes de iniciar um processo iconsultar as IRPs em andamento e deliberar a respeito da conveniência de suaparticipação. (Incluido pelo Decreto n"8.250. de 2.014)

    (Destaquei).

    SI- No caso de dispensa da divulgação da Intenção de Registro de Preços - IRP, énecessário incluir justificativa apta a demonstrar a sua inviabilidade (art. 4° §1°, do Decreto n°7.892/13).

    82. A propósito do assunto, nota-se que o subitem 2.2 da minuta do Edital previ apossibilidade de participação de outras unidades gestoras do Departamento de Policia Federai noSistema de Registro de Preços, todavia sem discriminá-las na referida minuta, fazendo-se apenas

    remissão ao Termo de Referência, o que merece reparos ivide n. 146v).

    83. Pugna-se. portanto, pela discriminação das unidades gestoras no subitem 2.2 da minutado Edital, lal como consta do item 3 da minuta da ARP ffl. 206/207). não bastando apenas fazer

    remissão à tabela constante do subitem 1.2.1 do Termo de Referência, inscrto à fl. 29 —frente e verso

    (vide também letra "b" do subitem 95.1, deste Parecer).

    84. De se falar, que o Termo de Referênciajustificou no verso de fl. 30 a participação dasunidades gestoras elencadas na tabela constante do subitem 1.2.1 (vide também itens 6.2 e 6.4 do TR;fl. 59v). Confira-se:

    "2.5. A CGTI funciona como a unidade da PF responsável pela especificação epadronização de todo oparque computacionale tecnológico. Desenvolve-se metodologia detrabalho, agregando conhecimento técnico e cientifico para difusão entre asdescentralizadas, por meio de intercâmbio de conhecimentos entre unidades internas eoutras instituições parceiras, além de encontrar-se em processo de modernizaçãotecnológica a fim de acompanhar a necessidade de atendimento e modernização da PF,buscando atender o crescente número de solicitações de sistemas computacionais queautomatizam processos essenciais proporcionando a melhoria condições (sic) de trabalhoaos servidores deste órgão e. em última instância, ao cidadão. A continuidade dos serviçosé um dos atributos principais a ser levado em conta pelos gestores, tendo em vista que ainterrupção da prestação dos serviços públicos causaria transtornos aos administrados(cidadão).

    K) Da observância da Instrução Normativa n" 4/2014 - SLTl/MPOG

    85. Por fim, é assente que a Instrução Normativa SLTl/MPOG n" Ü4/2Ü14 aplica-se aosprocessos de contratação de Soluções de Tecnologia da Informação, disciplinando todas as fases da demanda,destacando-se na fase interna do planejamento da contratação o recebimento do Documento de Oficializaçãoda Demanda; Instituição da Equipe de Planejamento da Contratação; Estudo Técnico Preliminar daContratação; Análise de Riscos; e Termo de Referência ou Projeto Básico.

    Aíiotrtief^ocesso n,08206.000734/2015-89 Página23de36 Sérgio trhesto KoppAdvogado da União

  • , '•—lit'Continuação do Parecer n" 0^7 O /20I6-AJ/GAB/DG/DPF/CONJUR-MJ/CGU/ACU

    86. Com efeito, a fase de planejamento da contratação consiste na observância das sè^trinteS'exigências, nos termos dos artigos 9°, 10 e 11 da referida Instrução Normativa, verhis:

    "An. 9°Afase de Planejamento da Contratação consiste nas seguintes etapas:

    I -Instituição da Equipe de Planejamento da Contratação:II -Estudo Técnico Preliminar da Contratação;

    III -Análise de Riscos: e

    IV-Termo de Referência ou Projeto Básico.

    § r Os documentos resultantes das etapas elencadas nos incisos H e III desteartigo poderão serconsolidados em um único documento, a critérioda Equipe de Planejamento da Contratação.

    § 2''Exceto no caso em que o órgão ou entidadeseja participe da licitação, quando são dispensáveisas etapas III e IV do caput deste artigo, é obrigatória a execução de todas as etapas da fase dePlanejamento da Contratação, independentemente do tipo de contratação, inclusive nos casosde:(Redação dada peta Instrução Normativa N° 2, de 12deJaneiro de 2015)

    / -inexigibilidade:H -dispensa de licitação ou licitação dispensada:m -criação e adesão à Ata de Registro de Preços; eIV -contratações com uso de verbas de organismos internacionais, como Banco Mundial BancoInternacional para Reconstrução e Desenvolvimento, e outros.

    Art. 10. AEquipede Planejamentoda Contratação deveráacompanhar, apoiar e/ourealizar, quandodeterminado pelas áreas responsáveis, todas as atividadesdasfases de Planejamentoda Contrataçãoe Seleção do Fornecedor.

    Parágrafo único. A Equipede Planejamentoda Contratação deverá manter registro histórico de:

    I -fatos relevantes ocorridos, a exemplo de comunicação e/ou reunião com fornecedores,comunicação e/ou reunião com grupas de trabalho, consulta e audiência públicas, decisão deautoridade competente, ou quaisquer outros fatos que motivem a revisão dos artefatos doPlanejamento da Contratação: eII -documentos geradas e/ou recebidos, a exemplo dos artefatosprevistos nesta norma, pesquisas depreço de mercado, e-mails. alas de reunião, dentre outros.

    (...)

    Art. II. Afase de Planejamento da Contratação terá inicio com o recebimento pela Área deTecnologia da Informação do Documento de Oficialização da Demanda -DOD. a cargo da AreaRequisitante da Solução, para instituição da Equipe de Planejamento da Contratação, que conteráno mínimo:

    I -necessidade da contratação, considerando os objetivos estratégicos e as necessidades corporativasda instituição, bem como o seu alinhamento ao PDTI;

    H -expUcitação da motivação e demonstrativo de resultados a serem alcançados com a contrataçãoda Solução de Tecnologia da Informação;III -indicação da fonte dos recursos para a contratação: eIV -indicação do Integrante Requisitante para composição da Equipe de Planejamento daContratação.

    Processo n. 08206.000734/2015-89 Página 24 de 36 SergicVErnesio KoppAdvogado da União

  • mfí r~~^]Continuação do Parecer n' UW /20I6-AJ/GAB/DG/DPF/CONJJR-MJ/CGU/AGU V J§ l°Após orecebimento do DOD. a Área de Tecnologia da Informação avaliará oalinhamento da '̂̂contratação ao PDTl e indicará o Integrante Técnico para composição da Equipede Planejamentoda Contratação.

    § 2°0 DOD será encaminhado à autoridade competente da AreaAdministrativa, quedeverá:

    / -decidir motivadamente sobre o prosseguimento da contratação:U-indicar o IntegranteAdministrativo para composição da Equipede Planejamentoda Contratação,quando da continuidade da contratação: e

    /// -instituira Equipede Planejamentoda Contratação, conforme expostono art. 2°. inciso IV. "

    87. No ponlo, constata-se que os documentos iniciais da demanda, trazidos à colação(Documento de Oficialização da Demanda; instituição da Equip>e de Planejamento da Contratação; EstudoTécnico Preliminar da Contratação; Análise de Riscos; c elaboração do Termo de Referência), seguiram asdiretrizes estabelecidas nos artigos 9", 11,12,13, e 14 da Instrução Normativa n" Ü4/2014, da SLTI/MPOG.

    88. Na seqüência, passa-se a análise da minuta do Edital, e seus anexos.

    III - EXAME DAS MINUTAS DO EDITAL, DA ATA DE REGISTRO DE PREÇOS, DO TERMODE REFERÊNCIA E DO CONTRATO.

    89. Preliminarmente ao exame da minuta do ato convocatório, do Contrato, da Ata de Registrode Preços, verificam-se que as respectivas minutas, à exceção do Termo de Referência, no geral, foramelaboradas de acordo com os modelos disponibilizados no sítio eletrônico da Advocacia-Geral da União -AGU (compras - modalidade Presão para Registro de Preços V.

    90. A propósito do assunto, no despacho de fls. 212/212v, logrou-se encontrar manifestação daAdministração na qual depreende-se que as minutas do Edital e do Contrato, foram elaboradas de acordocom os modelos da AGU, além de ressaltar que as alterações nas referidas minutas foram sublinhadas outachadas "deforma a apontar emque local foram realizadas as adaptações contendo, ainda, as respectivasjustificativas, "de acordo com as peculiaridades do objeto da licitação e critérios de oportunidade econveniência do órgão

    91. Com efeito, as justificativas das eventuais exclusões e inclusões de textos realizadas nasminutas e adaptadas ao modelo disponibilizado no sítio eletrônico da AGU, face as peculiaridades doobjeto do certame, no geral foram iustificadas de forma motivada, nos termos do Despacho Saneadorn° 01/2016- CPL/CGTl/DPF, acostado à fl. 212, frente e verso.

    92. Devido a importância do tema, transcreve-se os seguintes trechos extraídos do site da AGUde autoria da Comis.sãa de Atualização, publicado em 07 de abril de 2014, in verbis:

    "Os modelos são disponibilizados como ponto de partida para a confecção de minutas de editais eanexos, ao mesma tempo em que contém referências que orientam a manter a regularidade dos textosfinais, a fim de conferir segurança e celeridade da análise jurídica no âmbito das Consultorias.

    " Disponível emwww.agu-EOv.br. Comissão Permanenie de Alualização de Editais daConsuiloria- Geral da União.í)

    StO KOIProcesso n. 08206.000734/2015-89 Página 25 de 36 Sérgio Emes» KoppAdvogado da União

  • Continuação do Parecer n" GHO /2016-AJ/CAB/DC/DPF/CONJUR-W/CGU/AGU

    Contudo, é importante alertar que a correia utilização dos modelos depende daconcordância com os seguintes pressupostos:

    a) as notas explicativas são defundamental importância na compreensão do texto que será produzidoe das conseqüências jurídicas das opções adotadas pelo agente público. Portanto, devem ser lidasatentamente;

    b) o esclarecimento de e\'entuais dúvidas ou questões acerca da abrangência das disposições contidasnos modelos é atribuição das Consultorias Jurídicas que devem ser consultadas não apenas por meiodo processo administrativo licilalório. mas também durante os trabalhos de adaptação dos textos àrealidade da pretensão administrativa, quando for o caso;

    c) as alterações e exclusôes das disposições contidas nos modelos originais (as alterações eacréscimos com sublinhas e as exclusôes com tachado), bem como a inclusão de novas regraseditalicias ou contratuais devem ser devidamente destacadas eformalmente comunicadas, por meioda adequada justificativa, em documento apartado, ao órgão de Consultoria por ocasião da remessapara a análise de que trata o art. 3H,parágrafo único da Lei n. 8.666/93.

    d) por fim. o encaminhamento de sugestões fundamentadas poderá ser feito pelo e-mailcgu.licitacoes%agu.gov.br ou por intermédio das Consultorias ./urídicas nos Estados e Ministérios. "

    (Destaquei).

    >1- 'íHO

    93, Importante consignar que os modelos disponibilizados no sítio eletrônico da AGU sãoconstantemente atualizados pela Comissão Permanente de Atualização e Modelos, razão pela qualservem como padrão de referência para toda a Administração Pública federal. Por medida deceleridade, esta Asscssoria Jurídica tem recomendado aos setores comnctentes quc de posse das

    respectivas minutas padrão faca as devidas adequações.

    94. Na seqüência, passa-se à análise das minutas do Edital, do Contrato, e da Ata deRegistro de Preços, assim como do Termo de Referência, os quais deverão ser adaptados, no ouecouber, ao padrão disponibilizado neia AGU. notadamente para o modelo de contratação de compras

    - modalidade Preeão para Renistro de Preços (atualizado em 05/12/2015).

    95. Do exame procedido nas minutas do Edital, do Contrato, e da Ata de Registro dc Preços,assim como o Termo de Referência, pode-se afirmar que os aludidos instrumenlo.s estão compatíveis com alegislação de regência, restando as mesmas aprovadas, nos termos do parágrafo único do art. 38 da Lein° 8.666 de 1993, desde que seiam sanadas as seguintes inconsistências, além das recomendaçõesapontadas ao longo deste Parecer:

    95.1. MINUTA DO EDITAL tfls. 146/156v)

    a) Preâmbulo: Muito embora não esteja previsto na minuta padrão da AGU, recomenda-se

    incluir texto dispondo que a licitação será do tipo menor preço por item, no caso ap(» a

    expressão "/•-/ na forma Eletrônica, do tipo menor preço", para deixar claro que a licitação nãoserá por preço global, mas sim por menor preço por item, cuia recomendação tem sido

    adotada sistematicamente por esta Assessoria Jurídica, por ocasião da análise das minutas

    de Editais submetidas pelas unidades gestoras:

    Í1Sérgio f.rnesiProcesso n. 08206.000734/2015-89 Página 26de 36 Sérgiof.rneslo KoppAdvogado da União

  • ^„ , 1-—'M.Continuação do Parecer n" O lí' /20I6-AJ/GAB/DG/DPF/COSJUR-MJ/CGU/AGU

    b) Item 2 - Do Órgão Gerenciador e Órgãos Participantes: Muito embora trala-s&^-ilemfacultativo, não consta a