Aula 04 - Ordem Social

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CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS Aula 4 - Ordem Social Bom dia! Chegamos ao final do nosso curso. Espero que as informaes passadas aqui (de forma virtual) auxiliem a sua preparao para o concurso da Polcia Federal. O edital ainda no saiu, mas voc j saiu na frente dos concorrentes. Afinal, voc j estar preparado quando ele vier. E a, s revisar os principais aspectos. Agradeo a confiana e espero ter sido til. Hoje trataremos da ordem social. Primeiro apresentaremos as noes gerais desse ttulo da nossa Constituio. Logo a seguir entraremos nas questes sobre seguridade social, meio ambiente e, por fim, as questes sobre famlia, criana, adolescente, idoso e ndio. Esses assuntos costumam ser cobrados de forma mais literal. Assim, faa a aula com a sua Constituio ao lado (inclusive marcando os principais detalhes). Voc tem dvidas de que esse assunto importante? Bem, separei uma questo do ltimo concurso da PF, para que voc possa notar como cai mesmo em concurso...rsrs Assim, comeo com uma questo de 2009 e depois passo a apresentar o tema de maneira geral. 1) (CESPE/AGENTE/PF/2009) A Constituio Federal de 1988 (CF) no reconhece aos ndios a propriedade sobre as terras por eles tradicionalmente ocupadas. A Constituio trata dos ndios nos arts. 231 e 232. Segundo o art. 231, so reconhecidos aos ndios os direitos originrios sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo Unio demarc-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. Ademais, no 2 estabelece-se que as terras tradicionalmente ocupadas pelos ndios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. Segundo Alexandre de Moraes, ao apresentar as caractersticas da garantia constitucional dos ndios, em relao aos direitos originrios sobre suas terras; a posse no se confunde com a propriedade dessas terras. Assim, enquanto a posse permanente dessas terras seja dos prprios ndios, a propriedade da Unio, tendo em vista que a Constituio estabelece expressamente que so bens da Unio as terras tradicionalmente ocupadas pelos ndios (CF, art. 20, XI). Em suma, a questo est correta, pois a Constituio Federal no confere aos ndios a propriedade sobre as terras por eles tradicionalmente ocupadas, apenas a posse permanente. Trata-se de institutos distintos, sendo a propriedade da Unio. Item certo. www.pontodosconcursos.com.br 1

CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS Feita essa questo do ltimo concurso, vou utilizar uma questo do Cespe para revisar, em linhas gerais, aspectos relevantes sobre o assunto de hoje. (CESPE/CONSULTOR/SENADO/2002) Acerca da ordem social nos termos da Constituio da Repblica de 1988, julgue os itens subseqentes. 2) (CESPE/CONSULTOR/SENADO/2002) A ordem social disposta na Constituio de 1988 tem como base a harmonia entre capital e trabalho. Pode-se dizer que a idia de Constituio social materializa-se no Ttulo VIII da CF/88, denominado ordem social. Esse ttulo aborda vrios assuntos (veremos alguns aqui neste curso). Segundo Jos Afonso da Silva, o ttulo da ordem social e os direitos fundamentais (estudados nas aulas 1 e 2) constituem o ncleo substancial do regime democrtico. Nesse sentido, nos termos do art. 193 da CF, a ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justia sociais.

Ainda segundo Jos Afonso da Silva, isso implica que as relaes econmicas e sociais do pas devem propiciar trabalho e condio de vida adequada ao trabalhador e sua famlia, e que a riqueza produzida no pas, para gerar justia social, h de ser distribuda de forma equnime. Apesar dessa introduo conceitual e doutrinria, a questo ateve-se ao texto da Constituio, cobrando essencialmente a memorizao do art. 193. A base da ordem social o primado do trabalho, portanto errada a questo. Na realidade, a harmonia entre capital e trabalho est na Constituio como um dos fundamentos do Estado brasileiro (os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa). Item errado. 3) (CESPE/AGENTE PENITENCIRIO/AGENTE DE ESCOLTA E VIGILNCIA PENITENCIRIO/SEJUS/ES/2009) A seguridade social tem por finalidade assegurar exclusivamente os direitos relativos sade, mediante um conjunto integrado de aes de iniciativa tanto do poder pblico como da sociedade. A Seguridade Social est disciplinada no art. 194 da CF. A seguridade social compreende um conjunto integrado de aes de iniciativa: (i) dos Poderes Pblicos e (ii) da sociedade. Alm disso, destina-se a assegurar os direitos relativos : I - sade; www.pontodosconcursos.com.br 2

CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS II previdncia; e III - assistncia social. Entraremos em cada um desses aspectos logo a seguir. Mas, por enquanto, relevante saber que a seguridade social compreende todos os trs. Assim, errada a questo. O esquema abaixo apresenta a estruturao da seguridade social, segundo a CF/88. Outros aspectos sero apresentados ao longo da aula. Sintetizando:

Item errado. 4) (CESPE/PROCURADOR/PGEPI/2008) Compete ao poder pblico, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base no carter democrtico e descentralizado da administrao, mediante gesto bipartite e com a participao dos trabalhadores e dos empregadores. De acordo com o nico do art. 194 da CF compete ao poder pblico, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos objetivos listados nos incisos de I a VII e apresentados no esquema da questo anterior. Um desses objetivos refere-se ao carter democrtico e descentralizado da administrao, mediante gesto quadripartite, com participao (nos rgos colegiados): I - dos trabalhadores; II - dos empregadores; www.pontodosconcursos.com.br 3

CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS III - dos aposentados; e IV - do Governo. Item errado. 5) (CESPE/CONSULTOR/SENADO/2002) Entre os objetivos da seguridade social, em face de recente processo de flexibilizao, j no mais se inclui a universalizao de cobertura e atendimento. Outro objetivo do sistema de seguridade social o da universalizao da cobertura e do atendimento (art. 194, nico, I). Com essas duas questes foi possvel observar a necessidade de se memorizar os objetivos da seguridade social. Vou repeti-los aqui ento: Compete ao Poder Pblico, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos: I - universalidade da cobertura e do atendimento; II - uniformidade e equivalncia dos benefcios e servios s populaes urbanas e rurais; III - seletividade e distributividade na prestao dos benefcios e servios; IV - irredutibilidade do valor dos benefcios; V - eqidade na forma de participao no custeio; VI - diversidade da base de financiamento; VII - carter democrtico e descentralizado da administrao, mediante gesto quadripartite, com participao dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos rgos colegiados. Item errado. 6) (CESPE/OAB/2007) A seguridade social compreende um conjunto integrado de aes de iniciativa dos poderes pblicos e da sociedade destinadas a assegurar os direitos relativos sade, previdncia e assistncia social, as quais exigem carter contributivo. A seguridade social compreende um conjunto integrado de aes de iniciativa dos Poderes Pblicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos: I - sade, disciplinada nos arts. 196 a 200 da CF; II - previdncia, disciplinada nos arts. 201 e 202; e III - assistncia social, disciplinada nos arts. 203 e 204. errado, porm, dizer que a seguridade social exige carter contributivo. Na verdade, o carter contributivo caracterstica apenas da previdncia social, como se depreende do art. 201 da CF: A previdncia social ser organizada sob a forma de regime geral, de carter contributivo e de filiao obrigatria, observados critrios que preservem o equilbrio financeiro e atuarial.

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CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS Ateno! comum as bancas atriburem seguridade social como um todo, caractersticas que so especficas da previdncia, como o carter contributivo. No caia nessa! Alis, a CF dispe que a sade direito de todos e dever do Estado (art. 196) e que a assistncia social ser prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuio seguridade social (art. 203). Item errado. 7) (CESPE/TCNICO SOCIAL COM FORMAO EM SERVIO SOCIAL/SEAD/CEHAP/PB/2008) A seguridade um sistema de cobertura de contingncias sociais destinado a todos os que se encontram em estado de necessidade, no restringindo os benefcios nem aos contribuintes nem perda da capacidade laborativa. Vimos esse aspecto da seguridade social na questo anterior. Ela no se restringe ao atendimento aos contribuintes ou queles que tenham perdido sua capacidade de trabalho. A sade, por exemplo, direito de todos e a assistncia social ser prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuio seguridade social. Item certo. 8) (CESPE/NVEL SUPERIOR/MINISTRIO DA CINCIA E TECNOLOGIA/2008) A seguridade social compreende um conjunto integrado de aes de iniciativa dos poderes pblicos e da sociedade, destinadas a assegurar exclusivamente os direitos previdncia social. Como vimos, a seguridade no se restringe previdncia social. Ela abrange tambm a sade e a assistncia social. Item errado. 9) (CESPE/AGENTE ADMINISTRATIVO/MTE/2008) Sobre a receita de concursos de prognsticos incide contribuio social destinada a financiar a seguridade social. O art. 195 da CF explicita como se dar o financiamento da seguridade social. O esquema abaixo apresenta estas formas de financiamento: (i) oramento dos entes federados; e (ii) contribuies sociais. Segundo a CF, incidir contribuio social sobre a receita de concursos de prognsticos (art.195, III). importante conhecer as formas de financiamento da seguridade social apresentadas no art. 195. Segue abaixo um esquema que pode ajud-lo a memorizar esses aspectos, o que no substitui a necessidade de voc conhecer o prprio teor do art. 195.

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Alm dessas fontes de financiamento, lei complementar poder instituir outras destinadas a garantir a manuteno ou expanso da seguridade social. Mas observe um detalhe previsto no 6: essa instituio de nova contribuio dever respeitar a chamada anterioridade nonagesimal. dizer, s podero ser exigidas aps decorridos noventa dias da data da publicao da lei que as houver institudo ou modificado. Por outro lado, no estaro sujeitas anterioridade do exerccio financeiro (art. 150, III, b), podendo ser cobradas no mesmo exerccio em que tenham sido institudas, desde que respeitados os 90 dias. Devemos destacar duas imunidades previstas nesse art. 195. As contribuies sociais para a seguridade social no podero incidir sobre: I - aposentadoria e penso concedidas pelo regime geral de previdncia social (art. 195, II); Anote-se, aqui, uma importante diferena em relao ao regime prprio de previdncia dos servidores pblicos, previsto no art. 40 da Constituio Federal: os proventos e as penses concedidas sob o regime prprio de previdncia dos servidores pblicos sofrem a incidncia de contribuio previdenciria (art. 40, 18), ao passo que a aposentadoria e a penso concedidas pelo regime geral de previdncia para os trabalhadores em geral esto imunes incidncia de contribuio (art. 192, II). II - entidades beneficentes de assistncia social que atendam s exigncias estabelecidas em lei (art. 195, 7). Observe que a pessoa jurdica em dbito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, no poder contratar com o Poder Pblico nem dele receber benefcios ou incentivos fiscais ou creditcios. de se observar ainda que nenhum benefcio ou servio da seguridade social poder ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. Item certo. 10) (CESPE/TCNICO SOCIAL COM FORMAO EM SERVIO SOCIAL/SEAD/CEHAP/PB/2008) A previdncia social tem como www.pontodosconcursos.com.br 6

CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS objetivo bsico assegurar determinados benefcios a todos os cidados. Tais benefcios destinam-se a cobrir eventos de doenas, invalidez e morte, proteger a maternidade, proteger o trabalhador em situao de desemprego, entre outros. A previdncia social uma espcie de seguro social que tem por finalidade atender s pessoas contra infortnios que elas possam ter ao longo de sua vida (como doenas, invalidez, acidentes etc.). Em resumo, como qualquer seguro, a pessoa recolhe determinada quantia regularmente e tem a proteo contra esses riscos. Ou seja, a previdncia tem um carter contributivo. Com isso, os benefcios no so assegurados a todos os cidados. Outro aspecto o de que para funcionar o sistema, tem de haver mais pessoas contribuindo a fim de se formar um montante suficiente para sustentar os benefcios. Assim, outra caracterstica da previdncia o fato de ela ser obrigatria. Lembre-se ainda de que a previdncia social tem dois regimes distintos: o regime geral (art. 201 da CF) e o regime prprio dos servidores pblicos (art. 40).

PREVIDNCIA SOCIAL

cobertura dos eventos de doena, invalidez, morte e idade avanada proteo maternidade, especialmente gestante

proteo ao trabalhador em situao de desemprego involuntrioorganizada sob a forma de regime geral, de carter contributivo e de filiao obrigatria, observados critrios que preservem o equilbrio financeiro e atuarial, e atender, nos termos da lei, a:

salrio-famlia e auxlio-recluso para os dependentes dos segurados de baixa renda penso por morte do segurado, homem ou mulher, ao cnjuge ou companheiro e dependentes

Item errado. 11) (CESPE/AGENTE ADMINISTRATIVO/MTE/2008) Mesmo que um servidor pblico federal possua regime prprio de previdncia social, ele poder ser contribuinte facultativo do regime geral de previdncia social. Como vimos na questo anterior, h dois regimes de previdncia: (i) geral; e (ii) prprio dos servidores pblicos. O art. 201, 5, veda o ingresso de pessoa participante do Regime Prprio de Previdncia Social na qualidade de segurado facultativo do Regime Geral da Previdncia Social.

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CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS Por outro lado, h a possibilidade de inscrio facultativa de pessoa no participante de nenhum regime, como a dona de casa que no recebe nenhuma forma de remunerao, por exemplo. Item errado. 12) .(CESPE/ADMINISTRADOR/MTE/2008) A promoo da integrao ao mercado de trabalho um objetivo da assistncia social. O art. 203 da CF apresenta os objetivos da assistncia social, sendo um deles a promoo da integrao ao mercado de trabalho. O esquema abaixo organiza as informaes constantes no art. 203.a proteo famlia, maternidade, infncia, adolescncia e velhice

ASSISTNCIA SOCIAL

o amparo s crianas e adolescentes carentes a promoo da integrao ao mercado de trabalho a habilitao e reabilitao das pessoas portadoras de deficincia e a promoo de sua integrao vida comunitria

Prestada a quem dela precisar, independentemente de contribuio seguridade social, e tem por objetivos:

a garantia de um salrio mnimo de benefcio mensal

I - pessoa portadora de deficincia II - ao idoso

que comprovem no possuir meios de prover prpria manuteno ou de t-la provida por sua famlia

Item certo. 13) (CESPE/AGENTE ADMINISTRATIVO/MTE/2008) Suponha que Maria, de 25 anos de idade, possua deficincia que a incapacita ao trabalho e que, na casa em que mora, com a me e mais cinco irmos, a renda familiar seja de um salrio mnimo. Nessa situao, Maria tem direito a benefcio da assistncia social, no valor de um salrio mnimo por ms, mesmo na hiptese de jamais ter contribudo para a seguridade social. Muito interessante a situao hipottica apresentada na questo. Pelo art. 203 (ou pelo esquema da questo anterior) um dos objetivos da assistncia social consiste na garantia de um salrio mnimo de benefcio mensal pessoa portadora de deficincia que comprove no possuir meios de prover prpria manuteno ou de t-la provida por sua famlia. Observe que Maria enquadrase nessa situao, visto que nem ela pode trabalhar, nem sua famlia tem condies de sustent-la. Ademais, ainda segundo o art. 203, a assistncia social independe de contribuio, sendo prestada a quem dela precisar. Assim, no h bice em que Maria receba benefcio sem ter jamais contribudo para a seguridade social. www.pontodosconcursos.com.br 8

CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS Item certo. 14) (CESPE/ADMINISTRADOR/MTE/2008) Caso uma clnica privada especializada em transplante de medula ssea pretenda estender os seus servios para o atendimento populao carente, nesse caso, ainda que essa clnica integre o Sistema nico de Sade, no poder receber recursos pblicos para auxlios ou subvenes se tiver fins lucrativos. Vejamos alguns aspectos relativos ao direito sade. Segundo nossa Constituio, a sade direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polticas sociais e econmicas que visem reduo do risco de doena e de outros agravos e ao acesso universal e igualitrio s aes e servios para sua promoo, proteo e recuperao. Portanto, como j visto, a sade uma das vertentes da seguridade social que no exige contribuio, podendo qualquer um se dirigir rede hospitalar pblica e requerer atendimento. De acordo com o art. 197, as aes e servios de sade so de relevncia pblica, cabendo ao Poder Pblico dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentao, fiscalizao e controle, devendo sua execuo ser feita diretamente ou atravs de terceiros e, tambm, por pessoa fsica ou jurdica de direito privado. As aes e servios pblicos de sade integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema nico, organizado de acordo com as seguintes diretrizes: I - descentralizao, com direo nica em cada esfera de governo; II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuzo dos servios assistenciais; III - participao da comunidade. Ateno! Voc deve ficar atento para a Emenda Constitucional n 63/2010, que dispe sobre piso salarial profissional nacional e diretrizes para os Planos de Carreira de agentes comunitrios de sade e de agentes de combate s endemias. Assim, de acordo com a nova redao dada ao 5 do art. 198 da CF/88: 5 Lei federal dispor sobre o regime jurdico, o piso salarial profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a regulamentao das atividades de agente comunitrio de sade e agente de combate s endemias, competindo Unio, nos termos da lei, prestar assistncia financeira complementar aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municpios, para o cumprimento do referido piso salarial. O art. 199 estabelece a forma de participao da iniciativa privada no sistema de sade. Assim, as instituies privadas podero participar de forma complementar do sistema nico de sade, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito pblico ou convnio, tendo preferncia as entidades filantrpicas e as sem fins lucrativos.

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CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS A assistncia sade livre s instituies privadas, que podero participar de forma complementar do SUS. Todavia, o 2 do art. 199 veda a destinao de recursos pblicos para auxlios ou subvenes s instituies privadas com fins lucrativos. Da o erro da questo. O 3 do art.199 veda a participao direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistncia sade no Pas, salvo nos casos previstos em lei. Segundo o 4, a lei dispor sobre as condies e os requisitos que facilitem a remoo de rgos, tecidos e substncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfuso de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercializao. Quanto a esse ltimo aspecto, voc deve ter em mente aquela importante deciso do Supremo Tribunal Federal, j comentada na aula 2 do nosso curso. O Tribunal julgou constitucional o art. 5 da Lei federal 11.105/2005 (Lei da Biossegurana), que permite, para fins de pesquisa e terapia, a utilizao de clulas-tronco embrionrias obtidas de embries humanos produzidos por fertilizao in vitro e no usados no respectivo procedimento. Nesse caso, entendeu o STF que deveria prevalecer o direito sade e o direito livre expresso da atividade cientfica (ADI 3.510, 28 e 29-5-08). Item certo. 15) (CESPE/DELEGADO/PF/2004) vedado Unio, pela Constituio Federal, qualquer tipo de aporte de recursos a entidade de previdncia privada, sendo a desobedincia a essa determinao considerada crime contra a ordem social. Segundo o art. 202, 3, como regra vedado o aporte de recursos a entidade de previdncia privada pela Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios, suas autarquias, fundaes, empresas pblicas, sociedades de economia mista e outras entidades pblicas. Todavia, existe uma exceo para a condio de patrocinador, situao na qual, em hiptese alguma, sua contribuio normal poder exceder a do segurado. Item errado. 16) (CESPE/ESCRIVO/PF/2004) possvel a criao de benefcio da seguridade social sem indicao da correspondente fonte de custeio total caso esse benefcio seja classificado como atividade essencial do Estado. Segundo o art. 195, 5, nenhum benefcio ou servio da seguridade social poder ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total. Item errado. 17) (CESPE/AGENTE/PF/2004) As instituies privadas podem participar de forma complementar do Sistema nico de Sade mediante contrato de direito pblico ou convnio. Segundo o art. 199, a assistncia sade livre iniciativa privada, sendo que o 1 estabelece que as instituies privadas podero participar de forma complementar do sistema nico de sade, segundo diretrizes deste, mediante www.pontodosconcursos.com.br 10

CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS contrato de direito pblico ou convnio, tendo preferncia as entidades filantrpicas e as sem fins lucrativos. Item certo. 18) (CESPE/ESCRIVO/PF/2004) Uma das formas de financiamento da seguridade social a contribuio social incidente sobre a receita de concursos de prognsticos. J vimos as formas de financiamento da seguridade social, de acordo com o art. 195 da CF. Entre elas destaca-se a contribuio sobre a receita de concursos de prognsticos (art. 195, III). Item certo. 19) (CESPE/AGENTE/PF/2004) A seguridade social, que pode ser definida como o conjunto de aes integradas, de iniciativa dos poderes pblicos e da sociedade, destinadas exclusivamente a assegurar direitos relativos previdncia social e assistencial social, tem como um dos objetivos que fundamentam sua organizao a diversidade da base de financiamento. Mais uma vez o CESPE fez uma questo restringindo a seguridade social a uma ou duas de suas vertentes. No caia nessa! A seguridade social compreende um conjunto integrado de aes de iniciativa dos Poderes Pblicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos: (i) sade, (ii) previdncia e (iii) assistncia social. Um dos objetivos que fundamentam a organizao da seguridade social realmente a diversidade da base de financiamento. Item errado. 20) (TCE-PE/2004) A disciplina constitucional da sade permite que, no mbito do Sistema nico de Sade, o poder pblico colabore com quaisquer instituies privadas prestadoras de servios de sade, mediante a destinao de auxlios e subvenes, conforme o caso. permitido que as instituies privadas participem de forma complementar do sistema nico de sade, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito pblico ou convnio. Nesse caso, tero preferncia as entidades filantrpicas e as sem fins lucrativos, sendo vedada a destinao de recursos pblicos para auxlios ou subvenes s instituies privadas com fins lucrativos. Ou seja, no sero quaisquer instituies que podero receber auxlios e subvenes, apenas aquelas que no tiverem fins lucrativos. Item errado. 21) (TCE-PE/2004) O direito sade, na Constituio da Repblica, , em certa medida, tratado como uma manifestao do princpio da igualdade. Essa mais uma tima questo do CESPE, em que realizada uma abordagem sistemtica da Constituio. Nesse caso, a assertiva apresenta uma interao entre o direito sade e o princpio da igualdade, realmente existente na Constituio.

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CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS Primeiramente, o art. 6 estabelece a sade como um dos direitos sociais da pessoa. J no art. 5 a constituio estatui que todos so iguais perante a lei, sem distino de qualquer natureza. Assim, em homenagem a esses dois comandos fundamentais do Estado brasileiro, na ordem social, a sade apresentada como direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polticas sociais e econmicas que visem reduo do risco de doena e de outros agravos e ao acesso universal e igualitrio s aes e servios para sua promoo, proteo e recuperao (art. 196). Item certo. 22) (CESPE/TCNICO JUDICIRIO/TRE/MA/2005) A seguridade social foi constitucionalmente dividida em normas sobre sade, previdncia social e assistncia social. Como j vimos, a seguridade social divide-se em sade, previdncia social e assistncia social. Item certo. 23) (CESPE/TCNICO JUDICIRIO/TRE/MA/2005) A Constituio Federal impe ao poder pblico a obrigao de garantir aos cidados o acesso universal e igualitrio a aes e servios de sade. A assertiva traz a regra prevista no art. 196 da CF, segundo o qual a sade direito de todos e dever do Estado, garantido mediante polticas sociais e econmicas que visem reduo do risco de doena e de outros agravos e ao acesso universal e igualitrio s aes e servios para sua promoo, proteo e recuperao. Item certo. 24) (CESPE/TCNICO JUDICIRIO/TRE/MA/2005) A previdncia social tem como uma de suas finalidades amparar as pessoas reconhecidamente hipossuficientes, prestando-lhes auxlio em casos de doena, invalidez, morte e idade avanada. J vimos as finalidades da previdncia social anteriormente. Observa-se entre elas, a cobertura dos eventos de doena, invalidez, morte e idade avanada (art. 201, I). Item certo. 25) (CESPE/TCNICO JUDICIRIO/TRE/MA/2005) A Constituio Federal estabelece que a assistncia social deve ser prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuio seguridade social. Observe essa caracterstica da assistncia social, muito cobrada pelo Cespe. Diferentemente da previdncia social, que tem carter contributivo, a assistncia social ser prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuio seguridade social (art. 203). No v errar isso, hein! Item certo. 26) (CESPE/TCNICO JUDICIRIO/TRE/MA/2005) As aes governamentais na rea da assistncia social so realizadas com www.pontodosconcursos.com.br 12

CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS recursos do oramento da seguridade social, sendo proibida a obteno de recursos de outras fontes. O financiamento da seguridade social ser realizado por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos oramentos da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios, e de contribuies sociais. O art. 195 lista entre os incisos de I a IV a competncia tributria discriminada para instituio de contribuies sociais para a seguridade social. Essas contribuies sero materializadas pela edio de lei ordinria. J o 4 do art. 195 institui a competncia residual, que possibilita Unio, por meio de lei complementar, criar outras fontes destinadas a garantir a manuteno ou expanso da seguridade social. Alis, aqui vale destacar o seguinte: para a instituio de contribuies sobre as materialidades j previstas nos incisos do art. 195 da Constituio, a Constituio s exige lei ordinria; j para a Unio utilizar-se de sua competncia residual para a instituio de outras fontes destinadas a manuteno ou expanso da seguridade social, exige-se a edio de lei complementar (art. 195, 4). Item errado. (CESPE/OAB/2007) Josias foi aposentado por invalidez, por ter contrado o vrus da AIDS, e no tem condies econmicas de custear o seu tratamento, j que os custos com medicao e as despesas de seu filho de 10 anos de idade ultrapassam o valor de seus proventos de aposentadoria. Considerando a situao hipottica acima, julgue os itens luz da ordem social e do entendimento do STF. 27) (CESPE/OAB/2007) A competncia para legislar sobre previdncia social e sobre sade privativa da Unio. Dessa forma, caber Unio privativamente aumentar o valor do referido benefcio ou custear as despesas do tratamento de Josias Segundo o art. 24 da Constituio Federal, compete Unio, aos Estados e ao DF legislar concorrentemente sobre previdncia social, proteo e defesa da sade. Ou seja, no se trata de competncia privativa da Unio. Nosso edital no inclui o assunto repartio de competncias. Mas mesmo assim, vamos apresentar como se d essa repartio quanto seguridade social. competncia comum da Unio, estados, DF e municpios cuidar da sade e assistncia pblica (art. 23, II). Segundo o art. 22, XXIII, compete Unio legislar privativamente sobre seguridade social. Por fim, competncia concorrente entre Unio, estados e DF legislar sobre previdncia social, proteo e defesa da sade. Guarde isso:

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Cuidar da sade Seguridade social Previdncia social

Competncia comum Competncia privativa da Unio

Competncia concorrenteProteo e defesa da sade

Item errado. 28) (CESPE/OAB/2007) As aes de assistncia social devem ser prestadas a Josias, independentemente de suas condies econmicas, pelo fato de ele ser pai de uma criana. Vimos que a assistncia social independe de contribuio, mas depende das condies econmicas do destinatrio. De acordo com o art. 203, as aes de assistncia social sero prestadas a quem delas necessitar. Alm disso, entre seus objetivos podemos destacar: I - a proteo famlia, maternidade, infncia, adolescncia e velhice; e II - a garantia de um salrio mnimo de benefcio mensal pessoa portadora de deficincia e ao idoso que comprovem no possuir meios de prover prpria manuteno ou de t-la provida por sua famlia, conforme dispuser a lei. Item errado. 29) (CESPE/Defensor Pblico/DPGE/2007) Embora no conste expressamente no ttulo que trata da ordem social na Constituio Federal, o princpio da solidariedade postulado fundamental para a compreenso do regime financeiro da previdncia social brasileira, representado de maneira evidente pelo pacto das geraes, caracterstica dos sistemas de repartio. Cheguei a mencionar que para o sistema de previdncia social funcionar necessrio que haja muita gente contribuindo a fim de se formar um montante suficiente para sustentar os benefcios. Da decorre o seu carter obrigatrio, expresso no art. 201. A isso se refere a assertiva, ao mencionar o princpio da solidariedade. De maneira simples, podemos dizer que quem contribui hoje ajuda a formar um montante de recursos que pode sustentar a aposentadoria de outras pessoas que j no podem trabalhar. Daqui a alguns anos outras pessoas estaro contribuindo para sustentar a aposentadoria dessa mesma pessoa que contribui hoje e por a vai... Item certo. 30) (CESPE/DEFENSOR PBLICO/DPU/2004) As aes propositivas de iniciativa dos poderes pblicos e da sociedade que asseguram os direitos relacionados sade, educao, assistncia social e

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CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS previdncia constituem o conceito de seguridade social, conforme estabelecido no ttulo da Ordem Social da Constituio Federal. Os direitos relativos educao no se encontram entre os componentes da seguridade social, que abrange apenas sade, previdncia e assistncia social. Item errado. 31) (CESPE ANALISTA JUDICIRIO/TRE/TO/2005) Por disposio expressa da Constituio Federal, quaisquer normas reguladoras das contribuies sociais institudas para o financiamento da seguridade social somente podem entrar em vigor aps decorridos noventa dias da data da publicao da lei respectiva. Somente esto submetidas anterioridade nonagesimal (art. 195, 6) as leis que venham instituir ou aumentar contribuies sociais, j que trata do princpio da no-surpresa. Ou seja, no so quaisquer normas reguladoras do tema. Como exemplo, podemos apresentar a smula 669 do STF, que estabelece que a norma legal que altera o prazo de recolhimento da obrigao tributria no se sujeita ao princpio da anterioridade. Item errado. 32) (CESPE ANALISTA JUDICIRIO/TRE/TO/2005) A instituio de um sistema nico de sade, por meio de uma rede regionalizada e hierarquizada, est prevista na Constituio Federal, devendo tal sistema ser organizado de acordo com as diretrizes de descentralizao, atendimento integral e participao da comunidade. A questo cobra do candidato o conhecimento do art. 198 da CF. As aes e servios pblicos de sade integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema nico. A organizao desse sistema deve seguir as seguintes diretrizes: I - descentralizao, com direo nica em cada esfera de governo; II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuzo dos servios assistenciais; III - participao da comunidade. Item certo. 33) (CESPE/PROCURADOR/PGEPI/2008) Para efeito de aposentadoria, assegurada a contagem, de forma autnoma, do tempo de contribuio na administrao pblica ou na atividade privada, rural e urbana, no sendo lcita a compensao financeira entre os dois sistemas. A questo est em desacordo com o 9 do art. 201, j que a contagem do tempo de contribuio realizada de forma recproca, havendo compensao entre os sistemas. Nos termos da CF, para efeito de aposentadoria, assegurada a contagem recproca do tempo de contribuio na administrao pblica e na atividade www.pontodosconcursos.com.br 15

CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS privada, rural e urbana, hiptese em que os diversos regimes de previdncia social se compensaro financeiramente, segundo critrios estabelecidos em lei. Item errado. 34) (CESPE/PROCURADOR/PGEPI/2008) vedado o aporte de recursos a entidade de previdncia privada pela Unio, pelos estados, pelo DF e pelos municpios, suas autarquias, fundaes, empresas pblicas, sociedades de economia mista e outras entidades pblicas, ainda que na qualidade de patrocinador. Apesar de, como regra, ser vedado o aporte de recursos a entidade de previdncia privada pela Unio, Estados, Distrito Federal e Municpios, suas autarquias, fundaes, empresas pblicas, sociedades de economia mista e outras entidades pblicas, existe uma exceo. Trata-se da possibilidade de contribuio na qualidade de patrocinador, situao na qual, em hiptese alguma, sua contribuio normal poder exceder a do segurado (art. 202, 3). Item errado. 35) (CESPE/PROCURADOR/PGEPI/2008) A lei dispor sobre as condies e os requisitos que facilitem a remoo de rgos, tecidos e substncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, o processamento e a transfuso de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercializao. A questo limita-se a reproduzir o art. 199, 4, segundo o qual a lei dispor sobre as condies e os requisitos que facilitem a remoo de rgos, tecidos e substncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfuso de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercializao. Item certo. 36) (CESPE/JUIZ FEDERAL/TRF5/2009) Caso seja praticado crime de estelionato contra instituio privada que integra o SUS, a instaurao do inqurito policial atribuio constitucionalmente prevista para a Polcia Federal. Essa questo relaciona o assunto da aula passada com nosso tema de hoje. A competncia da Polcia Federal alcana os crimes em detrimento de bens, servios e interesses da Unio ou de suas entidades autrquicas e empresas pblicas (art. 144, 1, I). Por outro lado, o SUS compe-se no s de entidades federais, mas tambm de instituies privadas (art. 199, 1) e de outros entes federados (art. 198, I). Assim, no ser de competncia da justia federal o julgamento e nem de competncia da polcia federal a apurao se o crime praticado no ocorrer em detrimento de bens, servios ou interesse da Unio ou de suas autarquias e empresas pblicas. Seria diferente se fosse o caso de desvio de verbas repassadas pela Unio para uma empresa pblica ou autarquia federal. Nesse caso, competiria PF a apurao. www.pontodosconcursos.com.br 16

CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS Item errado. 37) (CESPE/PROCURADOR/PGEPI/2008) A assistncia social ser prestada a quem dela necessitar, desde que o interessado seja contribuinte da seguridade social. De acordo com a CF, a assistncia social no tem carter contributivo. Portanto, ser prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuio seguridade social. Voc acertou essa, no ? Depois de tanto repetir, tomara que ela caia no seu concurso e voc acerte l tambm... RS Item errado. Vamos mudar de assunto agora... Vejamos como o Cespe tem cobrado a parte de meio ambiente, regulada pelo art. 225 da Constituio. 38) (CESPE/JUIZ FEDERAL/TRF5/2009) Todos os brasileiros tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem dominial da Unio e essencial sadia qualidade de vida. Nesse sentido, impese ao poder pblico e coletividade o dever de defender o meio ambiente e preserv-lo para as presentes e futuras geraes. Ao arrepio da doutrina, que no considera o meio ambiente como assunto propriamente da ordem social, a Constituio inseriu um captulo especfico sobre meio ambiente dentro da ordem social. Segundo o art. 225 da CF, todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Pblico e coletividade o dever de defend-lo e preserv-lo para as presentes e futuras geraes. de se observar que o meio ambiente bem de uso comum do povo e no bem dominial ou bem de uso especial. Fique atento a essa detalhe, pois comum o Cespe fazer essa confuso. A classificao de bens pblicos assunto de direito administrativo e direito civil. Mas, em linhas gerais, podemos classific-los quanto destinao em (i) bens de uso comum do povo, (ii) bens de uso especial e (iii) bens dominais. Segue uma breve descrio. Os bens de uso comum do povo so aqueles destinados utilizao de todos, em igualdade de condies, independentemente de consentimento. Como exemplos, podemos citar as praias, os mares, as praas e, o mais importante para nossa prova, o meio ambiente. Os bens de uso especial so aqueles destinados execuo dos servios administrativos, utilizados pela administrao para a execuo dos servios pblicos (os prdios utilizados para a prestao dos servios pblicos, por exemplo). Por fim, os bens dominiais so os que constituem o patrimnio das pessoas jurdicas de direito pblico, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma delas (as terras devolutas e os demais bens que no sejam de uso comum do povo e que no estejam afetados prestao de algum servio pblico, por exemplo). www.pontodosconcursos.com.br 17

CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS Na realidade, para a nossa disciplina, o que importa voc guardar que o meio ambiente bem de uso comum do povo. Item errado. 39) (CESPE/AUXILIAR DE TRNSITO/SEPLAG/DETRAN/DF/2008) O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado considerado direito fundamental de terceira gerao. Questo interessante, que mescla o assunto de hoje com o da primeira aula. Vimos que os direitos fundamentais podem ser de primeira, segunda ou terceira gerao (ou dimenso). Na primeira gerao ou dimenso, temos os direitos ligados aos ideais do Estado liberal, de natureza negativa, com foco na liberdade individual frente ao Estado (direitos civis e polticos). Na segunda dimenso, temos os direitos ligados aos ideais do Estado social, de natureza positiva, com foco na igualdade entre os homens (direitos sociais, culturais e econmicos). H, ainda, a terceira dimenso, em que temos os direitos de ndole coletiva e difusa (pertencentes a um grupo indeterminvel de pessoas), com foco na fraternidade entre os povos (direito ao meio ambiente, paz, ao progresso etc.). Mais uma informao para voc guardar: o direito ao meio ambiente de terceira gerao ou dimenso. Item certo. (CESPE/ANALISTA AMBIENTAL/ICMBIO/2008) A Unio, aps realizar levantamentos em determinada rea do pantanal mato-grossense, editou decreto expropriatrio de uma fazenda ali situada, para fins de reforma agrria. O proprietrio do imvel rural impugnou judicialmente o decreto de desapropriao alegando que a CF, ao instituir o pantanal mato-grossense como rea especialmente protegida, impedia, juridicamente, que a Unio, por meio de atividade expropriatria, promovesse e executasse ali projetos de reforma agrria, notadamente nos imveis rurais. Tendo como referncia a situao hipottica acima, julgue os itens a seguir. 40) (CESPE/ANALISTA AMBIENTAL/ICMBIO/2008) O pantanal matogrossense, assim como a floresta amaznica, a mata atlntica, a Serra do Mar e a zona costeira, de fato, foi declarado pela CF como patrimnio nacional, o que identifica a referida rea tambm como bem da Unio. Segundo o art. 225, 4, so patrimnio nacional: I - a Floresta Amaznica brasileira; II - a Mata Atlntica III - a Serra do Mar; IV - o Pantanal Mato-Grossense; e V - a Zona Costeira www.pontodosconcursos.com.br 18

CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS Alm disso, sua utilizao dever ser feita, na forma da lei, dentro de condies que assegurem a preservao do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. Mas o fato de defini-los como patrimnio nacional no quer dizer que esses bens pertencem Unio. Interessante observar que o prprio STF j se manifestou nesse sentido: "No a Mata Atlntica, que integra o patrimnio nacional a que alude o artigo 225, 4, da Constituio Federal, bem da Unio (RE 300.244, 20/11/01). Item errado. 41) (CESPE/ANALISTA AMBIENTAL/ICMBIO/2008) A situao esboa uma tenso entre interesses constitucionais, quais sejam, o direito de propriedade e o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Ocorre que a CF, ao impor ao poder pblico o dever de fazer respeitar a integridade do patrimnio ambiental, no o inibe de intervir na esfera dominial privada e de promover a desapropriao de imveis rurais para fins de reforma agrria, especialmente porque este um dos instrumentos de realizao da funo social da propriedade. Em situaes concretas, como a apresentada na questo, comum nos deparamos com conflitos entre bens jurdicos constitucionalmente protegidos. No caso em tela, trata-se de coliso entre o direito de propriedade e o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Nesse tipo de situao deve-se buscar a harmonizao entre esses direitos, prevalecendo um ou outro, dependendo do caso concreto. A prpria Constituio, ao mesmo tempo em que restringe a utilizao do patrimnio nacional protegido (art. 225, 4), obriga o Estado a intervir na propriedade privada a fim de se garantir sua funo social (art. 5, XXIII, e art. 184). Quanto a esses aspectos, o Supremo j decidiu: I por um lado, juridicamente possvel a expropriao, para fins de reforma agrria, de imveis situados no Pantanal Mato-Grossense, j que o 4 do art. 225 no atuaria como impedimento efetivao da funo social da propriedade (MS 22.164/30-10-95); e II por outro lado, devida a indenizao nesses casos, j que a interpretao harmoniosa do art. 225, 4, com o art. 5, XXII, garante e assegura o direito de propriedade em todas as suas projees, inclusive aquela concernente compensao financeira devida pelo Poder Pblico ao proprietrio atingido por atos imputveis atividade estatal (RE 134.297/13-6-95). Item certo. 42) (CESPE/POLICIAL RODOVIRIO FEDERAL/PRF/2008) O meio ambiente bem de uso especial, que a administrao pblica pode utilizar para a realizao de suas atividades e a consecuo de seus fins.

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CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS De acordo com o caput do art. 225, o meio ambiente bem de uso comum do povo. Item errado. 43) (CESPE/ANALISTA AMBIENTAL/MMA/2008) A instalao de obra ou atividade causadora, mesmo que apenas potencialmente, de significativa degradao do meio ambiente deve ser precedida por estudo de impacto ambiental, exigindo-se, ainda, o atendimento ao princpio da publicidade. Segundo a CF, para assegurar a efetividade do direito ao meio ambiente equilibrado, incumbe ao Poder Pblico: I - preservar e restaurar os processos ecolgicos essenciais e prover o manejo ecolgico das espcies e ecossistemas; II - preservar a diversidade e a integridade do patrimnio gentico do Pas e fiscalizar as entidades dedicadas pesquisa e manipulao de material gentico; III - definir, em todas as unidades da Federao, espaos territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alterao e a supresso permitidas somente atravs de lei, vedada qualquer utilizao que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteo; IV - exigir, na forma da lei, para instalao de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradao do meio ambiente, estudo prvio de impacto ambiental, a que se dar publicidade; V - controlar a produo, a comercializao e o emprego de tcnicas, mtodos e substncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; VI - promover a educao ambiental em todos os nveis de ensino e a conscientizao pblica para a preservao do meio ambiente; VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as prticas que coloquem em risco sua funo ecolgica, provoquem a extino de espcies ou submetam os animais a crueldade. Observe que a instalao de obra ou atividade, mesmo que apenas potencialmente causadora de significativa degradao, dever ser precedida de estudo de impacto ambiental. Dever ainda ser dada publicidade a esse estudo. Item certo. 44) (CESPE/ANALISTA AMBIENTAL/MMA/2008) Usinas que se destinam a operar com reator nuclear s podero ser instaladas mediante definio do local especfico de seu funcionamento, estabelecida por lei de cada estado ou do Distrito Federal. Segundo o 6 do art. 225, as usinas que operem com reator nuclear devero ter sua localizao definida em lei federal, sem o que no podero ser instaladas.

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CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS Observem que mesmo no caso de serem estaduais, as usinas que operem com reator nuclear tero sua localizao definida por lei federal, de acordo com expressa previso constitucional. Item errado. (CESPE/PROCURADOR MUNICIPAL/PGM/NATAL/2008) Tendo em vista o tratamento dado pela CF ao meio ambiente, julgue os seguintes itens. 45) (CESPE/PROCURADOR MUNICIPAL/PGM/NATAL/2008) A CF prev expressamente que a obrigao de preservar o meio ambiente do poder pblico e da coletividade. Est expresso no caput do art. 225 que todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Pblico e coletividade o dever de defend-lo e preserv-lo para as presentes e futuras geraes. Para a doutrina esse aspecto configura um dever de justia distributiva entre as geraes, na medida em que as atuais geraes no podero utilizar o meio ambiente sem pensar no futuro das geraes posteriores. Item certo. 46) (CESPE/PROCURADOR MUNICIPAL/PGM/NATAL/2008) O direito ao meio ambiente equilibrado no pode ser considerado direito fundamental, visto que no integra o rol dos direitos previstos no art. 5 da CF. Como vimos, o direito ao meio ambiente equilibrado um direito fundamental de terceira gerao previsto no art. 225. Agora, te pergunto: o fato de o direito ao meio ambiente equilibrado no estar expresso no rol do art. 5 impede que ele seja considerado um direito fundamental? No, como voc deve se lembrar da aula 1! Cheguei a comentar esse aspecto naquela ocasio: os direitos fundamentais no se restringem ao catlogo do art. 5 da CF. Guarde esse detalhe. Item errado. 47) (CESPE/PROCURADOR MUNICIPAL/ PGM/ NATAL/ 2008) Condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitam os infratores a sanes penais ou administrativas, que no podem ser cumuladas com a obrigao de ressarcir o dano, sob pena de bis in idem. A questo cobra do candidato o conhecimento do art. 225, 3, segundo o qual as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaro os infratores, pessoas fsicas ou jurdicas, a sanes penais e administrativas, independentemente da obrigao de reparar os danos causados. Ou seja, no h que se alegar bis in idem nesse caso, j que a prpria CF prev as sanes penais e administrativas em conjunto com a obrigao de ressarcir o dano. Item errado. www.pontodosconcursos.com.br 21

CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS 48) (CESPE/PROCURADOR MUNICIPAL/PGM/NATAL/2008) Usinas que operem com reator nuclear devem ter sua localizao definida por decreto do presidente da Repblica, sem o qual no podem ser instaladas. Tenho certeza de que voc acertou essa! Vimos anteriormente que a localizao de usinas que operem com reator nuclear deve ser estabelecida por lei federal. Item errado. 49) (CESPE/NVEL SUPERIOR/MINISTRIO DA CINCIA E TECNOLOGIA/2008) A CF prev expressamente que a floresta amaznica brasileira, a mata atlntica, a serra do Mar, o pantanal matogrossense e a zona costeira so patrimnio nacional, e sua utilizao ser feita dentro de condies que assegurem a preservao do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. A questo est de acordo com o 4 do art. 225. Segundo esse pargrafo, (i) a Floresta Amaznica brasileira, (ii) a Mata Atlntica, (iii) a Serra do Mar, (iv) o Pantanal Mato-Grossense e (v) a Zona Costeira so patrimnio nacional, e sua utilizao far-se-, na forma da lei, dentro de condies que assegurem a preservao do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. Item certo. 50) (CESPE/POLICIAL RODOVIRIO FEDERAL/PRF/2008) O meio ambiente bem de uso especial, que a administrao pblica pode utilizar para a realizao de suas atividades e a consecuo de seus fins. Como j vimos, a CF estabelece ser o meio ambiente bem de uso comum do povo. No v errar esse tipo de questo! Item errado. 51) (CESPE/TCNICO JUDICIRIO/TRE/MA/2005) A Constituio Federal no consagrou como obrigao do poder pblico a defesa, preservao e garantia de efetividade do direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. A questo est errada, j que est expresso na CF o dever de o poder pblico defender preservar e garantir a efetividade do direito ao meio ambiente equilibrado. Na verdade, no outro o sentido do caput do art. 225, bem como de seu 1: Todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Pblico e coletividade o dever de defend-lo e preserv-lo para as presentes e futuras geraes. Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Pblico: I - preservar e restaurar os processos ecolgicos essenciais e prover o manejo ecolgico das espcies e ecossistemas;

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CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS II - preservar a diversidade e a integridade do patrimnio gentico do Pas e fiscalizar as entidades dedicadas pesquisa e manipulao de material gentico; III - definir, em todas as unidades da Federao, espaos territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alterao e a supresso permitidas somente atravs de lei, vedada qualquer utilizao que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteo; IV - exigir, na forma da lei, para instalao de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradao do meio ambiente, estudo prvio de impacto ambiental, a que se dar publicidade; V - controlar a produo, a comercializao e o emprego de tcnicas, mtodos e substncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; VI - promover a educao ambiental em todos os nveis de ensino e a conscientizao pblica para a preservao do meio ambiente; VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as prticas que coloquem em risco sua funo ecolgica, provoquem a extino de espcies ou submetam os animais a crueldade. Observe tambm que, nos termos do art. 200, VII, compete ao sistema nico de sade colaborar na proteo do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho. Assim, o direto sade engloba tambm a proteo do local em que o trabalhador exerce sua atividade. Item errado. 52) (CESPE/TCNICO JUDICIRIO/TRE/MA/2005) Para a instalao de obras que possam causar dano significativo ao meio ambiente, desnecessria a realizao de estudo prvio de impacto ambiental. A questo est incorreta, pois est em desacordo com o comando constitucional que exige, para instalao de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradao do meio ambiente, estudo prvio de impacto ambiental, a que se dar publicidade (art. 225, 1, IV). Item errado. 53) (CESPE/AUDITOR DE OBRAS/TCE/PE/2004) Com base no tratamento constitucional do meio ambiente, todo cidado tem legitimidade para auxiliar o poder pblico na proteo desse bem jurdico, inclusive pela via judicial, uma vez que o direito ao ambiente saudvel e equilibrado no de natureza individual. Questo fantstica do Cespe, j que exige do candidato um conhecimento do nosso arcabouo constitucional de forma mais sistemtica. Voc acertou essa questo, no ? J comentamos que o direito ao meio ambiente est expresso na Constituio: Art. 225 - Todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado (...). Todavia, este no um direito individual, pois se trata de direito de terceira gerao de mbito coletivo e carter solidrio. www.pontodosconcursos.com.br 23

CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS Considerando esse aspecto, a nossa CF disponibiliza ao cidado um meio judicial de proteger esse direito fundamental. Voc se lembra do que estamos falando? Se no, observe matria inserida no art. 5, LXXIII: Qualquer cidado parte legtima para propor ao popular que vise a anular ato lesivo ao patrimnio pblico ou de entidade de que o Estado participe, moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimnio histrico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada m-f, isento de custas judiciais e do nus da sucumbncia. Outro meio judicial de proteo ao meio ambiente est disposio do Ministrio Pblico, ao qual compete promover o inqurito civil e a ao civil pblica, para a proteo do patrimnio pblico e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos (art. 129, III). isso a, correta a assertiva. Item certo. 54) (CESPE/AGENTE/PF/2004) Para garantir um meio ambiente ecologicamente equilibrado, so indisponveis as terras arrecadadas pelos estados, por aes discriminatrias, que sejam necessrias proteo dos ecossistemas naturais. A assertiva est de acordo com o 5 do art. 225 que estabelece serem indisponveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos estados, por aes discriminatrias, necessrias proteo dos ecossistemas naturais. Item certo. 55) (CESPE ANALISTA JUDICIRIO/TRE/TO/2005) A Constituio Federal estabelece que as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaro os infratores, pessoas fsicas ou jurdicas, entre outras conseqncias, a sanes penais. Ainda que, por sua prpria natureza, no caiba a cominao de penas privativas de liberdade para as pessoas jurdicas, as sanes penais a elas aplicveis devem observar alguns princpios constitucionais, entre eles o de que no h crime sem lei anterior que o defina nem pena sem prvia cominao legal. Muito interessante essa questo. A assertiva est correta e relaciona alguns bens jurdicos tratados pela nossa Constituio. Segundo o art. 225, 3, as condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitaro os infratores, pessoas fsicas ou jurdicas, a sanes penais e administrativas, independentemente da obrigao de reparar os danos causados. Por questes bvias, no cabe cominao da pena privativa de liberdade a pessoas jurdicas, mas poder a lei adotar alguma outra pena prevista no inc. XLVI do art. 5 (por exemplo, multa). Todavia, devem ser respeitados normalmente os comandos constitucionais relativos s penalidades, como o inc. XXXIX do art. 5, que engloba o princpio da reserva legal e o princpio da anterioridade: No h crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prvia cominao legal." www.pontodosconcursos.com.br 24

CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS Item certo. Passemos agora resoluo das questes sobre famlia, criana, adolescente, idoso e ndio. 56) (CESPE/POLICIAL RODOVIRIO FEDERAL/PRF/2008) A comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes considerada entidade familiar. O art. 226 rene os comandos constitucionais relativos famlia. Os 3 e 4 tratam do que a CF entende por entidade familiar. Assim, para efeito da proteo do Estado, so reconhecidas como entidade familiar: I - a unio estvel entre o homem e a mulher; II - a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes. Portanto, correta a questo. Apresentemos outros aspectos estabelecidos pela Constituio. A famlia, base da sociedade, tem especial proteo do Estado. Sendo assim, o Estado assegurar a assistncia famlia na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violncia no mbito de suas relaes. O casamento civil e gratuita a celebrao, mas pode ser dissolvido pelo divrcio, aps prvia separao judicial por mais de um ano nos casos expressos em lei, ou comprovada separao de fato por mais de dois anos. Alm disso, o casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei. Nos termos da Constituio, os direitos e deveres referentes sociedade conjugal so exercidos igualmente pelo homem e pela mulher. No 7, a CF trata do planejamento familiar. Assim, fundado nos princpios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsvel, o planejamento familiar livre deciso do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e cientficos para o exerccio desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituies oficiais ou privadas. Item certo. 57) (CESPE/PROMOTOR DE JUSTIA SUBSTITUTO/MPE/RO/2008) A famlia, a sociedade e o Estado tm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participao na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito vida e, aos maiores de sessenta anos, a gratuidade dos transportes coletivos urbanos. Os direitos dos idosos so regulados no art. 230. A famlia, a sociedade e o Estado tm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participao na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito vida. O 2 garante a gratuidade dos transportes coletivos urbanos aos maiores de sessenta e cinco anos. Da o erro da questo. Alm disso, a Constituio Federal estabelece ainda que os programas de amparo aos idosos sejam executados preferencialmente em seus lares. www.pontodosconcursos.com.br 25

CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS Item errado. (CESPE/AGENTE DE SEGURANA SOCIOEDUCATIVO/SEPLAG /SEDS/MG/2008) Marcos e ngela se casaram em 2000. Em 2002, nasceu a filha do casal, Sofia, atualmente, com 6 anos de idade. Em 2003, o casal adotou legalmente Maria Clia. Eles residiram em Belo Horizonte at maro de 2008, quando decidiram se separar judicialmente. Marcos mora em Governador Valadares, com Sofia e Maria Clia. ngela mora em Belo Horizonte e pretende dissolver definitivamente o casamento com o divrcio. Considerando a situao hipottica apresentada e os dispositivos relativos famlia, criana, ao adolescente e ao idoso, previstos na CF, assinale a opo correta. 58) (CESPE/AGENTE DE SEGURANA SOCIOEDUCATIVO/SEPLAG/ SEDS/MG/2008) Segundo a CF, Marcos, Maria Clia e Sofia no constituem, atualmente, uma entidade familiar, em razo da ausncia de ngela no lar conjugal. Segundo o art. 226, 4, a comunidade formada por qualquer dos pais (no caso, Marcos) e seus descendentes considerada uma entidade familiar. Item errado. 59) (CESPE/AGENTE DE SEGURANA SOCIOEDUCATIVO/SEPLAG /SEDS/MG/2008) Por ser adotada, Maria Clia ter direitos restritos em relao a Sofia. Segundo o 6 do art. 227, os filhos, havidos ou no da relao do casamento, ou por adoo, tero os mesmos direitos e qualificaes, proibidas quaisquer designaes discriminatrias relativas filiao. Portanto, Maria Clia e Sofia tero os mesmos direitos. Item errado. 60) (CESPE/AGENTE DE SEGURANA SOCIOEDUCATIVO/SEPLAG/ SEDS/MG/2008) Sofia e Maria Clia podero trabalhar na condio de aprendiz a partir dos 12 anos de idade. Essa assertiva trata do assunto direitos sociais, visto nas aulas 1 e 2. No nos custa rever esse ponto. Segundo o art. 7, XXXIII, proibido qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo na condio de aprendiz, a partir de quatorze anos. Observe que a ordem social constitucional estabelece uma relao com os direitos sociais ao prever que o direito proteo especial abrange a garantia de idade mnima de quatorze anos para admisso ao trabalho (art. 227, 3, I). Item errado. 61) (CESPE/AGENTE DE SEGURANA SOCIOEDUCATIVO/SEPLAG /SEDS/MG/2008) ngela poder propor ao de divrcio aps maro de 2009. O divrcio tratado no 6 do art. 226 da CF. Assim, o casamento civil pode ser dissolvido pelo divrcio, aps prvia separao judicial por mais de um ano. Ou seja, se ngela e Marcos separaram-se judicialmente em maro de 2008, j em maro de 2009 (aps um ano) poder ser proposta a ao de divrcio. www.pontodosconcursos.com.br 26

CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS Segundo o referido comando constitucional, nos casos de comprovada separao de fato (ou seja, sem separao judicial), esse prazo estende-se para dois anos. Item certo. 62) (CESPE/DELEGADO DE POLCIA/POLCIA CIVIL/PB/2008) O Estado deve interferir no planejamento familiar quando o casal no tiver condies econmicas de criar os seus filhos. Como vimos anteriormente, o planejamento familiar livre deciso do casal. A interferncia do Estado est restrita ao ato de propiciar recursos educacionais e cientficos para o exerccio desse direito, estando vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituies oficiais ou privadas (art. 226, 7). Item errado. 63) (CESPE/POLICIAL RODOVIRIO FEDERAL/PRF/2008) So penalmente inimputveis apenas menores de dezesseis anos, sujeitos s normas da legislao especial. Essa questo ningum pode errar, mesmo quem nunca estudou esse assunto, no ? A discusso sobre a reduo da maioridade penal extrapola o direito constitucional, sendo bastante presente nas nossas vidas. Mas, para ns, reles concursandos, o que interessa que o art. 228 da CF, estatui que so penalmente inimputveis os menores de dezoito anos. Mas eles estaro sujeitos s normas da legislao especial. Item errado. 64) (CESPE/AGENTE/PF/2004) A Constituio Federal, em respeito livre deciso do casal, veda qualquer forma de participao do Estado no planejamento familiar. Observe o teor do art. 226, 7: Fundado nos princpios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsvel, o planejamento familiar livre deciso do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e cientficos para o exerccio desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituies oficiais ou privadas. vedada a atuao estatal de vertente coercitiva, violando a intimidade e a dignidade do casal. Mas errado dizer que no haver qualquer participao por parte do Estado. Com efeito, compete ao Estado propiciar recursos educacionais e cientficos para o exerccio do planejamento familiar. Item errado. 65) (CESPE/TCNICO JUDICIRIO/TRE/MA/2005) A proteo especial s crianas e aos adolescentes, conferida pela Carta Magna, no abrange o respeito condio peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicao de qualquer medida privativa de liberdade.

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CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS A Constituio garante criana e ao adolescente o direito vida, sade, alimentao, educao, ao lazer, profissionalizao, cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e convivncia familiar e comunitria, alm de coloclos a salvo de toda forma de negligncia, discriminao, explorao, violncia, crueldade e opresso. Alm disso, garantido o direito proteo especial, que abranger, entre outros aspectos, a obedincia aos princpios de brevidade, excepcionalidade e respeito condio peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicao de qualquer medida privativa da liberdade (CF, art. 227, 3, V). Item errado. 66) (CESPE/TCNICO JUDICIRIO/TRE/MA/2005) A comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes no est prevista na Constituio Federal brasileira como entidade familiar. J vimos que a CF assegura a condio de entidade familiar comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes (art. 226, 4). Assim, so reconhecidos direitos famlia monoparental, incluindo mes e pais solteiros e famlias constitudas por inseminao artifical, produo independente etc. Item errado. 67) (CESPE/TCNICO JUDICIRIO/TRE/MA/2005) A Constituio Federal, para efeito da proteo do Estado, reconheceu juridicamente a unio estvel entre homem e mulher, garantindo-lhe proteo e determinando ao legislador infraconstitucional a edio de lei que facilite sua converso em casamento. Para efeito de proteo do Estado, a Constituio reconhece como entidade familiar tambm a unio estvel entre o homem e a mulher ( 3 do art. 226), devendo a lei facilitar sua converso em casamento. Item certo. 68) (CESPE/JUIZ FEDERAL/TRF5/2009) Lei brasileira que institua forma de coagir famlias pobres a no terem mais que dois filhos no est em desconformidade material com a CF. Lei que permita ao Estado atuao no sentido de interferir coercitivamente no planejamento familiar ser flagrantemente inconstitucional, por desrespeito ao 7 do art. 226 da CF. O referido comando constitucional baseia-se nos princpios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsvel para estatuir que o planejamento familiar livre deciso do casal. Ao Estado competir apenas propiciar recursos educacionais e cientficos para o exerccio desse direito, estando expressamente vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituies oficiais ou privadas. Caro aluno, de se observar que so muitos os aspectos a conhecer sobre a ordem social na Constituio. Entretanto, alguns assuntos tm uma maior incidncia em provas, como voc j deve ter percebido. Fique atento a esses comandos constitucionais hein... www.pontodosconcursos.com.br 28

CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS a que voc nos pergunta: Eu preciso decorar esses incisos e pargrafos que costumam cair nas provas do Cespe? Claro que no! Voc precisa apenas memoriz-los... rs Item errado. 69) (CESPE/AGENTE/DETRAN/DF/2003) A maioridade penal, hoje em dezoito anos de idade, pode ser alterada por lei ordinria. Uma lei, ordinria ou complementar, que reduzisse a maioridade penal para 16, 14 ou 12 anos, seria constitucional? No, essa lei seria flagrantemente inconstitucional por desrespeito ao art. 228 da CF: So penalmente inimputveis os menores de dezoito anos, sujeitos s normas da legislao especial. Portanto, errada a questo. A voc me diz: Ah, professor, essa fcil! A pergunta difcil se uma emenda constitucional poderia reduzir a maioridade penal. A realmente ainda no h resposta, tendo em vista que o Supremo Tribunal Federal ainda no foi instado a decidir sobre isso. Mas a doutrina diverge quanto a esse aspecto, sendo, por essas razes, bastante improvvel que uma assertiva desse tipo venha na sua prova. Mas qual a fonte da divergncia? que, como voc sabe, os direitos e garantias individuais so clusulas ptreas. E, como voc tambm sabe, no so direitos fundamentais apenas aqueles presentes no rol do art. 5. Bom, diante disso, no h resposta nica para essa pergunta na sua prova objetiva, mas esses comentrios podem ajud-lo num eventual tema de discursiva, no ? Item errado. (CESPE/AGENTE DE SEGURANA/PREFEITURA DE VITRIA/2007) Uma lei que incentiva a descentralizao e a participao popular, mencionadas na Constituio Federal ao tratar de diversos temas, o Estatuto da Criana e do Adolescente, que prev a criao de conselhos deliberativos e fiscalizatrios compostos por membros da prpria comunidade. Com relao ordem social constitucional a ser aplicada s crianas e adolescentes, julgue os itens subseqentes. 70) (CESPE/AGENTE DE SEGURANA/PREFEITURA DE VITRIA/2007) A Constituio Federal adotou a doutrina da proteo integral na proteo da criana e do adolescente. A Constituio Federal, notadamente no art. 227, inova na proteo criana e ao adolescente ao adotar a doutrina da proteo integral. Antes disso, o ordenamento jurdico no assegurava especificamente s crianas e aos adolescentes direitos fundamentais, mas sim famlia, qual cabia a obrigao de tutela dos menores.

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CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS Nesta concepo antiga, a responsabilidade sobre o menor era exclusiva da famlia, abstendo-se o Estado e a sociedade de qualquer dever. Com a Carta Magna de 1988, que se lastrou na Declarao Universal dos Direitos das Crianas da ONU de 1959, o menor passa a ser sujeito de direitos, tendo acesso irrestrito e privilegiado Justia. O Estado e a sociedade tornam-se tambm responsveis pela tutela dos direitos da criana e do adolescente, de acordo com o teor do art. 227, reproduzido a seguir: dever da famlia, da sociedade e do Estado assegurar criana e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito vida, sade, alimentao, educao, ao lazer, profissionalizao, cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e convivncia familiar e comunitria, alm de coloc-los a salvo de toda forma de negligncia, discriminao, explorao, violncia, crueldade e opresso. Item certo. 71) (CESPE/AGENTE DE SEGURANA/PREFEITURA DE VITRIA/2007) A criana e o adolescente so sujeitos de direito com acesso irrestrito e privilegiado justia, sendo, ainda, prevista, para o seu benefcio, a prioridade da tutela do seu direito a: vida, sade, alimentao, educao, lazer, profissionalizao, cultura, dignidade, respeito, liberdade e convivncia familiar e comunitria. A questo est de acordo com a doutrina da proteo integral, adotada pela Carta de 1988. A partir dessa concepo so exigveis os direitos especficos das crianas e adolescentes. O art. 227 assegura, com absoluta prioridade, o direito vida, sade, alimentao, educao, ao lazer, profissionalizao, cultura, dignidade, ao respeito, liberdade e convivncia familiar e comunitria, alm de coloclos a salvo de toda forma de negligncia, discriminao, explorao, violncia, crueldade e opresso. Nesse sentido, um dos aspectos da doutrina da proteo integral a possibilidade de se assegurar a tutela jurisdicional desses direitos. Item certo. 72) (CESPE/AGENTE DE SEGURANA/PREFEITURA DE VITRIA/2007) A proteo da criana e do adolescente uma obrigao exclusiva da famlia. Com a adoo da doutrina da proteo integral a proteo da criana e do adolescente dever tambm do Estado e da sociedade (art. 227, caput). Item errado. 73) (CESPE/AGENTE DE SEGURANA/PREFEITURA DE VITRIA/2007) Os filhos havidos ou no da relao do casamento ou por adoo tero os mesmos direitos e qualificaes, proibidas quaisquer designaes discriminatrias relativas filiao. A assertiva est correta. Observe que se limitou a reproduzir o 6 do art. 227:

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CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS Os filhos, havidos ou no da relao do casamento, ou por adoo, tero os mesmos direitos e qualificaes, proibidas quaisquer designaes discriminatrias relativas filiao. Item certo. 74) (CESPE/AGENTE DE SEGURANA/PREFEITURA DE VITRIA/2007) So penalmente inimputveis os menores de dezoito anos, que esto sujeitos s normas da legislao especial. A assertiva est de acordo com o art. 228. Observe que lei ordinria no poder reduzir a maioridade penal para 16 anos, sob pena de inconstitucionalidade. Item certo. 75) (CESPE ANALISTA JUDICIRIO/TRE/TO/2005) A Constituio Federal define requisitos e prazos mnimos para a dissoluo do casamento civil pelo divrcio: separao judicial por mais de um ano nos casos expressos em lei, ou comprovada separao de fato por mais de dois anos. Segundo o art. 226, 1, 2 e 6, o casamento civil e gratuita a celebrao, mas pode ser dissolvido pelo divrcio: I - aps prvia separao judicial por mais de um ano nos casos expressos em lei; ou II aps comprovada separao de fato por mais de dois anos. Alm disso, o casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei. Item certo. 76) (CESPE/JUIZ DE DIREITO/TJPI/2007) A CF garante aos maiores de 60 anos de idade a gratuidade do transporte coletivo urbano. a segunda questo dessa aula em que o CESPE tenta confundir o candidato com a idade limite para a gratuidade do transporte coletivo urbano. O art. 230, 2 garante a gratuidade dos transportes coletivos urbanos aos maiores de sessenta e cinco anos. No caia nessa! Item errado. 77) (CESPE/ESCRIVO/PF/2004) Os programas de amparo aos idosos desenvolvidos pelo Estado sero executados preferencialmente nos lares dos idosos. Como j foi comentado, os programas de amparo aos idosos devero ser executados preferencialmente em seus lares (art. 230, 2). Item certo. (CESPE/PROMOTOR DE JUSTIA SUBSTITUTO/MPE/RO/2008) Diante de uma reportagem jornalstica que apontava os maus-tratos sofridos por idosos em um asilo, os quais no tinham condies de se locomover para um hospital, o MP resolveu firmar com o municpio um termo de ajustamento de conduta, no qual esse ficaria responsvel por dissolver a associao responsvel por administrar aquele www.pontodosconcursos.com.br 31

CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS estabelecimento privado, bem como proporcionar uma nova sede e transporte pblico coletivo a todos aqueles que ali se encontravam internados. Solicitou, por fim, a abertura de inqurito policial para apurar o fato. Conforme foi verificado pela prpria associao, a responsabilidade pelos maus-tratos aos idosos foi imputada a um associado, que foi compulsoriamente excludo da associao. Considerando a situao hipottica acima, julgue os itens de acordo com o tratamento constitucional do idoso e os direitos e garantias individuais. 78) (CESPE/PROMOTOR DE JUSTIA SUBSTITUTO/MPE/RO/2008) A liberdade de associao no um direito fundamental absoluto, devendo guardar relao com outros direitos, como o da dignidade da pessoa humana e da proteo aos idosos. Dessa forma, agiu corretamente o MP ao buscar a dissoluo da referida associao, a qual demonstrou no ter condies de administrar o asilo. Realmente, a liberdade de associao, assim como os demais direitos fundamentais, no tem natureza absoluta, devendo guardar relao com outros direitos. At a a questo est correta. Todavia, no pode o MP dissolver a associao, pois se trata de reserva de jurisdio. Voc se lembra das aulas 1 e 2? A Constituio garante a plena liberdade de associao para fins lcitos, exigindo deciso judicial a suspenso das suas atividades ou a dissoluo compulsria, exigindo-se o trnsito em julgado nesse ltimo caso. Item errado. 79) (CESPE/PROMOTOR DE JUSTIA SUBSTITUTO/MPE/RO/2008) A CF garante, conforme dispuser a lei, o benefcio assistencial mensal, de um salrio mnimo, pessoa idosa, desde que esta comprove no possuir meios de prover prpria manuteno ou de t-la provida por sua famlia. Segundo o art. 203, V, a assistncia social ser prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuio seguridade social, garantindo-se um salrio mnimo de benefcio mensal pessoa portadora de deficincia e ao idoso que comprovem no possuir meios de prover prpria manuteno ou de t-la provida por sua famlia, conforme dispuser a lei. Item certo. 80) (CESPE/AGENTE DE POLCIA CIVIL/PCES/2008) Qualquer medida privativa de liberdade imposta a adolescentes deve ter como pressuposto a brevidade e excepcionalidade da medida. O direito proteo especial de que dispem as crianas e adolescentes abrange a obedincia aos princpios de brevidade, excepcionalidade e respeito condio peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicao de qualquer medida privativa da liberdade (art. 227, 3, V). Os aspectos envolvidos com a proteo especial a crianas e adolescentes esto descritos no 3 do art. 227. Como tm cado questes sobre o assunto, vamos dar uma olhada:

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CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS I - idade mnima de quatorze anos para admisso ao trabalho, observado o disposto no art. 7, XXXIII; II - garantia de direitos previdencirios e trabalhistas; III - garantia de acesso do trabalhador adolescente escola; IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuio de ato infracional, igualdade na relao processual e defesa tcnica por profissional habilitado, segundo dispuser a legislao tutelar especfica; V - obedincia aos princpios de brevidade, excepcionalidade e respeito condio peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicao de qualquer medida privativa da liberdade; VI - estmulo do Poder Pblico, atravs de assistncia jurdica, incentivos fiscais e subsdios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criana ou adolescente rfo ou abandonado; VII - programas de preveno e atendimento especializado criana e ao adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins. Item certo. 81) (CESPE/AGENTE DE POLCIA CIVIL/PCES/2008) Estado, sociedade e famlia so os pilares da poltica da proteo especial criana e ao adolescente instituda pela CF, nela estando abrangidos os programas de preveno e de atendimento s crianas e aos adolescentes dependentes de substncias entorpecentes e drogas afins. O direito proteo especial de que dispem as crianas e adolescentes abrange tambm programas de preveno e atendimento especializado criana e ao adolescente dependente de entorpecentes e drogas afins (art. 227, 3, VII). Item certo. 82) (CESPE/AGENTE DE POLCIA CIVIL/PCES/2008) O direito de saber a verdade sobre sua paternidade decorrncia jurdica do direito filiao, que visa assegurar criana e ao adolescente a dignidade e o direito convivncia familiar. A Constituio Federal adota a famlia como base da sociedade, conferindo a ela proteo do Estado. Segundo a Suprema Corte, assegurar criana o direito dignidade, ao respeito e convivncia familiar pressupe reconhecer seu legtimo direito de saber a verdade sobre sua paternidade, decorrncia lgica do direito filiao. Nesse sentido, considerou legtimo ao MP, desde que provocado pelo interessado e diante de evidncias positivas, a possibilidade de intentar a ao de investigao de paternidade, legitimao essa decorrente da proteo constitucional conferida famlia e criana, bem como da indisponibilidade legalmente atribuda ao reconhecimento do estado de filiao. Item certo. (CESPE/PROMOTOR DE JUSTIA/MPE/AM/2007) Os habitantes das Amricas foram chamados de ndios pelos europeus que aqui www.pontodosconcursos.com.br 33

CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS chegaram. Uma denominao genrica, provocada pela primeira impresso que eles tiveram de haverem chegado s ndias. Mesmo depois de descobrir que no estavam na sia, e sim em um continente at ento desconhecido, os europeus continuaram a cham-los assim, ignorando propositalmente as diferenas lingstico-culturais. Era mais fcil tornar os nativos todos iguais, trat-los de forma homognea, j que o objetivo era um s: o domnio poltico, econmico e religioso. necessrio reconhecer e valorizar a identidade tnica especfica de cada uma das sociedades indgenas em particular, compreender suas lnguas e suas formas tradicionais de organizao social, de ocupao da terra e de uso dos recursos naturais. Isso significa respeito pelos direitos coletivos especiais de cada uma delas e a busca do convvio pacfico, por meio de um intercmbio cultural, com as diferentes etnias. Internet: (com adaptaes). Tendo o texto acima como referncia inicial e por base os ditames da ordem social constitucional, julgue os itens a seguir. 83) (CESPE/PROMOTOR DE JUSTIA/MPE/AM/2007) A CF reconhece a organizao social, os costumes, as lnguas, crenas e tradies das comunidades indgenas, de modo que assume a existncia de minorias nacionais, instituindo normas de proteo de sua singularidade tnica. A Constituio Federal dedica captulo especfico para os ndios (compreendido nos art. 231 e 232). Assim, estabelece que so reconhecidos aos ndios sua organizao social, costumes, lnguas, crenas e tradies. Com esse captulo, nosso arcabouo constitucional mostra que reconhece as minorias tnicas (art. 231, caput) e garante sua proteo (art. 232). Quanto a esse ltimo aspecto, observe o teor do art. 232: Os ndios, suas comunidades e organizaes so partes legtimas para ingressar em juzo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministrio Pblico em todos os atos do processo. Item certo. 84) (CESPE/PROMOTOR DE JUSTIA/MPE/AM/2007) A minerao em terras indgenas s pode ser efetivada com autorizao do Congresso Nacional, aps ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participao nos resultados da lavra. A assertiva est de acordo com o art. 232, 3. A pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indgenas s podem ser efetivados com autorizao do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participao nos resultados da lavra, na forma da lei. Portanto, correta a questo. O mesmo procedimento dever reger o aproveitamento dos recursos hdricos, incluindo o potencial hidroenergtico. Item certo. 85) (CESPE/PROMOTOR DE JUSTIA/MPE/AM/2007) Os ndios, suas comunidades e organizaes so partes legtimas para ingressar em

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CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS juzo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o MP em todos os atos do processo. A assertiva reproduz o art. 232: Os ndios, suas comunidades e organizaes so partes legtimas para ingressar em juzo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministrio Pblico em todos os atos do processo. Com esse artigo a Constituio estabelece uma forma de proteo dos grupos indgenas. Item certo. 86) (CESPE/CONSULTOR/SENADO/2002) A lngua oficial do Brasil a portuguesa, mas o ensino fundamental, em determinadas escolas brasileiras, pode ocorrer em lngua indgena. Pode-se dizer que o reconhecimento cultura indgena e o respeito s minorias tambm tem implicaes no mbito da educao. De acordo com o art. 210, 2, o ensino fundamental regular ser ministrado em lngua portuguesa, assegurada s comunidades indgenas tambm a utilizao de suas lnguas maternas e processos prprios de aprendizagem. Item certo. 87) (CESPE/OFICIAL DE CHANCELARIA/MRE/2006) Aos ndios, a suas comunidades e a suas organizaes no se reconhece o direito de ingressar em juzo como partes legtimas para a defesa dos prprios direitos, sem que sejam assistidos pelo Ministrio Pblico Federal. Questo totalmente errada. Os ndios, suas comunidades e organizaes so partes legtimas para ingressar em juzo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministrio Pblico em todos os atos do processo (art. 232). Item errado. isso a, caro aluno! Agradeo a confiana e mantenha sua motivao. E lembre-se de que Deus sempre guarda o melhor para ns, no momento certo. Bons estudos e um grande abrao. Fred Dias

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RELAO DAS QUESTES COMENTADAS NESTA AULA 1) (CESPE/AGENTE/PF/2009) A Constituio Federal de 1988 (CF) no reconhece aos ndios a propriedade sobre as terras por eles tradicionalmente ocupadas. (CESPE/CONSULTOR/SENADO/2002) Acerca da ordem social nos termos da Constituio da Repblica de 1988, julgue os itens subseqentes. 2) (CESPE/CONSULTOR/SENADO/2002) A ordem social disposta na Constituio de 1988 tem como base a harmonia entre capital e trabalho. 3) (CESPE/AGENTE PENITENCIRIO/AGENTE DE ESCOLTA E VIGILNCIA PENITENCIRIO/SEJUS/ES/2009) A seguridade social tem por finalidade assegurar exclusivamente os direitos relativos sade, mediante um conjunto integrado de aes de iniciativa tanto do poder pblico como da sociedade. 4) (CESPE/PROCURADOR/PGEPI/2008) Compete ao poder pblico, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base no carter democrtico e descentralizado da administrao, mediante gesto bipartite e com a participao dos trabalhadores e dos empregadores. 5) (CESPE/CONSULTOR/SENADO/2002) Entre os objetivos da seguridade social, em face de recente processo de flexibilizao, j no mais se inclui a universalizao de cobertura e atendimento. 6) (CESPE/OAB/2007) A seguridade social compreende um conjunto integrado de aes de iniciativa dos poderes pblicos e da sociedade destinadas a assegurar os direitos relativos sade, previdncia e assistncia social, as quais exigem carter contributivo. 7) (CESPE/TCNICO SOCIAL COM FORMAO EM SERVIO SOCIAL/SEAD/CEHAP/PB/2008) A seguridade um sistema de cobertura de contingncias sociais destinado a todos os que se encontram em estado de necessidade, no restringindo os benefcios nem aos contribuintes nem perda da capacidade laborativa. 8) (CESPE/NVEL SUPERIOR/MINISTRIO DA CINCIA E TECNOLOGIA/2008) A seguridade social compreende um conjunto integrado de aes de iniciativa dos poderes pblicos e da sociedade, destinadas a assegurar exclusivamente os direitos previdncia social. 9) (CESPE/AGENTE ADMINISTRATIVO/MTE/2008) Sobre a receita de concursos de prognsticos incide contribuio social destinada a financiar a seguridade social. 10) (CESPE/TCNICO SOCIAL COM FORMAO EM SERVIO SOCIAL/SEAD/CEHAP/PB/2008) A previdncia social tem como objetivo bsico assegurar determinados benefcios a todos os cidados. Tais benefcios destinam-se a cobrir eventos de doenas, invalidez e morte, proteger a maternidade, proteger o trabalhador em situao de desemprego, entre outros. www.pontodosconcursos.com.br 36

CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS 11) (CESPE/AGENTE ADMINISTRATIVO/MTE/2008) Mesmo que um servidor pblico federal possua regime prprio de previdncia social, ele poder ser contribuinte facultativo do regime geral de previdncia social. 12) .(CESPE/ADMINISTRADOR/MTE/2008) A promoo da integrao ao mercado de trabalho um objetivo da assistncia social. 13) (CESPE/AGENTE ADMINISTRATIVO/MTE/2008) Suponha que Maria, de 25 anos de idade, possua deficincia que a incapacita ao trabalho e que, na casa em que mora, com a me e mais cinco irmos, a renda familiar seja de um salrio mnimo. Nessa situao, Maria tem direito a benefcio da assistncia social, no valor de um salrio mnimo por ms, mesmo na hiptese de jamais ter contribudo para a seguridade social. 14) (CESPE/ADMINISTRADOR/MTE/2008) Caso uma clnica privada especializada em transplante de medula ssea pretenda estender os seus servios para o atendimento populao carente, nesse caso, ainda que essa clnica integre o Sistema nico de Sade, no poder receber recursos pblicos para auxlios ou subvenes se tiver fins lucrativos. 15) (CESPE/DELEGADO/PF/2004) vedado Unio, pela Constituio Federal, qualquer tipo de aporte de recursos a entidade de previdncia privada, sendo a desobedincia a essa determinao considerada crime contra a ordem social. 16) (CESPE/ESCRIVO/PF/2004) possvel a criao de benefcio da seguridade social sem indicao da correspondente fonte de custeio total caso esse benefcio seja classificado como atividade essencial do Estado. 17) (CESPE/AGENTE/PF/2004) As instituies privadas podem participar de forma complementar do Sistema nico de Sade mediante contrato de direito pblico ou convnio. 18) (CESPE/ESCRIVO/PF/2004) Uma das formas de financiamento da seguridade social a contribuio social incidente sobre a receita de concursos de prognsticos. 19) (CESPE/AGENTE/PF/2004) A seguridade social, que pode ser definida como o conjunto de aes integradas, de iniciativa dos poderes pblicos e da sociedade, destinadas exclusivamente a assegurar direitos relativos previdncia social e assistencial social, tem como um dos objetivos que fundamentam sua organizao a diversidade da base de financiamento. 20) (TCE-PE/2004) A disciplina constitucional da sade permite que, no mbito do Sistema nico de Sade, o poder pblico colabore com quaisquer instituies privadas prestadoras de servios de sade, mediante a destinao de auxlios e subvenes, conforme o caso. 21) (TCE-PE/2004) O direito sade, na Constituio da Repblica, , em certa medida, tratado como uma manifestao do princpio da igualdade.

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CURSO ON-LINE DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCCIOS PF PROFESSOR: FREDERICO DIAS 22) (CESPE/TCNICO JUDICIRIO/TRE/MA/2005) A seguridade social foi constitucionalmente dividida em normas sobre sade, previdncia social e assistncia social. 23) (CESPE/TCNICO JUDICIRIO/TRE/MA/2005) A Constituio Federal impe ao poder pblico a obrigao de garantir aos cidados o acesso universal e igualitrio a aes e servios de sade. 24) (CESPE/TCNICO JUDICIRIO/TRE/MA/2005) A previdncia social tem como uma de suas finalidades amparar as pessoas reconh