Upload
weshoffman
View
217
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
1/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 1
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
1. (Titular de Servios - TJ-AP / 2011) Um navio mercante brasileiro
de propriedade privada naufragou em alto mar. Os tripulantes
passaram para barcos salva-vidas. Num desses barcos, houve uma
briga, tendo um tripulante ingls matado um tripulante francs e
ferido um colombiano. A competncia para processar julgar esses
delitos da justia
a) francesa, por ter sido o francs a vtima do crime mais grave.
b) brasileira, por tratar-se de barco remanescente do navio mercante.
c) do pas em cujo porto o barco salva-vidas aportar.
d) da Inglaterra, por ter sido o tripulante ingls o autor dos delitos.
e) da Inglaterra ou da Frana, a ser definida pela preveno.
GABARITO: BCOMENTRIOS: No caso apresentado, considera-se como se o ato tivesse
sido cometido no prprio navio mercante.
Assim, conforme o 1 do art. 5, para os efeitos penais, consideram-se
como extenso do territrio nacional as embarcaes e aeronaves brasileiras,
de natureza pblica ou a servio do governo brasileiro onde quer que se
encontrem, bem como as aeronaves e as embarcaes brasileiras, mercantes
ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espao areocorrespondente ou em alto-mar.
2. (Analista - MPE-SE / 2010) Considere a hiptese de um crime de
extorso em andamento, em que a vtima ainda se encontra privada
de sua liberdade de locomoo. Havendo a entrada em vigor de lei
penal nova, prevendo aumento de pena para esse crime,
AULA 01
APLICABILIDADE DA LEI PENAL
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
2/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 2
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
a) ter aplicao a lei penal mais grave, cuja vigncia anterior cessao
da permanncia do crime.
b) ter aplicao a lei nova, em obedincia ao princpio da ultratividade da lei
penal.
c) no poder ser aplicada a lei penal nova, que s retroage se for mais
benfica ao ru.
d) ser aplicada a lei nova, em obedincia ao princpio tempus regit actum.
e) no ser aplicada a lei penal mais grave, pois o direito penal no admite a
novatio legis in pejus.
GABARITO: A
COMENTRIOS: A questo exige o conhecimento da smula n 711 do STF.
Relembre:
Smula 711, do STF: 'A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado
ou ao crime permanente, se a sua vigncia anterior cessao da
continuidade ou da permanncia'.
Vamos aproveitar esta questo e traar um panorama geral do assunto:
A adoo da teoria da atividade para a determinao do tempo do crime
apresenta algumas consequncias, dentre as quais as seguintes so
importantes para a sua PROVA:
1.Aplica-se a lei em vigor ao tempo da conduta, exceto se a do
tempo do resultado for mais benfica.
2.Apura-se a imputabilidade NO MOMENTO DA CONDUTA.
3. Nos crimes permanentes, enquanto perdura a ofensa ao bem
jurdico (Exemplo: extorso mediante sequestro), o tempo do
crime se dilatar pelo perodo de permanncia. Assim, se o
autor, menor, durante a fase de execuo do crime vier a
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
3/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 3
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
atingir a maioridade, responder segundo o Cdigo Penal e
no segundo o Estatuto da Criana e do Adolescente ECA
(Lei n. 8.069/90).
4.Nos crimes continuados em que os fatos anteriores eram
punidos por uma lei, operando-se o aumento da pena por lei
nova, aplica-se esta ltima a toda unidade delitiva, desde
que sob a sua vigncia continue a ser praticado.
A importantssima smula 711 do STF resume os itens 03 e 04. Observe:
CAIXA
ROUBOU
R$100,00
CAIXA
ROUBOU
R$100,00
CAIXA
ROUBOU
R$100,00
SSMMUULLAA771111DDOOSSTTFF
AALLEEIIPPEENNAALLMMAAIISSGGRRAAVVEEAAPPLLIICCAA--SSEEAAOOCCRRIIMMEECCOONNTTIINNUUAADDOO
OOUUAAOOCCRRIIMMEEPPEERRMMAANNEENNTTEE,,SSEEAASSUUAAVVIIGGNNCCIIAAAANNTTEERRIIOORR
CCEESSSSAAOODDAACCOONNTTIINNUUIIDDAADDEEOOUUDDAAPPEERRMMAANNNNCCIIAA..
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
4/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 4
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
5.No Crime Habitual em que haja sucesso de leis, deve ser
aplicada a nova, ainda que mais severa, se o agente insistir
em reiterar a conduta criminosa.
3. (Analista Judicirio - TRE-RN / 2011) O prazo de natureza penal
fixado em um ms, iniciado no dia 13 de janeiro de 2010, quarta-
feira, expirou-se no dia
a) 15 de fevereiro de 2010, segunda-feira.
b) 14 de fevereiro de 2010, domingo.
c) 13 de fevereiro de 2010, sbado.
d) 12 de fevereiro de 2010, sexta-feira.
e) 11 de fevereiro de 2010, quinta-feira.
GABARITO: D
COMENTRIOS: No prazo penal inclui-se o dia de comeo e exclui-se o
final. Assim, no caso, 12 de fevereiro a resposta correta. Vamos esmiuaro tema:
O artigo 10 do Cdigo Penal trata da contagem do PRAZO PENAL nos
seguintes termos:
Art. 10 - O dia do comeo inclui-se no cmputo do prazo.
Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendrio comum.
Vamos analis-lo por partes:
1. O dia do comeo inclui-se no cmputo do prazo Imaginemos
que determinado indivduo preso no dia 15 de janeiro, s 23:59h,
aps sua condenao a 01(UM) dia de priso. Pergunto: Quando ele
ser liberado?
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
5/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 5
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
Ele estar livre s 00:00h do dia 16, ou seja, ficar UM MINUTO
preso e isto ser considerado UM DIA.
Mas como assim, professor? S um minuto???
exatamente isso!!!
Como o dia do comeo inclui-se no cmputo do prazo e, segundo o
artigo 11 do Cdigo Penal, no h que se falar em fraes de dia,
teremos 1 minuto valendo 24 horas. Observe o disposto no citado
art. 11 do CP:
Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e
nas restritivas de direitos, as fraes de dia, e, na pena de
multa, as fraes de cruzeiro. (leia-se real). (grifo nosso)
2. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendrio
comum No prazo penal, os dias, os meses e os anos so
contados de acordo com o calendrio comum, tambm chamado degregoriano.
Os meses so calculados com o nmero de dias caractersticos de
cada um deles, e no como um perodo de 30 dias. Assim, se um
indivduo preso por um ms em 10 fevereiro, quando ser solto?
Em 09 de maro. E se for preso em 10 de maro? Ser liberado em
9 de abril. Bem fcil, concorda?!
Observao: Existem algumas divergncias com relao a este tema.
Todavia, nas provas da ESAF, para no errar a questo, apenas exclua um
dia (13-1=12) e inclua o ms seguinte (Fevereiro).
4. (Juiz - TJ-PI / 2012) No que se refere aplicao da lei penal,
assinale a opo correta.
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
6/91
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
7/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 7
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
5. (Analista Judicirio - TRT / 2010) Joo cometeu um crime para o
qual a lei vigente na poca do fato previa pena de recluso.
Posteriormente, lei nova estabeleceu somente a sano pecuniria
para o delito cometido por Joo. Nesse caso,
a) a aplicao da lei nova depende da expressa concordncia do Ministrio
Pblico.
b) aplica-se a lei nova somente se a sentena condenatria ainda no tiver
transitado em julgado.
c) no se aplica a lei nova, em razo do princpio da irretroatividade das leis
penais.
d) aplica-se a lei nova, mesmo que a sentena condenatria j tiver
transitado em julgado.
e) a aplicao da lei nova, se tiver havido condenao, depende do
reconhecimento do bom comportamento carcerrio do condenado.
GABARITO: DCOMENTRIOS: Analisando:
Alternativa A Incorreta A aplicao de lei nova no depende de
concordncia do MP, pois decorre de preceitos constitucionais e de
determinao expressa do Cdigo Penal.
Alternativa B Incorreta O art. 2, pargrafo nico, do CP, prev
expressamente que o benefcio estendido tambm aos casos com sentena
transitada em julgado.Alternativa C Incorreta O princpio da irretroatividade das leis
penais regra geral, EXCEPCIONADA expressamente na Constituio Federal
para os casos em que o ru for beneficiado.
Alternativa D Correta Exige o conhecimento do pargrafo nico do
art. 2 do Cdigo Penal.
Art. 2 - [...]
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
8/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 8
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
Pargrafo nico - A lei posterior, que de qualquer modo
favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que
decididos por sentena condenatria transitada em julgado.
Alternativa E Incorreta A aplicao de lei nova independe de
condenao do ru, tampouco de seu comportamento carcerrio.
6. (Analista Judicirio - TRT / 2010) Jos, brasileiro, cometeu crime
de peculato, apropriando- se de valores da embaixada brasileira no
Japo, onde trabalhava como funcionrio pblico.
Em tal situao,
a) somente se aplica a lei brasileira se Jos no tiver sido absolvido no
Japo, por sentena definitiva.
b) somente se aplica a lei brasileira se Jos no tiver sido processado pelo
mesmo fato no Japo.
c) aplica-se a lei brasileira, independentemente da existncia de processo no
Japo e de entrada do agente no territrio nacional.d) a aplicao da lei brasileira, independe da existncia de processo no
Japo, mas est condicionada entrada do agente no territrio nacional.
e) aplica-se a lei brasileira, somente se for mais favorvel ao agente do que
a lei japonesa.
GABARITO: C
COMENTRIOS: Trata-se, no caso, de extraterritorialidade incondicionada,isto , a lei penal brasileira ser aplicada independentemente de satisfao
de requisitos.
Jos, por ser funcionrio pblico e por estar a servio da Administrao
Pblica e por ter cometido crime contra ela, sofrer a aplicao da lei
brasileira.
Podemos efetuar uma breve reviso deste importante assunto da seguinte
forma:
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
9/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 9
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
EXTRATERRITORIALIDADE
INCONDICIONADA
CONDICIONADA
HIPTESES:
*CRIME CONTRA A VIDA OU A LIBERDADE DOPRESIDENTE DA REPBLICA.
*CRIME CONTRA O PATRIMNIO OU A FPBLICA DA ADMINISTRAO DIRETA OUINDIRETA.
*CRIME CONTRA A ADMINISTRAO PBLICA,POR QUEM EST A SEU SERVIO.
*CRIME DE GENOCDIO, QUANDO O AGENTE FOR
BRASILEIRO OU DOMICILIADO NO BRASIL.
CONDIES:*NO EXISTEM O AGENTE PUNIDO PELA LEI
BRASILEIRA, AINDA QUE ABSOLVIDO OUCONDENADO NO ESTRANGEIRO.
HIPTESES:
*CRIMES QUE, POR TRATADO OU CONVENO, OBRASIL SE OBRIGOU A REPRIMIR.
*CRIMES PRATICADOS POR BRASILEIRO.
*CRIMES PRATICADOS EM AERONAVES OUEMBARCAES BRASILEIRAS, MERCANTES OU DE
PROPRIEDADE PRIVADA, QUANDO EMTERRITRIO ESTRANGEIRO NO FOREMJULGADOS.
*CRIMES PRATICADOS POR ESTRANGEIROS
CONTRA BRASILEIROS FORA DO BRASIL, SE,REUNIDAS AS CONDIES: 1-NO FOI PEDIDA OUNEGADA A EXTRADIO; 2-HOUVE REQUISIODO MINISTRO DA JUSTIA.
CONDIES:
*ENTRAR O AGENTE NO TERRITRIO NACIONAL
*SER O FATO PUNVEL ONDE FOI PRATICADO
*ESTAR O CRIME INCLUDO ENTRE AQUELESPELOS QUAIS A LEI BRASILEIRA AUTORIZA AEXTRADIO
* NO TER SIDO ABSOLVIDO NO ESTRANGEIROOU NO TER A CUMPRIDO PENA (CUMPRIMENTO
PARCIAL ART. 8 DO CP)*NO TER SIDO PERDOADO NO ESTRANGEIRO OUEXTINTA A PUNIBILIDADE PELA LEI + FAVORVEL
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
10/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 10
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
7. (Procurador - TCE-RO / 2010) No tocante aplicao da lei penal,
a) a lei brasileira adotou a teoria da ubiquidade quanto ao lugar do crime.
b) a lei penal mais grave no se aplica ao crime continuado ou ao crime
permanente, se a sua vigncia anterior cessao da continuidade ou da
permanncia, segundo entendimento sumulado do Supremo Tribunal
Federal.
c) a lei brasileira adotou a teoria do resultado quanto ao tempo do crime.
d) o dia do fim inclui-se no cmputo do prazo, contando- se os meses e anos
pelo calendrio comum, desprezados os dias.
e) N.R.A
GABARITO: A
COMENTRIOS: Analisando:
Alternativa A Correta O Cdigo Penal, ao tratar do tema, dispe:
Art. 6 - Considera-se praticado o crime no lugar em queocorreu a ao ou omisso, no todo ou em parte, bem como
onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
O Cdigo Penal adotou a TTEEOORRIIAADDAAUUBBIIQQUUIIDDAADDEE, valendo ressaltar que
na prpria previso do art. 6 do Cdigo Penal esta includa o lugar da
tentativa, ou seja, "[...] onde se produziu ou deveria produzir-se o
resultado".Busca-se, com a teoria mista do lugar do delito, solucionar o problema dos
conflitos negativos de competncia (Dentro do Territrio Nacional) e o
problema dos crimes distncia (Brasil - Exterior), em que ao e o
resultado se desenvolvem em lugares diversos.
Alternativa B Incorreta Contraria a smula 711 do STF (que j
analisamos).
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
11/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 11
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
Alternativa C Incorreta O Cdigo Penal adota claramente, em seu
artigo 4, a TEORIA DA ATIVIDADE para determinar o tempo do crime.
Observe:
Art. 4 - Considera-se praticado o crime no momento da ao
ou omisso, ainda que outro seja o momento do resultado
Alternativa D Incorreta Conforme j analizamos, inclui-se o dia do
comeo e exclui-se o dia do final.
8. (Analista Judicirio - TRE-RS / 2010) Dentre os casos de
extraterritorialidade incondicionada da lei penal, previstos no Cdigo
Penal, NO se incluem os crimes cometidos:
a) contra a f pblica da Unio.
b) contra o patrimnio de autarquia ou fundao instituda pelo Poder
Pblico.c) contra a administrao pblica, por quem est a seu servio.
d) em aeronaves ou embarcaes brasileiras.
e) contra a vida ou a liberdade do Presidente da Repblica.
GABARITO: D
COMENTRIOS: Questo que exige o conhecimento da literalidade do art.
7 e do grfico que foi apresentado na questo nmero 06. Relembre odispositivo legal:
Art. 7 - Ficam sujeitos lei brasileira, embora cometidos no
estrangeiro:
I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da Repblica;
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
12/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 12
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
b) contra o patrimnio ou a f pblica da Unio, do Distrito
Federal, de Estado, de Territrio, de Municpio, de empresa
pblica, sociedade de economia mista, autarquia ou fundao
instituda pelo Poder Pblico;
c) contra a administrao pblica, por quem est a seu
servio;
d) de genocdio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado
no Brasil;
Assim, aos crimes praticados em embarcaes ou aeronaves, quando em
territorio estrangeiro, ser aplicada a lei brasileira quando l (no estrangeiro)
no forem julgados.
Alm disso, DEPENDE das condies do paragrafo 2, do art 7. Sendo
portanto caso de EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA.
9. (Procurador-SP / 2008) A retroatividade de lei penal que no mais
considera o fato como criminoso:
A) exclui a imputabilidade.
B) afasta a tipicidade.
C) extingue a punibilidade.
D) atinge a culpabilidade.
E) causa de perdo judicial.
GABARITO: C
COMENTRIOS: O instituto da abolitio criminis surge quando uma lei nova
trata como lcito fato anteriormente tido como criminoso ou, em outras
palavras, quando a lei nova descriminaliza fato que era considerado infrao
penal.
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
13/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 13
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
Quando ocorre esta situao, com base no preceituado no art. 2 do Cdigo
Penal, o Estado perde o direito de punir o agente, ou seja, opera-se a
extino da punibilidade.
Observe o texto legal:
Art. 2 - Ningum pode ser punido por fato que lei posterior
deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a
execuo e os efeitos penais da sentena condenatria. (grifei)
10. (Auditor-Fiscal / 2007) Na contagem dos prazos penais,
A) Inclui-se o dia do comeo.
B) Considera-se como termo inicial a data da intimao.
C) Considera-se como termo inicial a data da juntada do mandado aos autos.
D) Considera-se como termo inicial o dia seguinte ao da intimao.
E) Descontam-se os feriados.
GABARITO: A
COMENTRIOS: Esta questo no apresenta muita dificuldade, pois exige
apenas o conhecimento do disposto no artigo 10 do Cdigo Penal, que dispe
que o prazo penal inclui no cmputo do prazo o dia do comeo.
Art. 10 - O dia do comeo inclui-se no cmputo do prazo.
Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendrio comum.
11. (SEFAZ RO / 2006) Na definio do local onde a ao criminosa
desenvolvida, o ordenamento penal brasileiro abraou a seguinte
teoria:
A) Da inteno
B) Da interao
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
14/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 14
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
C) Da atividade
D) Do resultado
E) Da ubiquidade
GABARITO: E
COMENTRIOS: O Cdigo Penal adota a teoria da ubiquidade quando, ao
tratar do tema, dispe:
Art. 6 - Considera-se praticado o crime no lugar em que
ocorreu a ao ou omisso, no todo ou em parte, bem como
onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
12. (MPU / 2007) certo que se aplica a lei brasileira aos crimes
praticados a bordo de:
A) embarcaes mercantes brasileiras que estejam em mar territorial
estrangeiro.B) embarcaes mercantes brasileiras que estejam em porto estrangeiro.
C) aeronaves mercantes brasileiras que estejam em espao areo
estrangeiro.
D) aeronaves mercantes brasileiras que estejam em pouso em aeroporto
estrangeiro.
E) embarcao estrangeira de propriedade privada que esteja em mar
territorial brasileiro.
GABARITO: E
COMENTRIOS: O pargrafo 1 do artigo 5 do Cdigo Penal considera
como extenso do territrio nacional:
As embarcaes e aeronaves brasileiras de natureza pblica;
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
15/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 15
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
As embarcaes e aeronaves brasileiras a servio do governo
brasileiro;
As aeronaves e as embarcaes brasileiras, mercantes ou de
propriedade privada que se achem, respectivamente, no espao areo
correspondente ou em alto-mar.
Sendo assim, segundo o CP, as embarcaes e aeronaves mercantes s
estaro sujeitas lei brasileira se estiverem no pas ou em alto-mar (ou no
espao areo correspondente), o que torna incorretas as alternativas A,
B, C e D.
Na alternativa E tem-se a situao em que uma embarcao estrangeira,
de natureza privada, encontra-se em mar territorial brasileiro. Para este
caso, haver aplicabilidade do princpio da territorialidade e, portanto, da lei
penal brasileira.
13. (MPDF / 2008) Com relao aplicao da lei penal, correto
afirmar-se que:
A) a lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se
somente a fatos anteriores ainda no decididos por sentena.
B) ningum pode ser punido por fato que a lei posterior deixa de considerar
crime, cessando em virtude dela a execuo, preservando-se, no entanto, os
efeitos penais da sentena condenatria.
C) a lei excepcional ou temporria, decorrido o perodo de sua durao oucessadas as circunstncias que a determinaram, perde a sua eficcia, mesmo
com relao aos fatos praticados durante a sua vigncia.
D) considera-se praticado o crime no momento da ao ou omisso, ainda
que outro seja o momento do resultado.
E) ficam sujeitos lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro, os crimes
contra a vida ou a liberdade de governador de Estado brasileiro.
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
16/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 16
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
GABARITO: D
COMENTRIOS:
Alternativa A Incorreta A lei posterior que de qualquer modo
favorece o agente ser aplicada ainda que os fatos j tenham sido decididos
por sentena penal transitada em julgado. o que prev o artigo 2,
pargrafo nico, do CP. Alm disso, no qualquer lei que por favorecer o
agente RETROAGE, mas somente as leis com EFEITOS PENAIS.
Alternativa B Incorreta Trata da abolitio criminis prevista no artigo
2, caput, do CP. Sabemos que a abolitio criminis faz cessar a execuo da
pena bem como os efeitos penais da sentena penal condenatria.
Alternativa C Incorreta A lei excepcional ou temporria continua a
reger os fatos ocorridos sob sua vigncia, mesmo depois de auto-revogadas
(artigo 3, do CP).
Alternativa D Correta De acordo com o artigo 4, do CP, considera-sepraticado o crime no momento da conduta (atividade), independentemente
de quando vem a ocorrer o resultado.
Alternativa E Incorreta Aplica-se a lei penal brasileira, de forma
incondicionada, quando praticado o fato no exterior em detrimento da VIDA
ou LIBERDADE do Presidente da Repblica e no do Governador de Estado.
14. (Secretrio de Diligncias - MPE-RS / 2010) Em tema de
aplicao da lei penal, INCORRETO afirmar:
a) Na contagem do prazo pelo Cdigo Penal, no se inclui no seu cmputo, o
dia do comeo, nem se desprezam na pena de multa, as fraes de Real.
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
17/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 17
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
b) Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ao ou
omisso, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria
produzir-se o resultado.
c) O princpio da legalidade compreende os princpios da reserva legal e da
anterioridade.
d) A regra da irretroatividade da lei penal somente se aplica lei penal mais
gravosa.
e) As leis temporrias ou excepcionais so autorrevogveis e ultrativas.
GABARITO: A
COMENTRIOS: A questo exige do candidato o conhecimento dos arts. 10
e 11, do Cdigo Penal.
Segundo os citados dispositivos, o dia do comeo inclui-se no cmputo do
prazo penal. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendrio comum
e desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de
direitos, as fraes de dia, e, na pena de multa, as fraes de cruzeiro.
15. (TJ-PR / Juiz - TJ-PR / 2010) Dadas as assertivas abaixo, escolha
a alternativa CORRETA.
I. A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos
fatos anteriores, inclusive sobre os afetados por leis temporrias ou
excepcionais.
II. Considera-se tempo do crime o momento da ao ou omisso, porm se oresultado ocorrer em outro momento, nesta ocasio considerar-se- o
mesmo praticado.
III. A lei posterior que, de qualquer modo, favorecer o agente, aplica-se aos
fatos anteriores, mesmo tendo sido decididos por sentena irrecorrvel.
IV. A lei excepcional ou temporria, depois de decorrido o tempo de sua
durao ou cessadas as circunstncias que a determinaram, no mais se
aplica ao fato praticado durante a sua vigncia.
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
18/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 18
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
a) Apenas a assertiva III est correta.
b) Apenas as assertivas III e IV esto corretas.
c) Apenas a assertiva I est correta.
d) Apenas as assertivas I e III esto corretas.
e) N.R.A
GABARITO: A
COMENTRIOS: Vamos analisar as assertivas:
Assertiva A Incorreta Sobre o tema, dispe o Cdigo Penal da
seguinte forma:
Art. 3 - A lei excepcional ou temporria, embora decorrido o
perodo de sua durao ou cessadas as circunstncias que a
determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigncia.
As leis excepcionais e temporrias so auto-revogveis, ou seja, no h
necessidade da edio de outra lei para retir-las do ordenamento jurdico.
suficiente para tal o decurso do prazo ou mesmo o trmino de determinadasituao.
LEIS TEMPORRIAS SO AQUELAS QUE TRAZEM EM SEU TEXTO OTEMPO DETERMINADO DE SUA VALIDADE. POR EXEMPLO, A LEI
TER VALIDADE AT 15 DE NOVEMBRO DE 2012 - UM PERODOCERTO.
LEIS EXCEPCIONAIS SO AS QUE TM SUA EFICCIA VINCULADAA UM ACONTECIMENTO DO MUNDO FTICO, COMO, POR EXEMPLO,
UMA GUERRA. NELSON HUNGRIA CITA A LEI QUE ORDENAVA QUE,
EM TEMPO DE GUERRA, TODAS AS PORTAS DEVERIAM SER
PINTADAS DE PRETO, OU SEJA, A GUERRA UM PERODOINDETERMINADO, MAS, DURANTE O SEU TEMPO, CONSTITUA CRIMEDEIXAR DE PINTAR A PORTA. AO TRMINO DA GUERRA, A LEI
PERDERIA EFICCIA.
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
19/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 19
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
Para que sua aplicabilidade seja plena, o legislador percebeu ser necessria a
manuteno de seus efeitos punitivos aps sua vigncia aos que afrontaram
a norma quando vigorava.
Desta forma, podemos afirmar que as LEIS EXCEPCIONAIS E
TEMPORRIAS POSSUEM ULTRATIVIDADE, pois, conforme exposto,
aplicam-se sempre ao fato praticado durante sua vigncia. O fundamento da
ultratividade claro e a explicao est prevista na Exposio de Motivos do
Cdigo Penal, nos seguintes termos:
especialmente decidida a hiptese da lei excepcional ou temporria,
reconhecendo-se a sua ultra-atividade. Esta ressalva visa impedir que,
tratando-se de leis previamente limitadas no tempo, possam ser frustradas
as suas sanes por expedientes astuciosos no sentido do retardamento dos
processos penais.
Esquematizando:
Assertiva B Incorreta A teoria aplicada da atividade, nos termos
do art. 4 do CP:
INCIO DA
VIGNCIA
ATOCONTRRIO
LEI
TRMINO DA
VIGNCIA
LEI TEMPORRIA PERODO DE VIGNCIA DEFINIDO
LEI EXCEPCIONAL SITUAO DE ANORMALIDADE
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
20/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 20
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
Art. 4 - Considera-se praticado o crime no momento da ao
ou omisso, ainda que outro seja o momento do resultado.
Assertiva C Correta Est em conformidade com o pargrafo nico
do art. 2 do Cdigo Penal.
Art. 2 [...]
Pargrafo nico - A lei posterior, que de qualquer modo
favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que
decididos por sentena condenatria transitada em julgado.
Assertiva D Incorreta Contraria o art. 3 do Cdigo Penal:
Art. 3 - A lei excepcional ou temporria, embora decorrido o
perodo de sua durao ou cessadas as circunstncias que a
determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua
vigncia.
16. (Auditor Fiscal / 2010) Camargo, terrorista, tenta explodir
agncia do Banco do Brasil, na Frana. Considerando o princpio da
extraterritorialidade incondicionada, previsto no Cdigo Penal
brasileiro, correto afirmar que:
a) Camargo s pode ser processado criminalmente na Frana.b) O Estado brasileiro no tem interesse em delitos ocorridos fora do Brasil.
c) Caso Camargo tenha sido condenado e encarcerado na Frana, no poder
ser preso no Brasil.
d) O fato deve ser julgado no local onde ocorreu o crime: na Frana.
e) Mesmo Camargo tendo sido julgado na Frana, poder ser julgado no
Brasil.
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
21/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 21
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
GABARITO: E
COMENTRIOS: Questo que exige o conhecimento do art. 7 no tocante a
extraterritorialidade.
Observe que o art. 7, I, b, atribui a aplicabilidade da lei brasileira aos
crimes contra o patrimnio de sociedade de economia mista instituda pelo
poder pblico.
Assim, no caso em tela, mesmo Camargo tendo sido julgado na Frana,
poder ser julgado no Brasil.
Art. 7 - Ficam sujeitos lei brasileira, embora cometidos no
estrangeiro
I - os crimes:
b) contra o patrimnio ou a f pblica da Unio, do Distrito
Federal, de Estado, de Territrio, de Municpio, de empresa
pblica, sociedade de economia mista, autarquia ou fundao
instituda pelo Poder Pblico;
17. (PGFN / 2007) luz da aplicao da lei penal no tempo, dos
princpios da anterioridade, da irretroatividade, retroatividade e
ultratividade da lei penal, julgue as afirmaes abaixo relativas ao
fato de Mvio ter sido processado pelo delito de adultrio em
dezembro de 2004, sendo que a Lei n. 11.106, de 28 de maro de
2005, aboliu o crime de adultrio:
I. Caso Mvio j tenha sido condenado antes de maro de 2005,
permanecer sujeito pena prevista na sentena condenatria.
II. A lei penal pode retroagir em algumas hipteses.
III. Caso Mvio no tenha sido condenado no primeiro grau de jurisdio,
poder ocorrer a extino de punibilidade desde que a mesma seja
provocada pelo ru.
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
22/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 22
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
IV. Na hiptese, ocorre o fenmeno da abolitio criminis.
A) Todas esto corretas.
B) Somente I est incorreta.
C) I e IV esto corretas.
D) I e III esto corretas.
E) II e IV esto corretas.
GABARITO: E
COMENTRIOS: Vamos analisar as assertivas:
Item I Incorreto O fato de Mvio j ter sido condenado no importa
no caso em tela, pois, segundo o art. 2 do CP, a retroao atinge os efeitos
penais da sentena condenatria.
Art. 2 - Ningum pode ser punido por fato que lei posterior
deixa de considerar crime, cessando em virtude dela aexecuo e os efeitos penais da sentena condenatria.
Item II Correto Conforme estudamos exaustivamente, em alguns
casos h possibilidade da retroao.
Item III Incorreto No h qualquer obrigatoriedade de provocao
por parte do ru. Os efeitos de uma lei mais benfica atingemAUTOMATICAMENTE os que por ela forem abrangidos.
Item IV Correto O instituto da abolitio criminis ocorre quando uma lei
nova trata como lcito fato anteriormente tido como criminoso, ou melhor,
quando a lei nova descriminaliza fato que era considerado infrao penal.
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
23/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 23
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
18. (TCM - RJ / 2008) A organizao no-governamental holandesa
Expanding minds, dirigida pelo psiclogo holands Johan Cruiff,
possui um barco de bandeira holandesa que navega ao redor do
mundo recebendo pessoas que desejam consumir substncias
entorpecentes que alteram a percepo da realidade. O prefeito de
um municpio decide embarcar para fazer uso recreativo da
substncia Cannabis sativa, popularmente conhecida como maconha.
Na ocasio em que ele fez uso dessa substncia, o barco estava em
alto-mar, alm do limite territorial brasileiro ou de qualquer outro
pas. Sabendo que a lei brasileira pune criminalmente o consumo de
substncia entorpecente e que a maconha considerada pela
legislao brasileira uma substncia entorpecente, ao passo que a
Holanda admite esse consumo para fins recreativos, assinale a
alternativa correta a respeito do crime praticado pelo prefeito.
A) nenhum crime
B) crime de consumo de substncia entorpecenteC) crime de responsabilidade
D) improbidade administrativa
E) crime contra a f pblica
GABARITO: A
COMENTRIOS: A regra, segundo o Cdigo Penal, a aplicao do
princpio da territorialidade.Logo, no caso apresentado, se o navio, com bandeira holandesa, est em
alto mar, alm do limite territorial brasileiro ou de qualquer outro pas, no
h que se falar em aplicabilidade da Lei Penal Brasileira.
19. (Analista - MPE-SP / 2010) Considere que um indivduo, de
nacionalidade chilena, em territrio argentino, contamine a gua
potvel que ser utilizada para distribuio no Brasil e Paraguai.
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
24/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 24
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
Considere, ainda, que neste ltimo pas, em razo da contaminao,
ocorre a morte de um cidado paraguaio, sendo que no Brasil
vitimado, apenas, um equatoriano.
De acordo com a regra do art. 6., do nosso Cdigo Penal ("lugar do
crime"), considera-se o crime praticado
a) na Argentina, apenas.
b) no Brasil e no Paraguai, apenas.
c) no Chile e na Argentina, apenas.
d) na Argentina, no Brasil e no Paraguai, apenas.
e) no Chile, na Argentina, no Paraguai, no Brasil e no Equador.
GABARITO: D
COMENTRIOS: O crime considerado praticado no lugar em que ocorreu a
ao ou omisso, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou
deveria produzir-se o resultado. Da extrai-se a teoria da ubiquidade.
Dado isso, notamos na questo que o crime (contaminao da gua) foipraticado na Argentina e o resultado (morte de quem tomou a gua
contaminada) ocorreu no Brasil e no Paraguai.
20. (Investigador Policial - PC-RJ / 2007) compatvel com o Estado
de direito e o princpio da legalidade:
(A) proibir incriminaes vagas e indeterminadas.(B) proibir edio de normas penais em branco.
(C) criar crimes e penas com base nos costumes.
(D) fazer retroagir a lei penal para agravar as penas de crimes hediondos.
(E) criar crimes, fundamentar ou agravar penas atravs da aplicao de
analogia.
GABARITO: A
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
25/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 25
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
COMENTRIOS: Todos os delitos devem ser definidos em lei. Assim, com
base no princpio da legalidade, devem ser proibidas as incriminaes vagas
e indeterminadas.
Observao: Normas penais em branco so aquelas em que h uma
necessidade de complementao para que se possa compreender o mbito
da aplicao de seu preceito primrio.
21. (MPU / 2007) Luiz foi condenado pena de 1 (um) ano de
recluso em outro pas por crime cometido no Brasil. Aps ter
cumprido integralmente a pena, retornou ao territrio nacional e foi
preso para cumprir pena de 2 (dois) anos de recluso que lhe fora
imposta, pelo mesmo fato, pela Justia Criminal brasileira. Nesse
caso, a pena cumprida no estrangeiro:
A) ser somada pena imposta no Brasil e o resultado dividido por dois,
apurando-se o saldo a cumprir.
B) no ser descontada da pena imposta no Brasil, por se tratarem decondenaes impostas em diferentes pases.
C) ser considerada atenuante da pena imposta no Brasil, podendo o
sentenciado cumpri-la em regime menos rigoroso.
D) ser descontada da pena imposta no Brasil e responder o sentenciado
pelo saldo a cumprir.
E) isentar o autor do delito de cumprir qualquer pena no Brasil, por j t-la
cumprido no estrangeiro.
GABARITO: D
COMENTRIOS: Segundo o art. 8, do Cdigo Penal, a pena cumprida no
estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando
diversas, ou nela computada, quando idnticas.
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
26/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 26
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
Como na questo as penas aplicadas so idnticas (RECLUSO =
RECLUSO), o tempo j cumprido dever ser descontado do perodo ainda a
cumprir e, portanto, a alternativa correta a D.
22. (MPE-SE / 2009) Adotada a teoria finalista da ao,
A) o dolo e a culpa integram a culpabilidade.B) a culpa integra a tipicidade e o dolo a culpabilidade.
C) o dolo integra a punibilidade e a culpa a culpabilidade.
D) a culpa e o dolo integram a tipicidade.
E) o dolo integra a tipicidade e a culpa a culpabilidade.
GABARITO: D
COMENTRIOS: Para o entendimento desta questo, antes de tratarmosespecificamente da teoria finalista da ao, cabe um breve comentrio sobre
o conceito de fato tpico.
Fato tpico o comportamento humano (positivo ou negativo) que se
enquadra perfeitamente nos elementos descritos na norma penal. Sendo
assim, fato ATPICO nada mais do que aquele que NO se enquadra em
nenhum dispositivo da lei penal.
Para exemplificar: Mvio, pai de Tcia (22 anos), mantm relaes sexuais
com a filha, que consente que tal ato acontea. Neste caso, h crime? A
resposta negativa. A conduta pode at ser considerada imoral, mas, por
haver consentimento de ambas as partes, no h o enquadramento em
nenhuma norma penal, o fato ATPICO.
O fato tpico composto dos seguintes elementos:
TEORIA DO CRIME
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
27/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 27
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
1. CONDUTA;
2. RESULTADO NATURALSTICO;
3. NEXO DE CAUSALIDADE;
4. TIPICIDADE.
De acordo com a teoria finalista, que foi a adotada pelo nosso Cdigo Penal,
o crime classifica-se em fato tpico e ilcito, sendo a culpabilidade presuposto
de aplicao da pena.
Esta teoria tem como idia inicial a concepo do homem como ser livre eresponsvel pelos seus atos. Para ela, conduta o comportamento humano
voltado a um fim. Logo, h que ser analisada a FINALIDADE do agente em
sua conduta.
Para a teoria finalista, ser tpico o fato praticado pelo agente se este atuou
com dolo ou culpa na sua conduta. Se ausente tais elementos, teremos a
atipicidade.
Diante do exposto, podemos afirmar que est correta a alternativa D, poissegundo a teoria finalista, o dolo e a culpa integram a tipicidade, uma vez
que esto presentes no elemento CONDUTA.
23. (Procurador - TCE-SP / 2011) Para a doutrina finalista, o dolo
integra a
a) culpabilidade.
SSIISSTTEEMMAAFFIINNAALLIISSTTAA
PRESSUPOSTODE APLICAO
DA PENA
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
28/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 28
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
b) tipicidade.
c) ilicitude.
d) antijuridicidade.
e) punibilidade.
GABARITO: B
COMENTRIOS: Segundo a teoria finalista da ao, dolo e culpa compe a
conduta e, assim, relacionam-se com a tipicidade.
24. (TJ PA / 2009) Para a configurao do crime culposo, alm da
tipicidade, torna-se necessria a prtica de conduta com:
A) observncia do dever de cuidado e vontade consciente.
B) inobservncia do dever de cuidado que causa um resultado cujo risco foi
assumido pelo agente.
C) observncia do dever de cuidado que causa um resultado desejado, mas
previsvel.D) inobservncia do dever de cuidado que causa um resultado desejado, mas
previsvel.
E) inobservncia do dever de cuidado que causa um resultado no desejado
e imprevisvel.
GABARITO: E
COMENTRIOS: O crime culposo possui os seguintes elementos:1. Conduta voluntria Prtica voluntria de uma conduta perigosa.
2. Inobservncia do dever de cuidado que causa um resultado no
desejado Falta de ateno emanada de imprudncia, impercia ou
negligncia.
3. Resultado naturalstico involuntrio Todo crime culposo material,
ou seja, dependente do resultado.
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
29/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 29
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
4. Nexo Causal O crime culposo dependente de um resultado
naturalstico associado conduta.
5. Tipicidade Previso legal de punio pelo ato culposo.
6. Previsibilidade objetiva Possibilidade de uma pessoa comum, com
inteligncia mediana, prever o resultado.
7. Imprevisibilidade do agente O agente no prev o resultado embora
objetivamente previsvel, ou seja, no percebe o que normalmente
seria perceptvel ao homem mdio.
A alternativa E a nica que apresenta dois dos sete elementos acima
apresentados e, portanto a resposta da questo.
25. (Procurador - TCE-SP / 2011) No tocante ao crime culposo,
possvel assegurar que
a) a inobservncia de disposio regulamentar no faz presumir a culpa.
b) a culpa concorrente da vtima exclui a do acusado.c) desnecessria previso de punio a ttulo de culpa na respectiva figura
penal.
d) admissvel a tentativa.
e) dispensvel a previsibilidade do resultado.
GABARITO: A
COMENTRIOS: Analisando:
Alternativa "A": No existe culpa presumida, visto que a culpa h de ser
demonstrada e provada pela acusao. Falava-se, no passado, na presuno
de culpa, quando o agente descumpria norma regulamentar e dava margem
ocorrncia de um resultado danoso.
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
30/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 30
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
Exemplo: aquele que dirigia sem habilitao, envolvendo-se num acidente,
seria o culpado, pois estaria infringindo norma regulamentar no
autorizadora da direo sem autorizao legal.
Alternativa "B": A culpa concorrente no exclui a culpa do acusado, mas
pode atenu-la. Nucci utiliza como exemplo um acidente de veculos, onde
vrios condutores deram causa a ele. "Todos podem responder igualmente
pelo evento, j que todos, embora sem vinculao psicolgica entre si,
atuaram com imprudncia.
Alternativa "C": Contraria o art. 18, do CP, segundo o qual salvo os casos
expressos em lei, ningum pode ser punido por fato previsto como crime,
seno quando o pratica dolosamente.
Alternativa "D": No tipo culposo, no h resultado desejado - torna-se
incompatvel a figura da tentativa, devendo haver punio apenas pelo
resultado efetivamente atingido.
Alternativa "E": indispensvel a previsibilidade do resultado. Na culpa
inconsciente, o agente tem previsibilidade do resultado. J na culpa
consciente, o agente tem a previso do resultado. Em ambas asmodalidades, o agente no assume o risco, o que ocorre no dolo eventual.
26. (TJ-PA / 2009) O artigo 18, I, do Cdigo Penal Brasileiro indica
duas espcies de dolo, ou seja, dolo:
A) direto e indireto.
B) de dano e de perigo.C) determinado e genrico.
D) genrico e especfico.
E) normativo e indeterminado.
GABARITO: A
COMENTRIOS: comum em provas da ESAF questes que remetem o
candidato a um determinado artigo do Cdigo Penal. claro que no h
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
31/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 31
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
necessidade de decorar o que diz cada artigo, pois as questes podem ser
resolvidas sem este conhecimento, bastando saber os aspectos doutrinrios
do tema. O art. 18, I, dispe:
Art. 18 - Diz-se o crime:
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o
risco de produzi-lo;
O incio do supracitado inciso define o dolo direto: O agente quis o
resultado...
J o trmino do texto legal trata do dolo indireto: Assumiu o risco de
produz-lo.
Assim, como o art. 18, I, trata do dolo direto e indireto, est correta a
alternativa A.
O dolo direto ocorre quando o agente quer atingir um resultado especfico
com a conduta. o caso, por exemplo, do matador profissional que, aps
receber uma determinada quantia em dinheiro, mata a vtima com um tirocerteiro.
Diferentemente, o dolo indireto ou indeterminado aquele que no se dirige
a um resultado certo. Subdivide-se em DOLO ALTERNATIVO E DOLO
EVENTUAL.
DOLO ALTERNATIVO Verifica-se quando o agente no possui previso
de um resultado especfico, satisfazendo-se com um ou outro,indistintamente.
D-se o dolo alternativo, por exemplo, quando a namorada ciumenta
surpreende seu amado conversando com outra e, revoltada, joga uma
granada no casal, querendo mat-los ou feri-los.
Percebe-se que ela quer produzir um resultado e no o resultado.
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
32/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 32
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
DOLO EVENTUAL No dolo eventual, o sujeito prev o resultado e,
embora no o queira propriamente atingir, pouco se importa com a sua
ocorrncia. O agente tem conscincia do risco e, apesar disso, prossegue na
ao.
27. (Procurador - TCE-RO / 2010) No dolo eventual,
a) o agente, conscientemente, admite e aceita o risco de produzir o
resultado.
b) a vontade do agente visa a um ou outro resultado.
c) o sujeito prev o resultado, mas espera que este no acontea.
d) o sujeito no prev o resultado, embora este seja previsvel.
e) o agente quer determinado resultado.
GABARITO: A
COMENTRIOS: Vamos analisar, de forma objetiva, as alternativas:
Alternativa A O agente, conscientemente, admite e aceita o risco deproduzir o resultado DOLO EVENTUAL
Alternativa B A vontade do agente visa a um ou outro resultado
DOLO ALTERNATIVO
Alternativa C O sujeito prev o resultado, mas espera que este no
acontea CULPA CONSCIENTE
Alternativa D O sujeito no prev o resultado, embora este seja
previsvel CULPA SIMPLESAlternativa E O agente quer determinado resultado DOLO DIRETO
28. (Juiz - TJ-PE / 2011) Nos chamados crimes de mo prpria,
a) incabvel o concurso de pessoas.
b) admissvel apenas a participao.
c) admissvel a coautoria e a participao material.
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
33/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 33
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
d) incabvel a participao.
e) admissvel apenas a coautoria.
GABARITO: B
COMENTRIOS: Nos crimes de mo prpria admissvel a participao,
mas no a co-autoria.
So delitos passveis de serem cometidos por qualquer pessoa, mas no
podem ser praticados por intermdio de outrem, ou seja, tais crimes no
admitem co-autoria, mas apenas a participao.
Exemplo: Falso testemunho.
Para ficar ainda mais claro: Um advogado pode induzir ou instigar uma
testemunha a faltar com a verdade, mas jamais poder, em juzo, mentir em
seu lugar ou juntamente com ela. Sendo assim, quem pode cometer o delito
de falso testemunho? Qualquer pessoa QUANDO for testemunha.
29. (TRE-AM / 2010) Quando o agente no quer diretamente a
realizao do tipo, mas a aceita como possvel, ou at provvel,assumindo o risco da produo do resultado, h:
A) preterdolo.
B) dolo direto de segundo grau.
C) dolo imediato.
D) dolo mediato.
E) dolo eventual.
GABARITO: E
COMENTRIOS: A questo enuncia o conceito do dolo eventual.
30. (Procurador Judicial-RE / 2008) Entre crime e contraveno, a
distino:
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
34/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 34
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
A) se faz pela ausncia de dano na contraveno, elemento presente no
crime, mesmo que potencial.
B) se faz pela presena ou no da culpa latu sensu.
C) se d porque na contraveno penal, em regra, no basta a
voluntariedade.
D) se faz pela intensidade do dolo ou culpa, que maior no crime.
E) baseia-se na natureza da sano aplicvel, no existe diferena
ontolgica.
GABARITO: E
COMENTRIOS: Para encontrar a correta diferenciao entre crime e
contraveno, dois termos to utilizados, deve-se recorrer Lei de
Introduo ao Cdigo Penal, que dispe em seu art. 1:
Art. 1 Considera-se crime a infrao penal que a lei comina
pena de recluso ou de deteno, quer isoladamente, quer
alternativa ou cumulativamente com a pena de multa;contraveno, a infrao penal a que a lei comina,
isoladamente, pena de priso simples ou de multa, ou
ambas. alternativa ou cumulativamente. (grifei)
Logo, do exposto, podemos resumir:
CRIME PENA DE RECLUSO OU DETENO (isoladamente,alternativamente ou cumulativamente com multa)
CONTRAVENO ISOLADAMENTE PRISO SIMPLES
(isoladamente, alternativamente ou cumulativamente com multa).
Desta forma, fica claro que a diferenciao entre estes dois institutos se
baseia unicamente na natureza da sano aplicvel, o que torna correta a
alternativa E.
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
35/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 35
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
Para complementar, importante diferenciar, desde j, a recluso da
deteno e da priso simples. Na prtica, no existe hoje diferena essencial
entre recluso e deteno. A lei, porm, usa esses termos como ndices ou
critrios para a determinao dos regimes de cumprimento de pena.
Se a condenao for de recluso, a pena cumprida em regime fechado,
semi-aberto ou aberto.
Na deteno, cumpre-se em regime semi-aberto ou aberto, salvo a
hiptese de transferncia excepcional para o regime fechado.
A priso simples prevista para as contravenes penais e pode ser
cumprida nos regimes semi-aberto ou aberto, no sendo cabvel o regime
fechado.
31. (TJ PA / 2009) O artigo 13, do Cdigo Penal Brasileiro, que
trata do resultado, ou seja, do efeito material da conduta humana,
no se aplica aos crimes:
A) habituais, comissivos e de mera conduta.B) permanentes, formais e comissivos.
C) formais, omissivos prprios e de mera conduta.
D) comissivos, culposos e formais.
E) omissivos prprios, habituais e culposos.
GABARITO: C
COMENTRIOS: A alternativa C est correta, pois os crimes formais, demera conduta e omissivos prprios independem de resultado.
O crime formal aquele em que no h necessidade de realizao daquilo
que pretendido pelo agente e o resultado jurdico previsto no tipo ocorre
em concomitncia com o desenrolar da conduta.
Exemplos: No delito de ameaa, a consumao d-se com a prtica do fato,
no se exigindo que a vtima realmente fique intimidada. No de injria,
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
36/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 36
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
suficiente que ela exista, independentemente da reao psicolgica do
indivduo.
No crime de mera conduta, a lei no exige qualquer resultado
naturalstico, contentando-se com a ao ou omisso do agente. Em outras
palavras, o tipo no descreve o resultado, consumando-se a infrao com a
simples conduta.
Exemplos: Violao de domiclio, ato obsceno, omisso de notificao de
doena e a maioria das contravenes.
Por fim, os delitos omissivos prprios so os que objetivamente so
descritos com uma conduta negativa, ou seja, de no fazer o que a lei
determina, consistindo a omisso na transgresso da norma jurdica. a
omisso do autor quando deve agir. Neste tipo de delito, a simples omisso
j consuma o crime, independentemente de um resultado.
Exemplo: Omisso de socorro.
32. (TJ PA / 2009) Se diante de um determinado fato delitivo,
verificar-se que h dolo na conduta inicial e culpa no resultado final,pode-se dizer que se configurou crime:
A) doloso puro.
B) preterdoloso.
C) doloso misto.
D) culposo misto.
E) doloso alternativo.
GABARITO: B
COMENTRIOS: O crime preterdoloso, tambm chamado de
preterintencional, aquele que ocorre quando a conduta dolosa gera a
produo de um resultado mais grave do que o efetivamente desejado pelo
agente.
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
37/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 37
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
O crime preterdoloso um crime misto, em que h uma conduta que
dolosa, por dirigir-se a um fim tpico, e que culposa pela gerao de outro
resultado, ocorrido pela inobservncia do cuidado objetivo, que no era
objeto do crime fundamental.
No h aqui um terceiro elemento subjetivo ou forma nova de dolo ou
mesmo de culpa. somente a combinao de dois elementos - dolo e culpa -
que se apresentam sucessivamente no decurso do fato delituoso: A conduta
inicial dolosa, enquanto o resultado final dela advindo culposo. H,
portanto, dolo no antecedente e culpa no consequente. Correta, assim,
a alternativa B.
33. (TCE MG / 2005) A coao fsica irresistvel exclui a:
A) conduta.
B) culpabilidade.
C) tipicidade.
D) ilicitude.E) antijuridicidade.
GABARITO: A
COMENTRIOS: A alternativa correta a A, pois na coao fsica
irresistvel, como o indivduo nada pode fazer, opera-se a excluso da
conduta por ausncia de vontade.
Para exemplificar, imagine que Tcio amarrado enquanto v Mvio sofrerleses corporais graves. Neste caso, no poder ele ser enquadrado na
hiptese de omisso de socorro prevista no art. 135, do Cdigo Penal, pois
est sob coao fsica irresistvel.
34. (TJ-PI 2009) Quanto ao elemento moral, os crimes podem ser:
A) comissivos, omissivos e comissivos por omisso.
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
38/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 38
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
B) dolosos, culposos e qualificados pelo resultado.
C) individuais, coletivos, gerais e especiais.
D) comuns, polticos e mistos.
E) simples, complexos, formais e materiais.
GABARITO: B
COMENTRIOS: Diante de uma ao criminosa, deve-se considerar dois
elementos que a integram: O elemento moral e o elemento material.
O elemento moral se refere pessoa do agente, sua inteno, ao seu
estado de esprito. Trata-se da classificao do delito como doloso, culposo
ou preterdoloso (qualificado pelo resultado). Correta, portanto, a alternativa
B.
O elemento material prende-se ao crime propriamente dito, isto , s
circunstancias de como ele foi revestido, como ele foi praticado, dessa ou
daquela maneira.
35. (Defensoria Pblica SP / 2007) Considere as afirmaes:
I. No Estado democrtico de direito dada especial relevncia noo de
que o direito penal tem como misso a proteo de bens jurdicos e se
considera que o conceito de bem jurdico tem por funo legitimar e delimitar
o poder punitivo estatal.
II. O poder legiferante penal independe dos bens jurdicos postos na
Constituio Federal para determinar quais sero os bens tutelados.III. S se legitima a interveno penal nos casos em que a conduta possa
colocar em grave risco ou lesionar bem jurdico relevante.
SOMENTE est correto o que se afirma em:
A) I.
B) II.
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
39/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 39
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
C) III.
D) I e III.
E) II e III.
GABARITO: D
COMENTRIOS: Analisando as assertivas:
Assertiva I No Estado democrtico de direito, as atuaes estatais
devem estar pautadas na lei. Deste modo, para que o Estado possa punir
algum, deve, necessariamente, haver norma que defina a possibilidade de
atuao neste sentido.
Diante do exposto, constata-se que a assertiva est correta, pois o direito
penal, alm de proteger bens jurdicos relevantes, como a vida, por exemplo,
tambm impede que o Estado, em sua supremacia, atue com arbitrariedade,
pois limita a atuao deste.
Assertiva II O poder legiferante penal ou, de forma mais clara, o
legislador penal, dependente das normas presentes na Constituio Federale, portanto, a alternativa est incorreta. Compreendendo:
A Constituio Federal, alm de impor limites ao legislador ordinrio na
escolha dos bens jurdicos penais, impe ao legislador penal a obrigao de
incriminar a ofensa de determinados bens jurdicos ou determina a excluso
de benefcios, ou at mesmo a espcie de pena, a ser aplicada em certos
crimes.
O art. 5., da Magna Carta, traz diversas obrigaes de incriminar aolegislador ordinrio nos seguintes termos:
Art. 5. (...)
XLI a lei punir qualquer discriminao atentatria aos
direitos e liberdades fundamentais;
XLII a prtica do racismo constitui crime inafianvel e
imprescritvel, sujeito pena de recluso, nos termos da lei;
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
40/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 40
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
XLIII a lei considerar crimes inafianveis e insuscetveis de
graa ou anistia a prtica de tortura, o trfico ilcito de
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como
crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os
executores e os que, podendo evit-los, se omitirem;
XLIV constitui crime inafianvel e imprescritvel a ao de
grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o Estado Democrtico;
As normas supra-referidas significam que a Constituio Federal antecipou-
se ao legislador ordinrio na valorao poltico-criminal de certos bens
jurdicos que normalmente seria tarefa deixada legislao
infraconstitucional.
Assertiva III A norma penal, conforme disposto na assertiva, tem
carter subsidirio e s deve ser aplicada para bens jurdicos efetivamente
relevantes.
Diante do exposto, como os itens I e III esto corretos, conclui-se que o
gabarito a alternativa D.
36. (Analista Judicirio TRE-SP / 2007) Com relao ao sujeito
ativo e passivo do crime, correto afirmar que:
A) a pessoa jurdica, como titular de bens jurdicos protegidos pela lei penal,
pode ser sujeito passivo de determinados crimes.
B) sujeito ativo do crime o titular do bem jurdico lesado ou ameaado pela
conduta criminosa.
C) sujeito passivo do crime aquele que pratica a conduta tpica descrita na
lei, ou seja, o fato tpico.
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
41/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 41
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
D) o Estado, pessoa jurdica de direito pblico, no pode ser sujeito passivo
de crime, sendo apenas o funcionrio pblico diretamente afetado pela
conduta criminosa.
E) o homem pode ser, ao mesmo tempo, sujeito ativo e sujeito passivo de
crime, como no caso de autoleso para a prtica de fraude contra seguro
(art. 171, pargrafo 2o, inc. V, CP).
GABARITO: A
COMENTRIOS: Analisando as alternativas:
Alternativa A A pessoa jurdica pode ser sujeito passivo de
determinados crimes, o que torna a alternativa correta. Um claro exemplo
a companhia de seguro como pessoa jurdica no delito previsto no art. 171,
2, V, do Cdigo Penal (fraude para o recebimento de indenizao ou valor
de seguro - Estelionato).
Alternativa B A alternativa est errada, pois sujeito ativo quem
pratica a figura tpica descrita na norma penal incriminadora e no o titular
do bem jurdico lesado.Alternativa C A alternativa est incorreta, pois sujeito passivo do
crime no aquele que pratica a conduta tpica descrita na lei, mas sim o
titular do bem jurdico lesado ou ameaado pela conduta criminosa.
Alternativa D Diferentemente do apresentado na alternativa, o Estado
o sujeito passivo mediato de TODOS os delitos, pois, por ser o titular do
mandamento proibitivo no observado pelo sujeito ativo, sempre lesado
pela conduta criminosa.Alternativa E A alternativa est incorreta, pois no h como praticar
um crime e ao mesmo tempo ser lesado por ele. importante ressaltar que a
autoleso no caracteriza crime.
37. (TRE MS / 2006) Jonas e Jos celebraram um pacto de morte.
Jonas ministrou veneno a Jos e Jos ministrou veneno a Jonas. Jos
veio a falecer, mas Jonas sobreviveu. Nesse caso, Jonas:
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
42/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 42
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
A) no responder por nenhum delito, por falta de tipicidade.
B) responder por homicdio consumado.
C) responder por auxlio a suicdio.
D) responder por instigao a suicdio.
E) responder por induzimento a suicdio.
GABARITO: B
COMENTRIOS: No Direito Penal Brasileiro, no h compensao de culpa e
nem de dolo. Desta forma, correta est a alternativa B, pois responder
Jonas por homicdio consumado por ter sido o responsvel DIRETO pela
morte de Jos.
38. (MPE-SE / 2009) O mdico que, numa cirurgia, sem inteno de
matar, esqueceu uma pina dentro do abdmen do paciente,
ocasionando- lhe infeco e a morte, agiu com:
A) culpa, por impercia.
B) dolo direto.
C) culpa, por negligncia.
D) culpa, por imprudncia.
E) dolo eventual.
GABARITO: CCOMENTRIOS: Essa questo aparentemente fcil, entretanto, confunde
muitos candidados por abranger a tnue diferena entre negligncia e
impercia. Para encontrar a resposta correta, necessrio responder a uma
simples pergunta:
necessrio ser mdico para saber que no se deve deixar uma pina dentro
do abdmem de um indivduo?
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
43/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 43
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
A resposta negativa, logo, o erro no foi derivado de um saber
profissional e sim de um esquecimento, uma falta de cuidado do mdico.
Sendo assim, no caso em tela, o mdico agiu com culpa e foi NEGLIGENTE
em sua atuao, o que faz correta a alternativa C.
39. (Auditor - TCE-SP / 2008) A relao de causalidade:
A) no excluda por concausa superveniente absolutamente independente.
B) no normativa, mas ftica, nos crimes omissivos imprprios ou
comissivos por omisso.
C) imprescindvel nos crimes de mera conduta.
D) excluda pela supervenincia de causa relativamente independente que,
por si s, produz o resultado, no se imputando tambm ao agente os fatos
anteriores, ainda que tpicos.
E) regulada, em nosso sistema, pela teoria da conditio sine qua non.
GABARITO: ECOMENTRIOS: Analisando as alternativas:
Alternativa A Contraria a caracterstica primordial das causas
supervenientes absolutamente independentes, ou seja, o fato de estas
causas romperem o nexo causal. As concausas podem ser esquematizadas
da seguinte forma:
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
44/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 44
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
Alternativa B A alternativa est incorreta, pois a relao de
causalidade nos crimes omissivos imprprios normativa (prevista em lei) e
encontra amparo no pargrafo 2, art. 13, do Cdigo Penal.
Art. 13
[...] 2 - A omisso penalmente relevante quando o omitente
devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir
incumbe a quem:
a) tenha por lei obrigao de cuidado, proteo ou vigilncia;
b) de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o
resultado;
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
45/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 45
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
c) com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrncia
do resultado.
Alternativa C Se os crimes de mera conduta no possuem resultado,
no h que se falar em nexo causal. Logo, incorreta a alternativa.
Alternativa D A alternativa est incorreta, pois nas causas
supervenientes relativamente independentes que por si ss produzem o
resultado, rompe-se o nexo causal e imputa-se ao agente os fatos
anteriormente praticados.
Alternativa E O Cdigo Penal, ao tratar do nexo de causalidade em seu
art. 13, adotou, predominantemente, a teoria da conditio sine qua non ou,
como tambm chamada, da equivalncia dos antecedentes. Portanto, est
correta a alternativa.
Segundo esta teoria, quaisquer das condutas que compem a totalidade dos
antecedentes causa do resultado.
importante ressaltar que a jurisprudncia dominante, ao interpretar a
teoria da conditio sine qua non, entende que para que um acontecimentoingresse na relao de causalidade, no basta a mera dependncia fsica.
Exige-se ainda a causalidade psquica, ou seja, reclama-se a presena do
dolo ou da culpa por parte do agente em relao ao resultado.
40. (TJ PA / 2009 - Adaptada) Pablo atingiu Luiz com cinco
disparos de arma de fogo, um na cabea, dois no trax e dois nas
pernas. Luiz foi socorrido e levado ao hospital pblico mais prximo,apurando-se que necessitava de urgente interveno cirrgica. No
entanto, como, minutos antes de sua chegada ao hospital havia
ocorrido grave acidente envolvendo dois nibus e as vtimas estavam
sendo socorridas, no foi possvel que os mdicos ministrassem a
Luiz, de forma imediata, o tratamento necessrio. Convocou-se,
ento, um mdico que estava de folga e que, tendo chegado ao
hospital 30 minutos aps a internao de Luiz, passou a cuidar do
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
46/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 46
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
paciente. Ainda que Luiz tenha recebido atendimento mdico,
constatou-se que seu estado de sade j se havia agravado e,
embora ele tenha sido submetido a cirurgia para retirada dos
projteis, no resistiu e veio a falecer. Considerando essa situao
hipottica, assinale a opo correta.
A) Houve a supervenincia de causa absolutamente independente,
consistente na demora no atendimento mdico a Luiz, o que implica que
Pablo somente responder pelas leses corporais causadas.
B) O resultado morte somente foi produzido em razo da ausncia de
tratamento mdico imediato da vtima, havendo uma ruptura do nexo causal.
C) Ocorreu uma causa superveniente relativamente independente, que
impede a responsabilizao de Pablo pelo resultado morte.
D) O resultado morte decorreu do desdobramento normal da conduta
praticada por Pablo, que responder pelo resultado produzido.
E) N.R.A
GABARITO: D
COMENTRIOS: O caso apresentado trata de uma CAUSA SUPERVENIENTE
RELATIVAMENTE INDEPENDENTE QUE NO PRODUZ POR SI S O
RESULTADO. Neste caso, conforme a alternativa D, responde o agente pelo
resultado naturalstico.
O fato de a vtima ter falecido no hospital em decorrncia das leses sofridas,
ainda que se alegue eventual omisso no atendimento mdico, encontra-seinserido no desdobramento fsico do ato de atentar contra a vida da vtima,
no caracterizando constrangimento ilegal a responsabilizao criminal por
homicdio consumado, em respeito teoria da equivalncia dos antecedentes
causais, adotada no Cdigo Penal, e diante da comprovao do animus
necandido agente.
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
47/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 47
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
41. (Analista do Ministrio Pblico Direito / 2009) Considere:
I. O agente fere a vtima, diabtica, que, levada ao hospital vem a
falecer em decorrncia de diabete agravada pelo ferimento.
II. O agente fere a vtima num morro coberto de gelo, a qual,
impossibilitada de locomover-se pela hemorragia, vem a falecer em
decorrncia de congelamento.
III. O agente fere a vtima com um disparo de arma de fogo e esta,
levada ao hospital, vem a falecer em decorrncia de veneno que
havia ingerido antes da leso.
IV. O agente fere a vtima com disparo de arma de fogo. A vtima,
levada ao hospital, vem a falecer em decorrncia de incndio.
Tendo em conta a relao de causalidade fsica, o agente responder
por homicdio consumado na situao indicada SOMENTE em:
A) IV.B) I e II.
C) I e III.
D) III.
E) III e IV.
GABARITO: B
COMENTRIOS: Essa questo interessante, pois coloca em termosprticos o assunto nexo de causalidade. Analisando os itens:
Item I Trata de causa relativamente independente preexistente. A causa
j existe antes da conduta do agente, entretanto, por si s, no produziria o
resultado. Assim, o agente responder integralmente pelo resultado
naturalstico, ou seja, por homicdio consumado.
Item II Refere-se causa superveniente relativamente independente que
no produz por si s o resultado. A vtima s morre congelada por
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
48/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 48
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
impossibilidade de locomover-se. Logo, responde o agente por homicdio
consumado.
Item III Trata de causa absolutamente independente preexistente, que
aquela que j existia antes da conduta e cujo efeito em nada interfere no
resultado. Responde o agente pelos atos anteriormente praticados.
Item IV Refere-se causa superveniente relativamente independente
que produz por si s o resultado. Responde o agente pelos atos
anteriormente praticados.
Do exposto, percebemos que o agente responder por homicdio consumado
somente nas situaes indicadas nos itens I e II, o que faz da alternativa B
a resposta da questo.
42. (Defensor pblico MA 2009) No trajeto do transporte de dois
presos para o foro criminal por agentes penitencirios um deles saca
de um instrumento perfurante e desfere diversos golpes contra o
outro preso. Os agentes da lei presenciaram a ao desde o incio epermaneceram inertes. Na conduta dos agentes:
A) h amparo pela excludente de ilicitude do exerccio regular do direito,
deixando de agir por exposio do risco s prprias vidas.
B) a omisso penalmente irrelevante porque a causalidade ftica.
C) no h punio porque o Estado criou o risco da ocorrncia do resultado.
D) a omisso penalmente relevante porque a causalidade normativa.E) a omisso penalmente relevante porque a causalidade ftica-
normativa.
GABARITO: D
COMENTRIOS: Inicialmente, para respondermos a esta questo,
precisamos verificar que a situao refere-se a uma omisso, pois os agentes
penitencirios no agem para impedir o delito.
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
49/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 49
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
Dito isto, h que se diferenciar a causalidade normativa ou naturalstica da
ftica.
A causalidade naturalstica ocorre nos crimes comissivos materiais em que h
necessidade da existncia de nexo causal entre a conduta do agente e o
resultado danoso ocorrido.
A causalidade normativa ocorre nos delitos omissivos prprios. A omisso,
como uma no-execuo, no est apta a causar absolutamente nada.
Portanto, nos crimes omissivos, a causalidade na conduta s pode ser
normativa, ocorrendo pela no realizao, pelo autor, de uma ao
determinada pelo ordenamento jurdico, quando devia e podia agir.
Assim, diante do exposto, a alternativa D est correta, pois a omisso
penalmente relevante porque a causalidade normativa.
43. (Procurador-SP / 2008) Crimes omissivos imprprios ou
comissivos por omisso so aqueles:
A) que decorrem do no fazer o que a lei determina, sem dependncia dequalquer resultado naturalstico.
B) em que a lei descreve a conduta do agente e o seu resultado.
C) em que a lei s descreve a conduta do agente, no aludindo a qualquer
resultado.
D) que se consumam antecipadamente, no dependendo da ocorrncia do
resultado desejado pelo agente.
E) em que o agente, por deixar de fazer o que estava obrigado, produz oresultado.
GABARITO: E
COMENTRIOS: A alternativa E est correta, pois os crimes omissivos
imprprios so aquelesem que o agente, por deixar de fazer o que estava
obrigado, produz o resultado. Esclarecendo:
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
50/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 50
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
Os crimes omissivos imprprios esto relacionados ao dever especial de
proteo. So aqueles em que o agente encontra-se na posio de
garantidor, ou seja, tem obrigao legal de cuidado, proteo ou vigilncia,
ou de outra forma assumiu a responsabilidade de impedir o resultado, ou
ainda, com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrncia do
resultado.
Nos crimes omissivos imprprios, tambm chamados de comissivos por
omisso, a inrcia do agente ocasiona um resultado naturalstico. Nesta
espcie de delito, caso no haja resultado, no haver crime.
44. (TCE-PI / 2009) Tentativa perfeita aquela em que:
A) o agente realiza toda a fase de execuo e o resultado no ocorre por
circunstncias alheias sua vontade.
B) o agente desiste de prosseguir na execuo.
C) o agente, apesar de realizada toda a fase de execuo, impede que o
resultado se produza.D) h interrupo da fase de execuo por circunstncias alheias vontade
do agente.
E) h absoluta impropriedade do objeto.
GABARITO: A
COMENTRIOS: A tentativa apresenta a seguinte diviso doutrinria:
TENTATIVA PERFEITA Neste tipo de tentativa, fica caracterizada a
INCOMPETNCIA do agente, ou seja, o autor do delito utiliza TODOS os
meios executrios disponveis e, mesmo assim, no atinge a
consumao. Conforme a alternativa A, resposta da questo, o
agente realiza toda a fase de execuo e o resultado no ocorre por
circunstncias alheias sua vontade.
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
51/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 51
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
o caso do indivduo que, portando um revolver com 06 cartuchos,
utiliza todos, mas no consegue atingir a vtima em um ponto letal.
TENTATIVA IMPERFEITA O agente inicia a execuo, mas no
utiliza todos os meios de que dispe. o caso do indivduo que comea
a atirar e, no 3 disparo, interrompido pela chegada de policiais que
estavam passando pelo local. Neste caso, h interrupo da fase de
execuo por circunstncias alheias vontade do agente.
TENTATIVA BRANCA OU INCRUENTA O agente no atinge o
objeto material. Exemplo: Tcio est com uma blusa branca andando
pela rua. Ao encontrar Mvio, seu desafeto, este comea a atirar e
Tcio comea a correr. Nenhum tiro acertado, logo, o que era branco
permanece branco, pois o objeto no foi atingido.
TENTATIVA VERMELHA OU CRUENTA Diferentemente da
tentativa branca, aqui a vtima atingida, mas o delito no se
consuma.
Cabe ressaltar que no h incompatibilidade entre os conceitos acimaapresentados podendo, por exemplo, ser branca e imperfeita a tentativa.
45. (MPE SE / 2009) Pedro efetuou disparo de arma de fogo contra
Paulo. Em seguida, arrependido, o levou at um hospital, onde,
apesar de atendido e medicado, veio a falecer. Nesse caso, houve:
A) arrependimento posterior.B) desistncia voluntria.
C) arrependimento eficaz.
D) crime tentado.
E) crime consumado.
GABARITO: E
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
52/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 52
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
COMENTRIOS: Esta questo exige o conhecimento das particularidades de
trs institutos IMPORTANTSSIMOS para concursos:
A DESISTNCIA VOLUNTRIA
O ARREPENDIMENTO EFICAZ
O ARREPENDIMENTO POSTERIOR
DESISTNCIA VOLUNTRIA O agente, por ato voluntrio, interrompe a
execuo do crime, abandonando a prtica dos demais atos necessrios e
que estavam sua disposio para a consumao.
Observe que em nenhum momento ocorre de o agente NO PODER
PROSSEGUIR na execuo, e este entendimento importantssimo. Sendo
assim:
ARREPENDIMENTO EFICAZ Diferentemente do que ocorre na
desistncia voluntria, o agente pratica todos os atos suficientes
consumao do delito, mas adota providncias para impedir o resultado.
Exemplo: Tcio d veneno para Mvio. Ao ingerir o veneno, Mvio s no
morre se Tcio der a ele o antdoto. Se Tcio age desta forma e impede amorte, operou-se o arrependimento eficaz.
ARREPENDIMENTO POSTERIORO chamado arrependimento posterior
CAUSA DE DIMINUIO DA PENA, diferentemente da desistncia voluntria e
do arrependimento eficaz. Ocorre quando o agente, nos crimes cometidos
sem violncia ou grave ameaa pessoa, voluntariamente e at o
DESISTNCIA VOLUNTRIA QUANDO O AGENTE DIZ:
POSSO PROSSEGUIR, MAS NO QUERO.
TENTATIVA QUANDO O AGENTE DIZ: QUERO
PROSSEGUIR, MAS NO POSSO.
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
53/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 53
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
recebimento da denncia ou queixa, restitui a coisa ou repara o dano
provocado por sua conduta.
Esquematizando:
Na questo apresentada, a banca tenta confundir o candidado misturando o
conceito de crime consumado com arrependimento EFICAZ.
O arrependimento eficaz s vlido quando o indivduo consegue
EFICAZMENTE impedir o resultado. No caso em tela, o resultado naturalstico
acontece, logo, no h que se falar em qualquer outro crime que no o
consumado. Correta, portanto, a alternativa E.
46. (Assistente de Promotoria / 2008) Tcio ingressou noite no
interior de um museu, para furtar obras de arte. Diante do
funcionamento do sistema de alarme, desistiu de prosseguir na
execuo do delito e deixou o local. Nesse caso, ocorreu:
A) fato penalmente atpico.B) desistncia voluntria.
C) arrependimento eficaz.
D) arrependimento posterior.
E) tentativa de furto punvel.
GABARITO: E
INCIO DA
EXECUO
FIM DA
EXECUO
CONSUMAODO CRIME
RECEBIMENTODA DENNCIA
OU QUEIXA
DESISTNCIA
VOLUNTRIA
ARREPENDIMENTO
EFICAZ
ARREPENDIMENTO
POSTERIOR
7/30/2019 Aula 01 CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
54/91
CURSO ON-LINE DIREITO PROCESSUAL PENALPROFESSOR: PEDRO IVO
Prof. Pedro Ivo www.pontodosconcursos.com.br 54
CURSO ON-LINE DIREITO PENAL EXERCCIOS - AFRFBPROFESSOR: PEDRO IVO
COMENTRIOS: A banca tenta confundir o candidado induzindo a se pensar
em desistncia voluntria. No caso em questo, est correta a alternativa
E, pois o ato interrompido por fatores ALHEIOS VONTADE DO AGENTE.
Caso no houvesse o alarme, ele prosseguiria em seu intento. Sendo assim,
falou em interrupo por fatores ALHEIOS VONTADE, lembrou do crime
tentado.
47. (BACEN / 2006) O arrependimento posterior:
A) permite, como causa geral de diminuio, que se reduza a pena abaixo do
mnimo legal.
B) no permite, como circunstncia atenuante, que se reduza a pena abaixo
do mnimo legal.
C) exclui a tipicidade da conduta.
D) no