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29/03/2012
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Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza
Departamento de Química Disciplina: Química Geral
Ligações Químicas
Curso: Tecnologia em Produção Sucroalcooleira Professora: Liliana Lira Pontes
Semestre 2012.1
Ligações Químicas União entre os átomos
Ocorre entre dois átomos se o arranjo resultante dos dois núcleos e seus elétrons tem menos energia que a energia total dos átomos separados.
transferência completa de um ou mais elétrons – formação de íons e do
composto iônico
Ligação Iônica
compartilhamento de elétrons, união dos átomos
Ligação Covalente - moléculas
Abaixamento de energia
Mudança de energia – posição dos elétrons de valência
Ligação metálica
Muitos cátions são mantidos juntos por um
grande número de elétrons
Átomos formam íons para atingir a configuração de um gás nobre- Regra do octeto – os átomos tendem a ganhar ou perder elétrons até que existam oito elétrons em sua camada de valência; Elementos metálicos do bloco s perdem elétrons – cátion;
Elementos do bloco p e d, (alumínio(Al) e Ferro(Fe)), podem perder vários elétrons para formar os cátions;
Os não-metais raramente perdem elétrons – EI elevada – recebem elétrons;
Ligações Químicas
Ligações Iônicas
Elétrons são transferidos da camada de valência de um átomo para a camada de valência de outro.
O átomo que perde elétrons - íon positivo (cátion) e o que ganha elétrons (ânion) Ex: LiF
Ex: Li 1s2 2s1 Li+ (1s2) + e- F (1s2 2s2 2p5) + e- F- (1s2 2s2 2p6)
Li+ + F- LiF formação do composto iônico
Ligações Iônicas
A Formação das Ligações Iônicas Ex: NaCl
Dois átomos : Na (g) Na+ (g) + e-
Energia de ionização = 494 kJ.mol-1
Energia requerida
Cl (g) + e- Cl- (g)
Afinidade eletrônica = 349 kJ.mol-1
Energia liberada
Mudança de energia = 494 – 349 = +145 kJ.mol-1
Não há razão para se formar NaCl!
Forte contribuição da atração Coulômbica (eletrostática) entre os íons de cargas opostas no sólido
(3s1)
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Ligações Iônicas
Íons sódio e cloro se juntam para formar o sólido, sua atração mútua libera grande quantidade de energia;
Na+ (g) + Cl- (g)
NaCl (s)
Energia liberada = 787 kJ.mol-1
Mudança de energia líquida no processo global
Na (g) + Cl (g)
NaCl (s)
145 -787 = -642 kJ.mol-1
(decréscimo de energia)
Um sólido iônico é um conjunto de cátions e ânions empacotados m um arranjo regular.
Ligações Iônicas e a Energia Reticular
Energia (ou entalpia) de rede (energia reticular): permite que compostos iônicos se formem. Estabilidade do composto.
Energia necessária para vaporizar um sólido.
Na+ (g) + Cl- (g)
NaCl (s) Energia reticular U= 787 kJ.mol-1
1 mol de NaCl
(sólido cristalino)
1 mol de Na+ + 1 mol de Cl-
(íons oriundos do NaCl)
O mol é a unidade do SI para
quantidade de substância. Essa
quantidade não se refere à massa
ou volume da amostra, mas ao
número de átomos, moléculas ,
presentes na amostra.
Energia Reticular
Endotérmicas e sinal positivo, expressas em ∆H (∆HL) ∆HL = Hm (íons,g) – Hm(sólido) Depende do tamanho do íon e da sua carga ; menor íon, maior energia reticular. Não pode ser medida diretamente, mas podemos calcular de maneira indireta.
Retículo cristalino
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Cálculo da energia reticular
Ciclo de Born – Haber ( Lei de Hess (∆H ))
Lei de Hess: O valor de ∆Ho para qualquer reação que
pode ser escrita em etapas é igual à soma dos valores de
∆Ho de cada uma das etapas
Mostra todos os passos que contribuem para a energia
total da reação de formação do composto iônico.
Ciclo de Born – Haber
Caminho fechado de etapas, uma das quais é a formação de uma rede sólida a partir de íons na fase gás.
A variação de entalpia dessa etapa é o inverso da entalpia de rede. (etapa desconhecida e tem valor negativo)
A soma das variações de entalpia para o ciclo completo é 0.
Ciclo de Born-Haber
Ciclo de Born-Haber
Na(s) + 1/2 Cl2(g) NaCl(s)
Hf = -411,3 kJ mol-1
(1) Na(s) Na(g) 107,8 kJmol-1
(2) 1/2 Cl2(g) Cl(g) 121,3 kJ mol-1
(3) Na(g) Na+(g) + e- 495,4 kJ mol-1
(4) Cl(g) + e- Cl-(g)
-348,8 kJmol-1
(5) Na+(g) + Cl-(g) NaCl(s)
H = ?
H1 + H2 + H3 + H4 + H5 = Hf
H5 = -787 kJ/mol
Urede ou HL = + 787 kJ/mol
Urede ou HL = - H5
Ionização
Ato
miz
ação
Valor da
combinação direta
dos elementos
livres
Ex: KCl
H1sub + H2dis + HEi+ H4AE - (- Hf ) - HL =0
H1sub + H2dis + HEi+ H4AE + Hf = HL
HL = ?
A soma das variações de entalpia para o ciclo completo é 0.
Lembrando:
HL = 89 + 122 + 418 + (-349) +437 = + 717 kJ. mol-1
Ciclo de Born-Haber
Ciclo de Born-Haber
EX: MgBr2
Energia de rede?
Ligação Covalente
Ligação covalente – diminuição de energia é dada pelo compartilhamento de elétrons.
Elementos não-metálicos se combinam para formar moléculas (ligação covalente).
H2, N2, O2, F2 e as espécies poliatômicas P4 e S8.
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Ligação Covalente
Molécula de H2
cada um dos átomos de hidrogênio, na molécula H2 realiza o compartilhamento dos dois elétrons.
Símbolo de Lewis
Gilbert Lewis 1916
“Os átomos formam ligações através do compartilhamento de
pares de elétrons entre eles”
Inventou uma forma de mostrar os elétrons de valência quando os átomos formam ligações químicas.
Representou cada elétron de valência como um ponto e arranjou-os em torno do símbolo do elemento.
H
Compostos Iônicos
Estrutura de Lewis
Ligação no H2: H + H H H
Ligação no F2: F + F F F ou F-F
Par ligante Elétrons não envolvidos na ligação: pares isolados ou não-ligantes
Ligação Covalente
H - H
Estrutura de Lewis
Estrutura de Lewis e a Ligação Covalente
A estrutura de Lewis de uma molécula
representa os átomos por seus símbolos
químicos, as ligações covalentes por linhas e os
pares isolados por pares de pontos.
Ajuda no entendimento das propriedades das
moléculas, incluindo suas formas e suas possíveis
reações.
Um par de elétrons emparelhado é chamado de
ligação simples.
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Ligação Covalente
Distância média entre os dois núcleos – comprimento de ligação ou distância de ligação
A quantidade de energia necessária para quebrar a ligação – energia de ligação
H2
Ordem de Ligação Lewis – descreve a maneira como os átomos compartilham os elétrons nas ligações químicas;
Ordem de ligação
comprimento da ligação e energia de ligação
Número de pares de elétrons compartilhados entre os átomos.
Medida da intensidade da densidade e- na ligação.
Quanto a densidade e- mais firmemente os núcleos estão unidos.
Ordem de Ligação
Tabela 8.3
Ordem de Ligação
O.L. 1
2
3
Como desenhar a estrutura de Lewis ?
CO2
O C O C ( G4= 4e-) 1x4 = 4e-
O( G6 = 6e-) 2 x 6 = 12e-
16e-
NH4+ ? BF3 ? HClO3 ?
IF4 - ?
Como desenhar
a estrutura de Lewis ?
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Estrutura de Lewis e a Regra do Octeto Estrutura de Lewis deveria mostrar que a regra do Octeto é obedecida.
CO2, Cl2 , N2...
Há algumas moléculas e íons onde a regra não é obedecida ou inadequada
Ex: PCl5
Exceto 2o período, Ex: carbono(C) e o nitrogênio (N) – muitos não metais podem ter mais que 8 e-
Outras poucas moléculas podem se comportar como tendo menos que oito e-
H2 - os elétrons são igualmente partilhados pelos dois núcleos.
HCl ou HF- Os elétrons passam mais tempo na vizinhança de um dos átomos.
Ligação covalente polar - +
Eletronegatividade Medida da capacidade de um átomo atrair para si os elétrons partilhados numa ligação.
Eletronegatividade
Ligações Iônicas e Covalentes Ligação Iônica
Diferença de eletronegatividade é muito grande. O átomo mais eletronegativo controla os e-
Não há diferença de eletronegatividade
Cs+ [ : F : ] . .
. . -
H2, Cl2, O2, N2
Ligação Covalente Apolar Ligação Covalente Polar
Grau de polaridade de uma ligação (quantidade
do caráter iônico) – Ligação torna-se mais de
50% iônica quando a diferença de
eletronegatividade exceder 1,7.
Ligações Iônicas e Covalentes
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Previsão do caráter da ligação
Se EN < 1,7 a ligação é covalente polar;
Se EN ~ 1,7 tem 50 % de caráter iônico;
Se EN> 1,7então a ligação é predominantemente iônica;
Se EN = 0, a ligação é covalente apolar (0% de caráter iônico).
1,0 2,9
2,1
Propriedades de compostos covalentes e iônicos
Compostos covalentes: geralmente gases, líquidos ou sólidos de baixo ponto de fusão.
CO2 H2O
Sacarose
Propriedades de compostos covalentes e iônicos
Compostos iônicos: sólidos de ponto de fusão elevado
Propriedade NaCl CCl4
Aspecto sólido branco líquido incolor
T fusão/ °C 801 - 23
T ebulição/ °C 1413 76.5
solubilidade em H2O elevada bastante baixa
Condutividade elétrica
sólido mau mau
fundido bom mau
Ligação Covalente Normal e Coordenada
Para reconhecer a proveniência dos elétrons na estrutura de Lewis, geralmente usa-se “o” ou “X” no lugar dos pontos.
NH3
ligação covalente normal
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Íon amônio NH4+ - ligação covalente coordenada
Carga Formal
Carga que um átomo teria se todos os pares de
elétrons fossem compartilhados por igual
(covalente apolar), Carga aparente.
A determinação das cargas elétricas de átomos ligados é muito difícil.
Métodos aproximados carga formal e número de oxidação
Ex: H2SO4
Carga formal=(No de e- na camada de val. átomo isolado) – ( No de ligações do átomo) + No de e- não-compartilhado
Cálculo da carga formal sobre um átomo
Para o Hidrogênio (H) H = 1-(1+0) = 0
Para o Oxigênio (O) 1- ligados ao hidrogênio
O = 6-(2+4) = 0
2- aqueles não ligados ao hidrogênio
Para o enxofre (S) S = 6 – (4+0) = +2
Carga Formal
Para o Oxigênio (O)
(a) ligados ao hidrogênio O = 6-(2+4) = 0
(b) aqueles não ligados ao hidrogênio O = 6-(1+6) = -1
Para moléculas neutras a soma das cargas formais tem de ser zero. Para íons a soma tem de igualar a carga do íon. Estruturas de Lewis com menores cargas formais são mais prováveis.
Carga Formal Exemplo: O íon sulfato, SO42- ocorre em vários
minerais importantes,como por exemplo o
gesso (CaSO4. 2H2O). Calcule a carga formal
nas três estruturas.
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