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Audiência Pública Comissão de Minas e Energia REQ 47/2015 – CME AUTORES: Deputado Antonio Carlos Mendes Thame – PSDB/SP Deputado Jose Stédile – PSB/RS
Augusto Salomon
Presidente Executivo
17 de Setembro/2015
Agenda para Discussão
1. A Importância do Setor de Gás Canalizado na Economia
2. Situação Atual do Mercado de Gás
3. Competitividade
4. Ações para uma Agenda Positiva
2
Agenda para Discussão
1. A Importância do Setor de Gás Canalizado na Economia
2. Situação Atual do Mercado de Gás
3. Competitividade
4. Ações para uma Agenda Positiva
3
Organização da Indústria do Gás Natural
4
Carregador
• Capacidade de
negociação
• Agregador de
Volumes
• Administrador de
Risco
• Diversificação de
Produtos
• Oportunidades
Transportador
• Capital Intensivo
• Necessidade de
Escala
• Flexibilidade
Restrita
Produtor
• Capital
Intensivo
• Flexibilidade
Restrita
Distribuidor
• Disseminação da Cultura
• Coordenador de demanda
• Carteira de clientes
• Adm de Perfis de Carga
• Planejamento de Rede
• Fomento de Demanda
• Formatação de Produtos
• Disponibilização de
Tecnologia
• Administrador de Risco
• Capital Intensivo
Clientes
• Necessidades
específicas
• Diferentes elasticidade
• Múltiplos Perfis de
carga
• Comprador de serviços
• Volatilidade
• Pulverizados
PRODUTOR
TRANSPORTADOR
CARREGADOR
CARREGADOR
CARREGADOR DISTRIBUIDORAS
CONSUMIDORES
Demanda por Inflexibilidade
PODER CONCEDENTE FEDERAL
Demanda por Flexibilidade
PODER CONCEDENTE ESTADUAL CITY GATE
REGULADORES INDEPENDENTES
DISTRIBUIDORA
AGENTE REGULADOR - ANP AGENTE REGULADOR - AGÊNCIAS ESTADUAIS
Concessionárias de Gás Canalizado no país
5
27 distribuidoras em 24 estados – Petrobras é sócia em 20 distribuidoras
Distribuidoras de gás e investimento
6
2007 – 2013: distribuidoras investiram R$ 13,8 bilhões em expansão de rede.
2007 – 2015: incremento de 82% na rede de distribuição, que passou dos 15,9 mil para
28,9 mil km.
Projeção para 2022: atingir 42,7 mil km de rede instalados, com investimento previsto
de R$ 6,8 bilhões (Não inclui o investimento da Comgás, em virtude do período de
revisão quinquenal da distribuidora).
Até abril 2014: distribuição de gás canalizado gerou 18,8 mil empregos (diretos e
indiretos).
As 74 unidades de cogeração em operação geraram cerca de 450 MW médios,
reduzindo os impactos da importação de GNL e o custo da geração termelétrica.
O mercado de GNV (~5 MMm³/dia) contribui para a redução da importação da gasolina,
reduzindo o impacto na balança comercial brasileira em R$ 3,75 bilhões, já que o preço
do GNV não é subsidiado.
Investimento e Geração de Empregos Programa Quinquenal
7
Construção de redes e instalações
+ 18 mil
Oficinas de GNV e frentistas de postos
+ 14 mil
Reforço mão de obra direta CDLs
+ 1 mil
Total + 33 mil
Investimentos em redes e programas de eficiência
R$ 6 bilhões
Escoamento de gás - Rota 4 R$ 7 bilhões
GNV (+200 mil veículos/ano e +500 novos postos)
R$ 6 bilhões
Instalações res/com (+1 milhão de consumidores)
R$ 3 bilhões
Total R$ 22 bilhões
Geração de novos empregos Investimentos
Aumento de Consumidores Investimento Incremental
2,7 mi para 5 milhões R$ 7,5 bilhões
2,7 mi para 12 mi (18% penetração) R$ 36 bilhões
Potencial de expansão
Gás Canalizado: Penetração e comparação com outros setores
• Existe um grande potencial de desenvolvimento do Gás Natural no Brasil;
• Como exemplo, 3,8% dos domicílios são abastecidos com gás canalizado contra mais de 60% nos EUA, Europa, Argentina e Colômbia;
• O mercado industrial é o vetor da expansão das redes de distribuição, representando quase 65% do consumo total;
• Há muito pouco tempo o GNV (Postos de abastecimento) era um importante âncora na expansão da rede;
• Enorme potencial para alavancar novos investimentos nos próximos anos.
98,8% 84,1%
52,4%
88,2%
43,2%
27,3% 33,6%
3,8%
70,0% 75,0% 66,0% 68,0%
3,8%
8
A importância da indústria de gás canalizado para a economia
• A indústria do gás canalizado desempenha um papel importante na economia brasileira, gerando receitas, impostos e investimentos de bilhões de reais.
• A despeito da crise econômica, em 2014 a indústria investiu R$ 1,5Bi.
• A indústria gerou quase 20 mil empregos diretos e indiretos. O número pode dobrar se os investimentos forem acelerados.
9
R. Bruta
R. Líquida
Impostos
CAPEX 1,5*
3,0
26
Gás Canalizado 2014 – R$ Bilhões
22
0
10
20
30
40
Gás Eletrônico Telecom HigienePessoal
Receita Líquida 2014 – R$ bilhões
Fonte: Demonstrativos empresas e relatórios setoriais
*CAPEX inclui construção e renovação de redes, sistemas de supervisão e obras civil
Agenda para Discussão
1. A Importância do Setor de Gás Canalizado na Economia
2. Situação Atual do Mercado de Gás
3. Competitividade
4. Ações para uma Agenda Positiva
10
-
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
jan/
07
mai
/07
set/
07
jan/
08
mai
/08
set/
08
jan/
09
mai
/09
set/
09
jan/
10
mai
/10
set/
10
jan/
11
mai
/11
set/
11
jan/
12
mai
/12
set/
12
jan/
13
mai
/13
set/
13
jan/
14
mai
/14
set/
14
jan/
15
mai
/15
M m
³/di
a
Total
Vendas de Gás natural: Distribuição
• Consumo quase dobrou em 7 anos (7,3% a.a.);
• Número de consumidores quase triplicou em 10 anos (8,5% a.a);
• A maior parte do crescimento deve-se a investimento das distribuidoras privatizadas.
11
Volume Total
Total de Consumidores
Segmento Residencial
12
1,2 1,3 1,3 1,4 1,7 1,9
2,0 2,2
2,4 2,6 2,7
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 jun/15
milh
õe
s
Consumidores
Crescimento de mais de
100% em 10 anos;
Maciços Investimentos
em expansão de redes
Concorrência desigual
com o GLP
Segmento Industrial
13
• Âncora de consumo na implantação do setor de gás;
• Consumo estagnado nos últimos cinco anos, devido a preços altos e dificuldades enfrentadas pela indústria brasileira.
2,4 2,5 2,5 2,5 2,6 2,6 2,7 2,8 2,8 2,9 2,9
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 jun/15
mil
Consumidores
Segmento Automotivo
14
• Importante âncora para o adensamento da rede em cidades e redução da poluição ambiental;
• Um veículo consome seis vezes o equivalente ao consumo de uma residência;
• Consumo estagnado devido à política de preços para a gasolina.
1,2 1,4
1,5 1,6 1,7 1,7 1,7 1,7 1,7 1,6 1,7
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 jun/15
mil
Número de postos revendedores
Segmento Cogeração
15
• Segmento fundamental para a otimização de investimentos em transporte e distribuição de eletricidade;
• Consumo estagnado devido à ausência de política de incentivos (VR, viabilizar a compra de excedentes pela distribuidoras de eletricidade).
32 32 38
46 48 50 50
64
74 80 81
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 jun/15
Consumidores
Consumo de gás natural em termoelétricas: fator de instabilidade do sistema
16
1,2 1,3 1,4 1,4
1,7 1,9
2,0 2,2
2,4 2,6 2,7
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 jun/15
milh
õe
s
Consumidores totais
0
10
20
30
40
50
jan/07 dez/07 nov/08 out/09 set/10 ago/11 jul/12 jun/13 mai/14 abr/15
Consumo sem termoelétricas
0
5
10
15
20
25
30
35
40
jan/07 dez/07 nov/08 out/09 set/10 ago/11 jul/12 jun/13 mai/14 abr/15
Consumo termoelétrico
19 21
19 18 16
21 24 23
29 31 31
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 jun/15
Consumidores termoelétricos
Unidades: MM m3/d Fonte: ABEGÁS
Agenda para Discussão
1. A Importância do Setor de Gás Canalizado na Economia
2. Situação Atual do Mercado de Gás
3. Competitividade
4. Ações para uma Agenda Positiva
17
18
0,9 1 1,7 2,2 2,6 3,5 3,8 4,15,2
6,47,5
8,910,3
28,7
33,9 35,7 36,1
32,1
37,1
39,7 41,0 40,9
44,7
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Total ex. Geração Termelétrica
Total ex. Geração Termelétrica
2001 – Gasbol
2003 – Plano de Massificação
2005 – Resultados Plano de massificação
2007 – Criação da NPP
2009/2010 – Crise Econômica Mundial
Geração Elétrica Subsidiada por outros Segmentos
19
Do despacho termelétrico a GN de 2014 conhecido, apenas 11% está sob contratos em condições de mercado acima do custo de aquisição da PB
50%
24%
15%
11%
44MM m³/d
UTEs PB Contrato PPT
(abaixo do custo médio de aquisição)
UTEs Independentes
PPT ou Subsidiado
(abaixo do custo médio de aquisição)
Sem avaliação
UTEs com preços em condições de mercado
Fontes: PSR e estimativas próprias
A Petrobras deve repassar aos agentes econômicos do setor elétrico ou ao governo, e não às CDLs o custo do subsídio às Termelétricas – Realismo Tarifário.
Panorama da Política de Preços
20
Programa Prioritário de Termeletricidade (PPT): Pacote de medidas implementado pelo Governo Federal, em 2000, com o objetivo de incentivar a instalação de termelétricas em todo o país.
6,50 6,35
5,00
GNL Bolívia Nacional
Custos de Aquisição do Gás (em USD/mmBTU, média 2015)
Custo de Venda do Gás (em USD/mmBTU, média 2015)
UTEs
CDLs
Spot:
12.74 -20% 2014
Competição GN e outros energéticos
O gás nacional sofreu um impacto severo com a introdução da política NPP. De tal forma que é o combustível que mais foi sofreu reajuste de preços
21
Fonte: ANP, MME, estimativas próprias
Aumento acumulado por período desde: Jun/2004
Necessidade de Caixa da Petrobras
22
Mesmo com descontos, o gás vendido às CDLs é sustentável – déficits em Gás e Energia ocorreram devido ao incremento do despacho térmico
Fontes: MME, Balanço da Petrobras
Ano 2011 2012 2013 2014
Contexto Início dos Descontos
às CDLs
Descontos para maior
competitividade
Aumento do Despacho das UTEs
Crise Hídrica Despacho full das
UTEs
Venda de GN às CDLs 65% 52% 43% 39%
Venda de GN às Termelétricas 17% 31% 43% 47%
Lucro Líquido da PB Gás e Energia R$3.1B R$1.7B R$1,4B -R$0.9B
Nossa visão dos resultados G&E
23
Operações com distribuidoras e transporte são superavitárias.
TAG + UTEs
Petrobras Gaspetro + Refin.
(R$ milhoes) G & E TBG TAG TBG Gaspetro* Fafen
Receita Liquida 42.062 10.937 5.897 1.040 4.000 ?
EBITDA 5.164 810 400 ?
Margem EBITDA 87,6% 77,9%
Lucro Liquido** 24- 1.824 1.310 264 250 1.848-
Patrimonio Liquido 6.183 602 ?
ROE >20% 21,2% 43,9% 20,0% ?
Fontes: DRFs PB
* Estimativas próprias com base nas DFs das CDLs
** LL ajustado descontando a baixa de ativos e impairment (652 + 260)
Operação às CDLs não parece ter causado déficit
Mercado de gás estagnado apesar do potencial
24
• A maior parte do crescimento da oferta, incluindo os terminais de GNL, tem visado o atendimento das termoelétricas;
• O mercado de gás natural tem permanecido estagnado nos últimos anos: consumo industrial, residencial, comercial e cogeração – devido aos preços elevados do GN e aos subsídios ao GLP, OC e gasolina;
• O GNV, que já foi uma promessa com diversas campanhas de incentivo, vem tendo seu papel reduzido ao longo dos anos – na contramão do aumento da frota de carros e das importações de gasolina e diesel;
• Devido ao preço elevado do gás, indústrias e novos projetos se transferem para outros países (EUA e Oriente Médio) ou trocam de combustíveis.
• Estamos perdendo a indústria petroquímica para outros países, onde o demanda total equivale a uma termoelétrica. É importante observar que adotar para o gás os custos praticados para as termoelétricas do PPT resolveria o problema de competitividade desta indústria.
Agenda para Discussão
1. A Importância do Setor de Gás Canalizado na Economia
2. Situação Atual do Mercado de Gás
3. Competitividade
4. Ações para uma Agenda Positiva
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Sinais Econômicos: Preços e Financiamento
• Política de preços garantindo ao gás natural a possibilidade
competir em igualdade de condições com os demais energéticos;
• Transparência dos componentes molécula e transporte;
• Reverter a eliminação de descontos Petrobras: o gás para
distribuidoras não deve subsidiar térmicas, refinarias e FAFENs, é
importante haver transparências nos contratos;
• Reduzir subsídios dos concorrentes GLP e OC, proporcionando o
realinhamento aos preços internacionais;
• Garantir a relatividade entre os energéticos substitutos e o gás
natural.
26
Obrigado!
ABEGÁS – Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado
Rua Sete de Setembro, 99 – 16º andar CEP: 20050-005 - Centro – Rio de Janeiro – RJ
Tel.: (21) 3970-1001 – Fax: (21) 3970-1002 www.abegas.org.br – [email protected]