17
REFERÊNCIAS CURRICULARES NACIONAIS DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE NÍVEL TÉCNICO ÁREA DA SAÚDE V I. MATRIZES DE REFERÊNCIA As matrizes de referência a seguir apresentadas resultam da análise das subfunções do núcleo da área. Posteriormente, serão apresentadas também as matrizes de referência por subárea, com suas subfunções específicas. Em ambas, foram identificadas as competências envolvendo os saberes e as habilidades mentais socioafetivas e psicomotoras mobilizadas de forma articulada para a obtenção de resultados produtivos compatíveis com os padrões de qualidade exigidos no trabalho da área de Saúde. Identificaram-se também as bases tecnológicas que dão suporte às competências profissionais arroladas. Entenda-se por bases tecnológicas o conjunto sistematizado de conceitos, princípios e processos tecnológicos resultantes, em geral, da aplicação de conhecimentos científicos ao processo de trabalho da área. As competências, habilidades e bases tecnológicas são os elementos que embasam a organização dos currículos da educação profissional. As escolas terão autonomia na composição dos seus desenhos curriculares, desde que, seja qual for a configuração do currículo, sejam contempladas todas as competências profissionais gerais do técnico de nível médio em Saúde, constantes da Resolução nº 4/99 do CNE e arroladas no núcleo da área. Na análise das subfunções foram identificadas também as bases científicas e instrumentais requeridas pelo processo de trabalho. As bases científicas são os conceitos e princípios das Ciências da Natureza, da Matemática e das Ciências Humanas, e as bases instrumentais são as ferramentas ligadas principalmente ao repertório de Linguagens e Códigos. E constituem os insumos básicos para o desenvolvimento das competências requisitadas pela atividade profissional em Saúde. As bases científicas e instrumentais que estabelecem uma relação específica entre o ensino médio e a educação profissional na área de Saúde serão apresentadas em publicação complementar. Elas poderão orientar a formulação da parte diversificada de currículos de ensino médio, conforme previsto pelo parágrafo único do artigo 5º do Decreto nº 2.208, de 17/4/97. Já em relação à formulação dos currículos de educação profissional, as bases científicas e instrumentais devem ser considerada como pré-requisitos, servindo, portanto, como referências para o diagnóstico do estágio de desenvolvimento em que se encontram os

Atividades Do TST - Referências Curriculares Nacionais - TST

Embed Size (px)

DESCRIPTION

TST

Citation preview

Page 1: Atividades Do TST - Referências Curriculares Nacionais - TST

REFERÊNCIAS CURRICULARES NACIONAIS DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE NÍVEL TÉCNICO

ÁREA DA SAÚDE

V I. MATRIZES DE REFERÊNCIA

As matrizes de referência a seguir apresentadas resultam da análise das subfunções do núcleo da área. Posteriormente, serão apresentadas também as matrizes de referência por subárea, com suas subfunções específicas. Em ambas, foram identificadas as competências envolvendo os saberes e as habilidades mentais socioafetivas e psicomotoras mobilizadas de forma articulada para a obtenção de resultados produtivos compatíveis com os padrões de qualidade exigidos no trabalho da área de Saúde.

Identificaram-se também as bases tecnológicas que dão suporte às competências profissionais arroladas. Entenda-se por bases tecnológicas o conjunto sistematizado de conceitos, princípios e processos tecnológicos resultantes, em geral, da aplicação de conhecimentos científicos ao processo de trabalho da área.

As competências, habilidades e bases tecnológicas são os elementos que embasam a organização dos currículos da educação profissional. As escolas terão autonomia na composição dos seus desenhos curriculares, desde que, seja qual for a configuração do currículo, sejam contempladas todas as competências profissionais gerais do técnico de nível médio em Saúde, constantes da Resolução nº 4/99 do CNE e arroladas no núcleo da área.

Na análise das subfunções foram identificadas também as bases científicas e instrumentais requeridas pelo processo de trabalho. As bases científicas são os conceitos e princípios das Ciências da Natureza, da Matemática e das Ciências Humanas, e as bases instrumentais são as ferramentas ligadas principalmente ao repertório de Linguagens e Códigos. E constituem os insumos básicos para o desenvolvimento das competências requisitadas pela atividade profissional em Saúde.

As bases científicas e instrumentais que estabelecem uma relação específica entre o ensino médio e a educação profissional na área de Saúde serão apresentadas em publicação complementar.

Elas poderão orientar a formulação da parte diversificada de currículos de ensino médio, conforme previsto pelo parágrafo único do artigo 5º do Decreto nº 2.208, de 17/4/97. Já em relação à formulação dos currículos de educação profissional, as bases científicas e instrumentais devem ser considerada como pré-requisitos, servindo, portanto, como referências para o diagnóstico do estágio de desenvolvimento em que se encontram os estudantes interessados na área. A partir desse diagnóstico, as escolas de educação profissional poderão organizar programas introdutórios ou paralelos de nivelamento das bases.

É importante destacar que embora as matrizes tenham sido resultado de ampla discussão com profissionais e especialistas da área, certamente dão margem e espaço para esperadas complementações, adequações e ajustes por parte dos sistemas e estabelecimentos de ensino.

Para uma compreensão mais abrangente de toda a Área Profissional de Saúde, com as Funções e Subfunções de suas 12 (doze) subáreas, recomenda-se o estudo da tabela

Page 2: Atividades Do TST - Referências Curriculares Nacionais - TST

constante nas páginas 210 e 211, antes de qualquer aprofundamento em alguma das subáreas que integram os processos produtivos da Saúde.

Finalmente, deseja-se que as matrizes sejam fontes inspiradoras para as escolas de educação profissional, na construção de currículos modernos e flexíveis que possibilitem a formação dos profissionais de Saúde que a sociedade tanto necessita.

.....

....

.....

SUBÁREAS DA SAÚDE

....

....

....

SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO (Pg. 180)

CENÁRIOS, TENDÊNCIAS E DESAFIOS

A subárea de Saúde e Segurança no Trabalho (SST) se caracteriza pelo papel estratégico de educar os trabalhadores no sentido de promover atitudes conscientes para o trabalho seguro durante a realização das suas tarefas diárias. As demais atividades dessa subárea visam implantar preceitos, valores e crenças de segurança no esforço de integrar a segurança, a qualidade, o meio ambiente, a produção e o controle dos custos das empresas. Para tanto, os profissionais dessa subárea analisam as condições de trabalho, planejam e elaboram normas e instruções de trabalho, reforçam comportamentos seguros, realizam auditorias e implementam ações corretivas que acabam ou minimizam os riscos dos locais de trabalho.

O funcionamento efetivo da SST nas organizações pode trazer o benefício da redução das perdas humanas, ao patrimônio, ao meio ambiente e ao processo, evitando conseqüências danosas ao mundo do trabalho. Esses benefícios podem ser evidenciados pelas mudanças radicais ocorridas no cenário da subárea neste início dos anos 2000, quando o Brasil saiu do primeiro lugar no ranking de acidentes do trabalho no mundo, posição que ocupou nas décadas de 70 e 80, para o 15º lugar em 1999, segundo dados da Organização Internacional do Trabalho - OIT.

Este novo quadro é, sem dúvida, fruto do somatório de diversos fatores, entre os quais destacam-se o trabalho dos profissionais de segurança e a melhor aplicação dos conhecimentos gerados, somados a decisões políticas importantes para a área. Entre estas, salienta-se o empenho governamental nas questões relativas à saúde e segurança dos trabalhadores expresso pelo Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade - PBQP, que estabelece a meta de redução em 25% na taxa de acidentes de trabalho até 2003.

Para alcançar esse objetivo, as empresas brasileiras terão que mudar a forma de encarar a questão da segurança, pois os acidentes e as doenças constituem um claro e significativo desperdício de recursos e sinais evidentes de falhas de gestão. A segurança deve ser um componente claro daquilo que chamamos de Gestão Total; sua ausência implica uma gestão incompleta, que deixa brechas para resultados não desejados. As reclamações trabalhistas de periculosidade e insalubridade, a perda da produtividade, as indenizações relativas aos acidentes de trabalho, enfim, o passivo ocupacional das empresas tem sido o retrato mais fiel dessa gestão incompleta.

A tendência é que a segurança deva alcançar um valor, quase supremo, que hoje em dia se concede à qualidade, uma vez que para consegui-la integrada totalmente aos

Page 3: Atividades Do TST - Referências Curriculares Nacionais - TST

processos e métodos de trabalho é necessário um esforço constante para ir criando e desenvolvendo nas empresas uma cultura preventiva

Com o advento de normas globalizadas como é a British Standard (BS 8800), um guia de gerenciamento para a Saúde e Segurança no Trabalho em 1996, e a Occupation Safety Health Administration (OHSAS 18001), que é uma série de normas para elaboração de um sistema de gestão de Saúde e Segurança no Trabalho, em 1999, iniciou-se o desafio para o alcance de resultados.

Os positivos dependerão, invariavelmente, da quantidade e qualidade dos esforços empregados, não só pelos profissionais de segurança (mais preparados, com visão gerencial), mas pela vontade expressa dos dirigentes da empresa para os quais o sucesso se expresse pela consolidação da marca, dos lucros, da liderança de mercado, e também pelo alcance de um maior bem-estar de nossos trabalhadores.

Além da BS 8800 e da OHSAS 18001, estão sendo preparadas condições para a criação de uma Norma ISO para a Saúde e Segurança no Trabalho, com o apoio da OIT, o que pode representar em mais barreiras para os produtos comercializados entre os países, agora por uma questão mais nobre, que é a saúde e a integridade física dos trabalhadores.

Com a privatização do Seguro Acidente de Trabalho - SAT, o mercado se abre para as Auditorias de Segurança, para os estudos que visam à redução/eliminação de acidentes e para os treinamentos de segurança, que são um pilar estratégico neste contexto. Este acontecimento por si só já agita o mercado porque vai mexer muito no custo Brasil. A privatização já aconteceu na Espanha, no Chile e na Argentina, e se pôde observar que os primeiros anos são os mais difíceis. O Chile, por exemplo, só conseguiu voltar as alíquotas de antes da privatização em 2000, após oito anos.

O desafio é superar as adversidades e estimular a empresa a manter um compromisso efetivo com a cultura que preserve a integridade física dos trabalhadores e previna que eles sejam acometidos de doenças relacionadas aos contaminantes existentes nos ambientes de trabalho. Neste contexto, fica claro o espaço para uma participação maior do profissional técnico em segurança, no que se refere ao planejamento, implementação das ações e verificações sistemáticas no seu sistema, uma vez que o seu grande desafio é integrar a Segurança às outras áreas da empresa, como a Manutenção, a Produção, a Qualidade e a Administração.

DELIMITAÇÃO E INTERFACES DA SUBÁREA SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

A interface da subárea com a educação básica ocorre no estudo das Ciências da Natureza, por meio das Ciências Biológicas, Química, Física, Matemática e suas tecnologias, de onde herda as bases científicas para as competências técnico-operacionais, no que tange à prevenção da morbidade do trabalho.

Das Ciências Humanas extrai as bases que fundamentarão o desenvolvimento de uma mentalidade preventiva no trabalho, por meio dos estudos de Psicologia, o crivo ético das ações profissionais, por meio dos conhecimentos de Filosofia e os aspectos relativos às relações interpessoais no trabalho e à responsabilidade social dos profissionais de Saúde e Segurança no Trabalho, contidos nos conhecimentos de Antropologia e Sociologia.

Da área de Linguagens e Códigos, nos estudos de Língua Portuguesa e língua estrangeira moderna, retira as bases instrumentais necessárias ao desenvolvimento da efetividade nos processos de comunicação, no fiel e adequado registro de dados e na leitura e interpretação de textos e documentos técnicos. Nos conhecimentos de

Page 4: Atividades Do TST - Referências Curriculares Nacionais - TST

Informática, apóia-se a utilização de ferramentas tecnológicas disponíveis às atividades da subárea e a compreensão dos processos de trabalho informatizados.

As atividades da subárea de Saúde e Segurança no Trabalho permeiam todos os processos produtivos nas diferentes áreas do fazer humano.

Sob este enfoque, a subárea de Saúde e Segurança no Trabalho estabelece interface com todas as subáreas da Saúde, além de todas as áreas profissionais.

SUBÁREA: SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

FUNÇÕES E SUBFUNÇÕES

2. EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE

2.2 - Educação para a Saúde e Segurança no Trabalho

3. PROTEÇÃO E PREVENÇÃO

3.3 - Prevenção e Combate a Incêndio

3.4 - Análise de Riscos

3.5 - Atendimento a Emergências em Sistemas de Risco

3.6 - Análise de Condições de Trabalho

5. GESTÃO EM SAÚDE

5.2 - Organização do Processo de Trabalho em Saúde e Segurança no Trabalho

5.3 - Avaliação da Qualidade dos Serviços de Saúde e Segurança no Trabalho

FUNÇÃO 2 - EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE (Pg. 183)

SUBFUNÇÃO 2.2. EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO

Esta subfunção compreende as atividades que divulgam as normas de higiene e segurança no trabalho, assim como assuntos técnico-administrativos que objetivam evitar acidentes de trabalho, doenças profissionais e do trabalho nas empresas. A indicação para a segurança do trabalho enfatiza, de forma contextualizada, a missão das empresas na sociedade, utilizando para isso recursos e técnicas de comunicação grupal, como encontros, campanhas, seminários, palestras, reuniões e treinamentos.

COMPETÊNCIAS

Ø Analisar o papel do trabalho dentro da sociedade.

Ø Estabelecer relação entre o trabalho e a saúde do trabalhador e compreender as interfaces com o meio ambiente.

Ø Identificar e relacionar os aspectos econômicos, sociais e tecnológicos que compõem os processos laborais e que interferem na qualidade de vida.

Ø Desenvolver e viabilizar procedimentos técnicos e administrativos voltados para a elevação do nível da qualidade de vida.

Ø Inter-relacionar comunicação e educação.

Ø Distinguir os valores que permeiam os processos educativos aplicados à comunicação.

Ø Reconhecer e avaliar as convenções e cultura prevencionista do país e sua região.

HABILIDADES

Ø Selecionar os recursos audiovisuais e estratégias para uma apresentação oral.

Ø Preparar e realizar apresentações orais em cursos, treinamentos e palestras de Saúde e Segurança no Trabalho.

Ø Utilizar adequadamente os recursos audiovisuais em suas apresentações.

Page 5: Atividades Do TST - Referências Curriculares Nacionais - TST

Ø Utilizar métodos e técnicas de comunicação que estimulem o raciocínio, a experimentação, a cooperação e a solução de problemas.

Ø Aplicar recursos expressivos das diferentes linguagens de comunicação de acordo com as condições do receptor.

Ø Informar os trabalhadores sobre os efeitos resultantes à exposição de agentes agressivos.

Ø Informar os trabalhadores sobre erros de execução e de omissão, enfatizando o desconhecimento dos riscos.

Ø Estabelecer um guia de intervenção que promova atitudes corretas e comportamentos adequados em relação à Saúde e Segurança no Trabalho.

BASES TECNOLÓGICAS

Ø Fundamentos e técnicas de higiene e segurança do trabalho.

Ø Normas sobre meio ambiente e saneamento.

Ø Programas de qualidade de vida.

Ø Fundamentos e técnicas de apresentação oral e utilização de recursos audiovisuais.

Ø Características dos recursos audiovisuais.

Ø Conhecimentos de informática para uso em programas de apresentação.

Ø Tratamento de informações técnicas.

Ø Comportamentos das comunidades e grupos sociais.

Ø Agentes agressivos e seus efeitos no homem.

Ø Riscos no trabalho.

Ø Técnicas de estruturação de campanhas, cursos e palestras educativas sobre saúde e segurança no trabalho.

Ø Guia de intervenção em Saúde e Segurança no Trabalho.

Ø Psicologia do trabalho.

Ø Redação técnica.

Ø Técnicas de comunicação para grupos.

FUNÇÃO 3 - PROTEÇÃO E PREVENÇÃO (Pg.184)

SUBFUNÇÃO 3.3. PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIO

As atividades desta subfunção visam proteger os recursos humanos e o patrimônio da empresa no que se refere a risco de incêndio, mediante o planejamento de ações consistentes que levem ao equacionamento do princípio de incêndio.

COMPETÊNCIAS

Ø Identificar e monitorar a proteção ativa existente na empresa e reconhecer as características da proteção passiva.

Ø Dimensionar a quantidade necessária de unidades extintoras para instalação nos locais selecionados anteriormente.

Ø Elaborar projeto de sinalização para identificação da proteção ativa.

Ø Elaborar simulações e vivências práticas de combate a incêndio.

HABILIDADES

Page 6: Atividades Do TST - Referências Curriculares Nacionais - TST

Ø Constituir a brigada de incêndio estabelecendo as funções e responsabilidades dos seus membros para que possam atuar de forma articulada e eficiente na ocorrência do sinistro.

Ø Elaborar programa de brigada de incêndio e realizar treinamentos específicos sobre combate a incêndio.

Ø Exercer liderança no processo de atendimento a sinistro.

Ø Manter organizado banco de dados.

Ø Utilizar os métodos e técnicas de combate a incêndio.

BASES TECNOLÓGICAS

Ø Normas técnicas nacionais e internacionais.

Ø Proteção ativa e passiva.

Ø Teoria e propagação do fogo.

Ø Classes de incêndio.

Ø Métodos de extinção de fogo.

Ø Equipamentos de combate a incêndio e de detecção e alarme.

Ø Técnicas de abandono de área.

Ø Ações da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.

Ø Noções básicas de explosividade.

Ø Técnicas de Psicologia do trabalho.

Ø Legislação do Corpo de Bombeiros.

Ø Metodologia de análise de riscos.

Ø Normas, leis, decretos.

Ø Tecnologia e prevenção de combate a incêndio.

SUBFUNÇÃO 3.4. ANÁLISE DE RISCOS (Pg 186)

As atividades que compõem esta subfunção buscam a identificação de variáveis de risco de acidentes do trabalho, de doenças profissionais e do trabalho e a presença de agentes ambientais agressivos ao trabalhador, a partir da análise dos métodos e processos de trabalho com o objetivo de minimizar/eliminar os problemas, por meio da proposição de medidas mitigadoras.

COMPETÊNCIAS

Ø Planejar e executar programas e projetos de análise de riscos, estabelecendo metas, cronogramas, custos e procedimentos de avaliação.

Ø Selecionar e processar as referências necessárias à elaboração de pareceres técnicos.

Ø Formular estratégias para a implantação dos programas necessários.

Ø Classificar, selecionar e aplicar metodologias de análise de riscos.

Ø Definir prioridades para os aspectos e impactos de Segurança e Saúde Ocupacional e Ambiental.

Ø Identificar os riscos sob a ótica de probabilidade e conseqüência do mesmo.

Ø Avaliar os impactos das tecnologias nos processos de produção, buscando reduzir os riscos oriundos dos novos processos.

Page 7: Atividades Do TST - Referências Curriculares Nacionais - TST

Ø Analisar as conseqüências dos riscos, principalmente em incêndios, explosões e vazamentos.

Ø Confrontar opiniões, pontos de vista e teorias na elaboração dos programas e projetos.

Ø Reconhecer área, recursos e fluxos dos locais de trabalho.

Ø Estabelecer relação entre satisfação e desempenho para a análise motivacional.

Ø Identificar os equipamentos e instalações como fator de perdas.

Ø Analisar e avaliar as perdas de um sistema.

HABILIDADES

Ø Elaborar pareceres técnicos.

Ø Realizar avaliação qualitativa e quantitativa dos riscos.

Ø Realizar investigação e análise de acidentes.

BASES TECNOLÓGICAS

Ø Teoria do risco e perigo.

Ø Características dos processos de trabalho.

Ø Técnicas de identificação e análise de riscos.

Ø Técnicas de prevenção e controle de perdas.

Ø Técnicas de vulnerabilidade de pessoas e instalações.

Ø Legislação sobre Segurança e Medicina do Trabalho.

Ø Técnicas de planejamento para emergências.

Ø Métodos e técnicas de pesquisa.

Ø Processo de confiabilidade de equipamentos e pessoas.

Ø Atuações de companhias de seguros.

Ø Desenho técnico.

Ø Estatística aplicada.

Ø Segurança do trabalho.

Ø Higiene, Segurança e Medicina do Trabalho.

Ø Inflamabilidade e explosividade.

Ø Fundamentos de confiabilidade.

Ø Aspectos econômicos dos danos.

Ø Absenteísmo.

Ø Análise de riscos: iniciais, detalhadas e de operação.

Ø Globalização e reestruturação produtiva.

Ø Falhas de um sistema.

SUBFUNÇÃO 3.5. ATENDIMENTO A EMERGÊNCIAS EM SISTEMAS DE RISCO (Pg 187)

Desta subfunção fazem parte a elaboração de um plano de emergência e as ações a serem desencadeadas em situações como acidentes de trabalho, vazamentos de contaminantes físicos e químicos, desabamento, inundações e ocorrência de atitudes anti-sociais, como terrorismo e invasão da empresa, de modo que as emergências sejam contornadas num curto período de tempo.

Page 8: Atividades Do TST - Referências Curriculares Nacionais - TST

COMPETÊNCIAS

Ø Reconhecer o caráter aleatório e não-determinístico dos fenômenos.

Ø Identificar variáveis relevantes em processos e procedimentos.

Ø Conhecer e identificar os elementos de um plano de emergência.

Ø Dimensionar e especificar os recursos materiais e humanos necessários para os planos de emergência.

Ø Planejar e organizar o trabalho de modo que as emergências sejam contornadas num período curto de tempo.

HABILIDADES

Ø Elaborar, coordenar e aplicar um plano de emergência com simulações periódicas, estabelecendo ações para o caso de acidentes do trabalho, vazamentos de contaminantes químicos e físicos, desabamento, inundações, atitudes anti-sociais (greve, terrorismo, invasão de empresa).

Ø Programar treinamentos para direção defensiva e transporte de materiais perigosos.

Ø Estabelecer funções e responsabilidades dos membros da equipe de emergência.

Ø Elaborar procedimentos de comunicação e notificação das emergências.

Ø Tratar situações de emergência minimizando perdas.

Ø Implantar ações corretivas.

BASES TECNOLÓGICAS

Ø Procedimentos básicos de emergência.

Ø Técnicas de direção defensiva.

Ø Equipamentos de detecção e alarme.

Ø Técnicas de abandono de área.

Ø Ações da Defesa Civil, do Departamento de Trânsito e do Corpo de Bombeiros.

Ø Metodologia de avaliação.

Ø Segurança no trânsito.

Ø Acidentes do trabalho.

Ø Teoria do risco.

Ø Confiabilidade dos sistemas.

SUBFUNÇÃO 3.6. ANÁLISE DE CONDIÇÕES DE TRABALHO (Pg 189)

Esta subfunção reúne as atividades que avaliam as condições de trabalho e a carga física, mental e psíquica a que estão expostos os trabalhadores nas empresas, a fim de estabelecer a relação entre o homem e seu ambiente de trabalho e possibilitar a emissão de parecer técnico sobre os riscos existentes, bem como estabelecer ações corretivas para os desvios encontrados.

COMPETÊNCIAS

Ø Conhecer e situar a empresa no contexto global.

Ø Interpretar o conteúdo do trabalho, tomando como base: a distribuição do trabalho, execução das tarefas, relações sociais e o posto de trabalho.

Ø Identificar carga física, mental e psíquica nas tarefas realizadas na organização.

Ø Identificar e monitorar variáveis de referência do trabalho e do indivíduo, bem como desvios de conduta.

Page 9: Atividades Do TST - Referências Curriculares Nacionais - TST

Ø Estruturar e desenvolver avaliação ergonômica nos ambientes de trabalho.

HABILIDADES

Ø Aplicar princípios ergonômicos na realização do trabalho.

Ø Realizar diagnóstico da empresa em relação à Saúde e Segurança no Trabalho, interpretando a informação obtida nos levantamentos dos dados.

Ø Preparar questionário de avaliação sobre as condições de trabalho.

Ø Implantar os programas de prevenção dos riscos.

Ø Colaborar com outros programas da organização que visem à promoção e preservação da saúde do conjunto de trabalhadores.

Ø Executar procedimentos técnicos que evitem patologias geradas por agentes ambientais.

Ø Executar procedimentos técnicos que contenham controles mitigadores para ações potenciais de acidente do trabalho e doenças do trabalho e ocupacionais.

Ø Estabelecer e manter sistemas de observação de comportamento.

Ø Realizar entrevistas para levantamento das condições de trabalho (estatística de acidentes e doenças do trabalho).

BASES TECNOLÓGICAS

Ø Fundamentos e técnicas de ergonomia.

Ø Fundamentos de psicologia do trabalho.

Ø Indicadores de conduta: absenteísmo, problemas de relação.

Ø Características de uma organização.

Ø Noções de epidemiologia.

Ø Estatística aplicada.

Ø Métodos e técnicas de pesquisa.

Ø Indicadores pessoais (idade, sexo, uso dos sentidos).

Ø Programação neurolingüística.

Ø Características dos programas de prevenção.

Ø Classificação dos acidentes.

Ø Metodologias de prevenção de riscos ambientais.

Ø Cronobiologia.

FUNÇÃO 5 - GESTÃO EM SAÚDE

SUBFUNÇÃO 5.2. ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE TRABALHO EM SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO (Pg 190)

Esta subfunção compreende as atividades organizacionais do Serviço de Saúde e Segurança no Trabalho, de forma sistêmica e gerencial, de modo que se mantenha uma atualização das legislações e de outros requisitos de Saúde e Segurança do Trabalho que impactam nas empresas, visando ao planejamento e à implementação das ações requeridas.

COMPETÊNCIAS

Ø Identificar as várias possibilidades de atuação do profissional de Saúde e Segurança do Trabalho.

Page 10: Atividades Do TST - Referências Curriculares Nacionais - TST

Ø Definir as condições materiais e humanos necessários para a implantação do serviço de Saúde e Segurança do Trabalho assim como funções e responsabilidades dos seus membros para o cumprimento de objetivos e metas.

Ø Avaliar os impactos gerados pelo serviço de Saúde e Segurança do Trabalho numa organização.

Ø Avaliar rotinas, protocolos de trabalho, instalações e equipamentos.

Ø Reconhecer as características psicofisiológicas dos trabalhadores e a natureza do trabalho.

Ø Analisar as normas de produção, o modo operatório, a exigência de tempo, a determinação do conteúdo do tempo, o ritmo de trabalho e o conteúdo das tarefas.

Ø Analisar, interpretar e avaliar os impactos da legislação Previdenciária e Trabalhista do país.

Ø Adequar a legislação ao empreendimento sob análise, procurando manter as políticas administrativas desta.

Ø Criar mecanismos para antecipação de riscos para o ingresso de novas tecnologias na empresa.

Ø Mensurar o impacto de uma nova tecnologia num processo de trabalho.

Ø Assessorar na composição, eleição, formação e desenvolvimento do trabalho da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes.

Ø Interpretar plantas, desenhos e croquis de uma organização, tendo como foco os ambientes de trabalho.

Ø Identificar a necessidade de sinalização nos ambientes de trabalho e propor a adoção da mesma.

Ø Identificar e avaliar rotinas e protocolos de trabalho, instalações e equipamentos.

Ø Observar e relatar se estão mantidos os controles ativos.

Ø Identificar as variáveis qualitativas e quantitativas do sistema estudado.

Ø Compreender o conjunto de resultados possíveis de uma característica analisada.

Ø Formular hipóteses sobre os fatos que ocorrem na natureza ou sobre as possíveis relações existentes entre eles.

Ø Estabelecer critérios para escolha dos equipamentos de proteção individual, os de higiene ocupacional e os de combate a incêndios.

Ø Definir indicadores relevantes: taxa de freqüência de acidentes, taxa de gravidade de acidentes, absenteísmo, doenças ocupacionais.

Ø Estabelecer plano de trabalho com regras para redação e apresentação de normas e procedimentos.

Ø Elaborar e aplicar ordens de serviço sobre Segurança e Medicina do Trabalho.

Ø Estabelecer comunicações interpessoais.

Ø Estabelecer ações corretivas derivadas de notificações oficiais.

Ø Desenvolver e viabilizar procedimentos técnicos e administrativos voltados para a elevação do nível de qualidade de vida.

Ø Elaborar e implantar um sistema de documentação em Saúde e Segurança do Trabalho, de acordo com o porte da empresa.

HABILIDADES

Ø Coordenar equipes de trabalho.

Page 11: Atividades Do TST - Referências Curriculares Nacionais - TST

Ø Manter atualizado o sistema de Saúde e Segurança do Trabalho com referência às atualizações da legislação Trabalhista e Previdenciária.

Ø Integrar o sistema de gestão de Saúde e Segurança do Trabalho com os outros segmentos e sistemas da empresa.

Ø Elaborar check list para inspeção e lista de verificações para auditoria.

Ø Aplicar princípios e normas de conservação de recursos não-renováveis e de preservação do meio ambiente.

Ø Preparar um plano de auditoria para a realização de verificações sistêmicas.

Ø Elaborar relatórios de auditorias e planos de ação para as ações corretivas necessárias.

Ø Manter um canal de informação com os trabalhadores em que estejam listados os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho e as formas de prevenção a eles.

Ø Aplicar técnicas, critérios, evidências e conclusões de uma auditoria.

Ø Elaborar listas de verificação para inspeções e auditorias.

Ø Aplicar os requisitos da legislação Previdenciária e Trabalhista do país.

Ø Implantar e acompanhar programas oficiais de Saúde e Segurança do Trabalho.

Ø Manter atualizado o arquivo sobre a legislação vigente.

Ø Atender as exigências dos requisitos da legislação pertinente.

Ø Aplicar técnicas seguras de transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais.

Ø Elaborar e manter comunicação interna entre vários níveis e funções da organização, e responder e manter um controle de recebimento de documentos externos.

Ø Executar um sistema de acompanhamento e controle das situações derivadas de tais comunicações.

Ø Aplicar estatística nos dados gerados na área de estudo.

Ø Calcular custos de acidentes.

Ø Coordenar os trabalhos do Setor de Segurança do Trabalho.

Ø Gerenciar o cumprimento dos requisitos de contrato de terceiros, no que se refere à Saúde e Segurança do Trabalho.

Ø Negociar com fornecedores produtos e serviços.

Ø Registrar os procedimentos corretos e incorretos para subsidiar perícias e fiscalizações.

Ø Formatar programas de segurança e saúde ocupacional em nível institucional.

Ø Elaborar relatórios de auditorias e planos de ação para as ações corretivas necessárias.

Ø Verificar a eficácia do sistema de Saúde e Segurança do Trabalho, identificando falhas, boas práticas, e promover a melhoria contínua.

BASES TECNOLÓGICAS

Ø Normas técnicas nacionais e internacionais.

Ø Técnicas de educação ambiental.

Ø Elementos do sistema de gestão.

Page 12: Atividades Do TST - Referências Curriculares Nacionais - TST

Ø Características de uma política de SST.

Ø Técnicas de treinamento.

Ø Técnicas de controle de documentação.

Ø Técnicas de planejamento das ações.

Ø Técnicas de redação.

Ø Parâmetros para uma análise crítica do sistema.

Ø Características dos processos de trabalho.

Ø Noções de desenho técnico.

Ø Regras básicas de Benchmarking.

Ø Princípios de tecnologia industrial.

Ø Perfil das responsabilidades do auditor.

Ø Legislação Trabalhista.

Ø Técnicas de comunicação e informação.

Ø Estatística aplicada à Saúde e Segurança no Trabalho.

Ø Fundamentos do controle de qualidade.

Ø Fundamentos e técnicas de higiene do trabalho.

Ø Perícias e fiscalizações administrativas judiciais e outras pertinentes à área de Segurança e Saúde Ocupacional.

Ø Técnicas de gerenciamento.

Ø Organização do trabalho.

Ø Fundamentos e técnicas de análise de orçamentos e propostas de serviços de SST.

Ø Bases legais (legislação reguladora das relações profissionais, das condições de produção e de consumo) e ferramentas de negociação e gestão de contratos típicos com terceiros em que sejam necessárias cláusulas de SST.

Ø Confidencialidade de documentos.

Ø Técnicas de armazenamento de dados.

Ø Processo de elaboração de normas e procedimentos.

Ø Técnicas de elaboração de mapa de riscos.

Ø Técnicas de cadastro e classificação de acidentes.

Ø Características técnicas de equipamentos de proteção coletiva e individual.

Ø Técnicas de utilização de cores nos ambientes de trabalho.

Ø Ergonomia.

Ø Sistema de gestão ambiental.

Ø Metodologia de planejamento e gestão.

Ø Procedimentos, processos e técnicas de auditoria.

Ø Princípios de Administração e Economia.

Ø Eletricidade.

Ø Acordos e convenções coletivas.

Ø Leis, decretos, portarias e instruções normativas do Ministério do Trabalho e Emprego.

Page 13: Atividades Do TST - Referências Curriculares Nacionais - TST

Ø Leis, decretos, portarias e ordens de serviço do Ministério da Previdência Social.

SUBFUNÇÃO 5.3. AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE E SEGURANÇA

NO TRABALHO (Pg 194)

As atividades desta subfunção visam avaliar a eficiência e eficácia das políticas e

ações dos serviços de Saúde e Segurança do Trabalho por meio de indicadores preestabelecidos

COMPETÊNCIAS

Ø Verificar a aplicação dos aportes financeiros para os serviços de SST.

Ø Elaborar, avaliar e revisar políticas e programas de SST.

Ø Verificar a eficácia dos canais de comunicação com sindicatos patronais e de trabalhadores, delegacias regionais de trabalho, bem como com a comunidade.

Ø Avaliar o desempenho dos Serviços Especializados em Engenharia e em Medicina do Trabalho - SESMT.

Ø Avaliar e mensurar as ações corretivas desenvolvidas pelo SESMT.

Ø Avaliar o cumprimento das cláusulas contratuais de SST nos serviços de terceiros.

Ø Avaliar as análises e investigações de acidentes, doenças e incidentes e avaliar a integração da SST com outros sistemas de gestão existentes na empresa.

Ø Avaliar a forma sistêmica da atuação da SST no processo de trabalho.

HABILIDADES

Ø Executar procedimentos rotineiros e não-rotineiros de Saúde e Segurança do Trabalho.

Ø Realizar inspeções e auditorias de Saúde e Segurança do Trabalho.

Ø Elaborar relatório de investigação e análise de acidentes.

Ø Representar a empresa em órgãos públicos e outras entidades.

Ø Acompanhar inspeções/fiscalizações externas, disponibilizando documentos.

Ø Realizar comunicações de risco.

Ø Participar de reuniões e grupos de estudo.

Ø Adequar as operações e práticas aos requisitos legais e éticos, bem como padronizar Saúde e Segurança do Trabalho.

Ø Coordenar e aplicar treinamentos.

Ø Reportar os resultados da Saúde e Segurança do Trabalho à direção e divulgar os resultados entre os funcionários.

BASES TECNOLÓGICAS

Ø Normas nacionais sobre sistema de gestão da qualidade.

Ø Organização do trabalho.

Ø Princípios básicos de Economia.

Ø Técnicas de trabalho em equipe.

Ø Técnicas de liderança.

Ø Programas e projetos de SST desenvolvidos ou em desenvolvimento.

Page 14: Atividades Do TST - Referências Curriculares Nacionais - TST

Ø Políticas de Saúde e Segurança no Trabalho e políticas públicas e privadas nas áreas de meio ambiente, qualidade de vida, produtividade, qualidade dos produtos e serviços e outras pertinentes.

Ø Administração aplicada.

Ø Organização política e sindical.

Ø Técnicas de negociação.

Ø Propaganda e marketing.

Ø Serviços especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho: função/área de atuação.

Ø Sindicato e outros órgãos de classe e negociação.

O presente extrato destaca as partes relevantes sobre os Cursos Técnicos de Segurança no Trabalho, do documento elaborado pelo MEC “REFERÊNCIAS CURRICULARES NACIONAIS DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL DE NÍVEL MÉDIO – ÁREA PROFISSIONAL: SAÚDE” – Brasília, 2000. pg. 29-32 e 180-196