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7/30/2019 Aula 00 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
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CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof: Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 1
APRESENTAO
Caros concursandos de todo Brasil, sejam bem vindos!
com grande felicidade que inicio mais este curso aqui no Ponto, com focototal no concurso para Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB).
Antes de tudo, para que me conheam um pouco melhor, farei minhaapresentao.
Meu nome Pedro Ivo, sou servidor pblico h 12 anos e, atualmente, exero
o cargo de Auditor-Fiscal Tributrio no Municpio de So Paulo (ISS-SP).
Iniciei meus trabalhos no servio pblico atuando na Administrao Federal, naqual, durante alguns anos, permaneci como Oficial da Marinha do Brasil.
Por opo, comecei a estudar para a rea fiscal e, concomitantemente, fuiaprendendo o que o verdadeiro esprito de concurseiro, qualidade que logopercebi ser to necessria para alcanar meu objetivo.
Atualmente, aps a aprovao no cargo almejado, ministro aulas em diversos
cursos do Rio de Janeiro e de So Paulo, sou ps-graduado em AuditoriaTributria, ps-graduado em Processo Penal e Direito Penal Especial e autordos livros Direito Penal Questes comentadas da FCC, Direito ProcessualPenal Resumo dos tpicos mais importantes para concursos pblicos e1001 Questes Comentadas Direito Penal CESPE, todos publicados pelaEditora Mtodo.
Agora que j me conhecem um pouco, posso, com certa tranquilidade,comear a falar de nosso curso.
Trata-se de um curso destinado queles que j estudaram o Direito Penal eque, agora, querem consolidar e lapidar o conhecimento atravs de exerccios(etapa essa essencial para sua futura aprovao!).
Durante nossos encontros, buscarei evitar o mximo possvel o uso dojuridiqus, ou seja, da linguagem que, regra geral, utiliza-se na faculdade deDireito.
claro que em alguns momentos no conseguiremos fugir da utilizao de
termos jurdicos, pois alguns so adotados pela ESAF e, assim, precisampassar a fazer parte do seu linguajar.
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O curso ser composto das seguintes aulas:
AULA 00PRINCPIOS DO DIREITO PENAL / APLICABILIDADE DA LEI PENAL
PARTE 01
AULA 01APLICABILIDADE DA LEI PENAL PARTE 02
TEORIA DO CRIME PARTE 01
AULA 02 TEORIA DO CRIME PARTE 02
AULA 03CRIMES CONTRA A ADMINISTRAO PBLICA
AULA 04
DOS CRIMES CONTRA A ORGANIZAO DO TRABALHO
CRIMES CONTRA A PREVIDNCIA SOCIAL
Lei n. 8.137, de 27/12/1990: Captulo I, Seo II Dos crimes contra a
Ordem Tributria: Dos crimes praticados por Funcionrios Pblicos.
LEI N 2.860/56.
AULA 05 LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS (Lei n. 9.099/95 e Lei n. 10.259/2001).
Em nosso curso resolveremos aproximadamente 200 questes e, sem dvida,voc estar totalmente apto a encarar a sua futura PROVA de Direito Penal.Nossas aulas tero uma mdia de 50 pginas, com exceo da aulademonstrativa.
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Como nosso curso ser de exerccios, precisamos tratar de um importanteponto: Sempre que possvel utilizarei somente exerccios da ESAF no quetange aos assuntos que trataremos.
Ocorre, entretanto, que a banca no tem grande tradio no que diz respeitoao Direito Penal. Assim, quando necessrio, apresentarei exerccios de outrasbancas, mas sempre irei adequar ao estilo ESAF, ok? O importante praticarbastante!
Para finalizar essa nossa primeira conversa, lembro que todas as dvidaspodero ser sanadas no frum e que qualquer crtica ou sugesto poder serenviada para [email protected].
Bom, agora que j estamos devidamente apresentados e voc j sabe como
ser o nosso curso, vamos comear a subir mais um importante degrau rumo aprovao!!!
Bons estudos!!!
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AULA 00 PRINCPIOS DO DIREITO PENAL /APLICABILIDADE DA LEI PENAL PARTE 01
01. (ESAF / AFT / 2010) luz da aplicao da lei penal no tempo,julgue as afirmaes abaixo relativas ao fato de Osvaldo ter sido
processado pelo delito de paralisao de trabalho de interesse
coletivo, em janeiro de 2009, supondo que lei, de 10 de janeiro de
2010, tenha abolido o referido crime:
I. Caso Osvaldo j tenha sido condenado antes de janeiro de 2010,
permanecer sujeito pena prevista na sentena condenatria;
II. A lei penal no pode retroagir para beneficiar Osvaldo;
III. Caso Osvaldo ainda no tenha sido denunciado, no mais poder
s-lo;
IV. Osvaldo ser beneficiado pela hiptese da abolitio criminis.
a) Todos esto corretos.
b) Somente I est correto.
c) Somente III e IV esto corretos.
d) Somente I e III esto corretos.
e) Somente I e IV esto corretos.
GABARITO: C
COMENTRIOS: Analisando as assertivas:
Assertiva I Incorreta Est errada, pois contraria o art. 2 do CPsegundo o qual ningum pode ser punido por fato que lei posterior deixa de
considerar crime, cessando em virtude dela a execuo e os efeitos penais da
sentena condenatria.
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Assertiva II Incorreta No caso da abolitio criminis, ocorrer aretroao para beneficiar o ru, logo, incorreta a assertiva.
Assertiva III Correta A assertiva est correta, pois, como a condutano mais considerada tpica, no h que se falar em possibilidade de
denncia por parte do Ministrio Pblico.
Assertiva IV Correta Est correta, pois no caso da abolitio criminis a leiretroagir para beneficiar o ru.
02. (ESAF / AFT / 2010) Camargo, terrorista, tenta explodir agncia do
Banco do Brasil, na Frana. Considerando o princpio da
extraterritorialidade incondicionada, previsto no Cdigo Penal
brasileiro, correto afirmar que:
a) Camargo s pode ser processado criminalmente na Frana.
b) O Estado brasileiro no tem interesse em delitos ocorridos fora do Brasil.
c) Caso Camargo tenha sido condenado e encarcerado na Frana, no poder
ser preso no Brasil.
d) O fato deve ser julgado no local onde ocorreu o crime: na Frana.
e) Mesmo Camargo tendo sido julgado na Frana, poder ser julgado no Brasil.
GABARITO: E
COMENTRIOS: Questo que exige o conhecimento do art. 7 no tocante a
extraterritorialidade.
Observe que o art. 7, I, b, atribui a aplicabilidade da lei brasileira aos
crimes contra o patrimnio de sociedade de economia mista instituda pelo
poder pblico. Assim, no caso em tela, mesmo Camargo tendo sido julgado na
Frana, poder ser julgado no Brasil.
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Art. 7 - Ficam sujeitos lei brasileira, embora cometidos no
estrangeiro
I - os crimes:
b) contra o patrimnio ou a f pblica da Unio, do Distrito
Federal, de Estado, de Territrio, de Municpio, de empresa
pblica, sociedade de economia mista, autarquia ou fundao
instituda pelo Poder Pblico;
03. (FUNIVERSA / Agente - PC / 2008 - Adaptada) Com base nos
princpios do Direito Penal, assinale a alternativa CORRETA:
A) Segundo o princpio da interveno mnima o Direito Penal s deve tutelar
bens que no forem garantidos pela esfera cvel.
B) O princpio da insignificncia dispe que o Direito Penal no deve se ocupar
com assuntos irrelevantes e funciona como causa de excluso de tipicidade.
Porm, no se admite sua aplicao a crimes praticados com emprego de
violncia pessoa ou grave ameaa.
C) O princpio da insignificncia ou criminalidade de bagatela confunde-se com
o conceito das infraes de menor potencial ofensivo, porque o Direito Penal
no deve se ocupar de matrias sem relevncia.
D) Segundo o princpio da intranscendncia, ningum pode ser
responsabilizado por um fato que foi cometido por um terceiro, salvo no caso
da aplicao de pena restritiva de direitos.
E) N.R.A.
GABARITO: B
COMENTRIOS: Analisando as alternativas:
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Alternativa A Incorreta Segundo o princpio da interveno mnima oDireito Penal deve ser utilizado com muito critrio, devendo o legislador fazer
uso dele somente nas situaes realmente necessrias de serem rigidamente
tuteladas.
Alternativa B Correta Enuncia perfeitamente o princpio dainsignificncia. Ressalta-se que, conforme dispe a questo, tal princpio no
cabvel nos casos em que o crime cometido com emprego de violncia
pessoa ou grave ameaa, pois, neste caso, no h que se cogitar a hiptese de
insignificncia.
Alternativa C Incorreta Considera-se delito de menor potencialofensivo as contravenes penais e os crimes a que a lei comine pena mxima
no superior a 2 (dois) anos, cumulada ou no com multa. Assim, percebe-se
que no h relao direta do princpio da insignificncia com as infraes de
menor potencial ofensivo.
Alternativa D Incorreta A alternativa comea enunciando de formacorreta o princpio da intranscendncia. Todavia, torna-se errada ao citar que
tal princpio excepcionado no caso da aplicao de pena restritiva de direito.
4. (ESAF / PGFN / 2007) luz da aplicao da lei penal no tempo, dos
princpios da anterioridade, da irretroatividade, retroatividade e
ultratividade da lei penal, julgue as afirmaes abaixo relativas ao fato
de Mvio ter sido processado pelo delito de adultrio em dezembro de
2004, sendo que a Lei n. 11.106, de 28 de maro de 2005, aboliu ocrime de adultrio:
I. Caso Mvio j tenha sido condenado antes de maro de 2005, permanecer
sujeito pena prevista na sentena condenatria.
II. A lei penal pode retroagir em algumas hipteses.
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III. Caso Mvio no tenha sido condenado no primeiro grau de jurisdio,
poder ocorrer a extino de punibilidade desde que a mesma seja provocada
pelo ru.
IV. Na hiptese, ocorre o fenmeno da abolitio criminis.
A) Todas esto corretas.
B) Somente I est incorreta.
C) I e IV esto corretas.
D) I e III esto corretas.
E) II e IV esto corretas.
GABARITO: E
COMENTRIOS:
Vamos analisar as assertivas:
Item I Incorreto O fato de Mvio j ter sido condenado no importa nocaso em tela, pois, segundo o art. 2 do CP, a retroao atinge os efeitos
penais da sentena condenatria.
Art. 2 - Ningum pode ser punido por fato que lei posterior deixa
de considerar crime, cessando em virtude dela a execuo e os
efeitos penais da sentena condenatria.
Item II Correto A lei penal, apesar de ter como regra a irretroatividade,pode retroagir.
Item III Incorreto No h qualquer obrigatoriedade de provocao porparte do ru. Os efeitos de uma lei mais benfica atingem
AUTOMATICAMENTEos que por ela forem abrangidos.
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Item IV Correto O instituto da abolitio criminis ocorre quando uma leinova trata como lcito fato anteriormente tido como criminoso, ou melhor,
quando a lei nova descriminaliza fato que era considerado infrao penal.
5. (ESAF / MPU / 2004) Em se tratando de extraterritorialidade, pode-
se afirmar que se sujeitam lei brasileira, embora praticados no
estrangeiro,
A) os crimes contra a administrao pblica, por quem no est a seu servio.
B) os crimes de genocdio, ainda que o agente no seja brasileiro ou
domiciliado no Brasil.
C) os crimes praticados em aeronaves ou embarcaes brasileiras, quando em
territrio estrangeiro, mesmo que a sejam julgados.
D) os crimes contra o patrimnio ou a f pblica da Unio, do Distrito Federal,
de Estado ou de Municpio.
E) os crimes contra o patrimnio praticados contra o presidente da Repblica.
GABARITO: D
COMENTRIOS: Exige o conheciento do art. 7 do CP. Vamos analisar:
Alternativa A Contraria o Art. 7, I, c do CP. Veja:
Art. 7 - Ficam sujeitos lei brasileira, embora cometidos no
estrangeiro:
I - os crimes:
[...]
c) contra a administrao pblica, p o r q u e m e s t a s e u
se r v io; (grifei)
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Alternativa B Contraria o Art. 7, I, d do CP. Veja:
Art. 7 - Ficam sujeitos lei brasileira, embora cometidos no
estrangeiro:
I - os crimes:
[...]
d) de genocdio, q u a n d o o a g e n t e f o r b r a s i l e i r o o u
d om i c i l i a d o n o B r a s i l . (grifei)
Alternativa C Contraria o Art. 7, II, c do CP. Veja:
Art. 7 - Ficam sujeitos lei brasileira, embora cometidos no
estrangeiro:
II - os crimes:
c) praticados em aeronaves ou embarcaes brasileiras,
mercantes ou de propriedade privada, quando em territrio
estrangeiro e a no sejam julgados. (grifei)
Alternativa D a alternativa correta. a reproduo exata do Art. 7, I,b do CP. Veja:
b) contra o patrimnio ou a f pblica da Unio, do Distrito
Federal, de Estado, de Territrio, de Municpio, de empresa
pblica, sociedade de economia mista, autarquia ou fundao
instituda pelo Poder Pblico
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Alternativa E Incorreta Sujeitam-se lei brasileira, emborapraticados no estrangeiro, os crimes contra a liberdade ou a vida do
Presidente da Repblica.
6. (FCC / Procurador Judicial-TRE / 2009) Entre crime e contraveno,
a distino:
A) se faz pela ausncia de dano na contraveno, elemento presente no crime,
mesmo que potencial.
B) se faz pela presena ou no da culpa latu sensu.
C) se d porque na contraveno penal, em regra, no basta a voluntariedade.
D) se faz pela intensidade do dolo ou culpa, que maior no crime.
E) baseia-se na natureza da sano aplicvel, no existe diferena ontolgica.
GABARITO: E
COMENTRIOS: Para encontrar a correta diferenciao entre crime e
contraveno, dois termos to utilizados, deve-se recorrer Lei de Introduo
ao Cdigo Penal, que dispe em seu art. 1:
Art. 1 Considera-se crime a infrao penal que a lei comina
pena de r ec lu so o u d e d e t en o, quer isoladamente, quer
alternativa ou cumulativamente com a pena de multa;
contraveno, a infrao penal a que a lei comina, isoladamente,
p e n a d e p r i so s im p l e s o u d e m u l t a , ou ambas. alternativa
ou cumulativamente. (grifei)
Logo, do exposto, podemos resumir:
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CRIME PENA DE RECLUSO OU DETENO (isoladamente,alternativamente ou cumulativamente com multa)
CONTRAVENO ISOLADAMENTE PRISO SIMPLES (isoladamente,alternativamente ou cumulativamente com multa).
Desta forma, fica claro que a diferenciao entre estes dois institutos se baseia
unicamente na natureza da sano aplicvel, o que torna correta a alternativa
E.
07. (FCC / Defensor Pblico-MA / 2009) Sobre a aplicao da lei penal
e da lei processual penal no tempo, desde que no sejam de natureza
mista,
A) vigora apenas o mesmo princpio da irretroatividade.B) vigora apenas o mesmo princpio da ultratividade da lei mais benfica.
C) vigoram princpios diferentes em relao a cada uma das leis.
D) vigoram princpios diferentes em relao a cada uma das leis, salvo
ultratividade da lei mais benfica.
E) vigoram os mesmos princpios da irretroatividade e da ultratividade da lei
mais benfica.
GABARITO: C
COMENTRIOS: A Constituio Federal, consagrando o princpio da
retroatividade da norma penal mais benfica, dispe em seu art. 5, XL, que a
lei penal no retroagir, salvo para beneficiar o ru.
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Tal princpio tambm est presente no pargrafo nico do art. 2 do Cdigo
Penal nos seguintes termos:
Art. 2 [...]
Pargrafo nico - A lei posterior, que de qualquer modo
favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que
decididos por sentena condenatria transitada em julgado.
No que diz respeito s leis processuais penais, o legislador ptrio adotou oprincpio do tempus reget actumque impe a aplicao imediata das normas
processuais penais, no havendo efeito retroativo nem para beneficiar o
agente.
Diante do exposto, pode-se afirmar que a lei penal e a processual penal
possuem princpios diferentes no que diz respeito aplicabilidade.
Vale ressaltar que no raro que as normas jurdicas possuam natureza mista,
ora de natureza processual e ora de natureza material. Neste caso, se a norma
processual penal possuir tambm carter material penal, atribuir-se- efeito
retroativo ao dispositivo que for mais favorvel ao ru. o caso, por exemplo,
da prescrio e da decadncia.
08. (ESAF / AFRF / 2002 ) Em matria de Direito Penal, assinale a
opo correta.
A) Aplica-se a lei brasileira, com prejuzo de convenes, tratados e regras de
direito internacional, ao crime cometido no territrio nacional.
B) Para efeitos penais, no se consideram como extenso do territrio nacional
as embarcaes e aeronaves brasileiras.
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C) No se aplica a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou
embarcaes estrangeiras de propriedade privada, achando- se aquelas em
pouso no territrio nacional ou em vo no espao areo correspondente, e
estas em porto ou mar territorial do Brasil.
D) Considera-se praticado o crime no momento da ao ou omisso, ainda que
outro seja o momento do resultado.
E) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, no se aplica aos
fatos anteriores ela.
GABARITO: D
COMENTRIOS: Analisando as alternativas:
Alternativa A Incorreta Como vimos, o Brasil adota a o princpio da
territorialidade mitigada ou temperada. A alternativa contraria o disposto no
Cdigo Penal quando trata do tema:
Art. 5 - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuzo de convenes,
tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no
territrio nacional.
Alternativa B Incorreta A alternativa generaliza e, assim, contraria o
pargrafo 1 do artigo 5.
Art. 5 [...]
1 - Para os efeitos penais, consideram-se como extenso do
territrio nacional as embarcaes e aeronaves brasileiras, de
natureza pblica ou a servio do governo brasileiro onde quer que
se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcaes
brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem,
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respectivamente, no espao areo correspondente ou em alto-
mar.
Alternativa C Claramente incorreta. A banca repetiu o pargrafo 2 do
artigo 5 colocando a palavra No na frente. Observe:
2 - tambm aplicvel a lei brasileira aos crimes praticados a
bordo de aeronaves ou embarcaes estrangeiras de propriedade
privada, achando-se aquelas em pouso no territrio nacional ou
em vo no espao areo correspondente, e estas em porto ou mar
territorial do Brasil.
Alternativa D Correta Reproduo do artigo 4, que trata do tempo do
crime:
Art. 4 - Considera-se praticado o crime no momento da ao ou
omisso, ainda que outro seja o momento do resultado
Alternativa E Incorreta A lei penal retroage para beneficiar o ru.
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Passemos, agora, a um resumo com os principais temas
abordados em nossas questes.
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NO SE ESQUEA!!!
DIREITO PENAL CONCEITO
O Direito Penal o ramo do direito pblico que se destina a combater oscrimes e as contravenes penais, atravs da imposio de uma sanopenal. Aqui, surge um primeiro questionamento importantssimo: Qual adiferena entre crime e contraveno?
Dizemos que o Direito Penal um ramo do direito pblico por ser composto deregras aplicveis a todas as pessoas e por ter como titular exclusivo do direitode punir o ESTADO.
PRINCPIOS DO DIREITO PENAL
CRIME X CONTRAVENO
Para encontrar a diferenciao entre estes dois termos to utilizados, devemos recorrer Lei de Introduo ao Cdigo Penal, que dispe em seu artigo 1:
Art 1 Considera-se crime a infrao penal que a lei comina pena de recluso ou dedeteno, quer isoladamente, quer alternativa ou cumulativamente com a pena demulta; contraveno, a infrao penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisosimples ou de multa, ou ambas. alternativa ou cumulativamente.
Logo, do exposto, podemos resumir:
CRIME PENA DE RECLUSO OU DETENO (isoladamente, alternativa oucumulativamente com multa).
CONTRAVENO ISOLADAMENTE PRISO SIMPLES OU MULTA.
RECLUSO X DETENO X PRISO SIMPLES APENAS PARA CONHECIMENTO
Na prtica, no existe hoje diferena essencial entre recluso e deteno. A lei, porm,usa esses termos como ndices ou critrios para a determinao dos regimes decumprimento de pena.
Se a condenao for de recluso, a pena cumprida em regime fechado, semi-aberto ouaberto.
Na deteno, cumpre-se em regime semi-aberto ou aberto, salvo a hiptese de
transferncia excepcional para o regime fechado.A priso simples prevista para as contravenes penais e no para crimes. Pode sercumprida nos regimes semi-aberto ou aberto, no sendo cabvel o regime fechado.
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9PRINCPIO DA RESERVA LEGAL Uma das caractersticas de vitalimportncia do Direito Penal brasileiro o chamado princpio dareserva legal, o qual encontra previso no s no art. 1, do CdigoPenal, mas tambm na Constituio Federal. Observe:
Art. 5 [...]
XXXIX - no h crime sem lei anterior que o defina, nempena sem prvia cominao legal;
O princpio da reserva legal no sinnimo do princpio dalegalidade, seno espcie.
O primeiro significa a submisso e o respeito lei, ou a atuao dentroda esfera estabelecida pelo legislador. O segundo consiste em estatuirque a regulamentao de determinadas matrias devem ser feitas,necessariamente, por lei formal.
9PRINCPIO DA ANTERIORIDADE Este princpio tem base no art.5, XXXIX, da Carta Magna e estabelece a necessidade de que oCRIME e a PENA estejam PREVIAMENTE definidos em LEI.
9PRINCPIO DA INSIGNIFICNCIA Este princpio surgiu com aidia de afastar da esfera do Direito Penal situaes com poucasignificncia para a sociedade. Observe um pronunciamento do STFsobre o tema:
9PRINCPIO DA ALTERIDADE Segundo este princpio, ningumpode ser punido por causar mal APENAS A SI PRPRIO.
9PRINCPIO DA INTERVENO MNIMA Segundo este princpio,o Direito Penal deve ser utilizado com muito critrio, devendo o
legislador fazer uso dele SOMENTE nas situaes realmenteNECESSRIAS de serem rigidamente tuteladas.
STF - HC 92961/SP DJe 07/02/2008
A mnima ofensividade da conduta, a ausncia de periculosidade social daao, o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e ainexpressividade da leso jurdica constituem os requisitos de ordem
objetiva autorizadores da aplicao do princpio da insignificncia.
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9PRINCPIO DA INTRANSCENDNCIA Segundo este princpio,ningum pode ser responsabilizado por um fato que foi cometido porum terceiro. Tal princpio tem base constitucional. Veja:
Art. 5 [...]
XLV - nenhuma pena passar da pessoa do condenado,podendo a obrigao de reparar o dano e a decretao doperdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aossucessores e contra eles executadas, at o limite do valor dopatrimnio transferido;
LEI PENAL
A lei penal a fonte formal imediata do Direito Penal e classificada peladoutrina majoritria em incriminadora e no incriminadora.
Dizemos incriminadoras aquelas que criam crimes e cominam penas.
Diferentemente, as leis penais no incriminadoras so as que no criamdelitos e nem cominam penas.
INTERPRETAO DA LEI PENAL
Para a sua PROVA, no necessrio o conhecimento das formas
interpretativas, mas ser imprescindvel que voc saiba o conceito e ascaractersticas da ANALOGIA que, embora no seja uma formainterpretativa, funciona integrando a lei penal.
ANALOGIA
A analogia jurdica consiste em aplicar a um caso no previsto pelo legislador anorma que rege caso anlogo, semelhante.
9
Analogia i n m a la m p a r t em
aquela em que se supre a lacuna legalcom algum dispositivo prejudicial ao ru. Isto no possvel nonosso ordenamento jurdico e desta forma j se pronunciou o STJ e oSTF.
9 Analogia i n b o n a m p a r t e m Neste caso, aplica-se ao caso omissouma norma favorvel ao ru. Este tipo de analogia aceito em nossoordenamento jurdico e desta forma j se posicionou o STF em diversosjulgados.
LEI PENAL NO TEMPO
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A lei penal, assim como qualquer outro dispositivo legal, passa por umprocesso legislativo, ingressa no nosso ordenamento jurdico e vigora at a suarevogao, que nada mais do que a retirada da vigncia de uma lei.
NOVATIO LEGIS INCRIMINADORA
Novatio legis incriminadora ocorre quando um indiferente penal (condutaconsiderada lcita frente legislao penal) passa a ser considerado crime pelalei posterior. Neste caso, a lei que incrimina novos fatos IIRRRREETTRROOAATTIIVVAA,uma vez que prejudica o sujeito.
LEI PENAL MAIS GRAVE LEX GRAVIOR
Aqui no temos a tipificao de uma conduta antes descriminalizada, mas sima aplicao de tratamento mais rigoroso a um fato j constante como delito.Para esta situao tambm no h que se falar em retroatividade.
A BO LI T I O CR I M I N I S
O instituto da abolitio criminis ocorre quando uma lei nova trata como lcitofato anteriormente tido como criminoso, ou melhor, quando a lei novadescriminaliza fato que era considerado infrao penal.
Encontra embasamento no artigo 2 do Cdigo Penal, que dispe da seguinteforma:
Art. 2 - Ningum pode ser punido por fato que lei posterior deixade considerar crime, cessando em virtude dela a execuo e osefeitos penais da sentena condenatria.
Segundo os princpios que regem a lei penal no tempo, a lei abolicionista
NNOORRMMAA PPEENNAALL RREETTRROOAATTIIVVAA,
atingindo fatos pretritos, ainda queacobertados pelo manto da coisa julgada.
REGRA GERAL: A LEI PENAL INCIDE SOBREFATOS OCORRIDOS DURANTE A SUAVIGNCIA (TEMPUS REGIT ACTUM).
TEMPUS REGIT ACTUM: O NOME DOPRINCPIO QUE REGE A APLICAO DA LEIPENAL NO TEMPO. ENUNCIADO: A LEI PENALINCIDE SOBRE FATOS OCORRIDOS DURANTEA SUA VIGNCIA.
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LEI PENAL MAIS BENFICA
Define o Cdigo Penal:
Art. 2[...]Pargrafo nico - A lei posterior, que de qualquer modo favorecero agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos porsentena condenatria transitada em julgado.
RETROATIVIDADE Fenmeno jurdico em que se aplica uma norma afato ocorrido antes do incio da vigncia da nova lei.
ULTRATIVIDADE Fenmeno jurdico pelo qual h a aplicao danorma aps a sua revogao.
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LISTA DOS EXERCCIOS APRESENTADOS
01. (ESAF / AFT / 2010) luz da aplicao da lei penal no tempo,
julgue as afirmaes abaixo relativas ao fato de Osvaldo ter sidoprocessado pelo delito de paralisao de trabalho de interesse
coletivo, em janeiro de 2009, supondo que lei, de 10 de janeiro de
2010, tenha abolido o referido crime:
I. Caso Osvaldo j tenha sido condenado antes de janeiro de 2010,
permanecer sujeito pena prevista na sentena condenatria;
II. A lei penal no pode retroagir para beneficiar Osvaldo;
III. Caso Osvaldo ainda no tenha sido denunciado, no mais poder
s-lo;
IV. Osvaldo ser beneficiado pela hiptese da abolitio criminis.
a) Todos esto corretos.
b) Somente I est correto.
c) Somente III e IV esto corretos.
d) Somente I e III esto corretos.
e) Somente I e IV esto corretos.
02. (ESAF / AFT / 2010) Camargo, terrorista, tenta explodir agncia do
Banco do Brasil, na Frana. Considerando o princpio da
extraterritorialidade incondicionada, previsto no Cdigo Penal
brasileiro, correto afirmar que:
a) Camargo s pode ser processado criminalmente na Frana.
b) O Estado brasileiro no tem interesse em delitos ocorridos fora do Brasil.
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c) Caso Camargo tenha sido condenado e encarcerado na Frana, no poder
ser preso no Brasil.
d) O fato deve ser julgado no local onde ocorreu o crime: na Frana.
e) Mesmo Camargo tendo sido julgado na Frana, poder ser julgado no Brasil.
03. (FUNIVERSA / Agente - PC / 2008 - Adaptada) Com base nos
princpios do Direito Penal, assinale a alternativa CORRETA:
A) Segundo o princpio da interveno mnima o Direito Penal s deve tutelarbens que no forem garantidos pela esfera cvel.
B) O princpio da insignificncia dispe que o Direito Penal no deve se ocupar
com assuntos irrelevantes e funciona como causa de excluso de tipicidade.
Porm, no se admite sua aplicao a crimes praticados com emprego de
violncia pessoa ou grave ameaa.
C) O princpio da insignificncia ou criminalidade de bagatela confunde-se como conceito das infraes de menor potencial ofensivo, porque o Direito Penal
no deve se ocupar de matrias sem relevncia.
D) Segundo o princpio da intranscendncia, ningum pode ser
responsabilizado por um fato que foi cometido por um terceiro, salvo no caso
da aplicao de pena restritiva de direitos.
E) N.R.A.
4. (ESAF / PGFN / 2007) luz da aplicao da lei penal no tempo, dos
princpios da anterioridade, da irretroatividade, retroatividade e
ultratividade da lei penal, julgue as afirmaes abaixo relativas ao fato
de Mvio ter sido processado pelo delito de adultrio em dezembro de
2004, sendo que a Lei n. 11.106, de 28 de maro de 2005, aboliu o
crime de adultrio:
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I. Caso Mvio j tenha sido condenado antes de maro de 2005, permanecer
sujeito pena prevista na sentena condenatria.
II. A lei penal pode retroagir em algumas hipteses.
III. Caso Mvio no tenha sido condenado no primeiro grau de jurisdio,
poder ocorrer a extino de punibilidade desde que a mesma seja provocada
pelo ru.
IV. Na hiptese, ocorre o fenmeno da abolitio criminis.
A) Todas esto corretas.
B) Somente I est incorreta.
C) I e IV esto corretas.
D) I e III esto corretas.
E) II e IV esto corretas.
5. (ESAF / MPU / 2004) Em se tratando de extraterritorialidade, pode-
se afirmar que se sujeitam lei brasileira, embora praticados no
estrangeiro,
A) os crimes contra a administrao pblica, por quem no est a seu servio.
B) os crimes de genocdio, ainda que o agente no seja brasileiro ou
domiciliado no Brasil.
C) os crimes praticados em aeronaves ou embarcaes brasileiras, quando em
territrio estrangeiro, mesmo que a sejam julgados.
D) os crimes contra o patrimnio ou a f pblica da Unio, do Distrito Federal,
de Estado ou de Municpio.
E) os crimes contra o patrimnio praticados contra o presidente da Repblica.
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6. (FCC / Procurador Judicial-TRE / 2009) Entre crime e contraveno,
a distino:
A) se faz pela ausncia de dano na contraveno, elemento presente no crime,
mesmo que potencial.
B) se faz pela presena ou no da culpa latu sensu.
C) se d porque na contraveno penal, em regra, no basta a voluntariedade.
D) se faz pela intensidade do dolo ou culpa, que maior no crime.
E) baseia-se na natureza da sano aplicvel, no existe diferena ontolgica.
07. (FCC / Defensor Pblico-MA / 2009) Sobre a aplicao da lei penal
e da lei processual penal no tempo, desde que no sejam de natureza
mista,
A) vigora apenas o mesmo princpio da irretroatividade.
B) vigora apenas o mesmo princpio da ultratividade da lei mais benfica.
C) vigoram princpios diferentes em relao a cada uma das leis.
D) vigoram princpios diferentes em relao a cada uma das leis, salvo
ultratividade da lei mais benfica.
E) vigoram os mesmos princpios da irretroatividade e da ultratividade da lei
mais benfica.
08. (ESAF / AFRF / 2002 ) Em matria de Direito Penal, assinale a
opo correta.
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A) Aplica-se a lei brasileira, com prejuzo de convenes, tratados e regras de
direito internacional, ao crime cometido no territrio nacional.
B) Para efeitos penais, no se consideram como extenso do territrio nacional
as embarcaes e aeronaves brasileiras.
C) No se aplica a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou
embarcaes estrangeiras de propriedade privada, achando- se aquelas em
pouso no territrio nacional ou em vo no espao areo correspondente, e
estas em porto ou mar territorial do Brasil.
D) Considera-se praticado o crime no momento da ao ou omisso, ainda que
outro seja o momento do resultado.
E) A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, no se aplica aos
fatos anteriores ela.
GABARITO
1-C 2-E 3-B
4-E 5-D 6-E
7-C 8-D *****