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Ensino Fundamental Nível II – LÍNGUA PORTUGUESA
NOME: NÚMERO:
___/___/2012 F-8_______
ATIVIDADE 1 PARA RECUPERAÇÃO ANUAL / 8º ANO / LP
VISTA CANSADA
Otto Lara Resende
Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como
se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro
escritor quem disse. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar
de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway
tenha acabado como acabou.
Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só
isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê
não-vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece
fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O
campo visual da nossa rotina é como um vazio.
Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que
é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um
profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio de seu escritório. Lá
estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe
passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia
de falecer.
Como era ele? Seu rosto? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima ideia.
Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve de morrer. Se um dia no seu
lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por
sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver.
Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.
Uma criança vê o que um adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o
espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém
vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso
existe bastante. Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos. É por aí que se instala no
coração o monstro da indiferença.
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ENTENDIMENTO DE TEXTO VOCABULÁRIO:
Ernest Hemingway (1899 – 1961): escritor norte-americano que cometeu suicídio.
Voltagem: em um circuito elétrico, o mesmo que tensão.
Banalizar: tornar comum.
1- A crônica de Otto Lara Resende é argumentativa, ou seja, há nela a apresentação de uma
ideia e argumentos que a justificam. O tom, entretanto, é informal, parece uma conversa com o
leitor, em que ficam claras certas reflexões do cronista.
a) Transcreva do primeiro parágrafo o registro de duas dessas reflexões.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
b) Assinale os recursos textuais que foram utilizados para expressar as reflexões:
( ) o verbo achar empregado na 1ª pessoa
( ) uma frase interrogativa
( ) uma frase exclamativa
( ) verbos em 3ª pessoa
c) Essa forma de registrar as informações (exercício 1b) confere uma visão impessoal ou
pessoal ao texto? Justifique.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
2- O cronista ora se dirige diretamente ao leitor, ora se inclui na informação dada, na crítica
feita. Comprove a afirmação, relacionando:
(A) Frases em que o cronista se
dirige diretamente ao leitor.
( ) ―Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia,
sem ver.‖
(B) Frases em que o cronista se
inclui na questão apresentada
por ele.
( ) ―O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta
curiosidade.‖
( ) ―Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se
alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você
não sabe. De tanto ver, você não vê.‖
( ) ―E vemos? Não, não vemos.‖
( ) ―Nossos olhos se gastam no dia a dia, opacos.‖
3
3- O trecho abaixo antecipa o ponto de vista do cronista sobre o modo de olhar para as coisas.
Releia:
―Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa ideia de olhar pela última vez tem algo de
deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua,...‖
Responda com base nesse trecho e nos argumentos apresentados ao longo da crônica: Otto
Lara Resende defende que cada coisa deve ser olhada como se fosse vista pela última ou
pela primeira vez? Justifique sua resposta.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
4- Assinale com X a(s) alternativa(s) correta(s) sobre os recursos que o cronista adota para
envolver o leitor e convencê-lo de seu ponto de vista:
( ) Apelo à experiência do leitor.
( ) Exemplos tirados da realidade do autor.
( ) Citação de experiências de outras pessoas, mas relacionadas ao tema.
( ) Citação clara da opinião de um grande escritor da literatura estrangeira.
( ) Referência a uma notícia que saiu no jornal.
5- Em vez de tratar apenas do olhar banalizado, o cronista apresenta, no último parágrafo,
alternativas que mostram ao leitor outros modos possíveis de enxergar as coisas. Quais são
essas alternativas?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
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SOBRE TRANSITIVIDADE VERBAL: 6- Nas orações que seguem, analise sintaticamente os termos em destaque: a) Um poeta é sensível. b) Escritor e editor pedirão livros especiais ao prefeito. c) A Deus, o homem agradece. d) O porteiro do prédio esteve aqui hoje? e) O porteiro do prédio trouxe as correspondências.
( ) Verbo Transitivo Direto ( ) Verbo Intransitivo ( ) Verbo Transitivo Direto e Indireto ( ) Verbo de Ligação ( ) Verbo Transitivo Indireto
SOBRE ADJUNTO ADNOMINAL: 7- Copie as orações abaixo, retirando os adjuntos adnominais:
O olhar desatento prejudica as pessoas?
___________________________________________________________________________
Uma boa observação mostra os companheiros.
___________________________________________________________________________
SOBRE ADJUNTO ADVERBIAL: 8- Sublinhe os adjuntos adverbiais das orações abaixo e classifique-os.
a- Marisa fala mais alto que Gabriela. __________________________________________
b- Ontem minha mãe caminhou rapidamente para chegar a casa. ____________________
______________________________________________________________________
c- O hospital não atendeu o paciente que se feriu com um prego. ____________________
_______________________________________________________________________
SOBRE TIPOS DE SUJEITO: 9- Sublinhe, quando possível, os sujeitos das orações abaixo e classifique-os de acordo com a legenda.
S – Simples C – Composto D – Desinencial I– Indeterminado
( ) Você adora sorvete de manga. ( ) Já soubeste da novidade?
( ) Essa história é um mistério. ( ) 0 cravo e a rosa brigaram..
( ) Necessita-se de voluntários. ( ) Sairei em instantes.
( ) Viajamos para o Canadá em 2010. ( ) Quebraram minha vidraça.
( ) Aconteceram verdadeiros milagres naquela tarde.
( ) Através da fresta, José e a prima assistiam à discussão.
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SOBRE ORAÇÃO SEM SUJEITO e VERBOS IMPESSOAIS: 10- Complete os espaços com os verbos adequados de dentro dos parênteses: a) ____________________________ muitos candidatos para aquele concurso. (HAVIA – HAVIAM)
b) Já __________________ alguns anos que eles não se falam. (FAZ – FAZEM)
c) Venha logo, já __________________ pessoas na sala. (EXISTE / EXISTEM)
d) Que horas são, sr. João? __________ uma hora. (É – SÃO)
e) _____________ cinco anos de casamento. (ERA – ERAM)
SOBRE PREDICATIVO DO SUJEITO e PREDICATIVO DO OBJETO: 11- Nas frases que seguem, grife o termo que modifica o objeto ou o sujeito, atribuindo-lhes certas características e, depois, classifique-o em predicativo do sujeito (PS) ou predicativo do objeto (PO).
Encontraram o portão aberto. __________________
Achamos estranha a postura do médico. __________________
Chamaram-no de coitado, azarado e infeliz. __________________
A fofoca era incessante e provocava reações. __________________
SOBRE TIPOS DE PREDICADO: 12- Leia as orações e faça o que se pede: I – O campo visual de nossa rotina é um vazio.
II – O porteiro morreu naquele dia mesmo.
III – Encontraram o cadeado arrombado.
a) Transcreva uma oração com predicado verbal:
____________________________________________________________________________
Agora, transcreva o verbo dessa oração e classifique-o quanto à predicação:
Verbo: _______________________ Classificação: ___________________________________
b) Transcreva uma oração com predicado nominal:
____________________________________________________________________________
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Agora, transcreva o verbo dessa oração e classifique-o quanto à predicação:
Verbo: ______________________ Classificação: ____________________________________
c) Transcreva uma oração com predicado verbo-nominal:
____________________________________________________________________________
SOBRE FIGURAS DE LINGUAGEM: 13- Escreva se, nas frases a seguir, há METÁFORA, METONÍMIA, HIPÉRBOLE, COMPARAÇÃO, PERSONIFICAÇÃO, EUFEMISMO ou IRONIA: a) Aquelas pessoas apropriaram-se do dinheiro do povo. ________________________________
b) As palavras saíam como animais assustados. _______________________________________
c) Sua vida é um céu estrelado. ____________________________________________________
d) São muitas as famílias que buscam um teto onde repousar. ____________________________
e) Sua boca é um túmulo. _________________________________________________________
f) Preferiu deixar esta vida a continuar lutando contra a doença. ___________________________
SOBRE COMPLEMENTO NOMINAL: 14- Escreva se o termo destacado é um complemento nominal ou um objeto indireto:
a) A babá percebeu que a criança tinha uma grande necessidade de afeto. _________________
b) Ele necessitava de afeto. _________________
SOBRE APOSTO E VOCATIVO: 15- Escreva se, nas frases a seguir, há aposto ou vocativo. Destaque-os:
a) O irmão, um verdadeiro santo, passa o dia ouvindo as intrigas das duas. _________________
b) Querida, sua festa foi um sucesso? _________________
16- Assinale com um X a alternativa que apresenta as funções sintáticas respectivas aos termos destacados na oração abaixo:
Gabriela e Ana não ganharão novos livros de sua mãe.
( ) sujeito, verbo transitivo indireto, objeto direto, objeto indireto ( ) sujeito, predicado verbal, objeto direto, objeto indireto ( ) sujeito, adjunto adverbial, verbo transitivo direto e indireto, objeto indireto, objeto direto ( ) sujeito, adjunto adverbial, verbo transitivo direto e indireto, objeto direto, objeto indireto
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Ensino Fundamental Nível II – LÍNGUA PORTUGUESA
NOME: NÚMERO:
___/___/2012 F-8_______
ATIVIDADE 2 PARA RECUPERAÇÃO ANUAL / 8º ANO / LP
TEXTO 1 O morcego
Era uma vez uma guerra entre pássaros e feras. O morcego estava do lado dos
pássaros. Mas na primeira batalha os pássaros foram severamente espancados. Ao constatar
que as coisas estavam indo contra ele, o morcego saiu de fininho e se escondeu debaixo de
uma tora, e lá ficou até terminar a briga.
Quando as vitoriosas bestas estavam indo para casa, ele se meteu no meio delas.
Após terem caminhado por um bom tempo, as feras notaram sua presença e disseram:
─ Espere um minuto. Você não é um dos que lutou contra nós?
O morcego respondeu:
─ Oh, não! Eu sou um de vocês. Não pertenço ao grupo dos pássaros. Vocês não estão
vendo minhas orelhas e garras? E olhem os meus dentes. Vocês já viram algum pássaro com
caninos como os meus? Claro que não. Não, eu faço parte do grupo das bestas.
Elas nada disseram e deixaram o morcego ficar.
Logo depois houve uma nova batalha, e desta vez os pássaros venceram. Assim que
percebeu a derrota do seu lado, o morcego saiu de fininho e se escondeu debaixo de uma tora.
Quando a batalha terminou e os pássaros foram para casa, o morcego foi com eles.
Ao notarem sua presença, os pássaros disseram:
─ Você é nosso inimigo. Nós o vimos lutando contra nós.
E o morcego respondeu:
─ Oh, não. Eu pertenço ao seu grupo e não ao outro. Você já viu alguma besta com
asas?
Eles nada disseram e o deixaram ficar.
Então o morcego ficou indo de um lado para o outro enquanto durou a guerra.
Mas, finalmente, cansados de lutar, os pássaros e feras decidiram fazer as pazes.
Organizaram um conselho para decidir o que fazer com o morcego.
─ Você lutou com os pássaros, então vá viver entre eles – exclamaram as bestas.
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─ Nós não o queremos! – gritaram os pássaros. – Você lutou com as bestas. Vá viver
entre elas.
Ficou decidido que eles o excluiriam, e disseram-lhe:
─ De agora em diante, você voará sozinho à noite e não terá amigos dentre os que
voam ou os que andam.
Por isso agora o morcego se esconde no escuro e vive nas cavernas sem luz. Ele voa
como os pássaros, mas nunca pousa no topo das árvores. Ninguém procura saber que tipo de
criatura ele é. (J. William Bennet)
1. ―... o morcego saiu de fininho e se escondeu debaixo de uma tora.‖
A- A expressão destacada enquadra-se na variedade linguística informal. Que expressão da
norma culta corresponde a ela?
__________________________________________________________________________
B- Assinale o que essa atitude revela. (0,25)
( ) respeito ( ) lealdade ( ) covardia
Justifique sua resposta.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
2. A- O morcego, após ―pertencer‖ ora a um grupo ora a outro, vê-se em delicada situação. Por
quê? (1,0)
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
B- Cite os argumentos que o morcego usou nas duas situações difíceis pelas quais passou
diante do grupo dos pássaros e do grupo das bestas.
Grupo dos pássaros: ___________________________________________________________
____________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
9
Grupo das bestas: ___________________________________________________________
____________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________
3. Pela leitura do texto, podemos concluir que: (Assinale a resposta certa.)
( ) O morcego foi responsável porque não respondeu por seus atos.
( ) O morcego foi irresponsável porque não respondeu por seus atos.
4. Releia o último parágrafo do texto. A justificativa apresentada para o fato de morcegos
evitarem a luz tem valor científico? Explique sua resposta.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
5. Que nos revela o texto sobre o comportamento de algumas pessoas na sociedade?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
6. ―Após terem caminhado por um tempo...‖
a) Qual a função sintática da expressão destacada?
____________________________________________________________________________
b) Reescreva a frase, substituindo essa expressão por outra de igual sentido, empregando o
mesmo verbo.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
7. Reescreva a frase abaixo, eliminando os adjuntos adnominais.
O esperto morcego tentou enganar aqueles pássaros e as vitoriosas bestas.
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
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8. Leia a história em quadrinhos a seguir, para responder ao que se pede:
Transcreva e classifique o sujeito de cada um dos verbos ou locuções verbais, completando o
quadro a seguir.
VERBOS SUJEITO (transcrição) CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO
TENTOU
FUNCIONOU
É
VOU COMER
FOI
9. Observe, agora, esta outra tirinha:
11
Grife e classifique os predicados das orações transcritas. (ATENÇÃO! Grifar os predicados.)
―Você é um homem casado!‖ _________________________________________________
―Comigo acontece o mesmo...‖ ________________________________________________
10. Vamos observar agora os verbos, os complementos verbais, os adjuntos adverbiais e os
adjuntos adnominais:
Relacione as colunas de acordo com a função sintática das palavras destacadas:
a. ―Hoje a Helga me deu uma lista enorme de tarefas.‖ ( ) predicado verbal
b. ―Hoje a Helga me deu uma lista enorme de tarefas.‖ ( ) predicado nominal
c. ―Hoje a Helga me deu uma lista enorme de tarefas.‖ ( ) objeto indireto
d. ―Hoje a Helga me deu uma lista enorme de tarefas.‖ ( ) objeto direto
e. ―Hoje a Helga me deu uma lista enorme de tarefas.‖ ( ) predicativo do sujeito
f. ―Hoje a Helga me deu uma lista enorme de tarefas.‖ ( ) verbo transitivo direto
g. ―Corri 10 quilômetros...‖ ( ) verbo trans. direto e indireto
h. ―Você deve estar exausto.‖ ( ) adjunto adnominal
i. ―Hoje a Helga me deu uma lista enorme de tarefas.‖ ( ) sujeito simples
j. ―Você deve estar exausto.‖ ( ) Adj. Adv. de tempo
TEXTO 2 Televisão para dois Ao chegar ele via uma luz que se coava por baixo da porta para o corredor às escuras.
Era enfiar a chave na fechadura e a luz se apagava. Na sala, punha a mão na televisão, só
para se certificar: quente, como desconfiava. Às vezes ainda pressentia movimento na cozinha:
— Etelvina, é você?
A preta aparecia, esfregando os olhos:
12
— Ouvi o senhor chegar... Quer um cafezinho?
Um dia ele abriu o jogo:
— Se você quiser ver televisão quando eu não estou em casa, pode ver à vontade.
— Não precisa não, doutor. Não gosto de televisão.
— E eu muito menos.
Solteirão, morando sozinho, pouco parava em casa. A pobre da cozinheira metida lá no
seu quarto o dia inteiro, sozinha também, sem ter muito o que fazer...
Mas a verdade é que ele curtia o seu futebolzinho aos domingos, o noticiário todas as
noites e mesmo um ou outro capítulo da novela, ―só para fazer sono‖, como costumava dizer:
— Tenho horror de televisão.
Um dia Etelvina acabou concordando:
— Já que o senhor não se incomoda...
Não sabia que ia se arrepender tão cedo: ao chegar da rua, a luz azulada sob a porta já
não se apagava quando introduzia a chave na fechadura. A princípio ela ainda se erguia da
ponta do sofá onde ousava se sentar muito erecta:
— Quer que eu desligue, doutor?
Com o tempo, ela foi deixando de se incomodar quando o patrão entrava, mal percebia a
sua chegada. E ele ia se refugiar no quarto, a que se reduzira seu espaço útil dentro de casa.
Se precisava vir até a sala para apanhar um livro, mal ousava acender a luz:
— Com licença...
Nem ao menos tinha mais liberdade de circular pelo apartamento em trajes menores,
que era o que lhe restava de comodidade, na solidão em que vivia: a cozinheira lá na sala a
noite toda, olhos pregados na televisão. Pouco a pouco ela se punha cada vez mais à vontade,
já derreada no sofá, e se dando mesmo ao direito de só servir o jantar depois da novela das
oito. Às vezes ele vinha para casa mais cedo, especialmente para ver determinado programa
que lhe haviam recomendado, ficava sem jeito de estar ali olhando ao lado dela, sentados os
dois como amiguinhos. Muito menos ousaria perturbá-la, mudando o canal, se o que lhe
interessava estivesse sendo mostrado em outra estação.
A solução do problema lhe surgiu um dia, quando alguém, muito espantado que ele não
tivesse televisão em cores, sugeriu-lhe que comprasse uma:
— Etelvina, pode levar essa televisão lá para o seu quarto, que hoje vai chegar outra pra
mim.
— Não precisava, doutor — disse ela, mostrando os dentes, toda feliz.
Ele passou a ver tranquilamente o que quisesse na sua sala, em cores, e, o que era
melhor, de cuecas — quando não inteiramente nu, se bem o desejasse.
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Até que uma noite teve a surpresa de ver a luz por debaixo da porta, ao chegar. Nem
bem entrava e já não havia ninguém na sala, como antes — a televisão ainda quente. Foi à
cozinha a pretexto de beber um copo d’água, esticou um olho lá para o quarto na área: a luz
azulada, a preta entretida com a televisão recém-ligada.
— Não pensa que me engana, minha velha — resmungou ele.
Aquilo se repetiu algumas vezes, antes que ele resolvesse acabar com o abuso: afinal,
ela já tinha a dela, que diabo. Entrou uma noite de supetão e flagrou a cozinheira às
gargalhadas com um programa humorístico.
— Qual é, Etelvina? A sua quebrou?
Ela não teve jeito senão confessar, com um sorriso encabulado:
— Colorido é tão mais bonito...
Desde então a dúvida se instalou no seu espírito: não sabe se despede a empregada, se
lhe confia o novo aparelho e traz de volta para sala o antigo, se deixa que ela assista a seu
lado aos programas em cores.
O que significa praticamente casar-se com ela, pois, segundo a mais nova concepção de
casamento, a verdadeira felicidade conjugal consiste em ver televisão a dois.
SABINO, Fernando. In: A falta que ela me faz. Rio de Janeiro: Record, 1980.
Vocabulário
Coar = infiltrar Derreada = deitada De supetão = de repente
Flagrar = surpreender Encabulado = sem graça Conjugal = do casamento
11. A crônica flagra um incidente do cotidiano e envolve a existência de personagens que
agem, construindo os fatos da narrativa. É importante observar a ordem cronológica desses
fatos para entender como se encadeiam e, também, para estabelecer algumas relações de
causa e consequência. Ordene-os, conforme aparecem na crônica.
( ) Etelvina leva a televisão preto-e-branco para seu quarto.
( ) O patrão passa a não ter mais liberdade dentro de seu próprio apartamento, porque
Etelvina assiste aos programas todas as noites.
( ) O patrão decide comprar uma televisão em cores.
( ) O jantar é servido por Etelvina somente após a novela.
( ) Ele diz à cozinheira que ela poderia ver televisão quando ele não estivesse em casa.
( ) O patrão deixa de assistir,algumas vezes, aos seus programas preferidos, porque Etelvi–
na está vendo um programa em outro canal.
( ) Por um determinado período, ele passa a assistir, tranquilamente, aos seus programas
na sala sem a presença de Etelvina.
14
12. Em que época aproximada e em que lugar ocorreram os fatos da narrativa?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
13. Esta crônica conta-nos uma história que envolve dois personagens. Observe as
características psicológicas de ambos e assinale o que se pede:
Características de Etelvina:
( ) simples ( ) em alguns momentos dissimulada ( ) ligeiramente impulsiva
( ) por vezes encabulada ( )vaidosa ( ) por vezes sem noção de seus limites
Características do patrão:
( ) generoso ( ) educado ( ) atencioso ( ) prepotente
( ) paciente ( ) pretensioso ( ) pacífico
Cite dois aspectos em que eles se parecem: _____________________________________
__________________________________________________________________________
14. Verificando a crônica, percebemos que há duas posturas diferentes de Etelvina em relação
ao fato de assistir à televisão na sala. Associe frases e comportamentos da cozinheira.
a. Postura de humildade, de preocupação em não abusar da boa vontade de seu patrão.
b. Despreocupação, de certa forma inconsciente.
( ) Pouco a pouco ela se punha cada vez mais à vontade, já derreada no sofá, e se dando
mesmo ao direito de só servir o jantar depois da novela das oito.
( ) — Já que o senhor não se incomoda...
( ) — Quer que eu desligue, doutor?
( ) Com o tempo, ela foi deixando de se incomodar quando o patrão entrava, mal percebia a
sua chegada.
15. Considerando o texto todo, podemos afirmar que uma mesma situação ocorre em dois
momentos diferentes. Que situação é essa e em que momentos ela ocorre?
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
15
16. Na crônica, criou-se um problema que chega a seu ponto máximo, quando mesmo tendo
sua própria televisão no quarto, Etelvina insiste em assistir à da sala. Coloque V (Verdadeira)
ou F (Falsa) às frases que fazem referência ao que o patrão pensou para resolver o problema.
( ) Pensou em despedir Etelvina.
( ) Achou melhor vender as duas televisões.
( ) Decidiu pôr a televisão em cores no quarto dela.
( ) Pensou em permitir que ela visse televisão com ele.
( ) Achou melhor comprar outra televisão em cores.
17. Indique a voz verbal das orações abaixo, relacionando as colunas:
a. voz passiva analítica ( ) ―... e a luz se apagava.”
b. voz passiva sintética ( ) “Um dia ele abriu o jogo...”
c. voz reflexiva ( ) “... ela ainda se erguia da ponta do sofá...”
d. voz ativa ( ) Algum movimento, na cozinha, era pressentido por ele.
( ) Odiavam-se por causa dessa diferença.
18. Observe as frases que seguem e, quando possível, escreva-as na voz passiva analítica e
sintética, grifando, quando houver, o agente da passiva.
I. Acabou com o abuso dela.
Voz passiva sintética: __________________________________________________________
Voz passiva analítica: __________________________________________________________
II. O patrão trouxera o antigo aparelho de volta para a sala.
Voz passiva sintética: __________________________________________________________
Voz passiva analítica: __________________________________________________________
III. Etelvina levou a televisão para o quarto.
Voz passiva sintética: __________________________________________________________
Voz passiva analítica: __________________________________________________________
19. A) Relacione as colunas, informando corretamente a função sintática dos termos
destacados:
16
(P.S.) Predicativo do sujeito ( ) Ela mostrava os dentes feliz.
(P.O.) Predicativo do objeto ( ) O patrão era um homem generoso.
( ) Encontrou Etelvina acordada.
(P.N.) Predicado nominal ( ) Tenho horror de televisão.
(P.V.) Predicado verbal ( ) Ela mostrava os dentes feliz.
(P.V.N.) Predicado verbo-nominal ( ) O patrão era um homem generoso.
B) Relacione as colunas de acordo com a classificação do sujeito:
(S.S.) Sujeito simples ( ) O patrão e a cozinheira sentavam-se como amigos.
(S.C.) Sujeito composto ( ) Ela confessou a verdade encabulada.
(S.D.) Sujeito desinencial ( ) Entraram na casa do vizinho.
(S.IND.) Sujeito indeterminado ( ) “... esticou um olho lá para o quarto na área...”
(S.INEX.) Sujeito inexistente ( ) Houve dúvida em relação a ela.
20. Leia a oração: Ele assiste ao futebolzinho todos os domingos.
a) Transcreva o sujeito: _________________________________________________________
e o predicado: ________________________________________________________________
b) Qual é a predicação do verbo assistir? __________________________________________
c) Reescreva a oração, deixando o sujeito indeterminado. Utilize as duas formas possíveis. Primeira forma: _______________________________________________________________
Segunda forma: _______________________________________________________________
21. Complete as frases de acordo com a norma padrão da língua. Utilize os verbos indicados
nos parênteses, nos modo indicativo.
_______________ posturas diferentes em relação à nova concepção de felicidade conjugal.
(Haver – pretério imperfeito)
Na verdade, ______________ dez anos que ela trabalha para ele. (Fazer – presente)
_______________ um tempo em que _______________ mais estrelas. (Ser e Haver –
pretérito imperfeito)
_______________ três horas. (Ser – presente)
_______________ críticas quando o autor lançar seu livro. (Chover – futuro do presente)
Nas noites passadas _______________ e _______________ forte. (Chover e ventar –
pretérito perfeito)
17
TEXTO 3
(08/08/2011 - 07h14) Multa por desrespeito ao pedestre começa hoje no centro de SP
ALENCAR IZIDORO DE SÃO PAULO
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) promete multar a partir de hoje os motoristas que desrespeitarem a prioridade dos pedestres em travessias da região central da cidade de São Paulo e da avenida Paulista. A fiscalização, com penalidades de até R$ 191,53 e sete pontos na carteira de habilitação, tem início três meses após o lançamento de uma campanha que, até agora, não conseguiu mudar o quadro de desobediência generalizada nas ruas da cidade. Monitoramento realizado pela CET em quatro pontos da região central mostra que 90,3% dos condutores ainda desrespeitam a preferência dos pedestres e 42,2% não dão seta na conversão. O patamar é semelhante aos 89,6% antes do programa, que mantém hoje 1.040 orientadores educativos. Além do respeito ao pedestre, a meta é baixar atropelamentos, que mataram 630 no município no ano passado. A CET treinou 154 agentes para multar na zona central, primeiro alvo da campanha. Entre as infrações comuns estão não parar onde existe faixa de travessia sem semáforo e, na conversão, não dar a vez ao pedestre que atravessa a rua na transversal. Desde 2010, mesmo com desobediência generalizada, só dois por dia foram punidos por essas duas irregularidades. Oficialmente, a CET fala
agora em "apertar" a fiscalização. Na prática fazia vistas grossas – as multas são previstas no Código de Trânsito Brasileiro de 1998. A ação pró-pedestre também não conseguiu educar quem anda a pé. Em outra pesquisa realizada pela CET, só 0,3% dos que queriam atravessar fizeram um gesto para mostrar essa intenção. O gesto é recomendado, mas não obrigatório – os motoristas são obrigados a parar independentemente dele. O respeito à faixa é disseminado em países desenvolvidos – e comum em Brasília após campanha nos anos 90. O objetivo da CET tem a aprovação majoritária de especialistas – que citam, no entanto, uma série de falhas.
A Prefeitura prometia ampla divulgação inclusive na TV – que só deve sair do papel depois da fiscalização. Além disso, ainda são muitas as deficiências de sinalização, como faixas de pedestres apagadas no asfalto. Fundadora do movimento Pedestre Primeiro, a psicóloga Cássia Fellet avalia haver "amadorismo" – da falta de manutenção de botoeiras à instalação de alertas tímidos, às vezes atrás de postes.
(Disponível em: www.1folha...)
A Prefeitura de São Paulo lançou no dia 11 de maio de 2011 um programa de conscientização dos motoristas que pretende diminuir em até 50% o número de atropelamentos na cidade. O prefeito Gilberto Kassab já havia tentado ação parecida em 2008; naquela oportunidade, aplicação de multas não foi intensificada. No dia 08 de agosto, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) começou a multar os motoristas por desrespeito ao pedestre.
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Nessa nova campanha para respeitar os pedestres, esqueceram que não são só os motoristas de carros os grandes vilões, mas também os motociclistas. Eles sobem nas calçadas em alta velocidade para fugir do trânsito e, se o pedestre não foge, é atropelado. Acho que essa campanha deve criar o respeito ao pedestre de uma forma geral, porque atravessar as ruas e, até mesmo andar nas calçadas, é muito perigoso.
NELSON TKACZ (São Paulo, SP)
Lamento, mas, como pedestre e motorista na cidade de São Paulo, não acredito que as novas orientações para a proteção ao pedestre vão funcionar, como pretende a nova campanha organizada pela Prefeitura. Na verdade, acredito que nem mesmo com as multas aos motoristas o trânsito se tornará menos hostil. Por enquanto, só percebo que os motoristas estão muito confusos e os pedestres, por sua vez, indecisos.
FÁBIO PASCHOAL (São Paulo, SP)
VOCABULÁRIO:
Botoeira: abertura ou casa de botão Disseminado: difundido, espalhado Hostil: inimigo, contrário, provocante
22. Assinale os assuntos que foram tratados na notícia lida:
( ) O incentivo aos motoristas a respeitarem os pedestres e, consequentemente,
promoverem a diminuição dos atropelamentos no município.
( ) A campanha a favor do pedestre como modelo obrigatório de algo já realizado e
implantado em países desenvolvidos.
( ) O empenho da prefeitura, junto à CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), para
diminuir o número de acidentes de trânsito envolvendo pedestres.
23. A notícia apoia-se em dados estatísticos levantados pela Companhia de Engenharia de Tráfego. a) Os dados revelam uma perspectiva positiva ou negativa diante da campanha pró-pedestre?
____________________________________________________________________________ b) Transcreva, da notícia, um trecho que justifique sua resposta anterior. ____________________________________________________________________________
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24. Além dos dados estatísticos, aparece um depoimento na notícia. a) De quem é esse depoimento?
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b) Por que, possivelmente, essa pessoa foi escolhida para dar um depoimento sobre o assunto? Assinale a alternativa correta: ( ) Ela pode ter sido escolhida por ser uma psicóloga de renome na cidade de São Paulo.
( ) Ela pode ter sido escolhida por ser uma autoridade no assunto, visto que é fundadora
do Movimento Pedestre Primeiro.
( ) Ela pode ter sido escolhida por fazer parte da CET (Companhia de Engenharia de
Tráfego).
25. “O gesto é recomendado, mas não obrigatório – os motoristas são obrigados a parar independentemente dele.” De acordo com o texto, a que regra se refere o trecho lido?
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26. Na carta ao jornal, Fábio Paschoal comenta a notícia, mas o faz de forma sutil, ou seja, sem retomar palavras ou trechos específicos daquilo que leu.
a) Que pode ter motivado esse leitor a expressar sua opinião publicamente, enviando uma carta ao jornal?
( ) Ele pretende mostrar sua indignação com relação aos motoristas e pedestres da capital,
com autoridade para tal, pois ocupa os dois papéis no seu dia a dia.
( ) Ele pretende mobilizar as pessoas em torno dessa questão, para que tanto motoristas
quanto pedestres fiquem mais atentos ao trânsito.
b) Considerando o texto, por que o leitor se mostra tão pessimista em relação à nova medida da Prefeitura?
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27. Leia as afirmações que seguem:
I – Os leitores Nelson Tkcaz e Fábio Paschoal afirmam que tanto motoristas de carro quanto
motociclistas cometem graves infrações contra os pedestres.
II – A Prefeitura de São Paulo pretende multar os motoristas infratores com penalidades
financeiras e com perda de pontos na carteira. Para tal, intensificará a fiscalização
especialmente na região central da cidade e na Avenida Paulista.
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III – A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) é responsável pelo monitoramento do
trânsito e pelos agentes dessa campanha da Prefeitura de São Paulo. Apesar dos esforços da
CET, há muitas críticas apontadas por especialistas que incentivam o projeto.
Assinale a alternativa correta:
a. ( ) Apenas a I está correta.
b. ( ) I e II estão corretas.
c. ( ) II e III estão corretas.
d. ( ) Apenas a III está correta.
e. ( ) Todas estão corretas.
28. O leitor Nelson Tkacz escreve em sua carta: ―Eles sobem nas calçadas em alta velocidade para fugir do trânsito [...]‖
a) Quais são as formas verbais presentes no trecho?
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b) Passe para o imperativo negativo o trecho: ―sobem nas calçadas em alta velocidade‖.
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c) Qual o possível sentido desse verbo, considerando o contexto da carta? ( ) pedido ( ) convite 29. Transforme a comparação em metáfora e vice-versa: a) No trânsito, algumas pessoas comportam-se como animais irracionais.
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b) As multas por desrespeito aos pedestres são pedras na vida dos motoristas transgressores.
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c) Se levarmos em conta a carta de Nelson Tkacz, podemos dizer que a metáfora utilizada no exercício 8b é coerente com o contexto? Por quê? ( ) As multas, no sentido figurado, não podem ser comparadas a pedras porque serão
atribuídas a humanos.
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( ) As multas, metaforicamente, podem ser comparadas a pedras porque talvez atrapalhem,
incomodem os motoristas infratores.
30. Relacione as colunas de acordo com as figuras de linguagem:
( a ) Eufemismo ( ) As multas deliciam-se quando veem a infração de certos motoristas.
( b ) Prosopopeia ( ) Alguns motoristas são pouco delicados com pedestres que, com eles,compartilham as ruas de São Paulo.
( c ) Metonímia ( ) Há séculos, os cidadãos paulistanos esperam uma atitude da prefeitura diante da imprudência dos motoristas com relação aos pedestres.
( d ) Hipérbole ( ) Destroem-se no trânsito, corações, pernas e cabeças, tudo em função da impunidade.
31. Leia as frases a seguir, para responder aos itens a e b: I – O leitor, mesmo com as multas, não demonstra crença na lei. II – O leitor, mesmo com as multas, não acredita na lei. a) Há objeto indireto: ( ) em I e II.
( ) apenas em I.
( ) apenas em II.
Qual é o objeto indireto? _______________________________________________ b) Há complemento nominal: ( ) em I e II.
( ) apenas em I.
( ) apenas em II.
Qual é o complemento nominal? _________________________________________ 32. Em: As multas contra motoristas tornarão o trânsito menos hostil., o termo destacado corresponde ao alvo das multas. Portanto, sintaticamente, há no destaque: ( ) um adjunto adnominal
( ) um complemento nominal
( ) um objeto indireto
33. Reescreva a frase a seguir, acrescentando-lhe um vocativo:
Chega de atropelamentos!
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34. Transcreva apenas o aposto presente nas frases que seguem: a) ―A CET treinou 154 agentes para multar na zona central, primeiro alvo da campanha.‖
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b) ―Fundadora do Movimento Pedestre Primeiro, a psicóloga Cássia Fellet avalia haver
amadorismo [...]‖
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