Upload
facitec
View
209
Download
3
Embed Size (px)
Citation preview
1
Curso: Bacharelado em Ciências Contábeis
Disciplina: Contabilidade Internacional
Professor: Anderson Alves
AULA 2 (17/02/2012)
Conteúdo:
1. Contabilidade e seu ambiente no Brasil.
Contabilidade e seu ambiente no Brasil
Na década de 60, a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da
Universidade de São Paulo (FEA/USP) revolucionou, no Brasil, o ensino da Contabilidade,
passando a tratá-la como instrumento de informação à gestão e aos investidores, considerando o
atendimento às necessidades do usuário como o grande objetivo das DC.
A história recente da contabilidade no Brasil teve início na década de 70, com o
desenvolvimento do mercado de capitais e com a reforma bancária. Principais fases:
a) Obrigatoriedade de as companhias abertas terem suas DC auditadas por
auditores independentes;
b) Circular 179/72 pelo BACEN, padronizando a estrutura e forma de
apresentação das DC das Cias abertas;
c) Influência da escola norte-americana de contabilidade e promulgação da lei
6.404/76 sob esta influência.
Até então, forte influência da legislação tributária, que determinava procedimentos
contábeis.
Em âmbito internacional foi criado, na década de 70, o IASB (International Accounting
Standards Board), organismo privado com mais de 100 países, objetivando disseminar a visão
da Contabilidade e provocar a convergência das diferentes normatizações no mundo às Normas
Internacionais de Contabilidade
Em 1976, foi criada a CVM e divulgada a lei 6.404/76, trazendo inovações à época,
especialmente na criação de registros auxiliares para atender exigências fiscais e observação dos
princípios contábeis geralmente aceitos.
2
O desenvolvimento da contabilidade no Brasil também está fortemente ligado ao
desenvolvimento econômico do país. No período de 70 a 75 o Brasil apresentou taxas elevadas
de crescimento econômico do PIB, despertando o interesse de investidores e bancos
estrangeiros. Em 1974 é criada a FIPECAFI, no Departamento de Contabilidade e Atuária da
FEA/USP. Em 1977, é lançado o Manual de contabilidade das sociedades por ações.
Esse livro disseminou a nova Contabilidade pelo Brasil.
Entretanto, a taxa de inflação passou a ter um crescimento bastante significativo,
fazendo com que o Governo, em 1979, promovesse uma maxidesvalorização cambial da moeda
de 30% em um único dia. Como decorrência desse fato, o Governo não permitiu a
dedutibilidade fiscal dessa perda cambial, determinando que o prejuízo fosse ativado e
amortizado em 5 anos. Em outras palavras, não permitiu o reconhecimento contábil como
despesa do exercício, quando o correto seria fazer o ajuste extracontabilmente no LALUR. Em
1983 e 1999, tivemos mais 2 maxidesvalorizações cambiais, mas foi facultativa a capitalização
com Ativo Diferido.
Outros fatos importantes:
a) Em 1987, a CVM editou a Instrução 64, determinando a elaboração de DC
complementares em moeda de poder aquisitivo constante (correção integral)
para as Cias abertas;
b) Lei 9.249/95, na qual o Governo proibiu qualquer tipo de indexação nas
demonstrações financeiras;
c) Em 1993, o CFC editou a Resolução 750, estabelecendo os Princípios
Fundamentais de Contabilidade (atual Res. CFC 1.282/10).
A Resolução CFC 1.282/2010 alterou a Resolução 750/1993 e revogou a Resolução
774/1994.
Em 2010, o antigo Manual de contabilidade das S/A é modificado e passa a ser
chamado Manual de Contabilidade Societária, trazendo os CPC´s.
No âmbito do IASB, os Pronunciamentos são compostos por Normas sobre tópicos
específicos sob as siglas IFRS ou IAS e as Interpretações sobre assuntos contenciosos, sob as
siglas SIC (Standing Interpretations Committee) ou IFRIC.
EXERCÍCIOS
1. As Normas Brasileiras de Contabilidade devem estar em consonância com: a) Os pronunciamentos técnicos do Banco Central. b) Os pronunciamentos da Comissão dos Auditores Independentes.
3
c) Os princípios emanados do FASB. d) Os Princípios e as Normas Contábeis editadas pelo Comitê de Normas Internacionais de Contabilidade (Internacional Accounting Standards Committee – IASC). e) Os Princípios Fundamentais de Contabilidade. 2. Sua criação trouxe importantes inovações à época, especialmente na elaboração de registros auxiliares para atender exigências fiscais e observação dos princípios contábeis geralmente aceitos. Indique, entre os itens abaixo, de que órgão se trata: a) CFC. b) CPC. c) CVM. d) Receita Federal. e) BACEN. 3. Quais as principais mudanças introduzidas pela Resolução CFC 1.282/2010, que dispõe sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade? Comente.
Dando continuidade ao processo de convergência às normas internacionais de contabilidade, o CFC alterou a denominação “Princípios Fundamentais de Contabilidade” para “Princípios de Contabilidade”. Ainda com relação às alterações implementadas, destacamos a revogação do Princípio da Atualização Monetária. 4. O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional. Nesse sentido, existem diversas bases de mensuração. Assim, indique como são mensurados os ativos e passivos a “Custo corrente”.
Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalente de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores de caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis.
5. Faça uma pesquisa e relate a importância da FEA/USP para a Contabilidade Internacional. Cite a fonte. 6. Faça uma pesquisa e relate a importância da FIPECAFI para a Contabilidade Internacional. Cite a fonte.