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m ATENÇÃO BÁSICA MARÇO/ 2017 “A produção do cuidado em Rede”

ATENÇÃO BÁSICA - Conselho de Secretários Municipais de ... · Política Nacional de Atenção Básica Portaria MS n°2488 de 21 de outubro de 2011 A Atenção Básica caracteriza-se

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mATENÇÃO BÁSICA

MARÇO/ 2017

“A produção do cuidado em Rede”

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Política Nacional de Atenção Básica

Portaria MS n°2488 de 21 de outubro de 2011

A Atenção Básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no

âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a

prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, redução de

danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção

integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos

determinantes e condicionantes de saúde das coletividades

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PORQUÊ ATENÇÃO BÁSICA?

Starfield (1994)

Comparação entre sistemas de serviços de saúde em onze países

desenvolvidos e demonstrou que os sistemas orientados pela atenção primária à

saúde estão associados com menores custos, maior satisfação da população,

melhores níveis de saúde e menor uso de medicamentos

A AB estruturada é fundamental e estratégica para fortalecer a capacidade

da sociedade de reduzir as iniquidades na área da saúde e representa uma

abordagem poderosa para combater as causas de saúde precária e de iniquidade

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Decreto n°7508 , 28/06/2011

• Regulamentação da Lei n°8080/90– Região de Saúde

– Portas de Entrada

– Mapa de Saúde

– Rede de Atenção à Saúde

– Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde (RENASES)

– Relação Nacional de Medicamentos (RENAME)

– Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde (COAP)

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As RAS constituem-se em arranjos organizativos formados

por ações e serviços de saúde com diferentes configurações

tecnológicas e missões assistenciais, articulados de forma

complementar e com base territorial e têm diversos

atributos, entre eles destaca-se: a atenção básica

estruturada como ponto de atenção e preferencial de

entrada do sistema

Portaria 4.279 de 30/12/2010: Estabelece diretrizes para organização da RAS no âmbito do SUS

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Atenção Básica na Rede de Atenção à

Saúde

O Compromisso e o Desafio:

Ordenadora da Rede

Coordenadora do Cuidado

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DO SISTEMA FRAGMENTADO

PARA A REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE

ORGANIZAÇÃO

HIERÁRQUICA

ORGANIZAÇÃO

POLIÁRQUICA (REDES)

FONTE: MENDES (2002)

ABS

ALTA

COMPLEXIDADE

MÉDIA

COMPLEXIDADE

ATENÇÃO

BÁSICA

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COMO ORGANIZAR AB CONECTADA COM AS

NECESSIDADES DA POPULAÇÃO?

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Diretrizes da Organização e Gestão da Atenção Básica

• Infraestrutura

• Território

• Articulação dos serviços em uma rede de atenção, garantindo continuidade de cuidado

• Estratégias de Gestão:

- Acolhimento

- Apoiadores de Rede

- Linhas de Cuidado com Classificação de Risco

- Educação permanente

- Clínica Ampliada : Apoio Matricial

Projeto Terapêutico Singular ( PTS)

• Promoção e Intersetorialidade

• Participação e controle Social

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INFRAESTRUTURARede Física

Para garantir uma atenção básica resolutiva é necessário uma ambiência que se conecte com as necessidades da população, capaz de garantir o desenvolvimento de ações de promoção, proteção, assistência e recuperação a saúde com qualidade e resolubilidade

Recursos Humanos - Modelo

Equipes de AB – A PNAB define a ESF como modelo prioritário , possibilitando alguns arranjos de composição de equipes, porém no estado de SP a cobertura da ESF ainda é baixa, apesar dos avanços nos últimos anos.

O PMM foi fundamental para essa ampliação em todo país, inclusive no estado de SP.

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Territorialização com Responsabilização sobre o Território

• Buscar conhecer o território,necessidades e as iniquidades;

• Delimitação do território - mapeamentodos equipamentos instalados, ascondições de moradia, acessibilidade,demografia e infraestrutura, mastambém, o reconhecimento dasvulnerabilidades sociais e aspectosculturais, ou seja, o “território vivo”;

• Delimitação de micro áreas e número deESF em cada UBS(considerando risco evulnerabilidade)

• Ações de promoção e proteção(território único)

• Contratualização das equipes: pactuaçãode indicadores e planejamentoterritorial (PMAQ)

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Articulação em Rede de Atenção em Saúde

Organizar o processo de

trabalho nos pontos que

compõem a rede de

saúde(Saúde da Família,

Urgência e Emergência,

Saúde Mental,

Reabilitação, Ambulatorial

Especializada e Hospitalar),

na perspectiva da

continuidade do cuidado

de saúde

(necessidades de saúde)

DIMINUIR A PEREGRINAÇÃO DOS USUÁRIOS

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DO QUE ESTAMOS FALANDO?

Rede NÃO HIERARQUIZADA: múltiplas alternativas de entrada e saída na rede de cuidados;

Relação de horizontalidade entre os serviços/pontos de atenção;

Centrado nas necessidades do usuário (coletivo ou individual);

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ESTRATÉGIAS DE GESTÃO

• Acolhimento: nova postura diante do usuário e suas necessidades. É um dispositivo de organização do serviço; amplia acesso, aumenta a resolutividade , o vínculo e a satisfação do usuário; contribui para planejar as ofertas e priorizar o atendimento por necessidades de saúde.

• Linhas ou Redes de Cuidado: Auxiliar na definição de pontos de atenção, ofertas e fluxos para as linhas prioritárias de cuidado Materno-Infantil, HAS, DM, Saúde Mental, Dores Crônicas e Doenças respiratórias crônicas

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ESTRATÉGIAS DE GESTÃO

• Apoiadores de Rede/NASF: a inserção de apoiadores de rede possibilita fazer a conexão com as demais redes envolvidas no cuidado(Transição do cuidado)

Educação Permanente como estratégia de gestão: encontros

de EP nos territórios envolvendo todos os serviços; discussão de casos como momento de aprendizagem; colocar o trabalho em análise pelas equipes e entre equipes de saúde; espaços institucionalizados com agenda combinada ( reunião de Equipes)

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ESTRATÉGIAS DE GESTÃO

• Compartilhamento do Cuidado: Troca de

informações sobre a continuidade do cuidado às pessoas com doenças crônicas. Essa informações enviadas do serviço especializado para a UBS de referência do usuário. Desta forma, a UBS consegue saber o que o especialista recomendou e planejar a continuidade do cuidado. Permite, também, que a equipe de atenção básica saiba quem é o médico especialista que atendeu e, quando necessário, poderá solicitar apoio ao mesmo médico para dirimir dúvidas ou discutir casos.

• Participação dos médicos da AB e AE na regulação e análise dos encaminhamentos: permite ao conhecer a lógica de funcionamento da regulação, os motivos que levam aos encaminhamentos (tipo de dúvidas, patologias mais frequentes) bem como informações que são necessárias para que regulação seja efetiva.

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• Clinica Ampliada:

-Reconhecer o trabalho Clínico;

-Considerar a multiplicidade de práticas e saberesdas profissões da saúde;

-Romper com a Fragmentação;

-Ampliação do objeto de trabalho: considerarsituações de risco/proteção, vulnerabilidade,contexto sócio histórico;

-A Clínica do Sujeito: aumento da capacidade dosujeito lidar com sua própria rede, produção deautocuidado;

-Compreensão sobre o processosaúde/enfermidade;

-Considerar elementos da história de vida dapessoa;

-Considerar terapêutica para além das tecnologiasduras (Merhy), mas também a capacidade deproduzir alteridade a partir do encontro entretrabalhador e usuário.

GESTÃO DA CLÍNICA

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A Clínica Ampliada e a reorganização do poder

• Usuário como centro do Cuidado;

• Estabeler equipes e profissionais de referência;

• Estruturação de Colegiados de Gestão/Gestão Compartilhada;

• Apoio Matricial como estratégia de troca de saberes e práticas entre profissionais;

• Produção de Cuidado Compartilhado;

• Formulação de Projetos Terapêuticos Singulares para casos complexos;

• Centralidade na construção e fortalecimento de vínculo entre profissional e Usuário;

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ESTRATÉGIAS DE GESTÃO

• Apoio Matricial: apoio da equipe multidisciplinar e especializada as equipes para aumentar a capacidade de diagnóstico e manejo dos problemas de saúde mais frequentes. Pode envolver atendimento compartilhado, discussão de casos presencial e à distância – tele saúde, Skype, etc.)

• Projetos Terapêuticos Singulares: É um conjunto de propostas de condutas terapêuticas articuladas, para um sujeito individual ou coletivo, resultado da discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar, com Apoio Matricial se necessário. Geralmente é dedicado a situações mais complexas. No fundo, é uma variação da discussão de “caso clínico”.. Portanto, é uma reunião de toda a equipe em que todas as opiniões são importantes para ajudar a entender o sujeito com alguma demanda de cuidado em saúde e, consequentemente, para definição de propostas de ações.

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Projeto Terapêutico Singular(PTS)

Para quem?

A partir da percepção da complexidade do sujeito acometido por uma doença, o profissional pode perceber que muitos determinantes do problema não estão ao alcance de intervenções pontuais e isoladas. Fica clara a necessidade do protagonismo do sujeito no projeto de sua cura: autonomia. A partir da anamnese ampliada, o tema da intervenção ganha destaque. Quando a história clínica revela um sujeito doente imerso em teias de relações com as pessoas e as instituições.

Para que se realize uma clínica adequada, é preciso saber, além do que o sujeito apresenta de “igual”, o que ele apresenta de “diferente”, de singular.

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Projeto Terapêutico Singular (cont...)

• A que riscos acreditamos que essas pessoas estão expostas? individuais, sociais, culturais, políticos....

• Que necessidades de saúde devem ser respondidas?

• O que os usuários consideram como suas necessidades?

• Com quem e como iremos negociar e pactuar essas ações? profissionais, usuário, família, envolver outros atores sociais...

• Quem é o melhor profissional para assumir o papel de referência?

• Quando vamos avaliar ou rediscutir o caso?

Diagnóstico, Definição de metas, Divisão de Responsabilidades e Avaliação/Reavaliação.

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Promoção da Saúde e Intersetorialidade

Não é de responsabilidade exclusiva do setor de

saúde, sendo necessária uma atuação

intersetorial e interdisciplinar.

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Gestão Participativa e Controle Social

• Gestão compartilhada: coordenadores/

gerentes compartilham responsabilidades com

os conselhos gestores locais e as equipes das

• Participação popular: realização de fóruns,

feiras e outras ações com a comunidade