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Curso Online – Pacote de Exercícios – Analista Administrativo – MPU Contabilidade Geral em Exercícios Prof. Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 1 Caro(a) concursando(a), Primeiramente, gostaria de fazer uma breve apresentação: atualmente, sou Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, aprovado em 5 o lugar para as Unidades Centrais no concurso de 2005 e trabalho na Coordenação-Geral de Fiscalização. Sou professor de Contabilidade Geral, Avançada, Análise das Demonstrações Financeiras, Contabilidade de Custos, Matemática Financeira, Estatística e Raciocínio Lógico. Além disso, trabalhei, durante 17 anos, na Marinha da Brasil, como Oficial de carreira (onde me graduei em Ciências Navais, ênfase em Eletrônica, na Escola Naval, e, Engenharia Elétrica, ênfase em Telecomunicações, na Universidade de São Paulo) e 1 ano, no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, como assessor da presidência. Neste curso on-line de “Contabilidade Geral em Exercícios para Analista Administrativo do MPU” as questões serão comentadas e resolvidas por assunto. Você não precisa se preocupar, pois, caso o edital seja publicado no decorrer do curso e ocorra alguma alteração do conteúdo programático, farei as mudanças necessárias para adaptar o curso ao novo edital. Se for necessário, em virtude da data da prova, também disponibilizarei mais aulas por semana. Minha intenção é resolver somente questões mais recentes (dos últimos anos) e, como este é um curso de resolução de questões para o MPU, cuja banca examinadora será o Cespe, serão resolvidas somente questões da referida banca. Mais duas informações importantes: - Todos os exercícios serão resolvidos considerando as alterações da Lei n o 11.638/07 e da MP n o 449/08, convertida na Lei n o 11.941/09. Portanto, se for necessário, farei os comentários e adaptações necessários para que o exercício fique de acordo com a legislação atual; e - Ao final de cada aula, disponibilizo as questões que foram comentadas durante a aula. Caso você julgue conveniente, pode testar seu conhecimento previamente antes de ver os gabaritos e as resoluções comentadas.

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Caro(a) concursando(a),

Primeiramente, gostaria de fazer uma breve apresentação: atualmente, sou Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, aprovado em 5o lugar para as Unidades Centrais no concurso de 2005 e trabalho na Coordenação-Geral de Fiscalização.

Sou professor de Contabilidade Geral, Avançada, Análise das Demonstrações Financeiras, Contabilidade de Custos, Matemática Financeira, Estatística e Raciocínio Lógico.

Além disso, trabalhei, durante 17 anos, na Marinha da Brasil, como Oficial de carreira (onde me graduei em Ciências Navais, ênfase em Eletrônica, na Escola Naval, e, Engenharia Elétrica, ênfase em Telecomunicações, na Universidade de São Paulo) e 1 ano, no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, como assessor da presidência.

Neste curso on-line de “Contabilidade Geral em Exercícios para Analista Administrativo do MPU” as questões serão comentadas e resolvidas por assunto. Você não precisa se preocupar, pois, caso o edital seja publicado no decorrer do curso e ocorra alguma alteração do conteúdo programático, farei as mudanças necessárias para adaptar o curso ao novo edital. Se for necessário, em virtude da data da prova, também disponibilizarei mais aulas por semana.

Minha intenção é resolver somente questões mais recentes (dos últimos anos) e, como este é um curso de resolução de questões para o MPU, cuja banca examinadora será o Cespe, serão resolvidas somente questões da referida banca.

Mais duas informações importantes:

- Todos os exercícios serão resolvidos considerando as alterações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08, convertida na Lei no 11.941/09. Portanto, se for necessário, farei os comentários e adaptações necessários para que o exercício fique de acordo com a legislação atual; e

- Ao final de cada aula, disponibilizo as questões que foram comentadas durante a aula. Caso você julgue conveniente, pode testar seu conhecimento previamente antes de ver os gabaritos e as resoluções comentadas.

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Conteúdo Programático (uma aula por semana):

Aula 01 (02/06/2010): Exercícios comentados e resolvidos 1. Princípios Fundamentais da Contabilidade 2. Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade. 3. Patrimônio. 4. Conceitos de capital.

Aula 02 (09/06/2010): Exercícios comentados e resolvidos 5. Escrituração contábil. 6. Operações Financeiras. 7. Operações com Mercadorias e Serviços. 8. Provisões. 9. Depreciação, Amortização e Exaustão.

Aula 03 (15/06/2010): Exercícios comentados e resolvidos 10. Balanço Patrimonial. 11. Participações Permanentes 12. Critérios de Avaliação de Ativos e Passivos. 13. Notas Explicativas.

Aula 04 (22/06/2010): Exercícios comentados e resolvidos 14. Demonstração do Resultado do Exercício. 15. Receitas e Despesas. Apuração do Resultado Líquido do

Exercício. 16. Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados. 17. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. 18. Distribuição e Destinação do Resultado do Exercício.

Aula 05 (29/06/2010): Exercícios comentados e resolvidos 19. Regime de Caixa e de Competência. 20. Demonstração do Fluxo de Caixa.

Espero que este curso seja bastante útil a você e que possa, efetivamente, auxiliá-lo na preparação para o concurso público do Ministério Público da União (MPU) e na conseqüente conquista da tão sonhada vaga. As dúvidas serão sanadas por meio do fórum do curso,a que todos os matriculados terão acesso.

As críticas ou sugestões poderão ser enviadas para: [email protected].

Finalmente, gostaria de salientar a você, concursando(a): NUNCA DESISTA DOS SEUS SONHOS. Deus nos deu o livre arbítrio para que possamos determinar nosso destino. Se você deseja ser aprovado em um concurso público, lute por isso, faça com dedicação, com sacrifício, sempre visando ao seu objetivo. Desta forma, você conseguirá ser aprovado!

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Aula 01: Questões Comentadas e Resolvidas 1. Princípios Fundamentais da Contabilidade 2. Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade. 3. Patrimônio. 4. Conceitos de capital.

E aí? Pronto(a) para começar o nosso curso? Vamos estudar a Contabilidade Geral por meio de exercícios comentados e resolvidos do Cespe.

Bom, como não costumo ser prolixo (risos), vamos direto ao PONTO (sem trocadilhos). Vamos em frente, lembrando sempre de uma frase de Sun Tzu, em “A Arte da Guerra”: “No início tudo parecerá difícil, mas, no início, tudo é difícil”.

Lembra quando você estava aprendendo a andar? Provavelmente, não, eu sei, mas primeiro aprendemos a nos arrastar (falava, lá em casa, que meu filho, na época com sete/oito meses de vida, parecia um fuzileiro naval, com o meu “finado” e velho amigo Boto – meu cachorro, correndo atrás dele), depois a engatinhar e finalmente, aprendemos a andar.

Só mais um lembrete, as provas do Cespe, em sua maioria, são para analisar os itens (certo ou errado), e, caso você erre uma resposta, você perderá um ponto. Caso acerte, ganha um ponto. Portanto, em muitas ocasiões, durante a prova, é melhor deixar em branco, se estiver em dúvida, que perder um ponto.

Lembro, certa vez, em 1998 (é, sou um adolescente do século passado. risos), quando comecei a estudar para concursos e fui fazer uma prova do TCU, para começar a me adaptar com o ritmo de prova (treinar em um ambiente real – são minhas metodologias de ex-militar. risos). Pelo edital, não poderia ficar nota negativa em nenhuma matéria, pois seria eliminado. Contudo, decidi, antes da prova que responderia todas as questões.

E aí? Já sabe o que ocorreu? Não ria de mim, mas fiquei com -4 (menos quatro) em Informática (errei mais que acertei) e fui eliminado. Portanto, um conselho que dou é: se tiver em dúvida, deixe em branco, pois se errar, perderá ponto e eliminará uma certa. É claro que você não poderá ter dúvida em tudo, pois não há como deixar tudo em branco. Risos. Adote uma estratégia, por exemplo, de deixar apenas 10% das questões em branco (atenção, pois isto é apenas um exemplo).

Um último exemplo antes de começar a aula. Conheço uma pessoa que fez o último concurso da Abin. Eram 120 questões. Ela acertou 90 e errou 30. Não deixou nada em branco. Veja o resultado dela:

Acertos 90 (-) Erros (30) Total de Pontos 60 (50% da prova) Horrível!!!!

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Imagine que esta mesma pessoa tivesse deixado apenas 20 questões em branco, e que, das questões que respondeu acertou 90 questões e errou 10. Veja o resultado agora:

Acertos 90 (-) Erros (10) Total de Pontos 80 (66,67% da prova) Bem melhor!!!!

Portanto, a prova do Cespe, também é uma prova de estratégia. Utilizando uma terminologia do economês, deve-se fazer um trade-off e verificar se vale a pena responder tal item ou deixar em branco.

Bom, são somente algumas dicas. Vamos a nossa aula! Ao final da aula, disponibilizo as questões sem solução para que você possa treinar. (Analista Administrativo-Ciências Contábeis-Antaq-2009-Cespe) 1 As obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, existentes à época do balanço, deverão ser mantidas pelo seu valor em moeda nacional à época da contratação da operação ou da última avaliação, se tiver havido valorização cambial no período, em consonância com o princípio da prudência.

Resolução

Questão literal da Lei no 6.404/76, também conhecida como Lei das Sociedades por Ações (Lei das SA). A referida Lei, em seu artigo 184, trata dos critérios de avaliação do passivo. Um desses critérios específicos será utilizado para resolver a questão. Veja:

No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os seguintes critérios: (...) II - as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do balanço;

Ou seja, as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor quando? Atenção, pois é na data do balanço e não na época da contratação ou última avaliação.

Agora, você deve estar pensando. O professor, literalmente, ficou maluco, pois estamos em uma aula de princípios, patrimônio e capital e já começamos a falar de critérios de avaliação do passivo.

Bom, vou me justificar (risos). Coloquei esta questão em virtude das palavras finais do item (princípio da prudência). Além disso, gosto de colocar assuntos que veremos em outras aulas como forma de você já ir se familiarizando com os termos. É a teoria do caos. Risos. Afinal, na hora da prova, temos questões

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de todos os assuntos possíveis e imagináveis e, em muitos casos, misturados. Justificado? Espero que sim (risos).

Bom, vamos a alguns conceitos importantes tratados na questão. São eles:

I. Ativo: são os bens e os direitos (ou créditos) de propriedade da empresa, que são avaliáveis em dinheiro e que representam benefícios presentes ou futuros para a empresa. Exemplos: estoque de mercadorias para revendas; veículos; títulos a receber.

II. Passivo: são as obrigações (débitos ou dívidas) da empresa com terceiros. Exemplos: contas a pagar; empréstimos a pagar; financiamentos a pagar.

III. Equação Fundamental do Patrimônio: Ativo = Passivo + PL PL = Patrimônio Líquido

IV. Obrigações em Moeda Estrangeira: são débitos contraídos em moeda diferente do real. Por exemplo, a empresa obtém um empréstimo em dólar.

V. Cláusula de Paridade Cambial: é uma cláusula, por exemplo, constante em um contrato de empréstimo, em que o valor da dívida é ajustado conforme a variação da cotação da moeda estrangeira em relação à moeda nacional.

VI. Balanço = Balanço Patrimonial: demonstração contábil que mostra a situação financeira da empresa em determinado momento. É composto de Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, e suas respectivas contas.

VII. Princípio da Prudência: De acordo com o artigo 10o da Resolução do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) no 750/93: O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais de Contabilidade.

Portanto, em relação à questão, se estamos adotando a cláusula de paridade cambial e ajustando as obrigações de acordo com a cotação da moeda estrangeira em relação ao real, poderíamos ter as seguintes situações:

i) Se a moeda estrangeira se valorizar em relação ao real, haverá um aumento da dívida, ou seja, o passivo aumentará, e haverá uma diminuição do patrimônio líquido. Nesta situação, estaremos cumprindo o princípio da prudência (menor patrimônio líquido). Para entender melhor, vamos fazer um exemplo numérico.

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Exemplo: Suponha que a empresa J4M2 contraiu um empréstimo em dólar, com cláusula de paridade cambial, no dia 01/03/2010, no valor de U$ 100.000,00 (cem mil dólares). A cotação do dólar me 01/03/2010 era a seguinte: 1 real = 1 dólar.

Portanto, por ocasião da obtenção do empréstimo, a dívida, em real, seria: Dívida = Valor da Dívida em Dólar x Cotação ⇒⇒ Dívida = U$ 100.000 x R$ 1 = R$ 100.000,00

Caso a cotação do dólar, por ocasião da confecção do balanço patrimonial, fosse: 2 reais = 1 dólar, teríamos:

Dívida Atualizada = Valor da Dívida em Dólar x Cotação Final ⇒⇒ Dívida Atualizada = U$ 100.000 x R$ 2 = R$ 200.000,00

Como a equação fundamental do patrimônio é: Ativo = Passivo + PL ⇒ PL = Ativo – Passivo

Se a dívida aumentou, o passivo aumentou e, consequentemente, o PL diminuiu. Logo, respeitamos o princípio da prudência (maior passivo e menor PL).

ii) Se a moeda estrangeira se desvalorizar em relação ao real, haverá uma diminuição da dívida, ou seja, o passivo diminuirá, e haverá um aumento do patrimônio líquido. Nesta situação, não estaríamos cumprindo o princípio da prudência. Vamos utilizar o exemplo anterior novamente.

Exemplo: Suponha que a empresa J4M2 contraiu um empréstimo em dólar, com cláusula de paridade cambial, no dia 01/03/2010, no valor de U$ 100.000,00 (cem mil dólares). A cotação do dólar me 01/03/2010 era a seguinte: 1 real = 1 dólar.

Portanto, por ocasião da obtenção do empréstimo, a dívida, em real, seria: Dívida = Valor da Dívida em Dólar x Cotação ⇒⇒ Dívida = U$ 100.000 x R$ 1 = R$ 100.000,00

Caso a cotação do dólar, por ocasião da confecção do balanço patrimonial, fosse: 0,5 real = 1 dólar, teríamos:

Dívida Atualizada = Valor da Dívida em Dólar x Cotação Final ⇒⇒ Dívida Atualizada = U$ 100.000 x R$ 0,5 = R$ 50.000,00

Como a equação fundamental do patrimônio é: Ativo = Passivo + PL ⇒ PL = Ativo – Passivo

Se a dívida diminuiu, o passivo diminuiu e, consequentemente, o PL aumentou. Logo, não está em consonância com o princípio da prudência.

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Portanto, temos outro erro no item. Sinceramente, não sei se a banca pensou nisso quando fez a questão, tendo e vista que o primeiro erro relatado na resolução da questão é muito mais claro. Risos. GABARITO: E

2 As ações ordinárias das companhias fechadas poderão ser de diferentes classes, tendo como critérios a prioridade na distribuição de dividendos, a exigência de dispersão da propriedade e o direito de voto em separado para determinadas decisões.

Resolução

Antes de resolver o item, vamos estudar os diferentes tipos de ações (se você me permite, vou retirar estes conceitos de um trecho de meu livro de Contabilidade Geral – Ed. Campus. É estranho, mas aqui é o autor citando o próprio livro):

Ações de Fruição: Correspondem a ações emitidas em substituição às ações amortizadas integralmente, as quais atribuem a seus titulares direitos estabelecidos no estatuto, normalmente dividendos, não representando parcela de capital e nem direito a voto.

Ações Ordinárias: As ações ordinárias de companhia fechada poderão ser de classes diversas, em função de:

- conversibilidade em ações preferenciais; - exigência de nacionalidade brasileira do acionista; ou - direito de voto em separado para o preenchimento de determinados cargos de órgãos administrativos.

A alteração do estatuto na parte em que regula a diversidade de classes, se não for expressamente prevista, e regulada, requererá a concordância de todos os titulares das ações atingidas.

Ações Preferenciais As preferências ou vantagens das ações preferenciais podem consistir:

i. em prioridade na distribuição de dividendo, fixo ou mínimo;

ii. em prioridade no reembolso do capital, com prêmio ou sem ele; ou

iii. na acumulação das preferências e vantagens de que tratam os itens i e ii.

As ações ordinárias da companhia fechada e as ações preferenciais da companhia aberta (com ações em bolsa de valores) e fechada poderão ser de uma ou mais classes.

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Portanto, analisando o item, teríamos: As ações ordinárias das companhias fechadas: - poderão ser de diferentes classes (ok);

- tendo como critérios: - a prioridade na distribuição de dividendos (errado, pois o critério de prioridade na distribuição de dividendos são das ações preferenciais);

- a exigência de dispersão da propriedade (errado, pois este critério não está previsto na lei); e

- o direito de voto em separado para determinadas decisões (ok). GABARITO: E

3 A operação de reembolso das ações poderá ser efetuada diretamente, mediante redução do capital, ou à conta de lucros ou reservas — exceto a legal —, caso em que as ações ficarão em tesouraria, para recolocação, no prazo máximo de 120 dias.

Resolução

Outra questão literal da Lei das SA. Esta é prevista no artigo 45. Vejamos: Reembolso: é a operação pela qual, nos casos previstos em lei, a companhia paga aos acionistas dissidentes de deliberação da assembléia-geral o valor de suas ações.

O estatuto pode estabelecer normas para a determinação do valor de reembolso, que, entretanto, somente poderá ser inferior ao valor de patrimônio líquido constante do último balanço aprovado pela assembléia-geral, se estipulado com base no valor econômico da companhia, a ser apurado em avaliação.

Se a deliberação da assembléia-geral ocorrer mais de 60 (sessenta) dias depois da data do último balanço aprovado, será facultado ao acionista dissidente pedir, juntamente com o reembolso, levantamento de balanço especial em data que atenda àquele prazo.

Nesse caso, a companhia pagará imediatamente 80% (oitenta por cento) do valor de reembolso calculado com base no último balanço e, levantado o balanço especial, pagará o saldo no prazo de 120 (cento e vinte), dias a contar da data da deliberação da assembléia-geral.

Se o estatuto determinar a avaliação da ação para efeito de reembolso, o valor será o determinado por três peritos ou empresa especializada.

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O valor de reembolso poderá ser pago à conta de lucros ou reservas, exceto a legal, e nesse caso as ações reembolsadas ficarão em tesouraria.

Se, no prazo de cento e vinte dias, a contar da publicação da ata da assembléia, não forem substituídos os acionistas cujas ações tenham sido reembolsadas à conta do capital social, este considerar-se-á reduzido no montante correspondente, cumprindo aos órgãos da administração convocar a assembléia-geral, dentro de cinco dias, para tomar conhecimento daquela redução.

Ainda não falamos em reservas. Por enquanto, basta saber: I - Existem as reservas de capital e as reservas de lucros; II – Todas as reservas são classificadas no Patrimônio Líquido; e III – A Reserva Legal é um tipo de reserva lucro.

Um outro conceito importante diz respeito às ações em tesouraria: Ações em tesouraria: são as ações da empresa adquiridas pela própria empresa e mantidas em tesouraria, sendo limitadas pelo saldo dos lucros acumulados e reservas, exceto a legal. As ações em tesouraria não terão direito a dividendo e a voto.

As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição (conta redutora do patrimônio líquido). GABARITO: C

4 O aumento de capital nas companhias, com aproveitamento de lucros ou reservas, poderá ocorrer sem aumento do número de ações, com distribuição de ações novas ou com alteração do valor nominal das ações.

Resolução

De acordo com a Lei das SA: O capital social pode ser aumentado: I - por deliberação da assembléia-geral ordinária, para correção da expressão monetária do seu valor;

II - por deliberação da assembléia-geral ou do conselho de administração, observado o que a respeito dispuser o estatuto, nos casos de emissão de ações dentro do limite autorizado no estatuto;

III - por conversão, em ações, de debêntures ou parte beneficiárias e pelo exercício de direitos conferidos por bônus de subscrição, ou de opção de compra de ações;

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IV - por deliberação da assembléia-geral extraordinária convocada para decidir sobre reforma do estatuto social, no caso de inexistir autorização de aumento, ou de estar a mesma esgotada.

O aumento mediante capitalização de lucros ou de reservas importará alteração do valor nominal das ações ou distribuições das ações novas, correspondentes ao aumento, entre acionistas, na proporção do número de ações que possuírem.

Na companhia com ações sem valor nominal, a capitalização de lucros ou de reservas poderá ser efetivada sem modificação do número de ações.

Portanto, o aumento de capital social nas empresas, que ocorrer por meio do aproveitamento das reservas de lucros, poderá ser realizado: - sem aumento do número de ações (aumenta-se o capital, por exemplo,

por incorporação de reservas e, nas companhias com ações sem valor nominal, não há alteração do número de ações);

- com distribuição de novas ações (faz-se nova emissão de ações no mercado); ou

- com alteração do valor nominal das ações (aumenta-se o capital, por exemplo, por incorporação de reservas e aumenta-se o valor nominal das ações, sem alterar o número de ações).

Outros conceitos importantes na questão: Bônus de Subscrição: são títulos de crédito emitidos por companhias no limite do capital autorizado no estatuto, que dão aos seus titulares o direito de subscreverem ações da companhia, mediante a apresentação do referido título e o pagamento do preço de emissão das ações (os atuais acionistas têm preferência na aquisição dos bônus).

Partes Beneficiárias: são títulos de crédito sem valor nominal, emitidos por companhias fechadas, por um prazo máximo de dez anos, que conferem a seus titulares o direito de participação, no máximo em 10%, nos lucros das referidas companhias. Caso não sejam resgatados no prazo de sua emissão, serão convertidos em ações da companhia, podendo haver ágio na emissão de ações. Cabe ressaltar que as partes beneficiárias só darão origem à Reserva de Capital se forem vendidas, ou seja, se forem atribuídas gratuitamente a acionistas ou terceiros, não darão origem à Reserva de Capital.

Debêntures: são títulos de crédito com valor nominal emitidos por companhias, os quais conferem a seus titulares (debenturistas) o direito de participação nos lucros da companhia (rendem juros e são atualizados monetariamente). Caso não sejam resgatados no seu prazo de emissão, serão convertidos em ações da companhia. GABARITO: C

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(Analista Judiciário-Contabilidade–TRT 17R-2009–Cespe) 5 De acordo com os princípios fundamentais da contabilidade, um bem adquirido por meio de contrato de alienação fiduciária deve ser registrado no ativo da entidade alienante ou devedora.

Resolução

Nesta questão, temos um conceito muito importante, que, no processo de convergência internacional das NBC ganhou um grande destaque:

Cabe ressaltar que, de acordo com o § 2o do artigo 1o da Resolução CFC no 750/93: Na aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade a situações concretas, a essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais.

Isto significa que, independentemente da forma jurídica aplicada, a Contabilidade deve traduzir, primordialmente, o efeito econômico da transação, isto é, aquilo que, de fato, as transações representam para o patrimônio (essência das transações) deve prevalecer sobre os seus aspectos formais ou aparentes.

Um exemplo de caso concreto ocorre quando uma entidade adquire bens por meio de alienação fiduciária. Nesse tipo de contrato, o bem financiado é transferido para a propriedade da instituição financeira, embora permaneça na posse direta da entidade, que assume a condição de depositária do bem e pode utilizá-lo normalmente. Além disso, pelo contrato, esta transferência de propriedade é transitória, tornando-se sem efeito após a quitação da dívida.

Logo, apesar de o bem, durante o período de duração do contrato de alienação fiduciária, ser propriedade da instituição financeira, ele é registrado contabilmente no ativo não circulante imobilizado (subgrupo do ativo no Balanço Patrimonial) da entidade compradora, por ocasião de sua entrega pelo vendedor.

Ou seja, neste exemplo concreto, prevalece a essência da transação (que é semelhante a uma operação de compra e venda a prazo) sobre os aspectos formais (legais). Se os aspectos formais prevalecessem, o bem deveria estar registrado no ativo da instituição financeira, que é sua proprietária até a quitação do financiamento. GABARITO: C

6 Créditos de funcionamento e créditos de financiamento são contas a receber distintas, porque os créditos de funcionamento referem-se a valores decorrentes de atividades normais da empresa e os créditos de financiamento consistem em valores de operações estranhas às atividades da empresa.

A essência das transações deve prevalecer sobre os seus aspectos formais.

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Resolução

Atenção, pois estes conceitos, vira e mexe, aparecem em provas:

- Créditos de Funcionamento: valores a receber decorrentes da própria atividade da empresa: contas a receber, duplicatas a receber, ICMS a recuperar.

- Créditos de Financiamento: valores a receber decorrentes de financiamentos a terceiros e que não são diretamente relacionados com o objeto da atividade da empresa: empréstimos compulsórios à União, empréstimos a terceiros.

Aproveitando, vamos estudar os débitos de funcionamento e financiamento. O raciocínio é o mesmo:

- Débitos de Funcionamento: recursos obtidos para o funcionamento normal da empresa: fornecedores, salários a pagar, impostos a pagar, adiantamento de clientes, impostos a recolher, dividendos a distribuir, contas a pagar.

- Débitos de Financiamento: recursos obtidos para a ampliação e desenvolvimento da empresa: empréstimos e financiamentos bancários. GABARITO: C

7 Quando, na equação patrimonial de uma entidade, o ativo total, somado à situação líquida, é igual ao passivo total, a situação financeira da entidade pode ser considerada bastante confortável.

Resolução

Questão que trata de situação líquida. Vamos aos conceitos: Situação Líquida (SL): é a diferença entre o ativo e o passivo exigível, que pode ser dividida em três espécies: nula, positiva ou negativa.

Situação Líquida Nula ou Compensada: Ativo = Passivo Exigível

A P

A = P SL = 0

Situação Líquida Positiva ou Favorável ou Superavitária ou Ativa: Ativo > Passivo Exigível

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A P

SL

A > P (passivo maior que zero) SL > 0

A situação abaixo ocorre na abertura da empresa, pela integralização do capital inicial (a empresa ainda não possui obrigações).

A SL

A > P (passivo = 0) SL > 0

Integralização do Capital: a sociedade, ao ser constituída, tem o seu capital subscrito pelos sócios ou acionistas que, posteriormente o integralizam. Para a integralização do capital social os sócios podem utilizar dinheiro (moeda corrente) ou qualquer espécie de bens e direitos, desde que estes valores possam ser avaliados em dinheiro.

Situação Líquida Negativa ou Desfavorável ou Deficitária ou Passivo a Descoberto ou Passiva: Ativo < Passivo Exigível

A

SL

P

A < P SL < 0

A pior situação possível seria: não há mais ativos para liquidar os passivos ainda existentes.

SL P

A = 0 SL = - P

Vamos ver também alguns conceitos importantes de capital: Capital de Giro = Ativo Circulante

Capital Social = Capital Subscrito (os sócios subscreveram o capital para formar a sociedade)

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Capital Fixo = Ativo Não Circulante Imobilizado

Capital Alheio = Capital de Terceiros = Passivo Circulante + Passivo Não Circulante (subgrupo longo prazo)

Capital Autorizado = Capital máximo autorizado no estatuto (empresas abertas) ou contrato social (empresas fechadas) da empresa.

Capital a Subscrever = Capital autorizado não subscrito (há uma parte do capital autorizado no estatuto que os sócios não subscreveram).

Capital a Realizar = Capital subscrito ainda não integralizado (os sócios já subscreveram o capital para ainda não realizaram a subscrição em dinheiro ou bens).

Capital Investido = Ativo Total

Capital Integralizado = Capital Subscrito e integralizado = Capital Subscrito – Capital a Integralizar

Capital Próprio = Patrimônio Líquido

De acordo com a questão: Ativo Total + Situação Líquida = Passivo Total

Repare que a fórmula é totalmente inconsistente, pois a equação fundamental do patrimônio é: Ativo Total – Passivo = Situação Líquida

O Passivo da equação não é o Passivo Total (Capital de Terceiros + Capital Próprio). Ou seja, o passivo total também engloba a situação líquida.

Portanto, acredito que a banca tenha se equivocado na elaboração da questão, pois ela escreveu passivo total pensando em capital de terceiros somente. De qualquer maneira, o item está incorreto.

Se considerássemos que a banca quisesse dizer o seguinte: Quando, na equação patrimonial de uma entidade, o ativo total, somado à situação líquida, é igual ao passivo, a situação financeira da entidade pode ser considerada bastante confortável.

Neste caso, teríamos: Ativo + Situação Líquida = Passivo ⇒⇒ Ativo – Passivo = - Situação Líquida (Passivo a Descoberto) ⇒ Situação desfavorável para a empresa GABARITO: E

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(Analista de Saneamento- Ciências Contábeis-Embasa-2009-Cespe) Acerca dos conceitos de manutenção do capital e determinação do lucro, contemplados no Pronunciamento Técnico CPC 00, julgue os itens a seguir.

8 O conceito de manutenção do capital está relacionado à forma como a entidade define o capital que ela procura manter, representando um elo entre os conceitos de capital e os conceitos de lucro.

Resolução

Questão literal com o Pronunciamento Técnico do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) no 00 – Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis. De acordo com o pronunciamento:

Manutenção do capital financeiro: De acordo com esse conceito, o lucro é auferido somente se o montante financeiro (ou dinheiro) dos ativos líquidos (patrimônio líquido) no fim do período excede o seu montante financeiro (ou dinheiro) no começo do período, depois de excluídas quaisquer distribuições aos proprietários e seus aportes de capital durante o período. A manutenção do capital financeiro pode ser medida em qualquer unidade monetária nominal ou em unidades de poder aquisitivo constante.

Manutenção do capital físico: De acordo com esse conceito, o lucro é auferido somente se a capacidade física produtiva (ou capacidade operacional) da entidade (ou os recursos ou fundos necessários para atingir essa capacidade) no fim do período excede a capacidade física produtiva no início do período, depois de excluídas quaisquer distribuições aos proprietários e seus aportes de capital durante o período.

O conceito de manutenção do capital está relacionado à forma como a entidade define o capital que ela procura manter. Ele representa um elo entre os conceitos de capital e os conceitos de lucro, pois fornece um ponto de referência para medição do lucro; é uma condição essencial para distinguir entre o retorno sobre o capital da entidade e a recuperação do capital; somente os ingressos de ativos que excedem os valores necessários para manutenção do capital podem ser considerados como lucro e, portanto, como retorno sobre o capital. Portanto, o lucro é o valor remanescente depois que as despesas (inclusive os ajustes de manutenção do capital, quando for apropriado) tiverem sido deduzidas do resultado. Se as despesas excederem a receita, o saldo será um prejuízo. GABARITO: C

9 O conceito financeiro de manutenção de capital requer a adoção do custo corrente como base de avaliação.

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Resolução

De acordo com o Pronunciamento Técnico do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) no 00 – Estrutura Conceitual para Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis:

O conceito físico de manutenção de capital requer a adoção do custo corrente como base de avaliação.

(*) Custo corrente: Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa que teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data do balanço. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data do balanço.

O conceito financeiro de manutenção do capital, entretanto, não requer o uso de uma base específica de mensuração.

A escolha da base conforme este conceito depende do tipo de capital financeiro que a entidade está procurando manter.

A principal diferença entre os dois conceitos de manutenção do capital está no tratamento dos efeitos das mudanças nos preços dos ativos e passivos da entidade.

Em termos gerais, uma entidade terá mantido seu capital se ela tiver tanto capital no fim do período como tinha no início, computados os efeitos das distribuições aos proprietários e seus aportes para o capital durante esse período. Qualquer valor além daquele necessário para manter o capital do início do período é lucro.

De acordo com o conceito financeiro de manutenção do capital, no qual o capital é definido em termos de unidades monetárias nominais, o lucro representa o aumento do capital monetário nominal no período. Assim, os aumentos nos preços de ativos mantidos no período, convencionalmente designados como ganhos de estocagem, são, conceitualmente, lucros. Poderão eles não ser reconhecidos como tais, entretanto, até que os ativos sejam vendidos mediante uma transação com terceiros. Quando o conceito financeiro de manutenção de capital é definido em termos de unidades de poder aquisitivo constante, o lucro representa o aumento do poder aquisitivo, no período, do capital investido.

Assim, somente a parcela do aumento nos preços dos ativos que exceder o aumento no nível geral de preços é considerada como lucro. O restante do aumento é tratado como um ajuste para manutenção do capital e, conseqüentemente, como parte integrante do patrimônio líquido.

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De acordo com o conceito físico de manutenção do capital, quando o capital é definido em termos de capacidade física produtiva, o lucro representa o aumento desse capital no período.

Todas as mudanças de preços afetando ativos e passivos da entidade são vistas, nesse conceito, como mudanças na mensuração da capacidade física produtiva da entidade; dessa forma, devem ser tratadas como ajustes para manutenção do capital, que são parte do patrimônio líquido, e não como lucro.

A seleção das bases de mensuração e o conceito de manutenção do capital determinarão o modelo contábil usado na preparação das demonstrações contábeis. Diferentes modelos contábeis apresentam diferentes graus de relevância e confiabilidade e, como em outras áreas, a Administração deve procurar um equilíbrio entre a relevância e a confiabilidade, considerando também o consenso entre os agentes econômicos. GABARITO: E

Quanto ao conceito e objetivo da contabilidade, julgue os itens a seguir.

10 A contabilidade é considerada uma ciência porque possui objeto próprio, o patrimônio das entidades.

Resolução

De acordo com a Resolução CFC no 774/94: A Contabilidade como ciência social A Contabilidade possui objeto próprio – o Patrimônio das Entidades – e consiste em conhecimentos obtidos por metodologia racional, com as condições de generalidade, certeza e busca das causas, em nível qualitativo semelhante às demais ciências sociais. GABARITO: C

11 O principal objetivo da contabilidade é fornecer informações úteis para auxiliar o processo decisório dos usuários.

Resolução

De acordo com a Resolução CFC no 774/94: O objetivo científico da Contabilidade manifesta-se na correta apresentação do Patrimônio e na apreensão e análise das causas das suas mutações.

Já sob ótica pragmática, a aplicação da Contabilidade a uma Entidade particularizada, busca prover os usuários com informações sobre aspectos de natureza econômica, financeira e física do Patrimônio da Entidade e suas mutações, o que compreende registros, demonstrações, análises, diagnósticos e prognósticos, expressos sob a forma de relatos, pareceres, tabelas, planilhas, e outros meios.

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De forma geral, no âmbito dos profissionais e usuários da Contabilidade, os objetivos desta, quando aplicada a uma Entidade particularizada, são identificados com a geração de informações, a serem utilizadas por determinados usuários em decisões que buscam a realização de interesses e objetivos próprios.

A precisão das informações demandadas pelos usuários e o próprio desenvolvimento de aplicações práticas da Contabilidade, dependerão, sempre, da observância dos seus Princípios, cuja aplicação à solução de situações concretas deverá considerar o contexto econômico, tecnológico, institucional e social em que os procedimentos serão aplicados. Isso significa, com grande freqüência, o uso de projeções sobre os contextos em causa, o que muitos denominam de visão prospectiva nas aplicações contábeis. GABARITO: C

Com relação aos princípios fundamentais de contabilidade estabelecidos pelo CFC, julgue os seguintes itens.

12 O regime de caixa é de uso obrigatório no processo de escrituração contábil.

Resolução

Regime de Caixa: considera as receitas realizadas no momento do efetivo recebimento em moeda corrente e considera custos ou despesas no momento do efetivo pagamento em moeda corrente.

Regime de Competência (baseado no Princípio da Competência): considera as receitas realizadas e as despesas incorridas no período da ocorrência de seus fatos geradores, independentemente de seu recebimento (receitas) ou pagamento (custos ou despesas). Na escrituração contábil, o normal é a utilização do regime de competência. Portanto, o regime da caixa não é de uso obrigatório. GABARITO: E

13 O princípio da competência significa que os fatos devem ser reconhecidos no patrimônio, isto é, registrados contabilmente independentemente do recebimento ou pagamento.

Resolução

Atenção, pois este é um princípio importante: Princípio da Competência. Vejamos:

De acordo com o artigo 9o da Resolução CFC no 750/93: As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente

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quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento.

O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou diminuição no patrimônio líquido, estabelecendo diretrizes para classificação das mutações patrimoniais, resultantes da observância do Princípio da OPORTUNIDADE (*).

(*) Princípio da Oportunidade: o registro do patrimônio e de suas mutações devem ser feitos de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram.

O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, é conseqüência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração.

As quatro possibilidades de receitas realizadas e as três possibilidades de despesas incorridas devem estar no “seu sangue” na hora da prova. É importantíssimo saber essas possibilidades. Atenção!!!

As receitas consideram-se realizadas: I – nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela fruição de serviços por esta prestados; Exemplo: venda de mercadoria a prazo (o dinheiro ainda não foi recebido, mas a receita considera-se realizada, pelo princípio da competência, no momento da entrega da mercadoria).

II – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior; Exemplo: a empresa possuía um determinado tributo a pagar, mas o governo fez uma remissão, ou seja, não há mais a necessidade pagamento por parte da empresa. Portanto, houve a extinção de um passivo (tributo a pagar) sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior.

Repare que, se houvesse o pagamento o tributo, sumiria o passivo (tributo a pagar) e haveria o desaparecimento de um ativo (dinheiro) no mesmo valor. Neste caso, não é receita.

III – pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros; Exemplo: nascimento de bezerro em uma empresa de pecuária. Ou seja, não houve a intervenção de ninguém (exceto do boi e da vaca. Risos), mas a empresa ganhou um novo ativo (bezerro).

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IV – no recebimento efetivo de doações e subvenções. Exemplo: doação de um terreno, pelo governo de determinada localidade, para que a empresa construa uma fábrica (é uma forma de desenvolvimento da região) ou, subvenção de determinado tributo, por um período de tempo, para a empresa se instalar em uma região específica (a empresa pagará uma alíquota diferenciada – menor - daquele tributo).

Consideram-se incorridas as despesas: I – quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade para terceiro; Exemplo: Na venda de mercadorias para terceiros, há a saída da referida mercadoria do estoque e, com isso, o custo destas mercadorias é uma despesa incorrida no período.

II – pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo; Exemplo: A legislação permite que determinados bens sejam depreciados ao longo de sua vida útil em virtude de desgaste ou obsolescência. Esta depreciação é uma despesa incorrida no período (o valor econômico do ativo sofre uma redução, pois, é calculado como: Custo de Aquisição – Depreciação Acumulada).

III – pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo. Exemplo: ao pagar uma dívida com atraso (após o vencimento), há a incidência de juros e multa, ou seja, surgiram novos passivos sem os ativos correspondentes. GABARITO: C

14 Em observância ao princípio da continuidade, o patrimônio dos sócios ou proprietários não deve confundir-se com o da sociedade ou instituição.

Resolução

A banca queria confundir o concurseiro mais desatento, tendo em vista que o conceito acima se refere ao princípio da entidade e não ao princípio da continuidade. Veja (Resolução CFC no 750/930:

Princípio da Continuidade: a continuidade ou não da entidade, bem como sua vida definida ou provável, devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais qualitativas e quantitativas. Assim, por exemplo, se há previsão de que uma determinada empresa vai se extinguir no próximo exercício, ao fazer o seu balanço, tal empresa não poderá classificar suas obrigações a longo prazo no passivo exigível a longo prazo, e sim no passivo circulante. Se há, por exemplo, a previsão de que a empresa não irá se extinguir, as despesas a serem apropriadas a longo prazo deverão ser, no atual balanço, classificadas como ativo realizável a longo prazo. Se há, por exemplo, previsão que uma determinada empresa irá se fundir com outra empresa, deverá haver no seu patrimônio líquido a incorporação de todas as reservas e lucros ao capital

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social, a fim de facilitar a redistribuição das ações na nova empresa após a fusão.

Princípio da ENTIDADE: reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos, no caso de balanços consolidados, não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil. GABARITO: E

15 O princípio do registro pelo valor original estabelece que os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações com o mundo exterior.

Resolução

De acordo com a Resolução CFC no 750/93, por meio do Princípio do Registro pelo Valor Original: - Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações com o mundo exterior. No caso de doação, o valor a ser registrado será o valor de mercado.

- Uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou obrigação não poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão-somente, sua decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais.

- Os Princípios da Atualização Monetária e do Registro pelo Valor Original são compatíveis entre si e complementares, dado que o primeiro apenas atualiza o valor de entrada.

- O uso da moeda do País na tradução do valor dos componentes patrimoniais constitui imperativo de homogeneização quantitativa dos mesmos.

Cuidado! Não confunda o Princípio do Registro pelo Valor Original com o Princípio da Atualização Monetária. Veja:

Princípio da Atualização Monetária (extinto pela Lei no 9.249/95): - Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis.

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- A moeda não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo.

- A atualização monetária não representa nova avaliação.

Repare que o Princípio do Registro pelo Valor Original fala que o uso da moeda do País constitui imperativo de homogeneização dos componentes patrimoniais, enquanto que o Princípio da Atualização Monetária fala que a moeda não representa unidade constante em termos de poder aquisitivo. GABARITO: C

O patrimônio, sob o ponto de vista contábil, é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculadas a qualquer pessoa, física ou jurídica. Com relação ao patrimônio das entidades, julgue os itens que se seguem.

16 O conjunto de bens e direitos constitui a parte positiva do patrimônio e, por isso, é denominado patrimônio líquido.

Resolução

Parte Positiva do Patrimônio = Ativo Total = Bens e Direitos Parte Negativa do Patrimônio = Passivo = Obrigações

Equação Fundamental do Patrimônio: Ativo = Passivo + PL Patrimônio Líquido (PL) = Ativo - Passivo GABARITO: E

17 O ativo é constituído pelas obrigações, enquanto o patrimônio líquido resulta das receitas e despesas da entidade.

Resolução

Vamos lá novamente. É, pode me chamar chato, mas não quero que erre na hora da prova. Risos.

Ativo = Bens + Direitos Passivo = Obrigações Patrimônio Líquido = Ativo – Passivo

As receitas e despesas do período serão utilizadas para apurar o resultado: Resultado do Período = Receitas – Despesas

Caso as receitas sejam maiores que as despesas, teremos lucro no período. Caso contrário, teremos prejuízo no período. O lucro ou prejuízo do período, após a apuração, será transferido para o patrimônio líquido da empresa.

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Vou aproveitar a questão para estudar os tipos de bens (texto retirado de meu livro, com adaptações):

Bens: tudo aquilo que pode ser objeto de direito e é suscetível de ser utilizado e apropriado. São “itens” de propriedade da entidade, ou seja, a entidade possui o domínio sobre eles e são passíveis de avaliação monetária.

Bens Materiais (Tangíveis ou Corpóreos): possuem existência física (podem ser tocados e são visíveis). Exemplos: Dinheiro em espécie, Dinheiro em conta-corrente, Imóveis, Terrenos, Veículos, Móveis e Utensílios, Equipamentos, Instalações Elétricas e Hidráulicas, Ferramentas, Estoques de Mercadorias.

Bens Numerários: bens de liquidez imediata (disponível): dinheiro em espécie, depósitos bancários (*1), aplicações financeiras de liquidez imediata (*1), numerários em trânsito (*2).

(*1) Há autores que consideram os depósitos bancários e as aplicações financeiras de liquidez imediata com direitos. O Cespe considera como direitos.

(*2) Numerários em Trânsito: corresponde ao dinheiro que está em trânsito (Exemplos: ordens de cobrança, remessas para filiais, cheques recebidos na empresa e ainda não depositados no banco, etc).

Bens de Venda: destinados à venda pela empresa, representando o objeto de seu negócio. Exemplos: estoques de mercadorias, estoque de matérias-primas, produtos em elaboração e de produtos acabados.

Bens Fixos (Bens de Uso): bens de caráter permanente ou quase permanente que constituem os meios de produção da empresa. Exemplos: imóveis destinados às instalações do estabelecimento industrial, máquinas e equipamentos, veículos, móveis e utensílios, instalações.

Bens de Renda: adquiridos com a finalidade de produzir renda para a empresa, que não são destinados à manutenção das atividades da empresa. Exemplos: participações societárias de caráter permanente (sem a intenção de venda) ou temporário (com intenção de venda), aplicações financeiras de natureza não imediata, imóveis para aluguel, obras de arte, terrenos não utilizados pela empresa.

Bens Imateriais (Intangíveis ou incorpóreos): são bens que não existem fisicamente (não podem ser tocados e não são visíveis), mas podem ser traduzidos em moeda. Exemplos: Marcas de Propaganda, Patentes da Empresa, Direitos Autorais, Ponto Comercial, Propriedade Científica, Concessões Obtidas, etc. GABARITO: E

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(Assistente de Saneamento-Técnico Contábil-Embasa-2009-Cespe) Acerca da equação fundamental do patrimônio, julgue os itens seguintes.

18 O ativo corresponde à soma do passivo e do patrimônio líquido.

Resolução

Equação Fundamental do Patrimônio: Ativo = Passivo + PL GABARITO: C

19 Salários a pagar, fornecedores e ferramentas são componentes do ativo.

Resolução

Salários a Pagar: qualquer coisa “a pagar” é uma obrigação da empresa. Logo, é componente do passivo.

Fornecedores: sempre que aparecer o nome “fornecedores”, você terá que entender que corresponde a uma dívida da empresa em virtude de compras a prazo (obrigação). Portanto, é um componente do passivo.

Ferramentas: são bens de uso da empresa. Portanto, se são bens, são componentes do ativo. GABARITO: E

Julgue os itens a seguir quanto ao objeto e à finalidade da contabilidade.

20 O objeto da contabilidade é o patrimônio das entidades.

Resolução

De acordo com a Resolução CFC no 774/94: A Contabilidade como ciência social A Contabilidade possui objeto próprio – o Patrimônio das Entidades – e consiste em conhecimentos obtidos por metodologia racional, com as condições de generalidade, certeza e busca das causas, em nível qualitativo semelhante às demais ciências sociais.

Portanto, o objeto da Contabilidade é o patrimônio das entidades. GABARITO: C

21 A principal finalidade da contabilidade é prover informações para auxiliar a tomada de decisões.

Resolução

De novo!!! De acordo com a Resolução CFC no 774/94:

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O objetivo científico da Contabilidade manifesta-se na correta apresentação do Patrimônio e na apreensão e análise das causas das suas mutações.

Já sob ótica pragmática, a aplicação da Contabilidade a uma Entidade particularizada, busca prover os usuários com informações sobre aspectos de natureza econômica, financeira e física do Patrimônio da Entidade e suas mutações, o que compreende registros, demonstrações, análises, diagnósticos e prognósticos, expressos sob a forma de relatos, pareceres, tabelas, planilhas, e outros meios.

De forma geral, no âmbito dos profissionais e usuários da Contabilidade, os objetivos desta, quando aplicada a uma Entidade particularizada, são identificados com a geração de informações, a serem utilizadas por determinados usuários em decisões que buscam a realização de interesses e objetivos próprios. GABARITO: C

Com relação aos componentes patrimoniais classificados no ativo, passivo e patrimônio líquido, julgue os seguintes itens.

22 A conta mercadorias é considerada um bem do ativo circulante.

Resolução

Mercadorias: são bens de venda e são classificados no ativo. Ainda não vimos a diferença entre circulante e não circulante, que será tratado na aula de balanço patrimonial. Por enquanto, vamos guardar que mercadorias ou estoque de mercadorias estão classificados no ativo circulante.

Veja o conceito de ativo circulante: No ativo circulante serão classificadas as seguintes contas: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte (art. 179, I, da Lei no 6.404/76):

- Disponibilidades: elementos do ativo que representam dinheiro ou que possam ser convertidos em dinheiro imediatamente. Ex: Caixa, Bancos Conta Movimento, Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata e Numerários em Trânsito;

- Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata: aplicações cujo período para resgate não ultrapasse 90 dias.

- Numerários em Trânsito: corresponde ao dinheiro que está em trânsito (Ex.: ordens de cobrança, remessas para filiais, cheques recebidos na empresa e ainda não depositados no banco, etc).

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- Direitos Realizáveis no Curso do Exercício Social Subseqüente: podem ser divididos em direitos realizáveis reais (bens) e direitos realizáveis pessoais (créditos):

I - Direitos Realizáveis Reais: são os direitos sobre a coisa própria(bens realizáveis de propriedade da companhia). Ex: Estoques de Mercadorias e de Materiais de Uso ou Consumo; e

II - Direitos Realizáveis Pessoais: são os créditos da companhia. Ex: Duplicatas a Receber, ICMS a Recuperar, Adiantamentos a Fornecedores, Impostos a Recuperar, Adiantamentos a Empregados.

- Aplicações de Recursos em Despesas do Exercício Seguinte: são as despesas antecipadas (fato gerador ainda não ocorreu e, por conseguinte, ainda não são despesas pelo princípio da competência), tais como as despesas com seguros, salários, aluguéis, etc. Ou seja, são despesas cujos fatos geradores ocorrerão no exercício seguinte. No exercício atual, são classificadas no Ativo Circulante, devido ao comportamento que possuem, que é semelhante aos créditos da empresa.

Exemplo: Se o aluguel de janeiro de 2010, no valor de R$ 8.000,00, for pago em dezembro de 2009, apesar de o pagamento ter sido realizado em 2009, esta despesa compete ao exercício de 2010, isto é, o fato gerador do aluguel ocorrerá em 2009 (no último dia do mês janeiro). Por essa razão, este aluguel deve ser classificado como “Despesas Antecipadas” (Ativo Circulante) em 2009, pois é um direito da empresa usufruir do imóvel em janeiro de 2010. No exercício de 2010, no final do mês de janeiro, esta despesa deverá ser apropriada (incorrida) no resultado (Despesas de Aluguel). GABARITO: C

23 Se o passivo e o patrimônio líquido de uma empresa totalizarem R$ 40.000,00 e R$ 50.000,00, respectivamente, o valor total do ativo será de R$ 90.000,00.

Resolução

Caramba! Finalmente uma questão com contas a fazer. Já estava ficando triste! Risos. Equação Fundamental do Patrimônio: Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido

Passivo = R$ 40.000,00 Patrimônio Líquido = R$ 50.000,00

Ativo = 40.000 + 50.000 = R$ 90.000,00 GABARITO: C

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24 Quando o valor do passivo é maior que o do ativo, ocorre a situação de passivo a descoberto.

Resolução

Situação Líquida Negativa ou Desfavorável ou Deficitária ou Passivo a Descoberto ou Passiva: Ativo < Passivo Exigível

A

SL

P

A < P SL < 0 GABARITO: C

25 Se, em determinado patrimônio, os bens somam R$ 300,00, as obrigações, R$ 500,00 e os direitos, R$ 400,00, então o valor do patrimônio líquido é de R$ 200,00.

Resolução

Ativo = Bens + Direitos = 300 + 400 = R$ 700,00 Passivo = Obrigações = R$ 500,00

Equação Fundamental do Patrimônio: Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido Patrimônio Líquido = Ativo – Passivo = 700 – 500 = R$ 200,00GABARITO: C

26 Quando o dinheiro disponível em caixa for R$ 100,00; o custo dos utensílios for R$ 200,00; as contas a pagar forem R$ 300,00; o custo dos veículos for R$ 120,00 e a depreciação acumulada for R$ 30,00, o valor total do ativo será R$ 390,00.

Resolução

Dinheiro Disponível em Caixa = R$ 100,0 (bem numerário = Ativo) Custo dos Utensílios = R$ 200,00 (bem de uso = Ativo) Contas a Pagar R$ 300,00 (obrigação = Passivo) Custo dos Veículos = R$ 120,00 (bem de uso = Ativo) Depreciação Acumulada = R$ 30,00 (Já falei um pouco de depreciação, mas não da conta especificamente. Esta é uma conta do Ativo, e será redutora da conta do bem a que está relacionada. No caso, ela está relacionada a conta Veículos, que sofre depreciação pelo uso. Por enquanto, é isso que precisamos saber).

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Portanto, para o cálculo do ativo, teríamos: Dinheiro Disponível em Caixa 100 Custo dos Utensílios 200 Custo dos Veículos 120 Depreciação Acumulação (30) Total do Ativo 390 GABARITO: C

27 A conta ICMS a recuperar é uma obrigação da empresa junto ao fisco estadual.

Resolução

ICMS a Recuperar: qualquer conta “a recuperar” será um crédito para a empresa, ou seja, é um direito da empresa. No caso do ICMS a recuperar, será um direito da empresa junto ao fisco estadual. Por enquanto, é isso que precisamos saber sobre ICMS a Recuperar, pois falaremos mais desse assunto na aula de operações com mercadorias. GABARITO: E

A respeito dos nomes utilizados para representarem os elementos patrimoniais e as mutações sofridas pelo patrimônio, julgue os próximos itens.

28 A conta caixa representa um bem patrimonial e não um direito.

Resolução

Caixa: é um bem numerário. GABARITO: C

29 A conta bancos conta movimento representa um direito da empresa junto ao banco depositário dos recursos financeiros disponíveis em conta-corrente.

Resolução

Bancos conta Movimento: há autores que consideram como bem numerário e há autores que consideram como direito da empresa junto banco, tendo em vista que o dinheiro da empresa está depositado.

Contudo, sinceramente, você não deve se importar com a forma de pensamento deste ou daquele autor. O que importa para você é como o Cespe pensa, certo? É isto que fará diferença na hora da prova e que o levará a acertar a questão. Portanto, para o Cespe:

Bancos conta Movimento: representa um direito da empresa junto ao banco depositário dos recursos financeiros disponíveis em conta-corrente. E ponto final. Risos. GABARITO: C

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30 A conta adiantamentos a clientes é considerada uma conta do passivo porque representa adiantamentos dos clientes à empresa.

Resolução

Pegadinha mortal da banca!!!! O concurseiro mais desatento cairia como um “cordeiro”. Veja:

Adiantamento de Clientes: é uma conta representativa de um dinheiro que o cliente adiantou para empresa sem ainda ter recebido a mercadoria ou o serviço. Ou seja, ainda não é uma receita realizada pelo princípio da competência (Lembra das quatro possibilidades do princípio da competência? Espero que sim). Nesta situação o cliente possui um direito em relação à empresa. Consequentemente, a empresa possui uma obrigação com seus clientes, sendo, portanto, uma conta do passivo.

Aí você diria (se não prestar ler atentamente o item). Então o item está correto. ERRADO! O item está ERRADO. E sabe por que? Porque a conta é “Adiantamento de Clientes” e o item fala em “Adiantamento a Clientes”.

No caso de “Adiantamento a Clientes”, a empresa é que adiantou algum dinheiro ao(s) seu(s) cliente(s), ou seja, a empresa fez uma espécie de empréstimo ao(s) seu(s) cliente(s). Nesse caso, a empresa possui um direito em relação a seus clientes, sendo, portanto, uma conta do ativo.

Portanto, CUIDADO!!!! Leia os itens com atenção! GABARITO: E

Julgue os itens seguintes, acerca das contas patrimoniais e das contas de resultados.

31 As contas de receitas são consideradas contas de resultado.

Resolução

De acordo com a Teoria Patrimonialista, as contas se dividem em:

Contas Patrimoniais: contas do Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido. Contas de Resultado: contas de Receitas e Despesas.

Você deve estar se perguntando. Caramba, professor, ao longo desta aula já vimos algumas contas (que, na verdade, é matéria específica da próxima aula), mas, afinal o que são contas? Então, vamos lá.

Conta: elemento que representa um componente patrimonial (bens, direitos, obrigações ou patrimônio líquido) ou um componente de resultado (despesa ou receita). GABARITO: C

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32 A conta capital social é uma conta patrimonial.

Resolução

Capital Social: representa o capital subscrito pelos sócios da empresa e é classificada no Patrimônio Líquido, sendo, portanto, uma conta patrimonial. GABARITO: C

33 Ao final de cada período de apuração, as contas de resultado devem permanecer com saldos para serem adicionados à movimentação dos períodos seguintes, isto é, o saldo final de um período é o saldo inicial do outro.

Resolução

As contas de resultado (receitas e despesas) são contas transitórias, ou seja, ao final do período seus saldos devem ser zerados para apuração do resultado do exercício.

Por outro lado, as contas patrimoniais (contas do Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido) são contas permanentes, ou seja, devem permanecer com saldos para serem adicionados à movimentação dos períodos seguintes, isto é, o saldo final de um período é o saldo inicial do outro.

Vamos ver um exemplo de apuração do resultado para entender melhor os conceitos: Suponha que a empresa J4M2, durante o período, apurou receitas no valor de R$ 50.000,00 e despesas do valor de R$ 30.000,00. Calcule o resultado do período.

No período, temos: Receitas = R$ 50.000,00 Despesas = R$ 30.000,00

Vamos utilizar a seguinte representação (será explicada na próxima aula): Receitas Despesas

50.000 30.000

Para apurar o resultado, zeramos as contas acima e transferimos para a apuração do resultado do exercício. Portanto, teríamos a seguinte representação:

Receitas Despesas 50000 (2) 50.000 30.000 30000 (1) 0 0

Apuração do Resultado do Exercício 30.000 (1) 50.000 (2)

20.000

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Ou seja, houve um lucro no período de R$ 20.000,00 (Receitas – Despesas = 50.000 – 30.000 = 20.000) e as contas de resultado terminaram zeradas. GABARITO: E

34 A conta duplicatas descontadas é retificadora da conta duplicatas a pagar.

Resolução

Para resolver esta questão, precisamos saber, inicialmente, o que são duplicatas:

Duplicata: é um título emitido por ocasião de uma operação de compra e venda de mercadorias ou de prestação de serviços e representa uma ordem de pagamento. O sacador é o vendedor ou prestador de serviços, o sacado é o comprador ou recebedor dos serviços e o beneficiário é o próprio sacador.

Desconto de Duplicatas: nas operações de desconto de duplicatas, a empresa transfere a posse e a propriedade para o banco, que pagará pelas duplicatas um valor descontado dos juros cobrados na operação.Normalmente, os juros são estipulados em função do prazo que falta para a liquidação dos títulos. Ou seja, a empresa que emitiu as duplicatas (vendedora das mercadorias ou prestadora dos serviços) desconta as duplicatas, com um vencimento em período futuro, no banco para ter liquidez (“pegar” logo o dinheiro). Com isso, o banco cobra uma taxa de desconto.

Portanto, a conta duplicatas descontadas é uma conta retificadora da conta duplicatas a receber.

Mais alguns conceitos importantes: Contas retificadoras: não contas de natureza diversa daquela conta a que se relaciona. Ainda não vimos natureza das contas (próxima aula). Mas, já vimos algumas contas retificadoras. Veja:

Depreciação Acumulada: conta retificadora da conta Veículos, por exemplo.

Ações em Tesouraria: conta retificadora da conta Capital Social ou de Reservas de Capital.

Duplicatas Descontadas: conta retificadora da conta Duplicatas a Receber.

Mais informações importantes para você guardar para a prova: Duplicatas Emitidas = Duplicatas a Receber = direito da empresa (componente do Ativo).

Duplicatas Aceitas = Duplicatas a Pagar = obrigação da empresa (componente do Passivo). GABARITO: E

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35 A conta ações em tesouraria é uma conta do ativo, sendo considerada uma conta patrimonial.

Resolução

Ações em tesouraria: são as ações da empresa adquiridas pela própria empresa e mantidas em tesouraria, sendo limitadas pelo saldo dos lucros acumulados e reservas, exceto a legal. As ações em tesouraria não terão direito a dividendo e a voto.

As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição (conta redutora do patrimônio líquido). GABARITO: E

(Auditor-FUB-2009-Cespe) Com referência aos princípios fundamentais da contabilidade, julgue os itens a seguir.

36 De acordo com o princípio da prudência, quando se apresentarem duas opções igualmente aceitáveis, a escolha deverá recair sobre a opção de maior valor para os componentes de ativo.

Resolução

De acordo com o artigo 10o da Resolução CFC no 750/93:

O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais de Contabilidade. GABARITO: E

37 Em obediência aos princípios fundamentais de contabilidade, as doações devem ser registradas pelo valor efetivo da coisa recebida, no momento do recebimento e segundo o seu valor de mercado.

Resolução

De acordo com a Resolução CFC no 774/94: No caso de doações recebidas pela Entidade, também existe a transação com o mundo exterior e, mais ainda, com efeito quantitativo e qualitativo sobre o patrimônio.

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Como a doação resulta em inegável aumento do Patrimônio Líquido, cabe o registro pelo valor efetivo da coisa recebida, no momento do recebimento, segundo o valor de mercado.

Mantém-se, no caso, intocado o princípio do Registro pelo Valor Original, com a única diferença em relação às situações usuais: uma das partes envolvidas – caso daquela representativa do mundo externo – abre mão da contraprestação, que se transforma em aumento do Patrimônio Líquido da Entidade recebedora da doação. Acessoriamente, pode-se lembrar que o fato de o ativo ter-se originado de doação, não repercute na sua capacidade futura de contribuir à realização dos objetivos da Entidade. GABARITO: C

A avaliação, o registro e o controle do patrimônio podem ser considerados os objetivos mais importantes da contabilidade geral. Com relação a esse assunto, julgue os itens seguintes.

38 As funções da contabilidade incluem a orientação dos usuários, assim entendida a prestação de informações úteis que possam evidenciar as mutações patrimoniais, tanto qualitativas quanto quantitativas.

Resolução

Já é a terceira vez! Risos. De acordo com a Resolução CFC no 774/94: O objetivo científico da Contabilidade manifesta-se na correta apresentação do Patrimônio e na apreensão e análise das causas das suas mutações.

Já sob ótica pragmática, a aplicação da Contabilidade a uma Entidade particularizada, busca prover os usuários com informações sobre aspectos de natureza econômica, financeira e física do Patrimônio da Entidade e suas mutações, o que compreende registros, demonstrações, análises, diagnósticos e prognósticos, expressos sob a forma de relatos, pareceres, tabelas, planilhas, e outros meios.

De forma geral, no âmbito dos profissionais e usuários da Contabilidade, os objetivos desta, quando aplicada a uma Entidade particularizada, são identificados com a geração de informações, a serem utilizadas por determinados usuários em decisões que buscam a realização de interesses e objetivos próprios. GABARITO: C

39 Na equação fundamental do patrimônio, o capital à disposição da empresa corresponde aos recursos aplicados na entidade por seus sócios, somados aos lucros obtidos com as operações.

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Resolução

Equação Fundamental do Patrimônio: Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido

Capital Total à Disposição da Empresa = Passivo + Patrimônio Líquido

Ou seja, o capital total à disposição da empresa corresponde às obrigações com terceiros (passivo) somadas ao patrimônio líquido.

O item está errado, pois só considerou o patrimônio líquido, que corresponde aos recursos aplicados na entidade por seus sócios, somados aos lucros obtidos com as operações. Portanto, faltaram as obrigações com terceiros (passivo). GABARITO: E

(Técnico de Atividades do Meio Ambiente-Ténico em Contabilidade-IBAM-2009-Cespe) Com relação aos conceitos básicos de contabilidade como ciência, julgue os seguintes itens.

40 A contabilidade tem como objeto o patrimônio e como um de seus objetivos prover seus usuários de informações úteis para a tomada de decisão.

Resolução

De novo!!!! Não agüento mais!!!! Risos. Com certeza, hoje, você vai sonhar com o objeto da contabilidade (patrimônio) e um de seus objetivos (prover usuários de informações úteis para a tomada de decisão). GABARITO: C

41 A contabilidade busca entender as mutações sofridas pelo patrimônio, tendo como alvo, entre outras, uma visão prospectiva de possíveis variações. As mutações tanto podem decorrer da ação do homem como da natureza.

Resolução

De acordo com a Resolução CFC no 774/94: O Patrimônio também é objeto de outras ciências sociais – por exemplo, da Economia, da Administração e do Direito – que, entretanto, o estudam sob ângulos diversos daquele da Contabilidade, que o estuda nos seus aspectos quantitativos e qualitativos. A Contabilidade busca, primordialmente, apreender, no sentido mais amplo possível, e entender as mutações sofridas pelo Patrimônio, tendo em mira, muitas vezes, uma visão prospectiva de possíveis variações. As mutações tanto podem decorrer da ação do homem, quanto, embora quase sempre secundariamente, dos efeitos da natureza sobre o patrimônio.

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Por aspecto qualitativo do patrimônio entende-se a natureza dos elementos que o compõem como dinheiro, valores a receber ou a pagar expressos em moeda, máquinas, estoques de materiais ou de mercadorias, etc. A delimitação qualitativa desce, em verdade, até o grau de particularização que permita a perfeita compreensão do componente patrimonial. Assim, quando falamos em “máquinas”, ainda estamos a empregar um substantivo coletivo, cuja expressão poderá ser de muita utilidade, em determinadas análises. Mas a Contabilidade, quando aplicada a um patrimônio particular, não se limitará às “máquinas” como categoria, mas, dependendo das necessidades de controle poderá descer a cada máquina em particular e, mais ainda, aos seus pormenores de forma que sua caracterização evite a confusão com quaisquer outras máquinas, mesmo de tipo idêntico.

O atributo quantitativo refere-se à expressão dos componentes patrimoniais em valores, o que demanda que a Contabilidade assuma posição sobre o que seja “Valor”, porquanto os conceitos sobre a matéria são extremamente variados.

Do Patrimônio deriva o conceito de Patrimônio Líquido, mediante a equação considerada como básica na Contabilidade: (Bens + Direitos) – (Obrigações) = Patrimônio Líquido

Quando o resultado da equação é negativo, convenciona-se denominá-lo de “Passivo a Descoberto”.

O Patrimônio Líquido não é uma dívida da Entidade para com seus sócios ou acionistas, pois estes não emprestam recursos para que ela possa ter vida própria, mas, sim, os entregam, para que com eles forme o Patrimônio da Entidade. GABARITO: C

O patrimônio é conhecido dentro do cenário contábil como o objeto da contabilidade. Ele é um dos temas mais discutidos e estudados na atualidade, tendo em vista os diversos elementos que o compõem, que são da mais alta complexidade e dificuldade de avaliação através da mensuração monetária. Acerca desse tema, julgue os itens que se seguem.

42 De acordo com a equação fundamental do patrimônio — ativo – passivo = situação líquida —, sob o aspecto quantitativo do patrimônio de uma entidade, na maioria das vezes, o ativo — bens e direitos — suplanta o passivo — obrigações —, devido exclusivamente ao fato de o lucro superar o prejuízo por meio da apuração dos resultados conforme legislação vigente.

Resolução

Mais uma pegadinha da banca examinadora, para pegar o concurseiro mais desatento. Vejamos:

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Como apuramos o resultado do período? Lembra? Receitas menos despesas, certo?

Se as receitas forem maiores que as despesas, há lucro no período. Se as receitas forem menores que as despesas, há prejuízo no período.

Agora, vamos verificar o item: De acordo com a equação fundamental do patrimônio — ativo – passivo = situação líquida —, sob o aspecto quantitativo do patrimônio de uma entidade, na maioria das vezes, o ativo — bens e direitos — suplanta o passivo — obrigações —, devido exclusivamente ao fato de o lucro superar o prejuízo por meio da apuração dos resultados conforme legislação vigente.

Achou o erro? Ainda não? Repare o final do item: “...devido exclusivamente ao fato de o lucro superar o prejuízo por meio da apuração dos resultados conforme legislação vigente.”

Atenção! Não é o lucro que supera o prejuízo!!!! E sim as receitas que superam as despesas, gerando um lucro no período.

Além disso, o “exclusivamente” também está errado, pois o ativo pode ser maior que o passivo, mesmo com prejuízo no período, tendo em vista o patrimônio líquido (situação líquida positiva) é formado, entre outras contas, por capital social, reservas de lucros, reservas de capital. Portanto, se houver prejuízos acumulados (conta retificadora do Patrimônio Líquido), ainda assim o Patrimônio Líquido pode ser maior que zero.

Vamos corrigir o item: De acordo com a equação fundamental do patrimônio — ativo – passivo = situação líquida —, sob o aspecto quantitativo do patrimônio de uma entidade, na maioria das vezes, o ativo — bens e direitos — suplanta o passivo — obrigações —, devido, entre outros fatores, ao fato de as receitassuperarem as despesas por meio da apuração dos resultados conforme legislação vigente. GABARITO: E

43 De acordo com os componentes patrimoniais da contabilidade, os bens são considerados coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas e suscetíveis de avaliação econômica, e podem ser divididos em bens materiais móveis e imóveis, e bens imateriais, que são determinados gastos que a empresa faz, os quais, por sua natureza, devem ser considerados como partes do patrimônio.

Resolução

Bens: tudo aquilo que pode ser objeto de direito e é suscetível de ser utilizado e apropriado. São “itens” de propriedade da entidade, ou seja, a entidade possui o domínio sobre eles e são passíveis de avaliação monetária.

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Os bens são considerados coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas e suscetíveis de avaliação econômica, e podem ser divididos em bens materiais móveis e imóveis, e bens imateriais, que são determinados gastos que a empresa faz, os quais, por sua natureza, devem ser considerados como partes do patrimônio.

O Patrimônio da empresa, portanto, pode apresentar três formas diferentes:

1 – Bens da empresa, que estão em seu poder (Ex: Imóvel, veículo, dinheiro em caixa, máquinas, etc).

2 – Bens da empresa, que estão em poder de terceiros. Nesta situação, temos os direitos da empresa (Ex: Venda a prazo de mercadorias. É direito da empresa receber o dinheiro referente à venda). Ou seja, o que diferencia os bens dos direitos é a posse.

3 – Bens de terceiros, em poder da empresa. São as obrigações da empresa (Ex: Compra a prazo de mercadorias, visto que o fornecedor possui o direito de receber pela venda e a empresa possui a obrigação de pagar pela compra). GABARITO: C

(Especialista em Regulação-Economia-Antaq-2009-Cespe) Entre as diversas definições oferecidas pela literatura, pode-se considerar que a contabilidade é uma ciência que mensura, registra e controla as variações da riqueza no tempo, quer de uma pessoa física, quer de uma empresa. Dessa forma, o seu objeto fundamental é o patrimônio.

Diviane Nagatsuka e Edberto Teles. Manual de contabilidade introdutória. São Paulo: Thomson, 2002 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens a seguir.

44 Uma entidade hipotética cujo patrimônio pertence a uma pessoa física, a sociedades informais e a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza pode dispor livremente, nos limites estabelecidos em lei, desse patrimônio, o qual deve ser autônomo em relação aos demais patrimônios existentes nessa entidade.

Resolução

Neste item, temos exatamente os conceitos definidos no princípio da Entidade. De acordo com o artigo 4o da Resolução CFC no 750/93: O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência,

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nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. GABARITO: C

(Contador-Município do Ipojuca-2009-Cespe) O patrimônio das entidades é o objeto próprio da contabilidade. Nesse sentido, julgue o item a seguir acerca dos objetivos e finalidades da contabilidade.

45 O objetivo científico da contabilidade manifesta-se na correta apresentação do patrimônio e na apreensão e análise das causas das suas mutações.

Resolução

De acordo com a Resolução CFC no 774/94: O objetivo científico da Contabilidade manifesta-se na correta apresentação do Patrimônio e na apreensão e análise das causas das suas mutações. Já sob ótica pragmática, a aplicação da Contabilidade a uma Entidade particularizada, busca prover os usuários com informações sobre aspectos de natureza econômica, financeira e física do Patrimônio da Entidade e suas mutações, o que compreende registros, demonstrações, análises, diagnósticos e prognósticos, expressos sob a forma de relatos, pareceres, tabelas, planilhas, e outros meios. GABARITO: C

Do patrimônio deriva o conceito de patrimônio líquido, mediante a seguinte equação, básica na contabilidade. ativos (bens + direitos) - passivos (obrigações) = patrimônio líquido

Julgue os seguintes itens acerca dos critérios que precisam ser atendidos para que esses elementos patrimoniais possam ser reconhecidos no balanço patrimonial.

46 Ao avaliar se determinado item enquadra-se na definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido, deve-se atentar para a sua essência e para a realidade econômica, não apenas para a sua forma legal.

Resolução

De acordo com o § 2o do artigo 1o da Resolução CFC no 750/93: Na aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade a situações concretas, a essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais.

Ainda, de acordo com a Resolução no 1.121/2008, do CFC, que aprovou a NBC T 1 – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis (igual ao CPC no 00): Para que a informação represente adequadamente as transações e outros eventos que ela se propõe a representar, é necessário que essas transações e eventos sejam

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contabilizados e apresentados de acordo com a sua substância e realidade econômica, e não meramente sua forma legal. A essência das transações ou outros eventos nem sempre é consistente com o que aparenta ser com base na sua forma legal ou artificialmente produzida. Por exemplo, uma entidade pode vender um ativo a um terceiro de tal maneira que a documentação indique a transferência legal da propriedade a esse terceiro; entretanto, poderão existir acordos que assegurem que a entidade continuará a usufruir os futuros benefícios econômicos gerados pelo ativo e o recomprará depois de um certo tempo por um montante que se aproxima do valor original de venda acrescido de juros de mercado durante esse período. Em tais circunstâncias, reportar a venda não representaria adequadamente a transação formalizada.

Portanto, ao avaliar se determinado item enquadra-se na definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido, deve-se atentar para a sua essência e para a realidade econômica, não apenas para a sua forma legal. GABARITO: C

47 O ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem ou não futuros benefícios econômicos para a entidade.

Resolução

De acordo com a Resolução no 1.121/2008, do CFC, que aprovou a NBC T 1 – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis:

Ativo: é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade;

Passivo: é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos;

Patrimônio Líquido: é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos. GABARITO: E

48 Uma característica essencial para a existência de um passivo é que a entidade tenha uma obrigação presente.

Resolução

De acordo com a Resolução no 1.121/2008, do CFC, que aprovou a NBC T 1 – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis:

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Passivo: é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos; GABARITO: C

(Técnico em Contabilidade-Ministério da Saúde-2009-Cespe) Julgue os itens a seguir conforme o disposto nos princípios fundamentais de contabilidade.

49 Segundo o princípio da entidade, a soma ou agregação de patrimônios autônomos resulta em uma nova entidade de natureza econômico-contábil.

Resolução

De acordo com o artigo 4o, da Resolução CFC no 750/93: O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

Ou seja, se uma empresa é controladora de outra empresa (possui mais de 50% do capital votante) e faz um balanço consolidado (da controladora e da controlada), esta consolidação não forma uma nova empresa. As empresas controladora e controlada continuam com empresas separadas. GABARITO: E

50 A continuidade influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da entidade tem prazo determinado, previsto ou previsível.

Resolução

De acordo com o artigo 5o da Resolução CFC no 750/93:

Princípio da Continuidade: A continuidade ou não da entidade, bem como sua vida definida ou provável, devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais qualitativas e quantitativas.

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Mutações qualitativas: relacionadas aos elementos que compõem o patrimônio (bens, direitos e obrigações). Exemplo: Aquisição de um veículo (o veículo será registrado no patrimônio causando uma mutação qualitativa).

Mutações quantitativas: relacionadas aos elementos em valores monetários.

A continuidade influencia o valor econômico dos ativos (bens e direitos) e, em muitos casos, o valor de vencimento dos passivos (obrigações), especialmente quando a extinção da entidade tem prazo determinado, previsto ou previsível.

Exemplo: Se há previsão de que uma determinada empresa vai se extinguir no próximo exercício, ao fazer o seu balanço patrimonial, tal empresa não poderá classificar suas obrigações a longo prazo no passivo não circulante, e sim no passivo circulante.

Balanço Patrimonial: é uma demonstração financeira que evidencia, resumidamente, a situação patrimonial e financeira da entidade, quantitativamente e qualitativamente, em um dado momento (normalmente em 31 de dezembro de cada ano).

Exemplo: Se há previsão de que a empresa não irá se extinguir, as despesas a serem apropriadas a longo prazo deverão ser, no atual balanço, classificadas como ativo não circulante realizável a longo prazo.

Porque devemos apropriar as despesas de longo prazo no ativo não circulante realizável a longo prazo?

As despesas são contas de resultados. Contudo as despesas A SEREM APROPRIADAS A LONGO PRAZO são despesas que ainda vão ocorrer. Neste caso, são despesas antecipadas, classificadas no ativo não circulante realizável a longo prazo, pois o fato gerador das despesas ainda não ocorreu (vide Princípio da Competência).

Exemplo: Se há previsão de que uma determinada empresa irá se fundir com outra empresa, deverá haver no seu patrimônio líquido a incorporação de todas as reservas e lucros ao capital social, a fim de facilitar a redistribuição das ações na nova empresa após a fusão.

Patrimônio Líquido = Bens + Direitos – Obrigações

A observância do Princípio da Continuidade é indispensável à correta aplicação do Princípio da Competência, por efeito de se relacionar diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do resultado, e de se constituir dado importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado.

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Exemplo: a continuidade diz respeito diretamente ao valor econômico dos bens, ou seja, ao fato de um ativo manter-se nesta condição ou transformar-se, total ou parcialmente quando há previsão de encerramento das atividades da Entidade, com o vencimento antecipado ou o surgimento de exigibilidades. GABARITO: C

Segundo o disposto no apêndice à resolução acerca dos princípios fundamentais de contabilidade, julgue os itens a seguir.

51 Pressupõe-se que o valor de troca, aquele decorrente da transação, configure o valor econômico dos ativos no momento de sua ocorrência.

Resolução

De acordo com a Resolução CFC no 774/94: Pressupõe-se que o valor de troca, aquele decorrente da transação, configure o valor econômico dos ativos no momento da sua ocorrência. Naturalmente, se, com o passar do tempo, houver a modificação do valor em causa, seja por que razão for, os ajustes serão realizados, mas ao abrigo do Princípio da Competência. Os ajustes somente serão para menos, em razão da essência do próprio Princípio. GABARITO: C

52 Quando existem receitas e despesas pertencentes a um exercício anterior, que nele deixarem de ser consideradas por qualquer razão, os ajustes devem ser realizados no exercício subsequente.

Resolução

De acordo com a Resolução CFC no 774/94: A compreensão do cerne do Princípio da COMPETÊNCIA está diretamente ligada ao entendimento das variações patrimoniais e sua natureza. Nestas encontramos duas grandes classes: a daquelas que somente modificam a qualidade ou a natureza dos componentes patrimoniais, sem repercutirem no montante do Patrimônio Líquido, e a das que o modificam.

As primeiras são denominadas de “qualitativas”, ou “permutativas”, enquanto as segundas são chamadas de “quantitativas”, ou “modificativas”. Cumpre salientar que estas últimas sempre implicam a existência de alterações qualitativas no patrimônio, a fim de que permaneça inalterado o equilíbrio patrimonial.

A competência é o princípio que estabelece quando um determinado componente deixa de integrar o patrimônio, para transformar-se em elemento modificador do Patrimônio Líquido.

Da confrontação entre o valor final dos aumentos do Patrimônio Líquido – usualmente denominados “receitas” – e das suas diminuições – normalmente

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chamadas de “despesas”–, emerge o conceito de “resultado do período”: positivo, se as receitas forem maiores do que as despesas; ou negativo, quando ocorrer o contrário.

Observa-se que o Princípio da Competência não está relacionado com recebimentos ou pagamentos, mas com o reconhecimento das receitas geradas e das despesas incorridas no período. Mesmo com desvinculação temporal das receitas e despesas, respectivamente do recebimento e do desembolso, a longo prazo ocorre a equalização entre os valores do resultado contábil e o fluxo de caixa derivado das receitas e despesas, em razão dos princípios referentes à avaliação dos componentes patrimoniais.

Quando existem receitas e despesas pertencentes a um exercício anterior, que nele deixarem de ser consideradas por qualquer razão, os componentes ajustes devem ser realizados no exercício em que se evidenciou a omissão.

O Princípio da Competência é aplicado a situações concretas altamente variadas, pois são muito diferenciadas as transações que ocorrem nas Entidades, em função dos objetivos destas. Por esta razão é a competência o princípio que tende a suscitar o maior número de dúvidas na atividade profissional dos contabilistas. Cabe, entretanto, sublinhar que tal fato não resulta em posição de supremacia hierárquica em relação aos demais princípios, pois o status de todos é o mesmo, precisamente pela sua condição científica. GABARITO: E

53 As informações quantitativas que a contabilidade aplicada a uma entidade produz devem possibilitar ao usuário avaliar a situação e as tendências da entidade, com o menor grau de dificuldade possível.

Resolução

De acordo com a Resolução CFC no 774/94: As informações quantitativas que a Contabilidade produz, quando aplicada a uma Entidade, devem possibilitar ao usuário avaliar a situação e as tendências desta, com o menor grau de dificuldade possível.

Devem, pois, permitir ao usuário, como participe do mundo econômico: - observar e avaliar o comportamento; - comparar seus resultados com os de outros períodos ou Entidades; - avaliar seus resultados à luz dos objetivos estabelecidos; - projetar seu futuro nos marcos políticos, sociais e econômicos em que se

insere.

E tudo isso, para que o usuário possa planejar suas próprias operações.

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Os requisitos referidos levam à conclusão de que deve haver consistência nos procedimentos que a Entidade utiliza em diferentes períodos e, tanto quanto possível, também entre Entidades distintas que pertençam a um mesmo mercado, de forma que o usuário possa extrair tendências quanto à vida de uma Entidade e à sua posição em face das demais Entidades ou mesmo do mercado como um todo. Tal desiderato é extremamente incentivado pelo sistema formal de normas, cuja coerência estrutural é garantida pela observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade e seus ordenamentos aplicados. Evidentemente o preceito em análise, conhecido por “consistência”, não constitui princípio da Contabilidade, mas regra técnico-comportamental. Tanto isso é verdade que procedimentos aplicados, mesmo fixados como norma, podem ser alterados em função das necessidades dos usuários ou mesmo da qualidade dos resultados da sua aplicação, enquanto que os princípios que os fundamentam permanecem inalterados. GABARITO: C

(Analista Judiciário-Contabilidade-TRE/BA-2009-Cespe)

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Considere as representações patrimoniais, em forma de diagrama de barras, de quatro entidades contábeis hipotéticas — A, B, C e D — ilustradas acima, para o período de dois anos consecutivos. Com base nessas informações e em relação à situação líquida dessas entidades, julgue os itens abaixo.

54 Comparando o período, a situação líquida tornou-se desfavorável apenas para uma das entidades contábeis apresentadas.

Resolução

De acordo com a representação, apenas para a entidade “C” a situação líquida tornou-se desfavorável. Veja no ano 2:

Ativo ======================== Situação Líquida Negativa

Passivo

Portanto, o Passivo é maior que o Ativo no ano 2, para a entidade “C”. GABARITO: C

55 A situação líquida de uma das entidades manteve-se inalterada no período, sendo correto afirmar que, nesse caso, não houve variação quantitativa no patrimônio dessa entidade.

Resolução

Percebe-se que a situação líquida da entidade “B” manteve-se inalterada no período. Contudo, não há como afirmar que não houve variação quantitativa do patrimônio da entidade. Aqui, foi mais uma “pegadinha” da banca examinadora.

Vamos entender por meio de um exemplo: Ano 1: Ativo = 100 Passivo = 50 Patrimônio Líquido = 100 – 50 = 50

Ano 2: Ativo = 200 Passivo = 150 Patrimônio Líquido = 200 – 150 = 50

Ou seja, a situação líquida permaneceu inalterada, mas o patrimônio da entidade (patrimônio bruto), que é igual ao ativo total ou ao passivo total, variou de 100 para 200. GABARITO: E

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56 Entre as entidades citadas, a entidade A, no ano 2, apresentou o maior percentual de capital de terceiros em relação aos recursos possuídos pela entidade, capazes de gerar benefícios econômicos futuros.

Resolução

O capital de terceiros corresponde às obrigações da empresa com terceiros. A entidade que possui maior percentual de capital de terceiros, no ano 2, em relação aos recursos possuídos pela entidade, isto é, o capital total à disposição da empresa ou seu passivo total, é a entidade “C”.

Repare que na entidade “C” o capital de terceiros é maior que o capital total à disposição da empresa (passivo total), tendo em vista que a situação líquida é negativa. GABARITO: E

(Técnico Judiciário-Contabilidade-TRE/BA-2009-Cespe) Julgue os seguintes itens tendo como referência as resoluções do Conselho Federal de Contabilidade.

57 Os objetivos das demonstrações contábeis incluem apresentar os resultados da atuação da administração na gestão da entidade.

Resolução

De acordo com a Resolução no 1.121/2008, do CFC, que aprovou a NBC T 1 – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis:

Demonstrações contábeis também objetivam apresentar os resultados da atuação da Administração na gestão da entidade e sua capacitação na prestação de contas quanto aos recursos que lhe foram confiados.

Aqueles usuários que desejam avaliar a atuação ou prestação de contas da Administração fazem-no com a finalidade de estar em condições de tomar decisões econômicas que podem incluir, por exemplo, manter ou vender seus investimentos na entidade ou reeleger ou substituir a Administração. GABARITO: C

58 De acordo com o atributo da integridade, para que seja confiável, a informação constante das demonstrações contábeis deve ser completa, dentro dos limites da materialidade e do custo.

Resolução

De acordo com a Resolução no 1.121/2008, do CFC, que aprovou a NBC T 1 – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis:

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Integridade Para ser confiável, a informação constante das demonstrações contábeis deve ser completa, dentro dos limites de materialidade e custo. Uma omissão pode tornar a informação falsa ou distorcida e, portanto, não-confiável e deficiente em termos de sua relevância.

Vamos aproveitar para estudar as características qualitativas: Características Qualitativas das Demonstrações Contábeis As características qualitativas são os atributos que tornam as demonstrações contábeis úteis para os usuários.

As quatro principais características qualitativas são: compreensibilidade, relevância, confiabilidade e comparabilidade.

Compreensibilidade Uma qualidade essencial das informações apresentadas nas demonstrações contábeis é que elas sejam prontamente entendidas pelos usuários. Para esse fim, presume-se que os usuários tenham um conhecimento razoável dos negócios, atividades econômicas e contabilidade e a disposição de estudar as informações com razoável diligência. Todavia, informações sobre assuntos complexos que devam ser incluídas nas demonstrações contábeis por causa da sua relevância para as necessidades de tomada de decisão pelos usuários não devem ser excluídas em nenhuma hipótese, inclusive sob o pretexto de que seria difícil para certos usuários as entenderem.

Relevância Para serem úteis, as informações devem ser relevantes às necessidades dos usuários na tomada de decisões. As informações são relevantes quando podem influenciar as decisões econômicas dos usuários, ajudando-os a avaliar o impacto de eventos passados, presentes ou futuros ou confirmando ou corrigindo as suas avaliações anteriores.

As funções de previsão e confirmação das informações são inter-relacionadas. Por exemplo, informações sobre o nível atual e a estrutura dos ativos têm valor para os usuários na tentativa de prever a capacidade que a entidade tenha de aproveitar oportunidades e a sua capacidade de reagir a situações adversas. As mesmas informações têm o papel de confirmar as previsões passadas sobre, por exemplo, a forma na qual a entidade seria estruturada ou o resultado de operações planejadas.

Informações sobre a posição patrimonial e financeira e o desempenho passado são freqüentemente utilizadas como base para projetar a posição e o desempenho futuros, assim como outros assuntos nos quais os usuários estejam diretamente interessados, tais como pagamento de dividendos e salários, alterações no preço das ações e a capacidade que a entidade tenha de atender seus compromissos à medida que se tornem devidos. Para terem valor como previsão, as informações não precisam estar em forma de

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projeção explícita. A capacidade de fazer previsões com base nas demonstrações contábeis pode ser ampliada, entretanto, pela forma como as informações sobre transações e eventos anteriores são apresentadas. Por exemplo, o valor da demonstração do resultado como elemento de previsão é ampliado quando itens incomuns, anormais e esporádicos de receita ou despesa são divulgados separadamente.

Materialidade A relevância das informações é afetada pela sua natureza e materialidade. Em alguns casos, a natureza das informações, por si só, é suficiente para determinar a sua relevância. Por exemplo, reportar um novo segmento em que a entidade tenha passado a operar pode afetar a avaliação dos riscos e oportunidades com que a entidade se depara, independentemente da materialidade dos resultados atingidos pelo novo segmento no período abrangido pelas demonstrações contábeis. Em outros casos, tanto a natureza quanto a materialidade são importantes; por exemplo: os valores dos estoques existentes em cada uma das suas principais classes, conforme a classificação apropriada ao negócio.

Uma informação é material se a sua omissão ou distorção puder influenciar as decisões econômicas dos usuários, tomadas com base nas demonstrações contábeis. A materialidade depende do tamanho do item ou do erro, julgado nas circunstâncias específicas de sua omissão ou distorção. Assim, materialidade proporciona um patamar ou ponto de corte ao invés de ser uma característica qualitativa primária que a informação necessita ter para ser útil.

Confiabilidade Para ser útil, a informação deve ser confiável, ou seja, deve estar livre de erros ou vieses relevantes e representar adequadamente aquilo que se propõe a representar.

Uma informação pode ser relevante, mas a tal ponto não confiável em sua natureza ou divulgação que o seu reconhecimento pode potencialmente distorcer as demonstrações contábeis. Por exemplo, se a validade legal e o valor de uma reclamação por danos em uma ação judicial movida contra a entidade são questionados, pode ser inadequado reconhecer o valor total da reclamação no balanço patrimonial, embora possa ser apropriado divulgar o valor e as circunstâncias da reclamação.

Atributos da confiabilidade: representação adequada, primazia da essência sobre a forma, neutralidade, prudência e integridade.

Representação Adequada Para ser confiável, a informação deve representar adequadamente as transações e outros eventos que ela diz representar. Assim, por exemplo, o balanço patrimonial numa determinada data deve representar adequadamente as transações e outros eventos que resultam em ativos,

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passivos e patrimônio líquido da entidade e que atendam aos critérios de reconhecimento.

A maioria das informações contábeis está sujeita a algum risco de não ser uma representação fiel daquilo que se propõe a retratar. Isso pode decorrer de dificuldades inerentes à identificação das transações ou outros eventos a serem avaliados ou à identificação e aplicação de técnicas de mensuração e apresentação que possam transmitir, adequadamente, informações que correspondam a tais transações e eventos. Em certos casos, a mensuração dos efeitos financeiros dos itens pode ser tão incerta que não é apropriado o seu reconhecimento nas demonstrações contábeis; por exemplo, embora muitas entidades gerem, internamente, ágio decorrente de expectativa de rentabilidade futura ao longo do tempo (goodwill), é usualmente difícil identificar ou mensurar esse ágio com confiabilidade. Em outros casos, entretanto, pode ser relevante reconhecer itens e divulgar o risco de erro envolvendo o seu reconhecimento e mensuração.

Primazia da Essência sobre a Forma Para que a informação represente adequadamente as transações e outros eventos que ela se propõe a representar, é necessário que essas transações e eventos sejam contabilizados e apresentados de acordo com a sua substância e realidade econômica, e não meramente sua forma legal. A essência das transações ou outros eventos nem sempre é consistente com o que aparenta ser com base na sua forma legal ou artificialmente produzida. Por exemplo, uma entidade pode vender um ativo a um terceiro de tal maneira que a documentação indique a transferência legal da propriedade a esse terceiro; entretanto, poderão existir acordos que assegurem que a entidade continuará a usufruir os futuros benefícios econômicos gerados pelo ativo e o recomprará depois de um certo tempo por um montante que se aproxima do valor original de venda acrescido de juros de mercado durante esse período. Em tais circunstâncias, reportar a venda não representaria adequadamente a transação formalizada.

Neutralidade Para ser confiável, a informação contida nas demonstrações contábeis deve ser neutra, isto é, imparcial. As demonstrações contábeis não são neutras se, pela escolha ou apresentação da informação, elas induzirem a tomada de decisão ou julgamento, visando atingir um resultado ou desfecho predeterminado.

Prudência Os preparadores de demonstrações contábeis se deparam com incertezas que inevitavelmente envolvem certos eventos e circunstâncias, tais como a possibilidade de recebimento de contas a receber de liquidação duvidosa, a vida útil provável das máquinas e equipamentos e o número de reclamações cobertas por garantias que possam ocorrer. Tais incertezas são reconhecidas pela divulgação da sua

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natureza e extensão e pelo exercício de prudência na preparação das demonstrações contábeis. Prudência consiste no emprego de um certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos ou receitas não sejam superestimados e que passivos ou despesas não sejam subestimados. Entretanto, o exercício da prudência não permite, por exemplo, a criação de reservas ocultas ou provisões excessivas, a subavaliação deliberada de ativos ou receitas, a superavaliação deliberada de passivos ou despesas, pois as demonstrações contábeis deixariam de ser neutras e, portanto, não seriam confiáveis.

Integridade Para ser confiável, a informação constante das demonstrações contábeis deve ser completa, dentro dos limites de materialidade e custo. Uma omissão pode tornar a informação falsa ou distorcida e, portanto, não-confiável e deficiente em termos de sua relevância.

Comparabilidade Os usuários devem poder comparar as demonstrações contábeis de uma entidade ao longo do tempo, a fim de identificar tendências na sua posição patrimonial e financeira e no seu desempenho. Os usuários devem também ser capazes de comparar as demonstrações contábeis de diferentes entidades a fim de avaliar, em termos relativos, a sua posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mutações na posição financeira. Conseqüentemente, a mensuração e apresentação dos efeitos financeiros de transações semelhantes e outros eventos devem ser feitas de modo consistente pela entidade, ao longo dos diversos períodos, e também por entidades diferentes.

Uma importante implicação da característica qualitativa da comparabilidade é que os usuários devem ser informados das práticas contábeis seguidas na elaboração das demonstrações contábeis, de quaisquer mudanças nessas práticas e também o efeito de tais mudanças. Os usuários precisam ter informações suficientes que lhes permitam identificar diferenças entre as práticas contábeis aplicadas a transações e eventos semelhantes, usadas pela mesma entidade de um período a outro e por diferentes entidades. A observância das normas, inclusive a divulgação das práticas contábeis utilizadas pela entidade, ajudam a atingir a comparabilidade.

A necessidade de comparabilidade não deve ser confundida com mera uniformidade e não se deve permitir que se torne um impedimento à introdução de normas contábeis aperfeiçoadas. Não é apropriado que uma entidade continue contabilizando da mesma maneira uma transação ou evento se a prática contábil adotada não está em conformidade com as características qualitativas de relevância e confiabilidade. Também é inapropriado manter práticas contábeis quando existem alternativas mais relevantes e confiáveis.

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Tendo em vista que os usuários desejam comparar a posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mutações na posição financeira ao longo do tempo, é importante que as demonstrações contábeis apresentem as correspondentes informações de períodos anteriores.

Limitações na Relevância e na Confiabilidade das Informações

Tempestividade Quando há demora indevida na divulgação de uma informação, é possível que ela perca a relevância. A Administração da entidade necessita ponderar os méritos relativos entre a tempestividade da divulgação e a confiabilidade da informação fornecida. Para fornecer uma informação na época oportuna pode ser necessário divulgá-la antes que todos os aspectos de uma transação ou evento sejam conhecidos, prejudicando assim a sua confiabilidade. Por outro lado, se para divulgar a informação a entidade aguardar até que todos os aspectos se tornem conhecidos, a informação pode ser altamente confiável, porém de pouca utilidade para os usuários que tenham tido necessidade de tomar decisões nesse ínterim. Para atingir o adequado equilíbrio entre a relevância e a confiabilidade, o princípio básico consiste em identificar qual a melhor forma para satisfazer as necessidades do processo de decisão econômica dos usuários.

Equilíbrio entre Custo e Benefício O equilíbrio entre o custo e o benefício é uma limitação de ordem prática, ao invés de uma característica qualitativa. Os benefícios decorrentes da informação devem exceder o custo de produzi-la. A avaliação dos custos e benefícios é, entretanto, em essência, um exercício de julgamento. Além disso, os custos não recaem, necessariamente, sobre aqueles usuários que usufruem os benefícios. Os benefícios podem também ser aproveitados por outros usuários, além daqueles para os quais as informações foram preparadas; por exemplo, o fornecimento de maiores informações aos credores por empréstimos pode reduzir os custos financeiros da entidade. Por essas razões, é difícil aplicar o teste de custo-benefício em qualquer caso específico. Não obstante, os órgãos normativos em especial, assim como os elaboradores e usuários das demonstrações contábeis, devem estar conscientes dessa limitação.

Equilíbrio entre Características Qualitativas Na prática, é freqüentemente necessário um balanceamento entre as características qualitativas. Geralmente, o objetivo é atingir um equilíbrio apropriado entre as características, a fim de satisfazer aos objetivos das demonstrações contábeis. A importância relativa das características em diferentes casos é uma questão de julgamento profissional. GABARITO: C

59 Para os usuários da informação contábil, é dispensável que as demonstrações contábeis apresentem as correspondentes informações de períodos anteriores, pois seu interesse é em informações futuras.

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Resolução

Usuários e suas necessidades de informação Entre os usuários das demonstrações contábeis incluem-se investidores atuais e potenciais, empregados, credores por empréstimos, fornecedores e outros credores comerciais, clientes, governos e suas agências e o público. Eles usam as demonstrações contábeis para satisfazer algumas das suas diversas necessidades de informação. Essas necessidades incluem:

Investidores. Os provedores de capital de risco e seus analistas que se preocupam com o risco inerente ao investimento e o retorno que ele produz. Eles necessitam de informações para ajudá-los a decidir se devem comprar, manter ou vender investimentos. Os acionistas também estão interessados em informações que os habilitem a avaliar se a entidade tem capacidade de pagar dividendos.

Empregados. Os empregados e seus representantes estão interessados em informações sobre a estabilidade e a lucratividade de seus empregadores. Também se interessam por informações que lhes permitam avaliar a capacidade que tem a entidade de prover sua remuneração, seus benefícios de aposentadoria e suas oportunidades de emprego.

Credores por empréstimos. Estes estão interessados em informações que lhes permitam determinar a capacidade da entidade em pagar seus empréstimos e os correspondentes juros no vencimento.

Fornecedores e outros credores comerciais. Os fornecedores e outros credores estão interessados em informações que lhes permitam avaliar se as importâncias que lhes são devidas serão pagas nos respectivos vencimentos. Os credores comerciais provavelmente estão interessados em uma entidade por um período menor do que os credores por empréstimos, a não ser que dependam da continuidade da entidade como um cliente importante.

Clientes. Os clientes têm interesse em informações sobre a continuidade operacional da entidade, especialmente quando têm um relacionamento a longo prazo com ela, ou dela dependem como fornecedor importante.

Governo e suas agências. Os governos e suas agências estão interessados na destinação de recursos e, portanto, nas atividades das entidades. Necessitam também de informações a fim de regulamentar as atividades das entidades, estabelecer políticas fiscais e servir de base para determinar a renda

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nacional e estatísticas semelhantes.

Público. As entidades afetam o público de diversas maneiras. Elas podem, por exemplo, fazer contribuição substancial à economia local de vários modos, inclusive empregando pessoas e utilizando fornecedores locais. As demonstrações contábeis podem ajudar o público fornecendo informações sobre a evolução do desempenho da entidade e os desenvolvimentos recentes.

Embora nem todas as necessidades de informações desses usuários possam ser satisfeitas pelas demonstrações contábeis, há necessidades que são comuns a todos os usuários.

Como os investidores contribuem com o capital de risco para a entidade, o fornecimento de demonstrações contábeis que atendam às suas necessidades também atenderá à maior parte das necessidades de informação de outros usuários.

A Administração da entidade tem a responsabilidade primária pela preparação e apresentação das suas demonstrações contábeis. A Administração também está interessada nas informações contidas nas demonstrações contábeis, embora tenha acesso a informações adicionais que contribuem para o desempenho das suas responsabilidades de planejamento, tomada de decisões e controle. A Administração tem o poder de estabelecer a forma e o conteúdo de tais informações adicionais a fim de atender às suas próprias necessidades. A forma de divulgação de tais informações, entretanto, está fora do alcance desta Estrutura Conceitual. Não obstante, as demonstrações contábeis divulgadas são baseadas em informações utilizadas pela Administração sobre a posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mutações na posição financeira da entidade.

Portanto, para os usuários da informação contábil, é dispensável que as demonstrações contábeis apresentem as correspondentes informações de períodos anteriores, pois seu interesse é em informações futuras. GABARITO: C

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Memorize para a prova: Vamos relembrar todos os Princípios Fundamentais da Contabilidade (PFC)?

ECOPARC (para memorização)

Principais conceitos relacionados aos princípios: 1. Princípio da Entidade: - Autonomia do patrimônio: o patrimônio de uma Entidade jamais pode confundir-se com aqueles de seus sócios.

- O patrimônio pertence à Entidade, mas a recíproca não é verdadeira.

- A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova Entidade, mas em uma unidade de natureza econômico-contábil.

2. Princípio da Continuidade: - A continuidade ou não da entidade, bem como sua vida definida ou provável, devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais qualitativas e quantitativas.

- A continuidade influencia o valor econômico dos ativos (bens e direitos) e, em muitos casos, o valor de vencimento dos passivos (obrigações), especialmente quando a extinção da ENTIDADE tem prazo determinado, previsto ou previsível.

- A observância do Princípio da Continuidade é indispensável à correta aplicação do Princípio da Competência, por efeito de se relacionar diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do resultado, e de se constituir dado importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado.

3. Princípio da Oportunidade: - O registro do patrimônio e de suas mutações devem ser feitos de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram.

- Desde que tecnicamente estimável, o registro das variações patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de sua ocorrência.

Entidade Competência Oportunidade Prudência Atualização Monetária Registro pelo Valor Original Continuidade

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- O registro compreende os elementos quantitativos e qualitativos, contemplando os aspectos físicos e monetários.

- O Princípio da Oportunidade é a base indispensável à fidedignidade das informações sobre o patrimônio da Entidade, relativas a um determinado período e com o emprego de quaisquer procedimentos técnicos.

- O Princípio da Oportunidade abarca dois aspectos distintos, mas complementares: a integridade e a tempestividade, razão pela qual muitos autores preferem denominá-lo de Princípio da UNIVERSALIDADE.

4. Princípio do Registro pelo Valor Original: - Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações com o mundo exterior. No caso de doação, o valor a ser registrado será o valor de mercado.

- Uma vez integrado no patrimônio, o bem, direito ou obrigação não poderão ter alterados seus valores intrínsecos, admitindo-se, tão-somente, sua decomposição em elementos e/ou sua agregação, parcial ou integral, a outros elementos patrimoniais.

- Os Princípios da Atualização Monetária e do Registro pelo Valor Original são compatíveis entre si e complementares, dado que o primeiro apenas atualiza o valor de entrada.

- O uso da moeda do País na tradução do valor dos componentes patrimoniais constitui imperativo de homogeneização quantitativa dos mesmos.

5. Princípio da Atualização Monetária (extinto pela Lei no 9.249/95): - Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis.

- A moeda não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo.

- A atualização monetária não representa nova avaliação.

6. Princípio da Competência: - As receitas e despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independente de recebimento ou pagamento.

- A competência é o princípio que estabelece quando um determinado componente deixa de integrar o patrimônio, para transformar-se em elemento modificador do Patrimônio Líquido.

- O Princípio da Competência determina quando as alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento ou diminuição no patrimônio líquido,

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estabelecendo diretrizes para classificação das mutações patrimoniais, resultantes da observância do Princípio da Oportunidade.

- Pertencem ao exercício as despesas incorridas, ainda que não pagas, e as receitas realizadas (ganhas), ainda que não recebidas. Não pertencem ao exercício as despesas pagas, se não forem incorridas, e nem a receitas recebidas, se não forem realizadas.

- O que interessa para se apropriar as receitas e despesas ao exercício é que o seu fato gerador tenha ocorrido no exercício. Não importa se houve recebimento ou pagamento.

- Observa-se que o Princípio da Competência não está relacionado com recebimentos ou pagamentos, mas com o reconhecimento das receitas geradas e das despesas incorridas no período.

- Consideram-se incorridas as despesas: - quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade para terceiro.

- pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo.

- pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo.

- As receitas consideram-se realizadas: - nas transações com terceiros, quando estes efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade de bens anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela fruição de serviços por esta prestados.

- quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o desaparecimento concomitante de um ativo de valor igual ou maior.

- pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros.

- no recebimento efetivo de doações e subvenções.

7. Princípio da Prudência: - Sempre que se apresentarem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido, deve-se adotar o menor valor para os componentes do Ativo e o maior para os componentes do Passivo.

- A aplicação do Princípio da Prudência – de forma a obter-se o menor Patrimônio Líquido, dentre aqueles possíveis diante de procedimentos

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alternativos de avaliação – está restrita às variações patrimoniais posteriores às transações originais com o mundo exterior, uma vez que estas deverão decorrer de consenso com os agentes econômicos externos ou da imposição destes. Esta é a razão pela qual a aplicação do Princípio da Prudência ocorrerá concomitantemente com a do Princípio da Competência.

- Havendo formas alternativas de se calcularem os novos valores, deve-se optar sempre pelo que for menor do que o inicial, no caso de ativos, e maior, no caso de componentes patrimoniais integrantes do passivo.

- O Princípio da PRUDÊNCIA impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio líquido, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais de Contabilidade Outras informações importantes para a prova:

Usuários: - Investidores; - Empregados; - Credores por Empréstimo; - Fornecedores e outros credores comerciais; - Clientes; - Governo e suas agências; - Público.

Investidores. Os provedores de capital de risco e seus analistas que se preocupam com o risco inerente ao investimento e o retorno que ele produz. Eles necessitam de informações para ajudá-los a decidir se devem comprar, manter ou vender investimentos. Os acionistas também estão interessados em informações que os habilitem a avaliar se a entidade tem capacidade de pagar dividendos.

Empregados. Os empregados e seus representantes estão interessados em informações sobre a estabilidade e a lucratividade de seus empregadores. Também se interessam por informações que lhes permitam avaliar a capacidade que tem a entidade de prover sua remuneração, seus benefícios de aposentadoria e suas oportunidades de emprego.

Credores por empréstimos. Estes estão interessados em informações que lhes permitam determinar a capacidade da entidade em pagar seus empréstimos e os correspondentes juros no vencimento.

Fornecedores e outros credores comerciais. Os fornecedores e outros credores estão interessados em informações que lhes permitam avaliar se as importâncias que lhes são devidas serão pagas nos respectivos vencimentos. Os credores comerciais provavelmente estão interessados em uma entidade por um período menor do que os credores por empréstimos, a não ser que dependam da continuidade da entidade como um cliente

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importante.

Clientes. Os clientes têm interesse em informações sobre a continuidade operacional da entidade, especialmente quando têm um relacionamento a longo prazo com ela, ou dela dependem como fornecedor importante.

Governo e suas agências. Os governos e suas agências estão interessados na destinação de recursos e, portanto, nas atividades das entidades. Necessitam também de informações a fim de regulamentar as atividades das entidades, estabelecer políticas fiscais e servir de base para determinar a renda nacional e estatísticas semelhantes.

Público. As entidades afetam o público de diversas maneiras. Elas podem, por exemplo, fazer contribuição substancial à economia local de vários modos, inclusive empregando pessoas e utilizando fornecedores locais. As demonstrações contábeis podem ajudar o público fornecendo informações sobre a evolução do desempenho da entidade e os desenvolvimentos recentes.

Patrimônio

Bens (corpóreos e incorpóreos) Direitos avaliados monetariamente Obrigações

Bens (B) + Direitos (D) = Ativo = Patrimônio Bruto (PB) Obrigações (O) = Passivo Exigível (PE) B + D – O = Ativo – Passivo Exigível = Situação Líquida (SL) B + D = O + PL (Equação Fundamental)

Patrimônio Ativo Passivo

Bens Obrigações ou Débitos (PE) Direitos ou Créditos Patrimônio Líquido (PL)

PL = B + D – O

Situações Patrimoniais: A > P ��� SL positiva (Patrimônio Líquido) A = P ��� SL igual a zero (SL nula, inexistente ou compensada) A < P ��� SL negativa (Passivo a Descoberto) A = PL ��� Passivo Exigível (PE) igual a zero

Origens e Aplicações de Recursos:

Origens: Passivo

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Recursos próprios ��� PL (capital, lucros etc) Recursos de terceiros ��� PE (empréstimos, financiamentos etc)

Aplicações: Ativo

Os conceitos abaixo serão vistos em aulas posteriores, mas já vale uma introdução:

Conta: elemento que representa um componente patrimonial (bens, direitos, obrigações ou patrimônio líquido) ou um componente de resultado (despesa ou receita).

Despesas e Receitas: Fatos que alteram o total do PL, segundo o regime de competência: Receitas: aumentam o PL Despesas: diminuem o PL

Obs: há fatos que afetam o total do PL, sem serem receitas ou despesas: constituição de reservas de capital, distribuição de dividendos e integralizações de capital social.

Conceitos de Capital: Capital de Giro = Ativo Circulante Capital Social = Capital Subscrito Capital Fixo = Ativo Não Circulante Imobilizado Capital Alheio = Capital de Terceiros = Passivo Circulante + Passivo Não Circulante (subgrupo longo prazo) Capital Autorizado = Capital máximo autorizado no estatuto ou contrato social Capital a Subscrever = Capital autorizado não subscrito Capital a Realizar = Capital subscrito ainda não integralizado Capital Investido = Ativo Total Capital Integralizado = Capital Subscrito e integralizado = Capital Subscrito – Capital a Integralizar Capital Próprio = Patrimônio Líquido

Bom, espero que tenha gostado da primeira aula.

Até a próxima aula,

Bons estudos,

Moraes Junior [email protected]

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Lista de Questões Comentadas na Aula

(Analista Administrativo-Ciências Contábeis-Antaq-2009-Cespe) 1 As obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial, existentes à época do balanço, deverão ser mantidas pelo seu valor em moeda nacional à época da contratação da operação ou da última avaliação, se tiver havido valorização cambial no período, em consonância com o princípio da prudência.

2 As ações ordinárias das companhias fechadas poderão ser de diferentes classes, tendo como critérios a prioridade na distribuição de dividendos, a exigência de dispersão da propriedade e o direito de voto em separado para determinadas decisões.

3 A operação de reembolso das ações poderá ser efetuada diretamente, mediante redução do capital, ou à conta de lucros ou reservas — exceto a legal —, caso em que as ações ficarão em tesouraria, para recolocação, no prazo máximo de 120 dias.

4 O aumento de capital nas companhias, com aproveitamento de lucros ou reservas, poderá ocorrer sem aumento do número de ações, com distribuição de ações novas ou com alteração do valor nominal das ações.

(Analista Judiciário-Contabilidade–TRT 17R-2009–Cespe) 5 De acordo com os princípios fundamentais da contabilidade, um bem adquirido por meio de contrato de alienação fiduciária deve ser registrado no ativo da entidade alienante ou devedora.

6 Créditos de funcionamento e créditos de financiamento são contas a receber distintas, porque os créditos de funcionamento referem-se a valores decorrentes de atividades normais da empresa e os créditos de financiamento consistem em valores de operações estranhas às atividades da empresa.

7 Quando, na equação patrimonial de uma entidade, o ativo total, somado à situação líquida, é igual ao passivo total, a situação financeira da entidade pode ser considerada bastante confortável.

(Analista de Saneamento- Ciências Contábeis-Embasa-2009-Cespe) Acerca dos conceitos de manutenção do capital e determinação do lucro, contemplados no Pronunciamento Técnico CPC 00, julgue os itens a seguir.

8 O conceito de manutenção do capital está relacionado à forma como a entidade define o capital que ela procura manter, representando um elo entre os conceitos de capital e os conceitos de lucro.

9 O conceito financeiro de manutenção de capital requer a adoção do custo corrente como base de avaliação.

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Quanto ao conceito e objetivo da contabilidade, julgue os itens a seguir.

10 A contabilidade é considerada uma ciência porque possui objeto próprio, o patrimônio das entidades.

11 O principal objetivo da contabilidade é fornecer informações úteis para auxiliar o processo decisório dos usuários.

Com relação aos princípios fundamentais de contabilidade estabelecidos pelo CFC, julgue os seguintes itens.

12 O regime de caixa é de uso obrigatório no processo de escrituração contábil.

13 O princípio da competência significa que os fatos devem ser reconhecidos no patrimônio, isto é, registrados contabilmente independentemente do recebimento ou pagamento.

14 Em observância ao princípio da continuidade, o patrimônio dos sócios ou proprietários não deve confundir-se com o da sociedade ou instituição.

15 O princípio do registro pelo valor original estabelece que os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos valores originais das transações com o mundo exterior.

O patrimônio, sob o ponto de vista contábil, é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculadas a qualquer pessoa, física ou jurídica. Com relação ao patrimônio das entidades, julgue os itens que se seguem.

16 O conjunto de bens e direitos constitui a parte positiva do patrimônio e, por isso, é denominado patrimônio líquido.

17 O ativo é constituído pelas obrigações, enquanto o patrimônio líquido resulta das receitas e despesas da entidade.

(Assistente de Saneamento-Técnico Contábil-Embasa-2009-Cespe) Acerca da equação fundamental do patrimônio, julgue os itens seguintes.

18 O ativo corresponde à soma do passivo e do patrimônio líquido.

19 Salários a pagar, fornecedores e ferramentas são componentes do ativo.

Julgue os itens a seguir quanto ao objeto e à finalidade da contabilidade.

20 O objeto da contabilidade é o patrimônio das entidades.

21 A principal finalidade da contabilidade é prover informações para auxiliar a tomada de decisões.

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Com relação aos componentes patrimoniais classificados no ativo, passivo e patrimônio líquido, julgue os seguintes itens.

22 A conta mercadorias é considerada um bem do ativo circulante.

23 Se o passivo e o patrimônio líquido de uma empresa totalizarem R$ 40.000,00 e R$ 50.000,00, respectivamente, o valor total do ativo será de R$ 90.000,00.

24 Quando o valor do passivo é maior que o do ativo, ocorre a situação de passivo a descoberto.

25 Se, em determinado patrimônio, os bens somam R$ 300,00, as obrigações, R$ 500,00 e os direitos, R$ 400,00, então o valor do patrimônio líquido é de R$ 200,00.

26 Quando o dinheiro disponível em caixa for R$ 100,00; o custo dos utensílios for R$ 200,00; as contas a pagar forem R$ 300,00; o custo dos veículos for R$ 120,00 e a depreciação acumulada for R$ 30,00, o valor total do ativo será R$ 390,00.

27 A conta ICMS a recuperar é uma obrigação da empresa junto ao fisco estadual.

A respeito dos nomes utilizados para representarem os elementos patrimoniais e as mutações sofridas pelo patrimônio, julgue os próximos itens.

28 A conta caixa representa um bem patrimonial e não um direito.

29 A conta bancos conta movimento representa um direito da empresa junto ao banco depositário dos recursos financeiros disponíveis em conta-corrente.

30 A conta adiantamentos a clientes é considerada uma conta do passivo porque representa adiantamentos dos clientes à empresa.

Julgue os itens seguintes, acerca das contas patrimoniais e das contas de resultados.

31 As contas de receitas são consideradas contas de resultado.

32 A conta capital social é uma conta patrimonial.

33 Ao final de cada período de apuração, as contas de resultado devem permanecer com saldos para serem adicionados à movimentação dos períodos seguintes, isto é, o saldo final de um período é o saldo inicial do outro.

34 A conta duplicatas descontadas é retificadora da conta duplicatas a pagar.

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35 A conta ações em tesouraria é uma conta do ativo, sendo considerada uma conta patrimonial.

(Auditor-FUB-2009-Cespe) Com referência aos princípios fundamentais da contabilidade, julgue os itens a seguir.

36 De acordo com o princípio da prudência, quando se apresentarem duas opções igualmente aceitáveis, a escolha deverá recair sobre a opção de maior valor para os componentes de ativo.

37 Em obediência aos princípios fundamentais de contabilidade, as doações devem ser registradas pelo valor efetivo da coisa recebida, no momento do recebimento e segundo o seu valor de mercado.

A avaliação, o registro e o controle do patrimônio podem ser considerados os objetivos mais importantes da contabilidade geral. Com relação a esse assunto, julgue os itens seguintes.

38 As funções da contabilidade incluem a orientação dos usuários, assim entendida a prestação de informações úteis que possam evidenciar as mutações patrimoniais, tanto qualitativas quanto quantitativas.

39 Na equação fundamental do patrimônio, o capital à disposição da empresa corresponde aos recursos aplicados na entidade por seus sócios, somados aos lucros obtidos com as operações.

(Técnico de Atividades do Meio Ambiente-Ténico em Contabilidade-IBAM-2009-Cespe) Com relação aos conceitos básicos de contabilidade como ciência, julgue os seguintes itens.

40 A contabilidade tem como objeto o patrimônio e como um de seus objetivos prover seus usuários de informações úteis para a tomada de decisão.

41 A contabilidade busca entender as mutações sofridas pelo patrimônio, tendo como alvo, entre outras, uma visão prospectiva de possíveis variações. As mutações tanto podem decorrer da ação do homem como da natureza.

O patrimônio é conhecido dentro do cenário contábil como o objeto da contabilidade. Ele é um dos temas mais discutidos e estudados na atualidade, tendo em vista os diversos elementos que o compõem, que são da mais alta complexidade e dificuldade de avaliação através da mensuração monetária. Acerca desse tema, julgue os itens que se seguem.

42 De acordo com a equação fundamental do patrimônio — ativo – passivo = situação líquida —, sob o aspecto quantitativo do patrimônio de uma entidade, na maioria das vezes, o ativo — bens e direitos — suplanta o passivo —

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obrigações —, devido exclusivamente ao fato de o lucro superar o prejuízo por meio da apuração dos resultados conforme legislação vigente.

43 De acordo com os componentes patrimoniais da contabilidade, os bens são considerados coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas e suscetíveis de avaliação econômica, e podem ser divididos em bens materiais móveis e imóveis, e bens imateriais, que são determinados gastos que a empresa faz, os quais, por sua natureza, devem ser considerados como partes do patrimônio.

(Especialista em Regulação-Economia-Antaq-2009-Cespe) Entre as diversas definições oferecidas pela literatura, pode-se considerar que a contabilidade é uma ciência que mensura, registra e controla as variações da riqueza no tempo, quer de uma pessoa física, quer de uma empresa. Dessa forma, o seu objeto fundamental é o patrimônio.

Diviane Nagatsuka e Edberto Teles. Manual de contabilidade introdutória. São Paulo: Thomson, 2002 (com adaptações).

Tendo o texto acima como referência inicial, julgue os itens a seguir.

44 Uma entidade hipotética cujo patrimônio pertence a uma pessoa física, a sociedades informais e a uma sociedade ou instituição de qualquer natureza pode dispor livremente, nos limites estabelecidos em lei, desse patrimônio, o qual deve ser autônomo em relação aos demais patrimônios existentes nessa entidade.

(Contador-Município do Ipojuca-2009-Cespe) O patrimônio das entidades é o objeto próprio da contabilidade. Nesse sentido, julgue o item a seguir acerca dos objetivos e finalidades da contabilidade.

45 O objetivo científico da contabilidade manifesta-se na correta apresentação do patrimônio e na apreensão e análise das causas das suas mutações.

Do patrimônio deriva o conceito de patrimônio líquido, mediante a seguinte equação, básica na contabilidade. ativos (bens + direitos) - passivos (obrigações) = patrimônio líquido

Julgue os seguintes itens acerca dos critérios que precisam ser atendidos para que esses elementos patrimoniais possam ser reconhecidos no balanço patrimonial.

46 Ao avaliar se determinado item enquadra-se na definição de ativo, passivo ou patrimônio líquido, deve-se atentar para a sua essência e para a realidade econômica, não apenas para a sua forma legal.

47 O ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem ou não futuros benefícios econômicos para a entidade.

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48 Uma característica essencial para a existência de um passivo é que a entidade tenha uma obrigação presente.

(Técnico em Contabilidade-Ministério da Saúde-2009-Cespe) Julgue os itens a seguir conforme o disposto nos princípios fundamentais de contabilidade.

49 Segundo o princípio da entidade, a soma ou agregação de patrimônios autônomos resulta em uma nova entidade de natureza econômico-contábil.

50 A continuidade influencia o valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da entidade tem prazo determinado, previsto ou previsível.

Segundo o disposto no apêndice à resolução acerca dos princípios fundamentais de contabilidade, julgue os itens a seguir.

51 Pressupõe-se que o valor de troca, aquele decorrente da transação, configure o valor econômico dos ativos no momento de sua ocorrência.

52 Quando existem receitas e despesas pertencentes a um exercício anterior, que nele deixarem de ser consideradas por qualquer razão, os ajustes devem ser realizados no exercício subsequente.

53 As informações quantitativas que a contabilidade aplicada a uma entidade produz devem possibilitar ao usuário avaliar a situação e as tendências da entidade, com o menor grau de dificuldade possível.

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(Analista Judiciário-Contabilidade-TRE/BA-2009-Cespe)

Considere as representações patrimoniais, em forma de diagrama de barras, de quatro entidades contábeis hipotéticas — A, B, C e D — ilustradas acima, para o período de dois anos consecutivos. Com base nessas informações e em relação à situação líquida dessas entidades, julgue os itens abaixo.

54 Comparando o período, a situação líquida tornou-se desfavorável apenas para uma das entidades contábeis apresentadas.

55 A situação líquida de uma das entidades manteve-se inalterada no período, sendo correto afirmar que, nesse caso, não houve variação quantitativa no patrimônio dessa entidade.

56 Entre as entidades citadas, a entidade A, no ano 2, apresentou o maior percentual de capital de terceiros em relação aos recursos possuídos pela entidade, capazes de gerar benefícios econômicos futuros.

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(Técnico Judiciário-Contabilidade-TRE/BA-2009-Cespe) Julgue os seguintes itens tendo como referência as resoluções do Conselho Federal de Contabilidade.

57 Os objetivos das demonstrações contábeis incluem apresentar os resultados da atuação da administração na gestão da entidade.

58 De acordo com o atributo da integridade, para que seja confiável, a informação constante das demonstrações contábeis deve ser completa, dentro dos limites da materialidade e do custo.

59 Para os usuários da informação contábil, é dispensável que as demonstrações contábeis apresentem as correspondentes informações de períodos anteriores, pois seu interesse é em informações futuras.

GABARITO:

1 – E 26 – C 51 – C 2 – E 27 - E 52 – E 3 – C 28 – C 53 – C 4 – C 29 – C 54 – C 5 – C 30 – E 55 – E 6 – C 31 – C 56 – E 7 – E 32 – C 57 – C 8 – C 33 – E 58 – C 9 – E 34 – E 59 – C 10 – C 35 – E 11 – C 36 – E 12 – E 37 – C 13 – C 38 – C 14 – E 39 – E 15 – C 40 – C 16 – E 41 – C 17 – E 42 – E 18 – C 43 – C 19 – E 44 – C 20 – C 45 – C 21 – C 46 – C 22 – C 47 – E 23 – C 48 – C 24 – C 49 – E 25 – C 50 – C

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Bibliografia

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