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Astronomia Galáctica Semestre: 2016.1 Sergio Scarano Jr 10/10/2016

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Astronomia Galáctica

Semestre: 2016.1

Sergio Scarano Jr 10/10/2016

Relação da Dinâmica com a Espessura do Disco

Objetos da População I giram com o disco galáctico em órbitas

aproximadamente circulares da ordem de (200 km/s). Sol é uma estrela de

População I. Objetos de População II apresentam maior dispersão de

velocidade tendo características intermediárias entre o disco e a população

do halo (órbitas mais excêntricas, e caótica e sem direção preferencial de

rotação

Relação Idade Metalicidade para Diferentes Componentes

Buser (2000):

O sistema de coordenada de velocidades para objetos na galáxia é definido da seguinte forma:

• Θ = Rdθ/dt, velocidade na direção da rotação galáctica;

• Π = dR/dt, velocidade na direção do anticentro galáctico;

• Z = dz/dt, velocidade na direção perpendicular ao plano galáctico.

Definição de Velocidades Medidas na Galáxia

𝒗𝑺 = 𝒗𝑹𝟐 + 𝒗𝑻

𝟐 𝟏/𝟐

A velocidade espacial, baseado nas velocidades radial e tangencial é:

Coordenadas cilindricas também são apropriadas

Em diferentes distâncias galácticas registra-

se diferentes projeções da velocidade na

linha de visada deslocamento doppler nas

linhas de emissão e absorção do gás e das

estrelas no disco galáctico

Para um dado par de coordenadas

galáctica no céu atravessa-se

diferentes distâncias galácticas. Como

o disco é fino, pode-se considerar

apenas a coordenada l.

Efeitos Espectrais ao se Registrar Velocidades de Rotação

Use cylindrical coordinates for the

Galactic plane to define the Sun’s

motion w.r.t the Local Standard of

Rest

O Sol e as estrelas em sua proximidade tem órbitas ligeiramente

perturbadas, traçando caminhos em torno do centro galáctico que se

assemelham a rosetas, criando uma dispersão relativa de velocidades em

volta do Sol.

O Padrão Local de Repouso (LSR)

Para determinarmos o movimento do Sol em relação ao LSR se faz uma

grande média nos movimentos nas direções Θ, Π, Z das estrelas vizianhas

ao Sol paras as quais se conhece o movimento próprio e a velocidade radial.

Π

- Πo = U = -10.4 km/s [7.5 +/-1 km/s]

Z

- Zo = W = 7.3 km/s [6.8 (+/- 0.1) km/s]

Θ

- Θo = V = V = 14.8 km/s [13.5 (+/- 3) km/s]

Note que o Sol está se movendo de modo a se aproximar do centro

galáctico, mais rápido que o LSR e para o Norte galáctico. O movimento

líquido é de 19.5 km/s na direção da constelação de Hércules.

Os valores entre colchetes são de Francis and Anderson (2009)

Velocidade do Sol em Relação ao LSR

Θ = velocidade na direção de R, positiva ao se afastar do centro galáctico; Π = velocidade no plano galáctico perpendicular à direção do centro galáctico e

positivo na direção da rotação galáctica. Z = velocidade na direção perpendicular ao plano galáctico, positiva na direção

do polo norte galáctico.

Fórmula do Seno num Triângulo Qualquer

a b

c

a b

g

h

sen a = h / b

sen b = h / a

Sempre é possível converter um triângulo qualquer em uma composição

de triângulos retângulos. Assim pode-se definir a lei dos senos:

a

sen a =

b

sen b =

c

sen g

Fórmula do Co-seno num Triângulo Qualquer

a b

c

a

a2 = b2 + c2 - 2.b.c. cos a

A B

C

h

m n

h2 = b2 - m2

h2 = a2 - n2 b2 - a2 = m2 - n2

n = c - m

b2 - a2 = m2 - (c2 - 2cm + m2)

b2 - a2 = m2 - c2 + 2cm - m2

m = (b2 + c2 - a2) / (2c)

m = b cos a

cos a = m / b

.... e a lei dos co-senos:

b2 - m2 = a2 - n2

b2 - a2 = m2 - (c - m)2

Posição e Velocidade do LSR na Galáxia.

Ro = 8 kpc (~25,000 anos luz)

Vo = 220 km/s = 225 kpc/G-anos

Assumindo uma órbita circular, quanto tempo leva para o Sol dar uma

volta completa em torno do centro da galáxia?

To = 2πRo/Vo = ___________ Myr

Quanta massa tem no interior da órbita solar?

GMm/R2 = mv2/R

M = Vo2Ro/G = __________ M

Números úteis:

3.1x1013 km/pc G=6.67x10-11 m3/kg/s2 M

= 2x1030 kg

Movimento do Padrão Local de Repouso

223

9 x 1010

Projeções da Velocidade em Uma Linha

de Visada

Geometria Baseada nas Velocidades

– Velocidade Observada:

– Substituindo a por a

– Assumindo V=V0

)lsin(V)cos(VV 0obs a

)lsin(R)cos(R 0a

obs0

0

VlsinV

)lsin(VRR

Usando geometria:

𝑽𝟎

𝑽

𝑴

𝑺

𝒍

𝒄

𝑹𝟎

𝑹 𝒃 𝒂 𝑻 𝜶

𝑪

Calculando o deslocamento devido ao efeito Doppler

para uma estrela se movendo com velocidade Θ a uma

distância d do Sol (i.e. a velocidade radial em relação

ao LSR)

Convertendo a em l usando as leis dos senos

Substituindo as equações:

Velocidades Relativas ao LSR

Como cos(90 - x) = sin(x)

vr = Θ cos α – Θo sen l

sen (90 + α)/Ro = sen l/R = cos α/Ro

vr = Θ cos α – Θo cos (90 – l)

A velocidade radial é:

𝒗𝒓 =𝚯 ∙ 𝑹𝟎

𝑹𝒔𝒆𝒏(𝒍) + 𝚯𝟎 𝐬𝐢𝐧 𝒍 =

𝚯

𝐑−𝚯𝟎

𝐑𝟎𝐑𝟎 𝐬𝐞𝐧(𝒍)

𝒗𝒓 = 𝝎−𝝎𝟎 𝑹𝟎 𝐬𝐞𝐧 𝒍

O mapa de de vr através da Galáxia, a divide

em em quadrantes separados por longitude.

Quad I (l<90) – Nessa situação olha-se o material

mais próximo do centro galáctico, [ω - ω0] cresce

enqaunto vr cresce. No ponto de máxima

aproximação (ponto tangente) vr é máximo para

aquela linha de visada (longitude galáctica) então

continua a decrescer até o raio orbital solar. Além

da órbita do Sol vr se torna negativa mas crescendo

em velocidades negativas.

Quad II (180>l>90) – todas as longitudes passam

através de órbitas for a da órbita do Sol. Não se

encontra vr máximo com crescimento de.

Quad III (270>l>180) - similar ao Quad II mas com

sinal oposto

Quad IV (l>270) - similar ao Quad I exceto por ter

sinal oposto.

Distância Cinemática

Geometria das Distâncias Relativas ao Sol

• Distância à nuvem:

• Duas soluções

– Descartar soluções negativas.

– Duas soluções positivas necessitam de observações suplementares

• Observação em latitudes mais elevadas.

• Isso permite a construção de um mapa da galáxia.

)lsin(R)lsin(RRrSM 0

2

0

2 2

Diagrama Longitude Velocidade

Como não há deslocamento Doppler para longitudes galácticas na direção

oposta entre o centro galáctico e o Sol, curva de rotação além de Ro é mais

difícil de determinar. É necessário medir a velocidade e a distância de forma

independente:

Usando nuvens moleculares:

• obtendo velocidades radiais para emissão CO em nuvens moleculares

• obtendo distâncias da paralaxe das estrelas na nuvem;

Medindo a Curva de Rotação da Galáxia

Observações em Rádio Oort propós: Teoria completa de cinemática galáctica; Explicou estrelas de

alta velocidade; Movimentos relativos Disco com rotação + Componente

esférico com pouca rotação; Via-Láctea é indistinguível de nebulosas espirais

(ou outras galáxias!)

Velocidades Observadas Em Uma Linha de

Visada

Observações em Rádio Estrutura espiral a partir do óptico e do rádio:

Choques constantes entre a ISM (nebulosas +

braços espirais) mantém o disco fino com uma

taxa de formação estelar estável (berçários de

estrelas!)

Forte concentração de estrelas jovens ao

longo dos braços espirais (tipo espectral O e

B). Geralmente (mas não obrigatoriamente)

associadas com regiões HII traçadores de

formação estelar.

Braços espirais são berçários de estrelas,

dados do Glimpse apontam para 0.68 – 1.45

Msol ano-1

Relembre: formação estelar favorece formação

de estrelas em grupos! Aglomerados abertos,

associações OB e grupos móveis

Disco fino

Teoria de ondas de densidade

de Lin-Shu

Aglomerados abertos

Mais compactos = mais facilmente identificáveis

Jovens. Dos 1629 aglomerados do catálogo de Dias

2002, maioria tem idade menor que 1Gano

Muitos aglomerados ainda embebidos em gás e poeira

Exceções, aglomerados com idade de até 10 G-anos

Populações simples, ferramentas importantes para

estudos de evolução estelar

Associações OB NGC 6231

Sobre densidade de estrelas tipo

espectral O e B, raras e massivas

• Tempo de vida de estrelas O e B é de 1-20 M-anos

(Sol ~ 10 G-anos)

• Escalas espacias de até 100pc

• Associadas geralmente à regiões HII de formação

Forma da Estrutura Espiral

r

P

a

Verifica-se na literatura (eg. Schlosser & Musculus, 1984; Russell &

Roberts, 1992 e Ma, 2001;) que muitas galáxias espirais são bem ajustadas

por funções de espirais logarítmicas.

[kp

c]

0

0r

r1r ln

tan)(

a

Conservando o ângulo a ao

longo da espiral:

)(r Em coordenadas polares:

Q

D

No limite de D pequeno:

d

dr

r

1a tan

drr

11d

r

r00

a

tan

Isolando (r):

a

P r.d

dr

Exercício Proposto

Exercício-) Supor braço com início em r0 = 2,5 kpc, = 20°, a = 12° e

extensão = 400°:

0

0r

r1r ln

tan)(

a