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Manual de Direito Administrativo – Editora Método – Prof. Gustavo Knoplock ATUALIZAÇÕES DA 11ª EDIÇÃO (2018) FEITAS EM 08 2019 SUMÁRIO: Acrescentar: 3.3.16. Subsidiariedade ................................................. 16.3. Critérios de controle na LINDB ............................. SUMÁRIO: Renumerar: 16.3. Resumo ............................. 16.3.1. Resumo das jurisprudências deste capítulo.............. PARA: 16.4. Resumo ............................. 16.4.1. Resumo das jurisprudências deste capítulo.............. SUMÁRIO: ALTERAR ITEM: 10.6. Foro privilegiado ................................................. PARA: 10.6. Agentes políticos ................................................. PÁGINA 32: ACRESCENTAR texto antes do item 2.6.1.5.: Em 2019, ao julgar mandado de segurança impetrado pelo Conselho Federal da OAB contra decisão do TCU que estabeleceu a obrigatoriedade de a OAB prestar contas e submeter-se à fiscalização da Corte de Contas, o STF concedeu liminar suspendendo a obrigação: A conclusão do TCU contraria os fundamentos da jurisprudência do STF sobre a matéria. No julgamento da ADI 3026, a Corte firmou entendimento de que a OAB não é uma entidade da administração indireta da União, caracterizando-se como serviço público independente (STF MS 36.376, 12/06/2019). PÁGINA 37: ALTERAR o seguinte parágrafo da página: Como as fundações de direito público são espécies de autarquias, a elas se aplicarão todas as prerrogativas das autarquias, ou seja, o regime jurídico de direito público. Exemplo disso é o juízo privativo federal a que têm direito; o art. 109, I, da Constituição Federal dispõe que “aos juízes federais compete processar e julgar as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas...”, devendo ser entendida abrangida a fundação de direito público pela previsão de autarquia.

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ATUALIZAÇÕES DA 11ª EDIÇÃO (2018) FEITAS EM 08 2019

SUMÁRIO: Acrescentar:

3.3.16. Subsidiariedade .................................................

16.3. Critérios de controle na LINDB .............................

SUMÁRIO: Renumerar:

16.3. Resumo .............................

16.3.1. Resumo das jurisprudências deste capítulo..............

PARA:

16.4. Resumo .............................

16.4.1. Resumo das jurisprudências deste capítulo..............

SUMÁRIO: ALTERAR ITEM:

10.6. Foro privilegiado .................................................

PARA:

10.6. Agentes políticos .................................................

PÁGINA 32: ACRESCENTAR texto antes do item 2.6.1.5.:

Em 2019, ao julgar mandado de segurança impetrado pelo Conselho Federal da OAB contra decisão do TCU que estabeleceu a obrigatoriedade de a OAB prestar contas e submeter-se à fiscalização da Corte de Contas, o STF concedeu liminar suspendendo a obrigação:

A conclusão do TCU contraria os fundamentos da jurisprudência do STF sobre a matéria. No julgamento da ADI 3026, a Corte firmou entendimento de que a OAB não é uma entidade da administração indireta da União, caracterizando-se como serviço público independente (STF – MS 36.376, 12/06/2019).

PÁGINA 37: ALTERAR o seguinte parágrafo da página:

Como as fundações de direito público são espécies de autarquias, a elas se aplicarão todas as

prerrogativas das autarquias, ou seja, o regime jurídico de direito público. Exemplo disso é o juízo

privativo federal a que têm direito; o art. 109, I, da Constituição Federal dispõe que “aos juízes federais

compete processar e julgar as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal

forem interessadas...”, devendo ser entendida abrangida a fundação de direito público pela previsão de

autarquia.

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PÁGINA 38: ACRESCENTAR o seguinte parágrafo no início da página, antes do item 2.6.3.:

O artigo 109, I, da Constituição Federal dispõe que “aos juízes federais compete processar e julgar

as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na

condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes”.

Como o referido dispositivo não faz menção às fundações públicas, poderíamos concluir que as

ações envolvendo as fundações públicas federais não seriam julgadas pela Justiça Federal, mas isso não

é verdade.

As fundações de direito público são espécies de autarquias, logo, estão abrangidas pelo dispositivo;

com relação às fundações de direito privado, entendeu o STJ não ser razoável que o foro privilegiado

fosse estendido a uma empresa pública e não o fosse a uma fundação pública, razão pela qual decidiu

lhe estender o foro da Justiça Federal:

As fundações públicas federais instituídas sob o regime jurídico de direito privado, conforme

jurisprudência desta Corte, equiparam-se às empresas públicas, o que atrai a incidência do art.

109, I, da CF (STJ - CC nº 124.289, 03/09/2012)

PÁGINA 70: ALTERAR os valores no final da página:

1. A Lei nº 8.666/1993, que dispõe sobre as licitações e contratos administrativos dispõe, em seu art. 24, I

e II, que são dispensáveis as licitações públicas para toda a Administração Direta e Indireta para

compras e serviços de valores até 10% do limite previsto como teto para a modalidade de convite (ou

seja, as compras e contratações de serviços de valor até R$ 17.600,00 e as contratações de obras e

serviços de engenharia de valor até R$ 33.000,00 podem ser feitas diretamente pela Administração,

sem licitação), já o § 1º do mesmo artigo prevê que “os percentuais referidos nos incisos I e II deste

artigo serão 20% (vinte por cento) para compras, obras e serviços contratados por sociedade de

economia mista e empresa pública, bem assim por autarquia e fundação qualificadas, na forma da lei,

como Agências Executivas”.

PÁGINA 71: ALTERAR os trechos em realce no primeiro quadro de CUIDADO:

Esses valores de dispensa serão maiores dobrados (R$ 35.200,00 e R$ 66.000,00) para agência

executiva (que será obrigatoriamente uma autarquia ou fundação) e para todas as sociedades de

economia mista e empresas públicas (as quais não se confundem com agências executivas).

PÁGINA 75: ALTERAR os trechos em realce nos dois últimos parágrafos:

O termo agência reguladora é relativamente novo, embora já existissem entidades possuidoras das

características próprias dessa espécie que, por terem sido criadas anteriormente, não recebem essa

mesma denominação, tal como o Banco Central do Brasil – Bacen –, autarquia de regime especial que

regula o sistema financeiro, fiscalizando os bancos. Dessa forma, devemos relembrar não existir uma

definição precisa para o termo autarquia de regime especial e, pelo mesmo motivo, para o termo agência

reguladora, mas podemos citar como exemplo a própria Lei nº 9.472/1997, que criou a Anatel, em seu art.

8º, § 2º:

A natureza de autarquia especial conferida à Agência é caracterizada por independência administrativa, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes e autonomia financeira.

As leis nº 9.986/2000 e 13.848/2019 estabelecem regras gerais aplicáveis às agências

reguladoras, estabelecendo essa última que:

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A natureza especial conferida à agência reguladora é caracterizada pela ausência de tutela ou de

subordinação hierárquica, pela autonomia funcional, decisória, administrativa e financeira e pela

investidura a termo de seus dirigentes e estabilidade durante os mandatos, bem como pelas

demais disposições constantes desta Lei ou de leis específicas voltadas à sua implementação.

PÁGINA 76: ALTERAR os trechos em realce:

2.8.2.2. Características

Vejamos as principais características comuns à maioria das agências reguladoras:

• Mandato fixo de seus administradores, com prazo definido em lei: eles só poderão ser destituídos, antes

do término do mandato, por sentença judicial transitada em julgado (sentença definitiva, da qual já não

cabe recurso) ou por processo administrativo disciplinar com direito à ampla defesa. Tal restrição está

expressa na Lei nº 9.986/2000, lei geral que “dispõe sobre a gestão de recursos humanos das agências

reguladoras”, em seu art. 9º, sendo que o seu parágrafo único ressalta que “a lei de criação da Agência

poderá prever outras condições para a perda do mandato”.

• Mandato fixo de seus administradores: o mandato dos membros do Conselho Diretor ou da Diretoria

Colegiada das agências reguladoras será de 5 anos, vedada a recondução. Nesse período não

poderão ser exonerados, só podendo perder seus mandatos por renúncia, condenação judicial

transitada em julgado, condenação em processo administrativo disciplinar ou por infringência às

vedações impostas pela Lei nº 9.986/2000 a esses diretores.

• Nomeação dos dirigentes pelo Presidente da República somente após aprovação pelo Senado

Federal: cabe a este sabatinar o indicado, o que deve garantir o critério técnico, e não político, na

escolha dos mesmos. Os dirigentes devem ser brasileiros, de reputação ilibada, notório conhecimento

no campo de sua especialidade, formação acadêmica compatível com o cargo e ter experiência

profissional de, no mínimo:

10 anos, no setor público ou privado, no campo de atividade da agência reguladora ou em área a ela conexa, em função de direção superior, ou

10 anos de experiência como profissional liberal no campo de atividade da agência reguladora ou em área conexa, ou

4 anos ocupando pelo menos um dos seguintes cargos: cargo de direção ou de chefia superior em empresa no campo de atividade da agência

reguladora, entendendo-se como cargo de chefia superior aquele situado nos 2 níveis hierárquicos não estatutários mais altos da empresa;

cargo em comissão ou função de confiança equivalente a DAS-4 ou superior, no setor público;

cargo de docente ou de pesquisador no campo de atividade da agência reguladora ou em área conexa.

• “Quarentena”: proibição ao ex-dirigente, após sua saída da agência, de prestar serviços, consultoria ou

representar empresas da área regulada por um período de quatro meses (podendo ser maior conforme

a lei criadora de cada agência), exercer atividade ou prestar qualquer serviço no setor regulado pela

respectiva agência por um período de seis meses, a fim de não as beneficiar com informações

privilegiadas, com direito à remuneração do período.

• Poder de polícia: fiscalizar a atividade e aplicar sanções, inclusive recebendo recursos provenientes de

taxas dele decorrentes.

• Poder normativo: poder de edição de normas, sobretudo de caráter técnico, sobre as matérias

específicas, sempre limitadas às leis e decretos regulamentares, não podendo ultrapassá-los. Esse

exercício de poder normativo ou regulamentar deve estar bem delimitado em lei, devendo estar

claramente definidas as matérias e os limites para essa regulamentação, não sendo aceita a

delegação legislativa em branco, ou seja, uma previsão genérica de que a agência pode editar

normas necessárias, sem que se estabeleçam seus limites, sob pena de sustação das mesmas pelo

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Congresso e de controle pelo Poder Judiciário. Resumindo, as agências têm competência normativa,

e não competência legislativa.

• Poder decisório: as agências reguladoras apreciam litígios, conflitos entre as partes envolvendo

matérias técnicas, e decidem a questão no nível administrativo, ou seja, não caberá anulação dessa

decisão pelo Poder Executivo. Tal decisão não é, de forma nenhuma, uma usurpação da função

jurisdicional, como defendem alguns, vez que após a decisão da agência, seja ela qual for, sempre

haverá a possibilidade de apreciação da questão pelo Poder Judiciário, em função do princípio

constitucional da inafastabilidade do Poder Judiciário. Exemplos dessas decisões são aquelas da ANS

– Agência Nacional de Saúde Suplementar –, que controla os planos de saúde, declarando a

possibilidade ou não de exclusão de determinadas doenças do plano, ou os prazos de cobertura, entre

outras questões. A Lei nº 13.848/2019 traz diversas regras sobre o processo decisório das agências.

PÁGINA 77: RETIRAR o quadro CUIDADO.

PÁGINA 86: ACRESCENTAR jurisprudências:

STJ - As ações relativas às fundações públicas federais, de direito público ou privado, serão julgadas pela

Justiça Federal nos termos do artigo 109, I, da CF (STJ - CC nº 124.289, 03/09/2012)

STF - A alienação do controle acionário de empresas públicas e sociedades de economia mista exige

autorização legislativa e licitação; a alienação do controle acionário das subsidiárias e controladas de

empresas públicas e sociedades de economia mista não exige autorização legislativa nem licitação (ADI

nº 5624, 06/06/2019)

PÁGINA 108: Acrescentar item 3.3.16.

3.3.16. Subsidiariedade

O artigo 173 da nossa Constituição Federal dispõe que “ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei”.

Isso significa dizer que a atuação do Poder Público na ordem econômica deve ser subsidiária; as atividades econômicas devem ser exploradas pela iniciativa privada, muito mais preparada para isso, e apenas de forma excepcional, subsidiariamente, pelo Estado.

? QUESTÃO COMENTADA

ANALISTA JUDICIÁRIO/TRF 1ª R. – 2017 - CESPE

Assinale Certo ou Errado:

Para os autores que defendem o princípio da subsidiariedade, a atividade pública tem primazia sobre a iniciativa privada, devendo o ente particular se abster de exercer atividades que o Estado tenha condições de exercer por sua própria iniciativa e com seus próprios recursos.

Comentário

A afirmativa está errada, uma vez que define justamente o contrário do que representa o princípio da subsidiariedade. A iniciativa privada tem primazia sobre a atividade pública, devendo o ente público se abster de exercer atividades que o particular tenha condições de exercer por sua própria iniciativa e com seus próprios recursos.

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PÁGINA 116: Acrescentar item logo após o princípio da Sindicabilidade:

Subsidiariedade – A atuação do Estado na atividade econômica deve ser subsidiária em relação à atuação da iniciativa privada.

PÁGINA 117: ACRESCENTAR jurisprudências à página:

STF – É incabível justificar a permanência de alguém que tomou posse em razão de decisão judicial de caráter precário com fundamento nos princípios da boa-fé e da proteção da confiança legítima. Inaplicabilidade da “teoria do fato consumado” (RE 608.482, 07/08/2014). STF _ Apesar da inaplicabilidade da “teoria do fato consumado” a candidato que assumiu o cargo em razão de decisão judicial de natureza precária, a aposentadoria do servidor impede a determinação de perda do cargo. Nesse caso, em razão do elevado grau de estabilidade da situação jurídica, o princípio da proteção da confiança legítima incide com maior intensidade (RE 740.029, 14/08/2018).

PÁGINA 166: ACRESCENTAR QUESTÃO COMENTADA imediatamente antes do item 5.5.3.:

? QUESTÃO COMENTADA

PROCURADOR/PGE-TO – 2018 – FCC

Estevão Artacho, candidato em concurso público para a carreira policial, foi considerado inapto por exame médico oficial, realizado em 24 de março de 2017, pela constatação de que sofria de sopro no coração, isto é, uma alteração nas válvulas coronárias. Por essa razão, não pôde tomar posse na data marcada para a investidura dos candidatos, 11 de abril de 2017. Inconformado, Estevão ajuizou ação ordinária, questionando o ato administrativo que o considerou inapto e pleiteou, a título de indenização, o valor correspondente aos vencimentos do cargo, computados desde a data fixada para a posse. Citada a Fazenda Estadual e contestada a pretensão, determinou-se realização de prova pericial, que constatou, por meio de exames mais detalhados, que se tratava de variedade benigna da anomalia, não impeditiva do exercício da função pública. O juiz prolatou sentença de procedência, no tocante ao pedido de empossamento no cargo público. No tocante à pretensão relativa à indenização, a sentença seguiu a jurisprudência dominante do STF, que dispõe que

a)não é devida indenização, salvo em situação de flagrante arbitrariedade do ato que impediu a posse.

b)a indenização é devida, computada desde a data em que deveria ter ocorrido a posse.

c)tal pretensão deve ser deduzida em ação própria.

d)a indenização é devida, computada desde a data do ajuizamento da ação.

e)a indenização é devida, computada desde a data da citação da Fazenda Pública.

Comentário

O gabarito é a letra A, seguindo jurisprudência do STF de que não é devida indenização por prejuízos decorrentes da demora na posse ocorrida por culpa da Administração.

PÁGINA 168: ACRESCENTAR parágrafo antes do item 5.5.4.:

Na verdade, não é pacífica, no STF, a tese de que os cargos em comissão de natureza política sejam exceções à súmula anti-nepotismo (uma vez que, de fato, isso não consta expressamente do seu texto); a corrente que atualmente prevalece é a de que, em se tratando desses cargos políticos, deve-se verificar se o nomeado tem conhecimento e capacidade para assumir a função. Dessa forma, por exemplo, a nomeação de parente para o cargo de Secretário Estadual de Saúde não será vedada se ele tiver

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conhecimento na área, mas será proibida se ele não tiver qualquer experiência (nesse caso, a nomeação teria ocorrido exclusivamente em decorrência do parentesco, a configurar o nepotismo).

PÁGINA 173: ALTERAR os trechos em realce, no 3º parágrafo:

Posteriormente foi editado o Decreto Federal nº 9.508/2018 que, em seu art. 37, reserva no mínimo

5% das vagas, devendo o número fracionado ser elevado até o número inteiro subsequente. Assim, por

exemplo, em um concurso com 110 vagas, 5% resultariam 5,5 cargos, que deveria ser arredondado para 6

vagas.

PÁGINA 180: RETIRAR todo o texto da página, incluindo o quadro esquemático de TETOS REMUNERATÓRIOS e o quadro DIVERGÊNCIA DOUTRINÁRIA (que termina na página 181) e SUBSTITUIR pelo seguinte:

O inciso XI estabelece os tetos remuneratórios na Administração Direta, autárquica e fundacional, aplicáveis a todas as esferas e todos os Poderes, seguindo a ideia de um teto máximo geral (subsídio dos Ministros do STF) e subtetos específicos, da seguinte forma:

UNIÃO Ministros do STF

Poder Executivo Governador

ESTADOS Poder Legislativo Deputados Estaduais

Poder Judiciário Desembargadores do TJ

MUNICÍPIOS Prefeito

SUBTETO ESPECIAL

Desembargadores do TJ

Membros do MP

Defensores Públicos 90,25% dos Ministros do

Procuradores STF (estaduais e municipais)

O teto remuneratório estabelecido para os Desembargadores do TJ (90,25% dos Ministros do STF) recebeu muitas críticas de quem, por desconhecimento de causa, o considerou demasiadamente “quebrado”, mas a explicação é simples e lógica. O artigo 93 V da Constituição Federal estabelece, em resumo, que os Desembargadores não poderão receber acima de 95% dos Ministros dos Tribunais Superiores, e que a remuneração desses Ministros equivale a 95% do subsídio dos Ministros do STF, assim, 95% de 95% corresponde a 90,25%!!!

Uma vez que a Constituição Federal estendeu o teto remuneratório dos Desembargadores Estaduais (90,25% do STF) aos membros do MP, Defensores Públicos e Procuradores, entendeu-se em um primeiro momento que o mesmo aplicar-se-ia apenas na esfera estadual (Membros do MP Estadual, Defensores Públicos Estaduais e Procuradores Estaduais), mas o STF, ao julgar o RE nº 663.696, decidiu que o subteto se aplica também aos Procuradores Municipais:

A expressão "Procuradores", contida na parte final do inciso XI do art. 37 da Constituição da República, compreende os procuradores municipais, uma vez que estes se inserem nas funções essenciais à Justiça, estando, portanto, submetidos ao teto de noventa inteiros e vinte e cinco

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centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos ministros do Supremo Tribunal Federal – STF (RE nº 663.696, 28/02/2019).

PÁGINA 181: RETIRAR todo o parágrafo após a QUESTÃO COMENTADA:

Quanto ao alcance, podemos resumir que os tetos remuneratórios constitucionais se aplicam a todos

os agentes políticos e a todo o pessoal da Administração Direta, autárquica e fundacional, sejam ativos ou

inativos e ainda os pensionistas destes, de forma cumulativa ou não, ou seja, o valor total recebido por

qualquer um deles, somando-se as remunerações de cargos acumulados, ou a remuneração de um cargo

com o provento de aposentadoria de outro cargo acumulado, ou pensão, e ainda qualquer tipo de

acréscimo remuneratório, não poderá ultrapassar aqueles limites.

PÁGINAS 189 a 191: RETIRAR todo o texto que vai desde o 4º parágrafo da página 189 (Nas edições anteriores dessa obra...) até o quadro QUESTÃO COMENTADA do topo da página 191 (que também sai) e SUBSTITUIR pelo seguinte trecho:

Nas edições anteriores dessa obra, dissemos existir Parecer da AGU estabelecendo que só haveria compatibilidade de horários, para fins de acumulação, quando o somatório das cargas horárias não ultrapassasse 60 horas semanais, e que a posição do STJ sobre o assunto era muito vacilante, havendo decisões favoráveis e contrárias ao Parecer.

Toda essa divergência hoje se encontra superada, a partir do momento em que o STF declarou que, como a Constituição Federal não estabelece limitação máxima da jornada de trabalho, nenhuma norma infraconstitucional pode fazê-lo, bastando haver a possibilidade fática de cumprimento de ambas as cargas horárias. Depois disso, o STJ decidiu seguir o entendimento consolidado pelo STF:

A jurisprudência do STF é no sentido de que a acumulação de dois cargos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas, nos termos do artigo 37, inciso XVI, alínea “c”, da Constituição Federal, está condicionada apenas à existência de horários compatíveis entre os cargos exercidos. Este Tribunal tem afastado o argumento de que a existência de norma infraconstitucional que estipule limitação de jornada semanal constituiria óbice ao reconhecimento do direito à acumulação permitida pela Carta Maior. O relator ressaltou ainda que o Supremo já se manifestou no sentido da impossibilidade de limitação de jornada pela aplicação do Parecer 145/1998 da AGU. (STF – RMS 34.257, 08/02/2018). A acumulação de cargos públicos de profissionais da área de saúde, prevista no art. 37, XVI, da CF/1988, não se sujeita ao limite de 60 horas semanais. A Primeira Seção desta Corte Superior vinha reconhecendo a impossibilidade de acumulação remunerada de cargos ou empregos públicos privativos de profissionais da área de saúde quando a jornada de trabalho for superior a 60 (sessenta) horas semanais. Estabeleceu-se que, apesar de a Constituição Federal permitir o exercício de atividades compatíveis em questão de horário, deve o servidor gozar de boas condições físicas e mentais para o desempenho de suas atribuições, em observância ao princípio administrativo da eficiência, razão pela qual seria coerente a fixação do limite de 60 (sessenta) horas semanais, a partir do qual a acumulação seria vedada. Contudo, ambas as Turmas que compõem o Supremo Tribunal Federal têm reiteradamente se posicionado "[...] no sentido de que a acumulação de cargos públicos de profissionais da área de saúde, prevista no art. 37, XVI, da CF/88, não se sujeita ao limite de 60 horas semanais previsto em norma infraconstitucional, pois inexiste tal requisito na Constituição Federal" (RE 1.094.802 AgR, Relator Min. Alexandre de Moraes, Primeira Turma, julgado em 11/5/2018, DJe 24/5/2018). De fato, o único requisito estabelecido para a acumulação é a compatibilidade de horários no exercício das funções, cujo cumprimento deverá ser aferido pela administração pública. Assim, a orientação atualmente vigente deve ser superada, passando a alinhar-se com o entendimento do STF sobre a matéria. (STJ – Resp 1.767.955, 27/03/2019)

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PÁGINA 194: ACRESCENTAR texto antes do item 5.5.9.:

A vedação de acumulação é ampla, aplicando-se a cargos, empregos e também a funções públicas; nesse sentido, já decidiu o STF que o titular de cartório exerce função pública delegada e, assim, não pode ser acumulada com cargo ou emprego público:

O titular de serviço cartorário exerce efetiva função pública, devendo ser respeitada a regra constitucional que veda a cumulação de cargos, empregos e funções públicas (STF – MS 27.955, 23/04/2018).

PÁGINA 226: RETIRAR a tabela de TETOS REMUNERATÓRIOS que se encontra no início da página e SUBSTITUIR pelo esquema:

TETOS REMUNERATÓRIOS

UNIÃO Ministros do STF

Poder Executivo Governador

ESTADOS Poder Legislativo Deputados Estaduais

Poder Judiciário Desembargadores do TJ

MUNICÍPIOS Prefeito

SUBTETO ESPECIAL

Desembargadores do TJ

Membros do MP

Defensores Públicos 90,25% dos Ministros do

Procuradores STF

(estaduais e municipais)

PÁGINA 230: RETIRAR última jurisprudência da página:

STJ – Não é possível a acumulação de dois cargos públicos quando a jornada de trabalho semanal

ultrapassar o limite máximo de sessenta horas (STJ – REsp no 1.565.429, DJe 04/02/2016).

PÁGINA 232: ACRESCENTAR jurisprudências à página:

STJ - A acumulação de cargos públicos não se sujeita ao limite de 60 horas semanais. O único requisito estabelecido para a acumulação é a compatibilidade de horários no exercício das funções, cujo cumprimento deverá ser aferido pela administração pública (Resp 1.767.955, 27/03/2019).

STF – O subteto de 90,25% do subsídio dos Ministros do STF, válido para os Procuradores Estaduais, é aplicável também aos Procuradores Municipais (RE 663.696, 28/02/2019).

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STF – Não incide contribuição previdenciária sobre verba não incorporável aos proventos de aposentadoria do servidor público, tais como terço de férias, serviços extraordinários, adicional noturno e adicional de insalubridade (RE 593.068, 11/10/2018).

STF - O titular de serviço cartorário exerce efetiva função pública, devendo ser respeitada a regra constitucional que veda a cumulação de cargos, empregos e funções públicas (MS 27.955, 23/04/2018).

STF – A vedação de acumulação de cargos, empregos e funções públicas persiste inclusive em caso de licença não remunerada de um dos cargos (MS 27.955, 23/04/2018).

PÁGINA 239: ACRESCENTAR jurisprudência no item 6.3.1.:

STF – Só há comunicabilidade das esferas administrativa e penal quando esta reconhecer a inexistência do fato ou a negativa de autoria, e não quando a decisão for calcada na insuficiência das provas (RMS 33.778, 23/02/2018).

PÁGINA 245: ACRESCENTAR texto imediatamente antes do item 7.2.:

Com relação aos danos causados a particulares pela atuação dos Cartórios, decidiu o STF que a responsabilidade objetiva é do Estado. Os serviços notariais são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público, e assim, os tabeliães são agentes públicos delegados, pessoas naturais, que só podem responder de forma subjetiva, regressivamente perante o Estado.

O Estado responde, objetivamente, pelos atos dos tabeliães e registradores oficiais que, no exercício de suas funções, causem dano a terceiros, assentado o dever de regresso contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa, sob pena de improbidade administrativa (STF – RE 842.846, 27/02/2019)

PÁGINA 261: ALTERAR/ACRESCENTAR o texto em realce nos dois últimos parágrafos da página:

A decisão é no sentido de que nem toda atuação que cause prejuízo aos cofres públicos configura ilícito,

nos termos do art. 37, § 5º, da Constituição Federal, a ponto de gerar a imprescritibilidade das ações,

confirmando o que já defendíamos em edições anteriores. Só há imprescritibilidade em caso de ato doloso

de improbidade administrativa.

São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário fundadas na prática de ato doloso tipificado na

Lei de Improbidade Administrativa. A imprescritibilidade da ação de ressarcimento se restringe às

hipóteses de atos de improbidade dolosa, ou seja, que impliquem enriquecimento ilícito, favorecimento

ilícito de terceiros ou dano intencional à Administração Pública (STF – RE 852.475, 08/08/2018).

No caso concreto, a União havia proposto ação de ressarcimento contra uma empresa de transporte

rodoviário e um de seus motoristas por entender que houve culpa exclusiva do condutor do ônibus em batida

contra um veículo da União, ocorrida em 1997 há mais de 5 anos. Decidiu o STF que já havia ocorrido a

prescrição, uma vez que o prejuízo ao erário não foi causado por ato doloso de improbidade.

Ressaltou o STF que a decisão apenas reconhece a possibilidade de prescrição de ilícitos civis, mas

que não houve discussão quanto a ilícitos penais e atos de improbidade, ou seja, reconheceu a Suprema

Corte, implicitamente, a imprescritibilidade das ações de ressarcimento de prejuízos causados ao erário por

atuações criminosas e por atos de improbidade administrativa.

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PÁGINA 268: ACRESCENTAR esquema antes do item 7.5.1.:

Prazo de prescrição das ações

Contra a Administração 5 anos

Ato doloso de improbidade Imprescritível

Movidas pela Administração Outros 5 anos

PÁGINA 269: ACRESCENTAR jurisprudências:

STF - O Estado responde objetivamente pelos atos dos tabeliães e registradores oficiais, assentado o dever de regresso contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa, sob pena de improbidade administrativa (RE 842.846, 27/02/2019). STF - São imprescritíveis as ações de ressarcimento ao erário fundadas na prática de ato doloso de improbidade administrativa que impliquem enriquecimento ilícito, favorecimento ilícito de terceiros ou dano intencional à Administração Pública (RE 852.475, 08/08/2018). PÁGINA 322: ACRESCENTAR o seguinte texto após o último marcador:

nos prazos de prescrição...

O STJ entendia que, para os ilícitos capitulados como crime, o prazo prescricional só seria o da lei penal se houvesse apuração criminal da conduta do servidor, mas esse entendimento foi alterado:

Era entendimento dominante desta Corte Superior o de que a aplicação do prazo previsto na lei penal exige a demonstração da existência de apuração criminal da conduta do servidor . Ocorre que a Primeira Seção superou seu posicionamento anterior sobre o tema, passando a entender que, diante da rigorosa independência das esferas administrativa e criminal, não se pode entender que a existência de apuração criminal é pré-requisito para a utilização do prazo prescricional penal. Assim, tanto para o STF quanto para o STJ, para que seja aplicável o art. 142, § 2º da Lei n. 8.112/1990, não é necessário demonstrar a existência da apuração criminal da conduta do servidor. (MS 20.857-DF, 22/05/2019).

PÁGINA 323: ALTERAR final do penúltimo parágrafo da página:

Nesse sentido também já decidiu o STJ, ao afirmar que a demora da decisão não pode trazer

prejuízo ao acusado editou o STJ, em 17/06/2019, a Súmula 635:

O excesso de prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar não gera, por si

só, qualquer nulidade no feito, desde que não haja prejuízo para o acusado. Isso porque não

se configura nulidade sem prejuízo (pas de nulité sans grief) (RMS 33.628-PE, 02/04/2013).

Os prazos prescricionais previstos no artigo 142 da Lei 8.112/90 iniciam-se na data em que a autoridade competente para a abertura do procedimento administrativo tomar conhecimento do fato, interrompendo-se com o primeiro ato de instauração válido, sindicância de caráter punitivo ou processo disciplinar, e volta a fluir por inteiro após decorridos 140 dias desde a interrupção.

PÁGINA 341: ACRESCENTAR jurisprudências:

STF – É válida a pena administrativa de cassação de aposentadoria, apesar do caráter contributivo do benefício previdenciário, aplicável a servidor já inativo em decorrência de apuração de falta disciplinar grave ocorrida quando em atividade (RMS 33.778, 23/02/2018).

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STJ - Os prazos prescricionais previstos no artigo 142 da Lei 8.112/90 iniciam-se na data em que a autoridade competente para a abertura do procedimento administrativo tomar conhecimento do fato, interrompendo-se com o primeiro ato de instauração válido, sindicância de caráter punitivo ou processo disciplinar, e volta a fluir por inteiro após decorridos 140 dias desde a interrupção (súmula 635, 17/06/2019).

STJ - O prazo prescricional previsto na lei penal se aplica às infrações disciplinares também capituladas como crime independentemente da apuração criminal da conduta do servidor (MS nº 20.857, 22/05/2019).

PÁGINA 349: Acrescentar inciso X:

X - transferir recurso a entidade privada, em razão da prestação de serviços na área de saúde sem a prévia celebração de contrato, convênio ou instrumento congênere, nos termos do parágrafo único do art. 24 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. (Lei do SUS)

PÁGINAS 356 a 361: SUBSTITUIR todo o item 10.6 pelo seguinte:

10.6. Agentes políticos

Houve muita discussão acerca da aplicabilidade ou não da lei de improbidade administrativa aos

chamados “agentes políticos”, a partir da (infeliz) decisão do STF na Rcl nº 2.138/2008, segundo a qual o

acusado, Ministro de Estado, não poderia responder por Improbidade Administrativa, nos termos da Lei nº

8.429/1992, mas sim por Crime de Responsabilidade, conforme a Lei nº 1.079/1950. A partir daí, começou-

se a se desenvolver a tese de que os agentes políticos responderiam apenas por crime de

responsabilidade, e não por improbidade administrativa, a fim de que não houvesse duplicidade de sanção,

ou o chamado bis in idem.

Como consequência, diversos agentes políticos acusados de improbidade administrativa começaram a

alegar só estarem sujeitos à ação por crime de responsabilidade (impeachment) uma vez que assim, como

na maioria das vezes seus mandatos já teriam acabado, na prática não estariam sujeitos a sanções.

Após um longo período de transição, discussões doutrinárias e decisões conflitantes, finalmente o STF

parece ter encerrado a polêmica, ao declarar que a lei de improbidade administrativa é aplicável a quase

todos os agentes políticos:

Os agentes políticos, com exceção do Presidente da República, encontram-se sujeitos a duplo

regime sancionatório, de modo que se submetem tanto à responsabilização civil pelos atos de

improbidade administrativa quanto à responsabilização político-administrativa por crimes de

responsabilidade.

Esse o entendimento do Plenário ao negar provimento a agravo regimental em petição no qual se

sustentava que os agentes políticos respondem apenas por crimes de responsabilidade, mas não

pelos atos de improbidade administrativa previstos na Lei 8.429/1992.

Em relação ao duplo regime sancionatório, a Corte concluiu que não há qualquer impedimento à

concorrência de esferas de responsabilização distintas. Assim, carece de fundamento

constitucional a tentativa de imunizar os agentes políticos das sanções relativas à ação de

improbidade administrativa a pretexto de que essas seriam absorvidas pelo crime de

responsabilidade. Em realidade, a única exceção ao referido regime sancionatório em matéria

de improbidade se refere aos atos praticados pelo Presidente da República, conforme

previsão expressa do art. 85, V, da CF.

(STF - Pet 3.240 AgR/DF, 10/05/2018)

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CUIDADO !!!

O aluno deve ficar atento, pois existem diversas questões de concursos antigos nas quais o gabarito

considerou correta a afirmativa de que os agentes políticos não respondiam por improbidade

administrativa.

Hoje, essa afirmativa não pode mais ser considerada correta (com exceção apenas do Presidente da

República).

Houve discussão, ainda, acerca da competência para julgamento da ação de improbidade

administrativa contra autoridade detentora de foro privilegiado.

A Constituição Federal dispõe que:

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,

cabendo-lhe:

I – processar e julgar, originariamente:

...

b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros

do Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República;

c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e

os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I,

os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de

missão diplomática de caráter permanente. (Grifos do autor)

Importa dizer que, quanto a essas infrações penais, o STF é competente para julgar as referidas

autoridades, pelo que se diz que possuem foro privilegiado. A reboque do referido dispositivo

constitucional, foi editada a Lei nº 10.628/2002 que alterava o Código de Processo Penal ao acrescentar o

referido parágrafo ao art. 84:

§ 2°. A ação de improbidade, de que trata a Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, será proposta

perante o tribunal competente para processar e julgar criminalmente o funcionário ou autoridade na

hipótese de prerrogativa de foro em razão do exercício de função pública (...) (Grifo do autor)

Pretendeu a referida lei estender ao STF a competência para julgamento das ações de improbidade

administrativa (ações civis) daquelas autoridades, entretanto, tal dispositivo foi declarado inconstitucional

pelo STF ao concluir que o mesmo “resultaria na criação de nova hipótese de competência originária não

prevista no rol taxativo da Constituição Federal”, ressaltando-se que “a ação de improbidade administrativa

é de natureza civil, conforme se depreende do § 4º do art. 37 da CF, e que o STF jamais entendeu ser

competente para o conhecimento de ações civis, por ato de ofício, ajuizadas contra as autoridades para

cujo processo penal o seria” (ADI n° 2.797/DF e ADI n° 2.860/DF, Rel. Min. Sepúlveda Pertence,

15/9/2005).

Assim, aquelas autoridades têm foro privilegiado junto ao STF quanto a ações penais, mas serão

julgadas pelo juízo comum quanto às ações civis por ato de improbidade.

Apesar disso, decidiu o STF, na Petição n° 3.211, em 13/03/2008, que é de sua competência o

julgamento de seus próprios Ministros por ato de improbidade administrativa, por entender que “distribuir

competência para juiz de 1º grau para julgamento de Ministro da Corte quebraria o sistema judiciário como

um todo”.

O entendimento do STJ também é o de que os agentes políticos podem responder por ato de

improbidade, independentemente da sujeição à lei de crime de responsabilidade:

É pacífico o entendimento desta Corte no sentido de que a Lei nº 8.429/1992 é aplicável aos

agentes políticos (REsp nº 1.421.942, 27/10/2015).

Seguindo a mesma linha de raciocínio, já decidiu o STJ que os membros do MP também podem

responder por ato de improbidade administrativa, podendo ser condenados à perda do cargo nos termos da

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Lei nº 8.429/1992 (independentemente de a Lei Complementar nº 75/1993 e a Lei nº 8.625/1993

estabelecerem ações específicas para a perda do cargo dos membros do MPU e do MPE,

respectivamente).

A demissão por ato de improbidade administrativa de membro do Ministério Público (art. 240,

inciso V, alínea b, da LC n. 75/1993) não só pode ser determinada pelo trânsito em julgado de

sentença condenatória em ação específica, cujo ajuizamento foi provocado por procedimento

administrativo e é da competência do Procurador-Geral, como também pode ocorrer em

decorrência do trânsito em julgado da sentença condenatória proferida em ação civil pública

prevista na Lei n. 8.429/1992. Inteligência do art. 12 da Lei n. 8.429/1992 (REsp nº 1.191.613,

19/03/2015).

PÁGINA 365: Acrescentar um item no final da lista da página:

Que atentam contra os princípios da Administração: não causam prejuízo aos cofres públicos e o agente não obtém nenhuma vantagem financeira:

...

transferir recurso a entidade privada do SUS sem prévio convênio.

PÁGINA 367: RETIRAR/ACRESCENTAR jurisprudência:

STJ – O assédio ...

STJ – O assédio ...

STJ – A indisponibilidade ...

STJ – Admite-se a ...

STF – A ação de ...

STF – Os agentes políticos que não estejam sujeitos à lei sobre crime de responsabilidade

respondem por improbidade administrativa (Rcl no 5.126, 19/12/2007).

STJ – Em caso de ...

STJ – Para a ...

STJ – Os agentes ...

STJ – É possível a ...

STJ – A tortura ...

STF – Os agentes políticos previstos na Lei nº 1.079/50 e no Decreto-lei nº 201/67 respondem por

improbidade administrativa enquanto ainda estiverem ocupando o cargo, quando o ato não

caracterizar crime de responsabilidade mas caracterizar improbidade administrativa, ou, em

qualquer caso, após o término do cargo (RE nº 803.279, 06/02/2017).

STF – Os agentes políticos, com exceção do Presidente da República, encontram-se sujeitos a

duplo regime sancionatório, de modo que se submetem tanto à responsabilização civil pelos atos de

improbidade administrativa quanto à responsabilização político-administrativa por crimes de

responsabilidade (Pet 3.240, 10/05/2018).

STF – Os Ministros do STF serão julgados por improbidade administrativa pelo próprio STF (Pet nº

3.211, 13/03/2008).

STJ - Ao particular aplica-se o mesmo regime prescricional previsto na lei de improbidade

administrativa para os agentes públicos (súmula 634, 17/06/2019).

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PÁGINA 405: Acrescentar parágrafo no final do comentário do quadro CUIDADO da página:

Parte da doutrina sustenta ainda que a conversão pode ser feita também pelo Poder Legislativo, por meio de lei.

PÁGINA 405: Acrescentar quadro QUESTÃO COMENTADA, após o quadro CUIDADO da página:

? QUESTÃO COMENTADA

ANALISTA ADMINISTRATIVO/ANAC – 2016 – ESAF

A respeito da sanatória na Administração Pública, analise as afirmativas abaixo classificando-as em verdadeiras (V) ou falsas (F). Ao final, assinale a opção que contenha a sequência correta.

( ) A ratificação, retroagindo à origem do ato, opera ex tunc, com natureza declaratória.

( ) A reforma é o ato administrativo derivado pelo qual se elimina de um ato defeituoso sua parte viciada, mantendo-se a eficácia da parte sadia.

( ) Além da modalidade de conversão operada por ato administrativo, poderá também o legislador, de modo abstrato e geral, sanar genericamente uma categoria de atos defeituosos, atribuindo-lhes efeitos de atos legalmente íntegros.

Comentário

O gabarito é VVV, como comentado anteriormente, inclusive sobre a possibilidade de conversão legislativa.

PÁGINA 427: RETIRAR o esquema e SUBSTITUIR pelo texto a seguir:

Ou seja:

Obras e serviços de engenharia:

R$ 150.000,00 R$ 1.500.000,00

Convite Tomada de preços Concorrência

Compras e serviços (exceto de engenharia):

R$ 80.000,00 R$ 650.000,00

Convite Tomada de preços Concorrência

Esses valores foram, no entanto, atualizados pelo Decreto nº 9.412/2018, a partir de permissão dada pelo artigo 120 da própria Lei nº 8.666/1993:

Art. 120. Os valores fixados por esta Lei poderão ser anualmente revistos pelo Poder Executivo Federal, que os fará publicar no Diário Oficial da União, observando como limite superior a variação geral dos preços do mercado, no período.

Decreto nº 9.412, de 18/06/2018:

Art. 1º. Os valores estabelecidos nos incisos I e II do caput do art. 23 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, ficam atualizados nos seguintes termos:

I - para obras e serviços de engenharia:

a) na modalidade convite - até R$ 330.000,00 (trezentos e trinta mil reais);

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b) na modalidade tomada de preços - até R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais); e

c) na modalidade concorrência - acima de R$ 3.300.000,00 (três milhões e trezentos mil reais); e

II - para compras e serviços não incluídos no inciso I:

a) na modalidade convite - até R$ 176.000,00 (cento e setenta e seis mil reais);

b) na modalidade tomada de preços - até R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais); e

c) na modalidade concorrência - acima de R$ 1.430.000,00 (um milhão, quatrocentos e trinta mil reais).

Ou seja, os valores das modalidades de licitação atualmente são os seguintes:

Obras e serviços de engenharia:

R$ 330.000,00 R$ 3.300.000,00

Convite Tomada de preços Concorrência

Compras e serviços (exceto de engenharia):

R$ 176.000,00 R$ 1.430.000,00

Convite Tomada de preços Concorrência

Interessante observar que os decretos, como são atos administrativos editados pelo Chefe do Executivo, só podem se aplicar ao Poder Executivo do referido ente federativo; nessa situação específica, no entanto, a atualização por meio de decreto federal foi autorizada pela própria Lei nº 8.666/1993 e, por isso, os novos valores passam a se aplicar de forma geral a todas as esferas e todos os Poderes.

PÁGINA 430: Alterar os valores em realce na tabela:

MODALIDADE CONCORRÊNCIA TOMADA DE

PREÇOS CONVITE

PARTICIPANTES • Aberto a qualquer

licitante

• Licitante

cadastrado

• Licitante que

atender as condições

para cadastro até 3

dias antes

• Licitantes

convidados

(cadastrados ou não),

no mínimo 3

• Licitantes

cadastrados que

manifestarem

interesse até 24 horas

antes

HABILITAÇÃO Fase de habilitação Prévia Prévia

OBJETO Obras, serviços e

compras de qualquer

valor

Compra e alienação de

imóveis

Concessão de direito

real de uso

Concessão de serviços

Obras e serviços de

engenharia até R$

3.300.000,00

Compras e serviços

até R$ 1.430.000,00

Obras e serviços de

engenharia até R$

330.000,00

Compras e serviços

até R$ 176.000,00

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PÁGINA 431: Alterar os valores em realce no esquema:

Obras e serviços de engenharia:

R$ 330.000,00 R$ 3.300.000,00

Convite Tomada de preços Concorrência

Compras e serviços (exceto de engenharia):

R$ 176.000,00 R$ 1.430.000,00

Convite Tomada de preços Concorrência

PÁGINA 431: Alterar o valor em realce nas 3 últimas linhas da página:

ou globalmente, em quantia não superior a R$ 1.430.000,00, a Administração poderá permitir o leilão”. Ou

seja, a Administração só poderá utilizar o leilão para a venda de bens móveis até R$ 1.430.000,00; acima

desse valor, será utilizada concorrência.

PÁGINA 432: Alterar o valor em realce no esquema:

Então:

• Bens móveis:

• Venda → Regra: Leilão

Exceção: Concorrência (acima de R$ 1.430.000,00)

• Compra → Convite, tomada de preços, concorrência (ou pregão).

• Bens imóveis:

• Venda → Regra: Concorrência

Exceção: Leilão (se o imóvel é derivado de proce­dimentos judiciais ou de

dação em pagamento, poderá ser por leilão ou concorrência).

• Compra → Concorrência

PÁGINA 445: Alterar o valor em realce na 2ª linha da página:

Se o valor da licitação for superior a 100 vezes o teto de tomada de preços para obras e serviços de engenharia (superior a R$ 330.000.000,00), haverá

PÁGINA 446: RETIRAR o trecho marcado, no 4º parágrafo da página:

No caso de obras, serviços e compras de grande vulto (aquelas de valor estimado superior a 25 vezes o teto de tomada de preços para obras e serviços de engenharia, ou seja, acima de R$ 37.500.000,00), de alta complexidade técnica...

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PÁGINA 454: Alterar o valor em realce no meio da página:

• Licitação pública (dispensada nas hipóteses do art. 17):

– imóveis: em regra, por concorrência (salvo se o imóvel é derivado de procedimentos judiciais ou

de dação em pagamento, quando poderá ser por leilão ou concorrência);

– móveis: em regra, por leilão (para valor acima de R$ 1.430.000,00 haverá concorrência).

PÁGINA 455: Alterar os valores em realce no início da página:

12.6.2.2. Licitação dispensável

É dispensável a licitação:

I – para obras e serviços de engenharia de valor até 10% do teto de convite (ou seja, até R$

33.000,00), desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda para

obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e

concomitantemente;

II – para outros serviços e compras de valor até 10% do teto de convite (ou seja, até R$ 17.600,00)

e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um

mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez;

PÁGINA 457: Alterar o valor em realce no final do inciso XVIII da página:

que seu valor não exceda ao limite previsto na alínea a do inciso II do art. 23 desta Lei (R$ 176.000,00);

PÁGINA 464: Alterar o valor em realce no 2º parágrafo:

Integrando-se todos estes dispositivos, devemos entender que as obras, serviços e compras

efetuadas pela Administração deverão ser parceladas sempre que tal parcelamento se mostrar mais

vantajoso, de forma que amplie a competitividade, atraindo licitantes incapazes de fornecer todo o objeto

desejado, procedendo-se a uma licitação distinta para cada parcela, entretanto, deverá ser utilizada,

nessas licitações, a modalidade própria para a contratação do valor total do objeto desejado. Quando, por

exemplo, uma compra de valor estimado de R$ 3.000.000,00 (valor de concorrência) for parcelada em três

licitações distintas, deverão ser realizadas três concorrências, e não três tomadas de preço.

PÁGINA 489: Alterar os valores em realce no penúltimo parágrafo:

Com a Lei nº 13.303/2016, deixam de valer os valores de dispensa de licitação de R$ 66.000,00 para

obras e serviços de engenharia, e de R$ 35.200,00 para compras e outros serviços, previstos no art. 24 da

Lei nº 8.666/1993 para as empresas públicas e sociedades de economia mista.

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PÁGINAS 494/495: Alterar os valores em realce nos quadros e esquemas:

Modalidades de Licitação

MODALIDADE CONCORRÊNCIA TOMADA DE

PREÇOS

CONVITE

PARTICIPANTES • Aberto a qualquer

licitante

• Licitante

cadastrado;

• Licitante que

atender as condições

para cadastro até

três dias antes.

• Licitantes

convidados

(cadastrados ou não),

no mínimo três;

• Licitantes

cadastrados que

manifestarem

interesse até 24 horas

antes.

HABILITAÇÃO Fase de habilitação Prévia Prévia

OBJETO Obras, serviços e

compras de

qualquer valor;

Compra e alienação

de imóveis;

Concessão de

direito real de uso;

Concessão de

serviços.

Obras e serviços de

engenharia até R$

3.300.000,00

Compras e serviços

até R$ 1.430.000,00

Obras e serviços de

engenharia até R$

330.000,00

Compras e serviços

até R$ 176.000,00

Obras e serviços de engenharia:

R$ 330.000,00 R$ 3.300.000,00

Convite Tomada de preços Concorrência

Compras e serviços (exceto de engenharia):

R$ 176.000,00 R$ 1.430.000,00

Convite Tomada de preços Concorrência

CONCURSO: escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios.

LEILÃO: alienação de bens pelo tipo “maior lance ou oferta”.

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• Bens móveis:

• Venda → Regra: Leilão

Exceção: Concorrência (acima de R$ 1.430.000,00)

• Compra → Convite, tomada de preços, concorrência (ou pregão)

• Bens imóveis:

• Venda → Regra: Concorrência

Exceção: Leilão (se o imóvel é derivado de procedimentos

judiciais ou de dação em pagamento, poderá ser por

leilão ou concorrência)

• Compra → Concorrência

PÁGINA 498: Alterar o valor em realce no segundo parágrafo:

• móveis: em regra por leilão (para valor acima de R$ 1.430.000,00 haverá concorrência).

PÁGINA 504: Alterar os valores em realce da quinta linha da tabela:

Objeto

Obra, serviço e

compra qualquer

valor

Compra e

alienação de

imóveis

Concessão de

direito real de uso

Concessão de

serviços

Obra e serviço de

engenharia até R$

3.300.000,00

Compra e serviço

até R$ 1.430.000,00

Obra e serviço

de

engenharia até

R$ 330.000,00

Compra e

serviço até R$

176.000,00

Trabalho

técnico,

científico ou

artístico

Móveis inservíveis

Produto

penhorado ou

apreendido

Concessão de

serviços por

privatização

Venda de imóveis

de

execução ou

dação

em pagamento

(facultativo)

Aquisição de bens e serviços

comuns, independentemente

do seu valor

PÁGINA 511: RETIRAR o texto marcado do último parágrafo da página:

O art. 56 da Lei nº 8.666/1993 dispõe que poderá ser exigida a prestação de garantia do contratado, a

critério da autoridade competente, e desde que prevista no instrumento convocatório, em até 5% do valor do

contrato, cabendo ao contratado optar dentre as seguintes modalidades de garantia: caução em dinheiro ou

títulos da dívida pública (emitidos sob a forma escritural, mediante registro em sistema centralizado de liquidação

e de custódia autorizados pelo Banco Central e avaliados pelos seus valores econômicos, conforme definido pelo

Ministério da Fazenda); seguro-garantia; fiança bancária. Para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto

(valor superior a 25 vezes o teto de tomada de preços para obras e serviços de engenharia, ou seja,

R$ 37.500.000,00), envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeiros consideráveis, a garantia poderá

chegar a dez por cento do valor do contrato. A garantia será restituída ao contratado após a execução do

contrato e, quando em dinheiro, será atualizada monetariamente.

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PÁGINA 515: Alterar o valor em realce no último parágrafo antes do item 13.2.6.:

Poderá ser dispensado o recebimento provisório em caso de obras e serviços de valor até

R$ 176.000,00 (desde que não se componham de aparelhos, equipamentos e instalações sujeitos à

verificação de funcionamento e produtividade), serviços profissionais, gêneros perecíveis e alimentação

preparada.

PÁGINA 517: Alterar o valor em realce no terceiro parágrafo da página:

Dispõe ainda a lei que os contratos administrativos devem ser, em regra, escritos, sendo nulo e de

nenhum efeito o contrato verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras de pronto pagamento,

que são aquelas de valor até 5% do teto de convite, ou seja, até R$ 8.800,00, feitas em regime de

adiantamento. Contrato verbal é o que ocorre comumente no comércio, quando uma pessoa acerta

verbalmente com o vendedor o preço de determinado produto e faz a compra, não havendo a formalização

de um contrato escrito. Assim, a Administração pode se utilizar desse procedimento em compras de

pequeno valor em regime de adiantamento, quando o agente faz o pagamento e posteriormente comprova

o valor gasto com a apresentação da nota fiscal de compra do material.

PÁGINA 520: Substituir todo o primeiro parágrafo da página pelo seguinte texto:

A alteração do valor contratual, dependendo da situação ocorrida, pode ser enquadrada nas seguintes espécies:

Revisão (ou recomposição): decorre dos fatos excepcionais imprevisíveis (fato do príncipe, fato da Administração, força maior, caso fortuito e interferências imprevistas). A revisão se dá por aditamento, podendo ocorrer a qualquer tempo e, obviamente, não havendo previsão ou limite para o valor da revisão.

Nesse sentido, dispõe a Lei nº 8.666/1993 em seu artigo 65:

§ 5º Quaisquer tributos ou encargos legais criados, alterados ou extintos, bem como a superveniência de disposições legais, quando ocorridas após a data da apresentação da proposta, de comprovada repercussão nos preços contratados, implicarão a revisão destes para mais ou para menos, conforme o caso.

§ 6º Em havendo alteração unilateral do contrato que aumente os encargos do contratado, a Administração deverá restabelecer, por aditamento, o equilíbrio econômico-financeiro inicial.

Reajuste: ocorre nos contratos continuados a fim de atualizar os valores após determinado período (normalmente 1 ano). Nesse caso, o contrato pode inclusive já estabelecer um índice pré-fixado, o que ocorrerá por apostilamento, sem necessidade de termo aditivo, como acontece, por exemplo, nos contratos de locação que estabelecem o reajuste anual pelo IGPM.

Nesse sentido, dispõe a Lei nº 8.666/1993 em seu artigo 65:

§ 8º A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de preços previsto no próprio contrato, as atualizações, compensações ou penalizações financeiras decorrentes das condições de pagamento nele previstas, bem como o empenho de dotações orçamentárias suplementares até o limite do seu valor corrigido, não caracterizam alteração do mesmo, podendo ser registrados por simples apostila, dispensando a celebração de aditamento.

Repactuação: ocorre nos contratos de prestação de serviços continuados de fornecimento de mão de obra, quando se verifica que, após determinado período (normalmente 1 ano), o valor contratual esteja defasado em relação ao valor de mercado para aquele mesmo serviço. Nesse caso, a contratada deve demonstrar efetivamente a variação de seus custos e depende de aceitação pela Administração, que no caso, estarão efetivando um “novo” pacto, ou seja, repactuando os novos valores.

Nesse sentido, dispõe no âmbito federal o Decreto nº 9.507/2018 que

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Art. 12. Será admitida a repactuação de preços dos serviços continuados sob regime de mão de obra exclusiva, com vistas à adequação ao preço de mercado, desde que:

I - seja observado o interregno mínimo de um ano das datas dos orçamentos para os quais a proposta se referir; e

II - seja demonstrada de forma analítica a variação dos componentes dos custos do contrato, devidamente justificada.

PÁGINA 520: Substituir o quadro de QUESTÃO COMENTADA pelo seguinte:

? QUESTÃO COMENTADA

PROCURADOR/PGE-TO – 2018 – FCC

Na gestão dos contratos administrativos, repactuação é a

a)alteração bilateral do contrato, visando a adequação dos preços contratuais aos novos preços de mercado, observados o interregno mínimo de um ano e a demonstração analítica da variação dos componentes dos custos do contrato, devidamente justificada.

b)alteração bilateral do contrato, formalizada a qualquer tempo, visando promover o reequilíbrio econômico-financeiro, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis, porém de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado.

c)alteração unilateral do contrato, determinada a qualquer tempo pela contratante, com vistas a promover modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos.

d)atualização anual da contraprestação monetária, com base em índice previamente estabelecido no contrato, passível de registro por simples apostila, dispensando a celebração de aditamento.

e)alteração unilateral do contrato, determinada a qualquer tempo pela contratante, quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos pela lei.

Comentário

O gabarito é a letra A, como comentado anteriormente. A letra B apresenta a revisão e a letra D apresenta o reajuste. As letras C e E apresentam as hipóteses de alteração unilateral do contrato por mudanças de especificação ou de quantidades, respectivamente.

PÁGINA 524: Substituir as linhas em realce pelo quadro seguinte:

Revisão ou recomposição dos preços: alteração do valor contratual devida a fatos imprevisíveis, ou

previsíveis porém de consequências incalculáveis.

Reajuste: alteração dos valores contratuais devida aos aumentos naturais dos custos desde a

proposta até a data do pagamento: não é alteração do contrato, podendo ser feito por apostila.

Situação Efetivado por

Periodicidade mínima

Índice pré-definido

Revisão ou recomposição

Excepcional – recalcular custos

Aditamento Não Não

Reajuste Ordinária – atualizar valores da moeda

Apostila Sim Sim

Repactuação Ordinária – atualizar a valores de mercado

Apostila Sim Não

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Página 541: SUBSTITUIR palavra em realce na penúltima linha:

específico e divisível, ou seja, um serviço público individual, uti singuli. Assim, é

PÁGINA 545: SUBSTITUIR todo o parágrafo antes do quadro CUIDADO pelo seguinte texto:

Se o consórcio for de direito privado, não integrará a Administração Indireta e a ele serão aplicáveis

as normas de direito privado, naquilo que não seja derrogado por normas de direito público.

Os consórcios públicos (de direito público ou de direito privado) observarão as “normas de direito

público no que concerne à realização de licitação, celebração de contratos, prestação de contas e

admissão de pessoal, que será regido pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT”. Com relação à

necessidade de licitação pública, inclusive, os consórcios públicos que utilizem recursos da União são

obrigados a utilizar o pregão, preferencialmente o eletrônico, para aquisição de bens e serviços comuns,

conforme Decreto n° 5.504/2005.

Interessante observar que, conforme determina a lei, o consórcio público, ainda que tenha

personalidade jurídica de direito público (sendo, portanto, uma autarquia), terá seu pessoal, selecionado

por meio de concurso público, regido pela CLT.

PÁGINA 552: ACRESCENTAR o seguinte texto antes do item 15.2.:

A lei nº 9.784/1999 é aplicável apenas à Administração Federal, devendo o Distrito Federal, Estados e Municípios editarem suas próprias leis de processos administrativos, o que nem sempre acontece. Atento a essa comum omissão legislativa é que o STJ editou, em 17/06/2019, a Súmula 633:

A Lei 9.784/99, especialmente no que diz respeito ao prazo decadencial para revisão de atos administrativos no âmbito da administração pública federal, pode ser aplicada de forma subsidiária aos Estados e municípios se inexistente norma local e específica regulando a matéria.

PÁGINA 578: ACRESCENTAR o quadro de QUESTÃO COMENTADA logo após a questão que termina no topo da página:

? QUESTÃO COMENTADA

JUIZ DE DIREITO/TJ-CE – 2018 – CESPE

José, servidor público do estado do Ceará, por preencher os requisitos legais, requereu a concessão de sua aposentadoria por tempo de serviço, o que foi deferido pelo respectivo órgão público no qual era lotado. Após mais de cinco anos do ato concessivo, o Tribunal de Contas do Estado do Ceará julgou ilegal aquele ato, em procedimento no qual José não havia sido intimado a se manifestar.

Considerando o entendimento do STF acerca do ato concessivo de aposentadoria, o tribunal de contas estadual, na situação hipotética apresentada, agiu

a)corretamente, pois se trata de ato administrativo complexo, o qual somente se aperfeiçoa pelo exame de legalidade do tribunal de contas, não havendo necessidade, portanto, de prévia intimação de José.

b)incorretamente, pois, em que pese se tratar de ato administrativo complexo, transcorrido o prazo decadencial de cinco anos sem a apreciação da legalidade do ato pelo tribunal de contas, eventual ilegalidade existente deveria ser convalidada.

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c)incorretamente, pois, em que pese se tratar de ato administrativo complexo, transcorrido lapso temporal superior a cinco anos, em nome da segurança jurídica, deveria José ter sido previamente intimado a se manifestar.

d)incorretamente, pois se trata de ato administrativo simples e, salvo comprovação de má-fé, o prazo decadencial de cinco anos para anulação de eventual ilegalidade existente já havia se operado.

e)corretamente, pois se trata de ato administrativo simples e a autotutela administrativa autoriza o tribunal de contas a apreciar a legalidade do ato concessivo de aposentadoria a qualquer tempo.

Comentário

O gabarito é a letra C. Na verdade, para que a questão estivesse perfeita, deveria ter considerado o prazo de 5 anos a partir do recebimento do processo pelo TCE, e não da concessão da aposentadoria.

PÁGINA 602: Alterar item 16.3.:

16.3. Critérios de controle na LINDB

A Lei nº 13.655/2018 incluiu os artigos 20 a 30 no Decreto-Lei nº 4.657/1942 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro), estabelecendo diversos critérios a serem observados pelo Poder Público nas atividades de controle administrativo e judicial. Basicamente, esses critérios procuram ressaltar a necessidade de se observar os princípios da Administração Pública, tais como:

Motivação:

Art. 20. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão.

Parágrafo único. A motivação demonstrará a necessidade e a adequação da medida imposta ou da invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa, inclusive em face das possíveis alternativas.

Razoabilidade e proporcionalidade:

Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídicas e administrativas.

Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, quando for o caso, indicar as condições para que a regularização ocorra de modo proporcional e equânime e sem prejuízo aos interesses gerais, não se podendo impor aos sujeitos atingidos ônus ou perdas que, em função das peculiaridades do caso, sejam anormais ou excessivos.

Segurança jurídica (proteção ao particular de boa-fé):

Art. 23. A decisão administrativa, controladora ou judicial que estabelecer interpretação ou orientação nova sobre norma de conteúdo indeterminado, impondo novo dever ou novo condicionamento de direito, deverá prever regime de transição quando indispensável para que o novo dever ou condicionamento de direito seja cumprido de modo proporcional, equânime e eficiente e sem prejuízo aos interesses gerais.

Art. 24. A revisão, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, quanto à validade de ato, contrato, ajuste, processo ou norma administrativa cuja produção já se houver completado levará em conta as orientações gerais da época, sendo vedado que, com base em mudança posterior de orientação geral, se declarem inválidas situações plenamente constituídas.

Parágrafo único. Consideram-se orientações gerais as interpretações e especificações contidas em atos públicos de caráter geral ou em jurisprudência judicial ou administrativa majoritária, e ainda as adotadas por prática administrativa reiterada e de amplo conhecimento público.

Art. 30. As autoridades públicas devem atuar para aumentar a segurança jurídica na aplicação das normas, inclusive por meio de regulamentos, súmulas administrativas e respostas a consultas.

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Parágrafo único. Os instrumentos previstos no caput deste artigo terão caráter vinculante em relação ao órgão ou entidade a que se destinam, até ulterior revisão.

O artigo 28 dispõe que “o agente público responderá pessoalmente por suas decisões ou opiniões técnicas em caso de dolo ou erro grosseiro”. Importante ressaltar aqui que essa responsabilidade ocorrerá apenas perante a própria Administração, uma vez que quem responderá perante terceiros atingidos pela atuação do agente é o Poder Público, como já estudado no tema “responsabilidade civil do Estado”.

PÁGINA 602: Renumerar item 16.3. Resumo para 16.4. Resumo

PÁGINA 606: Renumerar item 16.3.1 Resumo das jurisprudências deste capítulo para 16.4.1 Resumo das jurisprudências deste capítulo

PÁGINA 607: ACRESCENTAR jurisprudência ao final da página:

STF – Os projetos de lei sobre a organização e competências do Tribunal de Contas, bem como sobre seus cargos, são de iniciativa privativa do próprio Tribunal de Contas (ADI nº 4.643, 15/05/2019).

STJ - As situações flagrantemente inconstitucionais não estão submetidas ao prazo decadencial de autotutela administrativa (RMS nº 56.774, 22/05/2018).

PÁGINA 635/636: ALTERAR texto:

No caso de imissão prévia na posse, na desapropriação por necessidade ou utilidade pública e

interesse social, inclusive para fins de reforma agrária, havendo divergência entre o preço

ofertado em juízo e o valor do bem, fixado na sentença, expressos em termos reais, incidirão

juros compensatórios de até seis por cento ao ano sobre o valor da diferença eventualmente

apurada, a contar da imissão na posse, vedado o cálculo de juros compostos. (Grifo do autor)

Cabe ressaltar que no julgamento da ADI n° 2.332-2 foi concedida liminar suspendendo a eficácia da

expressão “de até seis por cento” do art. 15-A. Este acórdão, publicado no DJ em 2/4/2004, ratificou a

Súmula n° 618 do STF, segundo a qual “na desapropriação, direta ou indireta, a taxa de juros

compensatórios é de 12% ao ano”. Além disso, acrescentou o acórdão do STF que:

Cabe verificar que no julgamento da ADI nº 2.332, em 17/05/2018, foi ratificada a Súmula nº 618 do

STF, segundo a qual:

Quanto à base de cálculo dos juros compensatórios contida também no caput desse art. 15-A,

para que não fira o princípio constitucional do prévio e justo preço, deve-se dar a ela

interpretação conforme à Constituição, para se ter como constitucional o entendimento de que

essa base de cálculo será a diferença eventualmente apurada entre 80% do preço ofertado em

juízo e o valor do bem fixado na sentença.

Assim sendo, os juros compensatórios são então devidos à taxa de 06% ao ano, calculados sobre a

diferença entre 80% do valor oferecido (que é a quantia que o proprietário pôde levantar, do valor

depositado) e o valor fixado na sentença, desde a imissão na posse até o trânsito em julgado da

sentença. Se, por exemplo, o valor oferecido fosse de R$ 100.000,00 e o valor da sentença fosse de R$

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130.000,00, os juros compensatórios incidiriam sobre R$ 50.000,00 (diferença entre R$ 130.000,00 e R$

80.000,00, que é 80% da oferta, valor que o proprietário já levantou).

A partir daí, incidirão os juros moratórios, que servem para compensar o atraso até o efetivo

pagamento da indenização, conforme art. 15-B do mesmo Decreto-Lei n° 3.365/1941: “Nas ações a que se

refere o art. 15-A, os juros moratórios destinam-se a recompor a perda decorrente do atraso no efetivo

pagamento da indenização fixada na decisão final de mérito, e somente serão devidos à razão de até seis

por cento ao ano, a partir de primeiro de janeiro do exercício seguinte àquele em que o pagamento deveria

ser feito, nos termos do art. 100 da Constituição.” Nesse caso, a taxa de juros moratórios é, de fato, 6% ao

ano.

PÁGINA 646: ACRESCENTAR jurisprudência ao final da página:

STF – Os juros compensatórios na desapropriação serão de 6% ao ano sobre a diferença entre 80% do valor ofertado em juízo e o valor fixado na sentença (ADI nº 2.332, 17/05/2018).