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atuante 52 revista - municipais.org.brmunicipais.org.br/pdf/1/50.pdf · Quais são essas gratificações? Wagner - São muitas e todas são mui-to importantes para a composição

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2 ATUANTE Agosto de 2012

O jornal Atuante é uma publicação do Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto e GuataparáRua XI de Agosto, 361 - Campos Elíseos Ribeirão Preto - Fone (16) 3977 8100

Presidente: Wagner de Souza Rodrigues - Diretor de Comunicação: Prof. Donizeti Aparecido BarbosaCoordenação do Departamento de Comunicação: Fabiano Ribeiro (MTB 33.306) - Jornalista: Luiz A. de Moraes Júnior (MTB 44.345)

Diagramação: Ney Tosca - Tiragem: 15.000 exemplares

ANDRÉ LUIS *

Ribeirão Preto reproduziu a mobiliza-ção nacional que tomou conta das ruas

em junho e julho. Por aqui a principal rei-vindicação foi em relação ao transportecoletivo. Na Câmara Municipal recebemosos manifestantes e uma frente parlamen-tar passou a acompanhar o tema. Tive aoportunidade de representar os vereado-res, participando de reunião na TRANSERP,na Faculdade de Administração, Economiae Contabilidade da USP (FEA), disponibi-lizando as planilhas e dialogando com in-tegrantes do movimento, tanto no acam-pamento quanto no Palácio Rio Branco.

O segundo ponto se refere a uma pa-lavra muito utilizada atualmente: legado.Em tempos de Olimpíadas e Copa doMundo ouvimos muito que esses doiseventos vão deixar um legado para a po-pulação. Legado, grosso modo explican-do, é como uma herança deixada para ofuturo, ou ainda algo que passa de umageração a outra.

Pois bem, dito isso, vamos incluir o Sin-dicato dos Servidores Municipais de Ribei-rão Preto, Guatapará e Pradópolis nessescontextos.

Sim, historicamente o nosso Sindica-to é muito recente. É muito novo. Va-mos completar 25 anos, mas com certe-za estamos escrevendo páginas de lu-tas e avanços que se tornarão importan-tes na história do serviço público muni-cipal. É um Sindicato marcante, prota-gonista em várias ações de defesa dotrabalhador e do serviço público. E nos-so papel é o de deixar um legado delutas e vitórias para que se torne exem-plo de como agir em benefício da clas-se trabalhadora.

Enquanto servidor, dirigente sindical evereador também participei das várias ati-vidades desenvolvidas pelo nosso Sindi-cato tanto no tema IPM quanto na ade-quação da estruturação do plano de clas-sificação de cargos, vencimentos e carrei-ras no Serviço Público Municipal da Admi-nistração direta e autárquica.

Também, prestigiamos o Dia Nacio-nal de Luta do movimento sindical unifi-cado de Ribeirão Preto que, por meio dasvárias centrais apresentou uma pauta dereivindicações entre as quais o fim do fa-tor previdenciário, a redução de jornadasem redução de salários, o fim das tercei-rizações, a criação das Secretarias Munici-pais da Indústria e Comércio e a do Em-prego e Renda.

Na questão do transporte o momentoé de estudo das planilhas, avançando naobservação das cláusulas contratuais, es-pecialmente quanto à qualidade. Nas rei-vindicações das centrais ficou evidencia-da a necessidade de colocar o trabalhadorna ordem do dia. Não há como admitir adiscussão de transporte, saúde, educaçãoe qualidade nos serviços públicos sem aparticipação das representações trabalhis-tas.

Já em relação à luta dos aposentadose pensionistas, lembramos que não é ape-nas para que a superintendência do insti-

tuto de previdência seja exercida porpessoas da carreira; o pleito maior é pordignidade, tanto de tratamento quanto nosproventos. Quanto ao coletivo de servi-dores, o tão esperado Plano de Carreira éuma realidade que necessita de ajustes eaperfeiçoamento em relação a algumasfunções. Nas várias reuniões observamossensível avanço que precisa agora ser con-cretizado através dos instrumentos legaispróprios.

Excluindo os vândalos e os aprovei-tadores de plantão, as manifestações tra-zem um saldo positivo e como entusias-ta da participação popular e do controlesocial, entendo que o momento é deavançar e iniciar o salutar e exercício dereunir na mesma mesa governo, políti-cos, trabalhadores, empresários e socie-dade civil organizada para encontrar fa-lhas, gargalos, reduzir gorduras, desmisti-ficar lendas e apontar caminhos e alter-nativas para uma cidade e um país me-lhores onde cada qual saiba exigir seusdireitos, com a legitimidade de quem jácumpriu seus deveres.

*VICE-PRESIDENTE DO SINDICATO DOSSERVIDORES MUNICIPAIS DE RIBEIRÃO PRETO,

GUATAPARÁ E PRADÓPOLIS.VEREADOR EM RIBEIRÃO PRETO

PELO PCDOB.

Editorial

Sindicato: presente de lutas, futuro de glóriasA

ntes de começar esse editorial gosta-ríamos de destacar dois pontos.

Primeiro, em história, 25 anos é umperíodo muito curto. Quase nada. Fazen-do uma analogia, é como se fosse umacriança de colo que acabara de sair damaternidade.

Isso é verdade, mas na prática 25 anospodem significar muito coisa, até mesmoem história. Há fatos marcantes que per-duram séculos, mas que foram criados econstruídos em um curto período de tem-po.

Tempo de Avançar

Agosto de 2012 ATUANTE 3

OSindicato realizou uma grande ma-nifestação na sede do IPM - Instituto

de Previdência dos Municipiários no fimde junho e início de julho. Os servidoresestavam descontentes com a administra-ção do então superintendente Luis Car-los Teixeira e exigiam a saída dele docargo. Além da demissão de Teixeira, oSindicato cobrou R$ 7 milhões devidospelo IPM aos trabalhadores (veja entre-vista do presidente Wagner Rodrigues naspáginas 6 e 7) e o pagamento de umacordo firmado com a prefeitura, duran-te a data-base, referente ao processo5.15% , uma vez que todas as secretariase autarquias estavam cumprindo o acor-do, menos o IPM.

COMO FOIO Sindicato iniciou as manifestações

cato Teixeira chamou a polícia após dis-cutir com uma aposentada idosa.

Não bastasse acionar a polícia, o entãosuperintendente entrou com uma Ação naJustiça, de Interdito Proibitório, contra oSindicato, ou seja, pedindo na Justiça aproibição das manifestações do Sindicatoe trabalhadores.

As manifestações continuaram e oGoverno Municipal procurou o Sindicato

Superintendente pede exoneraçãoapós manifestação do Sindicato

Sindicato, aposentados, pensionistas e trabalhadores mostraram força durante os atos realizados no IPM

Parou!

O então superintendente acionou a Polícia natentativa de intimidar os trabalhadores

no dia 28 de junho, em frente à sede doIPM, na rua Visconde de Inhaúma, 258,Centro. Os trabalhadores fecharam as por-tas do órgão e afirmaram que só iriam pararo movimento quando o superintendentee os diretores ocupantes de cargos comis-sionados deixassem os cargos. Ninguémentrou para trabalhar e com isso, as ativi-dades foram suspensas. Inconformadocom a manifestação realizada pelo Sindi-

para uma reunião. No final ficou definidoque Teixeira deixaria o cargo e a dívidareferente aos 5.15% seria honrada. Diasdepois Teixeira anunciou sua saída e onome do dentista Celso Lopes, servidorde carreira foi anunciado.

“Um país progressista é aquele querespeita os trabalhadores que construíramessa nação. Estávamos certos. Aposenta-dos merecem respeito, quando o Supe-rintende chamou a policia para bater emaposentado de 70 anos era tudo ou nada.Vencemos. Parabéns aos trabalhadores pormais essa conquista”, ressaltou WagnerRodrigues, presidente do Sindicato.

Trabalhadores ficaram em frente a sede do IPM e exigiram a saída do superintendente

4 ATUANTE Agosto de 2012

Convocados pelas centrais sindicais emovimentos sociais trabalhadores e

trabalhadoras realizaram no dia 11 de ju-

Dia Nacional de Lutas

Classe trabalhadora protestoude ponta a ponta no país

lho, por todo o Brasil, inúmeros atos, ma-nifestações e caminhadas no Dia Nacio-nal de Lutas com greves e Mobilizações.

Os trabalhadoreslevaram para as ruas asbandeiras: pelo fim dofator previdenciário;redução da jornadapara 40h semanais(30h para a saúde);reforma agrária; o com-bate à terceirização;entre outras. Todas elascontidas na Agenda daClasse Trabalhadora,aclamada na 2ª Conclat(Conferência Nacionalda Classe Trabalhado-

ra), em junho de 2010.Em todos os estados, a CTB unificou

forças com as demais centrais sindicais,estudantes, trabalhadores sem terra, e omovimento social em geral, para mostrarao governo federal que os trabalhadoresquerem avançar em um projeto progres-sista, que defenda a valorização do traba-

Servidoresmunicipaisde Ribeirãoforam às ruasdo Centro

Agosto de 2012 ATUANTE 5

lho, a soberania da nação e a distribuiçãode renda (com apoio do Portal CTB).

Em Ribeirão Preto, no dia nacionalde luta, o sindicato cobrapromessas do governo

Uma passeata pelas principais ruas doCentro com desfecho no Palácio Rio Bran-co marcou o Dia Nacional de Lutas paraos servidores municipais de Ribeirão Pre-to. No Palácio Rio Branco, sede da Prefei-tura, os trabalhadores foram recebidos eouvidos por secretários municipais.

Além da pauta única reivindicada na-cionalmente, os servidores municipais deRibeirão Preto criaram uma pauta especí-fica reivindicando: um programa munici-

pal de habitação que atenda as necessi-dades dos trabalhadores com menoressalários; o pagamento do prêmio incenti-

vo acordado na data baseda categoria (que ficou co-nhecido como 47%); regu-lamentação do Plano deCargos Carreiras e Salários,fim das terceirizações emâmbito municipal; e aber-tura de concurso público.

“Foi uma manifestaçãopositiva. Recebemos oapoio nas ruas de outras ca-tegorias. Os secretários ou-viram nossas reivindicaçõese prometeram acelerar as

discussões visando resolver as demandas”,avaliou Wagner Rodrigues, presidente doSindicato dos Servidores Municipais.

Trabalhadores nas escadarias do Palácio Rio Branco

6 ATUANTE Agosto de 2012

Atuante - Presidente o que signifi-ca essas tributações do IPM?

Wagner Rodrigues - O Sindicato con-quistou ao longo do tempo de sua histó-ria o direito do servidor levar na aposen-tadoria algumas gratificações recebidasquando o trabalhador estava na ativa.

Quais são essas gratificações?Wagner - São muitas e todas são mui-

to importantes para a composição do salá-rio desses trabalhadores. Duas gratificaçõeschamam atenção pelo tempo de descontoexecutado pelo IPM, ou seja, estou falan-do em quase vinte anos de desconto e sãoelas: o Premio de Conservação de Veículose o Critério de Assiduidade.

Quais são as outras gratificaçõesWagner - As outras gratificações tam-

bém têm o seu grau de importância, maisem relação ao tempo de tributação peloIPM foram menores, estou falando daTARM – gratificação especifica para ao

SAMU e as telefonistas; gratificação doexpurgo; gratificação e encarregadorias de10, 20, 30 porcento; adicional noturno;gratificação de horas extras do DAERP quedurante um ano entre 2011 e 2012 foidescontado, ou melhor, tributado sobre asférias.

Afinal por que aconteceu a devo-lução do dinheiro?

Wagner - Primeiro, temos que obser-var que o governo está baseando a devo-lução num parecer da superintendênciado IPM de 2003 e pede imediatamenteque o órgão gestor das aposentadorias dosservidores, cesse a tributação. Esse pare-cer é da administração Palocci. Veja o ab-surdo que desde aquela época até trêsmeses atrás se descontava, ou melhor, tri-butava sobre essas gratificações.

Como eram consideradas as apo-sentadorias se os servidores não le-vavam para a composição de seus

salários?Wagner - Pois bem. De 2003 para cá

o Sindicato ingressou com várias ações naJustiça para o recebimento das referidasgratificações. Estou falando em ações in-dividuais, pois somente com as aposenta-dorias deferidas pelo órgão competenteque o servidor passa a ter o direito depleitear o que foi tributado.

E por que somente agora o IPMresolveu a devolver o dinheiro?

Wagner - Há três meses tivemos umareunião do Conselho Deliberativo do IPMque tem sua composição bipartite, ou seja,governo e trabalhadores e na ocasião foiproposto a devolução dos últimos cincoanos de tributação indevida. Nossos repre-sentantes atentos na defesa dos servido-res incluíram também a devolução dos tri-butos para os servidores.

Explique melhor, se a tributaçãoesta relacionada ao salário dos servi-

IPM: Entenda o caso

Servidores querem uma posição ‘clara’

sobre tributações do IPM que geraram polêmicaA devolução do

dinheiro aostrabalhadoresque pagaramdurante vinte

anos a tributaçãosobre algumasgratificações e

não levarampara a

aposentadoria,gera muitaconfusão epolêmica.

Para entendero caso

o Jornal Atuanteentrevistou o

presidenteWagner

Rodrigues

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dores, por que a administração tam-bém teria que ser ressarcida?

Wagner - Existe uma legislação fede-ral que regulamenta toda e qualquer tri-butação. Essa lei determina que a tributa-ção do servidor após um estudo de cálcu-lo atuarial, o percentual do trabalhador seráconsiderado o dobro para o governo. En-tão, hoje nós contribuímos com 11 % e aparte patronal é de 22%. Portanto tudoque foi contribuído ou tributado pelo ser-vidor foi também tributado em dobro parao governo.

O Sindicato fez um protesto naporta do IPM sobre a não devoluçãodesse tributo indevido.

Wagner - Sim, primeiro preciso rea-firmar que nossas tentativas eram para quenão fosse devolvido, pois interessa maisao servidor receber na aposentadoria,porém quando chegou ao calculo de R$21 milhões, sendo R$ 14 milhões paraadministração e R$ 7 milhões para os ser-vidores foi impossível segurar o desejodos trabalhadores que contribuíram e pre-senciaram a devolução para somente aadministração. Tivemos que cobrar do IPMa devolução para os servidores.

Qual a posição do sindicato dosservidores sobre o restante tributa-do nos salários dos servidores?

Wagner - Nesse país, os governantespassam a perna nos trabalhadores, ou seja,tivemos seis prefeitos e dois deles porduas vezes e em nenhum momento ces-saram o desconto e mais pensaram emdevolver a tributação para os trabalhado-res. Você tem noção do que é descontarpor vinte anos do trabalhador motorista o

prêmio de conservação e dos demais ser-vidores o critério de assiduidade tambémpelos quase vinte anos e no final de seutrabalho como agente público, receber anotícia que não vai levar na aposentado-ria.

O Sindicato defende então a de-volução total?

Wagner - O Sindicato defende a in-corporação das gratificações na aposenta-doria, porém como houve devolução dostributos patronais, defendemos então, queo mesmo seja devolvido para os trabalha-dores. Ninguém pode pagar por tanto tem-po uma conquista e no final ser enganadocomo se a aposentadoria fosse uma gran-de pirâmide financeira que quando estourasempre arrebenta do lado mais fraco.

Com essa decisão judicial, agora

o trabalhador vai perdero que investiu?

Wagner - Em nenhummomento eu não vi nin-guém preocupado com a tri-butação dos trabalhadores. Agrande questão é que nessemomento existe disputa deentendimento político e quetem reflexos na política cen-tral da cidade. Entendo queuma situação é a Prefeituradeixar de fazer os repassespatronais para o IPM e issoser resolvido, conforme umasolução na Legislação de2011 que obrigou o IPM afazer divisão em suas mas-sas, outra situação é uma tri-butação conforme o parecerexarado pelo IPM como ir-

regular e o valor tributado pelo órgão fi-car sem devolução. Dessa forma quemestá pagando a divida da Prefeitura como IPM é o servidor.

Qual a melhor decisão nesse mo-mento?

Wagner - Primeiro temos que evitaruma divisão na categoria, ou seja, aquelesque pagaram e querem receber e aquelesque nada contribuíram não tem o que re-ceber e não quer que o servidor, que tevedescontos, receba. Segundo o rombo doIPM não pode ser recuperado pela contri-buição indevida dos servidores. Terceiro,agora nessa fase de discussão que estamosvivendo, nós trabalhadores temos que es-perar uma decisão da Justiça para recebero pagamento indevido ao IPM, se assimfor a vontade todos.

8 ATUANTE Agosto de 2012

OBrasil viveu em junho dias de mani-festações. Originado pelo reajuste no pre-

ço da passagem do ônibus na capital paulista,a indignação ampliou e ganhou grande dimen-são, extrapolando as ruas de São Paulo e che-gando em todo o país. O clamor popular co-meçou contra o aumento de R$ 0,20 no trans-porte coletivo de São Paulo, mas bandeiraspor melhoria no serviço público, como saúde,educação e segurança, também foram alça-das.

As passeatas aumentaram instantanea-mente. Mas ao mesmo tempo que gruposagiram pacificamente, outros partiram para oconfronto e vandalismo. Não foi rato ver con-flitos e depredações. Grupos que agiram nointuito de tumultuar, sem uma clara bandeirade luta.

Para uma análise crítica desses movimen-tos e tentar decifrar os objetivos de algunsgrupos, o Atuante ouviu o experiente jor-nalista Umberto Martins. Confira a entrevista.

Atuante - Que análise pode ser feitadas manifestações que aconteceram emtodo o país e ainda continuam em algu-mas cidades, como o Rio?

Umberto Martins - As manifestações, ca-racterizadas por alguns observadores como asjornadas de junho, irromperam como um raioem céu azul, com elevado grau de esponta-neísmo, surpreendendo a maioria dos atorespolíticos e organizações sociais, incluindo par-tidos políticos. As pesquisas indicam que amaioria dos que afluíram às ruas para protes-tar é formada por jovens trabalhadores e estu-dantes, com elevado grau de escolaridade.76% declararam ao Ibope que trabalham e52% estudam, 92% têm ensino médio ousegundo grau completo, 43% com curso su-perior.

É preciso destacar que não foram convo-cados pelos sindicatos, entidades estudantisou partidos políticos; revelam certa aversão àsinstituições da nossa democracia burguesa,

bem como aos movimentos organizados, for-mando uma multidão de rebeldes em boamedida sem rumo e sem direção. Não é detodo incorreto concluir que as jornadas de ju-nho evidenciaram uma crise de representati-vidade no País, que merece uma reflexão maisséria e profunda, crítica e autocrítica, tambémpor parte do sindicalismo e, em particular, daCTB.

A carência de uma direção firme e de umapauta mais clara e definida abriu espaço paraque forças de direita e extrema direita se infil-trassem no movimento com propósitos reaci-onários e golpistas. Isto não deve obscureceros aspectos positivos das manifestações, quemudaram o cenário político brasileiro ao mos-trar que nosso povo não está tão satisfeito coma situação do país como muitos pensavam edemanda mudanças urgentes.

A voz das ruas clama por serviços públi-cos gratuitos nas áreas de transporte (passelivre), saúde (fortalecimento do SUS) e edu-cação, em contraposição aos serviços priva-dos. Em poucas palavras, o povo quer maisEstado e menos mercado. Isto requer a mu-dança da política econômica.

E como foram o papel e a atuação dagrande mídia nessas coberturas?

Umberto Martins - A grande mídia, quepodemos caracterizar com muita proprie-dade de mídia burguesa, funciona no Brasil,assim como em muitos outros países capi-talistas, como um verdadeiro partido da di-

reita neoliberal, o maior e mais influentedeles. O jornalista Paulo Henrique Amorimfoi muito feliz ao chamá-la de Partido daImprensa Golpista, o PIG, sempre muitohostil com os movimentos sociais, que inici-almente tomou posição contra as manifes-tações. Ao perceber a fragilidade das lide-ranças, mudou descaradamente de posiçãoe passou a apoiar e convocar os atos, inci-

Entrevista

As manifestações de junho e seus efeitosO jornalista Umberto Martins faz uma análise dos protestos que tomaram conta das ruas do país

A carência de uma direçãofirme e de uma pauta maisclara e definida abriu espaçopara que forças de direita eextrema direita se infiltrassemno movimento com propósitosreacionários e golpistas.

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Não é de todo incorreto concluirque as jornadas de junhoevidenciaram uma crise derepresentatividade no País, quemerece uma reflexãomais séria e profunda,crítica e autocrítica

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Manifesto nas ruas de Ribeirão

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tando o povo contra os movimentos sindi-cais e os partidos de esquerda.

Nas ruas, provocadores de extrema direi-ta atuaram de forma organizada agredindomilitantes de centrais sindicais e partidos polí-ticos, provocando arruaça e vandalismo. Des-ta forma, direita e extrema direita agiram cla-ramente no sentido de manipular o movimen-to, imprimindo-lhe um rumo antidemocráticoe golpista.

Há interesse políticos visando as pró-ximas eleições? Você acredita que as ma-nifestações provocarão reflexos no plei-to de 2014?

Umberto Martins - O objetivo das forçasreacionárias é desgastar e desestabilizar o go-verno Dilma de forma a interromper o ciclo demudanças iniciado em 2003 e abrir caminhoao retrocesso neoliberal em 2014 ou, quemsabe, ao golpe militar. É preciso atentar para ocontexto internacional de crise do capitalismoe de acirramento da luta política na AméricaLatina, onde iniciativas golpistas foram observa-das recentemente em vários países (Venezue-la, Bolívia, Equador, Honduras e Paraguai), comapoio velado ou ostensivo do imperialismo es-tadunidense.

O Brasil não está isolado do mundo e o quese passa aqui tem conexões e repercussõesóbvias na América Latina e em todo o mundo.As manifestações já provocaram uma sensívelqueda na popularidade do governo Dilma, masaté o momento nada indica que tenha levanta-do a bola da direita. As jornadas de junho foramum sinal de alarme para o governo, sinalizamque é necessário avançar nas mudanças con-templando os anseios das massas. Do contráriotalvez não seja possível evitar o risco do retro-cesso neoliberal, que paira como uma espadade Dâmocles sobre a cabeça das forças pro-gressistas.

E os atos tomados pelo Congresso epela presidente Dilma. Que leitura po-demos fazer?

Umberto Martins - A meu ver as inicia-tivas adotadas até agora pelas autoridades epoderes constituídos foram tímidas e estãolonge, muito longe, de satisfazer as demandaspopulares. O plebiscito proposto pela presi-denta Dilma sobre a reforma política é positi-vo e merece o apoio do movimento sindical,embora não conte com o respaldo desejadoda base aliada no Parlamento. Mas isto nãobasta.

Nesse momento, qual o papel dosmovimentos sociais, em particular dascentrais, sindicatos e trabalhadores?

Umberto Martins - Penso que as cen-

trais e os movimentos sindicais reagiramcorretamente ao apoiar as manifestaçõese entrar no jogo de forma organizada mo-bilizando a classe trabalhadora e erguendosuas próprias bandeiras ao lado das reivin-dicações mais gerais do povo, como é ocaso dos 10% do PIB para a educação e10% do orçamento bruto da União para asaúde. O Dia Nacional de Luta foi o “maiorprotesto sindical em décadas”, conformereconheceu o insuspeito jornal espanholEl País, de linhagem conservadora. Foi umsucesso, com greve geral em várias capi-tais (Belo Horizonte, Salvador, Porto Ale-gre, Vitória e Natal), muito embora, paravariar, tenha sido desqualificada e criticadapela mídia burguesa.

Foram convocados atos frente a entida-

des patronais contra a terceirização para 6 deagosto e não está descartada a realização deuma greve geral no dia 30 do mesmo mês seas negociações da pauta trabalhista com ogoverno e empresários não caminhar. O go-verno precisa mudar a política econômica paracontemplar as demandas das centrais e dopovo, reduzindo juros, pondo fim ao superá-vit primário, controlando o câmbio, reduzindoas desonerações e taxando as remessas delucros e dividendos das multinacionais.

Creio que cabe ao movimento sindical,numa atitude autocrítica, intensificar os esfor-ços para atrair os jovens à luta sindical, o quetambém passa pela renovação das direçõesdos sindicatos. Isto demanda uma atençãoespecial dos sindicatos. Não devemos ignoraras indicações das pesquisas: a maioria dos jo-vens que afluíram às ruas pertence à juventu-de trabalhadora, são classe trabalhadora, masnão se sentem representados por entidadessindicais ou estudantis ou, ainda menos, porpartidos políticos.

É preciso incorporar esta juventude traba-lhadora, saudavelmente rebelde, na luta polí-tica por um novo projeto de desenvolvimen-to e pelo socialismo, subtraindo-a da influên-cia reacionária da ideologia burguesa propa-gada diuturnamente pelos monopólios midiá-ticos.

A voz das ruas clama porserviços públicos gratuitos nasáreas de transporte (passe livre),saúde (fortalecimento do SUS) eeducação, em contraposição aosserviços privados. Em poucaspalavras, o povo quer maisEstado e menos mercado. Istorequer a mudança dapolítica econômica.

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10 ATUANTE Agosto de 2012

Em outubro o Sindicato dos ServidoresMunicipais de Ribeirão Preto, Guata-

pará e Pradópolis completará 25 anos deexistência. E a história desses 25 anos érica e merece ser comemorada pela cate-goria.

Tudo começou em 1988, com a Cons-tituição Federal que em seu inciso VI, doartigo 37, garantiu ao servidor público ci-vil o direito à livre associação sindical. EmRibeirão Preto, a categoria se organizavapor meio da Associação dos Servidores,que até hoje presta bons serviços aos tra-balhadores. Valter Ribeiro, presidente da

Associação à época, fundou o nosso Sin-dicato um dia após a promulgação daConstituição de 1988.

Valter Ribeiro foi o nosso primeiro pre-sidente e começou a travar batalhas embenefício do trabalhador. Valter Ribeirotambém foi quem deu início à nossa sede,na rua Onze de Agosto, comprando oimóvel e começando a construir a Casado Servidor.

Depois de Valter, o Sindicato foi presi-dido por Nelson Barbosa, que continuoua luta em defesa da categoria. Foi Barbo-sa que fez a primeira reforma do prédio,

tornando-o mais moderno.Após a gestão de Barbosa, o Sindicato

começou a ser dirigido pela Diretoria Atu-ante, encabeçada por Wagner Rodrigues.Wagner deu sequência ao projeto demodernização da Casa do Trabalhador.Criou a Farmácia José Victor Nonino – aFarmácia do Servidor e implementou pro-jetos sociais e de cidadania, atingido áreasimportantes como Educação, Habitação eFormação Profissional. Ampliou a intera-ção com o trabalhador com propostasmodernas de comunicação e atendimen-to jurídico. E o mais importante, nos últi-

mos anos alcançou conquistas his-tóricas como os acordos em pro-cessos judiciais (28.35% e 5.15%);aprovação do PCCS – Plano de Car-gos, Carreiras e Salários; Reduçãoda Jornada de Trabalho na Saúdepara 30 horas semanais sem redu-ção de salários; reajuste em salári-os em todas as datas base e a valo-rização do aposentado e pensionis-ta, isso sem falar nas lutas diáriasem defesa do IPM, Sassom e pelaqualidade no serviço público.

Por tudo isso, o servidor podecomemorar os 25 anos de aniver-sário do Sindicato. A Diretoria Atu-ante preparou um calendário festi-vo para marcar essa data. Confira:

Exposição - Será realizada umaexposição com fotos históricas emarcantes desses 25 anos. A ex-posição será realizada no Palace edepois se tornará itinerante.

Baile do Servidor - Já se tor-nou tradicional. O Baile do Servi-dor é sucesso garantido. Neste anoserá realizado no Quinta Linda, umdos ambientes mais requintados dacidade, no dia 18 de outubro.

“Todas as mesas foram vendi-das antecipadamente, o que mos-tra a confiança do servidor nesseevento. Temos certeza e vamosfazer de tudo para que o Baile maisuma vez seja um grande sucesso”,

Servidor pode comemorar:

Sindicato completará 25 anos

Bodas de Prata

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Luta do Sindicatoé reconhecida no Legislativo

Em suas lutas ao longo desses 25 anos, o Sindicato e otrabalhador encontraram apoio no Legislativo Municipal.

Isso é um fato que não pode ser esquecido. Foram reuniõese assembléia históricas dentro daquela Casa de Leis.

“A Câmara Municipal sempreabriu as portas para o Sindicato epara o Servidor e os vereadorestambém apoiaram essas lutas.Acompanhamos grandes assem-bléias aqui”, diz o vereador Geni-valdo Gomes (PSD). “É importantedestacar o papel dessa atual dire-toria. A maneira como age e assuas conquistas revolucionando oserviço público municipal”, desta-ca Genivaldo. “Com essas lutas emconjunto, da Câmara, Sindicato etrabalhadores quem ganha é a po-pulação com serviço público de qualidade”, acrescenta.

O vereador Jorge Parada (PT)comenta algumas conquistas da ca-tegoria. “Destaco entre essas lutaso processo dos 28%, a luta paramanutenção do IPM, contra as ter-ceirizações, contra a privatizaçãodo Daerp e o PCCS”, diz Parada.“Nosso gabinete estará sempreaberto ao Sindicato e ao servidor.Só por exemplo, lutamos pela efe-tivação dos agentes comunitáriosde saúde e pela manutenção dotrabalho dos agentes do Controlede Vetores”, afirma o vereador.

Delegado de Polícia, portandoservidor público, e vereador peloPMDB, Samuel Zanferdini tambémcomentou os 25 anos de existênciado Sindicato. “O Sindicato é umaassociação de trabalhadores cujafunção é defender seus interessese assegurar a representação e adefesa dos seus associados. A livrecriação de sindicatos no país é ga-rantida pela Constituição Federalde 1988. O sindicato tem a funçãode negociação, assistência e a so-lução dos problemas que se relaci-onam com a categoria. Nestes 25 anos de existência do Sindicato dos ServidoresMunicipais de Ribeirão Preto, parabenizo toda a instituição na pessoa do seu presi-dente e diretoria, bem como todos os associados pelas lutas e conquistas nesse perí-odo de existência”.

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diz Wellington Bellinazzi, diretor de Patri-mônio e um dos organizadores do baile.

Publicações - Os departamentos deComunicação e Jurídico estão elaborandoalgumas publicações que servirão paraorientar ou mesmo registrar os 25 anosdo Sindicato. Uma das publicações seráum livro com comentários ao Plano deCargos, Carreiras e Salários. O mesmo seráfeito com o PCCS do Magistério. Outro li-vro abordará os avanços em vários seto-res do serviço público e uma quarta pu-blicação com fotos e momentos marcan-tes da categoria.

Medalha - Outro evento importanteserá a entrega da Medalha dos 25 anos avinte e cinco personalidades que de umaforma ou de outra contribuíram pelas lu-tas dos trabalhadores. O ato solene serárealizado na Câmara Municipal em data aser confirmada.

Cápsula do Tempo - Como vocêimagina Ribeirão Preto daqui a 25 anos? Ecomo será o serviço público em 2038?Fazendo esse exercício de imaginação,vamos confeccionar uma cápsula do tem-po que será fechada no final da comemo-ração dos 25 anos e só será aberta quan-do o Sindicato completar Bodas de Ouro.Qualquer servidor poderá escrever suacarta.

Site - Um novo site está sendo desen-volvido para ampliar a interação com otrabalhador. Com uma linguagem objeti-va e direta, o novo canal de comunicaçãoserá amplo, modernizando o já existente.

Todos esses eventos e outros serão di-vulgados amplamente pelo Sindicato. Acom-panhe pelo site www.municipais.org.br.

Genivaldo Gomes

Jorge Parada

SamuelZanferdini

12 ATUANTE Agosto de 2012

O município de Ribeirão tem alcança-do índices satisfatórios no quesito

educação. Escolas têm sido construídas eexiste um esforço para aumentar o nú-mero de vagas nas creches municipais.Porém, o fator essencial para que tenha-mos uma educação de qualidade assenta-se numa política séria e eficiente de re-cursos humanos, o que não vem aconte-cendo.

Desde 2009, o Sindicato dos Servido-res Municipais, através da Seccional daEducação, vem cobrando da SecretariaMunicipal de Educação – SME uma políti-

ca de contratação de quadros, por meiode concursos públicos, para que os pro-fissionais que atuam nas unidades escola-res do município não fiquem sobrecarre-gados e possam desenvolver seu traba-lho com a máxima qualidade e eficiência.

Foi assim, que ocorreram concursospara cozinheiros, para PEB I e, mais re-centemente, para PEB II e III. Mas, o nú-mero de profissionais contratados tem semostrado insuficiente para dar mais efici-ência à prestação dos serviços educacio-nais.

Ao longo do tempo, servidores adoe-cem, se aposentam, se licenciam por di-ferentes motivos, e é obrigação da Admi-nistração Pública responder adequada-mente a tais questões. Mesmo tendo con-tratado mais de mil profissionais PEB I, ficaevidente a falta de professores quandotemos um número elevado desses profis-sionais dando aulas eventuais e/ou emsubstituição, o que não é adequado doponto de vista da eficiência na prestaçãodos serviços públicos educacionais ou dequaisquer outras secretarias.

Além disso, a Secretaria Municipal deEducação prometeu, e ainda não cumpriu,o quesito referente à criação de cargos deapoio, caso do Agente Escolar, em substi-tuição aos antigos Inspetores de Alunos,que restam muito poucos nas escolas

Seccional da Educação

Qualidade e (In)Segurançana Educação Municipal

municipais, afetando a segurança dos alu-nos dentro das escolas bem como a repo-sição dos Agentes de Segurança, pois osprofessores e demais profissionais da edu-cação têm trabalhado temerosos frente aosdiversos roubos que ocorreram nas esco-las municipais no primeiro semestre des-se ano, caso das EMEF. Prof. Jaime Mon-teiro de Barros, EMEF. Honorato de Lucae EMEI Ruy Escorel, onde uma professorafoi roubada dentro do estacionamento,quando deixava a unidade escolar, sendo,inclusive, ferida pelo assaltante, resultan-do numa C.A.T. – Comunicado de Aciden-te de Trabalho – e no afastamento da pro-fessora, que sofre até hoje em razão doocorrido, inclusive, arcando com as per-das materiais, que não foram reembolsa-das pela prefeitura municipal.

Houvesse a Administração Pública, nocaso a SME, colocado Agentes de Segu-rança em todas as escolas municipais, di-ficilmente teríamos tais assaltos em plenaluz do dia, e é obrigação da SME dar segu-rança para que todos os profissionais daeducação desempenhem as suas funçõesdentro das escolas com tranquilidade.

Nesse sentido, o Sindicato dos Servi-dores Municipais, via Seccional da Educa-ção, aguarda o cumprimento do que foiacordado no âmbito da educação munici-pal, a fim de que tenhamos uma educa-ção de qualidade, com segurança e tran-quilidade para os pais, alunos e profissio-nais da educação que atuam diuturnamen-te nas escolas municipais.

Donizeti Aparecido Barbosa – Diretor deComunicação e da Seccional da Educação

Giovani Martins de Souza – Coordenador deCEI e membro do CAE (Conselho de

Alimentação Escolar)

Agosto de 2012 ATUANTE 13

O Sindicato dos Servidores Municipaisvai realizar uma eleição entre todos

os servidores da prefeitura para formar acomissão que vai discutir, com o governomunicipal, a incorporação do prêmio in-centivo, no percentual de 47%.

O período de inscrição para partici-par da eleição foi aberto no dia 1º deagosto e vai se estender até o dia 16 domesmo mês. A inscrição pode ser feitana sede do Sindicato, e só poderá parti-cipar o servidor que for sindicalizado, enão fizer parte do quadro de diretoresdo Sindicato. A eleição vai acontecer de26 a 30 de agosto.

A intenção do Sindicato é de demo-cratizar o processo, estendendo a todosos trabalhadores o direito de participar danegociação.

“É importante que o servidor partici-pe ativamente das decisões deliberativasda entidade que o representa. A incorpo-ração é uma grande conquista do Sindica-to e que vai beneficiar os trabalhadores. Émuito bom que o servidor participe das

O governo municipal frustrou os motoristas da prefeitura com as respos-

tas negativas dos dois pedidos da catego-ria, a incorporação do prêmio de conser-vação e o pagamento de gratificação, nopercentual de 20%, como é paga para al-guns motoristas. Diante da negativa do go-verno a diretoria do Sindicato vai buscar

negociações de como seráincorporado os prêmio in-centivo”, fala a secretáriageral do Sindicato, JaciraCampelo.

“A eleição de uma co-missão vai fortalecer e le-gitimar as decisões queserão tomadas entre os tra-balhadores e o governomunicipal e, principal-mente, serão criados deba-tes coletivos na categoria.Será de extrema importância a participa-ção dos trabalhadores”, reforça o diretorde sindicalização, Valdir Avelino.

Os critérios adotados para chegar aonúmero de integrantes que vão fazer par-te da comissão por categoria foram deter-minados pelo número de trabalhadorespor Secretaria e Autarquia.

“O objetivo não é segmentar a cate-goria e sim dar a oportunidade a todos departicipar dessa discussão que é impor-tantíssima para os servidores”, fala o dire-

Prêmio Incentivo

Eleição vai definir comissão que

discutirá a incorporação dos 47%

soluções para os dois problemas.

Incorporação do Prêmiode Conservação

Sobre o prêmio de conservação o go-verno municipal alegou não estar encon-trando meios jurídicos para a criação deuma Lei que respalde a incorporação do

prêmio.“O secretário da Casa Civil

disse que existe uma dificulda-de diante da Lei que já existe eque determina que os descon-tos previdenciários não incidamsobre prêmios. Mas o secretá-rio também afirmou que vaifazer uma consulta ao Ministé-rio da Previdência Social parasaber se existe uma possibili-dade de reverter a situação. Valeressaltar que, devido as altera-

ções que o IPM tem passado, não foi apre-sentado um parecer do Instituto. Se o mo-torista não levar o prêmio para sua apo-sentadoria será um grande prejuízo paraa categoria”, diz o vice-presidente do sin-dicato, Laerte Carlos Augusto.

Pagamento de GratificaçãoSobre o pagamento da gratificação,

como já é feito para alguns motoristas, osrepresentantes do governo municipal dis-seram que o pagamento não está previs-to no orçamento deste ano. A propostado governo é para que o assunto seja dis-cutido na data base de 2014.

“Vamos buscar soluções para os pro-blemas. Não podemos aceitar que osmotoristas sejam prejudicados em suasaposentadorias. Já a gratificação é umaquestão de isonomia”, afirma a secretáriageral do Sindicato, Jacira Campelo.

tor de patrimônio do Sindicato, Welling-ton Bellinazzi.

“Muitas vezes o trabalhador não en-tende as dificuldades enfrentadas pelanossa diretoria no momento de uma dis-cussão importante com o governo. Tam-bém será a oportunidade de o servidorparticipar ativamente do processo e pre-senciar o nosso trabalho e as nossas difi-culdades e, é claro, a nossa vitória tam-bém”, comenta o vice-presidente do Sin-dicato, Laerte Carlos Augusto.

Governo frustra trabalhadorese Sindicato vai buscar soluções

Reunião na sededo sindicato

Diretoria cobra posicionamento do governo

14 ATUANTE Agosto de 2012

Apartir deste mês de agosto, todos osassociados do Sindicato dos Servido-

res Municipais de Ribeirão Preto poderão

Moradia Própria

Sindicato fecha parceria

com Vitta Residencialcontar com benefícios especiais na aqui-sição de unidades dos empreendimentosda Construtora e Incorporadora Vitta Re-

sidencial, através do Programa Minha Casa,Minha Vida.

Com a parceria firmada, os mais de 10mil associados poderão usu-fruir de condições exclusivasque incluem assessoria jurí-dica e de documentação gra-tuitas, entrega de documen-tação na própria empresa doassociado, preferência na es-colha das unidades, brindesespeciais vinculados à com-pra, além de ITBI e registrodo imóvel gratuitos. Bastaapresentar o holerite no atoda compra do imóvel, iden-tificando que é associado aoSindicato dos Servidores Mu-nicipais.

“É uma grande oportuni-dade para o servidor que nãopossui moradia própria deadquirir seu cantinho, comoa gente costuma dizer. Etambém é uma ótima opor-tunidade para aquele traba-lhador que pensa em inves-tir para o futuro. Esse é maisum convênio que o Sindica-to fecha para beneficiar osservidores”, fala a secretáriageral do Sindicato, JaciraCampelo.

“Nosso objetivo com esteconvênio com o sindicato ébeneficiar seus associadoscom essas vantagens quegarantem a realização do so-nho da casa própria”, expli-ca o diretor comercial Fer-nando Berto.

Mais informações podemser obtidas através do telefo-ne 0800-761-7101, na sedecomercial do Vitta Residen-cial: Rua Nélio Guimarães,699 – Alto da Boa Vista – Ri-beirão Preto, no Sitewww.vittaresidencial.com.bre na sede do Sindicato, Onzede agosto, 361.

Agosto de 2012 ATUANTE 15

A Diretoria Atuante se reuniu no mêsde julho para discutir a terceirização

no serviço público.No encontro ficou decidido que o Sin-

dicato vai realizar assembleias setoriais emtodas as Secretarias para discutir a tercei-rização que assola o serviço público deRibeirão.

“É um momento importante, ondereunimos um número grande de direto-res para debater ações do Sindicato e as-suntos importantes para a categoria. Des-tas reuniões sempre tiramos boas diretri-zes de atuação. A Diretoria Atuante estápreocupada constantemente com a qua-lidade no serviço público e com a quali-dade de vida dos trabalhadores”, afirma opresidente do Sindicato, Wagner Rodri-gues.

Além da terceirização, outros assun-tos importantes inerentes aos servidoresmunicipais foram debatidos. O encontrofaz parte de um calendário, pré-estabele-cido, de reuniões para discutir assuntosrelevantes para os servidores e novasações do Sindicato.

“Queremos entender e mapear essaonda desenfreada de terceirização queinvade o serviço público de Ribeirão Pre-to. Depois de ouvirmos os trabalhadores,vamos propor uma grande conferência

Diretoria Atuante se reuni para discutir a

terceirização no serviço público

para expandir asdiscussões sobre oassunto e envol-ver outros setoresda sociedade civilorganizada no de-bate”, comenta ovice-presidentedo Sindicato, Laer-te Carlos Augusto.

Eleição paradiscutir o PCCS

O Sindicatotambém definiuque vai realizaruma eleição queirá formar a comis-são que vai discu-tir melhorias noPlano de Cargos,Carreiras e Salári-os conquistadopela entidade querepresenta os ser-vidores na database de 2012.

“O PCCS foiuma conquistaimensa para os tra-balhadores, mas

precisamos ajustá-lo. Ogoverno ainda não resol-veu alguns problemasexistentes e também nãoaplicou o Plano em suatotalidade. Para resolverestes detalhes e algunsproblemas existentes va-mos fazer uma grandeeleição, formar uma co-missão democrática e ini-ciar estas discussões im-portantes com o governo.Tenho certeza de quecom a participação diretados trabalhadores vamosmelhorar ainda mais oPCCS, que é, sem dúvida,a maior conquista do Sin-dicato para os trabalhado-res em 25 anos”, fala Wag-ner Rodrigues.

16 ATUANTE Agosto de 2012

O Sindicato dos Servidores Municipaisquer que o governo municipal im-

plante o Plano de Cargos, Carreiras e Salá-rios específico da Guarda Civil Municipalo mais rápido possível.

A Implantação do PCCS está sendodiscutida desde março, quando o Sindi-cato entregou um projeto ao governomunicipal com detalhes de como seriafeito o PCCS da Guarda. O objetivoprincipal do projeto é organizar toda aautarquia em níveis hierárquicos distin-tos a serem ocupados por GCMs capa-citados. O projeto foi feito pelo Sindi-cato e por uma comissão de trabalha-dores. “A importância da implantaçãodo PCCS da Guarda está na valorizaçãodos profissionais e melhorar o atendi-mento à nossa população. Quando oGCM ingressar na carreira ele saberáonde poderá chegar através de seuspróprios méritos. Isso vai motivar mui-to os nossos trabalhadores”, diz o dire-tor de sindicalização do Sindicato eGCM, Valdir Avelino.

“O lado financeiro será importante,assim como foi a implantação do PCCSpara o restante da prefeitura, mas o lado

O Sindicato dos Servidores Municipaisse reuniu na manhã de terça-feira,

dia 6 de agosto, com o secre-tário de Planejamento, Fer-nando Piccolo, para cobrar in-vestimentos na Secretaria.

A reunião foi marcada pelaentidade que representa ostrabalhadores depois que ocoordenador da Seccional daFAP, Wellington Bellinazzi, re-cebeu algumas reclamaçõesde servidores sobre a falta deequipamentos importantes eadequados para o trabalho.

“Colocamos para o secre-tário a importância de se in-vestir na Secretaria de Plane-jamento, pois é um setor im-

PCCS da Guarda Civil Municipal tem que

ser implantado o mais rápido possível

motivacional será ainda mais relevante,pois o guarda terá a convicção de que seele se preparar, estudando, fazendo cur-sos, o futuro será de ascensão profissionaldentro da própria carreira, sem indicaçõespolíticas. A implantação do PCCS da Guar-da representa uma era de meritocracia naGCM”, argumentou o presidente do Sin-

Sindicato cobra investimentos para aSecretaria de Planejamento

portante para a prefeitura e para o povoribeirão-pretano. Os trabalhadores que nosprocuraram disseram que falta investimen-

to em equipamentos importantes para arealização dos trabalhos”, resume Bellina-zzi.

Durante o encontro o se-cretário disse que está buscan-do parcerias para tentar sanaros problemas.

“O próprio secretárioconcordou que faltam algunsequipamentos. Ele disse tam-bém que já está trabalhandopara solucionar os proble-mas. Vamos continuar acom-panhando de perto esta si-tuação. Nossa expectativa éque as soluções sejam apre-sentadas rapidamente”, afir-ma o diretor de sindicaliza-ção, Valdir Avelino.

dicato, Wagner Rodrigues.Várias reuniões entre as comissões (de

trabalhadores e do governo) foram reali-zadas.

“As reuniões estão acontecendo. Tive-mos alguns pontos de discordância, maschegamos a um consenso que vai benefi-ciar a todos”, finaliza Valdir.

Agosto de 2012 ATUANTE 17

Os problemas enfrentados pelos trabalhadores do DAERP em Bonfim

Paulista e denunciados pelo Sindicato dosServidores há três anos continuam dão mes-ma forma.

O Descaso com os trabalhadores doDAERP de Bonfim Paulista continua. Quan-do o Sindicato fez a denúncia pela pri-meira vez (há três anos) a situação do lo-cal de trabalho dos servidores era muitoprecária. De volta ao posto do DAERP nomês de agosto, a diretoria do Sindicatoconstatou que nada foi feito no prédio.

O local, uma antiga cadeia do distrito,está em péssimas condições de conser-vação. Os materiais de trabalho dos servi-dores encontram-se espalhados pelo chãodo prédio, pois não existe um almoxarifa-do adequado no local. Boa parte dos ins-trumentos de trabalho está guardada emantigas celas. A mesa utilizada pelos fun-cionários para fazer suas refeições fica aolado do banheiro. A cozinha também estáem condições precárias.

“Como pode o servidor realizar suas re-feições neste local. A mesa está praticamen-te em frente ao banheiro e a cozinha fica aolado. Os materiaisestão espalhadospelo chão. Sem con-tar que os processosestão amontoados nochão e em um armá-rio velho e quasesem condições deuso. E quando eudigo quase é por quenão tem condição,mas como não exis-te outra opção o ar-mário está sendo uti-lizado”, ressalta o co-ordenador da Secci-onal do DAERP, Jorge Ferreira Radim”.

Problema GraveOutro problema grave encontrado

pelo Sindicato dos Servidores foi a forma

Problemas denunciados pelo Sindicato

há três anos continuam iguaisque alguns equipamentos estão sendoguardados. Canos que são utilizados parareparos em rede de água potável estãoespalhados pelo chão, expostos a todo otipo de contaminação.

“Os canos estão no jogados no chão,no tempo, sujeitos a todo tipo de conta-minação. Imagine ratos fazendo suas ne-cessidades em cima destes canos. Quemvai pagar a conta com a própria saúdeserá a população de Bonfim”, fala Jorge.

O Sindicato vai cobrar novamente dasuperintendência do DAERP uma soluçãoimediata para o problema.

“Não dá para esperar mais. Disseramlá atrás que um local seria alugado até queum novo posto de trabalho fosse constru-ído. Até agora nada foi alugado e nada foiconstruído. Os problemas têm de ser re-

solvidos urgentemente, ou então vamostomar uma medida mais contundente”,finaliza Jorge.

Uma paralisação nos trabalhos em Bon-fim Paulista não está descartada.

Seccional do DAERP

18 ATUANTE Agosto de 2012

AÇÕES GANHAS PELODEPARTAMENTO JURÍDICO

DO SINDICATO- Processo nº 2247/2011 da 2ª Vara daFazenda, interposta contra a PrefeituraMunicipal. Com mais essa vitória o Sindi-cato conseguiu ganhar todas as açõescoletivas pleiteando o pagamento da gra-tificação denominada Adiantamento doPremio Incentivo para os servidores emperíodo de estágio probatório.

- Processo nº 7615/2011 da 1ª Vara daFazenda Pública. Essa é a primeira vitóriadas várias ações interpostas pleiteando opagamento do Quinquênio e Sexta Partetomando-se por base de cálculo o valortotal da remuneração do servidor.

POR DRA. REGINA MÁRCIA FERNANDES

Uma questão polêmica que se encontra na pauta de discussão das rela-

ções sociais é o casamento entre pessoasdo mesmo sexo, também chamado de re-lação homoafetiva.

Para tratarmos do assunto, no seu as-pecto jurídico, temos primeiramente quearrancar o véu do preconceito ou a más-cara do moralismo para entendermos queessa questão nos remete à história da ci-vilização humana.

A primeira menção histórica da reali-zação de casamentos entre pessoas domesmo sexo data do Impérito Romano,quando o próprio Imperador Nero envol-veu-se em cerimônia de casamento comum de seus escravos. E o mesmo ocorriaentre as mulheres, inclusive na China, naépoca das dinastias. A história do ImpérioRomano relata ainda a união entre os guer-reiros e os jovens que estavam iniciandosua vida sexual. Com a chegada do cristi-anismo ao poder, por volta do século II aIV, qualquer expressão de amor homos-sexual era tida como heresia e proibiu-sea sua prática, o que demonstra que a rela-ção homoafetiva era comum naquela épo-ca.

Os relatos históricos demonstram quea união entre pessoas do mesmo sexoexiste desde o início da civilização huma-na. Portanto, não se trata de uma tendên-cia da modernidade, mas de uma experi-ência que decorre das relações humanas,às quais o Direito não pode se abster detratar.

E a discussão hojenão pode se resumir àótica simplista e dualis-ta de ser contra ou fa-vor, pois o que se es-pera é que estejamosem sintonia com a his-tória e seus movimen-tos para o entendimen-to das manifestaçõessociais, da vida em so-ciedade.

Moralismos à parte,devemos reconhecerque as pessoas, inde-

pendentemente da orientação sexual, sãoe devem ser consideradas como cidadãos,que têm exatamente os mesmos direitose responsabilidades. Isso inclui também,como corolário lógico, os direitos e as res-ponsabilidades envolvidas em uma par-ceria civil.

O parágrafo 3º do artigo 226 da Cons-tituição Federal dispõe: “Para efeito daproteção do Estado, é reconhecida aunião estável entre o homem e a mulhercomo entidade familiar, devendo a leifacilitar sua conversão em casamento.”E a Lei 9.278/96, também conhecida comoa Lei da União Estável, em seu artigo 8ºestabelece que: “Os conviventes poderão,de comum acordo e a qualquer tempo,requerer a conversão da união estávelem casamento, por requerimento ao Ofi-cial do Registro Civil da Circunscriçãode seu domicílio.”

A legislação existente prevê a conver-são da união estável em casamento ape-nas da entidade familiar, entendida essacomo a união entre o homem e a mulher.

Mas em 5 de maio de 2011, o Supre-mo Tribunal Federal, quando do julgamen-to da Ação Direta de Inconstitucionalida-de nº 4.277, por unanimidade de votosreconheceu a legalidade da união estávelentre pessoas do mesmo sexo, em todoo território nacional.

Referida decisão do Supremo Tribu-nal Federal deu uma nova e ampla inter-pretação ao parágrafo 3º do artigo consti-tucional 226, acima transcrito. Com essadecisão do STF, o conceito de entidadefamiliar entre o homem e a mulher pas-

sou a abranger também a união entrepessoas do mesmo sexo.

E como não poderia deixar de ser, oentendimento da Suprema Corte na açãodireta de inconstitucionalidade citada con-siderou os princípios jurídicos consagra-dos pela Constituição Federal como direi-tos fundamentais do cidadão - a liberda-de, a igualdade e a proibição de qualquerforma de discriminação - para poder es-tender aos homossexuais o direito de setornarem uma entidade familiar.

E em 14 de maio de 2013, o CNJ -Conselho Nacional de Justiça aprovou aResolução nº 175 que obriga os cartóriosde todo o país a celebrar o casamento ci-vil e a converter a união estável homoa-fetiva em casamento.

Embora o direito à adoção já vinhasendo conferido timidamente pelo Judici-ário a casais homossexuais, com a recen-te decisão do Supremo Tribunal Federalacredita-se que muitas crianças sairão dosorfanatos ou da condição de abandona-dos e poderão usufruir da alegria de teruma família.

* ADVOGADA E COORDENADORA DODEPARTAMENTO JURÍDICO DO SINDICATO DOSSERVIDORES MUNICIPAIS DE RIBEIRÃO PRETO,

GUATAPARÁ E PRADÓPOLIS.

Departamento Jurídico

Vitórias

Casamento entre pessoas domesmo sexo - uma breve noção

Agosto de 2012 ATUANTE 19

A diretoria do Sindicato em reunião nosalão principal do Palácio Rio Branco como então secretário de Governo, Donizete Rosa.

Momentos marcantes nos 25 anos do SindicatoNesta edição separamos três momentos marcantes na história dos 25 anos do nosso Sindicato.

Começamos nos anos de 2001 e 2002 durante as negociações com o então Governo Palocci e depois vamos para 2007 com ainauguração da Farmácia José Victor Nonino, a Farmácia do Servidor, e com a luta pela revitalização do IPM. Relembre:

Nossa História

Luta pelo IPMSempre o Sindicato lutou pela saúde do IPM. Em 2007 foi reali-zado uma grande manifestação contra uma possível ameaça dese acabar com o órgão. Em destaque nossos diretores com carta-zes na porta do IPM na chegada do então superintendente Pau-lo Pastori.

Farmácia inaugurada em 2007A inauguração da Farmácia Dr. José Vitor Nonino, no dia 6 demarço de 2007, foi uma festa, marcada pela emoção. A cerimô-nia foi uma homenagem justa e merecida ao médico e vice-presidente do nosso sindicato. Além da família e dos servidores,diversas autoridades prestigiaram o evento.

Diretores doSindicato atentosàs negociações.

No detalhe oentão prefeito

Antônio Palocci,o ex-presidenteNelson Barbosae a ex-diretora

financeira doSindicato,

Cristina Chiachio.

Mais umareunião no

Palácio envol-vendo Governo

e Sindicato,sendo acompa-

nhada porvereadores e

imprensa.

Negociações em 2001 e 2002�

20 ATUANTE Agosto de 2012

O Sindicato lançou um BIS – BoletimInformativo Sindical da Saúde para

denunciar a existência de ratos na UBDSCentral. O fato causava transtornos aos tra-balhadores, bem como colocava em riscoa saúde de funcionários e população queprocurava pelo atendimento. O fato foiamplamente divulgado pelos nossos di-retores e a imprensa, por meio de pro-gramas de rádio, TV e jornais foram con-ferir e constataram a veracidade dos fa-tos. Os vereadores também foram ao lo-cal e também, a exemplo do Sindicato,

cobraram reformas na unidade. O Gover-no Municipal diante da pressão resolveuantecipar uma reforma e fechou a UBDSpor quatro dias.

A DENÚNCIAOs trabalhadores alegaram que o pro-

blema não era recente, mas estava se agra-vando: na sala de esterilização de equipa-mentos odontológicos foram encontradasfezes de ratos no interior de armários; eracomum encontrar os roedores mesmodurante o expediente, inclusive uma tra-

Cheia de Ratos

BIS - Boletim Informativo Sindical com a denúncia foi distribuído para trabalhadores e população.

balhadora havia encontrado uma ninhadade ratos dentro de um fogão no refeitórioda unidade.

“Assim que soubemos dessa situa-ção fizemos um BIS e distribuímos paraos trabalhadores e população. Tambémencaminhamos as denúncias para aPrefeitura, Câmara e imprensa. Erauma situação insustentável, pois asfezes de rato são extremamente noci-vas a saúde dos seres humanos. Exis-tem doenças sérias que podem ser trans-mitidas. Era inadmissível a presença deratos em uma unidade de saúde ondemilhares de pessoas passam semanal-mente em busca de atendimento médi-co”, explica o coordenador da Seccionalda Saúde do Sindicato, Noedivaldo Ber-nardino.

“Cobramos uma reunião com o go-verno e que uma solução fosse dadaimediatamente. Felizmente isso aconte-ceu. A UBDS foi reformada, mas conti-nuamos atentos”, complementa o coor-denador da Seccional da Saúde, Célio Apa-recido.

Após denúncia do Sindicato,

UBDS foi reformadaProgramas de TV, rádio, jornais e vereadores foram conferir e constataram a denúncia.

Prefeitura antecipou reforma para resolver o problema

Sindicato cobra

reforma em

outra unidadeNo mesmo BIS – Boletim Infor-

mativo Sindical o Sindicato cobroumelhorias e reformas na UBDS Cuia-bá. O Governo municipal anunciouque havia feito tal reforma, mas osdiretores do Sindicato constataramque foram feitos apenas reparos naparte elétrica, hidráulica e uma pin-tura no prédio. O Sindicato cobrapara que a estrutura do prédio sejamodificada, para atender melhor apopulação e para que o trabalhadorpossa exercer suas atividades comqualidade.