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Florença, 15 de Abril de 1345 Querida família, Quero vos dizer que estou cheio de saudades vossas e quero-vos contar todas as minhas novidades. Primeiro vou- vos cumprimentar: cozinheiros, amas, criados da casa, amigos e parentes, servos da floresta, vizinhos e claro, a minha família. Como eu tinha dito, durante a Ceia de Natal, na nossa casa na floresta na Dinamarca, no norte da Europa, comuniquei-vos que iria partir em peregrinação à Terra Santa, para orar na gruta onde Jesus de Nazaré tinha nascido. Como sabem na primavera seguinte parti e estou ansioso por vos contar a minha viagem, não sei por onde começar, bem a verdade é que tenho uma verdadeira história. Fui à terra santa, visitei alguns lugares da Palestina e passei a noite de Natal a rezar. Depois, fui para o porto de Jafa onde conheci um mercador, um homem pequeno mas forte, um pouco gordo, humilde, simpático, um homem extraordinário, com ele esperei pelo bom tempo até meados de Março só então conseguimos embarcar e, como já esperava as tempestades atacaram no mar. Essa tempestade foi horrível só pensava em nunca mais vos ver e acabar por morrer pois o barco baloiçava para a direita, depois para a esquerda, as grandes ondas entravam cada vez maiores no barco, foi terrível, mas acabamos por superá- la em 4 dias, e chegamos ao porto de Ravena, em Itália, mas o barco estava em tão más condições que não pude

Ate Ravena

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Page 1: Ate Ravena

Florença, 15 de Abril de 1345

Querida família,

Quero vos dizer que estou cheio de saudades vossas e quero-vos contar

todas as minhas novidades. Primeiro vou-vos cumprimentar: cozinheiros,

amas, criados da casa, amigos e parentes, servos da floresta, vizinhos e

claro, a minha família.

Como eu tinha dito, durante a Ceia de Natal, na nossa casa na floresta

na Dinamarca, no norte da Europa, comuniquei-vos que iria partir em

peregrinação à Terra Santa, para orar na gruta onde Jesus de Nazaré tinha

nascido.

Como sabem na primavera seguinte parti e estou ansioso por vos contar a

minha viagem, não sei por onde começar, bem a verdade é que tenho uma

verdadeira história. Fui à terra santa, visitei alguns lugares da Palestina e

passei a noite de Natal a rezar. Depois, fui para o porto de Jafa onde conheci

um mercador, um homem pequeno mas forte, um pouco gordo, humilde,

simpático, um homem extraordinário, com ele esperei pelo bom tempo até

meados de Março só então conseguimos embarcar e, como já esperava as

tempestades atacaram no mar. Essa tempestade foi horrível só pensava em

nunca mais vos ver e acabar por morrer pois o barco baloiçava para a direita,

depois para a esquerda, as grandes ondas entravam cada vez maiores no

barco, foi terrível, mas acabamos por superá-la em 4 dias, e chegamos ao

porto de Ravena, em Itália, mas o barco estava em tão más condições que

não pude continuar a viagem e fiquei à espera do próximo navio. Enquanto

tal, apreciava a beleza de Ravena, era tal o encanto que eu nunca antes vira,

mas o meu amigo mercador acabou por pedir-me para ir com ele para

Veneza e desafiou-me dizendo que iria ficar ainda mais espantado com a

beleza da sua terra, eu aceitei e fui com ele.

Acabo assim esta carta com muito amor e carinho e aguardem pois, dentro

em breve, voltarei a escrever-vos a contar as outras aventuras desta viagem,

O vosso cavaleiro Bernardo