Aula 01 Queixa-crime

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Crimes contra a honraRevisar conceitos

Calnia Art. 138 - Caluniar algum, imputandolhe falsamente fato definido como crime: Pena - deteno, de seis (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 1 - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputao, a propala ou divulga. 2 punvel a calnia contra os mortos.

Exceo da Verdade 3 - Admite-se a prova da verdade, salvo: I - se, constituindo o fato imputado crime de ao privada, o ofendido no foi condenado por sentena irrecorrvel; II - se o fato imputado a qualquer das pessoas indicadas no n I do Art. 141; III - se do crime imputado, embora de ao pblica, o ofendido foi absolvido por sentena irrecorrvel.

Difamao Art. 139 - Difamar algum, imputando-lhe fato ofensivo sua reputao: Pena - deteno, de 3 (trs) meses a 1 (um) ano, e multa. Exceo da Verdade Pargrafo nico - A exceo da verdade somente se admite se o ofendido funcionrio pblico e a ofensa relativa ao exerccio de suas funes.

Injria Art. 140 - Injuriar algum, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: Pena - deteno, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. Art. 140 1 - O juiz pode deixar de aplicar a pena: I - quando o ofendido, de forma reprovvel, provocou diretamente a injria; II - no caso de retorso imediata, que consista em outra injria. 2 - Se a injria consiste em violncia ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes

3 - Se a injria consiste na utilizao de elementos referentes a raa, cor, etnia, religio, origem ou a condio de pessoa idosa ou portadora de deficincia. Pena - recluso de um a trs anos e multa.

Causas especiais de aumento de pena

Art. 141 - As penas cominadas neste Captulo aumentam-se de um tero, se qualquer dos crimes cometido: I - contra o Presidente da Repblica, ou contra chefe de governo estrangeiro; II - contra funcionrio pblico, em razo de suas funes; III - na presena de vrias pessoas, ou por meio que facilite a divulgao da calnia, da difamao ou da injria. (ADPF 130) IV contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficincia, exceto no caso de injria. Pargrafo nico - Se o crime cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro.

Calnia, difamao, injriaExcluso do Crime Art. 142 - No constituem injria ou difamao punvel: I - a ofensa irrogada em juzo, na discusso da causa, pela parte ou por seu procurador; II - a opinio desfavorvel da crtica literria, artstica ou cientfica, salvo quando inequvoca a inteno de injuriar ou difamar; III - o conceito desfavorvel emitido por funcionrio pblico, em apreciao ou informao que preste no cumprimento de dever do ofcio.

Estatuto da OAB Art. 7 2 O advogado tem imunidade profissional, no constituindo injria, difamao ou desacato punveis qualquer manifestao de sua parte, no exerccio de sua atividade, em juzo ou fora dele, sem prejuzo das sanes disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer. ADIN 1127

QUESTO 4(OAB BA - 2007.1)Responde por crime contra a honra o servidor pblico que, por dever de ofcio e em razo do simples exerccio de suas funes, participou de processo administrativo promovendo a sua instaurao, colhendo provas, elaborando relatrios, fazendo encaminhamentos e dando pareceres tcnicos que, ao final, importou a demisso de outro servidor pblico, por abandono de cargo? Fundamente sua resposta.

Retratao Art. 143 - O querelado que, antes da sentena, se retrata cabalmente da calnia ou da difamao, fica isento de pena. Interpelao judicial Art. 144 - Se, de referncias, aluses ou frases, se infere calnia, difamao ou injria, quem se julga ofendido pode pedir explicaes em juzo. Aquele que se recusa a d-las ou, a critrio do juiz, no as d satisfatrias, responde pela ofensa.

Ao penal Art. 145 - Nos crimes previstos neste Captulo somente se procede mediante queixa, salvo quando, no caso do Art. 140, 2, da violncia resulta leso corporal. Pargrafo nico - Procede-se mediante requisio do Ministro da Justia, no caso do inciso I do caput do art. 141 deste Cdigo, e mediante representao do ofendido, no caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do 3o do art. 140 deste Cdigo.

Smula 714 STF concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do Ministrio Pblico, condicionada representao do ofendido, para a ao penal por crime contra a honra de servidor pblico em razo do exerccio de suas funes.

Procurao para queixa-crime Art. 44 - A queixa poder ser dada por procurador com poderes especiais, devendo constar do instrumento do mandato o nome do querelante e a meno do fato criminoso, salvo quando tais esclarecimentos dependerem de diligncias que devem ser previamente requeridas no juzo criminal.

Art. 41. A denncia ou queixa conter a exposio do fato criminoso, com todas as suas circunstncias, a qualificao do acusado ou esclarecimentos pelos quais se possa identific-lo, a classificao do crime e, quando necessrio, o rol das testemunhas.

PARA CASA Em 17/1/2010, Rodolfo T., brasileiro, divorciado, com 57 anos de idade, administrador de empresas, importante dirigente do clube esportivo LX F.C., contratou profissional da advocacia para que adotasse as providncias judiciais em face de conhecido jornalista e comentarista esportivo, Clvis V., brasileiro, solteiro, com 38 anos de idade, que, a pretexto de criticar o fraco desempenho do time de futebol do LX F.C. no campeonato nacional em matria esportiva divulgada por meio impresso e apresentada em programa televisivo, bem como no prprio blog pessoal do jornalista na Internet, passou, em diversas ocasies, juntamente com Teodoro S., brasileiro, de 60 anos de idade, casado, jornalista, desafeto de Rodolfo T., a praticar reiteradas condutas com o firme propsito de ofender a honra do dirigente do clube. Foram ambos interpelados judicialmente e se recusaram a dar explicaes acerca das ofensas, mantendo-se inertes. Por trs vezes afirmou, em meios de comunicao distintos, o comentarista Clvis V., sabendo no serem verdadeiras as afirmaes, que o dirigente "havia 'roubado' o clube LX F.C. e os torcedores, pois tinha se apropriado, indevidamente, de R$ 5 milhes pertencentes ao LX F.C., na condio de seu diretor-geral, quando da venda do jogador Y, ocorrida em 20/12/2008" e que "j teria gasto parte da fortuna 'roubada', com festas, bebidas, drogas e prostitutas".

Tal afirmao foi proferida durante o programa de televiso Futebol da Hora, em 7/1/2010, s 21 h 30m, no canal de televiso VX e publicado no blog do comentarista esportivo, na Internet, em 8/1/2010, no endereo eletrnico www.clovisv.futebol.xx. Tais declaraes foram igualmente publicadas no jornal impresso Notcias do Futebol, de circulao nacional, na edio de 8/1/2010. Destaque-se que o canal de televiso VX e o jornal Notcias do Futebol pertencem ao mesmo grupo econmico e tm como diretor-geral e redator-chefe Teodoro S., desafeto do dirigente Rodolfo T. Sabe-se que todas as notcias foram veiculadas por ordem direta e expressa de Teodoro S. Prosseguindo a empreitada ofensiva, o jornalista Clvis V. disse, em 13/1/2010, em seu blog pessoal na Internet, que o dirigente no teria condies de gerir o clube porque seria "um burro, de capacidade intelectual inferior de uma barata" e, por isso, "tinha levado o clube falncia", porm estava "com os bolsos cheios de dinheiro do clube e dos torcedores". Como se no bastasse, na ltima edio do blog, em 15/1/2010, afirmou que "o dirigente do clube est to decadente que passou a sair com homens", por isso "a mulher o deixou".

Entre os documentos coletados pelo cliente e pelo escritrio encontram-se a gravao, em DVD, do programa de televiso, com o dia e horrio em que foi veiculado, bem como a edio do jornal impresso em que foi difundida a matria sobre o assunto, alm de cpias de pginas e registros extrados da Internet, com as ofensas perpetradas pelo jornalista Clvis V. Rodolfo T. tomou conhecimento da autoria e dos fatos no dia 15/1/2010, tendo todos eles ocorrido na cidade de So Paulo SP, sede da emissora e da editora, alm de domiclio de todos os envolvidos.Em face dessa situao hipottica, na condio de advogado(a) contratado(a) por Rodolfo T., redija a pea processual que atenda aos interesses de seu cliente, considerando recebida a pasta de atendimento do cliente devidamente instruda, com todos os documentos pertinentes, suficientes e necessrios, procurao com poderes especiais e testemunhas.

OAB RN 2004.1 - ADAPTADA

Severino, 20 anos, agricultor, residente no Stio Palmares, nutria antiga desavena com seu vizinho Jos de Maria, em razo do fato de que este sempre obtinha uma maior colheita de milho. Na ltima safra, a diferena a maior foi ainda mais acentuada. Sob o nimo de profunda inveja, derramou, noite, algumas latas de corante azul sobre algumas sacas de milho entre as que o vizinho guardava no depsito, alterando a cor dos gros atingidos, tornando-os imprprios para o comrcio. A vtima, ante o prejuzo sofrido, dirigiu-se Delegacia de sua cidade, onde relatou o fato, havendo a autoridade determinado a instaurao de Inqurito Policial. Agora, na justia criminal e na qualidade de advogado da vtima, adote a medida processual cabvel, com redao de pea.

Dano Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia: Pena - deteno, de 1 (um) a 6 (seis) meses, ou multa. Dano Qualificado Pargrafo nico - Se o crime cometido: I - com violncia pessoa ou grave ameaa; II - com emprego de substncia inflamvel ou explosiva, se o fato no constitui crime mais grave; III - contra o patrimnio da Unio, Estado, Municpio, empresa concessionria de servios pblicos ou sociedade de economia mista; IV - por motivo egostico ou com prejuzo considervel para a vtima: Pena - deteno, de 6 (seis) meses a 3 (trs) anos, e multa, alm da pena correspondente violncia.

Ao Penal Art. 167 - Nos casos do Art. 163, do inciso IV do seu pargrafo e do Art. 164, somente se procede mediante queixa.

EXCELENTSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA CRIMINAL DA COMARCA .

VARA

Severino, 20 anos, agricultor, residente no Stio Palmares, ora denominado Querelante, vem, por conduto de seu advogado, constitudo atravs de instrumento procuratrio nos termos do art. 44 CPP (ou com poderes especiais), propor QUEIXA-CRIME em desfavor de Jos de Maria, qualificao, ora denominado Querelado.

Consta do Inqurito Policial que Severino, na ltima safra de milho, por perceber a diferena entre sua safra e a do QUERELANTE, sob o nimo de profunda inveja, derramou, noite, algumas latas de corante azul sobre algumas sacas de milho. Esta conduta acabou alterando a cor dos gros atingidos, tornando-os imprprios para o comrcio. EXPLICAR O DANO E O PREJUIZO, demonstrando que houve prejuzo considervel para a vtima.

Diante do estando o Querelado incurso nas penas do art. 163, pargrafo nico, inciso IV, observado-se o procedimento previsto nos artigos 531 e seguintes do CPP, requer-se que seja esta Queixa recebida, o Querelado citado, a vtima e as testemunhas abaixo arroladas notificadas para serem ouvidas e, por fim, o Querelado CONDENADO ao cumprimento das penas capituladas no mencionado tipo penal. Local, data. Advogado OAB n... Vtima Rol de Testemunhas mximo 5

Conceito analtico de crime Elementos: fato culpvel. Desdobramentos tpico; antijurdico e

Tipicidade Conceito Formal Conglobante

Tribunais superiores

Requisitos: Mnima ofensividade da conduta do agente, nenhuma periculosidade social da ao, o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e a inexpressividade da leso jurdica provocada.

Casa de Prostituio Art. 229 - Manter, por conta prpria ou de terceiro, casa de prostituio ou lugar destinado a encontros para fim libidinoso, haja, ou no, intuito de lucro ou mediao direta do proprietrio ou gerente: Pena - recluso, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa

(Redao dada pela Lei n 12.015, de 2009)

Casa de prostituio Art. 229. Manter, por conta prpria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra explorao sexual, haja, ou no, intuito de lucro ou mediao direta do proprietrio ou gerente: Pena - recluso, de dois a cinco anos, e multa.

TRF 5 2006. Juiz Federal Substituto A tipicidade formal, que faz parte do conceito de tipicidade, consiste em averiguar se uma conduta formalmente tpica causou ofensa intolervel ao objeto jurdico penalmente protegido. ( )

ANAL_JUD_STF_2008 Acerca do tratamento dado ao princpio da insignificncia e seus consectrios pela jurisprudncia mais recente do STF, julgue os seguintes itens. Uma vez aplicado o princpio da insignificncia, que deve ser analisado conjuntamente com os postulados da fragmentariedade e da interveno mnima do Estado, a prpria tipicidade penal, examinada na perspectiva de seu carter material, afastada ou excluda. ( )

Rita Maria, brasileira, casada e residente Rua Tiradentes, n 44, Porto Alegre RS, no dia 04 de fevereiro de 2010, agindo em concurso de pessoas com Mara Roseane, tentou subtrair da loja Tudo para o Lar algumas barras de chocolate e dois frascos de inseticida Mat Inset. Foi presa em flagrante delito, sendo conduzida 7 Circunscrio Policial. Posteriormente, alcanou liberdade provisria, medida concedida pelo Juiz de Direito da 1 Vara Criminal da comarca Porto Alegre - RS. Estavam presentes no dia dos fatos duas vizinhas, Carla Santana e Maria Antnia. Foi denunciada em 12 de maro de 2010 pelo crime, nos seguintes termos:

Consta dos autos do Inqurito Policial n 1234/2010 que Rita Maria, juntamente com Mara Roseane adentraram Loja Tudo para o Lar por volta das 21:30, prximo do horrio de fechamento deste estabelecimento. Aproveitando-se da ausncia de vigias neste horrio e com animus furandi, colocaram barras de chocolate em uma sacola que carregavam consigo, bem como, dois frascos de inseticida da marca Mat Inset, perfazendo um total de R$ 133,51 (cento e trinta e trs Reais e cinqenta e um centavos). Ao tentarem sair do referido estabelecimento, foram surpreendidas pela vigilncia mecnica desta loja, visto que todos os produtos com cdigos de barras eram cadastrados e soavam sirenes quando retirados do estabelecimento sem a referida desmagnetizao. Desta forma, estando ambas incursas nas condutas tipificadas no art. 155 c/c art 14 II do Diploma Penal, oferece-se a presente denncia (...)

Rita Maria, citada em 23 de fevereiro (quintafeira) para se manifestar acerca da acusao que ora lhe imposta, procura seu escritrio de advocacia para a tomada de postura cabvel. Assim sendo, adote a medida pertinente, redigindo a petio mais adequada ao caso e datando-a no ltimo dia do prazo.

Contagem de prazos Lembrar da diferena!!!! Art. 10 CP- O dia do comeo inclui-se no cmputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendrio comum.

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Art. 396. Nos procedimentos ordinrio e sumrio, oferecida a denncia ou queixa, o juiz, se no a rejeitar liminarmente, receb-la- e ordenar a citao do acusado para responder acusao, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. Art. 396-A. Na resposta, o acusado poder argir preliminares e alegar tudo o que interesse sua defesa, oferecer documentos e justificaes, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificandoas e requerendo sua intimao, quando necessrio.

Art. 394. O procedimento ser comum ou especial. 1o O procedimento comum ser ordinrio, sumrio ou sumarssimo: I - ordinrio, quando tiver por objeto crime cuja sano mxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; II - sumrio, quando tiver por objeto crime cuja sano mxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade; III - sumarssimo, para as infraes penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei.

Art. 395. A denncia ou queixa ser rejeitada quando: I - for manifestamente inepta; II - faltar pressuposto processual ou condio para o exerccio da ao penal; ou III - faltar justa causa para o exerccio da ao penal.

Art. 397. Aps o cumprimento do disposto no art. 396 A, e pargrafos, deste Cdigo, o juiz dever absolver sumariamente o acusado quando verificar: I - a existncia manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; II - a existncia manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; III - que o fato narrado evidentemente no constituir crime; ou IV - extinta a punibilidade do agente.

Excelentssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 1 Vara Criminal da Comarca de Porto Alegre - RS

Autos n Rita Maria, brasileira, casada e residente Rua Tiradentes, n 44, nesta capital, vem, por conduto de seu advogado constitudo atravs de procurao em anexo, oferecer RESPOSTA ACUSAO, nos termos do art. 396 e seguintes do CPP. Rita Maria fora denunciada pela suposta prtica de crime de furto tentado, em concurso de pessoas com Mara Roseane, pois, como consta da denncia, tentou subtrair da loja Tudo para o Lar algumas barras de chocolate e dois frascos de inseticida Mat Inset.

Foi presa em flagrante delito, sendo conduzida 7 Circunscrio Policial. Posteriormente, alcanou liberdade provisria, medida concedida por este Meritssimo Juzo. Ocorre que o produto desta tentativa de furto remonta quantia de R$ 133,51 (cento e trinta e trs Reais e cinqenta e um centavos), o que se vislumbra, de certo, ser situao de completa insignificncia, no devendo ser tutelada pela esfera penal. Isto porque a tipicidade penal no se reveste apenas do carter formal ou objetivo, no sendo mera subsuno do fato ao contedo da norma incriminadora. A tipicidade penal tambm precisa ser entendida em seu carter material, evitando que condutas de somenos sejam alcanadas pela tica criminal.

Como se pode perceber, de acordo com a tipicidade penal material, que reza que apenas condutas relevantes, ofensivas ao bem jurdico, devem ser consideradas tpicas, a conduta da denunciada no merece a guarida penal. Isto porque o valor da tentativa da subtrao (R$ 133,51) no lesiona de forma reprovvel o patrimnio da empresa vtima, nem tampouco oferece periculosidade social, visto ter sido conduta isolada por parte da denunciada. Desta maneira que, ante a ausncia de tipicidade na conduta da denunciada, requer a este Juzo a sua absolvio sumria, de acordo com o disposto no art. 397-III do CPP, in verbis:

Art. 397. Aps o cumprimento do disposto no art. 396 A, e pargrafos, deste Cdigo, o juiz dever absolver sumariamente o acusado quando verificar: III - que o fato narrado evidentemente no constituir crime; Apenas por eventualidade, caso no se entenda pela atipicidade do fato, requer a produo de todas as provas admitidas em direito, bem como a oitiva das testemunhas abaixo arroladas, presentes no local e data da suposta atividade delitiva. Pede deferimento. Porto Alegre, 14 de julho de 2010. Advogado, OAB n Testemunhas