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Asteroides, cometas e afins Daniele Benício 18/05/13

Asteroides, cometas e afins · entre a data dos dois eventos mostra que eles, de fato, ... Uma vez ancorados os motores à superfície, pode-se fazer pequenas correções na órbita

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Asteroides, cometas e afins

Daniele Benício18/05/13

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Os pequeninos do Sistema Solar

Podem ser classificados em três grupos:

• Asteroides;

• Objetos TransNetunianos (TNOS);

• Cometas.

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CEm 1766, Johann Titius detectou uma regularidade nas distâncias médias dos planetas

do Sol, popularizada mais tarde por Johann Elert Bode, a Lei de Titius-Bode (a é a distância

média Sol – n-ésimo planeta em AU):

a = 0.4 + 0.3 · 2n

A lei prevê bem as distâncias de Vênus a Saturno e até

de Urano, que ainda não tinha sido descoberto em

1766.

Para Mercúrio tem que se usar:

2n = 0, e não 2n = 2-1 = 0.5

Planeta n a [AU] a real [AU]

Mercúrio -∞ 0.4 0.39

Vênus 0 0.7 0.72

Terra 1 1.0 1.00

Marte 2 1.6 1.52

? 3 2.8

Júpiter 4 5.2 5.20

Saturno 5 10.0 9.58

(Urano) 6 19.6 19.20

(Netuno) 7 38.8 30.05

(Plutão) 8 77.2 39.48

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CA Lei de Titius-Bode prevê um

planeta a 2.8 AU do Sol, entre Marte e Júpíter.

Em 1801, Giuseppe Piazza encontrou

um objeto a 2.77 AU do Sol de diâmetro ~1000

km, e chamou-o Ceres, o primeiro asteroide

descoberto.

Desde então encontraram-se mais de

100.000 asteroides na região entre 2 e 3.5 AU

do Sol, chamada Cinturão de Asteroides.

Apesar da previsão correta das

distâncias de Urano e Ceres, hoje os

astrônomos acreditam que a Lei de Titius-Bode

é só um acaso.

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Asteroides

Asteroides são corpos pequenos e rochosos que a maioria orbitam o Sol entre

Marte e Júpiter.

Possuem formas e tamanhos diferentes.

Existem mais de 20 mil conhecidos.

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CA maioria dos asteroides se encontra no Cinturão de Asteroides, mas alguns

seguem outras órbitas:

• Os Troianos compartilham a órbita de Júpiter, 60°na frente ou atrás do

planeta gigante.

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Podem ser classificados segundo as suas composições, determinadas pelos seus espectros:

• Tipo S: De 2 a 3.5 AU do Sol, silicatos ricos em ferro e magnésio, poucos voláteis, avermelhados,

albedos moderados: 0.1-0.2

• Tipo M: 2 a 3.5 AU, ferro e níquel, avermelhados, albedos moderados: 0.1-0.18

• Tipo C: 2 a 4 AU, maioria perto de 3 AU, compostos carbonáceos, muitos contêm água, escuros,

albedos baixos: 0.03-0.07

• Tipo P: 3 a 5 AU, maioria ~4 AU, compostos orgânicos, avermelhados, albedos baixos: 0.02-0.06

• Tipo D: similar aos tipo P, mas mais vermelhos e um pouco mais longes do Sol, maioria dos Troianos

são tipo D.

Quanto mais longe do Sol, tanto mais água e outros voláteis, mesma tendência que nos planetas e luas.

Ida, tipo S Mathilde, tipo C

Asteroides

Albedo: Medida da refletividade

da superfície de um corpo.

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CA respeito da origem de asteroides, acredita-se que possuem 2 origens

diferentes:

• Destroços resultantes da nebulosa original que deu origem ao universo e

que não se compactaram.

• Resquícios de um planeta fragmentado por problemas gravitacionais.

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É um asteroide do tipo S, e é o

segundo maior asteroide que passa

próximo a Terra.

Esse asteroide tem grande

importância por ter sido usado no projeto

Near que tinha como o objetivo um

ampliação do conhecimento sobre

asteroides.

433 Eros

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Projeto Near foi um programa da NASA com o

objetivo de aterrisar uma espaçonave em um asteroide,

onde pousou em 433 Eros em 2000 com o objetivo de

mapeamento fotográfico e medições químicas.

O tempo de duração da espaçonave no asteroide

foi de um ano e a energia obtida vinha de células solares.

Projeto Near

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Um “bombardeamento maciço” de asteroides e cometas

seria a explicação para formação da superfície

esburacada e cheia de fraturas apresentada pela Lua. As

informações foram divulgadas por pesquisadores da

NASA, após análises das sondas da missão Grail

(Laboratório Interior e de Recuperação de Gravidade, na

sigla em inglês). O estudo foi publicado na última semana

na revista Science (02/13). De acordo com os

pesquisadores, a superfície lunar teria sofrido enormes

impactos há vários bilhões de anos.

Bombardeamento

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Asteróides em rota de colisão com a Terra são chamados

Meteoroides.

Se queimados na atmosfera: Meteoros.

Se resta algo chegando no chão: Meteoritos.

Meteoritos ajudaram muito no estudo da formação e evolução

do Sistema Solar.

Meteoróides, Meteoros e Meteoritos

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Extinção dos Dinossauros

Há pelo menos 30 anos, a comunidade científica discute se a queda de um meteorito no

México levou à grande extinção (maior extinção registrada) que aconteceu no final do

período Cretáceo há cerca de 66 milhões de anos, e causou o sumiço de todos os dinossauros

não avianos .

Um estudo publicado na revista Science (02/2013) mostra que o meteorito atingiu a

Terra há 66.038.000 anos, pouco antes da extinção. Segundo os cientistas, essa coincidência

entre a data dos dois eventos mostra que eles, de fato, estão relacionados e que o impacto foi

decisivo para a extinção em massa.

No estudo, foi usada uma técnica de datação de alta precisão, que mede as

quantidades de argônio e potássio em amostras de rochas para descobrir a idade do material

Os cientistas afirmam que o meteorito foi a causa principal da extinção, mas uma série

de outros fatores podem ter colaborado para levar a isso. Fortes erupções vulcânicas na Índia

causaram alterações climáticas que teriam atingido todo o planeta. Longos períodos de frio

intenso teriam levado à exaustão um grande número de ecossistemas ao redor da Terra,

acostumados ao clima quente do período.

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Meteorito de Bendegó

O meteorito do Bendegó, também

chamado Pedra do Bendegó foi encontrado em 1784

pelo menino Bernardino da Mota Botelho, filho do

vaqueiro Joaquim da Mota Botelho, próximo ao riacho

do Bendegó, então município de Monte Santo. É o

maior meteorito já encontrado em solo brasileiro. No

momento do seu achado, tratava-se do 2º maior

meteorito do mundo, mas hoje ocupa o 16º lugar, em

tamanho.

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Evento Tunguska

Um pesquisador russo declarou ter encontrado fragmentos do maior corpo celeste que

já atingiu a Terra na história registrada. (04/05/13)

Três pedaços encontrados na Sibéria Central por Andrei Zlobin, do Museu

Geológico Estatal Vernadsky da Academia de Ciências da Rússia, podem ter sido parte da

gigantesca pedra que explodiu na região em 1908, derrubando, aproximadamente, 80

milhões de árvores em uma área que abrange 2,150 mil quilômetros quadrados. Estima-se

que a onda de choque causada pelo impacto tenha sido de 5 graus na escala Richter.

Embora o impacto de Tunguska tenha sido mil vezes mais poderoso do que a

bomba atômica que destruiu Hiroshima em 1945, os cientistas não conseguiram encontrar

qualquer fragmento do meteorito que o causou. Uma teoria popular credita o evento a um

asteroide ou cometa de gelo que, teoricamente, teria explodido na atmosfera terrestre e

evaporado sem deixar vestígios.

As amostras, que ainda devem passar por uma análise química, não

necessariamente refutarão a teoria do cometa de gelo, mesmo que sua conexão com o

evento de Tunguska seja confirmada. De acordo com o estudo de Zlobin, o núcleo do

cometa poderia ter contido corpos pequenos de pedra e densidade comparável à do

núcleo do cometa Halley, que é composto de gelo e poeira.

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Probabilidade...

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http://www.youtube.com/watch?v=UOK9jfv7ZYg

Queda do meteorito na Rússia (15/02/13)

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Asteroide passa raspando pela Terra

2012 DA14

Dia 15/02 um asteroide com 45 metros de diâmetro

passou a apenas 27 mil km da Terra – nunca antes o

ser humano identificou a passagem de um objeto tão

grande tão próximo da Terra.

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Grandes asteroides podem ser vistos de muito longe, e podemos prever sua

trajetória com muita antecedência. Por isso, não há motivo para preocupação.

Nenhum corpo celeste (asteroide ou cometa, de grandes proporções - o meteorito

que caiu na Rússia ainda não foi medido, mas seria um corpo menor) foi identificado em

rota de colisão com a Terra até hoje.

Se um asteroide com essa dimensão colidisse com o planeta, liberaria 2,5

megatons de energia e provocaria uma devastação regional, de acordo com a Nasa.

Conforme a agência espacial americana, asteroides desse tamanho passam assim tão perto

da Terra a cada 40 anos e, em média, um deve atingir o planeta a cada 1,2 mil anos.

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CIdentificando um corpo celeste com antecedência, basta uma mudança pequena

na sua velocidade e direção para que não atinja a Terra.

Não seria necessário destruir o asteroide. Bastaria levar pequenos foguetes à

superfície do corpo.

Uma vez ancorados os motores à superfície, pode-se fazer pequenas correções na

órbita.

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Apophis

Um dos asteroides mais ameaçadores registrados nos últimos anos se chama

99942 Apophis.

Em 2036, o gigante, sete vezes maior do que o 2012 DA14, poderia mergulhar

no Oceano Pacífico, na Costa Oeste dos Estados Unidos, e gerar tsunamis devastadores

com, no mínimo, danos bilionários às propriedades, caso a população fosse alertada e

devidamente removida de toda a costa.

Por sorte, dados mais recentes, revelados no mês passado, mostraram que a

probabilidade de impacto é menor do que 1 em 1 milhão.

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Missões

Com um período tão pequeno entre a detecção e o impacto, não haveria tempo de

debater soluções. A preocupação, porém, esbarra nos cortes de verbas de agências como a

NASA, afetada pela crise financeira dos Estados Unidos.

Duas missões são previstas: a sonda Dawn, que se encontra em órbita com o

asteroide Vesta e a caminho do planeta-anão Ceres, no cinturão de asteroides, e a

espaçonave OSIRIS-REx, com lançamento previsto para 2016, e o objetivo de coletar

amostras de asteroides próximos da Terra. Apenas na década de 2020 deve haver uma

missão tripulada a um asteroide.

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Objetos Transnetunianos

São objetos gelados que orbitam o Sol a uma distância maior

que Netuno.

A área que abriga estes objetos (região transnetuniana) é

dividida em duas regiões:

• Cinturão de Kuiper;

• Nuvem de Oort.

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Dentre os maiores objetos transnetunianos os mais famosos são:

Éris Sedna Plutão

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Cinturão de Kuiper

Sua existência foi sugerida por Gerald Kuiper, onde cometas de curto

período coincidiam com as órbitas dos planetas em uma região plana, após a

órbita de Netuno (distância entre 30 a 100 AU do Sol).

Estima-se que este Cinturão tenha mais de 6 milhões de objetos

transnetunianos.

Os corpos ali encontrados são comumente chamados de KBO’s

(Kuiper belt object).

1 AU equivale a 149 597 871 Km

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Plutão

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Plutão

Localiza-se no cinturão de Kuiper e é o maior

membro do grupo.

Composto principalmente de rocha (60%) e gelo

(40%).

Possui 5 satélites naturais: Caronte, Nix, Hidra, P4

e P5 (nomes provisórios).

Semi-maior eixo da órbita: 39.5 AU.

Período orbital: 246 anos terrestres.

Período rotacional: 6.4 dias terrestres.

Revisão: aula Planetas Externos (Francisco)

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CPlutão e Caronte possuem massas semelhantes que não existe uma

dominância gravitacional sobre Caronte segundo alguns cientistas.

Plutão

Revisão: aula Planetas Externos (Francisco)

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Plutão tem muitas propriedades não muito típicas para um planeta:

• Órbita muito mais inclinada, 17°com a eclíptica, que a dos outros planetas

e que cruza a órbita de Netuno, em resonância 3:2 com o período orbital de

Netuno.

• Raio e massa baixos de 0.18 RTerra e 0.002 MTerra

• Composição química similar a TNOs e a Tritão, mas não aos planetas.

Em 2005 foi descoberto um TNO maior que Plutão, Éris.

Plutão

Revisão: aula Planetas Externos (Francisco)

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CEm 2006, a União Astronômica Internacional (IAU) estabeleceu 3 critérios para planetas:

1. Orbitar uma estrela, i. e. o Sol.

2. Massa grande o suficiente para ter forma esférica pela gravitação própria.

3. Ter vazia a vizinhança da órbita.

Plutão não satisfaz o critério 3.

Reclassificado junto com Éris para planeta anão, ou plutóide ou objeto transnetuniano (ou

do Cinturão de Kuiper).

Plutinos são TNOs em resonância 3:2 com Netuno.

Plutão

Revisão: aula Planetas Externos (Francisco)

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Éris

Planeta anão localizado nos confins do sistema solar, com período orbital de

cerca de 560 anos. Acredita-se ser o maior planeta anão no sistema solar

de acordo com alguns cientistas (cerca de 2320 km).

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Sedna

É o planeta anão mais distante conhecido no sistema solar (3 vezes mais longe que Netuno).

Possui um dos maiores períodos orbitais conhecidos, aproxima-se de 11.400 anos e um

periélio de cerca de 76 AU que é o maior periélio conhecido no sistema solar.

Existem evidências de uma pequena lua orbitando-o.

Periélio: ponto mais próximo do Sol.

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Segundo Oort, existe uma nuvem

orbitando o Sol, com distância superiores a

30.000 AU.

Quando objetos localizados nesta área

são perturbados, eles vão em direção a região

interna adquirindo órbitas elípticas e são

classificados como cometas de longo período.

Nuvem de Oort

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Cometas

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Pequenos TNOs compostos por gelo

(água, metano, amônia e dióxido de carbono),

poeira, às vezes material orgânico e/ou um

núcleo rochoso.

“Bolas de gelo sujo”, que se aventuram

no Sistema Solar interior.

Apresentam caudas de até 1 AU de

comprimento quando passam pelo Sistema

Solar interior.

Cometas

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Quando o cometa se aproxima do Sol, o gelo sublima

(sólido para gasosos), formando uma coma de gás evaporado e

poeira em torno do núcleo sólido. Ainda se forma um halo de

hidrogênio em torno da coma.

O gás é parcialmente ionizado pela radiação solar. A

pressão da radiação do vento solar empurra a poeira para longe

do Sol, formando a cauda de poeira.

O vento solar e o campo magnético do Sol empurram o

gás ionizado para longe, formando a cauda de íons. (A(s) cauda(s)

está(o) sempre voltada(s) para o lado contrário do Sol).

Quando o cometa sai da vizinhança do Sol, a cauda some

(mas o cometa não).

Cometas

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CHá cometas periódicos:

• de curto período (< 200 anos) como Halley, que volta cada 76 anos, vindos do

Cinturão de Kuiper.

• de longo período (> 200 anos, até mais de 1 milhão de anos), vindos da Nuvem de

Oort. Há teorias, de que estes são defeletidos rumo Sol por estrelas passando perto do

limite do Sistema Solar.

E não-periódicos, indo para fora do Sistema Solar.

Cometas

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CNo passado, cometas colidiram frequentemente com planetas, luas e asteroides.

Panspermia:

A detecção de moléculas orgânicas nos cometas levou a especulações de que

cometas ou meteoritos podem ter trazidos os elementos precursores da vida

ou mesmo os primeiros elementos vivos para a Terra.

Cometas

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A NASA lançou uma espaçonave na Missão

Stardust com o objetivo coletar pedaços do

cometa utilizando um gel para “grudar” as

partículas do cometa Wild-2 na nave, e depois

as partículas eram enviadas de volta para a

Terra.

Missão Stardust

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Hipótese Nebular

• Colapso gravitacional da nuvem de gás,

daquela é feita o Sistema Solar, a Nébula Solar.

• A nébula solar adquire um momento angular.

Explica, porque (quase) tudo no Sistema Solar

gira no mesmo sentido.

• Calor gerado no interior, forma um proto-Sol,

que corresponde a 99% da massa da nebulosa.

Origem e Evolução do Sistema Solar

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Por forças de coesão, a poeira da nébula, começa a

formar planetesimais de até 1 km

• Na parte interior do disco:

Temperaturas altas, só material rochoso conseguiu

condenser.

Poucos planetesimais, que eram rochosos.

• Na parte exterior do disco:

Temperaturas baixas, material rochoso e gelos

podiam condensar

Muitos planetesimais, rochosos e gelosos.

Origem e Evolução do Sistema Solar

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Planetesimais por atração gravitacional forma

protoplanetas.

• Disco interior

Não conseguiram atrair e acumular atmosferas (só

depois por vulcanismo).

- Planetas terrestres.

• Disco exterior:

Conseguiram atrair e acumular atmosferas.

- Gigantes gelosos e Gigantes gasosos.

Origem e Evolução do Sistema Solar

Em torno dos planetas gigantes: formação de algumas das luas de maneira similar que os

planetas em torno do Sol se formaram (Luas Galileanas de Júpiter).

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Duas regiões:

• Região onde os planetesimais rochosos não conseguiram formam um planeta grande,

só corpos menores. (Cinturão de Asteroides).

(Explica as posições dos vários tipos de asteroides)

• Mais pro exterior que os protoplanetas gigantes:

Densidade menor, planetesimais gelosos também só conseguiram formar corpos

menores (Cinturão de Kuiper).

Origem e Evolução do Sistema Solar

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Por interações com o disco de acreção e com os

planetesimais, Júpiter migrou mais para dentro, enquanto

Saturno, Urano e Netuno migraram mais pro exterior do

disco.

No caminho, os planetas gigantes capturaram

alguns planetesimais, e defletiram outros, para dentro ou

para fora do disco.

Origem e Evolução do Sistema Solar

Disco de acreção: estrutura formada por materiais difusos em movimento orbital ao redor de um corpo central.

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Os planetesimais capturados pelos planetas se tornaram luas.

Os defletidos para dentro caíram em cima dos planetas e luas recém-formados, causando

crateras de impacto. Isto continua em escala menor até hoje.

Os defletidos para fora formaram a Nuvem de Oort, ou foram expelidos do Sistema Solar.

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Informações complementares no documentário:

http://www.youtube.com/watch?v=lFHXoEqK_Ag

http://www.youtube.com/watch?v=KiuXcGu1Xbg

Vídeo Ilustrativo:

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Obrigada!!!!!!

Tema da próxima aula:

Astrologia, Mitologia (Bruna)

Daniele Benício

Email: [email protected]

Material de Apoio: slides da disciplina Noções de Astronomia e

Cosmologia (Prof º Pieter Westera)