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MEDIDAS COMPULSÓRIAS DE EXCLUSÃO DO ESTRANGEIRO

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MEDIDAS COMPULSÓRIAS DE EXCLUSÃO DO ESTRANGEIRO

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1 – INTRODUÇÃO

• São medidas administrativas e/ou judiciais relativas à promoção da retirada do estrangeiro do território nacional, segundo as razões e procedimentos ditados pela lei .

• Base legal:– Art. 12, CF– Estatuto do Estrangeiro– Regulamento– Regimento Interno do STF

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2 – PRINCIPAIS ESPÉCIES DE MEDIDAS COMPULSÓRIAS

O Estatuto do Estrangeiro prevê três distintos institutos, de diferentes características, razões e modalidades, para regular a retirada compulsória do estrangeiro do País:

– Deportação

– Expulsão

– Extradição

Arts. 57 a 64

Arts. 65 a 75

Arts. 76 a 94

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2.1. DEPORTAÇÃO

• Aplicação: a deportação será aplicada nas hipóteses de entrada ou estada irregular de estrangeiros no território nacional.

• Causas para deportação: – Documento de viagem ou visto de entrada falso– Exercício de atividade profissional incompatível com o visto– Permanência além do prazo regulamentar correspondente à categoria de visto– Violação das condições para permanência

• Atribuição: É de providência imediata do Departamento de Polícia Federal e consiste na retirada do estrangeiro que desatender à notificação prévia de deixar o País no prazo regulamentar de 3 ou 8 dias (dependendo da situação).

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• Para onde o estrangeiro é deportado?Para o país da nacionalidade ou de procedência do estrangeiro, ou para outro que consinta em recebê-lo.

• Quem paga a conta da deportação (transporte)?Não sendo apurada a responsabilidade do transportador pelas despesas com a retirada do estrangeiro, nem podendo este ou terceiro por ela responder, serão as mesmas custeadas pelo Tesouro Nacional.

• O deportado pode retornar ao território nacional?O deportado só poderá reingressar no território nacional se ressarcir o Tesouro Nacional, com correção monetária, das despesas com a sua deportação e efetuar, se for o caso, o pagamento da multa devida à época, também corrigida.

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2.2. EXPULSÃO

Expulsão é a retirada compulsória de um estrangeiro do território nacional motivada pela prática de um crime que tenha cometido no Brasil ou por conduta incompatível com os interesses nacionais.

Art. 65 (Estatuto do Estrangeiro). É passível de expulsão o estrangeiro que, de qualquer forma, atentar contra a segurança nacional, a ordem política ou social, a tranqüilidade ou moralidade pública e a economia popular, ou cujo procedimento o torne nocivo à conveniência e aos interesses nacionais.

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ASPECTOS GERAIS

• É ato administrativo que obriga o estrangeiro a sair do território nacional e o impede de retornar.

• O Processo administrativo para fins de expulsão está regularizado pela Lei n.º 6.815, de 1980 (Decreto Presidencial): arts. 66 a 74.

• Delegação ao Ministro da Justiça: Decreto 3447/2000

• Trâmite do processo administrativo (organograma): art. 103 do Decreto 86.715/81.

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Os órgãos do Ministério Público remeterão ao Ministério da Justiça, de ofício, até trinta dias após o trânsito em julgado, cópia da sentença

condenatória de estrangeiro, autor de crime doloso ou de qualquer crime contra a segurança nacional, a ordem política ou social, a economia popular, a moralidade ou a saúde pública, assim como da folha de

antecedentes penais constantes dos autos.

O Ministro da Justiça, recebidos os documentos, mediante Portaria, determinará a instauração de inquérito para expulsão do estrangeiro

O expulsando será notificado da instauração do inquérito e do dia e hora fixados para interrogatório, com antecedência mínima de dois dias úteis.

Comparecendo, o expulsando será qualificado, interrogado, identificado e fotografado, podendo nessa oportunidade indicar defensor e especificar

as provas que desejar produzir

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Ao expulsando e ao seu defensor será dada vista dos autos, em cartório, para a apresentação de defesa no prazo único de seis dias,

contados da ciência do despacho respectivo.

Encerrada a instrução do inquérito, deverá ser este remetido ao Departamento Federal de Justiça, no prazo de doze dias, acompanhado

de relatório conclusivo

Recebido o inquérito, será este anexado ao processo respectivo, devendo o Departamento Federal de Justiça encaminhá-lo com parecer

ao Ministro da Justiça.

Publicado o decreto de expulsão, o Departamento de Polícia Federal do Ministério da Justiça remeterá, ao Departamento Consular e

Jurídico do Ministério das Relações Exteriores, os dados de qualificação do expulsando.

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• Motivos mais frequentes de expulsãoSão os crimes relacionados a tráfico de entorpecentes, falsificação e uso de documento público, furto e roubo.

• Retorno ao Brasil de estrangeiro expulsoO estrangeiro não poderá reingressar ao Brasil depois de expulso. Caso reingresse, incidirá no crime previsto no artigo 338 do Código Penal, que sujeita o infrator a pena de 4 (quatro) anos de reclusão, sem prejuizo de nova expulsão após o cumprimento da pena.

• Pedidos de Revogação de Portaria de ExpulsãoOs pedidos deverão ser endereçados ao Exmo. Sr. Ministro da Justiça e encaminhados ao Departamento de Estrangeiros. Deverão estar instruídos e embasados em fatos novos que não foram suscitados quando da tramitação do processo administrativo para fins de expulsão.

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2.3. EXTRADIÇÃO

A extradição é um ato de cooperação internacional que consiste na entrega de uma pessoa, acusada ou condenada por um ou mais crimes, ao país que a reclama.

Pressupõe sempre a prática de um crime no país requerente.

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• Quais são condições para concessão da extradição?

I - ter sido o crime cometido no território do Estado requerente ou serem aplicáveis ao extraditando as leis penais desse Estado;

E

II - existir sentença final de privação de liberdade, ou estar a prisão do extraditando autorizada por Juiz, Tribunal ou autoridade competente do Estado requerente.

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Espécies:

Ativa: quando o Governo brasileiro requer a extradição de um foragido da justiça brasileira a outro país.Passiva: quando um determinado país solicita a extradição de um indivíduo foragido que se encontra em território brasileiro.

Partes:

Extraditando: pessoa em processo de extradição.Estado Requerente: aquele que solicita a extradição.Estado Requerido: aquele que recebe o pedido de extradição.

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• Art. 77. Não se concederá a extradição quando:

I - se tratar de brasileiro, salvo se a aquisição dessa nacionalidade verificar-se após o fato que motivar o pedido;

II - o fato que motivar o pedido não for considerado crime no Brasil ou no Estado requerente;

III - o Brasil for competente, segundo suas leis, para julgar o crime imputado ao extraditando;

IV - a lei brasileira impuser ao crime a pena de prisão igual ou inferior a 1 (um) ano;

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V - o extraditando estiver a responder a processo ou já houver sido condenado ou absolvido no Brasil pelo mesmo fato em que se fundar o pedido;

VI - estiver extinta a punibilidade pela prescrição segundo a lei brasileira ou a do Estado requerente;

VII - o fato constituir crime político; e

VIII - o extraditando houver de responder, no Estado requerente, perante Tribunal ou Juízo de exceção.

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• Qual é o fundamento jurídico da extradição?A extradição poderá ser concedida quando o governo requerente se fundamentar em tratado, ou quando prometer ao Brasil a reciprocidade (Art. 76, do Estatuto).

Ou seja:O pedido de extradição não se limita aos países com os quais o Brasil possui Tratado. Ele poderá ser requerido por qualquer país e para qualquer país. Quando não houver Tratado, o pedido será instruído com os documentos previstos no Estatuto do Estrangeiro (art. 80) e deverá ser solicitada com base na promessa de reciprocidade de tratamento para casos análogos.

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TRATADOS DE EXTRADIÇÃO EM VIGÊNCIA NO BRASIL

• Argentina – assinado em 15 de novembro de 1961 e promulgado pelo Decreto nº 62.979;• Austrália – assinado em 22 de agosto de 1994 e promulgado pelo Decreto nº 2.010, de 25 de setembro de 1996;• Bélgica – assinado em 6 de maio de 1953 e promulgado pelo Decreto nº 41.909, de 29 de julho de 1957;• Bolívia – assinado em 25 de fevereiro de 1938 e promulgado pelo Decreto nº 9.920, de 8 de julho de 1942;• Chile – assinado em 8 de novembro de 1935 e promulgado pelo Decreto nº 1.888, de 17 de agosto de 1937;• Colômbia – assinado em 28 de dezembro de 1938 e promulgado pelo Decreto nº 6.330, de 25 de setembro de 1940;• Coréia do Sul – assinado em 1º de setembro de 1995 e promulgado pelo Decreto nº 4.152 de 7 de março de 2002;• Equador – assinado em 4 de março de 1937 e promulgado pelo Decreto nº 2.950, de 8 de agosto de 1938;• Espanha – assinado em 2 de fevereiro de 1988 e promulgado pelo Decreto nº 99.340, de 22 de junho de 1990;• Acordo entre os Estados Membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa – assinado em 23 de novembro de 2005 e promulgado pelo Decreto nº 7.935, de

19 de fevereiro de 2013;• Estados Unidos – assinado em 13 de janeiro de 1961 e promulgado pelo Decreto nº 55.750, de 11 de fevereiro de 1965;• França – assinado em 28 de maio de 1996 e promulgado pelo Decreto nº 5.258, de 27 de outubro de 2004;• Itália – assinado em 17 de outubro de 1989 e promulgado pelo Decreto nº 863, de 9 de julho de 1993;• Lituânia – assinado em 28 de setembro de 1937 e promulgado pelo Decreto nº 4528, de 16 de agosto de 1939;• Mercosul – assinado em 10 de dezembro de 1998 e promulgado pelo Decreto nº 4.975, de 30 de janeiro de 2004;• Mercosul, Bolívia e Chile – assinado em 10 de dezembro de 1998 e promulgado pelo Decreto nº 5.867, de 3 de agosto de 2006;• México – assinado em 28 de dezembro de 1933 e promulgado pelo Decreto nº 2.535, de 22 de março de 1938;• Paraguai – assinado em 24 de fevereiro de 1922 e promulgado pelo Decreto nº 16.925, de 27 de maio de 1925;• Peru – assinado em 25 de agosto de 2003 e promulgado pelo Decreto nº 5.853, de 19 de julho de 2006;• Portugal – assinado em 7 de maio de 1991 e promulgado pelo Decreto nº 1.325, de 2 de dezembro de 1994;• Reino Unido e Irlanda do Norte – assinado em 18 de julho de 1995 e promulgado pelo Decreto nº 2.347, de 10 de outubro de 1997;• República Dominicana – assinado em 17 de novembro de 2003 e promulgado pelo Decreto nº 6.738, de 12 de janeiro de 2009;• Romênia – assinado em 12 de agosto de 2003 e promulgado pelo Decreto nº 6.512, de 21 de julho de 2008;• Rússia – assinado em 14 de janeiro de 2002 e promulgado pelo Decreto nº 6.056, de 6 de março de 2007;• Suíça – assinado em 23 de julho de 1932 e promulgado pelo Decreto nº 23.997, de 13 de março de 1934;• Suriname – assinado em 21 de dezembro de 2004 e promulgado pelo Decreto nº 7.902, de 4 de fevereiro de 2013;• Ucrânia – assinado em 21 de outubro de 2003 e promulgado pelo Decreto nº 5.938, de 19 de outubro de 2006;• Uruguai – assinado em 27 de dezembro de 1916 e promulgado pelo Decreto nº 13.414, de 15 de janeiro de 1919;• Venezuela – assinado em 7 de dezembro de 1938 e promulgado pelo Decreto nº 5.362, de 12 de março de 1940.

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• Como será requerida a extradição?

Por via diplomática ou, na falta de agente diplomático do Estado que a requerer, diretamente de Governo a Governo, devendo o pedido ser instruído com a cópia autêntica ou a certidão da sentença condenatória, da de pronúncia ou da que decretar a prisão preventiva, proferida por Juiz ou autoridade competente.

Não havendo tratado que disponha em contrário, os documentos indicados neste artigo serão acompanhados de versão oficialmente feita para o idioma português no Estado requerente.

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• Extradição Ativa o Ministério da Justiça recebe do Poder Judiciário a documentação relativa ao pedido de extradição.

Cabe ao Departamento de Estrangeiros do MJ realizar a análise de admissibilidade da documentação a fim

de verificar se está de acordo com o previsto em Tratado ou na Lei 6.815/80.

Em caso positivo, o pedido de extradição é encaminhado ao Ministério das Relações Exteriores, a

fim de ser formalizado ao país onde se encontra o foragido da justiça brasileira.

Sendo deferida a extradição pelo país requerido, as autoridades brasileiras retiram o extraditando do

território estrangeiro no prazo previsto em Tratado, se houver, ou na data estipulada pelo Governo requerido.

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• Extradição Passiva

Na extradição passiva, a Divisão de Medidas Compulsórias do Ministério da Justiça recebe, por via

diplomática (Ministério das Relações Exteriores), o pedido de extradição formulado pelo país requerente.

Realizada a análise de admissibilidade, de acordo com o Tratado, se houver, ou com o Estatuto do

Estrangeiro, o pedido será encaminhado, por meio de Aviso Ministerial, ao Supremo Tribunal Federal

Sendo deferida a extradição pelo Supremo Tribunal Federal, o país requerente terá um prazo, fixado no

Tratado, se houver, ou na Lei 6.815/80, para retirar o indivíduo do território nacional.

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Departamento de EstrangeirosJoão Guilherme Lima Granja Xavier da Silva

• Endereço: Esplanada dos Ministérios, Bloco T, Ministério da Justiça, Anexo II, sala 300, Brasília/DF. CEP: 70064-901

• Telefone: 61 2025.3325 • Fax: 61 2025.9383• Internet: http://www.mj.gov.br/estrangeiros

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• BOM FINAL DE SEMANA, POVO!