14
ATPS,Etapa 01, Passo 02 ( Respostas A,B,C,D ). DIREITO DO TRABALHO I MANUAL DE DIREITO DO TRABALHO A > Quais os requisitos do contrato individual de trabalho? Resposta: Da relação de trabalho nasce para o empregador e para o empregado requisitos que são pressupostos necessários: Continuidade; O contrato gera continuidade na prestação de serviço, independente da periocidade, não é eventual, mas continuo. Subordinação; Aquele que assume com o empregador compromisso por meio do contrato, passa estar diante desse subordinado às sua determinações, devendo acatá-las como zelo e qualidade. Pessoalidade; É intrânsferível a prestação assumida pelo empregado, não sendo possível solicitar a outro que a faça, é completamente pessoal. Imparcialidade; O empregado não assume os riscos inerentes da relação de trabalho, não participa da má sorte que pode seguir a empresa, mas pode participar dos lucros. O risco da atividade econômica é exclusivo do empregador, art 2° da CLT. Conclusão: A Subordinação é um requisito essencial na relação entre empregado e empregador, talvez que a caracterize efetivamente a situação de subordinar-se a outrem traduz a idéia de dependência ou necessidade econômica, pois o empregado é parte hipossuficiente em relação ao empregador. Todavia a subordinação do Direito do Trabalho não está vinculada à dependência econômica, decorre de um acordo de vontade entre as partes, dando início ao contrato de trabalho.

ATPS_Direito Do Trabalho

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: ATPS_Direito Do Trabalho

ATPS,Etapa 01, Passo 02 ( Respostas A,B,C,D ). DIREITO DO TRABALHO I

MANUAL DE DIREITO DO TRABALHO

A > Quais os requisitos do contrato individual de trabalho?

Resposta:

Da relação de trabalho nasce para o empregador e para o empregado requisitos que são pressupostos necessários:

Continuidade; O contrato gera continuidade na prestação de serviço, independente da periocidade, não é eventual, mas continuo.

Subordinação; Aquele que assume com o empregador compromisso por meio do contrato, passa estar diante desse subordinado às sua determinações, devendo acatá-las como zelo e qualidade.

Pessoalidade; É intrânsferível a prestação assumida pelo empregado, não sendo possível solicitar a outro que a faça, é completamente pessoal.

Imparcialidade; O empregado não assume os riscos inerentes da relação de trabalho, não participa da má sorte que pode seguir a empresa, mas pode participar dos lucros.O risco da atividade econômica é exclusivo do empregador, art 2° da CLT.

Conclusão:A Subordinação é um requisito essencial na relação entre empregado e empregador, talvez que a caracterize efetivamente a situação de subordinar-se a outrem traduz a idéia de dependência ou necessidade econômica, pois o empregado é parte hipossuficiente em relação ao empregador.Todavia a subordinação do Direito do Trabalho não está vinculada à dependência econômica, decorre de um acordo de vontade entre as partes, dando início ao contrato de trabalho.

B > Segundo a doutrina , quais os elementos que caracterizam a figura do empregado?

Resposta:Empregado é a pessoa física que presta pessoalmente a outrem serviços não eventuais, subordinados e assalariados.

Page 2: ATPS_Direito Do Trabalho

Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob dependência deste mediante salário(CLT, art.3°).Requisitos legais do conceito:a)pessoa física: empregado é pessoa física e natural;b)continuidade: empregado é um trabalhador não eventual;c)subordinação: empregado é um trabalhador cuja atividade é exercida sob dependência;d)salário: empregado é um trabalhador assalariado, portanto, alguém que, pelo serviço que presta, recebe uma retribuição;e)pessoalidade: empregado é um trabalhador que presta pessoalmente os serviços.

Conclusão:Os elementos essenciais para definição do empregado são cinco, a saber:Pessoa física, não eventualidade, subordinação, salário e pessoalidade.No que tange a pessoa física nos remete que o empregado será sempre pessoa física, não cabendo em hipótese alguma empregado como pessoa jurídica.

C: Como a jurisprudência interpreta a definição legal de empregador(art.2° da CLT)?

Resposta:No art.2° da CLT - Empregador: Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que assumindo os riscos da atividade econômica admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.1° - Equiparam-se ao empregador, para efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados .2° Sempre que uma ou mais empresas. Tendo embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão para efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.SÚMULA 129 TSTSUM-129 Contrato de Trabalho .Grupo Econômico(mantida)-Res. 121/2003, DJ 19,20 e 21.11.2003A apresentação de serviços a mais de uma empresa do mesmo grupo econômico, durante a mesma jornada de trabalho, não caracteriza a coexistência de mais de um contrato de trabalho, salvo ajuste em contrário.Conclusão;O intuito é proteger o empregado, para isso o legislador personifica a empresa, que é, na verdade objeto e não sujeito de direitos.

Page 3: ATPS_Direito Do Trabalho

Quando a lei personifica a empresa a empresa, esta assume a posição de empregador, passando a ocupar um dos pólos da relação empregatícia, de forma que nenhuma alteração em sua estrutura jurídica ou mudança de titularidade de seu detentor afeta o contrato de trabalho, com fundamento no disposto nos artigos 10 e 448 da Consolidação das Leis do Trabalho.

D) Qual posição jurisprudencial acerca de responsabilidade do tomador de serviços pelo pagamento de verbas decorrentes da relação de emprego?Resposta:

Segundo a Súmula 331, no seu item IV, conjulgado com o mais recente entendimento do Tribunal Superior do Trabalho, após a audiência Pública realizada em Outubro de 2.011 com a finalidade de aprofundamento dos aspectos técnicos do fenômeno da terceirização, a responsabilidade do tomador de serviços, no setor privado, em caso de inadimplência da prestadora de serviços quanto ao pagamento das verbas trabalhistas, dá-se de forma subsidiária e objetiva.Significa, pois, que acaso a prestadora de serviços não cumpra com suas obrigações trabalhistas e não tenha êxito o empregado na tentativa de obrigá-lo, a fazê-lo, o tomador de serviços poderá ser responsabilizado pelo adimplemento da integralidade das verbas devidas, desde de que tenha participado da relação processual e conste no título executivo judicial(Súmula 331,IV,TST), independentemente de aferição de culpa, pelo simples fato de ser a prestadora de serviços inadimplente(RR1609-30.2010.5.03.0108).

Page 4: ATPS_Direito Do Trabalho

ATPS, Etapa 02, Passo 02(Respostas: A,B,C,D).DIREITO DO TRABALHO I

A> Qual a relevância do estudo dos princípios de direito do trabalho no âmbito juslaboral?Resposta:Os princípios nas lições de Miguel Reale, “são verdades fundantes de um sistema de conhecimento, como tais admitidas, por serem evidentes ou por terem sido comprovadas, mas também por motivo de ordem prática de caráter operacional, isto é como pressupostos exigidos pelas necessidades da pesquisa e da práxis”.É adequado dizer que os prncípios apresentam natureza normatia, não se tratando de meros anunciados formais, Isso é demonstrado quando se constata que dos princípios são extraídas outras normas, significando que aquele que tem a mesma natureza. Além disso, os princípios também exercem certa função reguladora das relações sociais, como ocorre com as demais normas jurídicas.

Conclusão:Podemos concluir que são enunciações normativas de valor genético que orientam o entendimento do ordenamento jurídico dando sustentação ao sistema jurídico para a sua aplicação e integração ou também para a elaboração de normas novas.

B> Quais as dimensões do princípio da proteção?Resposta:O princípio de proteção engloba três vertentes:- in dubio pro operario;- aplicação da norma mais favorável;- condição mais benéfica.

Conclusão:O polo mais fraco da relação jurídica de emprego merece um tratamento jurídico superior, por meio de medidas protetoras, para que se alcance a efetiva igualdade substancial, ou seja promovendo-se o equilibrio que falta na relação de trabalho, pois na origem, os seus titulares normalmente se apresentam em posições socioeconômicas desiguais.Na interpretação de uma disposição jurídica que pode ser entendida de diversos modos, ou seja havendo dúvida sobre o seu efetivo alcance deve-se interpretá-la em favor do empregado.

Page 5: ATPS_Direito Do Trabalho

C> O que se entende por princípio da primazia da realidade?

Resposta:O princípio da primazia da realidade indica que, na relação de emprego, deve prevalecer a efetiva realidade dos fatos, e não eventual forma construída em desacordo com a verdade.

Conclusão: Quando as provas se derem por ex: por avaliação de um certo documento pertinente a relação de emprego, deve-se verificar se ele corresponde ao ocorrido no plano dos fatos, e não construída em desacordo com a verdade.

D> Podem os princípios atuar como fonte material de direito do trabalho? Em caso afirmativo em que situação?

Resposta:A CLT utiliza-se de princípios inerentes ao ordenamento jurídico, pois em seu artigo 8°. elucida que autoridades administrativas refentes a fiscalização do trabalho, bem como quaisquer outros que tenham poder de decidir sobre litígios, possam utilizar os princípios gerais do direito para compactuar e sanar tos os interesses divergentes.

Conclusão:Os princípios quando intergrantes da interpretação da CLT tem a função integrativa, haja vista que aos princípios “cabe o papel de orientar a exata compreensão das normas cujo o sentido é obscuro”(Mascaro Nascimento,2007,p.122).

Bibliografia:

Garcia, Gustavo Filipe Barbosa. Manual de Direito do Trabalho.5.ed.São Paulo:

Page 6: ATPS_Direito Do Trabalho

Grupo Gen,2012.

Jurisprudências

PROCESSO: RR-357.071/1997.5 - TRT DA 20.ª REGIÃO (AC. 4.ª TURMA)RELATOR: MIN. IVES GANDRA MARTINS FILHOEMENTA: VÍNCULO EMPREGATÍCIO - CARTÓRIO DE NOTAS. Empregado de cartório nãoé funcionário público, mas empregado do titular da serventia, devendo este responsabilizar-sepelas obrigações decorrentes do contrato de trabalho, independente de sua titularidade. Oacervo da empresa responde pelos créditos trabalhistas.Publicado no DJ n.º48. 10/03/2000. p. 65.

PROCESSO: RR-421.837/1998.8 - TRT DA 9.ª REGIÃO - (AC. 5.ª TURMA)CORRE JUNTO: 421836/1998.4RELATOR: MIN. DARCY CARLOS MAHLEEMENTA: ITAIPU. VÍNCULO DE EMPREGO. Não há óbice legal para que a Itaipu usufrua demão-de-obra decorrente da contratação de empresas prestadoras de serviços. QUITAÇÃO.ENUNCIADO Nº 330 DO TST. Eficácia liberatória do direito de quitação passado semressalvas. Decisão em contrariedade a enunciado desta Corte. Recurso de revista a que sedá provimento.Publicado no DJ n.º212. 05/11/99. p. 502.

PROC. TRT 18 - RO-3533/99 - AC. N.º7339/99 - EG. 5.ª JCJ DE GOIÂNIARELATOR: JUIZ ALDIVINO A. DA SILVAREVISOR: JUIZ HEILER ALVES DA ROCHARECORRENTE: VANDERLEI ROSA DOS SANTOSRECORRIDO: RAIMUNDO MARQUES DOS REIS FILHOEMENTA: RELAÇÃO DE EMPREGO. SOCIEDADE DE FATO. Se o trabalhador assume os riscos do empreendimento, arcando com parte das despesas necessárias à realização doserviço, não há como reconhecer relação de emprego, mas sim a existência de umasociedade de fato.

Goiânia, 10 de novembro de 1999. (data do julgamento).

Page 7: ATPS_Direito Do Trabalho

Processo: RO 6398420125020 SP 00006398420125020432 A28Relator(a): THEREZA CHRISTINA NAHASJulgamento: 11/06/2013Órgão Julgador: 3ª TURMA

Publicação: 18/06/2013

Parte(s): RECORRENTE(S): ELPN Quality Alimentos Ltda. RECORRIDO(S): Jose Otavio Spinelli Junior Companhia Brasileira de Distribuição

Ementa

RELAÇÃO DE EMPREGO RECONHECIDA - ELEMENTOS DO CONTRATO DE TRABALHO- Reconhecida a relação de emprego, presumem-se verdadeiras: a data de admissão, a remuneração (estas duas decorrentes da falta de anotação do contrato de trabalho) e a dispensa imotivada (diante do princípio da continuidade da relação de trabalho), fatos estes, que comportam prova em contrário.

Processo: RO 16228420125020 SP 00016228420125020464 A28Relator(a): NELSON NAZARJulgamento: 25/06/2013Órgão Julgador: 3ª TURMAPublicação: 03/07/2013Parte(s): RECORRENTE(S): Ana Strippoli Maria de Lourdes Siqueira

EmentaVÍNCULO EMPREGATÍCIO. DIARISTA.Para a caracterização da figura do empregado doméstico, nos termos do artigo 1ºProcesso: RO 16228420125020 SP 00016228420125020464 A28Relator(a): NELSON NAZARJulgamento: 25/06/2013Órgão Julgador: 3ª TURMAPublicação: 03/07/2013Parte(s): RECORRENTE(S): Ana Strippoli Maria de Lourdes Siqueira

Ementa

VÍNCULO EMPREGATÍCIO. DIARISTA.

Para a caracterização da figura do empregado doméstico, nos termos do artigo 1 da Lei nº 5.859º

Page 8: ATPS_Direito Do Trabalho

TST - RECURSO DE REVISTA RR 1770006220095100003 177000-62.2009.5.10.0003 (TST) Data de publicação: 13/09/2013 Ementa: RECURSO DE REVISTA. FORNECIMENTO DE TÍQUETE-REFEIÇÃO. PREVISÃO EM NORMA COLETIVA. GRUPO ECONÔMICO. FIGURA DO -EMPREGADOR ÚNICO- ARTIGO 7.º , XXVI , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL . VIOLAÇÃO CONSTITUCIONAL NÃO VERIFICADA. RECURSO DE REVISTA. FORNECIMENTO DE TÍQUETE-REFEIÇÃO. PREVISÃO EM NORMA COLETIVA. GRUPO ECONÔMICO. FIGURA DO -EMPREGADOR ÚNICO-. ARTIGO 7.º , XXVI , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL . VIOLAÇÃO CONSTITUCIONAL NÃO VERIFICADA. A conclusão do Regional está assentada na constatação de que ficou caracterizada a figura do -empregador único-, de que trata o artigo 2.º , caput , da CLT , a qual se aplica nas situações em que se configura o grupo econômico, que foi identificado na situação dos autos. Diante disso, não se vislumbra a alegada violação do artigo 7.º , XXVI , da Constituição Federal , no tocante à aplicação da cláusula que determina o fornecimento de tíquete-refeição pelas empresas que possuem mais de trinta empregados, pois não se trata de desrespeito aos termos da norma coletiva, mas da interpretação conferida às cláusulas envolvidas, diante da situação que se configurou a partir do relacionamento firmado entre as empresas envolvidas . Precedente citado . Recurso de Revista não conhecido. TRT-4 - RECURSO ORDINARIO TRABALHISTA RO 1017001120095040020 RS 0101700-11.2009.5.04.0020 (TRT-4) Data de publicação: 28/07/2011

Ementa: Representação comercial autônoma x Vínculo empregatício. A ausência de subordinação e de pessoalidade na relação jurídica de trabalho obsta a caracterização da figura do empregado tipificada no art. 3º da CLT , impedindo, por conseguinte, o reconhecimento do vínculo de emprego. (...) TRT-4 - RECURSO ORDINARIO TRABALHISTA RO 248000520095040014 RS 0024800-05.2009.5.04.0014 (TRT-4) Data de publicação: 20/10/2011

Ementa: Representação comercial autônoma x Vínculo empregatício. A ausência de subordinação e de pessoalidade na relação jurídica de trabalho obsta a caracterização da figura do empregado tipificada no art. 3º da CLT , impedindo, por conseguinte, o reconhecimento do vínculo de emprego. (...) TRT-2 - RECURSO ORDINÁRIO EM RITO SUMARÍSSIMO RO 16228420125020 SP 00016228420125020464 A28 (TRT-2) Data de publicação: 03/07/2013

Ementa: VÍNCULO EMPREGATÍCIO. DIARISTA. Para a caracterização da figura do empregado doméstico, nos termos do artigo 1º da Lei nº 5.859 /72, a continuidade da prestação de serviços é requisito essencial. Na hipótese dos autos, constata-se que a autora laborava como diarista, sendo incontroverso que prestava serviços dois dias por semana na residência da reclamada, restando afastado, portanto, o referido requisito da continuidade. Recurso da reclamada a que se dá provimento. TRT-1 - MANDADO DE SEGURANCA MS 116000 RJ 01160-00 (TRT-1) Data de publicação: 18/03/2003

Ementa: GRUPO ECONOMICO. SOLIDARIEDADE. A EXISTÊNCIA DE GRUPO ECON�"MICO NÃO CARACTERIZA A FIGURA DO EMPREGADOR ÚNICO. O LEGISLADOR INFRA CONSTITUCIONAL NÃO PRETENDEU DAR PERSONALIDADE JURÍDICA AO "GRUPO", MAS

Page 9: ATPS_Direito Do Trabalho

APENAS DAR MAIOR SOLVABILIDADE NOS CRÉDITOS TRABALHISTAS, CRIANDO UMA SOLIDARIEDADE ENTRE OS COMPONENTES DO GRUPO ECON�"MICO (ART. 2º, § 2º DA CLT) TRT-10 - Recurso Ordinário RO 70201100810005 DF 00070-2011-008-10-00-5 RO (TRT-10) Data de publicação: 27/04/2012

Ementa: RELAÇÃO DE EMPREGO. CARACTERIZAÇÃO. A relação de emprego, consoante o artigo 3º , da CLT , somente se aperfeiçoa se presentes os pressupostos da pessoalidade, da subordinação, da contraprestação direta e da não eventualidade dos serviços. É necessária a reunião de todos esses requisitos para caracterizar a figura do empregado, bastando que falte um elemento para que a relação jurídica não configure vínculo empregatício. Data de publicação: 17/11/2011

Ementa: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS EM BENEFÍCIO PRÓPRIO. VÍNCULO DE EMPREGO. NÃO CARACTERIZAÇÃO. Caso sui generis em que o trabalhador, embora contratado para trabalhar nos moldes da relação de emprego, presta serviços em benefício próprio e à revelia do empregador. Inexistente a prestação de serviços em benefício do empregador, não se caracteriza a figura do "empregado" aludida no art. 3º da CLT , não se formando, por consequência, a relação de emprego. (...)

Ementa: RELAÇÃO DE EMPREGO. AUSÊNCIA DE SUBORDINAÇÃO. NÃO CARACTERIZAÇÃO. A relação de emprego, consoante o artigo 3º , da CLT , somente se aperfeiçoa se presentes os pressupostos da pessoalidade, da subordinação, da contraprestação direta e da não eventualidade dos serviços. É necessária a reunião de todos esses requisitos para caracterizar a figura do empregado, bastando que falte um elemento para que a relação jurídica não configure vínculo empregatício. Evidenciada a autonomia na prestação de serviços, inviável o reconhecimento de vínculo de emprego.Data de publicação: 21/10/2011

Ementa: RELAÇÃO DE EMPREGO. AUSÊNCIA DE SUBORDINAÇÃO. NÃO CARACTERIZAÇÃO. A relação de emprego, consoante o artigo 3º , da CLT , somente se aperfeiçoa se presentes os pressupostos da pessoalidade, da subordinação, da contraprestação direta e da não eventualidade dos serviços. É necessária a reunião de todos esses requisitos para caracterizar a figura do empregado, bastando que falte um elemento para que a relação jurídica não configure vínculo empregatício. Evidenciada a autonomia na prestação de serviços, inviável o reconhecimento de vínculo de emprego.Data de publicação: 23/03/2012

Ementa: VÍNCULO DE EMPREGO. PEDREIRO. INEXISTÊNCIA. A demandada não é construtora, nem desenvolve atividade na área de construção, restando os serviços de construção/reforma por ela contratados, isentos de qualquer objetivo de exploração econômica. A assunção dos riscos da atividade econômica é requisito essencial para caracterização da figura do empregador. No entanto, na hipótese do dono de obra, tal pressuposto não se encontra presente, pois não há a exploração comercial da construção civil e, muito menos, finalidade lucrativa. Recurso conhecido e não provido. Processo: AgRg no AREsp 381949 SP 2013/0261575-9Relator(a): Ministro BENEDITO GONÇALVESJulgamento: 19/11/2013Órgão Julgador: T1 - PRIMEIRA TURMA

Publicação: DJe 28/11/2013

Page 10: ATPS_Direito Do Trabalho

EmentaPROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL. DECRETO-LEI 1.166. SÚMULA 284/STF. AUSÊNCIA DE PROVAS PARA O ENQUADRAMENTO LEGAL DO CONTRIBUINTE COMO EMPREGADOR RURAL. REVISÃO. IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 7/STJ.1. As razões apresentadas no recurso especial não explicaram de que forma os arts. 458foram supostamente violados pelo entendimento adotado pela Corte local. Incide, na espécie, a Súmula 284/STF.2. Para rever as razões de decidir do Tribunal a quo é necessário o reexame do conjunto fático-probatório, o que é vedado pela Súmula n. 7 desta Corte.3. Agravo regimental não provido.

AcórdãoVistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da PRIMEIRA Turma do Superior Tribunal de Justiça, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Sr. Ministro Relator. Os Srs. Processo: 00014-2011-016-10-00-5 RO (Acordão 3ª Turma)Origem: 16ª Vara do Trabalho de BRASÍLIA/DFJuíz (a) da Sentença: Solange Barbuscia de Cerqueira Godoy

Relator: Desembargador Ribamar Lima JuniorRevisor: Desembargador José Leone Cordeiro LeiteJulgado em: 27/11/2013Publicado em: 06/12/2013 no DEJTRecorrente: Elba Maria Leite GomesAdvogado: Sylvia Pereira da SilvaRecorrido: Programa das Nacoes Unidas para o Desenvolvimento - PnudAdvogado: Douglas Guilherme FernandesRecorrido: UniãoAdvogado: Bruno Cesar Gonçalves TeixeiraAcordão do (a) Exmo (a) Desembargador Ribamar Lima Junior

EMENTA1.CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. VÍNCULO EMPREGATÍCIO. REQUISITOS. CONFIGURAÇÃO. No direito do trabalho vige o princípio da primazia da realidade, o qual permite a identificação da relação de emprego quando evidenciados os seus pressupostos, ainda que acobertados pela falsa roupagem de contrato de prestação de serviços autônomos. Se houve pactuação civil tendente a mascarar a relação empregatícia - e a prova colhida demonstra a efetiva presença dos requisitos jurídicos -, o reconhecimento do vínculo nos moldes preconizados nos artigos 2.º

RELATÓRIOA Excelentíssima Juíza do Trabalho Substituta, em exercício na MM. 16ª Vara do Trabalho de Brasília-DF, Dra. Solange Barbuscia de Cerqueira Godoy, extinguiu o feito sem resolução de mérito, com fulcro no artigo 267(fls. 777/786). Inconformada, a reclamante interpôs recurso ordinário (fls. 788/797), pugnando

Page 11: ATPS_Direito Do Trabalho

pela modificação do julgado quanto ao tema imunidade de jurisdição. Foram apresentadas contrarrazões pelo INEP e pelo PNUD (fls. 800/805 e 807/810, respectivamente). Apreciando o recurso ordinário interposto pelo reclamante, esta egrégia 3.ª Turma proveu o apelo, tendo afastado a imunidade de jurisdição e determinado o retorno dos autos à origem para prosseguimento (fls. 823/839). O segundo reclamado interpôs recurso de revista (fls. 844/847v.), o qual não foi admitido em despacho proferido pelo Excelentíssimo Desembargador Presidente deste Regional (fl. 849). Foi interposto Agravo de Instrumento perante o colendo TST (fls. 857/861), ao qual foi negado seguimento (fls. 901/901v.). Referida decisão transitou em julgado em 13/2/2013, conforme certidão de fl. 904. Sobreveio a sentença proferida pela mesma Magistrada, que rejeitou as preliminares invocadas pelas reclamadas, declarou prescritas as pretensões anteriores a 7/1/2006 e, no mérito, julgou improcedentes os pedidos iniciais (fls. 907/913). Insatisfeita, a reclamante insurge-se contra o não reconhecimento do vínculo empregatício (fls. 916/922). Em contrarrazões, a União arguiu a preliminar de imunidade de jurisdição , tendo em conta a nova redação da OJ n.º 416 da egr. SBDI-1 do colendo TST. No mérito, pugna pela manutenção da d. decisão originária. O Ministério Público do Trabalho, por meio de parecer do Excelentíssimo Procurador Regional do Trabalho.