42
CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA) PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO 1 www.pontodosconcursos.com.br Aula 0 – Administração pública: modelo racional-legal ao paradigma pós-burocrático (visão geral) Olá pessoal, tudo certinho? Meu nome é Vinicius Ribeiro, sou mineiro de Uberrrlândia (não reparem no sotaque) e é com grande prazer que iniciaremos este curso de Administração Pública para o concurso do Tribunal Regional Eleitoral/ES. Antes de começarmos, deixo aqui um breve resumo do meu currículo: Graduado em Administração na Universidade Federal de Uberlândia; MBA em Comércio Exterior e Negócios Internacionais na FGV; Atualmente, sou Analista Judiciário (área administrativa) no CNJ – concurso do STF, prova elaborada pelo CESPE; Ex-servidor do FNDE – Especialista em Finan. e Exec. de Progr. e Proj. Educacionais; Classificado nos concursos de analista judiciário no STJ (área administrativa) e no TJDFT (administrador), provas elaboradas pelo CESPE; Aprovação no concurso APO-MPOG (excedente no concurso atual); Recentemente, lecionei, no sítio do Ponto dos Concursos, as disciplinas: Administração Pública (Resumão) para o concurso do MPU (Prova do CESPE); Gestão e Desenvolvimento Institucional para o concurso da Fiocruz e Planejamento Estratégico para o concurso da ABIN (Prova do CESPE);

Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

1www.pontodosconcursos.com.br

Aula 0 – Administração pública: modelo racional-legal ao

paradigma pós-burocrático (visão geral)

Olá pessoal, tudo certinho?

Meu nome é Vinicius Ribeiro, sou mineiro de Uberrrlândia (não

reparem no sotaque) e é com grande prazer que iniciaremos este

curso de Administração Pública para o concurso do Tribunal Regional

Eleitoral/ES. Antes de começarmos, deixo aqui um breve resumo do

meu currículo:

• Graduado em Administração na Universidade Federal de

Uberlândia;

• MBA em Comércio Exterior e Negócios Internacionais na FGV;

• Atualmente, sou Analista Judiciário (área administrativa) no

CNJ – concurso do STF, prova elaborada pelo CESPE;

• Ex-servidor do FNDE – Especialista em Finan. e Exec. de Progr.

e Proj. Educacionais;

• Classificado nos concursos de analista judiciário no STJ (área

administrativa) e no TJDFT (administrador), provas

elaboradas pelo CESPE;

• Aprovação no concurso APO-MPOG (excedente no concurso

atual);

• Recentemente, lecionei, no sítio do Ponto dos Concursos, as

disciplinas: Administração Pública (Resumão) para o concurso

do MPU (Prova do CESPE); Gestão e Desenvolvimento

Institucional para o concurso da Fiocruz e Planejamento

Estratégico para o concurso da ABIN (Prova do CESPE);

Page 2: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

2www.pontodosconcursos.com.br

• Atualmente, leciono a disciplina Gestão Pública para o concurso

do INMETRO (Prova do CESPE), também por meio do sítio do

Ponto dos Concursos.

Sobre o curso

O foco deste curso, ministrado em 7 aulas (além desta Aula 0), é

capacitá-los para resolver a prova do concurso do TRE-ES, disciplina

Administração Pública. Meu objetivo aqui é fazer com que vocês

acertem as questões desta disciplina e que isso contribua para a

aprovação no concurso.

Além da matéria do edital, disponibilizaremos vários exercícios (com

comentários) de provas recentes do CESPE da nossa disciplina. Não

adianta sabermos muito a teoria sem termos a prática das provas da

nossa banca. Utilizaremos, também, exercícios de outras bancas para

aumentarmos a nossa prática.

Esse curso é voltado para o cargo Analista Judiciário (Área

Administrativa). Entretanto, para quem irá concorrer para o cargo de

Analista Judiciário (Contabilidade), todos os tópicos daquele cargo

serão abordados.

Cronograma

• Aula 0: 4) Administração Pública: modelo racional legal ao

paradigma pós-burocrático (visão geral);

• Aula 1 (03/12): 10) O paradigma do cliente na gestão pública;

Page 3: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

3www.pontodosconcursos.com.br

• Aula 2 (10/12): 5) Empreendedorismo governamental e novas

lideranças no setor público; 6) Convergências e diferenças

entre a gestão pública e a gestão privada;

• Aula 3 (17/12): 11) Gestão estratégica; 2) Estrutura e

estratégia organizacional; 3) Cultura Organizacional;

• Aula 4 (23/12): 9) Gestão de resultados na produção de

serviços públicos; 8) Excelência nos serviços públicos;

• Aula 5 (07/01): 4) Administração Pública: modelo racional legal

ao paradigma pós-burocrático (complemento); 1) Estruturação

da máquina administrativa no Brasil desde 1930: dimensões

estruturais e culturais; 12) Tecnologia da informação,

organização e cidadania;

• Aula 6 (14/01): 13) Comunicação na gestão pública e gestão de

redes organizacionais; 14) Noções de elaboração, análise,

avaliação e gerenciamento de projetos;

• Aula 7 (21/01): 7) Novas tecnologias gerenciais: balanced

scorecard (BSC) e gestão por processos; impactos sobre a

configuração das organizações públicas e sobre os processos de

gestão.

Administração pública: modelo racional-legal ao

paradigma pós-burocrático (visão geral)

Daremos, nesta aula, uma visão geral sobre o tema, falando da

evolução da administração público no Brasil, destacando as reformas

administrativas. Além disso, falaremos sobre os três modelos de

administração pública (patrimonialismo, burocrácito – racional-legal,

e gerencialismo).

Page 4: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

4www.pontodosconcursos.com.br

Evolução da administração pública no Brasil (após

Administração Pública 1930). Reformas Administrativas

Como em vários conceitos no Direito, o significado de Administração

Pública possui um sentido amplo e outro estrito.

Sentido Amplo: abrange os órgãos de governo, seja exercendo

função política (estabelecimento das políticas públicas), seja

exercendo função meramente administrativa (execução das políticas

públicas).

Sentido Estrito: sempre parte de um sentido amplo, no nosso caso,

é a administração pública que abrange somente os órgãos e pessoas

jurídicas que executam políticas públicas, ou seja, função meramente

administrativa.

O sentido estrito é o que nos importa para este curso. A

Administração Pública representa o aparelhamento do Estado. O

que isso quer dizer? É através da Administração Pública que o Estado

funciona, organiza-se, planeja-se, administra-se. É a sua

FERRAMENTA.

Antes de entrarmos no ano de 1930, vamos voltar um pouco no

tempo para facilitar a contextualização dos fatos. Acho importante

misturarmos um pouco de história com a evolução da administração

pública. Outro aspecto fundamental é um comparativo da

ESTADO

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Page 5: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

5www.pontodosconcursos.com.br

administração pública no Brasil e no mundo. Já adianto que, como é

de se esperar, tudo ocorreu primeiro lá fora, para depois ser

implantado aqui no país. Normal!

Apesar de o Brasil ter ficado independente em 1822, foi instalado no

país o Império com um rei português, o que manteve todas as

tradições monárquicas da Europa. Assim, a administração pública

continuava não estrutura, sendo o patrimonialismo (já já falaremos

sobe esse modelo) a sua marca.

Em 1889, é proclamada a República. Entretanto, a política de

favorecimentos aos aliados e a pouca preocupação com os

cidadãos/democracia perdurou. Predominava, na época, a república

do “café (São Paulo) com leite (Minas Gerais)”, em que presidentes

mineiros e paulistas se revezam no poder.

Somente em 1930 essa rotina foi quebrada. Getúlio Vargas, por meio

da Revolução daquele ano, assume o poder no Brasil. Esse é um

marco para a administração pública (burocrática) no país. Vargas,

que permaneceu como Presidente da República até 1945 (voltando

em 1950, ficando até 1954 – ano de seu suicídio), engendrou

diversas ações para profissionalizar a administração pública. Vale

mencionar que de 1937 a 1945, Vargas governou o país por meio de

regime militar.

O contexto da reforma administrativa dos anos 30, liderada por Nabuco e Luiz Simões, “coincide” com a forte industrialização brasileira. O Estado, no caso do Brasil, passa assumir papel decisivo, intervindo de forma pesada no setor produtivo de bens e serviços.

Assim, a racionalização da burocracia era fundamental. Surge, então, as primeiras carreiras burocráticas no país. O concurso, por consequência, é implantando.

Page 6: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

6www.pontodosconcursos.com.br

É fácil perceber que, assim como ocorreu no restante do mundo, a administração lastreada na burocracia é fruto da prevalência do capitalismo no país.

Podemos resumir a intenção de Vargas em três tópicos:

• Criação de uma estrutura administrativa organizada; • Estabelecer uma política de pessoal com base no mérito (ideais

de Joaquim Nabuco); • Acabar com o nepotismo e a corrupção.

Um importante momento da administração pública brasileira é a criação do DASP (Departamento Administrativo do Setor Público), em 1938, após a criação do Conselho Federal do Serviço Público em 36. O DASP, que sobreviveu até 1986, era responsável, entre outras coisas, pela realização dos concursos públicos. Podemos concluir que esse órgão foi extinto sem contudo ter tido êxito na sua função de implantar a burocracia. Até hoje, presenciamos resquícios do patrimonialismo.

O DASP objetiva três importantes medidas. Vejamos.

Page 7: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

7www.pontodosconcursos.com.br

O DASP acabou passando por diversos problemas políticas, fazendo com que várias ações ficassem somente no planejamento, não se transformando em ação. Após o DASP, diferentes órgãos foram criados e extintos, tendo o mesmo propósito, sendo o último o Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado – MARE.

Vejamos a questão abaixo.

1) (CESPE STJ 2004) A criação do DASP foi uma importante iniciativa no processo de modernização do setor público no Brasil, inserindo no setor público o espírito gerencial e fazendo com que a burocracia fosse repensada, tendo em vista o cliente e a qualidade na prestação dos serviços públicos.

DASP tem a ver com burocracia. O objetivo do DASP era implantar a burocracia. O gerencialismo e suas idéias, como veremos ainda, só veio no final do século passado.

Gabarito: E

A partir de 1942, o Estado brasileiro, que era regulador, passa a adquirir perfil desenvolvimentista, cujo ápice foi o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1960), com o lema “50 anos em 5”. As primeiras entidades da administração indireta são criadas nesse momento. Nesse modelo, os problemas da burocracia começam a aparecer. Em 1956, é criado o COSB (Comissão de Simplificação da Burocracia). Essa Comissão culminaria no Decreto Lei nº 200/67.

Na verdade, podemos dizer que no período democrático (1945 a 1964), não houve mudanças significativas na administração pública, sugerindo certa inércia do poder público quanto ao assunto em voga.

Em 1967, no período militar (64 a 85), é sancionado o Decreto Lei nº 200/67, prevendo uma descentralização administrativa. Começam, por meio do Decreto, a ser desenhadas medidas gerenciais para descentralizar e desburocratizar o serviço público. O grande foco foi a descentralização, dando autonomia à administração indireta (“aliviando” a administração direta) para conceder eficiência à prestação dos serviços públicos.

Page 8: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

8www.pontodosconcursos.com.br

Assim, foram transferidas atividades de produção de bens e serviços para autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.

Uma importante contribuição do Decreto foi a instituição do controle dos resultados, passando o planejamento a ter importante papel no serviço público.

Naquela época, as unidades descentralizadas utilizavam o regime celetista (regidos pela CLT) para os seus empregados, um regime privado de contratação e trabalho.

Uma grande desvantagem do Decreto foi a permissão de contratação de empregados sem concurso público, facilitando a sobrevivência de práticas patrimonialistas. A despreocupação com a administração direta também levou a ausência de concursos, deixando de desenvolver as suas carreiras.

Vejamos outras medidas antes da promulgação da Carta Magna de 88:

• 1970: tentativa de desburocratização, por meio da Secretaria de Modernização da Reforma Administrativa;

• 1979: o Plano Nacional de Desburocratização visava modificar a idéia do cidadão como súdito, passando a entendê-lo como o destinatário da atividade do Estado;

Com a Constituição de 1988, alguns temas tratados foram de encontro a alguns princípios trazidos pelo Decreto Lei do regime militar. A administração indireta perde a autonomia conquista no referido normativo. Perdeu-se a flexibilização da criação e extinção de órgãos (agora, só por lei), o Executivo perdeu autonomia na organização da administração e ocorreu a extensão de regras da administração direta para a indireta.

Em 1995, com a posse de Fernando Henrique Cardoso, começam as tentativas de reforma do aparelho do Estado, através do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, capitaneado pelo Ministro Bresser Pereira.

Page 9: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

9www.pontodosconcursos.com.br

Modelos de gestão pública: patrimonialista, burocrático

(Weber) e gerencial.

Antes de entrarmos em cada modelo de forma isolado, é essencial

algumas considerações:

• Trata-se de uma evolução. Assim, o gerencial é uma evolução

do burocrático, que é uma evolução do patrimonialista.

Entretanto, a evolução não é linear, havendo momentos de

revés, mudanças de rota, períodos de inércia, etc.;

• Quando falamos da evolução e dos modelos de administração

pública, estamos nos referindo ao plano federal. Cabe destacar,

entretanto, que se compararmos a administração federal com a

estadual e a municipal, veremos uma discrepância na

modernização. Ainda, se compararmos entre determinados

estados, também veremos disparidades;

• Embora cada modelo procure negar o anterior, não há uma

exclusão total das características do antecessor. Nada acontece

de forma tão drástica: o processo é lento. No caso do

gerencialismo, esse modelo inclusive aproveita virtudes do

modelo burocrático, naquilo que não é contrário ao seu foco.

Nesse sentido, não existe um momento em que se acabou por

completo o patrimonialismo, nem a burocracia. Por acaso

alguém já ouviu falar do fim da burocracia no serviço público?

Não néh? Pois é. Embora exista essa evolução didática, cada

período sempre “convive” com o momento anterior. Mas,

guardem uma coisa: o objetivo da burocracia era acabar com

as características patrimoniais.

Page 10: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

10www.pontodosconcursos.com.br

• Tanto na administração pública quanto na administração

privada, praticamente todas as técnicas implementadas são

oriundas de outros países. Apesar de sermos considerados

criativos, copiamos muito as idéias estrangeiras. Uma vez que

copiamos, fazemos depois, certo? O que quero dizer com isso?

Os períodos da administração pública brasileira ocorrem com

um certo “atraso”. As idéias liberais que originaram a

burocracia de Max Weber surgiram no mundo na segunda

metade do século XIX (anos 1800), para chegar aqui apenas

em 1930!!!! O gerencialismo, que praticamente iniciou-se na

década de 90 no Brasil, emergiu no mundo com Margaret

Thatcher (Inglaterra) e Ronald Regan (EUA) nos anos 80. O

atraso foi menor, já que a velocidade no mundo hoje é bem

maior, concordam?

Vejamos o quadro abaixo

Até 1930 A partir de 1930,

com Getúlio Vargas

A partir de 1995,

com Bresser Pereira

Patrimonialismo Burocracia Gerencialismo

Antes de entrarmos em cada modelo, já é possível resolver uma

questãozinha.

2) (CESPE Ministério das Comunicações 2008) A administração

pública burocrática se instalou no Brasil visando a acabar com

o patrimonialismo vigente.

Como falei, todos os períodos conviveram ou convivem com

“resquícios” ou até mais do que isso de momentos anteriores. Mas,

Page 11: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

11www.pontodosconcursos.com.br

tanto a burocracia tinha o objetivo de romper com a ordem vigente.

Aqui, cabe uma diferença: na burocracia, o interesse é em acabar

com o patrimonialismo. No gerencialismo, algumas características

burocráticas são bem vindas. Falaremos disso mais tarde.

Gabarito: C

Administração Pública Patrimonialista

O patrimonialismo é considerado uma privatização (rent-seeking) do

Estado para o príncipe e seus nobres.

Nas sociedades pré-capitalistas e pré-democráticas, o aparelho do

estado é considerado uma extensão do poder do soberano. Há uma

“confusão” entre o que é de quem. Os servidores possuem status de

Page 12: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

12www.pontodosconcursos.com.br

nobreza real, sendo seus cargos chamados de prebendas. A res

publica (coisa pública) não se diferencia das res principis (coisa do

príncipe). O rei e os nobres não distinguem se o fax é da repartição

ou da sua casa. Tudo bem: não existia fax naquela época. Mas,

alguém deve estar pensando que já viu este filme, e um filme tão

atual quanto “Tropa de Elite 2”. Pois é, podemos afirmar que o

patrimonialismo perdura nos dias de hoje, não é?

Importante destacar que, no Brasil, mesmo com a proclamação da

república em 1889, esse modelo continuou vigente por algumas

décadas. A república do “café (São Paulo) com leite (Minas Gerais)”

manteve a estrutura patrimonialista, com uma democracia bastante

incipiente, rudimentar.

Questãozinha.

3) (CESPE MTE 2008) A administração patrimonialista

representa uma continuidade do modelo inspirado nas

monarquias e prevalecente até o surgimento da burocracia,

sendo a corrupção e o nepotismo inerentes a esse modelo. Aos

cidadãos se concedem benesses, em vez da prestação de

serviços, e a relação entre o governo e a sociedade não é de

cidadania, e sim de paternalismo e subserviência.

Exatamente isso. A monarquia e o patrimonialismo andam juntos.

Vejam como era visto o cidadão naquela época. Não se prestam

serviços, prestam-se favores. Os cidadãos são submissos ao rei.

Subserviência significa bajulação, condescendência, servilismo.

Gabarito: C

Page 13: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

13www.pontodosconcursos.com.br

Fácil perceber que, nessa administração, a corrupção e o nepotismo

são marcas.

Esse modelo era ideal na época do absolutismo, em que os reis

soberanos não prestavam conta de suas atitudes e o capitalismo e a

democracia ainda não haviam ganhado força.

No momento em que o capitalismo, o Estado Mínimo e a democracia

tornam-se dominantes no mundo, lembrando da mão invisível de

Adam Smith (o mercado deve funcionar de forma livre, sem a

interferência do Estado – há uma mão invisível que coordena o

mercado), a liberalidade passa ser regra. Assim, é preciso separar o

que é público do que é privado, não havendo espaço para benefícios

exclusivos para a nobreza e o rei. Começa então a queda do modelo

patrimonialista no mundo.

Vejam que nada acontece por acaso. O momento histórico sempre

traz as razões da ocorrência das mudanças. A burocracia não vai

brotar do nada.

Vejamos uma questão.

Estado Mínimo significa literalmente o tamanho do Estado. Se o

Estado possui muitos órgãos, empresas públicas, ministérios...

ele é grande. Na história do mundo e do Brasil, o Estado hora é

mínimo, hora é grande. Até o final da Segunda Guerra Mundial,

a moda era Estado Mínimo para o capitalismo vigorar.

Page 14: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

14www.pontodosconcursos.com.br

4) (ESAF CGU 2006) Complete a frase a seguir com a opção

correta.

O ....................... é uma forma da administração pública que se

caracteriza pela privatização do Estado, pela interpermeabili-

dade dos patrimônios público e privado. O princípe não faz cla-

ra distinção entre patrimônio público e seus bens privados.

a) modelo patrimonialista

b) modelo burocrático

c) modelo gerencial

d) modelo racional-legal

e) modelo estruturalista

Essas são características do patrimonialismo, que trouxe problemas

que a burocracia tentou resolver. Problemas como a corrupção e o

nepotismo.

Gabarito: A

Page 15: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

15www.pontodosconcursos.com.br

Administração Pública Burocrática

Apenas com as características acima, vejamos a questão abaixo

5) (CESPE Embasa 2009) Na burocracia weberiana, o

funcionário tem determinada a sua forma de agir, de acordo

com rotinas preestabelecidas.

Mesmo sem uma prévia explicação, é possível visualizar, na relação

de características, que a rotina dos funcionários bem estabelecida é

uma marca fundamental para poder controlar. Como se controla uma

organização sem se controlar o que fazem os funcionários?

Impossível, não é? Controlar é palavra-chave na burocracia. Mas,

cuidado!!!! Nunca se controla resultados na burocracia.

Controlam-se gastos, procedimentos, as atividades-meio (atividades

que apenas contribuem para o objetivo, mas não são o objetivo

propriamente dito).

Burocracia weberiana significa burocracia de Max Weber.

Gabarito: C

Page 16: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

16www.pontodosconcursos.com.br

Outra questãozinha que pode ser resolvida.

6) (CESPE MTE 2008) No Estado patrimonial, a gestão política

se confunde com os interesses particulares, ao passo que, no

modelo burocrático, prevalece a especialização das funções, e

a escolha dos candidatos aos cargos e às funções públicas é

pautada pela confiança pessoal.

Nessa questão, a definição para Estado patrimonial está perfeita. O

problema está na parte da burocracia. Na primeira parte, tudo ok: a

especialização das funções é uma característica correta, já que essa

especialização, que anda junto com hierarquia e rotinas

determinadas, facilita o controle.

Pautar escolha de candidatos para exercer cargo público na confiança

é o erro. Impessoalidade é a marca da burocracia. Não se confia. É

daí que surgiram os concursos públicos, com critérios objetivos de

seleção, não existe subjetividade na burocracia.

Gabarito: E

No mundo, a administração burocrática surge na segunda metade do

século XIX, no auge do Estado Liberal. O objetivo era combater o

nepotismo e a corrupção, entraves para o capitalismo, para o

desenvolvimento dos mercados.

Influenciado pelos ideais de Weber, Getúlio Vargas opta pelo modelo

burocrático, a partir de 1930. É possível dizer que a estrutura da

Administração Pública brasileira começa nesse período. Antes, não há

uma estrutura, até pela mistura que se fazia entre o público e o

privado no patrimonialismo.

Page 17: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

17www.pontodosconcursos.com.br

Considerando todo o problema advindo do patrimonialismo, Vargas

institui uma administração com rígidos controles, com hierarquia no

serviço público, formalismo, impessoalidade. Todas essas

características visavam combater a corrupção, o nepotismo.

Vejamos mais uma questão.

7) (CESPE Ministério das Comunicações 2008) Uma das

primeiras reformas empreendidas pelo governo de Vargas

visando à racionalização da administração pública foi a criação

das primeiras carreiras burocráticas.

Como Getúlio Vargas adotaria a burocracia sem mexer nas carreiras

do serviço público? É lógico que o Presidente precisaria reestruturar o

corpo de servidores para efetivar a burocracia.

Gabarito: C

A partir do Governo Vargas, foram criados critérios de mérito para

promoção de servidores (meritocracia), sistema de remuneração

estruturado, plano de carreira, avaliação de desempenho e

treinamentos sistemáticos.

Mas professor, burocracia pra mim é problema, é lentidão...

Lembrem-se de que Burocracia não é sinônimo de algo ruim. Os

conceitos trazidos por Weber são fundamentais para tentar sanar os

defeitos do patrimonialismo. Os problemas que surgiram

posteriormente são disfunções da Burocracia, e não

características iniciais, pretendidas.

Sobre as disfunções, vejamos uma questão.

Page 18: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

18www.pontodosconcursos.com.br

8) (CESPE Embasa 2009) A necessidade de documentar e

formalizar todas as comunicações, por escrito, pode conduzir

ao excesso de formalismo e documentação.

Excesso sempre é ruim, não é? Na burocracia também. Formalidade é

característica, excesso de formalismo é disfunção. Guardem isso. Não

é só com o formalismo que essa regra vale.

Gabarito: C

Vejamos outras disfunções burocráticas:

• Apego aos regulamentos; • Resistência a mudanças; • Processo decisório é lento, já que é centralizado; • Conformidade a rotinas; • Dificuldade no atendimento a clientes.

Vejamos outras questões.

9) (CESPE Ministério das Comunicações 2008) A implantação

da administração pública burocrática é uma conseqüência da

emergência de um capitalismo moderno no Brasil à época.

Conseguimos resolver essa questão entendendo a evolução histórica.

Como falei, aqui no Brasil, as técnicas administrativas chegam

IMPORTANTE: A principal disfunção da burocracia é o excessivo

foco no controle, esquecendo-se da razão principal de ser do

Estado: servir a sociedade!!!! Assim, o Estado torna-se ineficaz pela

sua auto-referência, quando deveria voltar-se para o cidadão!!!!

Page 19: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

19www.pontodosconcursos.com.br

depois. Tenham sempre em mente os períodos históricos, datas. Isso

facilita para contextualizar.

Gabarito: C

10) (CESPE Embasa 2009) A burocracia weberiana é uma

forma de organização cujas consequências desejadas

resumem-se à previsibilidade do comportamento das pessoas

que nela atuam.

Se há rotina, a previsão. Tudo que se faz, é o que se espera que se

faça. Os funcionários fazem o que está no “script”, o que gera

previsibilidade. Não existe comportamento diferente, não existe

flexibilidade. Tudo está no manual de procedimentos. É cara crachá.

Gabarito: C

11) (CESPE Embasa 2009) Fila constante, em frente aos

postos de atendimento das organizações, inclui-se entre as

características da teoria da burocracia weberiana.

O examinador tentando confundir a nossa cabeça. Vocês acham

mesmo que Weber imaginou filas, lentidões, atrasos. Lógico que não.

O objetivo era combater o descontrole, a corrupção.

Gabarito: E

Page 20: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

20www.pontodosconcursos.com.br

Administração Pública Gerencial – Nova Gestão Pública

Questãozinha.

12) (CESPE TRE-BA 2010) A administração pública burocrática

se alicerça em princípios como profissionalização, treinamento

sistemático, impessoalidade e formalismo, que são

abandonados à medida que a administração pública gerencial,

calcada na eficiência e na eficácia, se sobrepõe ao modelo

burocrático.

As características relacionadas à burocracia estão corretas. Todavia, a

administração gerencial não as abandona. O modelo atual aproveita

alguns aspectos da administração burocrática. Na verdade, a grande

mudança está na referência: burocracia – auto-referência;

gerencialismo – cidadão é o foco.

Page 21: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

21www.pontodosconcursos.com.br

Gabarito: E

Outra.

13) (CESPE AGU 2010) Para a administração pública

burocrática, o interesse público é frequentemente identificado

com a afirmação do poder do Estado. A administração pública

gerencial nega essa visão do interesse público, relacionando-o

com o interesse da coletividade, e não do Estado.

Na burocracia, O Estado é auto-referenciado, ou seja, volta-se para si

mesmo, tendo como foco de controle os gastos. O gerencialismo, por

seu turno, representa uma quebra desse paradigma. A partir das

idéias gerenciais, o Estado passa a enfatizar o interesse coletivo. Aqui

podemos utilizar a palavra abandono (negação da visão anterior) sem

nenhum problema.

Gabarito: C

Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o mundo e o Brasil

passaram a “aumentar” o Estado, com o intuito de prover o cidadão

de mais serviços, como saúde, educação, previdência social. Essa

expansão do Estado gerou um “inchamento” da máquina pública.

Chegou um momento em que os contribuintes (tax payers) percebem

a quantidade de tributos pagos e a baixa qualidade do serviço

público. Bem atual, não é?

Page 22: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

22www.pontodosconcursos.com.br

Voltando à vaca fria, juntamente com a expansão do Estado após 45,

o desenvolvimento tecnológico e a globalização mundial foram

marcas do final do século XX (anos 1900). Esses fatores (expansão

do Estado, tecnologia e globalização) foram determinantes para

deixar à mostra grandes problemas da burocracia. Uma coisa era

controlar o Estado quando ele era pequeno, com tecnologia 0, sem

muitas relações com o mundo. Outra coisa é você “engessar”,

controlar algo grande, tecnológico e globalizado, concordam?

Vamos a uma questão.

14) (CESPE Ministério das Comunicações 2008): As ações

rumo a uma administração pública gerencial foram aceleradas

Apesar de todas as críticas ao “Estado Máximo”, a crise mundial

de 2008 evidenciou problemas no Estado Mínimo. A falta de

regulação (participação do Estado) no mercado

habitacional/financeiro americano gerou todo o problema. Sem

o Estado, não houve controle. Depois, com a crise estourada, os

bancos e empresas recorreram ao rico dinheirinho do Estado.

Conclusão: é preciso chegar a um meio termo. Nem tanto

inchado, nem tanto mínimo.

Page 23: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

23www.pontodosconcursos.com.br

com a transição democrática de 1985 e consolidadas com a

promulgação da Constituição Federal de 1988.

Não, a CF/88 não foi nada gerencial. Aliás, ela confirmou a

burocracia. Gerencialismo na década de 80 ocorreu foi na Inglaterra e

nos EUA, com Ronald Regan.

Gabarito: E

O movimento de reformas do aparelho do Estado, denominado de

Nova Gestão Pública, teve início no Reino Unido no final dos anos 70

do século passado, expandiu-se pelos países anglo-saxões como

Austrália e Nova Zelândia na década de 80 do mesmo século,

fortaleceu-se nos Estados Unidos da América na gestão do presidente

Clinton, embasado nos princípios do texto Reinventando o Governo,

de Osborne e Gaebler, alcançando na década passada os países da

OCDE e da América Latina, notadamente o Chile e o Brasil. No caso

brasileiro, o marco de introdução dessa temática no debate nacional

foi o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, de 1995.

Aqui no Brasil, foi lançado, pelo Ministro Bresser Pereira (período

FHC), o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, em

1995. Nomezinho grande, não é? Pois é, esse plano nada mais é do

que um relato da evolução da administração pública e um olhar para

o seu futuro, com as bases do gerencialismo.

Page 24: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

24www.pontodosconcursos.com.br

O foco do gerencialismo é o cidadão - reduzir custos e aumentar a

qualidade dos serviços prestados. É como se fosse uma adaptação do

que é feito nas empresas. Enquanto as organizações buscam a

eficiência para atender seus clientes e obter lucro, o Estado passaria

a buscar a eficiência para atender os cidadãos com o melhor serviço

público possível.

Como falei antes, o gerencialismo aproveita alguns pontos da

burocracia. De maneira mais flexível, esse período mais recente

utiliza-se sem problemas de algumas características burocráticas:

critérios de mérito, avaliação de desempenho, treinamento

sistemático, etc.

O que diferencia principalmente a burocracia do gerencialismo é o

foco do controle. Enquanto aquela visava os processos, este visa os

resultados.

Vamos praticar.

15) (CESPE Ministério da Saúde 2010) As preocupações com a

eficiência, com o cliente e com o próprio serviço público

constituíram pilares da burocracia brasileira. Nesse sentido, a

reforma do Estado possibilitou a divisão da administração

pública em direta e indireta, privilegiando a descentralização

da execução.

IMPORTANTE: Apesar da Constituição de 88 não trazer características de gerencialismo, em 1998 a emenda constitucional nº 19 trouxe, para os princípios da administração pública, o princípio da eficiência, representando um marco importante para o gerencialismo no Brasil.

Page 25: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

25www.pontodosconcursos.com.br

Esse é exatamente o conceito e características do gerencialismo, não

é verdade? Isso é comum em prova: troca de conceitos.

Repare que a banca falou em administração direta e indireta. Vamos

fazer um breve comentário sobre isso. Administração direta são os

ministérios e seus órgãos, ou as secretarias, no caso dos Estados e

Municípios. A administração indireta são as autarquias (IBAMA),

fundações (IBGE), empresas públicas (CAIXA ECONÔMICA) e

sociedades de economia mista (PETROBRÁS). A utilização da

administração indireta é uma forma de descentralização, conceito do

gerencialismo. Descentralizar é dar autonomia para essas empresas e

autarquias criadas. Autonomia de decisão, o que acelera a execução,

melhorando o serviço público. Já imaginaram se tudo tivesse que

passar pelos Ministros? Iria demorar um pouco, não é?

Gabarito: E

Vamos a outra questão.

16) (CESPE MTE 2008) Uma das principais vantagens

apontadas na nova gestão pública, ou gerencialismo, é o fato

de ela facilitar a mensuração da eficiência e a avaliação dos

resultados dos serviços públicos em geral, razão pela qual

reduz as exigências de acompanhamento e controle da

execução dos orçamentos e da consecução dos objetivos do

planejamento governamental.

É isso mesmo. Gerencialismo é sinônimo de eficiência, foco nos

resultados (serviços públicos bem prestados). Foco em orçamento e

processos era tarefa da burocracia. O gerencialismo, ao se preocupar

com o fim, com o resultado, diminui o controle do meio, dos gastos.

Page 26: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

26www.pontodosconcursos.com.br

Afinal, se os resultados estão acontecendo, com certeza os gastos

estão ocorrendo como planejado.

Gabarito: C

Outra questão.

17) (CESPE MTE 2008) A administração pública gerencial está

voltada para o atendimento às demandas dos usuários dos

serviços e a obtenção de resultados. Apóia-se fortemente na

descentralização e na delegação de competência e define

indicadores de desempenho, o que está associado à adoção de

contratos de gestão.

Resultado é sinônimo de gerencialismo. Como retratado antes, para

se obter eficiência e atingir os objetivos – sanar demandas dos

cidadãos – é preciso descentralizar, delegar competência, dar

autonomia. Os indicadores de desempenho poderiam ser associados à

burocracia – controle. Mais um exemplo de instituições aproveitadas

pelo gerencialismo.

No Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado, são enumeradas

inovações institucionais para a administração pública. O contrato de

gestão é um desses exemplos. Para estimular a excelência de

serviços das Autarquias, propõe-se o seguinte: criam-se indicadores

de desempenho, planejamento estratégico estruturado, com a

finalidade de melhorar a prestação de serviços dos órgãos. Em

contrapartida, com o cumprimento desses quesitos, a autarquia

recebe alguns benefícios, como prazos maiores em processos

administrativos, maior limite para dispensa em licitação, etc. O

instrumento que celebra esse acordo é o contrato de gestão.

Page 27: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

27www.pontodosconcursos.com.br

Gabarito: C

Continuemos praticando.

18) (CESPE MCT 2004) A nova gestão pública é um movimento

mundial de discussão e práticas transformadoras da gestão

pública que se baseou, originalmente, no princípio da

eficiência.

Exatamente. Viu-se que o serviço público não estava sendo eficiente

naquilo que fazia. Desperdiçando bastante, não sendo produtivo. O

que os teóricos pensaram? Vamos utilizar técnicas da administração

privada para adotar no serviço público. Surge a nova gestão pública.

Gabarito: C

Mais uma.

19) (CESPE MCT 2004) Entre as razões que justificam o

advento da nova gestão pública estão o esgotamento do

paradigma keynesiano, a globalização, a reestruturação

produtiva e a crescente incapacidade da sociedade civil em

prover bens públicos.

A questão ia bem até falar que a sociedade civil é incapaz de prover

bens públicos. O incapaz é o setor público. O que é melhor? Escola

pública ou privada? Hospital público ou privado?

Gabarito: E

Outra questão.

20) (CESPE MCT 2004) O movimento da nova gestão pública

preconizava uma quebra de paradigmas na gestão de

Page 28: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

28www.pontodosconcursos.com.br

organizações públicas a partir da introdução de mecanismos

de gestão por resultados, formas contratuais de gestão, maior

autonomia e flexibildade administrativa, foco no cliente

beneficiário do serviço ou atendimento e pagamento de

funcionários por produtividade.

Exatamente isso. Formas contratuais de gestão é o seguinte: existe

previsão, hoje, de firmar contratos de gestão para que entidades se

comprometam a atingir metas a fazer bons planejamentos

estratégicos. Em contrapartida, a entidade adquire benefícios, como

maiores prazos recursais.

A nova gestão pública foi, de fato, uma quebra de paradigma.

Sempre com foco no cliente.

Se eficiência é a palavra de ordem, com certeza a produtividade irá

ser foco. Assim, a criação de mecanismos de remuneração vinculada

à produtividade é essencial.

Gabarito: C

Na administração gerencial, permite-se a existência de competição dentro do próprio Estado. As diferentes unidades podem ser concorrentes. Esse estímulo à concorrência permite que os diferentes órgãos aperfeiçoem os seus trabalhos, garantindo a excelência nos serviços públicos prestados, foco do gerencialismo.

Vejamos um quadro resumo dos modelos.

Page 29: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

29www.pontodosconcursos.com.br

Vejamos outras questões.

21) (CESPE MTE 2008) Uma abordagem contemporânea da

administração pública apresenta características que

transcendem a visão tradicional, estrita e específica. Desse

modo, a função de planejamento, por exemplo, amplia-se para

abarcar a análise de políticas, com seus impactos e variações

resultantes da maneira como são implementadas. O setor de

recursos humanos, por outro lado, não se limita a

recrutamento, seleção e classificação, passando a tratar

também de crescimento e desenvolvimento do funcionário,

motivação e tratamento eqüitativo.

Quando se fala em tradição, deve-se sempre associar com

burocracia. Tradição, rotina, previsão. Planejamento é algo que só

contribui para atingir os objetivos. Quando se planeja, é possível

Page 30: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

30www.pontodosconcursos.com.br

comparar o que está sendo feito com o que foi pensado. Assim, no

decorrer da execução, é possível fazer ajustes para não sair da

engrenagem.

Sobre Recursos Humanos, cabe um comentário. As terminologias,

assim como as técnicas, evoluem com o tempo. Antigamente, era

conhecido como departamento pessoal, depois, recursos humanos.

Hoje em dia, existe também a expressão “talentos humanos”. Não

são apenas nomes, cada expressão reflete uma maneira de trabalhar,

um foco.

No tempo do departamento pessoal, totalmente ligado com a

burocracia, só havia recrutamento, seleção e pagamento. Com a

modernização desse setor, o desenvolvimento do funcionário passa a

ganhar força, assim como a motivação. Isso porque não é possível

atingir metas sem fazer com que os funcionários e servidores estejam

em linha com esse pensamento. Ainda, que os servidores entendam

os seus papéis no todo, sendo recompensados por isso.

Gabarito: C

22) (CESPE MCT 2004) A implementação de centrais

integradas de atendimento ao público é um exemplo de

implementação de mecanismos e instrumentos relacionados à

nova gestão pública no Brasil.

Se o foco é o cidadão, nada mais prudente do que atendê-lo cada vez

melhor.

Gabarito: C

23) (CESPE MCT 2004) A proposta de reforma gerencial

contida no Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado é

Page 31: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

31www.pontodosconcursos.com.br

a estratégia de modernização da administração federal que,

em geral, mais se aproxima da proposta da nova gestão

pública.

O Plano Diretor é a tradução da Nova Gestão Pública no Brasil, lógico,

de forma adaptada.

Gabarito: C

24) (CESPE PMRB 2007) O planejamento estratégico, por ser

instrumento exclusivo do setor privado, não se insere entre as

práticas defendidas na nova gestão pública.

Muito pelo contrário. O planejamento estratégico é fundamental

nesse processo de se atingir eficiência e eficácia. É preciso

planejar/pensar tudo antes e acompanhar o que está sendo feito.

Gabarito: E

25) (CESPE PMRB 2007) Na nova gestão pública, a valorização

das estruturas burocráticas sobrepõe-se à flexibilidade e ao

foco em resultados.

A nova gestão pública vem para sobrepor a burocracia. Não vem para

eliminá-la, mas vem para ditar uma nova ordem, flexibilizando as

ações e focando nos resultados, ao invés de focar nos gastos.

Gabarito: E

26) (CESPE PMRB 2007) A satisfação do cidadão, obtida por

meio da melhoria do atendimento, da simplificação de

processos e da redução das filas e dos tempos de espera em

órgãos públicos, é um dos princípios norteadores da nova

gestão pública.

Page 32: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

32www.pontodosconcursos.com.br

Tudo que objetive melhorar a prestação do serviço público para o

cidadão vai ao encontro dos princípios da nova gestão pública.

Gabarito: C

27) (CESPE TCU 2008) Para a administração pública gerencial,

ao contrário do que ocorre na administração pública

burocrática, a flexibilização de procedimentos e a alteração da

forma de controle implicam redução da importância e, em

alguns casos, o próprio abandono de princípios tradicionais,

tais como a admissão segundo critérios de mérito, a existência

de organização em carreira e sistemas estruturados de

remuneração.

Questão bem parecida com a anterior. O gerencialismo, de fato,

introduz a flexibilidade na gestão pública e o controle com ênfase nos

resultados (na burocracia o controle se dava pelos gastos).

Entretanto, não há esse abandono mencionado. A meritocracia

(admissão e promoção por critérios de mérito), a organização em

carreira com sistemas estruturados de remuneração não foram

abandonados pela nova gestão pública. Pelo visto, vocês devem ter

cuidado com a palavra “abandono”.

Gabarito: E

28) (CESPE TCU 2007) Nas organizações burocráticas, as

regras e as ações estão condicionadas a comunicações

formais, escritas. Nas instituições estatais, em particular,

quando não houver autorização para determinada iniciativa, é

imprescindível a pertinência e adequação da respectiva

documentação para efeito comprobatório e, sendo o caso,

eximir seus autores de qualquer responsabilidade.

Page 33: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

33www.pontodosconcursos.com.br

O primeiro período da questão está certo: tudo é formalizado na

burocracia. Por outro lado, o segundo período está completamente

errado. O trecho “quando não houver autorização” já facilita a

marcação do gabarito. Na burocracia não existe espaço para o

improviso. Tudo é feito estritamente de acordo com as normas, com

aquilo que está escrito. Outro erro da questão é isentar autores de

responsabilidade. Ora, se o autor realizou algo sem estar autorizado,

como ele não seria responsabilizado? Impossível.

Gabarito: E

29) (CESPE INSS 2008) Atualmente, o modelo vivenciado pelo

Estado brasileiro é o da administração pública patrimonialista.

De forma alguma. O modelo vigente é o gerencialismo, que possui

como marco inicial legal a aprovação da Emenda Constitucional nº

19/1998, que incluiu nos princípios constitucionais da administração

pública a eficiência. Antes, em 1995, foi lançado o Plano Diretor da

Reforma do Aparelho do Estado, que propusera as mudanças

preconizadas pela nova gestão pública.

Gabarito: E

30) (FCC AL-SP 2010) Com relação à administração pública

burocrática considere.

I. Surge na segunda metade do século XIX, na época do

Estado liberal, com o objetivo de combater a corrupção e o

nepotismo patrimonialista.

II. Esse modelo de gestão possui como princípios orientadores

a profissionalização, ou seja, a ideia de carreira e hierarquia

funcional, a impessoalidade e o formalismo.

Page 34: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

34www.pontodosconcursos.com.br

III. Os pressupostos da administração burocrática são a

confiança prévia nos administradores públicos e nos cidadãos

que a eles, administradores públicos, dirigem demandas.

IV. O controle pode transformar-se na própria razão de ser do

funcionário; voltando-se para si mesmo, perdendo a noção de

sua missão básica, que é servir à sociedade.

V. A administração burocrática tem como principal qualidade a

efetividade no alcance dos resultados; seu foco central é a

eficiência do Estado.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.

b) I, II, III e V.

c) II, III e IV.

d) II e V.

e) III, IV e V.

Vejamos item por item.

I) O grande objetivo da burocracia era, de fato, combater a corrupção

e nepotismo patrimonialistas. Sabemos que o modelo não teve êxito

em seu objetivo. Item Certo.

II) Essas são características corretas da burocracia. Item Certo.

III) Se tudo é formalizado, não podemos falar na existência de

confiança na burocracia. Item Errado.

Page 35: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

35www.pontodosconcursos.com.br

IV) Esse item está errado pois trocou a palavra Estado por

funcionário. Item Errado.

v) Essas são características do gerencialismo. Item Errado.

Gabarito: A

31) (UFF Assistente Administrativo 2009) A prática em que

um funcionário usa a organização ou seus recursos para

realizar objetivos pessoais denomina-se:

a) patriotismo;

b) paternalismo;

c) particularismo;

d) prepotência;

e) patrimonialismo.

A confusão entre o público e o privado é o patrimonialismo. É a

privatização do Estado.

Gabarito: E

Exercícios Trabalhados

1) (CESPE STJ 2004) A criação do DASP foi uma importante iniciativa no processo de modernização do setor público no Brasil, inserindo no setor público o espírito gerencial e fazendo com que a burocracia fosse repensada, tendo em vista o cliente e a qualidade na prestação dos serviços públicos.

Page 36: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

36www.pontodosconcursos.com.br

2) (CESPE Ministério das Comunicações 2008) A administração públi-

ca burocrática se instalou no Brasil visando a acabar com o patrimo-

nialismo vigente.

3) (CESPE MTE 2008) A administração patrimonialista representa uma

continuidade do modelo inspirado nas monarquias e prevalecente até

o surgimento da burocracia, sendo a corrupção e o nepotismo ineren-

tes a esse modelo. Aos cidadãos se concedem benesses, em vez da

prestação de serviços, e a relação entre o governo e a sociedade não

é de cidadania, e sim de paternalismo e subserviência.

4) (ESAF CGU 2006) Complete a frase a seguir com a opção correta.

O .............................. é uma forma da administração pública que se

caracteriza pela privatização do Estado, pela interpermeabilidade dos

patrimônios público e privado. O princípe não faz clara distinção entre

patrimônio público e seus bens privados.

a) modelo patrimonialista

b) modelo burocrático

c) modelo gerencial

d) modelo racional-legal

e) modelo estruturalista

5) (CESPE Embasa 2009) Na burocracia weberiana, o funcionário tem

determinada a sua forma de agir, de acordo com rotinas preestabele-

cidas.

Page 37: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

37www.pontodosconcursos.com.br

6) (CESPE MTE 2008) No Estado patrimonial, a gestão política se

confunde com os interesses particulares, ao passo que, no modelo

burocrático, prevalece a especialização das funções, e a escolha dos

candidatos aos cargos e às funções públicas é pautada pela confiança

pessoal.

7) (CESPE Ministério das Comunicações 2008) Uma das primeiras

reformas empreendidas pelo governo de Vargas visando à

racionalização da administração pública foi a criação das primeiras

carreiras burocráticas.

8) (CESPE Embasa 2009) A necessidade de documentar e formalizar

todas as comunicações, por escrito, pode conduzir ao excesso de

formalismo e documentação.

9) (CESPE Ministério das Comunicações 2008) A implantação da

administração pública burocrática é uma conseqüência da emergência

de um capitalismo moderno no Brasil à época.

10) (CESPE Embasa 2009) A burocracia weberiana é uma forma de

organização cujas consequências desejadas resumem-se à

previsibilidade do comportamento das pessoas que nela atuam.

11) (CESPE Embasa 2009) Fila constante, em frente aos postos de

atendimento das organizações, inclui-se entre as características da

teoria da burocracia weberiana.

12) (CESPE TRE-BA 2010) A administração pública burocrática se

alicerça em princípios como profissionalização, treinamento

sistemático, impessoalidade e formalismo, que são abandonados à

medida que a administração pública gerencial, calcada na eficiência e

na eficácia, se sobrepõe ao modelo burocrático.

Page 38: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

38www.pontodosconcursos.com.br

13) (CESPE AGU 2010) Para a administração pública burocrática, o

interesse público é frequentemente identificado com a afirmação do

poder do Estado. A administração pública gerencial nega essa visão

do interesse público, relacionando-o com o interesse da coletividade,

e não do Estado.

14) (CESPE Ministério das Comunicações 2008): As ações rumo a

uma administração pública gerencial foram aceleradas com a

transição democrática de 1985 e consolidadas com a promulgação da

Constituição Federal de 1988.

15) (CESPE Ministério da Saúde 2010) As preocupações com a

eficiência, com o cliente e com o próprio serviço público constituíram

pilares da burocracia brasileira. Nesse sentido, a reforma do Estado

possibilitou a divisão da administração pública em direta e indireta,

privilegiando a descentralização da execução.

16) (CESPE MTE 2008) Uma das principais vantagens apontadas na

nova gestão pública, ou gerencialismo, é o fato de ela facilitar a

mensuração da eficiência e a avaliação dos resultados dos serviços

públicos em geral, razão pela qual reduz as exigências de

acompanhamento e controle da execução dos orçamentos e da

consecução dos objetivos do planejamento governamental.

17) (CESPE MTE 2008) A administração pública gerencial está voltada

para o atendimento às demandas dos usuários dos serviços e a

obtenção de resultados. Apóia-se fortemente na descentralização e

na delegação de competência e define indicadores de desempenho, o

que está associado à adoção de contratos de gestão.

Page 39: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

39www.pontodosconcursos.com.br

18) (CESPE MCT 2004) A nova gestão pública é um movimento

mundial de discussão e práticas transformadoras da gestão pública

que se baseou, originalmente, no princípio da eficiência.

19) (CESPE MCT 2004) Entre as razões que justificam o advento da

nova gestão pública estão o esgotamento do paradigma keynesiano,

a globalização, a reestruturação produtiva e a crescente incapacidade

da sociedade civil em prover bens públicos.

20) (CESPE MCT 2004) O movimento da nova gestão pública

preconizava uma quebra de paradigmas na gestão de organizações

públicas a partir da introdução de mecanismos de gestão por

resultados, formas contratuais de gestão, maior autonomia e

flexibildade administrativa, foco no cliente beneficiário do serviço ou

atendimento e pagamento de funcionários por produtividade.

21) (CESPE MTE 2008) Uma abordagem contemporânea da

administração pública apresenta características que transcendem a

visão tradicional, estrita e específica. Desse modo, a função de

planejamento, por exemplo, amplia-se para abarcar a análise de

políticas, com seus impactos e variações resultantes da maneira

como são implementadas. O setor de recursos humanos, por outro

lado, não se limita a recrutamento, seleção e classificação, passando

a tratar também de crescimento e desenvolvimento do funcionário,

motivação e tratamento eqüitativo.

22) (CESPE MCT 2004) A implementação de centrais integradas de

atendimento ao público é um exemplo de implementação de

mecanismos e instrumentos relacionados à nova gestão pública no

Brasil.

Page 40: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

40www.pontodosconcursos.com.br

23) (CESPE MCT 2004) A proposta de reforma gerencial contida no

Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado é a estratégia de

modernização da administração federal que, em geral, mais se

aproxima da proposta da nova gestão pública.

24) (CESPE PMRB 2007) O planejamento estratégico, por ser

instrumento exclusivo do setor privado, não se insere entre as

práticas defendidas na nova gestão pública.

25) (CESPE PMRB 2007) Na nova gestão pública, a valorização das

estruturas burocráticas sobrepõe-se à flexibilidade e ao foco em

resultados.

26) (CESPE PMRB 2007) A satisfação do cidadão, obtida por meio da

melhoria do atendimento, da simplificação de processos e da redução

das filas e dos tempos de espera em órgãos públicos, é um dos

princípios norteadores da nova gestão pública.

27) (CESPE TCU 2008) Para a administração pública gerencial, ao

contrário do que ocorre na administração pública burocrática, a

flexibilização de procedimentos e a alteração da forma de controle

implicam redução da importância e, em alguns casos, o próprio

abandono de princípios tradicionais, tais como a admissão segundo

critérios de mérito, a existência de organização em carreira e

sistemas estruturados de remuneração.

28) (CESPE TCU 2007) Nas organizações burocráticas, as regras e as

ações estão condicionadas a comunicações formais, escritas. Nas

instituições estatais, em particular, quando não houver autorização

para determinada iniciativa, é imprescindível a pertinência e

adequação da respectiva documentação para efeito comprobatório e,

sendo o caso, eximir seus autores de qualquer responsabilidade.

Page 41: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

41www.pontodosconcursos.com.br

29) (CESPE INSS 2008) Atualmente, o modelo vivenciado pelo Estado

brasileiro é o da administração pública patrimonialista.

30) (FCC AL-SP 2010) Com relação à administração pública

burocrática considere.

I. Surge na segunda metade do século XIX, na época do Estado

liberal, com o objetivo de combater a corrupção e o nepotismo

patrimonialista.

II. Esse modelo de gestão possui como princípios orientadores a

profissionalização, ou seja, a ideia de carreira e hierarquia funcional,

a impessoalidade e o formalismo.

III. Os pressupostos da administração burocrática são a confiança

prévia nos administradores públicos e nos cidadãos que a eles,

administradores públicos, dirigem demandas.

IV. O controle pode transformar-se na própria razão de ser do

funcionário; voltando-se para si mesmo, perdendo a noção de sua

missão básica, que é servir à sociedade.

V. A administração burocrática tem como principal qualidade a

efetividade no alcance dos resultados; seu foco central é a eficiência

do Estado.

Está correto o que se afirma APENAS em

a) I e II.

b) I, II, III e V.

c) II, III e IV.

d) II e V.

Page 42: Aula 00 ADM PÚBLICA - ANAL

CURSO ON-LINE – ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – TRE-ES (ANALISTA - ÁREA ADMINISTRATIVA)

PROFESSOR: VINICIUS OLIVEIRA RIBEIRO

42www.pontodosconcursos.com.br

e) III, IV e V.

31) (UFF Assistente Administrativo 2009) A prática em que um

funcionário usa a organização ou seus recursos para realizar objetivos

pessoais denomina-se:

a) patriotismo;

b) paternalismo;

c) particularismo;

d) prepotência;

e) patrimonialismo.

Gabarito:

1) E 2) C 3) C 4) A 5) C 6) E

7) C 8) C 9) C 10) C 11) E 12) E

13) C 14) E 15) E 16) C 17) C 18) C

19) E 20) C 21) C 22) C 23) C 24) E

25) E 26) C 27) E 28) E 29) E 30) A

31) E

Um grande abraço e bons estudos!!!