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Atividades e Atividades e atos atos administrativos administrativos Aulas 20 e 21 Aulas 20 e 21 Bens públicos Bens públicos

Atividades e atos administrativos Aulas 20 e 21 Bens públicos

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Atividades e atos Atividades e atos administrativosadministrativos

Aulas 20 e 21Aulas 20 e 21

Bens públicosBens públicos

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Caso geradorCaso gerador

• Empresa de camping localizada em praia Empresa de camping localizada em praia (terreno de marinha)(terreno de marinha)

• Realizou benfeitoriaisRealizou benfeitoriais

• Tem licença da prefeitura para funcionar Tem licença da prefeitura para funcionar

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Questões

• O bem em questão é público? Se sim, a quem pertence?

• Como saber se um bem é público?

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Código CivilCódigo Civil

• Art. 98Art. 98

• São públicos os bens do domínio nacional São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem.pertencerem.

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Constituição FederalConstituição FederalArt. 20. São bens da União: Art. 20. São bens da União: I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; definidas em lei; III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;fluviais; IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação dada pela EC nº 46, de 2005)V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;VI - o mar territorial; VI - o mar territorial; VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;VIII - os potenciais de energia hidráulica;VIII - os potenciais de energia hidráulica;IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.

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Terras devolutasTerras devolutasDecreto-lei 9760/46Decreto-lei 9760/46Art. 5º São devolutas, na faixa da fronteira, nos Territórios Federais e no Distrito Art. 5º São devolutas, na faixa da fronteira, nos Territórios Federais e no Distrito Federal, as terras que, não sendo próprios nem aplicadas a algum uso público federal, Federal, as terras que, não sendo próprios nem aplicadas a algum uso público federal, estadual territorial ou municipal, não se incorporaram ao domínio privado: estadual territorial ou municipal, não se incorporaram ao domínio privado: a) por força da a) por força da Lei nº 601, de 18 de setembro de 1850 , , Decreto nº 1.318, de 30 de janeiro de 1854 , e outras leis e decretos gerais, federais e , e outras leis e decretos gerais, federais e estaduais;estaduais;b) em virtude de alienação, concessão ou reconhecimento por parte da União ou dos b) em virtude de alienação, concessão ou reconhecimento por parte da União ou dos Estados; Estados; c) em virtude de lei ou concessão emanada de governo estrangeiro e ratificada ou c) em virtude de lei ou concessão emanada de governo estrangeiro e ratificada ou reconhecida, expressa ou implicitamente, pelo Brasil, em tratado ou convenção de reconhecida, expressa ou implicitamente, pelo Brasil, em tratado ou convenção de limites;limites;d) em virtude de sentença judicial com força de coisa julgada; d) em virtude de sentença judicial com força de coisa julgada; e) por se acharem em posse contínua e incontestada com justo título e boa fé, por e) por se acharem em posse contínua e incontestada com justo título e boa fé, por termo superior a 20 (vinte) anos; termo superior a 20 (vinte) anos; f) por se acharem em posse pacífica e ininterrupta, por 30 (trinta) anos, f) por se acharem em posse pacífica e ininterrupta, por 30 (trinta) anos, independentemente de justo título e boa fé; independentemente de justo título e boa fé; g) por fôrça de sentença declaratória proferida nos termos do art. 148 da Constituição g) por fôrça de sentença declaratória proferida nos termos do art. 148 da Constituição Federal, de 10 de Novembro de 1937. Federal, de 10 de Novembro de 1937.

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Terrenos de marinhaTerrenos de marinha

• 33m a partir da linha do preamar médio de 33m a partir da linha do preamar médio de 1831 dos mares e rios navegáveis1831 dos mares e rios navegáveis

• Aviso imperial de 12/07/1831. Aviso imperial de 12/07/1831.

• Decreto-Lei 9760/46, art. 2ºDecreto-Lei 9760/46, art. 2º

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Decreto-lei 9760/46Decreto-lei 9760/46

Art. 2º São terrenos de marinha, em uma profundidade de 33 (trinta e três) metros, medidos horizontalmente, para a parte da terra, da posição da linha do preamar-médio de 1831: a) os situados no continente, na costa marítima e nas margens dos rios e lagoas, até onde se faça sentir a influência das marés; b) os que contornam as ilhas situadas em zona onde se faça sentir a influência das marés. Parágrafo único. Para os efeitos dêste artigo a influência das marés é caracterizada pela oscilação periódica de 5 (cinco) centímetros pelo menos, do nível das águas, que ocorra em qualquer época do ano.

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Constituição FederalConstituição Federal

Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;decorrentes de obras da União;II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;Municípios ou terceiros;III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

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Se o bem é público, quais são suas principais características?

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Código CivilCódigo Civil

Art. 99. São bens públicos:Art. 99. São bens públicos:I - os I - os de uso comum do povode uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, , tais como rios, mares, estradas, ruas e praças;ruas e praças;II - os II - os de uso especialde uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados , tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;autarquias;III - os III - os dominicaisdominicais, que constituem o patrimônio das pessoas , que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades.real, de cada uma dessas entidades.Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.público a que se tenha dado estrutura de direito privado.

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Características dos bens Características dos bens públicospúblicos

• Alienabilidade condicionada => se vierem a Alienabilidade condicionada => se vierem a ser desafetados, poderão ser alienados ser desafetados, poderão ser alienados

• Imprescritíveis Imprescritíveis

• Impenhoráveis Impenhoráveis

• Não-oneráveisNão-oneráveis

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Alienabilidade condicionadaAlienabilidade condicionada

• Código CivilCódigo Civil

– Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar.determinar.

– Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei.alienados, observadas as exigências da lei.

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Alienação de bens imóveisAlienação de bens imóveisLei 8.666/93Lei 8.666/93

Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de existência de interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:avaliação e obedecerá às seguintes normas:I - quando I - quando imóveisimóveis, dependerá de , dependerá de autorização legislativa para órgãos da autorização legislativa para órgãos da administração direta e entidades autárquicas e fundacionaisadministração direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para todos, , e, para todos, inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de inclusive as entidades paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação na licitação na modalidade de concorrênciamodalidade de concorrência, dispensada esta nos seguintes , dispensada esta nos seguintes casos:casos: a) dação em pagamento; a) dação em pagamento; b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo, b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto nas alíneas “f”, “h” e “i”; (Redação dada pela Medida Provisória nº 458, de 2009)ressalvado o disposto nas alíneas “f”, “h” e “i”; (Redação dada pela Medida Provisória nº 458, de 2009)c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta Lei; c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24 desta Lei; d) investidura; d) investidura; e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo; (Incluída pela Lei nº 8.883, de e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994)1994)f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação ou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularização residenciais construídos, destinados ou efetivamente utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública; (Redação dada pela Lei nº 11.481, fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública; (Redação dada pela Lei nº 11.481, de 2007)de 2007)(...) (...)

Obs. Há outros incisosObs. Há outros incisos

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Alienação de bens imóveisAlienação de bens imóveis•Lei 8.666/93Lei 8.666/93

Art. 18.  Na concorrência para a venda de bens imóveis, a fase de Art. 18.  Na concorrência para a venda de bens imóveis, a fase de habilitação limitar-se-á à comprovação do recolhimento de quantia habilitação limitar-se-á à comprovação do recolhimento de quantia correspondente a 5% (cinco por cento) da avaliação.correspondente a 5% (cinco por cento) da avaliação.Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 8.883, de 1994)Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 8.883, de 1994)

Art. 19.  Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição Art. 19.  Os bens imóveis da Administração Pública, cuja aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, haja derivado de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da autoridade competente, observadas poderão ser alienados por ato da autoridade competente, observadas as seguintes regras:as seguintes regras:I - avaliação dos bens alienáveis;I - avaliação dos bens alienáveis;II - comprovação da necessidade ou utilidade da alienação;II - comprovação da necessidade ou utilidade da alienação;III - adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de III - adoção do procedimento licitatório, sob a modalidade de concorrência ou leilão. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)concorrência ou leilão. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

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ImprescritibilidadeImprescritibilidade

• Constituição FederalConstituição Federal

– Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

(...)(...)§ 3º - Os imóveis públicos não serão adquiridos por § 3º - Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.usucapião.

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ImprescritibilidadeImprescritibilidade

•Constituição Federal Constituição Federal

–Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem ou urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. propriedade. Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. usucapião.

•Código CivilCódigo Civil

–Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.

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Não onerabilidade e Não onerabilidade e impenhorabilidadeimpenhorabilidade

• Constituição FederalConstituição Federal

– Art. 100. À exceção dos créditos de natureza alimentícia, Art. 100. À exceção dos créditos de natureza alimentícia, os pagamentos devidos pela Fazenda Federal, Estadual ou os pagamentos devidos pela Fazenda Federal, Estadual ou Municipal, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão Municipal, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. para este fim.

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Um particular pode usar privativamente um bem

público?A empresa de camping podia se

instalar na praia?

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Uso privativo de bem público por Uso privativo de bem público por particularparticular

• Autorização de usoAutorização de uso• Permissão de usoPermissão de uso• Concessão de usoConcessão de uso• Concessão real de usoConcessão real de uso• CessãoCessão• Aforamento (ou enfiteuse)Aforamento (ou enfiteuse)• ......

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Uso privativo de bem público por Uso privativo de bem público por particularparticular

• Autorização e permissão: ato unilateral, Autorização e permissão: ato unilateral, discricionário, precário e revogáveldiscricionário, precário e revogável

• Concessão: natureza contratual (bilateral), Concessão: natureza contratual (bilateral), discricionária, sem precariedade (respeito ao discricionária, sem precariedade (respeito ao termo contratual)termo contratual)

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Concessão real de usoConcessão real de uso

• Art. 7º do Decreto-lei 271/67Art. 7º do Decreto-lei 271/67

- Natureza realNatureza real

- Finalidades previstas em lei: urbanização, Finalidades previstas em lei: urbanização, edificação, industrialização e cultivoedificação, industrialização e cultivo

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Decreto-lei 271/67Decreto-lei 271/67Art. 7Art. 7oo É instituída a concessão de uso de terrenos públicos ou É instituída a concessão de uso de terrenos públicos ou particulares remunerada ou gratuita, por tempo certo ou particulares remunerada ou gratuita, por tempo certo ou indeterminado, indeterminado, como direito real resolúvel, para fins específicos como direito real resolúvel, para fins específicos de regularização fundiária de interesse social, urbanização, de regularização fundiária de interesse social, urbanização, industrialização, edificação, cultivo da terra, aproveitamento industrialização, edificação, cultivo da terra, aproveitamento sustentável das várzeas, preservação das comunidades sustentável das várzeas, preservação das comunidades tradicionais e seus meios de subsistência ou outras modalidades tradicionais e seus meios de subsistência ou outras modalidades de interesse social em áreas urbanasde interesse social em áreas urbanas. (Redação dada pela Lei nº . (Redação dada pela Lei nº 11.481, de 2007)11.481, de 2007)§ 1º A concessão de uso poderá ser contratada, por instrumento § 1º A concessão de uso poderá ser contratada, por instrumento público ou particular, ou por simples termo administrativo, e será público ou particular, ou por simples termo administrativo, e será inscrita e cancelada em livro especial. inscrita e cancelada em livro especial. § 2º Desde a inscrição da concessão de uso, o concessionário fruirá § 2º Desde a inscrição da concessão de uso, o concessionário fruirá plenamente do terreno para os fins estabelecidos no contrato e plenamente do terreno para os fins estabelecidos no contrato e responderá por todos os encargos civis, administrativos e responderá por todos os encargos civis, administrativos e tributários que venham a incidir sobre o imóvel e suas rendas. tributários que venham a incidir sobre o imóvel e suas rendas.

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Decreto-lei 271/67Decreto-lei 271/67§ 3º Resolve-se a concessão antes de seu termo, desde que o § 3º Resolve-se a concessão antes de seu termo, desde que o concessionário dê ao imóvel destinação diversa da estabelecida no concessionário dê ao imóvel destinação diversa da estabelecida no contrato ou termo, ou descumpra cláusula resolutória do ajuste, contrato ou termo, ou descumpra cláusula resolutória do ajuste, perdendo, neste caso, as benfeitorias de qualquer natureza. perdendo, neste caso, as benfeitorias de qualquer natureza. § 4º A concessão de uso, salvo disposição contratual em contrário, § 4º A concessão de uso, salvo disposição contratual em contrário, transfere-se por ato inter vivos , ou por sucessão legítima ou transfere-se por ato inter vivos , ou por sucessão legítima ou testamentária, como os demais direitos reais sobre coisas alheias, testamentária, como os demais direitos reais sobre coisas alheias, registrando-se a transferência. registrando-se a transferência. § 5§ 5oo Para efeito de aplicação do disposto no caput deste artigo, Para efeito de aplicação do disposto no caput deste artigo, deverá ser observada a anuência prévia: (Incluído pela Lei nº 11.481, deverá ser observada a anuência prévia: (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)de 2007) I - do Ministério da Defesa e dos Comandos da Marinha, do Exército ou da I - do Ministério da Defesa e dos Comandos da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, quando se tratar de imóveis que estejam sob sua administração; e Aeronáutica, quando se tratar de imóveis que estejam sob sua administração; e (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)(Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)II - do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência de República, observados II - do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência de República, observados os termos do inciso III do § 1os termos do inciso III do § 1oo do art. 91 da Constituição Federal. (Incluído pela Lei do art. 91 da Constituição Federal. (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)nº 11.481, de 2007)

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Concessão especial de uso para Concessão especial de uso para fins de moradiafins de moradia

• Posse por cinco anos até 30 de junho de 2001Posse por cinco anos até 30 de junho de 2001• Posse ininterrupta e pacíficaPosse ininterrupta e pacífica• Imóvel urbano de até 250m2Imóvel urbano de até 250m2• Fins de moradiaFins de moradia• Não ter o particular outro imóvelNão ter o particular outro imóvel

=> Neste caso, a natureza da concessão é vinculada=> Neste caso, a natureza da concessão é vinculada

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MP 2220/01MP 2220/01

Art. 1Art. 1oo Aquele que, até 30 de junho de 2001, possuiu como seu, Aquele que, até 30 de junho de 2001, possuiu como seu, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, até duzentos por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, até duzentos e cinqüenta metros quadrados de imóvel público situado em área e cinqüenta metros quadrados de imóvel público situado em área urbana, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, tem o urbana, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, tem o direito à concessão de uso especial para fins de moradia em direito à concessão de uso especial para fins de moradia em relação ao bem objeto da posse, desde que não seja proprietário relação ao bem objeto da posse, desde que não seja proprietário ou concessionário, a qualquer título, de outro imóvel urbano ou ou concessionário, a qualquer título, de outro imóvel urbano ou rural.rural.§ 1§ 1oo A concessão de uso especial para fins de moradia será A concessão de uso especial para fins de moradia será conferida de forma gratuita ao homem ou à mulher, ou a ambos, conferida de forma gratuita ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civilindependentemente do estado civil § 2§ 2oo O direito de que trata este artigo não será reconhecido ao O direito de que trata este artigo não será reconhecido ao mesmo concessionário mais de uma vez.mesmo concessionário mais de uma vez. § 3§ 3oo Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo continua, Para os efeitos deste artigo, o herdeiro legítimo continua, de pleno direito, na posse de seu antecessor, desde que já resida de pleno direito, na posse de seu antecessor, desde que já resida no imóvel por ocasião da abertura da sucessão.no imóvel por ocasião da abertura da sucessão.

Page 28: Atividades e atos administrativos Aulas 20 e 21 Bens públicos

Uso de bem público por outro ente público ou por Uso de bem público por outro ente público ou por particular para prestação de serviço de interesse particular para prestação de serviço de interesse

públicopúblico

• Cessão de usoCessão de uso

– GratuitaGratuita– Com ou sem prazoCom ou sem prazo– Sem finalidade lucrativaSem finalidade lucrativa– Finalidade que interesse à coletividadeFinalidade que interesse à coletividade

Page 29: Atividades e atos administrativos Aulas 20 e 21 Bens públicos

Enfiteuse (“aforamento público”)Enfiteuse (“aforamento público”)

• ““Instituto pelo qual o Estado permite ao particular o Instituto pelo qual o Estado permite ao particular o uso privativo de bem público a título de domínio útil, uso privativo de bem público a título de domínio útil, mediante a obrigação de pagar ao proprietário uma mediante a obrigação de pagar ao proprietário uma pensão ou foro anual, certo e invariável” (JSCF)pensão ou foro anual, certo e invariável” (JSCF)

• Foro anual e laudêmio na transferência do domínio Foro anual e laudêmio na transferência do domínio útil do bem. Senhorio direto tem preferência para útil do bem. Senhorio direto tem preferência para reaver o bem em caso de alienaçãoreaver o bem em caso de alienação

• Terrenos de marinha podem ser objeto de Terrenos de marinha podem ser objeto de aforamento aforamento

Page 30: Atividades e atos administrativos Aulas 20 e 21 Bens públicos

ADCTADCT

Art. 49. A lei disporá sobre o instituto da enfiteuse em imóveis Art. 49. A lei disporá sobre o instituto da enfiteuse em imóveis urbanos, sendo facultada aos foreiros, no caso de sua extinção, a urbanos, sendo facultada aos foreiros, no caso de sua extinção, a remição dos aforamentos mediante aquisição do domínio direto, na remição dos aforamentos mediante aquisição do domínio direto, na conformidade do que dispuserem os respectivos contratos. conformidade do que dispuserem os respectivos contratos. § 1º - Quando não existir cláusula contratual, serão adotados os § 1º - Quando não existir cláusula contratual, serão adotados os critérios e bases hoje vigentes na legislação especial dos imóveis da critérios e bases hoje vigentes na legislação especial dos imóveis da União.União.§ 2º - Os direitos dos atuais ocupantes inscritos ficam assegurados § 2º - Os direitos dos atuais ocupantes inscritos ficam assegurados pela aplicação de outra modalidade de contrato.pela aplicação de outra modalidade de contrato.§ 3º - § 3º - A enfiteuse continuará sendo aplicada aos terrenos de marinha A enfiteuse continuará sendo aplicada aos terrenos de marinha e seus acrescidos, situados na faixa de segurança, a partir da orla e seus acrescidos, situados na faixa de segurança, a partir da orla marítimamarítima..§ 4º - Remido o foro, o antigo titular do domínio direto deverá, no § 4º - Remido o foro, o antigo titular do domínio direto deverá, no prazo de noventa dias, sob pena de responsabilidade, confiar à prazo de noventa dias, sob pena de responsabilidade, confiar à guarda do registro de imóveis competente toda a documentação a guarda do registro de imóveis competente toda a documentação a ele relativaele relativa

Page 31: Atividades e atos administrativos Aulas 20 e 21 Bens públicos

RESP 635890

Page 32: Atividades e atos administrativos Aulas 20 e 21 Bens públicos
Page 33: Atividades e atos administrativos Aulas 20 e 21 Bens públicos

Caso geradorCaso gerador

• Uso de bem público municipal por Uso de bem público municipal por concessionária de serviço público federal. concessionária de serviço público federal. Pode haver cobrança?Pode haver cobrança?

Page 34: Atividades e atos administrativos Aulas 20 e 21 Bens públicos

RESP 881937RESP 881937

Page 35: Atividades e atos administrativos Aulas 20 e 21 Bens públicos

RESP 802.428

Page 36: Atividades e atos administrativos Aulas 20 e 21 Bens públicos

Qual a natureza jurídica Qual a natureza jurídica dos bens das estatais?dos bens das estatais?

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Natureza jurídica dos bens das Natureza jurídica dos bens das estataisestatais

• JSCF => bens privados – ver o Código JSCF => bens privados – ver o Código CivilCivil

• MSZP => depende: a estatal desenvolve MSZP => depende: a estatal desenvolve atividade econômica ou presta serviço atividade econômica ou presta serviço público?público?

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MSZPMSZP

““Com relação às entidades da Administração Indireta Com relação às entidades da Administração Indireta com personalidade de direito privado, grande parte com personalidade de direito privado, grande parte presta serviços públicos; desse modo, presta serviços públicos; desse modo, a mesma razão a mesma razão que levou o legislador a imprimir regime jurídico que levou o legislador a imprimir regime jurídico publicístico aos bens de uso especial, pertencentes às publicístico aos bens de uso especial, pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno, tornando-pessoas jurídicas de direito público interno, tornando-os inalienáveis, imprescritíveis, insuscetíveis de os inalienáveis, imprescritíveis, insuscetíveis de usucapião e de direitos reais, justifica a adoção de usucapião e de direitos reais, justifica a adoção de idêntico regime para os bens de entidades da idêntico regime para os bens de entidades da Administração Indireta afetados à realização de Administração Indireta afetados à realização de serviços públicosserviços públicos.” (.” (Direito administrativoDireito administrativo, 21ª ed., , 21ª ed., 2008, p. 438)2008, p. 438)

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RESP 447867RESP 447867

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REsp 242.073/SC

RECURSO ESPECIAL. USUCAPIÃO IMÓVEL PERTENCENTE À REDE FERROVIÁRIA FEDERAL S.A – RFFSA. ESTRADA DE FERRO DESATIVADA - IMPOSSIBILIDADE DE SER USUCAPIDO. LEI N° 6.428/77 E DECRETO-LEI N° 9.760/46.1. Aos bens originariamente integrantes do acervo das estradas de ferro incorporadas pela União, à Rede Ferroviária Federal S.A., nos termos da Lei número 3.115, de 16 de março de 1957, aplica-se o disposto no artigo 200 do Decreto-lei número 9.760, de 5 de setembro de 1946, segundo o qual os bens imóveis, seja qual for a sua natureza, não são sujeitos a usucapião.2. Tratando-se de bens públicos propriamente ditos, de uso especial, integrados no patrimônio do ente político e afetados à execução de um serviço público, são eles inalienáveis, imprescritíveis e impenhoráveis.3. Recurso especial conhecido e provido.