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Contabilidade Avanada e Pronunciamentos Contbeis para o ICMS/SP Teoria e exerccios comentados
Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 02
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SUMRIO CONTINUAO... ............................................................................................................ 2
CPC 02 (R2) EFEITOS DAS MUDANAS NAS TAXAS DE CMBIO E CONVERSO DE DEMONSTRAES CONTBEIS. ........................................................................................ 3
OBJETIVOS ..................................................................................................................... 3
ALCANCE ....................................................................................................................... 3
DEFINIES: .................................................................................................................. 4
MOEDA FUNCIONAL ......................................................................................................... 7
FILIAIS, AGNCIAS, SUCURSAIS OU DEPENDNCIAS NO EXTERIOR. ..................................... 9
INVESTIMENTO LQUIDO EM ENTIDADE NO EXTERIOR ...................................................... 11
TRANSAES EM MOEDA ESTRANGEIRA .......................................................................... 14
RECONHECIMENTO DE VARIAO CAMBIAL ..................................................................... 17
ALTERAO DA MOEDA FUNCIONAL ................................................................................ 19
USO DE MOEDA DE APRESENTAO DIFERENTE DA MOEDA FUNCIONAL ............................. 20
CONVERSO PARA A MOEDA DE APRESENTAO .............................................................. 20
REALIZAO DAS VARIAES CAMBIAIS REGISTRADAS EM CONTA ESPECFICA DO
PATRIMNIO LQUIDO ................................................................................................... 28
DIVULGAO ................................................................................................................ 29
RESUMO GERAL TAXA DE CMBIO ................................................................................ 30 CPC 06 - OPERAES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL (R1) .............................................. 32
INTRODUO: .............................................................................................................. 32
OBJETIVO .................................................................................................................... 33
ALCANCE ..................................................................................................................... 33
ALCANCE ..................................................................................................................... 34
DEFINIES ................................................................................................................. 34
CLASSIFICAO DO ARRENDAMENTO MERCANTIL ............................................................ 38
ARRENDAMENTO MERCANTIL NAS DEMONSTRAES CONTBEIS DO ARRENDATRIO .......... 42
ARRENDAMENTO MERCANTIL FINANCEIRO ....................................................................... 42
RECONHECIMENTO INICIAL ............................................................................................ 42
MENSURAO SUBSEQENTE ......................................................................................... 44
TRANSAO DE VENDA E LEASEBACK ............................................................................. 50
RESUMO GERAL ARRENDAMENTO MERCANTIL ............................................................... 51 QUESTES COMENTADAS .............................................................................................. 52
QUESTES COMENTADAS NESTA AULA ............................................................................ 79
GABARITO DAS QUESTES COMENTADAS NESTA AULA ..................................................... 91
AULA 02: TAXA DE CMBIO E ARRENDAMENTO
MERCANTIL
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CONTINUAO...
Ol, meus amigos. Como esto?!
Prazer rev-los novamente em mais uma aula para o concurso de AGENTE
FISCAL DE RENDAS DA SECRETARIA DA FAZENDA DO ESTADO DE SO PAULO. Esperamos que estejam estudando com o afinco devido.
Hoje, falaremos sobre o Pronunciamento Contbil que trata sobre a taxa de cmbio e, tambm, sobre o arrendamento mercantil.
Os assuntos esto assim previstos no edital:
Aula 02 (Disponvel): Efeitos das mudanas nas taxas de cmbio e converso de demonstraes contbeis: objetivo, alcance, definies, procedimentos,
divulgao e demais aspectos objeto da Resoluo n 1.295/2010 do CFC. Conceitos e procedimentos: filiais, agncias, sucursais ou dependncias no
exterior. Converso das demonstraes de uma entidade no exterior. Operaes de arrendamento mercantil: objetivo, alcance, definies,
procedimentos, divulgao e demais aspectos objeto da Resoluo n
1.304/2010 do CFC.
Pedimos que enviem as dvidas existentes ao frum de dvidas do site.
Nossos e-mails, repetimos, so:
Vamos aula?! Ento, aos estudos!
Um abrao.
Gabriel Rabelo/Luciano Rosa.
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RESOLUO N 1.295/2010 DO CFC EFEITOS DAS MUDANAS NAS TAXAS DE CMBIO E CONVERSO DE DEMONSTRAES CONTBEIS.
A resoluo 1.295/10 do CFC aprovou a Reviso 02 do Pronunciamento Tcnico CPC 02, do Comit de Pronunciamentos Contbeis (CPC).
Para os itens que consideramos mais importantes, vamos apresentar o texto do
pronunciamento e uma explicao detalhada para reforar o entendimento.
Para outros itens, apresentaremos apenas o texto do pronunciamento, pois, em alguns casos, a explicao seria mera repetio da norma. O texto
importante, caso resolvam cobrar literalidade.
E, finalmente, deixamos alguns (pouco) itens de lado, pois so assuntos muito
especficos e que dificilmente sero cobrados. Caso algum decida ler todo o pronunciamento, poder encontr-lo no site do CPC, Pronunciamento Tcnico
02:
www.cpc.org.br
Muito bem, vamos comear!
OBJETIVOS
1. Uma entidade pode manter atividades em moeda estrangeira de duas formas. Ela pode ter transaes em moedas estrangeiras ou pode ter operaes no exterior. Adicionalmente, a entidade pode apresentar suas demonstraes
contbeis em uma moeda estrangeira. O objetivo deste Pronunciamento Tcnico orientar acerca de como incluir transaes em moeda estrangeira e
operaes no exterior nas demonstraes contbeis da entidade e como
converter demonstraes contbeis para moeda de apresentao.
2. Os principais pontos envolvem quais taxas de cmbio devem ser usadas e como reportar os efeitos das mudanas nas taxas de cmbio nas
demonstraes contbeis
ALCANCE
Este Pronunciamento Tcnico deve ser adotado:
(a) na contabilizao de transaes e saldos em moedas estrangeiras, exceto para aquelas transaes com derivativos e saldos dentro do alcance do
Pronunciamento Tcnico CPC 38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensurao e da Orientao OCPC 03 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensurao e Evidenciao;
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(b) na converso de resultados e posio financeira de operaes no exterior que so includos nas demonstraes contbeis de uma entidade por meio de
Consolidao, Consolidao Proporcional ou pela aplicao do Mtodo de Equivalncia Patrimonial; e
(c) na converso de resultados e posio financeira de uma entidade para uma
moeda de apresentao
Comentrios
Uma companhia pode conduzir operaes no exterior (e, portanto, ser afetada pelas alteraes na taxa de cmbio) de duas formas:
a) Pode ter transaes em moeda estrangeira. Ocorre quando a empresa realiza
importaes, exportaes, emprstimos, ou quaisquer outras transaes vinculadas moeda estrangeira.
b) Ou pode possuir operaes no exterior por meio de investimento direto em
uma entidade localizada no exterior. o caso de empresas brasileiras que abrem filial, agncia ou mesmo uma empresa controlada no exterior.
O pronunciamento detalha os procedimentos contbeis que devem ser
observados, em cada caso.
DEFINIES:
Os seguintes termos so usados neste Pronunciamento Tcnico com os significados abaixo descritos:
Taxa de fechamento a taxa de cmbio vista vigente ao trmino do perodo
de reporte.
Variao cambial a diferena resultante da converso de um nmero
especfico de unidades em uma moeda para outra moeda, a diferentes taxas cambiais.
Taxa de cmbio a relao de troca entre duas moedas.
Valor justo o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo
liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negcio e independentes entre si, com a ausncia de fatores que pressionem para a liquidao da
transao ou que caracterizem uma transao compulsria.
Moeda estrangeira qualquer moeda diferente da moeda funcional da entidade.
Entidade no exterior uma entidade que pode ser controlada, coligada,
empreendimento controlado em conjunto ou filial, sucursal ou agncia de uma
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entidade que reporta informao, por meio da qual so desenvolvidas
atividades que esto baseadas ou so conduzidas em um pas ou em moeda diferente daquelas da entidade que reporta a informao.
Moeda funcional a moeda do ambiente econmico principal no qual a
entidade opera.
Grupo econmico uma entidade controladora e todas as suas controladas.
Itens monetrios so unidades de moeda mantidas em caixa e ativos e passivos a serem recebidos ou pagos em um nmero fixo ou determinado de
unidades de moeda.
Investimento lquido em entidade no exterior o montante que representa o interesse (participao na maior parte das vezes) da entidade que
reporta a informao nos ativos lquidos dessa entidade.
Moeda de apresentao a moeda na qual as demonstraes contbeis so
apresentadas.
Taxa de cmbio vista a taxa de cmbio normalmente utilizada para liquidao imediata das operaes de cmbio; no Brasil, a taxa a ser utilizada
a divulgada pelo Banco Central do Brasil.
Comentrios
Algumas definies sero mais detalhadas adiante, pelo Pronunciamento.
Chamamos a ateno para os seguintes pontos:
1) Taxa de fechamento e taxa de cmbio a vista: Taxa de fechamento a
taxa de cmbio da data de encerramento (fechamento) do balano. Taxa de Cambio a vista a taxa da data em que ocorre a transao.
2) No Pronunciamento, h uma explicao mais detalhada sobre itens
monetrios e no monetrios, confira:
16. A caracterstica essencial de item monetrio o direito a receber (ou a obrigao de entregar) um nmero fixo ou determinvel de unidades de moeda. Alguns exemplos incluem: passivos de planos de penso
ou outros benefcios a empregados a serem pagos com caixa; provises que devem ser liquidadas em caixa; e dividendos a serem distribudos com caixa,
que so reconhecidos como passivos. Da mesma forma, um contrato que
preveja o direito a receber (ou a obrigao de entregar) um nmero varivel de instrumentos patrimoniais da prpria entidade ou uma quantidade varivel de
ativos, cujo valor justo a ser recebido (ou a ser entregue) iguala-se a um nmero fixo ou determinvel de unidades de moeda, considerado item
monetrio.
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Por outro lado, a caracterstica essencial de item no monetrio a
ausncia do direito a receber (ou da obrigao de entregar) um nmero fixo ou determinvel de unidades de moeda. Alguns exemplos incluem:
adiantamento a fornecedores de mercadorias; adiantamento a prestadores de servios; aluguis antecipados; goodwill; ativos intangveis; estoques;
imobilizado; e provises a serem liquidadas mediante a entrega de ativo no
monetrio.
Comentrios
Vamos explicar um pouco mais, iniciando pela definio do FIPECAFI, Manual de Contabilidade das Sociedades por Aes, 7 edio, pg. 557:
Os itens monetrios so compostos pelas contas de disponibilidades e de direitos e obrigaes a serem liquidados com disponibilidades. Podem ser
subdivididos em:
1) Itens monetrios puros: compostos pelas contas de valor prefixado que
no contm qualquer forma de reajuste ou atualizao, como o prprio caixa em moeda nacional;
2) Itens monetrios prefixados: que tambm no tm atualizao, mas que possuem embutida alguma expectativa de inflao j inserida em seu valor,
como contas a receber de vendas a prazo; 3) Itens monetrios indexados: que so as contas monetrias sujeitas
atualizao por ndice ps-fixado, como os emprstimos em TR ou dlar.
Os itens no monetrios so todos os demais, ou seja, representam bens (estoque, imobilizado, etc.), despesas antecipadas ou diferidas (seguros a
apropriar, despesas pr-operacionais etc.), adiantamentos a serem liquidados
em bens (a fornecedores, de clientes, etc.), resultado de exerccio futuro, etc.
Essa terminologia era usada quando havia altas taxas de inflao, na aplicao
da tcnica da correo monetria integral.
Os itens monetrios perdiam valor, quando expostos inflao, pois no possuam "valor intrnseco".
Valor intrnseco de um ativo o valor que esse ativo tem, independentemente
de tal valor estar expresso no ativo.
Os bens, tais como estoques, ou equipamentos, podem ser avaliados a preo de mercado, no importando o valor que custaram. O mesmo no ocorre com os
itens monetrios. Uma nota de cem reais tem valor nominal de cem reais, hoje ou daqui a um ms.
E se houver uma forte inflao?
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O valor nominal da nota continua cem reais, ainda que o valor real tenha
diminudo (perda em ativo monetrio exposto inflao).
Da mesma forma, uma duplicata a receber com valor de R$ 20.000 um ativo monetrio, pois, em caso de inflao, continuar com o valor nominal de R$
20.000, gerando perda.
Suponha, por outro lado, que uma empresa adquiriu estoques no valor de R$ 10.000 e, em virtude de uma inflao de 10% ao ms, tais estoques valem R$
11.000 no ms seguinte.
O estoque que a empresa adquiriu continua contabilizado por R$ 10.000, mas, vale R$ 11.000. Por ser um item no monetrio, no perde valor quando
exposto inflao. Houve, aqui, um "ganho de estocagem" que ser reconhecido quando o estoque for vendido.
O mesmo ocorre com mquinas do imobilizado, possuem valor intrnseco.
Quanto ao adiantamento: Se corresponder a uma quantidade fixa de produtos, item no monetrio.
Exemplo: Uma loja faz um adiantamento de R$ 10.000 para uma indstria,
para comprar 10 televisores, a serem entregues no ms seguinte. Se, durante o ms, a indstria reajustar em 5% o preo dos televisores, a loja ainda ir
receber 10 unidades. Portanto, trata-se de um adiantamento com caractersticas de item no monetrio.
Por outro lado, as empresas que trabalham com produtos agrcolas costumam
realizar adiantamentos aos produtores rurais, vinculados a um contrato para compra da safra. Ocorre que o preo de venda o preo da data da entrega. O
adiantamento abatido, no em quantidade de produto, mas em valor
monetrio. Neste caso, o adiantamento assume caractersticas de item monetrio.
MOEDA FUNCIONAL
9. O ambiente econmico principal no qual a entidade opera normalmente aquele em que principalmente ela gera e despende caixa. A entidade deve
considerar os seguintes fatores na determinao de sua moeda funcional:
(a) a moeda:
(i) que mais influencia os preos de venda de bens e servios (geralmente a moeda na qual os preos de venda para seus bens e servios esto expressos e
so liquidados); e (ii) do pas cujas foras competitivas e regulaes mais influenciam na
determinao dos preos de venda para seus bens e servios;
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(b) a moeda que mais influencia fatores como mo de obra, matria-prima e
outros custos para o fornecimento de bens ou servios (geralmente a moeda na qual tais custos esto expressos e so liquidados).
10. Os seguintes fatores tambm podem servir como evidncias para
determinar a moeda funcional da entidade:
(a) a moeda por meio da qual so originados recursos das atividades de financiamento (exemplo: emisso de ttulos de dvida ou aes).
(b) a moeda por meio da qual os recursos gerados pelas atividades operacionais so usualmente acumulados.
11. Os seguintes fatores adicionais devem ser considerados na determinao da
moeda funcional de entidade no exterior, e tambm devem s-los para avaliar se a moeda funcional dessa entidade no exterior a mesma daquela utilizada
pela entidade que reporta a informao (no caso em tela, a entidade que
reporta a informao aquela que possui uma entidade no exterior por meio de controlada, filial, sucursal, agncia, coligada ou empreendimento controlado em
conjunto):
(a) se as atividades da entidade no exterior so executadas como extenso da entidade que reporta a informao e, no, nos moldes em que lhe conferido
um grau significativo de autonomia. Um exemplo para ilustrar a primeira figura quando a entidade no exterior somente vende bens que so importados da
entidade que reporta a informao e remete para esta o resultado obtido. Um exemplo para ilustrar a segunda figura quando a entidade no exterior
acumula caixa e outros itens monetrios, incorre em despesas, gera receita e angaria emprstimos, tudo substancialmente em sua moeda local;
(b) se as transaes com a entidade que reporta a informao ocorrem em uma proporo alta ou baixa das atividades da entidade no exterior;
(c) se os fluxos de caixa advindos das atividades da entidade no exterior afetam
diretamente os fluxos de caixa da entidade que reporta a informao e esto prontamente disponveis para remessa para esta;
(d) se os fluxos de caixa advindos das atividades da entidade no exterior so suficientes para pagamento de juros e demais compromissos, existentes e
esperados, normalmente presentes em ttulo de dvida, sem que seja necessrio que a entidade que reporta a informao disponibilize recursos para
servir a tal propsito.
12. Quando os indicadores acima esto mesclados e a determinao da moeda funcional no um processo to bvio, a administrao deve se valer de
julgamento para determinar a moeda funcional que representa com maior fidedignidade os efeitos econmicos das transaes, eventos e condies
subjacentes. Como parte dessa abordagem, a administrao deve priorizar os indicadores primrios do item 9 antes de levar em considerao os indicadores
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enumerados nos itens 10 e 11, os quais so fornecidos para servirem como
evidncia adicional para determinao da moeda funcional da entidade.
13. A moeda funcional da entidade reflete as transaes, os eventos e as condies subjacentes que so relevantes para ela. Assim, uma vez
determinada, a moeda funcional no deve ser alterada a menos que tenha ocorrido mudana nas transaes, nos eventos e nas condies subjacentes.
14. Se a moeda funcional a moeda de economia hiperinflacionria, as
demonstraes contbeis da entidade devem ser reelaboradas nos moldes do Pronunciamento Tcnico CPC 42 Contabilidade e Evidenciao em Economia Altamente Inflacionria (pelo mtodo da correo integral enquanto no emitido esse Pronunciamento). A entidade no pode evitar a reapresentao nos moldes
requeridos pelo Pronunciamento Tcnico CPC 42 mediante, por exemplo, a eleio de outra moeda que no seja aquela determinada em consonncia com
este Pronunciamento Tcnico como sua moeda funcional (tal como a moeda
funcional de sua controladora).
Comentrios
O aspecto mais importante, com relao moeda funcional, que se trata da
moeda em que a empresa gera e desembolsa caixa.
Geralmente, a moeda do pas em que ocorrem as operaes. Por exemplo, a moeda funcional de uma empresa localizada na Frana
normalmente ser o Euro.
Uma vez determinada, a moeda funcional no deve sofrer alterao, a no ser que as transaes, eventos e condies subjacentes (que determinam qual a
moeda funcional) tambm tenham se alterado.
FILIAIS, AGNCIAS, SUCURSAIS OU DEPENDNCIAS NO EXTERIOR.
A Reviso 02 (R2) do pronunciamento retirou este item. Mas, como os conceitos
apresentados continuam vlidos, vamos manter o texto e a explicao da verso 01 do Pronunciamento.
OBS: TEXTO DA VERSO (R1) DO PRONUNCIAMENTO
4. As filiais, agncias, sucursais ou dependncias e mesmo uma controlada no exterior que no se caracterizam como entidades independentes mantidas por
investidoras brasileiras no exterior, por no possurem, por exemplo, corpo gerencial prprio, autonomia administrativa, no contratarem operaes
prprias, utilizarem a moeda da investidora como sua moeda funcional e funcionarem, na essncia, como extenso das atividades da matriz, devem
normalmente ser consideradas para fins do reconhecimento das variaes
cambiais de um investimento no exterior (ver item 41(a)) como extenso das
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atividades da investidora. Nesse caso, provvel que a moeda funcional dessa
atividade no exterior seja a mesma da investidora (ver itens 11 a 14 deste Pronunciamento). (NR) (Nova Redao dada pela Reviso CPC n. 1, de
8/01/2010).
Comentrios
Assim, caso a filial, agncia ou sucursal no seja uma entidade independente,
ser considerada como uma extenso das atividades da investidora. Nesse caso, as variaes cambiais de tal investimento lquido devero ser reportadas
como receita ou despesa do perodo, ou seja, como resultados integrados contabilidade da matriz no Brasil como qualquer outra filial, agncia, sucursal
ou dependncia mantida no prprio Pas.
OBS: TEXTO DA VERSO (R1) DO PRONUNCIAMENTO
5. Quando, todavia, tais filiais, agncias, sucursais ou dependncias se caracterizarem na essncia, como um investimento no exterior por possurem,
por exemplo, suficiente corpo gerencial prprio, autonomia administrativa, contratarem operaes prprias, inclusive financeiras, caracterizando-se, assim,
como entidade autnoma nos termos do item 13, a matriz, no Brasil, deve reconhecer os resultados apurados, observando os critrios contbeis de
converso previstos no presente Pronunciamento reconhecendo as variaes cambiais como um investimento no exterior (item 41(b)). (NR) (Nova Redao
dada pela Reviso CPC n. 1, de 8/01/2010).
Comentrios
Quando as filiais, agncias, sucursais e dependncias se caracterizarem como
entidades autnomas, as variaes cambiais de tal investimento lquido devero ser registradas em conta especfica do patrimnio lquido para serem
reconhecidas em receita ou despesa quando da venda ou baixa do investimento
lquido. Veremos com detalhes essa contabilizao, mas j podemos adiantar que a conta especfica do PL denominada Ajuste acumulado de Converso.
RESUMINDO: FILIAL, AGNCIA, SUCURSAL OU DEPENDNCIA NO EXTERIOR:
1) No tem autonomia considerada uma extenso das atividades da investidora variao cambial vai para resultado; 2) Tem autonomia entidade autnoma variao cambial vai para conta especfica do Patrimnio Lquido, e reconhecida no resultado apenas quando
da alienao ou baixa do investimento no exterior.
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INVESTIMENTO LQUIDO EM ENTIDADE NO EXTERIOR
15. A entidade pode possuir item monetrio caracterizado como recebvel junto a uma entidade no exterior ou como contas a pagar mesma. Um item para o
qual sua liquidao no provvel de ocorrer, tampouco est planejada para um futuro previsvel , substancialmente, parte do investimento lquido da
entidade nessa entidade no exterior, e deve receber o tratamento contbil previsto nos itens 32 e 33 deste Pronunciamento Tcnico. Referidos itens
monetrios podem contemplar contas a receber de longo prazo e emprstimos de longo prazo. Eles no contemplam contas a receber e contas a pagar
relacionados a operaes comerciais normais.
15A. A entidade que possui item monetrio a receber de entidade no exterior ou item monetrio a pagar para entidade no exterior, conforme descrito no item
15, pode ser qualquer controlada do grupo econmico. Por exemplo, uma entidade possui duas controladas: A e B. A controlada B uma entidade no exterior. A controlada A concede um emprstimo controlada B. O emprstimo que a controlada A tem a receber da controlada B ser considerado parte do investimento lquido da controladora na controlada B se a sua liquidao no for provvel de ocorrer, tampouco estiver planejada para um futuro previsvel. Do mesmo modo esse entendimento valeria se a
controlada A fosse por completo uma entidade no exterior.
Comentrios
A situao descrita acima pode ser exemplificada da seguinte forma:
Uma empresa brasileira constitui uma controlada no exterior. Aps certo tempo,
a controlada no exterior est precisando de dinheiro para continuar suas operaes e a controladora brasileira opta por realizar um emprstimo, ao invs
de subscrever capital. Pois bem. Se no houver previso de liquidao do
emprstimo (ser pago quando e se a controlada puder), tal emprstimo tratado como parte do investimento lquido realizado na controlada.
Conforme esclarecido no item 15A, a operao da qual resulte um item
monetrio com caracterstica de investimento lquido no exterior pode ser feito diretamente pela controladora ou por alguma outra empresa do grupo (outra
controlada ou coligada).
32. As variaes cambiais advindas de itens monetrios que fazem parte do investimento lquido em entidade no exterior da entidade que reporta a informao (ver item 15) devem ser reconhecidas no resultado nas
demonstraes contbeis separadas da entidade que reporta a informao ou nas demonstraes contbeis individuais da entidade no exterior, conforme
apropriado. Nas demonstraes contbeis que incluem a entidade no exterior e a entidade que reporta a informao (por exemplo: demonstraes contbeis
individuais com avaliao das investidas por equivalncia patrimonial, ou
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demonstraes contbeis consolidadas quando a entidade no exterior uma
controlada), tais variaes cambiais devem ser reconhecidas, inicialmente, em outros resultados abrangentes em conta especfica do patrimnio lquido, e
devem ser transferidas do patrimnio lquido para a demonstrao do resultado
quando da baixa do investimento lquido, de acordo com o item 48.
Comentrios
Vamos detalhar a contabilizao das variaes cambiais de itens monetrios que fazem parte do investimento lquido em entidade no exterior:
No investidor:
a) Demonstraes contbeis separadas: reconhecidas no resultado.
b) Demonstraes contbeis individuais: Reconhecidas no patrimnio lquido Outros resultados abrangentes, sendo transferidas para resultado quando ocorre a baixa do investimento.
c) Demonstraes contbeis consolidadas: Reconhecidas no patrimnio lquido Outros resultados abrangentes, sendo transferidas para resultado quando ocorre a baixa do investimento.
Na Investida do exterior:
Demonstraes individuais: reconhecidas no resultado.
Observao: Vamos explicar rapidamente a diferena entre demonstraes separadas e demonstraes individuais.
Demonstraes individuais so as demonstraes contbeis que incluem os investimentos em coligadas ou controladas atravs do mtodo da equivalncia
patrimonial. No Brasil, so as principais demonstraes.
Demonstraes separadas: Os investimentos em controladas e coligadas so
avaliados pelo valor justo; neste tipo de demonstrao, proibido o uso do mtodo da equivalncia patrimonial. Segundo a Interpretao Tcnica ICPC 09,
h trs razes para que uma entidade adote as demonstraes separadas:
(a) por opo, ou seja, a entidade opta pela apresentao adicional das demonstraes separadas;
(b) por exigncia legal local, ou seja, quando por fora de lei local se exigir que os investimentos em coligadas controladas e controladas em conjunto
sejam mensurados pelo custo ou pelo valor justo; e (c) por ter sido dispensada da aplicao do mtodo de equivalncia
patrimonial ou da consolidao (integral ou proporcional), situao em que a entidade deve mensurar os investimentos em coligadas, controladas e
controladas em conjunto pelo custo ou pelo valor justo e ento publicar as
demonstraes contbeis separadas. No caso brasileiro, nossa legislao
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societria no exige que tais investimentos sejam avaliados a custo ou a valor
justo, bem como no dispensa a aplicao do mtodo de equivalncia patrimonial no balano individual quando de investimentos em coligadas, em
controladas e em controladas em conjunto. (ICPC 09, pg. 7)
Ou seja, as entidades no devem usar demonstraes contbeis separadas no
Brasil (s as demonstraes individuais e demonstraes consolidadas).
33. Quando um item monetrio faz parte do investimento lquido em entidade no exterior da entidade que reporta a informao e est expresso na moeda funcional da entidade que reporta a informao, surge uma variao cambial
nas demonstraes contbeis individuais da entidade no exterior, de acordo com o item 28. Se esse item est expresso na moeda funcional da entidade no
exterior, surge uma variao cambial nas demonstraes contbeis separadas e nas individuais da entidade que reporta a informao, de acordo com o item 28.
Se esse item est expresso em moeda que no nem a moeda funcional da
entidade que reporta a informao tampouco a moeda funcional da entidade no exterior, surge uma variao cambial nas demonstraes separadas e nas
individuais da entidade que reporta a informao e nas demonstraes contbeis individuais da entidade no exterior, de acordo com o item 28. Tais
diferenas cambiais devem ser reconhecidas em outros resultados abrangentes em conta especfica do patrimnio lquido nas demonstraes contbeis que
incluem a entidade no exterior e a entidade que reporta a informao (exemplo: demonstraes contbeis nas quais a entidade no exterior
consolidada de modo pleno, proporcionalmente consolidada ou tratada
contabilmente pelo mtodo de equivalncia patrimonial).
Comentrios
Este Pronunciamento , sem dvida, um dos mais difceis para entender e esse item 33 o pior do pronunciamento. A traduo no foi feliz. Vamos
explicar melhor.
Suponha que a empresa A constitua a controlada B, na Frana. Se houver um
item monetrio com caracterstica de investimento liquido, isso ir gerar uma variao cambial. Por exemplo, um emprstimo entre as empresas.
Se o emprstimo for em reais, isso ir gerar uma variao cambial na
Controlada B francesa.
Se o emprstimo for em euros, isso ir gerar uma variao cambial na Controladora A brasileira.
E se o emprstimo for em, digamos, dlares, isso ir gerar uma variao tanto
na controladora brasileira (real x dlar) como na controlada francesa (euro x dlar).
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Isso, nas demonstraes individuais. Na demonstrao consolidada ou na
aplicao do mtodo da equivalncia patrimonial, tal variao deve ser reclassificada em outros resultados abrangentes, no Patrimnio Lquido. Leia novamente o item 33. Ficou mais fcil para entender?
TRANSAES EM MOEDA ESTRANGEIRA
20. Uma transao em moeda estrangeira a transao que fixada ou requer sua liquidao em moeda estrangeira, incluindo transaes que so originadas
quando a entidade:
(a) compra ou vende bens ou servios cujo preo fixado em moeda estrangeira;
(b) obtm ou concede emprstimos, quando os valores a pagar ou a receber so fixados em moeda estrangeira; ou
(c) de alguma outra forma, adquire ou desfaz-se de ativos, ou assume ou
liquida passivos fixados em moeda estrangeira.
21. Uma transao em moeda estrangeira deve ser reconhecida contabilmente, no momento inicial, pela moeda funcional, mediante a aplicao da taxa de
cmbio vista entre a moeda funcional e a moeda estrangeira, na data da transao, sobre o montante em moeda estrangeira.
22. A data da transao a data a partir da qual a transao se qualifica para
fins de reconhecimento, de acordo com as prticas contbeis adotadas no Brasil. Por motivos prticos, a taxa de cmbio que se aproxima da taxa vigente
na data da transao usualmente adotada, como, por exemplo, a taxa de cmbio mdia semanal ou mensal que pode ser aplicada a todas as transaes,
em cada moeda estrangeira, ocorridas durante o perodo. Contudo, se as taxas de cmbio flutuarem significativamente, a adoo da taxa de cmbio mdia
para o perodo no apropriada.
Comentrios
O reconhecimento inicial simples. Aplicamos a taxa de cambio vista (portanto, a taxa do dia do reconhecimento da transao) ao valor em moeda
estrangeira.
Quanto data de reconhecimento, para compra de ativos, a regra geral que deve ser observada a data em que o ativo est pronto para o uso.
Assim, no caso de estoque (que j podem ser usados ou vendidos
imediatamente), usamos a data da entrada no estabelecimento.
Para imobilizado, a data da entrada em operao.
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Vamos detalhar melhor esse conceito em uma questo, no final da aula.
No pronunciamento consta que a taxa mdia de uma semana ou um ms pode ser usada para todas as transaes, em cada moeda estrangeira, ocorridas durante aquele perodo. Seria o caso, por exemplo, de uma empresa que realiza diversas exportaes
durante o ms e converte todas elas pela taxa mdia do ms. (taxa inicial + taxa final)/2.
Isto era muito til antigamente, no tempo em que as operaes eram
controladas manualmente. Agora, com o uso dos computadores, as empresa podem efetuar a converso de cada operao usando a taxa do dia da
operao.
Mas a possibilidade do uso da taxa mdia permanece, e pode ser cobrada em
questes de concursos.
APRESENTAO AO TRMINO DE PERODOS DE REPORTE SUBSEQUENTES
23. Ao trmino da cada perodo de reporte:
(a) os itens monetrios em moeda estrangeira devem ser convertidos, usando-se a taxa de cmbio de fechamento;
(b) os itens no monetrios que so mensurados pelo custo histrico em moeda estrangeira devem ser convertidos, usando-se a taxa de cmbio vigente na data
da transao; e (c) os itens no monetrios que so mensurados pelo valor justo em moeda
estrangeira devem ser convertidos, usando-se as taxas de cmbio vigentes nas
datas em que o valor justo for determinado.
Comentrios
Nos balanos encerrados aps o reconhecimento inicial, as transaes
vinculadas moeda estrangeira so avaliadas assim:
Itens monetrios: so convertidos usando a taxa da data do balano (taxa de fechamento), e, portanto, iro gerar variao cambial.
Exemplifique-se. Uma empresa contrata um emprstimo, no valor de 100.000
dlares, em outubro/X1, quando a taxa era de R$ 2,00. Em dezembro de X1, o emprstimo ainda est em aberto e a taxa do cmbio do dlar passou para R$
2,10. Isso iria gerar a seguinte contabilizao: US$ 100.000 x R$ 2,10 = 210.000.
Na contratao, em outubro:
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D banco 200.000 C Emprstimos do exterior a pagar 200.000
Em dezembro/X1
D Despesa financeira variao cambial (resultado) 10.000 C Emprstimos do exterior a pagar 10.000 Itens no-monetrios mensurados ao custo histrico: So convertidos
usando a taxa da data da transao.
Exemplo: Uma empresa importa uma mquina, no valor de 100.000 dlares, a qual entrou em funcionamento em outubro/X1, quando a taxa era de R$ 2,00.
O pagamento foi efetuado tambm em outubro/X1. Em dezembro de X1, a taxa
de cmbio do dlar passou para R$ 2,10. Isso iria gerar a seguinte
contabilizao:
Em outubro, quando a mquina entrou em uso e o pagamento foi efetuado:
D Imobilizado 200.000 C Bancos 200.000 Em dezembro/X1, no haver nenhuma contabilizao, pois os itens no-
monetrios so convertidos pela taxa da data da transao. Portanto, o valor da mquina em reais continuaria sendo de 200.000, mesmo com a variao da
taxa de cambio.
Itens no-monetrios mensurados ao valor justo: So convertidos usando a taxa da data em que o valor justo foi determinado. Portanto, a partir da, no
geram mais variao cambial.
No reconhecimento da variao cambial referente s transaes em moeda
estrangeira, os pontos acima so os mais importantes. Como o Pronunciamento pequeno, vamos reproduzir abaixo outros itens, destacando em negrito o que
consideramos relevante.
24. O valor contbil de item deve ser determinado em conjunto com outros Pronunciamentos Tcnicos pertinentes. Por exemplo, terrenos, plantas industriais, mquinas e equipamentos podem ser mensurados pelo valor
justo ou pelo custo histrico como base de valor, de acordo com o Pronunciamento Tcnico CPC 27 Ativo Imobilizado. Independentemente de o
valor contbil ser determinado com base no custo histrico ou com base no valor justo, se o valor contbil determinado em moeda estrangeira, ele deve
ser convertido para a moeda funcional de acordo com este Pronunciamento Tcnico.
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25. O valor contbil de alguns itens deve ser determinado pela comparao de dois ou mais montantes. Por exemplo, o valor contbil dos
estoques deve ser determinado pelo custo ou pelo valor lquido de realizao, dos dois o menor, conforme o Pronunciamento Tcnico CPC 16 Estoques. Da
mesma forma, conforme o Pronunciamento Tcnico CPC 01 Reduo ao Valor Recupervel de Ativos, o valor contbil do ativo, para o qual h indicao de
reduo de valor, o menor valor entre o seu valor contbil, antes de se considerarem possveis perdas por desvalorizao, e o seu valor recupervel.
Quando esse ativo for item no monetrio e for mensurado em moeda estrangeira, o valor contbil determinado comparando-se:
(a) o custo ou o valor contbil, conforme apropriado, convertido taxa de
cmbio vigente na data em que o valor for determinado (exemplo: a taxa na data da transao para um item mensurado em termos de custo histrico como
base de valor); e (b) o valor lquido de realizao ou o valor recupervel, conforme apropriado,
convertido taxa de cmbio vigente na data em que o valor for determinado
(exemplo: a taxa de cmbio de fechamento ao trmino do perodo de reporte).
O efeito dessa comparao pode ensejar o reconhecimento de perda por desvalorizao na moeda funcional sem que enseje o seu reconhecimento na
moeda estrangeira ou vice-versa.
26. Quando vrias taxas de cmbio estiverem disponveis, a taxa de cmbio a ser utilizada aquela a partir da qual os futuros fluxos de
caixa representados pela transao ou pelos saldos poderiam ser liquidados se esses fluxos de caixa tivessem ocorrido na data da mensurao. Se,
temporariamente, no houver cmbio entre duas moedas, a taxa a ser utilizada a primeira taxa de cmbio subsequente a partir da qual
operaes de cmbio podem ser feitas.
RECONHECIMENTO DE VARIAO CAMBIAL
27. Conforme ressaltado nos itens 3(a) e 5, o Pronunciamento Tcnico CPC 38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensurao e a Orientao OCPC 03 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensurao e Evidenciao
devem ser aplicados contabilidade de operaes de hedge para itens em moeda estrangeira. Na aplicao da contabilidade de operaes de hedge, a
entidade requerida a tratar contabilmente algumas variaes cambiais diferentemente do tratamento previsto por este Pronunciamento Tcnico para
as variaes cambiais.
Por exemplo, o Pronunciamento Tcnico CPC 38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensurao e a Orientao OCPC 03 Instrumentos
Financeiros: Reconhecimento, Mensurao e Evidenciao requerem que as variaes cambiais advindas de item monetrio, qualificado como instrumento
de hedge em operao de hedge de fluxo de caixa, sejam inicialmente
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reconhecidas em conta especfica de outros resultados abrangentes (dentro do
Patrimnio Lquido), na extenso da eficcia da operao de hedge.
Comentrios
Aproveitaremos o texto acima para comentar rapidamente sobre hedge.
As operaes de hedge so feitas para proteo. Vamos supor que determinada
empresa comercialize apenas os produtos que importa da sua investidora, localizada no EUA. As importaes tem prazo de pagamento de 6 meses, e
portanto essa empresa possui um grande valor a pagar vinculado ao dlar. Ela se encontra em situao vulnervel, pois se houver uma maxidesvalorizao do
dlar (como j tivemos em vrias ocasies) ou se a cotao do dlar disparar, seu passivo ir aumentar e o resultado diminuir.
Para se proteger, a empresa poderia, por exemplo, realizar investimentos
vinculados ao dlar. Dessa forma, se houver uma maxidesvalorizao, ela ir
perder pelo aumento do valor do passivo e ganhar pelo aumento do ativo (investimento), reduzindo ou anulando o risco cambial.
O investimento vinculado ao dlar seria item monetrio sujeito variao
cambial; tal variao normalmente iria para o resultado do perodo.
Mas se for instrumento de hedge, a variao cambial ser inicialmente reconhecida em conta especfica do Patrimnio Lquido.
28. As variaes cambiais advindas da liquidao de itens monetrios ou da converso de itens monetrios por taxas diferentes daquelas pelas quais foram
convertidos quando da mensurao inicial, durante o perodo ou em demonstraes contbeis anteriores, devem ser reconhecidas na demonstrao
do resultado no perodo em que surgirem, com exceo daquelas descritas no
item 32.
29. Quando itens monetrios so originados de transaes em moeda estrangeira e h mudana na taxa de cmbio entre a data da transao e a
data da liquidao, surge uma variao cambial. Quando a transao liquidada dentro do mesmo perodo contbil em que foi originada, toda a
variao cambial deve ser reconhecida nesse mesmo perodo. Entretanto, quando a transao liquidada em perodo contbil subsequente, a variao
cambial reconhecida em cada perodo, at a data de liquidao, deve ser
determinada pela mudana nas taxas de cmbio ocorrida durante cada perodo.
Comentrios
O item 32 refere-se ao tratamento das variaes de itens monetrios que fazem parte do investimento lquido em entidade no exterior, j tratado
anteriormente.
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Os itens 28 e 29, acima, esclarecem que a variao cambial deve ser apropriada seguindo o regime de competncia. Ou seja, se determinada
transao contratada em outubro/X1 e dever ser liquidada em julho/X2, a variao cambial ocorrida entre outubro/X1 e dezembro/X1 deve ser
contabilizada no ano de X1 (supondo, naturalmente, que a entidade encerra seus demonstrativos em 31/12 de cada ano).
30. Quando um ganho ou uma perda sobre itens no monetrios for reconhecido em conta especfica de outros resultados abrangentes, qualquer
variao cambial atribuda a esse componente de ganho ou perda deve ser tambm reconhecida em conta especfica de outros resultados abrangentes. Por
outro lado, quando um ganho ou uma perda sobre item no monetrio for reconhecido na demonstrao do resultado do perodo, qualquer variao
cambial atribuda a esse ganho ou perda deve ser tambm reconhecida na
demonstrao do resultado do perodo.
Comentrios
Portanto, o acessrio acompanha o principal, vale dizer, se o ganho ou perda do
item no monetrio for reconhecido no PL, a variao cambial tambm o ser. Se o ganho ou perda sobre itens no monetrio for reconhecido no resultado, a
variao cambial tambm dever ser reconhecida no resultado.
ALTERAO DA MOEDA FUNCIONAL
35. Quando h alterao na moeda funcional da entidade, a entidade deve aplicar, prospectivamente, os procedimentos de converso requeridos nova moeda funcional a partir da data da alterao.
36. Conforme ressaltado no item 13, a moeda funcional da entidade reflete as
transaes, os eventos e as condies subjacentes que so relevantes para a
entidade. Portanto, uma vez determinada a moeda funcional, ela somente pode ser alterada se houver mudana nas transaes, nos eventos e
nas condies subjacentes. Por exemplo, uma alterao na moeda que influencia fortemente os preos de venda de bens e servios pode conduzir a
alterao na moeda funcional da entidade.
37. O efeito da alterao na moeda funcional deve ser tratado contabilmente de modo prospectivo. Objetivamente, a entidade deve converter todos os itens
para a nova moeda funcional, utilizando a taxa de cmbio observada na data da alterao. Os montantes resultantes da converso, no caso dos itens no
monetrios, devem ser tratados como se fossem seus custos histricos. Variaes cambiais advindas da converso da entidade no exterior, previamente
reconhecidas em outros resultados abrangentes, de acordo com os itens 32 e 39(c), no devem ser transferidas do patrimnio lquido para a demonstrao
do resultado at a baixa da entidade no exterior.
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Comentrios
importante destacar que pode haver mudana na moeda funcional, se houver alterao nas transaes, nos eventos e nas condies em que a
empresa opera.
Se ocorrer a alterao da moeda funcional, a entidade dever converter todos os itens (monetrios e no-monetrios) para a nova moeda, usando a cotao
da data da alterao (data em se adotou a nova moeda funcional).
Os efeitos da alterao devem ser tratados contabilmente de forma prospectiva, ou seja, da data da alterao em diante, sem alterar as demonstraes
passadas.
USO DE MOEDA DE APRESENTAO DIFERENTE DA MOEDA FUNCIONAL
CONVERSO PARA A MOEDA DE APRESENTAO
38. A entidade pode apresentar suas demonstraes contbeis em qualquer moeda (ou moedas). Se a moeda de apresentao das demonstraes
contbeis difere da moeda funcional da entidade, seus resultados e sua posio financeira devem ser convertidos para a moeda de apresentao. Por exemplo,
quando um grupo econmico composto por entidades individuais com diferentes moedas funcionais, os resultados e a posio financeira de cada
entidade devem ser expressos na mesma moeda comum a todas elas, para que as demonstraes contbeis consolidadas possam ser apresentadas.
39. Os resultados e a posio financeira da entidade, cuja moeda funcional no
moeda de economia hiperinflacionria, devem ser convertidos para moeda de apresentao diferente, adotando-se os seguintes procedimentos:
(a) ativos e passivos para cada balano patrimonial apresentado (incluindo os balanos comparativos) devem ser convertidos, utilizando-se a taxa de cmbio
de fechamento na data do respectivo balano; (b) receitas e despesas para cada demonstrao do resultado abrangente ou
demonstrao do resultado apresentada (incluindo as demonstraes comparativas) devem ser convertidas pelas taxas de cmbio vigentes nas datas
de ocorrncia das transaes; e (c) todas as variaes cambiais resultantes devem ser reconhecidas em outros
resultados abrangentes.
40. Por razes prticas, uma taxa que se aproxime das taxas de cmbio vigentes nas datas das transaes, por exemplo, a taxa mdia para o perodo,
pode ser normalmente utilizada para converter itens de receita e despesa. Entretanto, se as taxas de cmbio flutuarem significativamente, o uso da taxa
de cmbio mdia para o perodo inapropriado.
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41. As variaes cambiais mencionadas no item 39(c) so decorrentes de:
(a) converso de receitas e despesas pela taxas de cmbio vigentes nas datas
de ocorrncia das transaes e converso de ativos e passivos pela taxa de cmbio de fechamento;
(b) converso dos saldos de abertura de ativos lquidos (patrimnio lquido) pela taxa de cmbio de fechamento atual, que difere da taxa de cmbio de
fechamento anterior.
Essas variaes cambiais no devem ser reconhecidas na demonstrao do resultado porque as mudanas nas taxas de cmbio tm pouco ou nenhum
efeito direto sobre os fluxos de caixa atuais e futuros advindos das operaes. O montante acumulado das variaes cambiais deve ser apresentado em conta
especfica separada do patrimnio lquido at que ocorra a baixa da entidade no exterior. Quando as variaes cambiais so relacionadas a uma entidade no
exterior que consolidada, porm no controlada integralmente, as variaes
cambiais acumuladas advindas da converso e atribudas s participaes de no controladores devem ser a estas alocadas e devem ser, dessa forma,
reconhecidas no balano patrimonial consolidado.
Comentrios
Abaixo, uma questo para explicar em detalhes como fazer a converso de
demonstraes contbeis em moeda estrangeira para real. Dever esclarecer, tambm, o clculo do ajuste acumulado de converso.
Questo Investimento no exterior e converso de demonstraes contbeis
A Cia KLS, sediada em So Paulo, constituiu a empresa ABC em Paris, e
integralizou o Capital Social, no valor de 20.000 euros, no dia 01/11/X1.
Cotao em 01/11/X1: 1 euro = 2 reais
Lanamento na KLS aps o investimento:
D - Investimentos no Exterior 40.000 reais C Caixa / bancos 40.000 reais Balano inicial da empresa ABC (em euros)
01/11/X1
Caixa 20.000
Capital Social 20.000
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Durante os meses de novembro e dezembro de X1, a empresa ABC no efetuou
nenhuma operao, permanecendo com o mesmo balano inicial.
Cotao de 31/12/X1: 1 euro = 1,90 reais
1. Indique o lanamento contbil na empresa KLS, em 31/12/X1:
a) D Caixa / bancos 2.000 C Capital Social 2.000 b) No houve lucro ou prejuzo na Controlada Abc no Exterior; portanto, no h
lanamento na controladora KLS
c) D Variao cambial (resultado) 2.000 C Investimentos no exterior (ANC) 2.000
d) D Ajustes acumulados de converso (PL) 2.000 C Investimentos no exterior (ANC) 2.000
e) D Variao cambial ( resultado) 2.000
C Ajustes acumulados de converso (ANC) 2.000
Durante o ano de X2, a controlada ABC realizou diversas operaes,
apresentando os seguintes demonstrativos em 31/12/x2:
BALANO PATRIMONIAL EM 31/12/X2
BALANO PATRIMONIAL EM 31/12/X2
ATIVO EUROS PASSIVO EUROS
Caixa / bancos 16.000 Fornecedores 7.000
Clientes 8.000 Aluguis a pagar 500
Estoque 6.500 Tributos a recolher 750
Capital Social 20.000
Lucro Lquido 2.250
Total Ativo 30.500 Total Passivo + PL 30.500
DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO
Vendas 12.000
(-) CMV -4.500
Lucro bruto 7.500
Salrios -2.000
Despesas vendas -1.500
Despesas aluguis -1.000
Lucro antes Tributos 3.000
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Tributos -750
Lucro lquido 2.250
Considerando as cotaes abaixo, responda s questes:
Cotao de 31/12/X1: 1 euro = 1,90 reais Cotao de 31/12/X2: 1 euro = 2,40 reais
Cotao mdia de X2: 1 euro = 2,20 reais
2. Indique o valor em reais a ser reconhecido no resultado do exerccio da Cia
KLS em 31/12/X2
a) 8.450 b) 7.140
c) 6.259 d) 4.950
e) 3.549
3. Indique o valor em reais da conta ajuste acumulado de converso na Cia KLS
em 31/12/X2
a) 8.450 b) 7.140
c) 6.259 d) 4.950
e) 3.549
4. Indique o valor do investimento na Cia KLS, em 31/12/X2
a) 38.000 b) 40.000
c) 53.400
d) 63.500 e) 73.200
Resoluo das questes
Para converter demonstraes contbeis de uma moeda estrangeira para o
Real, usamos os seguintes procedimentos:
1. Ativo e passivo: usamos a taxa de fechamento da data do balano 2. Patrimnio lquido: usamos a taxa histrica, ou seja, a taxa de converso da data em que foi contabilizado o item no PL.
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3. Demonstrao do resultado do exerccio: deve ser usada a taxa da data da transao. Mas aceitvel usar uma taxa mdia (por exemplo, converter
todas as vendas de um ms pela taxa mdia do ms), desde que as vendas sejam distribudas normalmente e a taxa tambm no apresente alteraes que
possam distorcer os dados. 4. Depois de efetuarmos os clculos acima, o valor do ativo no ir bater com o
valor do passivo + PL. A diferena (que era chamada de ganhos ou perdas na converso) constituir o chamado ajuste acumulado de converso, e ser contabilizado no PL.
Parece complicado, mas, com a resoluo da questo, ficar bem mais fcil.
Questo de n. 1
Vamos resolver a primeira questo:
Ativo Euros Cotao Reais Patrimnio Lquido Euros Cotao Reais
Caixa/bancos 20.000 1,9 38.000 Capital Social 20.000 2 40.000
Ganhos/perdas na converso
-2.000
Total ativo 38.000 Total do patrimnio lquido 38.000
Para o ativo (que s tem a conta caixa) usamos a taxa de fechamento de 1,90.
Para o PL, usamos a taxa histrica de 2,00.
Assim, obtemos um ativo de R$ 38.000 e um PL de R$ 40.000. A diferena
(perda de 2000) refere-se perda na converso (ajuste acumulado de converso). Essa perda no decorre de atividades da empresa, que, alis, no
teve nenhuma atividade neste ano, conforme dados da questo.
puramente cambial, em virtude da variao do euro de 2,00 para 1,90, e portanto no afeta o resultado do exerccio.
Repare que o valor do Investimento (ativo da controladora) passou de 40.000 reais para 38.000 reais.
O lanamento na controladora fica assim:
D Ajuste Acumulado de Converso (PL) 2.000 C Investimentos no exterior (AC) 2.000
Transcrevemos abaixo parte do pronunciamento CPC 02 (R2) que trata deste assunto:
39. Os resultados e a posio financeira da entidade, cuja moeda funcional no moeda de economia hiperinflacionria, devem ser convertidos para moeda de
apresentao diferente, adotando-se os seguintes procedimentos:
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(a) ativos e passivos para cada balano patrimonial apresentado (incluindo os
balanos comparativos) devem ser convertidos, utilizando-se a taxa de cmbio de fechamento na data do respectivo balano;
(b) receitas e despesas para cada demonstrao do resultado abrangente ou demonstrao do resultado apresentada (incluindo as demonstraes
comparativas) devem ser convertidas pelas taxas de cmbio vigentes nas datas de ocorrncia das transaes; e
(c) todas as variaes cambiais resultantes devem ser reconhecidas em outros resultados abrangentes.
40. Por razes prticas, uma taxa que se aproxime das taxas de cmbio
vigentes nas datas das transaes, por exemplo, a taxa mdia para o perodo, pode ser normalmente utilizada para converter itens de receita e despesa.
Entretanto, se as taxas de cmbio flutuarem significativamente, o uso da taxa de cmbio mdia para o perodo inapropriado.
41. As variaes cambiais mencionadas no item 39(c) so decorrentes de:
(a) converso de receitas e despesas pela taxas de cmbio vigentes nas datas de ocorrncia das transaes e converso de ativos e passivos pela taxa de
cmbio de fechamento;
(b) converso dos saldos de abertura de ativos lquidos (patrimnio lquido) pela taxa de cmbio de fechamento atual, que difere da taxa de cmbio de
fechamento anterior.
Gabarito D
Continuao da resoluo...
Vamos converter as demonstraes acima, de euros para reais:
BALANO PATRIMONIAL EM 31/12/X2
Ativo Euros Cotao Reais Passivo Euros Cotao Reais
Caixa / bancos 16.000 2,4 38.400 Fornecedores 7.000 2,4 16.800
Clientes 8.000 2,4 19.200 Aluguis a pagar 500 2,4 1.200
Estoque 6.500 2,4 15.600 Tributos a recolher 750 2,4 1.800
Total Passivo 8.250
19.800
Capital Social 20.000 2 40.000
Lucro Lquido 2.250
4.950
Ganho/perda converso
8.450
Total PL 22.250
53.400
Total Ativo 30.500 73.200 Total Passivo + PL 30.500 73.200
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DEMONSTRAO DO RESULTADO DO EXERCCIO
Euros Cotao Reais
Vendas 12.000 2,2 26.400
(-) CMV -4.500 2,2 -9.900
Lucro bruto 7.500
16.500
Salrios -2.000 2,2 -4.400
Despesas vendas -1.500 2,2 -3.300
Despesas aluguis -1.000 2,2 -2.200
Lucro antes Tributos 3.000
6.600
Tributos -750 2,2 -1.650
Lucro lquido 2.250
4.950
Questo de n. 2
A DRE deve ser convertida pela taxa da data da transao, sendo aceitvel o
uso de taxa mdia. Acima, convertemos toda a DRE, mas podemos usar o seguinte clculo:
Lucro lquido 2.250 euros x taxa mdia de 2,20 = 4.950 reais.
Este valor refere-se a um lucro efetivo, apurado pela controlada no exterior.
Como uma controlada integral (a controladora tem 100% de participao),
reconhecemos este lucro na controladora pela equivalncia patrimonial:
D Investimento no Exterior (ativo) 4.950 C Resultado da equivalncia Patrimonial (resultado) 4.950
Gabarito D.
Questo de n. 3
O ativo, convertido pela taxa de fechamento (2,40), de R$ 73.200.
O passivo, convertido pela taxa de fechamento (2,40), de R$ 19.800.
O capital social, convertido pela taxa histrica (2,00), de R$ 40.000.
E o lucro do exerccio (taxa mdia de 2,20) de R$ 4.950.
A diferena (73.200 19.800 40.000 4.950 = 8450) o valor do ajuste acumulado de converso.
Vejamos a contabilizao.
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A conta de Investimentos no Exterior apresenta o seguinte saldo: 40.000 2.000 + 4.950 = R$ 42.950.
O valor do PL em reais da empresa no exterior de 53.400 (ativo de 73.200
reais - passivo de 19.800).
Assim, temos que complementar essa conta (investimento) no valor de 53.400 42.950 = R$ 10.450,00. D Investimento no Exterior (ativo) 10.450 C Ajuste acumulado de converso (PL) 10.450
A conta ajuste acumulado de converso apresentava um saldo de R$ 2.000,00 devedor (veja questo 1, acima).
Com o crdito de 10.450 nesta conta, o saldo passa para 8.450 credor.
Este valor bate com o ganho de converso (ajuste acumulado de converso) apurado no balano convertido de 31/12/X2 (veja acima o balano completo
convertido).
Vem da o nome da conta. Ela sempre ir bater com a posio acumulada, e no apenas com a perda ou ganho de converso auferido no ano (o ganho de
converso do ano foi de 10.450, mas o saldo mostra 8.450).
Gabarito A.
Questo de n. 4
Este item foi explicado na questo anterior. Passemos a contabilizao completa.
1. Pelo investimento
D Investimentos no exterior (ANC) 40.000 C Caixa/bancos 40.000
2. Pela converso em 31/12/X1
D Ajustes de converso acumulados (PL) 2.000 C - Investimentos no exterior (ANC) 2.000
3. Pela equivalncia Patrimonial em 31/12/X2
D Investimentos no exterior (ANC) 4.950
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C Resultado da Equivalncia Patrimonial 4.950 4. Pela variao cambial (ganhos / perdas na converso)
D Investimentos no exterior (ANC) 10.450 C - Ajustes de converso acumulados (PL) 10.450
OBS: Para a prova, no h necessidade de se fazer todos esses clculos. Calcule diretamente.
Assim: Ativo passivo = 22.250 euros x 2,40 = 53.400 reais Lucro lquido: 2.250 euros x 2,2 = 4.950 reais (vai para resultado)
Capital: 20.000 euros x 2,00 = 40.000 reais
Ajuste acumulado de converso: 53.400 4950 40.000 = 8.450 reais. O valor do Ajuste Acumulado de Converso tambm pode ser calculado
diretamente, da seguinte forma:
PL: Diferena de taxa x PL (2,40 2,00) x US$ 20.000 = R$ 8.000 (1)
Lucro do exerccio: (2,40 2,20) x US$ 2.250 = R$ 450 (2)
Soma (1) + (2) = 8.000 + 450 = R$ 8.450.
Vimos acima como calcular o valor da variao cambial que vai para o PL, na conta Ajuste Acumulado de Converso, bem como os procedimentos para a
converso das demonstraes contbeis para moeda estrangeira. Alis, os
pontos estudados acima so os mais importantes.
Gabarito C.
Veremos, agora, como ocorre a realizao dos valores registrados nessa conta e a divulgao.
Apresentamos o texto do pronunciamento, pois, se cair alguma questo sobre
tais assuntos, provavelmente ser de literalidade.
REALIZAO DAS VARIAES CAMBIAIS REGISTRADAS EM CONTA
ESPECFICA DO PATRIMNIO LQUIDO
BAIXA TOTAL OU PARCIAL DE ENTIDADE NO EXTERIOR 48. Na baixa de entidade no exterior, o montante acumulado de variaes
cambiais relacionadas a essa entidade no exterior, reconhecido em outros resultados abrangentes e registrado em conta especfica do patrimnio lquido,
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deve ser transferido do patrimnio lquido para a demonstrao do resultado
(como ajuste de reclassificao) quando o ganho ou a perda na baixa for reconhecido (a esse respeito ver Pronunciamento Tcnico CPC 26 Apresentao
das Demonstraes Contbeis).
48A. Alm do tratamento contbil previsto para a baixa integral da participao da entidade em entidade no exterior, os seguintes eventos devem receber
tratamento contbil similar devem ser contabilizados como baixa mesmo que a entidade mantenha participao na ex-controlada, na ex-coligada ou no
ex-empreendimento controlado em conjunto:
(a) a perda de controle de controlada que contenha entidade no exterior; (b) a perda de influncia significativa sobre coligada que contenha entidade no
exterior; (c) a perda de controle compartilhado sobre empreendimento controlado em
conjunto que contenha entidade no exterior.
DIVULGAO
51. Nos itens 53 e 55 a 57, as referncias "moeda funcional" aplicam-se, no caso de grupo econmico, moeda funcional da controladora.
52. A entidade deve divulgar: (a) o montante das variaes cambiais reconhecidas na demonstrao do
resultado, com exceo daquelas originadas de instrumentos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado, de acordo com o
Pronunciamento Tcnico CPC 38 Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensurao e a Orientao OCPC 03 Instrumentos Financeiros:
Reconhecimento, Mensurao e Evidenciao; e
(b) variaes cambiais lquidas reconhecidas em outros resultados abrangentes
e registradas em conta especfica do patrimnio lquido, e a conciliao do montante de tais variaes cambiais, no incio e no final do perodo.
53. Quando a moeda de apresentao das demonstraes contbeis for
diferente da moeda funcional, esse fato deve ser relatado juntamente com a divulgao da moeda funcional e da razo para a utilizao de moeda de
apresentao diferente.
54. Quando houver alterao na moeda funcional da entidade que reporta a informao ou de entidade no exterior significativa, esse fato e a razo para a
alterao na moeda funcional devem ser divulgados.
55. Quando a entidade apresentar suas demonstraes contbeis em moeda que diferente da sua moeda funcional, ela s deve mencionar que essas
demonstraes esto em conformidade com as prticas contbeis adotadas no
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Brasil se elas estiverem de acordo com todas as exigncias de cada Pronunciamento Tcnico, Orientao e Interpretao do CPC aplicveis,
incluindo o mtodo de converso definido nos itens 39 e 42.
RESUMO GERAL TAXA DE CMBIO
Uma empresa pode ter transaes em moeda estrangeira ou operaes (controladas ou coligadas) no exterior
1. No caso de transaes:
1.1. Reconhecimento inicial: feito pela taxa de cmbio na data da
transao
2. Reconhecimentos subseqentes
2.1. Itens monetrios: so convertidos pela taxa de fechamento (taxa da
data do balano). A variao cambial vai para o resultado. 2.2. Itens no monetrios reconhecidos pelo custo: so convertidos pela
taxa da data da transao, portanto no geram variao cambial. 2.3. Itens no monetrios reconhecidos pelo valor justo: so convertidos
pela taxa da data de reconhecimento ao valor justo.
3. Filial, agncia, sucursal ou dependncia no exterior:
3.1. No tem autonomia considerada uma extenso das atividades da investidora variao cambial vai para resultado; 3.2. Tem autonomia entidade autnoma variao cambial vai para conta especfica do Patrimnio Lquido, e reconhecida no resultado apenas quando da alienao ou baixa do investimento no exterior.
4. Dividendos:
4.1. De investimentos avaliado pela equivalncia patrimonial: So
convertidos pela taxa da data do efetivo recebimento e reduzidos do valor do investimento
Contabilizao:
D Bancos C Investimento 4.2. De investimentos avaliados pelo custo: so convertidos pela taxa da
data do efetivo recebimento e reconhecidos como receita, exceto se forem referentes a resultados pr-existentes. Nesse ltimo caso, diminuem o valor do
investimento.
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Contabilizao
D Bancos C Receita de dividendos OU
D Bancos C - Investimento
Se os dividendos forem referentes a resultados pr-existentes.
5. Itens monetrios com caractersticas de investimento liquido: ocorre quando valores a receber ou a pagar entre a investidora e a investida, sem
previso de liquidao. Nesse caso, tais valores so considerados parte do
investimento lquido.
5.1. Nas demonstraes individuais de cada empresa: a variao cambial desses itens monetrios reconhecida no resultado do exerccio.
5.2. Nas demonstraes consolidadas: a variao cambial dos itens monetrios com natureza de investimento reconhecida no Patrimnio
Lquido.
6. Para converter demonstraes em moeda estrangeira para real:
6.1. Ativo e Passivo : use a Taxa de Fechamento (taxa da data do balano) 6.2. PL : use a taxa histrica (taxa da data em que o valor foi includo no PL)
6.3. DRE: use a taxa da data da transao OU taxa mdia. 6.4. A diferena (ATIVO (PASSIVO + PL)) o Ajuste Acumulado de Converso.
6.5. O lucro ou prejuzo apurado vai para o Resultado, via Equivalncia Patrimonial.
6.6. O valor calculado conforme item 6.4 acima vai para o PL ( Ajuste Acumulado de Converso).
7. Moeda funcional: a moeda do ambiente econmico principal no qual a
entidade opera. Pode ser alterada.
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RESOLUO N 1.304/2010 DO CFC - OPERAES DE ARRENDAMENTO
MERCANTIL (R1)
INTRODUO:
As operaes de arrendamento mercantil dividem-se em Operacionais e Financeiras (veremos adiante as diferenas entre elas). Nas operaes de arrendamento mercantil financeiro (tambm chamada de
leasing financeiro), uma empresa aluga um determinado bem, pagando vrias prestaes e com a opo de compra do bem ao final do contrato, geralmente
por um valor pequeno.
Por exemplo: Leasing de um veculo, com valor de R$ 30.000, a ser pago em 60
prestaes de R$ 520, e com opo de compra ao final do contrato por R$ 2.000.
Este tipo de operao era contabilizado, na arrendatria, apenas quando do
efetivo pagamento de cada parcela:
D Despesa de leasing 520 C Banco 520 Isto porque o fisco (IR) aceitava que o valor das prestaes fosse abatido do
imposto de renda.
Ocorre que, na verdade, este tipo de operao uma compra parcelada do bem. Portanto, pela aplicao do Princpio de Primazia da Essncia sobre a
Forma, deveria ser contabilizado da seguinte maneira:
D Veculo 30.000 D Juros a transcorrer 3.200 C Leasing a pagar 33.200 {( 520 x 60) + 2000} Com as alteraes na contabilidade, o lanamento contbil do arrendamento
mercantil financeiro passa a ser realizado da forma mais correta tecnicamente.
E sem produzir efeitos fiscais, pois, no LALUR, as empresas podem continuar abatendo as prestaes quando do efetivo pagamento, como se fazia
anteriormente.
Este Pronunciamento no difcil, mas tem muitas particularidades e mincias. Vamos estudar os pontos mais importantes, e que tem maior chance de cair.
No vivel estudar todo o pronunciamento em detalhes, o custo/benefcio no
compensa.
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Assim, para os pontos mais importantes, vamos ver o texto do Pronunciamento e explicao detalhada; para alguns outros pontos, apenas o texto do
pronunciamento; e as mincias ou pontos muito especficos ficaro de fora.
O pronunciamento completo pode ser encontrado no site do CPC:
www.cpc.org.br
Aps estas breves consideraes, vamos comear:
OBJETIVO
1. O objetivo deste Pronunciamento estabelecer, para arrendatrios e arrendadores, polticas contbeis e divulgaes apropriadas a aplicar em relao
a arrendamentos mercantis.
ALCANCE
2. Este Pronunciamento deve ser aplicado na contabilizao de todas as
operaes de arrendamento mercantil (leasing) que no sejam:
(a) arrendamentos mercantis para explorar ou usar minrios, petrleo, gs natural e recursos similares no regenerveis; e
(b) acordos de licenciamento para itens tais como fitas cinematogrficas, registros de vdeo, peas de teatro, manuscritos, patentes e direitos autorais
(copyrights). Este Pronunciamento, entretanto, no deve ser aplicado como base de
mensurao para: (a) propriedade detida por arrendatrio que seja contabilizada como
propriedade de investimento (ver Pronunciamento Tcnico CPC 28 Propriedade para Investimento);
(b) propriedade de investimento fornecida pelos arrendadores sob a forma de arrendamentos mercantis operacionais (ver Pronunciamento Tcnico CPC 28);
(c) ativos biolgicos detidos por arrendatrios sob a forma de arrendamentos
mercantis financeiros (ver Pronunciamento Tcnico CPC 29 Ativo Biolgico e Produto Agrcola); ou
(d) ativos biolgicos fornecidos por arrendadores sob a forma de
arrendamentos mercantis operacionais (ver Pronunciamento Tcnico CPC 29);
Comentrios
Esse pronunciamento no deve ser aplicado para ativos contabilizados como investimentos, ativos biolgicos ou ativos mantidos para venda.
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ALCANCE
3. Este Pronunciamento aplica-se a acordos que transfiram o direito de usar ativos mesmo que existam servios substanciais relativos ao funcionamento ou manuteno de tais ativos prestados pelos arrendadores. Este
pronunciamento no se aplica a acordos que sejam contratos de servio que no transfiram o direito de usar os ativos de uma parte contratante para a
outra.
DEFINIES
Os seguintes termos so usados neste Pronunciamento, com os significados especificados:
Arrendamento mercantil um acordo pelo qual o arrendador transmite ao
arrendatrio em troca de um pagamento ou srie de pagamentos o direito de
usar um ativo por um perodo de tempo acordado.
Arrendamento mercantil financeiro aquele em que h transferncia substancial dos riscos e benefcios inerentes propriedade de um ativo. O
ttulo de propriedade pode ou no vir a ser transferido.
Arrendamento mercantil operacional um arrendamento mercantil
diferente de um arrendamento mercantil financeiro.
Comentrios
O critrio acima, para diferenciar arrendamento mercantil financeiro do arrendamento mercantil operacional, muito importante. Vamos reforar: No
arrendamento financeiro, os riscos e benefcios inerentes a um ativo
so transferidos. No operacional, no so.
Arrendamento mercantil no cancelvel um arrendamento mercantil que cancelvel apenas:
(a) aps a ocorrncia de alguma contingncia remota; (b) com a permisso do arrendador;
(c) se o arrendatrio contratar um novo arrendamento mercantil para o mesmo ativo ou para um ativo equivalente com o mesmo arrendador; ou
(d) aps o pagamento pelo arrendatrio de uma quantia adicional tal que, no incio do arrendamento mercantil, a continuao do arrendamento mercantil
seja razoavelmente certa.
Incio do arrendamento mercantil a mais antiga entre a data do acordo de arrendamento mercantil e a data de um compromisso assumido pelas partes
quanto s principais disposies do arrendamento mercantil. Nessa data:
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(a) um arrendamento mercantil classificado como arrendamento mercantil
financeiro ou arrendamento mercantil operacional; e (b) no caso de arrendamento mercantil financeiro, as quantias a reconhecer no
comeo do prazo do arrendamento mercantil so determinadas.
Comeo do prazo do arrendamento mercantil a data a partir da qual o arrendatrio passa a poder exercer o seu direito de usar o ativo arrendado. a
data do reconhecimento inicial do arrendamento mercantil (i.e. o reconhecimento dos ativos, passivos, receita ou despesas resultantes do
arrendamento mercantil, conforme for apropriado).
Prazo do arrendamento mercantil o perodo no cancelvel pelo qual o arrendatrio contratou o arrendamento mercantil do ativo juntamente com
quaisquer prazos adicionais pelos quais o arrendatrio tem a opo de continuar a arrendar o ativo, com ou sem pagamento adicional, quando no incio do
arrendamento mercantil for razoavelmente certo que o arrendatrio exercer a
opo.
Pagamentos mnimos do arrendamento mercantil so os pagamentos durante o prazo do arrendamento mercantil que o arrendatrio faa, ou que lhe
possam ser exigidos que faa, excluindo pagamento contingente, custos relativos a servios e impostos a serem pagos pelo arrendador e a ele serem
reembolsados, juntamente com:
(a) para arrendatrio, quaisquer quantias garantidas pelo arrendatrio ou por parte relacionada a ele; ou
(b) para arrendador, qualquer valor residual garantido ao arrendador: (i) pelo arrendatrio;
(ii) por parte relacionada com o arrendatrio; ou (iii) por terceiro no relacionado com o arrendador que seja financeiramente
capaz de dar cumprimento s obrigaes segundo a garantia.
Contudo, se o arrendatrio tiver a opo de comprar o ativo por um preo que
se espera seja suficientemente mais baixo do que o valor justo na data em que a opo se torne exercvel, para que, no incio do arrendamento mercantil, seja
razoavelmente certo que a opo ser exercida, os pagamentos mnimos do arrendamento mercantil compreendem os pagamentos mnimos a pagar
durante o prazo do arrendamento mercantil at data esperada do exerccio dessa opo de compra e o pagamento necessrio para exerc-la.
Valor justo o valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo
liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negcio e independentes entre si, com a ausncia de fatores que pressionem para a liquidao da
transao ou que caracterizem transao compulsria.
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Vida econmica :
(a) o perodo durante o qual se espera que um ativo seja economicamente
utilizvel por um ou mais usurios; ou (b) o nmero de unidades de produo ou de unidades semelhantes que um ou
mais usurios esperam obter do ativo.
Vida til o perodo remanescente estimado, a partir do comeo do prazo do arrendamento mercantil, sem limitao pelo prazo do arrendamento mercantil,
durante o qual se espera que os benefcios econmicos incorporados no ativo sejam consumidos pela entidade.
Valor residual garantido :
(a) para um arrendatrio, a parte do valor residual que seja garantida por ele
ou por parte a ele relacionada (sendo o valor da garantia o valor mximo que
possa, em qualquer caso, tornar-se pagvel); e (b) para um arrendador, a parte do valor residual que seja garantida pelo
arrendatrio ou por terceiro no relacionado com o arrendador que seja financeiramente capaz de satisfazer as obrigaes cobertas pela garantia.
Valor residual no garantido a parte do valor residual do ativo arrendado,
cuja realizao pelo arrendador no esteja assegurada ou esteja unicamente
garantida por uma parte relacionada com o arrendador.
Comentrios
Valor residual no garantido refere-se a clusulas especficas do contrato de arrendamento. Supondo que o valor residual seja 2.000,00, podemos ter a
seguinte situao: Se o arrentadrio no comprar o bem, dever pagar,
digamos, 500,00 reais (Valor residual garantido). Se comprar, ir pagar 2000 reais (portanto, 1500 reais o valor residual no garantido). A finalidade do
valor residual garantido cobrir os gastos que o arrendador ter para arrendar novamente o bem. No caso de um veculo, por exemplo, pode ser necessrio
realizar algum conserto, antes de arrend-lo novamente. O valor residual garantido um pagamento que dever ser feito obrigatoriamente pelo
arrendatrio, previsto no contrato. O valor residual no garantido ocorre quando o arrendatrio escolhe se vai ou no adquirir o bem, ao final do
contrato.
Custos diretos iniciais so custos incrementais que so diretamente atribuveis negociao e estruturao de um arrendamento mercantil, exceto os custos incorridos pelos arrendadores fabricantes ou comerciantes.
Investimento bruto no arrendamento mercantil a soma:
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(a) dos pagamentos mnimos do arrendamento mercantil a receber pelo arrendador segundo um arrendamento mercantil financeiro; e
(b) de qualquer valor residual no garantido atribudo ao arrendador.
Investimento lquido no arrendamento mercantil o investimento bruto no arrendamento mercantil descontado taxa de juros implcita no
arrendamento mercantil.
Receita financeira no realizada a diferena entre:
(a) o investimento bruto no arrendamento mercantil; e (b) o investimento lquido no arrendamento mercantil.
Taxa de juros implcita no arrendamento mercantil a taxa de desconto
que, no incio do arrendamento mercantil, faz com que o valor presente agregado: a) dos pagamentos mnimos do arrendamento mercantil; e b) do
valor residual no garantido seja igual soma (i) do valor justo do ativo
arrendado e (ii) de quaisquer custos diretos iniciais do arrendador.
Comentrios
Vamos explicar melhor as definies acima, detalhando a seguinte operao:
Arrendamento mercantil financeiro de uma mquina, com valor a vista de 50.000 e despesas de instalaes (por conta do arrendador) de 2.000, pelo
prazo de 8 anos. Ser paga em 8 prestaes anuais, de 9.000 reais e com valor residual no garantido de 8.544.
Investimento Bruto no Arrendamento Mercantil: 8 x