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Ano V / nº58 | Diretor: Norberto Luís | Periodicidade: Mensal | www.diariodalagoa.com | facebook.com/diariodalagoa | Janeiro 2019 | Preço: Gratuito Atletismo continua em crescimento na Lagoa Filarmónica Estrela D’Alva tem novos órgãos sociais Na Associação Musical lecionam atualmente 74 alunos, com 13 professores. Este novo ano levo foram implementadas novas valências, como o caso da dança. Pub. Pub. Página 10 Crisna Calisto, em entrevista ao Jornal Diário da Lagoa, prespeva o ano de 2019 e refere que “a Lagoa é, neste momento, um concelho apetecível”. Páginas 08 e 09 ENTREVISTA: “A Lagoa é, neste momento, um concelho apetecível” As Igrejas do Concelho de Lagoa - Atalhada - Página 07 Associação Musical de Lagoa continua a aumentar a sua oferta educativa Foto: DL Página 11 Foto: DL Página 06

Associação Musical de Lagoa continua a aumentar a sua ... · período. Os alunos do Top Leitor no 1.º período do cor-rente ano letivo foram: Inês Lopes, do 6.º G; Tomás Morais,

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Page 1: Associação Musical de Lagoa continua a aumentar a sua ... · período. Os alunos do Top Leitor no 1.º período do cor-rente ano letivo foram: Inês Lopes, do 6.º G; Tomás Morais,

Ano V / nº58 | Diretor: Norberto Luís | Periodicidade: Mensal | www.diariodalagoa.com | facebook.com/diariodalagoa | Janeiro 2019 | Preço: Gratuito

Atletismo continua emcrescimento na Lagoa

Filarmónica Estrela D’Alvatem novos órgãos sociais

Na Associação Musical lecionam atualmente 74 alunos, com 13 professores. Estenovo ano letivo foram implementadas novas valências, como o caso da dança.

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Pub.

Página 10

Cristina Calisto, em entrevista ao Jornal Diárioda Lagoa, prespetiva o ano de 2019 e refereque “a Lagoa é, neste momento, um concelhoapetecível”.

Páginas 08 e 09

ENTREVISTA: “A Lagoaé, neste momento, umconcelho apetecível”

As Igrejas do Concelho de Lagoa

- Atalhada - Página 07

Associação Musical deLagoa continua a aumentara sua oferta educativa

Foto: DL

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Foto: DL

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Diário da Lagoa | janeiro 2019Página 02 EBI DE LAGOA/ EBI ÁGUA DE PAU

Foto

: EBI

AP

Competência Digital: novos desafios para uma Biblioteca Escolar do futuroFo

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EBI

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A rubrica “O TOPA naBE” ensina alunos a

utilizar ferramentas digi-tais com finalidades

pedagógicas

Segundo Goethe, a ousadia tem emsi mesma genialidade, poder e magia.Começar com coragem transformapositivamente as coisas e cria novosdesafios e culturas. Na literatura comonoutras áreas, a inovação trilha cami-nhos e correntes, formas diferentes dever o mundo e de o representar. E amagia sucede com a originalidade deum texto, o valor de uma palavra.

O mesmo acontece na Biblioteca Es-colar de Água de Pau. Audaciosa desdeo início, a nossa BE está mais do quenunca “on fire”, em sintonia com asmudanças culturais ocasionadas pelastecnologias que vão chegando à escolae com os novos projetos educativospromovidos pela região. Por isso, tor-nou-se, à semelhança da escola nesteano letivo, uma Biblioteca TOPA (Traz oteu próprio aparelho), apostando emnovas abordagens pedagógicas queutilizam ferramentas digitais na pro-moção da aprendizagem.

Partiu-se do ponto de vista de quenão é viável continuar a negar a tecno-logia, porque ela faz parte da vida detodos. O telemóvel é um dos principaismeios de acesso à internet entre osjovens, que não sabem, todavia, mani-pulá-lo para estudar e aprender. Daíque o principal desafio da nossa biblio-teca escolar seja, hoje, porventura,orientar essa passagem entre ambien-tes, construir essa ponte e adaptar-seàs novas realidades. Aceitá-las com umbom sinal de rede wifi e procedimen-tos bem balizados na utilização dosrecursos tecnológicos dentro de por-tas.

Cabe, nos dias que correm, à biblio-teca escolar formar cidadãos criativosque saibam interagir e utilizar o

ambiente rico em informação em quevivem, para conseguirem compreendero mundo à sua volta, para pensarematravés de problemas e tomarem deci-sões que apoiem e enriqueçam as suaspróprias vidas. A marca de uma biblio-teca escolar no século XXI não é ditadapelas suas coleções, mas pela dife-rença real que opera na aprendizagemdo aluno, no contributo para o desen-volvimento da compreensão humana ena construção de conhecimento.

Foi neste sentido que a rubrica “OTOPA na BE” foi delineada. As ativida-des dirigem-se, nesta primeira fase, aturmas de 2.º ou 3.º ciclo, que contac-tam, no espaço TOPA da biblioteca,com apps educativas, ferramentasdigitais de apresentação, de produçãode imagem e de vídeo e ferramentasde colaboração. A experiência é feitapasso a passo e com um fim determi-nado, habitualmente um trabalho paraa disciplina que acompanha a turma ouatividades e exercícios numa plata-forma digital selecionada. Através daexperiência, os alunos tornam-se utili-zadores e, normalmente, criadores nosambientes digitais explorados e assimi-lam o potencial de estudo e de apren-dizagem das tecnologias.

Neste período, as turmas do 7.ºB,9.ºA e 9.ºC, conheceram o “Biteable”,uma ferramenta digital de apresenta-ção interativa que classificaram comomuito apelativa e divertida, e com elaconstruíram apresentações para as dis-ciplinas de línguas.

Depois do sucesso destas ainda es-cassas iniciativas e do valor acrescidoque trazem ao trabalho da Bibliotecano âmbito das literacias digitais, pre-vêem-se, no segundo período, novasações, essas sim pioneiras e audazes,com a ascensão dos robots, que chega-rão à escola em breve. Polémicas àparte, quem sabe se será, um dia, aprópria Sophia a vir dar uma aula nanossa biblioteca do século XXI?

Sónia Ferreira (Equipa da BE)(continua na página 3)

Durante o mês de novembro, decorreram naBiblioteca escolar ações de educação intituladas“Plasticologia Marinha”, dinamizadas pelo Ocea-nário de Lisboa, tendo como objetivo dar aconhecer os problemas de poluição marinha e es-clarecer sobre a forma como, todos juntos, pude-mos evitar que a vida nos oceanos acabe.Alertou-se para a necessidade de se fazer a sepa-ração do lixo/reciclagem. E de reduzir ao mínimoa utilização de materiais plásticos, que tantopoluem os nossos mares.

Plasticologia Marinha

Como vem sendo habi-tual a Biblioteca Escolar pre-senteia os seus melhoresleitores no final de cadaperíodo. Os alunos do TopLeitor no 1.º período do cor-rente ano letivo foram: InêsLopes, do 6.º G; TomásMorais, do 5.º C e MateusMachado, do 5.º C. Muitosparabéns aos premiados econtinuação de boas leitu-ras!

Top Leitor 1º Período

Na celebração do Dia Internacional da Ci-dade Educadora, o Município de Lagoa subscre-veu a Declaração Final do XV CongressoInternacional das Cidades Educadoras, recente-mente celebrado em Cascais (Portugal), aofazer a leitura pública das constatações e com-promissos assumidos.

A EBI de Lagoa também assume publicamenteo compromisso, no âmbito das suas competên-cias, de proporcionar a todos os seus alunos eaos cidadãos deste concelho em geral, umaeducação de qualidade, inclusiva e plural.

A Equipa da Biblioteca Escolar

Dia Internacional da Cidade Educadora

O departamento de Lín-guas da EBI de Lagoa reali-zou, na Biblioteca Escolar,ações de sensibilização paraa cultura anglo-americana.Foi realizada uma pequenaexposição e projeção de umvídeo sobre a história e astradições associadas àcomemoração do Thanksgi-ving. A Cantina escolar asso-ciou-se a esta atividadeconfecionando e distri-buindo um doce tipicamenteamericano, os "Donuts".

"Thanksgiving - history and traditions"

A turma A do 6.° ano realizou a atividade "ÉNatal quando...", na Biblioteca escolar, em duas ses-sões: uma para alunos e outra para os familiares.

Nestas sessões foram declamados alguns poe-mas de autores portugueses e textos poéticos, pro-duzidos pelos alunos. Entoaram ainda cançõesalusivas à quadra natalícia. Na sessão com os fami-liares, a turma entregou aos pais uma caixinha comuma mensagem de Natal (trabalho este realizadoem EVT).

"É Natal quando..." foi uma atividade que resul-tou da articulação curricular das áreas de Portu-guês, Inglês, Educação Musical e Educação Visual eTecnológica.

O Departamento de Línguas

"É Natal quando..."

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Diário da Lagoa | janeiro 2019 Página 03ESL/ EBI ÁGUA DE PAU/ LOCAL

Geocaching no ensino profissional

“A Terra Treme”

A partir do ano de 2017 que oGeocaching é utilizado, na EscolaSecundária de Lagoa, como ferra-menta pedagógica em alguns Cur-sos Profissionais, existentes naoferta formativa desta Escola,especificamente nos Cursos Profis-sionais de Técnico de TurismoRural e Ambiental e de Técnico deGestão Ambiental. Assim e por de-cisão do Conselho Executivo destaEscola, os alunos destes cursosfazem parte do Clube de Geoca-ching desta escola, desenvolvendoao longo do ano, diversas ativida-des formativas e educativas, liga-das ao Geocaching.

Algumas das atividades organi-zadas com estes alunos do EnsinoProfissional, têm sido: atividadesformativas em sala de aula (emdiferentes áreas disciplinares, no-meadamente: Geografia, Portu-guês, Inglês, Francês, Ciências daNatureza/Geologia, Matemática,Educação Física,…) , produção decaches de Geocaching (algumasem trilhos turísticos), visitas deestudo, percursos de trilhos, orga-nização de conferências e de even-tos (nomeadamente eventos CITOque são atividades de proteção domeio ambiente) e atividades decaracter desportivo no âmbito dacanoagem e mergulho. Estes mes-

mos alunos têm colaboradona produção de caches de“cariz turístico”, com basenuma sugestão de caches te-máticas e históricas sugeridapela Câmara Municipal deLagoa; portanto com inte-resse para este Concelho.Alguns destes alunos tam-bém participaram na produ-ção do filme “Dream”, quefoi concorrente ao concursomundial de filmes de Geoca-ching – GIFF 2018.

Algumas destas turmas fi-nalistas destes cursos profis-sionais, em particular o 12ºF, e no âmbito da parceriaexistente com a CâmaraMunicipal de Lagoa, têmtambém colaborado com aedilidade na atualização do“roteiro urbano” e no “roteiro detrilhos pedestres” deste concelho,estando neste momento a darcontinuidade, neste ano letivo, eno âmbito do programa “Lagoa –

cidade inovadora e educativa” aeste projeto. Recentemente estaturma apresentou, no auditório daescola, uma “conferência” sobreeste tema, tendo assistido a outrasturmas envolvidas neste clube.

Estes alunos apresentaram umPowerPoint muito interessante eum “panfleto”, alusivo ao assunto.

Luis Filipe Machado e Marco Pereira

A Câmara Municipal de Lagoaentregou a todas as salas de aulasda Escola Básica e Integrada deÁgua de Pau 60 calendários refe-rentes a 2019, desenhados pelosalunos daquele estabelecimentoescolar, numa iniciativa que seenquadrou no âmbito da celebra-ção do Dia Municipal para a Igual-dade.

Uma nota de imprensa da au-tarquia lagoense, enviada às re-dações, recorda que, a 24 deoutubro, a Lagoa assinalou o DiaMundial para a Igualdade, cele-brado anualmente desde 2010,com diversas atividades. Nesteâmbito, a autarquia desafiou os

alunos do 1º ciclo da EBI de Águade Pau, para elaborarem 12 dese-nhos alusivos aos direitos e deve-res dos cidadãos em matéria deigualdade, sendo que, conjunta-mente, foi pedido aos estudantesdo 2º ciclo que escrevessem 12frases que definissem, para eles,o significado da igualdade.

Desse modo, todo o trabalhodos estudantes foi compilado erealizado o calendário para onovo ano que se inicia, 2019, quefoi entregue, simbolicamente,àquela escola.

Segundo aquela nota da autar-quia lagoense, o principal obje-tivo desta iniciativa passou pelaenvolvência e consciencialização

de toda a comunidade escolarnuma problemática, na qual sepretende um compromisso cole-tivo em prol da igualdade,criando, na sociedade lagoense,práticas que reconheçam, respei-tem e valorizem a igualdade detodos os munícipes.

Por último, salienta-se que aCâmara Municipal de Lagoa assi-nalou, pelo terceiro ano consecu-tivo, esta data, que coincide coma implementação do Plano Muni-cipal de Cidadania e Igualdade deGénero na Lagoa, criado em2016.

DL/CML

No dia 5 de novembro de2018, pelas 10H05 realizou-se oexercício de Sensibilização para orisco sísmico "A Terra Treme" naEscola Básica Integrada de Águade Pau, organizado pelo ServiçoRegional de Proteção Civil e Bom-beiros dos Açores.

Os alunos do 7.º ano, turma D,

colaboraram nesta atividade comresultado muito positivo.

Um agradecimento a todos osenvolvidos da Comunidade Educa-tiva que participaram nesta ativi-dade.

A Coordenadora do Clube deProteção Civil

Dolores Falcão Lopes

Alunos lagoenses elaboram calendá-rio de 2019 que retrata a igualdade

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PUBLICIDADEPágina 04 Diário da Lagoa | janeiro 2019

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Página 05PUBLICIDADEDiário da Lagoa | janeiro 2019

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Página 06 REPORTAGEM / LOCAL Diário da Lagoa | janeiro 2019

2019 com saúde

O Delegado de Saúde de Lagoa, Dr. João Martinsde Sousa, deseja a todos os leitores e publico emgeral, um feliz 2019.

A Sociedade Filarmónica Es-trela D´Alva iniciou, há bempouco tempo, um novo ciclo ins-titucional, nomeadamente atra-vés de uma nova composição dosseus órgãos sociais.

Esta Sociedade, fundada a 2 defevereiro de 1887, dia de NossaSenhora da Estrela - embora nolivro “A Vila da Lagoa e o seuConcelho”, o padre João José Ta-vares, membro fundador destaSociedade, aponte para o dia 16de junho - foi erigida com o enge-nho e a arte deste atrás referidopadre e historiador lagoense,bem como graças ao engenho doseu irmão Manuel José TavaresCanário, primeiro regente dabanda. Tiveram um papel impor-tante, igualmente, Francisco Iná-cio da Mota; Francisco PereiraEspada Calapez; Manuel Borgesde Medeiros Amorim; Manuel deMedeiros Couto e Adelino MariaQuintanilha.

Sobre a nova Direção da Socie-dade Filarmónica Estrela D`Alva,a mesma, sabe-se, permanecerá,pelo menos, dois anos em fun-ções, sendo constituída porRicardo Tavares, João ManuelArruda, Carlos Raimundo, NicoleMelo e Manuel Ponte. Comovogais da mesma Direção temosJosé Pires, Manuel Marques, Ma-

nuel Júnior, Abel Moniz e Mariade Fátima.

Já a Mesa da Assembleia-Geralé constituída pelo presidenteAntónio Borges, secretária MariaOdete Cabral e o vogal GilbertoMelo.

Por fim, o Conselho Fiscal temcomo presidente António Chorae como vogais João Telheiro eCátia Pereira.

Relativamente a este mandatoque agora começa, Carlos Rai-mundo, em entrevista ao jornalDiário da Lagoa, revela que, rela-tivamente a expetativas e a novosprojetos que se pretendem pôrem prática, “existem sempre pro-jetos em vista”, sendo que “abase, primeiro que tudo, é a es-cola de música. Apostar, basica-mente, numa escola de música.Temos uma escola a funcionaratualmente nos Remédios, umano Cabouco e uma na nossa sedeem Santa Cruz. No projeto dessanossa nova Direção há a ambiçãode abrir uma escola de música noLivramento”, revela-nos CarlosRaimundo.

No que diz respeito a desafios,o dirigente da Sociedade Filarmó-nica Estrela D´Alva diz que “cadavez existem menos serviços”.

“Nós notámos, esta época quepassou, uma quebra de serviços.E quando há quebra de serviços

há ainda menosdinheiro. Comosabem os subsí-dios não sãoassim muitoavultados, infe-lizmente. O anopassado, ainda,c o n s e g u i m o suma tuba [ins-trumento musi-cal], sendo que

este ano queríamos ver se conse-guíamos mais uma. Tambémnecessitamos de fardas, de maisfardamento, para pôr a bandatoda em condições”.

Sobre a paixão, e do que signi-fica fazer parte de uma SociedadeFilarmónica fundada em 1887,sendo assim a Banda mais antigada cidade de Lagoa, Carlos Rai-mundo admite que é músico háquase três décadas, sendo, assim,um caso de “amor à camisola”.

“Eu estou na Sociedade Filar-mónica Estrela D’Alva há cerca dedoze anos. Há cinco anos convi-daram-me para pertencer aoConselho Fiscal. Aceitei. E daípara cá os elementos que com-põem a Direção têm-me cha-mado para integrar os órgãossociais. É sempre uma responsa-bilidade. Temos de trabalhartodos para o mesmo fim. Vamosver agora se, com essa equipa,conseguimos cumprir os nossosobjetivos.”

Considerando que o fenómenodas bandas filarmónicas “jáesteve melhor”, Carlos Raimundoafirma que “infelizmente elasestão, a nível geral, a decair umbocadinho por falta de motivaçãodas pessoas. Há jovens que nãoquerem integrar nas bandas. Masnós temos vindo a conseguir cap-tar alguns jovens músicos para anossa banda. E tem corrido bem.”

“As filarmónicas dependem dosjovens. A base das nossas filar-mónicas são os jovens. Sem osjovens as bandas acabam pormorrer. E temos a ambição dechamá-los cada vez mais”, ter-mina.

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Sociedade Filarmónica EstrelaD’Alva com nova Direção

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“As filarmónicas dependem dos jovens. A base das nossas filarmónicas são os jovens. Sem osjovens as bandas acabam por morrer. E temos a ambição de chamá-los cada vez mais.”

Júlio T. Oliveira, jovem naturalde Nossa Senhora do Rosário, lan-çou, no passado dia 24 de novem-bro, no Centro Cultural da Caloura,Vila de Água de Pau, o seu quintolivro, intitulado MORS-AMOR, eque contou com o prefácio da es-critora Regina Figueiredo e com oposfácio da professora e escritoraMaria João Ruivo.

É o quinto livro deste jovem es-critor: o primeiro foi Versos Expe-

rimentados, lançado em 2015; osegundo, O que não ficou pordizer, lançado em 2016, em Lisboa;o terceiro, Santa Cruz: filhos e ser-vos, que contou com o prefácio daProf. Doutora Susana GoulartCosta; o quarto, Qual o teu papelsenão o de resistir?, que contoucom a apresentação de Pedro Cha-gas Freitas e de Malvina Sousa, noConvento dos Franciscanos, em2018. Ainda este ano, lançouMORS-AMOR.

Júlio Oliveira lança“MORS-AMOR”

Foi no passado dia 15 de no-vembro, na igreja do Convento dosFranciscanos, que a poetisa Gui-lhermina Maria Barbosa, naturalde Santa Cruz, lançou o seu ter-ceiro livro de poesia intitulado“Flashes de Longevidade”, quecontou com o prefácio de Júlio T.Oliveira.

Para Guilhermina Barbosa, a au-tora, as temáticas sobre as quaisversa o seu novo livro são varia-das.

“É sempre o gosto de estar comas pessoas, de conviver com elas,de corresponder às suas ansieda-des e esta obra foi realmente tam-

bém assim. O livro fala de Flashesde Longevidade porque real-mente, através da minha vida,houve marcos, houve realmentefactos e momentos que me marca-ram e, nesta última fase da vida,isto manteve-se”.

A autora também de “Em Jeitode Partilha” - 2012 - e de “Relatode Vivências” - 2015 - lança agoraum novo livro de poesia popular.Poesia popular que, para amesma, “é uma poesia que eu cos-tumo classificar dos três p´s: compessoas, de pessoas e para pes-soas. É uma poesia simples, dopovo, com o povo e para o povo”,termina.

Guilhermina Barbosalança o seu terceiro livro

Foto: CML

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Diário da Lagoa | janeiro 2019 REPORTAGEM/ OPINIÃO Página 07

A edificação da atual Igreja de Nossa Senhora dasNecessidades na Atalhada

Por escritura de 23 de outubrode 1674, foi dotada uma ermidaedificada pelo capitão DomingosMartins de Azevedo e sua mulherMaria Cabral de Melo, que mora-vam junto à ermida.

Por alvará de 6 de novembro de1674, o bispo D. Fr. Lourenço de

Castro deu licença para se levantaraltar de pedra na ermida e, por al-vará de 6 de abril de 1677, autori-zou que se celebrasse missa.

D. Fr. Valério do Sacramento, nasua visita de 28 de fevereiro de1743, refere a criação de umcurato onde o cura terá residência,cujas obrigações do mesmo são

reguladas na visita do licenciadoPedro Ferreira de Medeiros, em 16de novembro de 1746.

Em 1817, começaram-se a ad-quirir materiais para a atual igrejae em 1826 dá-se o pedido, maistarde deferido pelo governador dobispado de Angra, José Maria Bet-tencourt Vasconcelos a 20 de maio

de 1826, do vigá-rio do Rosário,Manuel JoaquimSoares, para aedificação deuma nova igrejano lugar daermida que es-tava muito velhae era demasiadopequena para adimensão da po-pulação daquelelugar.

Mas quem foiManuel JoaquimSoares? Foi vigá-rio, em Nossa Se-nhora do Rosário,sabe-se, de 26 dejulho de 1825 a 8de maio de 1831,data do seuóbito. Foi padre

encomendado ou ecónomo, tam-bém, de 1821 a julho de 1825.

Continuando: sabe-se que em1828 a atual igreja já está feita. Aconstrução da torre, sacristia, adroe o assobradar da igreja são deli-berados na sessão de 28 de junhode 1847 da Junta da Paróquia.

Dá-se a elevação do curato daAtalhada à categoria de paróquiaa 14 de abril de 1985, por decisãodo bispo de Angra e Ilhas dos Aço-res, D. Aurélio Granada Escudeiro,sendo na altura pároco Cláudio deMedeiros Franco. Este é natural daPovoação.

Assina o primeiro assento debatismo, na Atalhada, a 3 de junhode 1979 e o último a 17 de julhode 2005.

Assina o primeiro assento debatismo, no Cabouco, a 13 demaio de 1979. Volta a assinar a 27de janeiro de 1980 até 8 dedezembro de 2000.

Júlio T. Oliveira

Voz do Passado | 18 - A louça comercial feita na Lagoa na Cerâmica Vieira (1936)

- Quando meu pai, Manuel Egí-dio de Medeiros abriu o seu pri-meiro estabelecimento com onome de "A Cova da Onça" em1936, na Praça da República, naVila de Água de Pau, fez umacordo comercial com o senhorJosé Augusto Martins Vieira, pro-prietário da Cerâmica Vieira.

- Comprometer-se-ia a vender aLouça vidrada da Cerâmica Vieira,na sua loja e, em Água D'Alto, VilaFranca e Ponta Garça [porque naVila Franca só se fabricava louçaterracota e não vidrada], através

de venda ambulante por carroçase a louça fornecida trouxesse es-tampada o nome do seu estabele-cimento "A Cova da Onça".Começara assim, a fazer «marke-ting» sem se ter inventado ainda apalavra.

Um carroceiro de Água de Pauesteve ao serviço d'A Cova daOnça e passou a fazer a venda delouça da Lagoa pelo concelho deVila Franca, indo por vezes até àsFurnas.

Foi Virgínio Cabral, também co-nhecido por Virgínio Cassapa, porser rápido ou «veleiro» nas suasactividades e não por outro mo-tivo menos próprio, pois era muitosério e de grande confiança demeu pai. Aliás, em Água de Pau,num passado longínquo, recente eainda hoje ninguém se livra de «al-cunha» de um momento para ooutro. Essa terra «desbanca»nisso, ou seja, ultrapassa qualqueroutra localidade açoriana.

Além da louça da Lagoa, VirgínioCabral vendia também «galochas»de acácia forradas a pele de vaca.Eram fabricadas manualmente nosBarrancos de Água de Pau e iampor baixo da carroça numa caixa-tabuleiro dependurada e presa

por quatro correntes a ganchos,por cima do eixo da mesma.

Meu pai lembrava-me quandoeu era criança como tinha ensi-nado ao carroceiro a entoar pelasfreguesias a venda da louça e ga-lochas. Mas, um dia eu ouvi direc-tamente da boca do tio Virgínio eainda gostei mais, por causa das«caretas» engraçadas que ele meexpressava.

Talvez o fizesse porque eu eracriança e na sua sempre simpáticae cordial simpatia gostava de mefazer sorrir e ver contente ou felizcom aquela forma simples de suaamizade.

Eu não tive a sorte de o apanharcomo carroceiro. Esse tempo játinha passado. Agora era latoeirona sua oficina improvisada emcasa, na rua dos Ferreiros. Era umapessoa que sempre mereceu aamizade de toda a nossa família,pois até era compadre de meu pai,que fora padrinho de batismo dealguns dos seus filhos. Então eramais ou menos assim que ele en-toava a sua ladainha:

-- "ÔiimGaló - i-lousssaaa d'áááLagoa !!! "

A Louça da Lagoa que foi no pas-sado de muito interesse «utilitá-

rio» pois não havia outra quandoaqui se instalaram as duas fábri-cas, a da Cerâmica Vieira em 1862e a Cerâmica Leite em 1872, maisde 100 anos depois passou a sermais de interesse «decorativo».

Mas, para muita gente aindacontinua a ser motivo de glamour

e de cerimónia para muitas famí-lias nos Açores e em vários paísespara onde a "Louça da Lagoa"ainda continua a viajar e... até temconstituído "Pontos de Encontro"nos EUA, veja-se na PortugaliaMarketplace em Fall River !

Por: RoberTo MedeirOs

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Página 08 ENTREVISTA Diário da Lagoa | janeiro 2019

ENTREVISTA: “Uma das prioridades deste executivo écaptar investimento e estar ao lado dos empresários”

DL - Finalizamos o ano de 2018,o primeiro do mandato de Cris-tina Calisto como Presidente daCâmara de Lagoa. Que balanço sepode fazer do que foi feito e doque ficou por fazer e porquê?Cristina Calisto (CC) - O presente

e o futuro da Lagoa estão marca-dos por importantes projetos quesão exemplo da política que estemunicípio tem levado a cabo paraassegurar uma maior dinâmica egarantir o desenvolvimento doconcelho.

Penso que estão reunidas ascondições para que, de futuro, aLagoa continue atrativa e a crescerainda mais.

É certo que nunca está tudofeito, mas temos um rumo tra-çado, onde está patente umavocação que abre portas a umaera diferente, desafiadora e com-petitiva, cuja prova mais evidentesão as obras marcantes que nãopodem, de modo algum, ser igno-radas, designadamente a constru-ção do Hospital Internacional dosAçores (HIA), o empreendimentoturístico Sul Villas que está a serconstruído em Santa Cruz, o CAOe Lar Residencial da Santa Casa daMisericórdia, a Quinta da Paródia,na Atalhada e a terminar o ano, oanúncio da construção do HotelHilton e muito em breve o iníciodo segundo edifício do Nonagon.

Enquanto autarca, o meu traba-lho será sempre em prol do desen-volvimento do concelho e damelhoria da qualidade de vida doslagoenses e tudo tenho feito pelodesenvolvimento da Lagoa.

DL - No arranque de 2019, o queCristina Calisto tem em mentepara a Lagoa e para os Lagoenses?

CC - Para 2019 a grande missãoda Câmara Municipal é continuara projetar a Lagoa para um novopatamar de desenvolvimento, ge-rando confiança nos investidores eaproximando as empresas locais,mantendo o foco na dinamizaçãoeconómica, social, desportiva, cul-tural e turística, sem nunca descu-rar o principal motor dodesenvolvimento territorial: os la-goenses e o seu bem-estar.As preocupações sociais, a educa-

ção, as questões ambientais e oturismo são áreas de enfoque parao município em 2019, bem comoo nosso serviço de proximidadecom as pessoas.Assim, em 2019, a Câmara Muni-cipal da Lagoa vai realizar um em-préstimo a médio e longo prazo,destinado a investimentos que seprendem com o melhoramento darede viária do concelho; com acriação de mais estacionamento ede novas vias rodoviárias; com arequalificação da Praça de NossaSenhora do Rosário e da Rua 25 deabril; com o reforço do abasteci-mento de água e com a implemen-tação de projetos demodernização administrativa eSmart City, a par de outros inves-timentos.

Quanto à ciclovia e requalifica-ção da frente marítima da cidade,o processo de concurso decorreuem 2018, prevendo-se que o ar-ranque das obras tenha início jáem 2019.

DL - A Lagoa tem vindo a serprocurada para vários investi-mentos privados, é exemplo oHospital Particular, unidades ho-teleiras, e algumas empresas quese vão fixando no concelho. A au-tarquia tem, como anunciado, fa-cilitado a instalação dessasempresas. Uma nova política,uma nova viragem se vive naLagoa?

CC - As pequenas e médias em-presas são valor acrescentadopara qualquer território e o Tecno-parque já é uma área vocacionadapara grandes negócios, represen-tando, indubitavelmente, o saltoem termos comerciais e empresa-riais que a Lagoa precisa.

Uma das prioridades deste exe-cutivo é captar investimento eestar ao lado dos empresários, foipor isso que criámos o Gabinetede Desenvolvimento Económico,cujo objetivo foi proporcionar umtratamento de proximidade e deceleridade a quem queira investirna Lagoa. Podemos afirmar, con-tudo, que atualmente, a Lagoa as-siste a uma viragem, com novasoportunidades para os lagoenses.Como grandes exemplos temos a

obra do Hospital Internacional dosAçores (HIA)que decorre a bomritmo e que será uma infraestru-tura relevante para o desenvolvi-mento sustentado do concelho, namedida em que virá contribuirpara a criação de postos de traba-lho, afetos às várias áreas hospita-lares e administrativas, para alémde que, será uma aposta na inova-ção e tecnologia através de umaestratégia comercial inovadora anível Regional e o Hilton, queestou certa de que será um impor-tante impulsionador turístico daLagoa e dos Açores.

DL - O Tecnoparque em temposera visto como um fardo, diziamalguns, mas o tempo veio provarque foi uma grande aposta da au-tarquia. O futuro da Lagoa pode-se dizer, tem início naquela portade entrada da Lagoa?

CC - O Tecnoparque reflete anossa visão de futuro para aLagoa. Foi a obra mais criticada danossa história municipal, mas estáà vista de todos que, atualmente éo elemento diferenciador daLagoa, comparativamente aos de-mais concelhos de São Miguel, porvia de investimentos únicos aí se-deados, que trarão mais viabili-dade, mais retorno económico,mais criação de emprego, mais ar-recadação de impostos e novasáreas de negócio, até à data, ine-xistentes na Lagoa.

O Tecnoparque para além de sera porta de entrada da Lagoa é agrande matriz de desenvolvimentodo concelho e é um espaço privi-legiado para grandes investimen-tos e projetos de dimensãointernacional e nacional.

DL - Ainda falando do Tecnopar-que, foi pensado o mercado mu-nicipal para aquela zona, acaboupor cair essa ideia, ou a autarquiaainda pretende avançar com esseprojeto e onde?

CC - O Mercado Municipal foi pri-meiramente pensado para a zonado Tecnoparque, no entanto, emvirtude da grande procura delotes, por parte de empresas pri-vadas o mesmo já sofreu três des-localizações, dentro do espaço doTecnoparque.

Por via disso decidimos, para já,aguardar as dinâmicas económicasadvenientes do ramo privado, atéque se possa encontrar, em defini-tivo, um espaço para a instalaçãodo Mercado Municipal.

DL - Em termos sociais, comoclassifica a Lagoa e quais os seusprincipais desafios?

CC - Em termos de políticas so-ciais a prioridade da autarquia édar atenção às famílias que se en-contram em situação de maior fra-gilidade socioeconómica com amanutenção e reforço dos meca-nismos de apoio já disponibiliza-dos, como o Fundo de EmergênciaSocial (FES); o apoio à recuperaçãoda habitação degradada e o apoioà população mais idosa com o car-tão “Lagoa mais saúde”, que con-cede uma série de benefícios àfaixa etária mais idosa, bem comodaremos oportunidade de em-prego aos lagoenses, através dosprogramas de emprego, uma con-tinuidade que se justifica pelo im-pacto positivo que tem noorçamento familiar de muitas fa-mílias lagoenses.

Enquanto Presidente de Câmaratenho sempre a “porta aberta” esaio à rua para estar mais pertodos munícipes e para me inteirardos seus problemas e ajudar a re-solvê-los em tempo útil, quando esempre que possível.

Em termos sociais o Poder Localé o verdadeiro baluarte de defesados cidadãos e, no caso da Lagoa,temos honrado este papel, es-tando atentos àquilo que são aspreocupações dos lagoenses,mantendo uma atitude de coope-ração e de proximidade com aspessoas.

DL - A Lagoa é um dos concelhoscom um elevado número de pes-soas dependentes do Rendi-mento Social de Inserção. O quese pode fazer para reverter estasituação?

CC - Efetivamente, o RendimentoSocial de Inserção (RSI) é um apoiofinanceiro que contribui para com-bater e minimizar os fatores de po-breza, porém é importante

perceber que esta prestação é atri-buída por pessoa e não por famí-lia.

No panorama regional, a Lagoaainda é um dos concelhos da re-gião com um número significativode famílias numerosas, que sur-gem associadas a um maior índicede pobreza, o que explica o ele-vado número de pessoas depen-dentes de RSI, no concelho.

Acredito que só a Educação po-derá ser o motor do reverso destarealidade.

Por isso, e apesar da CâmaraMunicipal não ser um agente dire-tamente responsável pela educa-ção, tem tido um papel ativoatravés de um conjunto de medi-das de incentivo ao sucesso esco-lar e ao combate ao absentismoescolar, porque acredita que só aEducação poderá garantir a em-pregabilidade e independênciaeconómica destas famílias.

DL - Ao nível da Educação, estatem sido uma área de grandeaposta. O que continuará a serfeito?

CC - Constitui objetivo da autar-quia, continuar a implementaruma política de investimento eapoio na educação formal, nãoformal e informal, contribuindopara a criação de massa crítica ede consciência cívica na nossa co-munidade, uma vez que a educa-ção e a cultura são áreasessenciais quer para o aprofunda-mento da cidadania, quer para aelevação social.

No que respeita às parcerias adesenvolver com entidades conce-lhias, destacamos as estabelecidascom as escolas do concelho, des-tacando o projeto de apoio à His-tória, Geografia e Cultura dosAçores, e com a Universidade dosAçores, através nomeadamentedo projecto Sonhar o Sucesso. Pa-ralelamente prosseguiremos como projeto das Sessões de EducaçãoPolítica e para a Cidadania, desti-nadas a alunos do ensino secundá-rio.

(continua na pág. 09)

Neste início de um novo ano, o Jornal Diário da Lagoa foi ao encontro daPresidente da Câmara Municipal de Lagoa, que nos falou sobre o presente efuturo da Lagoa que está, claramente, em profundo desenvolvimento. Aolongo da entrevista, a autarca fala sobre os projetos que estão a ser desen-vovidos no concelho, assim como prespetiva um pouco do que será o futuroda Lagoa.

A captação de investimento privado para o concelho é um dos principaisobjetivos da autarquia, onde não esquece igualmente as questões sociais.

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Diário da Lagoa | janeiro 2019 ENTREVISTA Página 09

“A Lagoa é, neste momento, um concelho apetecível etemos muitos investidores que nos procuram ...”

(...)Também, como forma de incen-

tivo e de aposta na Educação,enquanto veículo promotor dodesenvolvimento humano, social eeconómico das pessoas e dascomunidades e elemento indis-pensável para atingir um desen-volvimento sustentável, aautarquia irá continuar a atribuirprémios aos alunos que se distin-guem, nos três estabelecimentosde ensino do concelho;

Fomentar os conhecimentos dosalunos, através da participaçãonum contexto real de trabalho,sendo uma verdadeira oportuni-dade escolar e de futuro, para osjovens, através do apoio a bolsas– Bolsa “Jovens à Descoberta”, quepossibilitam estágios científicos,em alguns centros de investigaçãode referência do país.

Facultar o apoio às Escolas noPrograma Eco-Escolas, que é umprograma internacional da “Foun-dation for Environmental Educa-tion”, desenvolvido em Portugal,desde 1996, pela Associação Ban-deira Azul da Europa e pretendeencorajar ações e reconhecer otrabalho de qualidade desenvol-vido pelas escolas, no âmbito daEducação Ambiental para a Sus-tentabilidade;

Apostar na participação de gran-des eventos relacionados com oensino, de que é exemplo o Con-gresso Internacional de CidadesEducadoras. A participação e oenvolvimento dos cidadãos nasdecisões locais e na vida da comu-nidade é uma prioridade das cida-des educadoras;

Proporcionar a diversificação dasatividades curriculares, nomeada-mente na área do desporto, comouma das vias com maior sucessona diminuição da propensão paracomportamentos de risco e exclu-são social e como veículo para aadoção de estilos de vida saudá-veis, de educação pessoal e cívica.Incluiu-se os desportos náuticosno Plano Curricular Escolar, para o

ano letivo 2018/2019, para todosos alunos a frequentar o 7ºano, naEscola Secundária de Lagoa, pre-vendo-se o possível alargamento amais níveis de ensino;

A necessidade da diversificaçãodas ofertas educativas é particu-larmente importante num quadrode alargamento da escolaridadeobrigatória até aos 18 anos deidade, que constitui um desafionum concelho em que as taxas desaída antecipada e de abandonoprecoce não são desprezáveis e onúmero de alunos no ensinosecundário tem tido quebras sig-nificativas em anos recentes.

Deste modo, a aposta na forma-ção profissional deverá ser refor-çada, de acordo com os ProjetosEducativos das Escolas Secundá-rias, e acentuando a ligação destasà vida ativa e ao tecido económicoe empregador, de forma a promo-ver a formação de recursos huma-nos qualificados e a consolidar umsistema concelhio e regional maisprodutivo. Neste sentido, a autar-quia apostou na implementaçãode uma Escola Profissional, noconcelho de Lagoa, de forma aproporcionar um ensino maisdiversificado e de cariz profissionalaos nossos jovens, sendo que adinâmica da Escola assenta na aus-cultação das empresas e da EscolaSecundária de Lagoa e Básica Inte-grada de Água de Pau para promo-verem cursos ativos,paralelamente aos principais.

Também destacamos aqui as ati-vidades de promoção da leiturapara o público escolar dos 1.º e 2.ºciclos de ensino, incluídas no pro-jeto Histórias do Plano Nacional deLeitura.

Está igualmente previsto o apoiono apetrechamento das bibliote-cas escolares concelhias, atravésda aquisição de obras, bem comouma série de atividades de apoioàs escolas do concelho, consoanteas necessidades dos diversosciclos de ensino.

De realçar ainda as parcerias

com as diversas associações e ins-tituições do concelho e o apelo eincentivo à “produção” cultural,através dos movimentos associati-vos do concelho, reconhecendo asua importância na elevação cul-tural.

DL - Em termos culturais, estacontinua a ser uma grande apostada autarquia. O mesmo conti-nuará em 2019?

CC - A Câmara Municipal deLagoa tem como principais objeti-vos para 2019 dinamizar os espa-ços culturais; os NúcleosMuseológicos do concelho; reali-zar os tradicionais concursos deMaios e Presépios; apoiar as cole-tividades e associações e desen-volver atividades socioculturais epedagógicas.

Também, na estruturação des-ses conteúdos, assumirá relevân-cia a criação do Museu de Lagoa –Açores (ML-A), que incorpora oMuseu; a Biblioteca MunicipalTomaz Borba Vieira e o ArquivoHistórico, que são os três pilaresda memória concelhia.

Os Núcleos Museológicos da tu-tela camarária que integram oML-A são o Convento de Santo An-tónio, o Núcleo Museológico daCasa do Romeiro, a Casa da Cul-tura Carlos César, o NúcleoMuseológico do Cabouco e a Mer-cearia Central – Casa Tradicional.Também, como entidades parcei-ras, temos a Coleção Visitável daMatriz de Lagoa e os NúcleosMuseológicos da Ribeira Chã,ambos sob alçada das respetivasparóquias; o Centro Cultural daCaloura e a Tenda do Ferreiro Fer-rador, de competência privada, eo Observatório Vulcanológico eGeotérmico dos Açores, coorde-nado pela respetiva associação.

Para além disso, daremos pros-seguimento à preparação de con-teúdos para a plataforma digitalLagoa – cidade inteligente, queserá uma ferramenta com referen-ciação territorial e acessível emdiversas línguas e que se pretendeativar num futuro próximo, demodo a conferir coerência linguís-tica e programática a uma série deinfraestruturas culturais dispersasno território.

Assim sendo, o Município deLagoa irá manter as suas ativida-des de cariz promocional e conti-nuará a ser o promotor de algunseventos, nomeadamente: Festasdo Divino Espírito Santo do Impé-rio de São Pedro; Inspiral; CalouraBlues; Festival Lagoa Bom Porto –Festas em honra de S. Pedro Gon-çalves, no Porto dos Carneiros;

Festas de Santo António, em SantaCruz e atividades do Centro Cultu-ral da Caloura e do ObservatórioVulcanológico e Geotérmico dosAçores.

O Inspiral é um projeto itine-rante, que irá percorrer as cincofreguesias do concelho, e que visadar a conhecer os espaços e equi-pamentos culturais, nomeada-mente museus e escolas e outrosespaços que projetam o futuro doconcelho, chamando a atenção dacomunidade local para o seu valorhistórico e patrimonial, através denovas sonoridades. Este é um pro-jeto cultural e educacional, comum conceito musical dentro do“singer song writers”, com a pre-sença de artistas cantautores, cujopropósito é inspirar as pessoaspara a cultura. O Inspiral é com-posto por 9 sessões e que culmi-nará num evento final, que terá aduração de dois dias, em 2019, napraça NONAGON – Parque deCiência e de Tecnologia de SãoMiguel, na Lagoa.

Manteremos também todos oseventos de cariz cultural e popular,que sempre se realizaram, comopromotores ou patrocinadoresdos eventos, com destaque para oFestival Porto dos Carneiros, aFesta em honra de Santo António,em Santa Cruz; o Cabouco Land, oFestival da Malassada, na RibeiraChã, o Festival de Cantorias aoDesafio dos Remédios; a festa doDivino Espírito Santo, em Água dePau, entre outros, onde os nossosgrupos tradicionais apresentam epromovem os seus trabalhos.

DL - O turismo tem vindo a re-gistar um incremento nos Açores,e neste caso particular na ilha deSão Miguel. O que tem sido feitoe o que será feito, na Lagoa, paracaptar os turistas para o conce-lho?

CC - O Turismo é crucial e, turis-ticamente temos bons indicadoresde uma economia em cresci-mento.

A Lagoa é, neste momento, um

concelho apetecível e temos mui-tos investidores que nos procuramna área do Turismo, como é exem-plo o Hotel Hilton.

Falar da Lagoa é falar da boa res-tauração, um fator que continua achamar pessoas ao nosso conce-lho, um atrativo turístico reconhe-cido, não só pelos turistas, comotambém pela população micae-lense em geral.

No âmbito turístico, a Lagoa temde continuar a potenciar as suasriquezas e atrações turísticas,designadamente o complexomunicipal de piscinas, o Aquafit,os núcleos museológicos, a Baixad’ Areia, o Convento dos Francis-canos, o Porto da Caloura e pro-mover novos roteiros culturais,desportivos, gastronómicos e denatureza; divulgar o "Museu daLagoa"; criar novos trilhos pedes-tres e potenciar a nossa costa,com a ciclovia e com a ligação ma-rítimo-turística entre os dois por-tos de pesca do concelho.

Uma ressalva também para a Es-cola Profissional da Lagoa que teráum papel importante no campoturístico, através da oferta decursos e de formação nessa área,formando recursos humanos qua-lificados que ajudem a consolidarum sistema concelhio mais apto eprodutivo ao nível das exigênciasque o Turismo requer.

DL - A finalizar, que mensagemgostaria de deixar aos munícipes,no arranque de mais um anocivil?

CC - No arranque de mais umano apelo à união dos lagoenses,para juntos enfrentarmos os desa-fios e superarmos as dificuldades,acreditando que, 2019 será sinó-nimo de sucesso, bem-estar edesenvolvimento para a nossaLagoa continuar a crescer na rotado futuro!

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Assinatura do contrato para construção do Hotel Hilton.

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Página 10 REPORTAGEM Diário da Lagoa | janeiro 2019

Associação Musical de Lagoa assinalou o seu 11º aniversárioe realizou o V Festival de Bandas Filarmónicas

A Associação Musical de Lagoarealizou, no início do mês de de-zembro, o V Festival de BandasFilarmónicas “António Moniz Bar-reto”. Tratou-se de um festivalintegrado no Aniversário da Asso-ciação, e que decorreu no CineTeatro Lagoense.

Ermelinda Medeiros, presidenteda direção da associação, adiantaque este é um festival digno deapreço, onde não deixa de recor-dar o fundador da Associação que,“em boa altura”, foi pioneiro narealização do festival.

Segundo recordou, em entrevistaao Jornal Diário da Lagoa, “esteano fechou-se um ciclo, ondetodos os concelhos acabaram pormarcar presença, assim comotodas as bandas do concelho quesão convidadas todos os anos.

Ermelinda Medeiros adiantouainda que outros tempos virão,

novas bandas serão convidadas,sendo este um festival para conti-nuar.

Por seu turno, Fernando JorgeMoniz, neto do António MonizBarreto, viu mais esta homenagemcom muita satisfação. “É umahomenagem que vejo com ummisto de sentimentos”, recordou,adiantando que teve o prazer delidar com o seu avô durante algunsanos, acompanhando o seu traba-lho nas Filarmónicas Estrela D’Alvae na Lira do Rosário, tendo apren-dido a gostar da musica com ele, eadmirando a forma como ele com-punha as músicas, com o seupouco estudo.

Fernando Jorge Moniz recordaos comentários, que já ouvia emmiúdo, das pessoas que gostavamdas obras feitas pelo seu avô, e deouvir as mesmas tocadas pelasbandas filarmónicas.

Ao nosso jornal, destacou ainda

a importância destes festivais,assim como apela para que haja oreconhecimento a todos os quetrabalho em prol da cultura, e nãosó, do concelho, da ilha e daregião, e diz-se agradecido à Asso-ciação Musical de Lagoa por selembrar de fazer este festival e dedar a continuidade ao mesmo.

Associação Musicalcom mais um ano

de vida

Segundo a presidente da asso-ciação, é mais um ano de vida emuito há a fazer. “É um desafioimenso diário. A atual direção vaino seu segundo mandato e temsido um desafio cada vez maior”.

Ermelinda Medeiros diz que osdesafios da Associação Musicalsão mais que muitos, principal-mente desde que esta se instalouna sua nova sede. Um novoespaço, um novo desafio, cada vezmais complexo e mais exigente emais responsável.

Segundo recordou, a associaçãoampliou a sua oferta educativa,onde atualmente lecionam 74 alu-nos, com 13 professores. “É pre-ciso ter muita capacidade edisponibilidade para dar resposta”,recordou.

“Este ano foram implementadasoutras valências, como é o caso dadança, que não existia no conce-

lho, e que está a ser uma apostamuito positiva e está a ser interes-sante”, adiantou.

Ao Jornal Diário da Lagoa, Erme-linda Medeiros recorda que, naeducação, os resultados semeiam-se mas nem sempre quem semeiacolhe, mas esses resultados irãover-se no futuro.

Segundo diz, a Associação Musi-cal de Lagoa nunca se cansará dedar e abrir horizontes, abrir capa-cidades dos alunos. O leque etáriovai dos 3 aos 74 anos, com alunosde todas as idades, dando assimoportunidades a todos de se aper-feiçoarem e iniciarem, onde dá oexemplo da valência de música nainfância para crianças dos 3 aos 7anos.

Nesta entrevista ao Jornal Diárioda Lagoa, Ermelinda Medeirosrecorda que os desafios são cadavez maiores até porque a própriasociedade vai mudando, e pre-

tende-se estar em todo o lado,mas não é possível, e há tambéma necessidade de ser seletivos. “Éesta a grande capacidade quetemos de ter neste século, éperante tanta coisa, sermos capa-zes de selecionar. E é nisto quereside a capacidade cognitiva decada um, que é, o que é que pre-ciso e em que é que me vou reali-zar? Coisas há muitas, e em que éque cada uma pode também con-tribuir? Será este o grande lemadaqui para a frente”, recordou apresidente da direção da Associa-ção Musical de Lagoa.

Recorde-se que a “AssociaçãoMusical de Lagoa” foi formal-mente constituída no dia 30 denovembro de 2007. Esta Associa-ção tem como principal objetivodivulgar a cultura musical no Con-celho de Lagoa.

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Fernando Jorge Moniz, neto de António Moniz Barreto. Ermelinda Medeiros, presidente da Associação Musical de Lagoa.

As bandas participantes intrepertaram, em conjunto, a Marcha “O Açoriano” de António Moniz Barreto em plena Praça de Nossa Senhora do Rosário.

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Diário da Lagoa | janeiro 2019 REPORTAGEM/ DESPORTO Página 11

CDOL passa a ter uma equipa de Trail

O Clube Desportivo Operáriode Lagoa (CDOL) apresentou, emdezembro, a sua equipa de Trail erespetivo equipamento, concreti-zando mais um sonho deste jovemclube lagoense.

Segundo recorda José Branqui-nho, um dos fundadores do CDOL,o clube começou com o atletismo,

ao qual se juntou o ciclismo eagora o Trail.

A equipa é composta por 10 ele-mentos e cuja estreia no Epic Trail2018, nas distâncias 120Km, 30Kme 15Km, considerando o responsá-vel que, nesta área, o clube tematletas com muita qualidade, oque acaba por ganhar o clube e aLagoa em si.

Na prova, o CDOL marcou pre-sença com 12 atletas, tendo aequipa representada com atletasnos escalões: um Sénior Mascu-lino no EPIC120 – categoria UltraTrail Endurance, uma Sénior Femi-nino, três Seniores Masculinos,seis Veteranos – na modalidadeEPIC30 e um atleta Sénior Mascu-lino no EPIC15.

Na prova de EPIC15 o atleta JoãoQueirós terminou num meritório6º lugar da geral. No EPIC30 oclube da Lagoa conseguiu o2ºlugar por equipas, com algumasclassificações nos lugares cimeirosa nível individual, nomeadamenteas atletas femininas Patrícia Car-reira e Odete Braga. Destaqueainda para Luís Ribeiro que finali-zou a prova no 3º lugar do pódio,sendo igualmente o 2º atleta dasequipas açorianas a cruzar a linhade meta.

Todos os outros atletas do CDOLinscritos nas diferentes categoriasatingiram a meta com a sensaçãode objetivo cumprido, tendo ape-nas havido uma desistência porlesão do atleta João Lemosquando estavam cumpridos 85dos 120 Km.

O CDOL tem assim um lequeabrangente de atividade que pre-tende continuar a aumentar.

José Branquinho, ao Jornal Diá-rio da Lagoa, recorda que o atle-tismo deu muitas alegrias aoClube Operário Desportivo, agorao CDOL, segue o seu rumo, massempre mantendo as cores do

clube fabril.O trabalho tem sido feito na for-

mação para todos os escalões,mantendo uma grande aposta nosescalões de jovens atletas.

O CDOL pretende continuar afazer muito pela Lagoa e pelo atle-tismo, sendo que algumas novida-des poderão surgir já em 2019.

A 16 de novembro, a sede doclube recebeu a festa de aniversá-rio dos dois anos de existência doclube, num evento onde formaapresentados os atletas medalha-dos, nas várias provas, ao longo de2017, em provas regionais e nacio-nais, onde o clube lagoense temmarcado presença.

Recorde-se que o Clube Despor-tivo Operário de Lagoa foi fundadoa 16 de dezembro de 2016 porJosé Branquinho e Márcio Aze-vedo, desvinculando-se assim amodalidade de atletismo do COD.Os treinos de atletismo são orien-tados pelo técnico/atleta MárcioAzevedo.

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Equipa de Trail e equipamento apresentado na sede do clube em dezembro passado. Foto: DR

O Clube de Pesca Desportiva deLagoa encerrou a época de 2018com um jantar em convívio comtodos os membros pescadores, as-sociados e entidades oficiais.

Este convívio foi aproveitado paraproceder à entrega de troféus atodos os vencedores da época,assim como foram entregues pré-mios de participação a todos osque ao longo do ano participaramnas várias provas da época.

Quanto ao balanço da época de2018, este é bastante positivo,onde decorreram boas pescarias,dentro daquilo que são as autoriza-ções em termos de quantidade depescado.

A partir de fevereiro deverá co-meçar a nova época desportiva,onde se destaca, uma vez mais, a jáhabitual deslocação à ilha de SantaMaria.

Entre as provas para este anoexistem algumas de cariz social,como tem sido feito com as juntasde freguesia, onde o resultado dopescado vai para famílias carencia-das.

Fonte do Clube de Pesca Despor-tiva de Lagoa adianta que, em2019, o calendário será bastantepreenchido, uma vez que, além dasjá habituais provas, deverão incor-porar provas nas freguesias da Ri-

beira Chã e em Água de Pau, jun-tando-se assim às provas realizadasnas restantes freguesias do conce-lho.

Recorde-se que este clube foifundado em 26 de agosto de 2005,tendo surgido por um grupo deamigos, que já pescavam há algumtempo.

Pelo gosto e pela disponibilidade,formaram o clube, criando uma di-reção, estatutos, tendo na alturarecebido apoios da autarquia e daJunta de freguesia de Lagoa –Nossa Senhora do Rosário.

Desde então, tem realizado diver-sos torneios de pesca, assim comoanualmente realizam um campeo-nato de pesca desportiva.

O Clube de Pesca Desportiva deLagoa é composto por 21 sócios,que participam nas provas, con-tando com apoio de alguns patro-cinadores e instituições.

Para ser sócio do Clube de PescaDesportiva de Lagoa, há uma quotaanual, de 50€, que dá direito à par-ticipação em todas as provas doclube assim como acesso aos váriosconvívios que são realizados aolongo do ano.

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Clube de Pesca Desportiva encerra época 2018 em convívio

Algumas imagens do jantar convívio que decorreu num restaurante da Lagoa. Fotos: DR

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Diário da Lagoa | janeiro 2019PUBLICIDADEPágina 12

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Diário da Lagoa | janeiro 2019 PUBLICIDADE Página 13

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Página 14 LOCAL / NECROLOGIA Diário da Lagoa | janeiro 2019

NECROLOGIAVila de Água de Pau

Maria RufinaIdade: 96 anosFaleceu: 30-11-2018

Vila de Água de Pau

Maria IsabelIdade: 92 anos Faleceu: 01-12-2018

Freguesia de Santa Cruz

Lino Roberto Câmara TavaresNasceu: 04-02-1973Faleceu: 28-11-2018

Ficha TécnicaDiário da LagoaRegisto ERC: 126473Deposito Legal: 402139/15Propriedade: Símbolos e Cedilhas -AssociaçãoFundador: Norberto LuisDiretor/ Editor: Norberto LuisRedação: Norberto Luis

(TE-563 A)Direção Comercial: Suzi MonizColaboradores nesta edição:Julio T. Oliveira, Luís Moniz, RobertoMedeiros, Funerária Carvalho.Periodicidade: MensalImpressão: Gráfica Funchalense.Rua da Capela da Nossa Senhora daConceição, nº 50 - Morelena2715-029 Pêro Pinheiro – Portugal

Tiragem: 750 exemplaresSede: Rua Calhau D Areia, nº299560-057 Lagoa - AçoresEdição e Redação: Rua do Estaleiro,nº6, 9560-080 - Lagoa - AçoresEmail: [email protected]: 296 916 357/ 935 319 608

Estatuto Editorial disponível na páginada internet em:

http://diariodalagoa.com

nota: Os conteúdos dos artigos deopinião, aqui publicados, são da res-ponsabilidade de quem os assina.Os anúncios aqui publicados são daresponsabilidade dos respetivos anun-ciantes, salvo erro tipográfico.

Mais conteúdos aqui.

Freguesia de Santa Cruz

Manuel Eugénio Torres CorreiaNasceu: 29-06-1957Faleceu: 03-12-2018

Freguesia de Santa Cruz

Carlos Alberto Medeiros AzeredoNasceu: 16-07-1971Faleceu: 11-12-2018

Lugar dos Remédios (Santa Cruz)

Maria da Conceição da Costa PachecoCarreiroNasceu: 26-04-1947Faleceu: 15-12-2018

Freguesia do Cabouco

Joaquim António Braz ProênçaNasceu: 21-02-1939Faleceu: 09-12-2018

Lugar da Atalhada (NªSª do Rosário)

Maria Rosalina RaposoNasceu: 29-09-1938Faleceu: 24-11-2018

Vila de Água de Pau

Ana Maria Araújo Sousa BarbosaIdade: 76 anosFaleceu: 21-11-2018

Lugar da Atalhada (NªSª do Rosário)

Maria do Rosário Fonseca Raposo dosSantosIdade: 67 anosFaleceu: 06-12-2018

Santa Cruz recebeu“Feira Solidária”

A Junta de Freguesia deSanta Cruz levou a cabo a FeiraSolidária de Natal, que decorreuno jardim do Convento dosFranciscanos. Segundo o presi-dente da edilidade, tratou-se deuma iniciativa feliz por parte daJunta de Freguesia.

Sérgio Costa recordou queesta era uma ideia que se pre-tendia concretizar há já muitotempo, e só foi possível comesforço da junta e de todos osseus funcionários.

A feira, como o próprio nomeindica, consistiu numa vertentesolidária, além dos própriosconcertos, que foram igual-mente solidários, em que osgrupos o fizeram gratuitamente.“Não houve custos, a receita, de

quem assistiu, em vez dobilhete, foi convidado a levarum género alimentar, com o ob-jetivo de serem criados cabazespara distribuir por famíliascarenciadas”, explicou.

Outra vertente foi igualmentede dar a oportunidade aos arte-sãos, principalmente os que nãoestão credenciados no CRAA, depoderem expor os seus produ-tos. Não faltou ainda espaçosde comes e bebes, com partici-pação de várias instituições.

Segundo Sérgio Costa, em de-clarações ao Jornal Diário daLagoa, tratou-se de uma ideiafeliz e positiva para todos.

O autarca recordou que, nestemandato, é objetivo devolvervida a Santa Cruz, e a apostanuma feira do género, tendo em

Freguesia de Nª Sª do Rosário

Maria Margarida Rebelo SilvaIdade: 71 anosFaleceu: 10-12-2018

Freguesia de Nª Sª do Rosário

Mário Jorge Coelho MartinsNasceu: 08-12-1961Faleceu: 10-12-2018

Freguesia de Nª Sª do Rosário

João de Brito Sousa CarreiroIdade: 41 anos Faleceu: 10-12-2018

conta as muitas centenasde pessoas que pelo es-paço passaram, foi umaideia bem conseguida.

Sérgio Costa adiantouainda que o objetivo é darcontinuidade a esta feirasolidária, assim comodinamizar ainda mais oNatal em Santa Cruz, me-

lhorando de ano para ano. No final de 2019 outras

novidades deverão surgir,e que serão anunciadasao nongo deste ano de2019.

DL

O Jardim dos Frades foi palco para a Feira de Natal, evento que regressará este ano. Fotos: DR

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Diário da Lagoa | janeiro 2019 Página 15PASSATEMPO / HORÓSCOPO

Soluções dos passatempos.

Labirinto: Descubra o caminho correto.

Descubra as sete diferenças.

PASSATEMPO HORÓSCOPO DE JANEIROCarneiro (21/3 a 20/4)

A vida afetiva reflete a sua maiorabertura para aceitar as ideias dos outros,mas reconhecerá a sua convicção interior econfiará no seu potencial.

A nível profissional, estão favore-cidos os contatos com grupos ou institui-ções que expandem o conhecimentofilosófico e a sua fé.

Touro (21/4 a 21/5)

A vida afetiva, durante este pe-ríodo, permite-lhe estabelecer relaçõesmais harmoniosas e certamente saberáapresentar as suas considerações.

A nível profissional, poderão acon-tecer situações inesperadas que contribui-rão para um novo ciclo de muita segurançae estabilidade.

Gémeos (22/5 a 21/6)

A vida afetiva beneficiará da suaatual capacidade de expressar os seus sen-timentos e aproveitará o diálogo para me-lhorar a relação amorosa.

A nível profissional, o momentomarca o desenvolvimento de ocupaçõescompatíveis com os seus interesses e po-derá iniciar novos cursos.

Caranguejo (21/6 a 23/7)

A vida afetiva possibilita-lhe fazerprevalecer a sua vontade e ter a sua opi-nião, afirmando a intensidade emocionalatravés da sexualidade.

A nível profissional, está enfati-zada a sua capacidade de estratégia e per-corre uma época positiva para amaterialização de novos projetos.

Leão (24/7 a 23/8)

A vida afetiva trilha uma fase deharmonia e, talvez, deseje promover ativi-dades relaxantes que envolvam algunsmembros da sua família.

A nível profissional a ocasião é in-dicada para afastar problemas do passadoe inicia-se um longo período de excelentesprogressos na carreira.

Virgem (24/8 a 23/9)

A vida afetiva, equilibrada, per-mite-lhe evidenciar a sua faceta mais extro-vertida e com confiança saberá renovar osseus relacionamentos.

A nível profissional deve aprovei-tar a excelente conjuntura para expandir acarreira, com confiança e persistência. Asviagens estão protegidas.

Balança (24/9 a 23/10)

A vida afetiva caracteriza uma fasede muita lucidez em termos financeiros eganhará coragem para encontrar os apoioshumanos essenciais.

A nível profissional estão protegi-dos os contatos e todas as iniciativas queexpandem a carreira, de forma a poder or-ganizar o plano financeiro.

Escorpião (24/10 a 22/11)

A vida afetiva exalta a sua condi-ção sentimental e tomará iniciativas paraconcretizar os seus desejos, estabelecendouma relação romântica.

A nível profissional a sua capaci-dade de organização, concentração e per-suasão, determinará uma regeneração emtermos profissionais.

Sagitário (23/11 a 21/12)

A vida afetiva gozará da sua capa-cidade de comunicação e da obtenção denovos conhecimentos, que resolvem velhassituações estagnadas.

A nível profissional começa umaetapa de maior otimismo, inspiração, res-ponsabilidade e intuição, que traz oportu-nidades de realização.

Capricórnio (22/12 a 20/1)

A vida afetiva aponta a necessi-dade de entender a natureza espiritual, va-lorizando a sua intimidade e dandosignificado aos acontecimentos.

A nível profissional, o seu lado ra-cional aliado à sua sensibilidade poderátransformar positivamente o seu destino.Faça reiki e meditação.

Aquário (21/1 a 19/2)

A vida afetiva aperfeiçoada con-cede-lhe momentos de alegria e usufruindoda boa energia dará um novo impulso ao re-lacionamento amoroso.

A nível profissional deve aprovei-tar o seu empreendedorismo para avançarcom projetos, assinaturas de contratos eaquisição de conhecimentos.

Peixes (20/2 a 20/3)

A vida afetiva revela as suas ver-dadeiras capacidades e deverá acreditarmais nos seus recursos, com a coragem quefavorece os seus planos.

A nível profissional esta é uma fasede afirmação pessoal, capacidade de açãoe terá maior importância entender o seulugar na sociedade.

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O Centro Social e Cultural da Ata-lhada voltou a promover a Aldeia deNatal, na antiga escola primária destalocalidade, da Freguesia de Nossa Se-nhora do Rosário, Lagoa.

Tratou-se de uma iniciativa a par doque foi feito em 2017, embora nãotenha decorrido como a primeira edi-ção. “Infelizmente, no primeiro fim-de-semana, o mau tempo levou aque a adesão fosse pouca, mas já nosegundo fim-de-semana a adesão foimaior”, realçou o presidente da dire-ção desta instituição.

Apesar de tudo, Nuno Martins, aoJornal Diário da Lagoa, disse estarsatisfeito por ter visto que a Aldeia deNatal na Atalhada foi opção para mui-tas famílias, tendo em conta outroseventos que decorreram em simultâ-neo noutros concelhos da ilha.

Considerando ser necessário inovare diversificar a oferta, o presidentedo Centro Social e Cultural da Ata-lhada recordou que foram mantidasalgumas diversões, realizadas em2017, sendo, por exemplo, o caso doescorrega, que voltou a ser umsucesso entre as crianças, assimcomo a presença dos póneis, promo-vendo o contato entre as crianças eos animais.

Este ano, foram feitas algumas par-cerias com privados, nomeadamentepara a criação do espaço denomi-nado de “Natal do Futuro”, umespaço onde eram apresentadas umasérie de tecnologias ligadas à brinca-deira e àquilo que é o brinquedo nofuturo, ou seja, brincando mas edu-cando.

Nuno Martins recorda que o ato debrincar é de per si um ato educativo,e é importante que este esteja cons-tituído pelas novas tecnologias,sendo esta uma realidade do mundoatual, até porque nem tudo é mau.“As novas tecnologias bem orienta-das serão um bom instrumento deeducação para as crianças”, realçou.

Este ano a Aldeia de Natal estará deregresso, assim como deverá regres-

sar a Feira de Economia Solidária“ÍSOS” que não se realizou em 2018. Segundo Nuno Martins é intençãovoltar a realizar a feira, mas de umaforma requalificada, sendo que osprimeiros modelos foram interessan-tes, mas não chegaram além do pre-tendido, uma vez que a intenção eraser uma feira de cariz de promoçãoda economia social e solidária o quenão acontecia.

Para 2019 o objetivo é juntar a FeiraÍSOS à própria Aldeia de Natal, atéporque o próprio espirito natalíciotambém apela à questão económicasocial e solidaria, aumentando a pró-pria Aldeia e dando o cunho preten-dido para a feira.

Neste sentido, Nuno Martins adian-tou que já deixou à autarquialagoense um desafio de se fazer ummega evento, de colaboração entretodos, criando um verdadeiro roteirode Natal ou seja, a chamada Cidadede Natal, com vários eventos emtodas as freguesias, juntando assimas comunidades.

“Trabalhar em capelinhas não re-sulta e a perspetiva de futuro e dedesenvolvimento é de colaboração esem ela não se chega mais longe.Sozinhos nada conseguimos, e é pre-ciso juntar esforços para trabalharem conjunto, criando chamarizescom benefícios para todos, trazendoa própria comunidade para a rua”,realçou.

O presidente do Centro Social e Cul-tural da Atalhada considera que aLagoa tem um grande potencial, edestacou a iluminação de Natalimplementada no passado mês dedezembro, dando outra cor à própriacidade e acredita que numas próxi-mas edições se poderá perspetivareventos âncoras.

Centro Social eCultural da

Atalhada foi a votos

No final do mês de dezembro de-correram as eleições para o CentroSocial e Cultural da Atalhada, tendo aatual direção apresentado a suarecandidatura, uma vez que muito háainda a fazer.

É o caso do Complexo Social, quemais do que uma sede, é a uma ques-tão de dignificação da instituição,sendo esta única do concelho semsede própria.

O projeto já está aprovado, masfalta agora financiamento, sendo quea instituição aguarda respostas dopedido de ajuda ao governo regional.

Para Nuno Martins, trata-se de umaquestão de dignificação da intituiçãoque, durante 20 anos, deu muitomais à Lagoa do que propriamenteoutras instituições.

O complexo, a ser construído naAtalhada, agregará os serviços admi-nistrativos, onde estarão sediadas asequipas multidisciplinares que dãoapoio aos beneficiários do RSI, assimcomo a coordenação do departa-mento de economia social e solidária,uma sala de convívio para idosos,assim como uma série de espaçossociais.

Outro objetivo da atual direção doCentro é a criação de um roteiroturístico, que deverá avançar embreve. “Trata-se de um roteiro deeconomia social e solidária, passandopor todas as valências produtivas dainstituição, caso da quinta, pastelaria,à carpintaria e artesanato, para queas pessoas possam perceber o pro-cesso produtivo histórico que é rele-vante”, explicou.

Nuno Martins destacou o facto dea instituição já ter adquirido tambémum Mini Bus, que servirá para otransporte das crianças, e no sentidode rentabilização, é intensão colocá-lo ao serviço das outras valências,servindo para fazer essa ligação doroteiro turístico.

“Aquilo que se pretende é criar umprojeto social sustentável, ou seja,composto pela quinta e pelas valên-cias produtivas e visará a criação de

Diário da Lagoa | janeiro 2019Última LOCAL/ PUBLICIDADE

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“Natal N’Atalhada” volta a ser sucesso

A antiga escola primária da Atalhada voltou a ser palco da “Aldeia de Natal”. Fotos: DL

emprego sustentável, sendo oque se pretende fazer, dandoa volta a um flagelo muitogrande que é a pobreza”.

O presidente do CSCA consi-dera que a pobreza dá-se,muitas vezes, porque as pes-soas não conseguem ter umemprego sustentável, e é issoque a instituição pretendefazer, para que as pessoas sepossam sentir também parti-cipantes da criação deriqueza, ou seja, não pagarum vencimento por pagar.

São grandes os projetos doCSCA para os próximos quatroanos, embora Nuno Martinsreconheça que estes poderãonão dar para tudo, mas é o

contributo que o centro querdar à Lagoa, recordando quea instituição foi pioneira naLagoa nos projetos de lutacontra a pobreza, uma áreaonde possui longa experiênciae muito pode ser feito.

“Acredito que as instituiçõessociais e desportivas devem-se vocacionar em áreas quetem competências, porqueassiste-se a muitas institui-ções que estão a alargar assuas valências e sem compe-tência ou experiencia, e issoleva a resultados menos posi-tivos e quem tem experienciaque o possa colocar ao serviçoda comunidade”, disse.