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Audiência Pública Assembléia Legislativa de Minas Gerais Marcos Aurélio Madureira da Silva – Presidente Belo Horizonte, 25 de junho de 2019

Audiência Pública Assembléia Legislativa de Minas Gerais · 2,2 0,8 1,5 Combustíveis Fósseis Fontes Renováveis Atividades Rurais Baixa Renda Água e Esgoto LPT e Pequenas Distribui-doras

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Audiência Pública Assembléia Legislativa de Minas Gerais

Marcos Aurélio Madureira da Silva – Presidente Belo Horizonte, 25 de junho de 2019

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Capilaridade Arrecadação Capital intensivo Longo prazo

COMPROMISSOS

Melhoria da QualidadeContinuidade

Modicidade tarifária Responsabilidade socioambiental

UniversalizaçãoAtendimento / Comunicação

Consumidores 1 83,6 milhões

Nº de novas ligações 1 1,21 milhões

Universalização 2 99,8% dos domicílios

Empregos 3 199,1 mil

População 4 208.5 milhões de habitantes

Receita Bruta 6 R$261 bilhões

Encargos e Tributos 6 *Somente na Distribuição R$ 97 bilhões

Mercado (livre + cativo) 5 453,1 mil GWh (309,4 mil GWh – Cativos)

Participação no PIB 3,9%

Investimentos Anuais 6 R$ 16,1 bilhões

Índice de Satisfação com a Qualidade Percebida (ISQP) 76 %

FONTES :1 Aneel, 2 PNAD, 3 Dieese, 4 IBGE, 5 EPE, 6 DFP´s.

Panorama do segmento de distribuiçãoMais de um século a serviço da Sociedade Brasileira

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ABRADEE: 41 distribuidoras (99,6 % do mercado)

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Descarbonização

Digitalização

Descentralização

E O AMANHÃ (ou hoje??)

RECURSOS ENERGÉTICOSDISTRIBUÍDOS

CARROS ELÉTRICOS/HÍBRIDOS

REDES INTELIGENTES

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Geração de Energia Elétrica Distribuída

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Uma nova tecnologia que já se tornou uma realidade

• 84.933 conexões• 1.038 MW instalados (superando em quase o dobro a projeção inicial da Aneel)• 117.011 pontos de créditos

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Geração de Energia Elétrica Distribuída

7

Contribuição das Empresas Distribuidoras para o desenvolvimento da GD

• Disponibilidade de sistemas elétricos para conexões de Usinas Fotovoltaicas (2017)• 119.116 km de redes de Alta Tensão• 2.517.273 km de redes de Média Tensão• 908.100 km de redes de Baixa Tensão

• Mercado de 83,6 milhões de consumidores de energia elétrica

• Sistemas de medição e faturamento

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Geração de Energia Elétrica Distribuída

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Contribuição das Empresas Distribuidoras para o desenvolvimento da GD

• Como é efetuado o suporte do sistema elétrico da Distribuidora• GD no local de consumo

• Fornecimento de energia em momentos de falta de geração fotovoltaica• Noite• Dias nublados• Falha no sistema de geração

• GD Remota• Conexão para Usinas Fotovoltaicas• Sistema elétrico para transporte da energia até o ponto de consumo• Fornecimento de energia em momentos de falta de geração fotovoltaica

• Noite• Dias nublados• Falha no sistema de geração

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Geração de Energia Elétrica Distribuída

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Porque a Geração Distribuída é hoje muito mais barata que a energia fornecida pelas Distribuidoras ?

• A tarifa de energia elétrica é cara

• Quais são as razões?• O que são subsídios cruzados na conta de energia?

• Quais são os componentes da tarifa que estão sendo pagos pela GD?

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Tarifa de energia elétrica residencial no contexto internacional: como estamos inseridos?

Sem tributos e encargos em todos os países, a

tarifa brasileira cairia da 16ª para a 25ª posição

entre 33 paísesFonte: estudos disponíveis no site da Abradee

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Um “zoom” nos subsídios tarifários bancados pelo encargo Conta de Desenvolvimento Energético (R$ 18,6 bilhões/ano)

7,1

3,3

3,7

2,2 0,8

1,5

Combustíveis FósseisFontes RenováveisAtividades RuraisBaixa RendaÁgua e EsgotoLPT e Pequenas Distribui-doras

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Contribuição para a Modicidade Tarifária

2007 2013 2015 20180

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

2007; 184

2013; 1112015; 96 101

2007; 38

2013; 142015; 17

34

2007; 179

2013; 171

2015; 248 236

2007; 54

2013; 21

2015; 10076

Tarifa média sem tributos (R$/MWh moeda constante)

Distribuição Transmissão Geração Encargos

Aumento de 40%

Aumento de 35%

Estável

Redução de 45%

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Preços iguais para produto/serviços iguais? Como identificar o subsídio cruzado implícito?

Custo de oportunidade ao

SCEE

Componentes dos custos

efetivos da tarifa

Distribuição

Transmissão

Encargos

Energia

Energia excedent

eComponentes que são

pagas pelos consumidores livres e cativos

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Contexto histórico da REN 482/12

Na ocasião (2011) em que se discutia a implementação do netmetering (O sistema de compensação de energia elétrica – SCEE) pela ANEEL havia uma dúvida se isso seria o estabelecimento de uma política pública que, por sua vez, compete ao Poder Concedente. Por outro lado, caberia à Aneel, conforme suas competências e atribuições legais, implementar as políticas públicas.

Contudo, essa questão foi relevada por um objetivo maior que seria incentivar a micro e mini geração distribuída (MMGD) para superar o que se chama de “imperfeições de mercado” como, por exemplo, os custos elevados de baixa escala, desconhecimento do funcionamento da tecnologia, mercado de fornecedores incipiente etc.De fato, o SCEE tem um subsídio cruzado implícito que foi recentemente estimado pela Aneel por meio da NT 005/2019 – SGT/ANEEL.

Por isso, a Resolução 482/12 foi a primeira norma da Aneel que nasceu com “prazo de validade”. O art 15º estabelecia um prazo para sua adequação. Foi reconhecido a necessidade de informar à sociedade que a regra era de incentivos e que seria revisada oportunamente objetivando o desenvolvimento sustentável da MMGD.

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2016 2017 2018 20208

3073

2020; 325

30120

270

2020; 1.200

Beneficiados SCEE (mil) Subsídios (R$ milhões)* Projeções

O momento da revisão da REN 482 é oportuno, pois a pauta da desoneração da tarifa está na ordem do dia!

R$ 132 milhões foi o subsídio dado a 33 mil beneficiados pelo SCEE. Fonte:

Os 5 GW implicarão em subsídios cruzados da ordem de R$ 2,5 bilhões.

Será maior do que a subvenção aos consumidores da Tarifa Social de Energia Elétrica!

Tão importante quanto racionalizar os atuais subsídios é evitar que outros crescem de forma injustificada!

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O que aconteceu nesses últimos 7 anos?

Os ganhos de escala, de tecnologia e de competição tornaram as fontes renováveis economicamente viáveis, inclusive a MMGD.

Como isso pode ser aferido?

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2012 2015 2018 20200

2

4

6

8

10

12

14

0%

5%

10%

15%

20%

25%

12,5

5,55

4%

2015; 8%

20%

2020; 15%

Custo (R$/Wp) TIR (%a.a.)

* Componentes: Fio B, Fio A e Perdas em kW

A boa nova! A MMGD já é sustentável!

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Como promover o desenvolvimento sustentável da MMGD?

Considerando que: (i) as fontes renováveis já são competitivas; (ii) em qualquer cenário de valoração tarifária do SCEE, conforme AIR 004/2018-ANEEL, a GD continua em crescimento; (iii) há um esforço governamental e da sociedade para reduzir subsídios ineficientes ou injustificados; e (iv) não razoável manter as distribuidoras como a única provedora de serviços aos beneficiados do SCEE sem a adequada remuneração:

1- Oferecer prazo de permanência da regra vigente aos atuais beneficiados do SCEE, coerentemente com os estudos quantitativos da própria Agência para prazo do retorno de investimento;2- Destinar as discussões sobre as externalidades positivas e negativas do atual modelo de negócio da GD ao MME objetivando avaliar a pertinência de alocar e/ou destinar encargos da CDE; e3 - Aplicar a TUSD binômia a todos os beneficiados do SCEE, como já ocorre aos conectados em Média Tensão, sem a componente tarifária da CDE, transitoriamente, até as conclusões dos estudos da recomendação (2) ou até a próxima revisão da REN 482, o que ocorrer primeiro.

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Compartilham a visão de que subsídios tarifários já cumpriram sua missão para MMGD e, por isso, defendem um modelo de negócio sustentável para a Micro e Mini Geração Distribuída

Subsídios tarifários têm prazo de validade?

A Maturidade das Fontes Renováveis

Carta aberta ao MME para o aprimoramento do ProGD (subsídio somente quando necessário e com sinal de eficiência)

Geração Distribuída 2.0: Uma Nova Aurora

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Geração Distribuída 2.0: Seja Bem-Vinda!

Desenvolva-se de forma sustentável a benefício de toda sociedade!!

Muito Obrigado