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Associação Brasileira de Advocacia Tributária - ABAT 22/03/2012 Floriano Martins de Sá Neto Presidente da Fundação ANFIP 2º Seminário Nacional de Tributação Previdenciária

Associação Brasileira de Advocacia Tributária - ABAT 22/03/2012 Floriano Martins de Sá Neto

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2º Seminário Nacional de Tributação Previdenciária. Associação Brasileira de Advocacia Tributária - ABAT 22/03/2012 Floriano Martins de Sá Neto Presidente da Fundação ANFIP. Sistema de Proteção Social CF de 1988. REPARTIÇÃO - CONTRIBUTIVA SEGURADOS . PREVIDÊNCIA. SEGURIDADE SOCIAL. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Associação Brasileira de Advocacia Tributária - ABAT 22/03/2012 Floriano  Martins de Sá Neto

Associação Brasileira de Advocacia Tributária - ABAT22/03/2012

Floriano Martins de Sá NetoPresidente da Fundação ANFIP

2º Seminário Nacional de Tributação Previdenciária

Page 2: Associação Brasileira de Advocacia Tributária - ABAT 22/03/2012 Floriano  Martins de Sá Neto

Sistema de Proteção Social CF de 1988

SEGURIDADE SOCIAL

REPARTIÇÃO - CONTRIBUTIVA SEGURADOS

DIREITO DE TODOS

DESTINADA A QUEM PRECISARASSISTÊNCIA SOCIAL

SAÚDE

PREVIDÊNCIA

Page 3: Associação Brasileira de Advocacia Tributária - ABAT 22/03/2012 Floriano  Martins de Sá Neto

Financiamento da Seguridade Social

FONTES DE FINANCIAMENTO

RECEITA ou FATURAMENTO

(Art.195,I,b)

FOLHA DE SALÁRIOS

(Art. 195,I,a) e ( 195,II)

LUCRO

(Art. 195,I,c)

CONCURSOS de PROGNÓSTICOS (Art. 195,III)

IMPORTADOR

(Art.195,IV)

RECEITAS

Page 4: Associação Brasileira de Advocacia Tributária - ABAT 22/03/2012 Floriano  Martins de Sá Neto

Mito do déficit da previdência

Conta que o governo faz para legitimar o déficit da previdência. Analisa receitas e despesas da previdência isoladamenteEXEMPLO PARA O ANO DE 2010 POIS 2011 AINDA NÃO ESTÁ DISPONÍVEL

2010 Receita Previdenciária Líquida RGPS (1) 211,97Pagamento Benefícios Previdenciários (urbanos e rurais) 254,86"Déficit" divulgado pelo governo e pela mídia -42,89Fonte: MPS(1) Receita Prev. Liq. corresponde à Receitas Previdenciárias Próprias deduzidas as Transferências a Terceiros

Orçamento do Governo (em R$ bi)

É um ERRO não considerar as fontes de financiamento

previstas pela Constituição

Page 5: Associação Brasileira de Advocacia Tributária - ABAT 22/03/2012 Floriano  Martins de Sá Neto

Porque há Superávit?

tem que computar no Orçamento as fontes previstas no art. 195 da CF de 1988

Art. 195 “A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais...”

Page 6: Associação Brasileira de Advocacia Tributária - ABAT 22/03/2012 Floriano  Martins de Sá Neto

Receita Previdenciária Líquida Corresponde à Receitas Previdenciárias

Próprias do RGPS deduzidas as Transferências a Terceiros

Cofins Contribuição para o Financiamento da Seguridade

Social. Sua base de cálculo incide sobre o faturamento e receita das empresas: art .195, I, 'b' da

CF

CSLL Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Art. 195

CF, I, 'c'.

PIS/Pasep Contribuição para o Programa de Integração Social. A CF vincula o PIS ao seguro-desemprego e ao abono salarial (art. 201 CF). Portanto, receitas e despesas

são vinculadas ao Orçamento da Seguridade

Outras contribuições Incluem contribuições sobre concursos

de prognósticos, e outras contribuições.

Recursos próprios do FAT A legislação, Art. 50 da LDO

2010,considera que todos os recursos próprios do FAT, inclusive os financeiros, integram o Orçamento da

Seguridade

Outras receitas Inclui recursos próprios do MDS, do

MPS, do MS e Taxas de Órgãos e entidades

Contrapartida EPU Benefícios de Legislação Especial que deve vir

do Orçamento Fiscal da União

211,97

140,02

45,75

40,37

3,15

11,02

4,20

2,14

Receitas da Seguridade Social 2010em R$ bi

Total 458,62

Fonte: Análise da Seguridade Social 2010. Elaboração Própria

Com base Constitucional

Page 7: Associação Brasileira de Advocacia Tributária - ABAT 22/03/2012 Floriano  Martins de Sá Neto

Benefícios Previdenciários Corresponde à todos os benefícios, urbanos e rurais, pagos

pelo INSS

Benefícios AssistenciaisCorresponde aos pagamentos da LOAS (urbano) e RMV, de caráter assistencial e previstos constitucionalmente. LOAS:

Idoso com mais de 65 anos; pessoa com deficiência e carente (no caso do carente e de sua família serem

incapazes de prover seu sustento)

Bolsa Família e Transferências de Renda

Transferências diretas de renda com condicionalidades, como educação e saúde, que beneficiam famílias em

situação de pobreza e de extrema pobreza

EPU – Legislação EspecialRecursos destinados a pagamento dos proventos de

aposentadoria e pensões dos servidores civis e militares da administração direta da União

Outras ações do FATA legislação, Art. 50 da LDO 2010,considera que todos os

recursos próprios do FAT, inclusive os financeiros, integram o Orçamento da Seguridade

Saúde, Assistência e Previdência: respectivos Ministérios (inclui pessoal)Despesas com ações e programas de saúde (SUS), além

de despesas de custeio e pessoal do MS; complementação dos benefícios de ação continuada do Bolsa Família, além de outras ações de assistência complementares ao Fome

Zero do MDS

Benefícios do FATCorresponde às despesas com o Fundo de Amparo ao Trabalhador. O FAT mantém dois grandes benefícios: o

seguro desemprego e o abono salarial

Outras ações da Seguridade SocialAções de assistência do Ministério da Justiça, Secretarias da Presidência da República, despesas de saneamento do Ministério das Cidades, saúde nos hospitais universitários e

merenda escolar com recursos de contribuições sociais

254,86

22,23

13,49

2,14

0,42

70,67

29,20

7,51

em R$ bi

Total 400,52Fonte: Análise da Seguridade Social 2010. Elaboração Própria

Despesas da Seguridade Social 2010Com base Constitucional

Page 8: Associação Brasileira de Advocacia Tributária - ABAT 22/03/2012 Floriano  Martins de Sá Neto

2005 2006 2007 2008 2009 20100.0

10.0

20.0

30.0

40.0

50.0

60.0

70.0

80.0

90.0

77.2

61.2

74.166.3

32.9

58.1

Saldo da Seguridade Social (RGPS)

Crise Financeira Mundial

Expectativa para 2011 >> R$ 78 bilhões, ou seja, R$ 20 bilhões a mais que em 2010

Fonte: Análise da Seguridade Social 2010. Elaboração Própria

Evolução do Superávit da Seguridade Social 2005 a 2010 (em R$ bi)

Maneira CORRETA de construir o Orçamento. Previdência como parte do

tripé da Seguridade

Page 9: Associação Brasileira de Advocacia Tributária - ABAT 22/03/2012 Floriano  Martins de Sá Neto

DRU - Desvinculação de Receitas da União

Receitas de contribuições sociais selecionadas e os efeitos da desvinculação promovidos pela DRU

Valores correntes, em

R$ milhões

2005 2006 2007 2008 2009 2010 Receita de contribuições sociais 168.611 175.870 200.408 196.484 193.879 229.298

COFINS 89.597 90.341 101.835 120.094 116.759 140.023

CPMF 29.120 32.493 36.382 1.004 0 0

CSLL 26.232 27.266 33.644 42.502 43.592 45.754

PIS / PASEP 22.083 23.815 26.116 30.830 31.030 40.373

Outras contribuições 1.578 1.956 2.431 2.054 2.497 3.148

Valores desvinculados 32.496 33.806 38.550 39.255 38.776 45.860Fonte: STN. Organização Anfip

Sempre “temporária”, vem sendo renovada periodicamente (agora até 2015). Variaram os nomes e o alcance e tem sido um dos mais eficazes instrumentos do ajuste fiscal praticado pelos governos que utiliza o mecanismo para desvincular 20% de impostos e contribuições, inclusive previdenciárias.

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Desoneração da Folha

Como há superávit na Seguridade querem retirar o ônus do empresariado por meio da previdência social. Isso é um equivoco!

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2010% sobre

contribuições FP

% total RGPS

98.748,0 46,5 38,781.996,1 38,6 32,116.751,9 7,9 6,618.093,5 8,5 7,112.823,9 6,0 5,046.183,5 21,8 18,1

3.153,1 1,5 1,242.303,8 19,9 16,6

726,7 0,3 0,317.653,2 8,3 6,9

6,9 0,0 0,02.557,8 1,2 1,0

55,4 0,0 0,02.262,7 1,1 0,91.943,6 0,9 0,8

11.873,6 5,6 4,7212.202,1 100,0 83,2

42.890,0 16,8255.092,1 100,0

Empresas - espetáculos esportivos

Participação de outras fontesTotal Financiamento do RGPS

Contrib. de empresas s/ segurados assalariados

Contribuição do segurado assalariado Contribuição do segurado facultativo

Fonte: Tesouro Nacional (SIAFI - STN/CCONT/GEINC)

em R$ mi lhões

Execução das receitas de contribuições para o RGPS, por grupo de contribuintes - 2010

Contribuição sobre a folha de pagamentos (FP)

Contribuição previdenciária do segurado especialContribuição sobre a produção rural

Total Contribuições s/ a folha de pagamentos

Contrib. previd. do seg obrig. - emp. domésticoContrib. previd. das Entidades FilantrópicasJuros, multas, parcelamentos, dívida ativa, judiciais

Contribuições previdenciárias - RGPS

Recolhimento pelo Simples (faturamento)

Contribuição obrigatória - Contrib individualSeguradoSeguro de acidente do trabalhoContrib. previd. dos Órgãos do Poder Público

Contrib. previd. ret. s/ nota fiscal - Subrogação

A contribuição patronal sobre a folha de salários - de 22,5 % para as empresas financeiras e de 20% para as demais não enquadradas no sistema SIMPLES - representou, em 2010, 46,5% das receitas previdenciárias, totalizando R$ 98,7 bilhões.

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Impacto financeiro

• Mesmo com os constantes recordes de arrecadação ainda querem desonerar a folha de pagamento. Estima-se que para cada ponto percentual de desoneração, a partir de 2011, haverá uma perda progressiva anual de receita que se iniciaria com algo em torno de R$ 5,6 bilhões na arrecadação do Regime Geral da Previdência - RGPS. Em 2014, este impacto já estaria na casa dos R$ 7,6 bilhões;

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• A desoneração da folha de pagamento, per si, não é capaz de melhorar a posição brasileira em termos de competitividade internacional. Essa melhoria se relaciona com desenvolvimento das vantagens comparativas, como a produtividade, com a questão cambial ,tecnológica e com o valor agregado, e não com a simples desoneração da folha;

• O que certamente haverá é uma aumento do lucro do empresariado.

Desoneração não melhora competitividade externa dos produtos brasileiros

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Lei 12.546/2011 (MP 540)

A MP 540, convertida na Lei 12.546, além de criar o REINTEGRA para estimular as exportações, substituiu pela receita bruta a base de cálculo da contribuição previdenciária devida pelas empresas dos setores de Tecnologia da Informação (TI), de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e Call Centers; e empresas do setor de plásticos e borrachas, peles e couros, pastas de madeiras, papel ou cartão, têxteis, pedra, gesso, cimento, amianto, mica, cerâmicos e vidro, colchões, almofadas, etc, vestuário e acessórios (de malha ou não), outros artefatos têxteis confeccionados, calçados e artefatos, metais, botões, artigos esportivos

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Lei 12.546/2011 (MP 540)

Exposição de motivos da MP 540:

Nos últimos anos, em virtude da busca pela redução dos custos de mão de obra, as empresas passaram a substituir seus funcionários empregados, pela prestação de serviços realizada por empresas subcontratadas ou terceiriza-das, muitas vezes integradas por uma única pessoa, mascarando uma efetiva relação de emprego.Assim, os trabalhadores ficam desprovidos dos direitos sociais e do trabalho (férias, 13º salário, seguro desemprego, hora extra etc.) Os trabalhadores ficam sem proteção social e as empresas reduzem os gastos com encargos sociais.

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Lei 12.546/2011 (MP 540)

Um dos objetivos: incrementar o registro dos empregos e fomentar as atividades destes setores:

Desoneração da folha

Os setores coureiro-calçadista, de vestuário (incluídos bolas esportivas e botões), de tecnologia da informação (TI) e da informação e comunicação (TIC) estão incluídos na desoneração da folha de pagamento. Em vez de pagarem 20% sobre a folha para o INSS, a título de cota patronal, elas poderão pagar 1,5% sobre a receita bruta. No caso das TI e das TIC, o índice é de 2,5%. O segmento de Call Center também está incluído, com alíquota de 2,5%. Impacto segundo o governo>> R$ 1,3 bilhão.

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Lei 12.546/2011 (MP 540)

É preciso desmistificar algumas premissas:

A afirmação de que a desoneração, per si, vai aumentar o nível de emprego não pode ser tomada como verdadeira. Crescimento com distribuição de renda, aumento do consumo, taxa de juros (e spread) mais baixa que possibilite maiores investimentos, política fiscal eficiente e reforma tributária progressiva que possibilite melhorias na distribuição da riqueza; isso sim são fatores determinantes da geração de empregos. A experiência internacional ajuda a desmistificar esses preceitos. Na Argentina e no Chile, por exemplo, a desoneração da folha não foi acompanhada de geração significativa de empregos ( o que houve foi melhoria de salários). Outro argumento que destoa do “poder” da desoneração em aumentar o nível de emprego é que o efeito da desoneração será sobre as médias e grandes empresas, onde o nível de informalidade é pequeno. As micro e pequenas empresas, no caso, já têm desoneração total da contribuição previdenciária patronal sobre a folha de salários (SIMPLES);

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Lei 12.546/2011 (MP 540)

A forma como foi concebida e anunciada a Lei 12.546/2011 reedita a velha mania de se adotar medidas pontuais, desvinculadas de um planejamento estratégico de longo prazo. Toda exposição de motivos procede, mas os meios utilizados para obtenção de melhorias não se mostra eficiente.

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MP 556/2011

Art. 4º

A Lei nº 12.024, de 27 de agosto de 2009, passa a vigorar com a seguinte redação: "Artigo. 2º Até 31 de dezembro de 2014, a empresa construtora contratada para construir unidades habitacionais de valor comercial de até R$ 85.000,00 (oitenta e cinco mil reais) no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida - PMCMV, de que trata a Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009, fica autorizada, em caráter opcional, a efetuar o pagamento unificado de tributos equivalente a um por cento da receita mensal auferida pelo contrato de construção”. (grifo nosso).

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• Faturamento Líquido: Diferença entre faturamento bruto e o valor da folha de salários que serve de base à contribuição previdenciária;

• Objetivo: Privilegiar as atividades econômicas intensivas em mão de obra;

• Sem desestimular as empresas que investem em modernização, objetivando melhoria nos níveis de competitividade.

Alternativa à desoneração da folha

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