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Acesse www.baixarveloz.net Contabilidade Geral para Agente de Polícia Federal Teoria e exercícios comentados Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa Aula 04 Prof. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa www.estrategiaconcursos.com.br 1 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO/ TÓPICOS DA AULA DE HOJE .................................................................... 2 9 BALANÇO PATRIMONIAL: CONCEITOS, OBJETIVO, COMPOSIÇÃO. 11 LEI Nº 6.404/1976: ALTERAÇÕES POSTERIORES, LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR E PRONUNCIAMENTOS DO COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC). ....................................................................... 4 EXERCÍCIO SOCIAL E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ....................................................... 4 EXERCÍCIO SOCIAL ......................................................................................................... 4 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ...................................................................................... 5 DISPOSIÇÕES GERAIS ..................................................................................................... 5 ESCRITURAÇÃO .............................................................................................................. 7 BALANÇO PATRIMONIAL .................................................................................................. 9 GRUPO DE CONTAS ......................................................................................................... 9 ATIVO .......................................................................................................................... 10 ATIVO CIRCULANTE ....................................................................................................... 11 ATIVO NÃO CIRCULANTE................................................................................................ 12 ATIVO NÃO CIRCULANTE REALIZÁVEL A LONGO PRAZO .................................................. 12 ATIVO NÃO CIRCULANTE - INVESTIMENTOS ..................................................................... 13 ATIVO NÃO CIRCULANTE IMOBILIZADO ........................................................................... 13 ATIVO NÃO CIRCULANTE - INTANGÍVEL ........................................................................... 14 CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O CICLO OPERACIONAL ................................................ 16 PASSIVO CIRCULANTE E PASSIVO NÃO CIRCULANTE ........................................................ 18 RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS E RECEITAS DIFERIDAS ......................................... 18 PATRIMÔNIO LÍQUIDO ................................................................................................... 18 CONCEITO E ESTRUTURA ............................................................................................... 18 CAPITAL SOCIAL ........................................................................................................... 19 GASTOS NA EMISSÃO DE AÇÕES .................................................................................... 20 RESERVAS DE CAPITAL .................................................................................................. 20 AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL ............................................................................. 21 AÇÕES EM TESOURARIA ................................................................................................ 22 RESERVAS DE LUCROS .................................................................................................. 23 RESERVA LEGAL............................................................................................................ 24 RESERVAS ESTATUTÁRIAS ............................................................................................. 24 RESERVA DE CONTINGÊNCIAS........................................................................................ 25 RESERVA DE INCENTIVOS FISCAIS ................................................................................. 28 RESERVA DE LUCROS A REALIZAR .................................................................................. 29 RESERVA ESPECIAL PARA DIVIDENDOS OBRIGATÓRIOS NÃO DISTRIBUÍDOS ...................... 32 LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS ............................................................................ 34 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO ............................................................................. 35 ATIVOS DECORRENTES DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS...................................................... 36 ESTOQUES ................................................................................................................... 40 INVESTIMENTOS ........................................................................................................... 41 ATIVO IMOBILIZADO ..................................................................................................... 43 CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO ........................................................... 47 DEPRECIAÇÃO .............................................................................................................. 47 REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS ............................................................... 48 AMORTIZAÇÃO ............................................................................................................. 51 EXAUSTÃO ................................................................................................................... 54 AULA 04: 9 BALANÇO PATRIMONIAL: CONCEITOS, OBJETIVO, COMPOSIÇÃO. 11 LEI Nº 6.404/1976: ALTERAÇÕES POSTERIORES, LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR E PRONUNCIAMENTOS DO COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC).

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SUMÁRIO APRESENTAÇÃO/ TÓPICOS DA AULA DE HOJE .................................................................... 2

9 BALANÇO PATRIMONIAL: CONCEITOS, OBJETIVO, COMPOSIÇÃO. 11 LEI Nº 6.404/1976:

ALTERAÇÕES POSTERIORES, LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR E PRONUNCIAMENTOS DO COMITÊ

DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC). ....................................................................... 4

EXERCÍCIO SOCIAL E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ....................................................... 4

EXERCÍCIO SOCIAL ......................................................................................................... 4

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ...................................................................................... 5

DISPOSIÇÕES GERAIS ..................................................................................................... 5

ESCRITURAÇÃO .............................................................................................................. 7

BALANÇO PATRIMONIAL .................................................................................................. 9

GRUPO DE CONTAS ......................................................................................................... 9

ATIVO .......................................................................................................................... 10

ATIVO CIRCULANTE ....................................................................................................... 11

ATIVO NÃO CIRCULANTE................................................................................................ 12

ATIVO NÃO CIRCULANTE – REALIZÁVEL A LONGO PRAZO .................................................. 12

ATIVO NÃO CIRCULANTE - INVESTIMENTOS ..................................................................... 13

ATIVO NÃO CIRCULANTE IMOBILIZADO ........................................................................... 13

ATIVO NÃO CIRCULANTE - INTANGÍVEL ........................................................................... 14

CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O CICLO OPERACIONAL ................................................ 16

PASSIVO CIRCULANTE E PASSIVO NÃO CIRCULANTE ........................................................ 18

RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS E RECEITAS DIFERIDAS ......................................... 18

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ................................................................................................... 18

CONCEITO E ESTRUTURA ............................................................................................... 18

CAPITAL SOCIAL ........................................................................................................... 19

GASTOS NA EMISSÃO DE AÇÕES .................................................................................... 20

RESERVAS DE CAPITAL .................................................................................................. 20

AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL ............................................................................. 21

AÇÕES EM TESOURARIA ................................................................................................ 22

RESERVAS DE LUCROS .................................................................................................. 23

RESERVA LEGAL ............................................................................................................ 24

RESERVAS ESTATUTÁRIAS ............................................................................................. 24

RESERVA DE CONTINGÊNCIAS........................................................................................ 25

RESERVA DE INCENTIVOS FISCAIS ................................................................................. 28

RESERVA DE LUCROS A REALIZAR .................................................................................. 29

RESERVA ESPECIAL PARA DIVIDENDOS OBRIGATÓRIOS NÃO DISTRIBUÍDOS ...................... 32

LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS ............................................................................ 34

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO ............................................................................. 35

ATIVOS DECORRENTES DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS ...................................................... 36

ESTOQUES ................................................................................................................... 40

INVESTIMENTOS ........................................................................................................... 41

ATIVO IMOBILIZADO ..................................................................................................... 43

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO ........................................................... 47

DEPRECIAÇÃO .............................................................................................................. 47

REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS ............................................................... 48

AMORTIZAÇÃO ............................................................................................................. 51

EXAUSTÃO ................................................................................................................... 54

AULA 04: 9 BALANÇO PATRIMONIAL: CONCEITOS, OBJETIVO,

COMPOSIÇÃO. 11 LEI Nº 6.404/1976: ALTERAÇÕES POSTERIORES, LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR E PRONUNCIAMENTOS DO COMITÊ DE

PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC).

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INTANGÍVEL ................................................................................................................. 54

ATIVO NÃO CIRCULANTE................................................................................................ 56

ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO. .............................................................................. 56

AJUSTE A VALOR PRESENTE ........................................................................................... 57

ATIVO PERMANENTE DIFERIDO ....................................................................................... 60

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO PASSIVO .......................................................................... 61

QUESTÕES COMENTADAS .............................................................................................. 63

QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ............................................................................ 86

GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ..................................................... 93

APRESENTAÇÃO/ TÓPICOS DA AULA DE HOJE

Olá, meus amigos. Como estão?!

A aula de hoje será certamente a mais extensa do curso. Para ajudá-los,

faremos aqui uma aula 3 em 1. Nela, trataremos do BALANÇO, da LEI 6.404/76 e dos PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. A um só tempo! Vejam

que maravilha.

No transcurso da aula, os seguintes assuntos serão vistos.

- AULA 04 – DISPONÍVEL EM 05/04/2012 - 9 Balanço patrimonial: conceitos, objetivo, composição. 11 Lei nº 6.404/1976: alterações posteriores,

legislação complementar e pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos

Contábeis (CPC).

Lembre-se de que, embora a aula seja a 04, os assuntos tratados serão os da

aula 05, posto que adiantamos um encontro.

No edital, ao término da disciplina de hoje, já teremos visto o seguinte:

NOÇÕES DE CONTABILIDADE GERAL: 1 Conceitos, objetivos e finalidades da contabilidade. 2 Patrimônio: componentes, equação fundamental do patrimônio, situação líquida, representação gráfica. 3

Atos e fatos administrativos: conceitos, fatos permutativos, modificativos e mistos. 4 Contas: conceitos, contas de débitos, contas

de créditos e saldos. 5 Plano de contas: conceitos, elenco de contas,

função e funcionamento das contas. 6 Escrituração: conceitos, lançamentos contábeis, elementos essenciais, fórmulas de

lançamentos, livros de escrituração, métodos e processos, regime de competência e regime de caixa. 7 Contabilização de operações

contábeis diversas: juros, descontos, tributos, aluguéis, variação monetária/ cambial, folha de pagamento, compras, vendas e provisões,

depreciações e baixa de bens. 8 Balancete de verificação: conceitos, modelos e técnicas de elaboração. 9 Balanço patrimonial: conceitos,

objetivo, composição. 10 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO DE EXERCÍCIO: CONCEITO, OBJETIVO, COMPOSIÇÃO. 11 Lei nº

6.404/1976: alterações posteriores, legislação complementar e

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pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). 12

Princípios fundamentais de contabilidade (aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade, por meio das Resoluções do CFC nº

1282/2010 e nº 750/1993 e alterações).

Vejam que falta apenas um tópico para fecharmos todo o edital e garantir

aqueles bons pontos a mais na prova, à frente da concorrência.

Nossos e-mails, para dúvidas, são:

[email protected] [email protected]

Quaisquer dúvidas, por favor, enviem aos dois e-mails, para que ambos

possamos ter ciência do que está se passando no curso.

Tá ok?! É isso! Vamos começar a nossa batalha?!

Forte abraço!

Gabriel Rabelo/Luciano Rosa.

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9 BALANÇO PATRIMONIAL: CONCEITOS, OBJETIVO, COMPOSIÇÃO. 11 LEI Nº 6.404/1976: ALTERAÇÕES POSTERIORES, LEGISLAÇÃO

COMPLEMENTAR E PRONUNCIAMENTOS DO COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS (CPC).

Nesta aula, meus amigos, faremos o seguinte:

- Passaremos os tópicos principais da Lei 6.404/76 sobre as demonstrações

financeiras, pontos estes que precisam ser entendidos para que possamos estudar melhor o balanço patrimonial e a demonstração do resultado do

exercício (que é o assunto da próxima aula);

- Estudaremos os principais pontos do balanço patrimonial, através de exemplos teóricos e, também, através da Lei 6.404/76;

- Elucidaremos todos os pontos dos Pronunciamentos Contábeis que precisam ser entendidos para a prova, uma vez que (e isso já foi falado aqui) vocês não

DEVEM estudar os CPCs por conta própria, pois, a nosso ver, se o seu discernimento na ciência contábil não for excelente, a esta altura do

campeonato, pode ser suicídio.

OBSERVAÇÃO: ESTA AULA NÃO ESGOTA OS TEMAS TRATADOS NOS PRONUNCIAMENTOS DO COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. APENAS RETIRAMOS O TEOR DAQUILO QUE JULGAMOS, DENTRO DE

NOSSA EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL, SER MAIS IMPORTANTE PARA A

PROVA DE VOCÊS.

Vamos à batalha?!

EXERCÍCIO SOCIAL E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

EXERCÍCIO SOCIAL

Art. 175. O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada no estatuto.

Parágrafo único. Na constituição da companhia e nos casos de alteração

estatutária o exercício social poderá ter duração diversa.

O exercício social terá duração de 1 (um) ano e a data do término será fixada

no estatuto (LSA, art. 175). Na constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária o exercício social poderá ter duração diversa (LSA, art.

175, parágrafo único).

Ao término do exercício, as companhias devem fazer com que sejam publicadas

as suas demonstrações contábeis (as que citamos acima).

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Assim, se a companhia foi constituída regularmente e a data do término foi fixada em 31 de março, o exercício social terá a duração de 01 de abril a 31 de

março.

Imagine-se que esta mesma sociedade foi instituída em 01 de janeiro de X0. Vejam que a lei não determinou se o primeiro exercício social deverá durar

apenas 3 meses ou se, alternativamente, poderá durar pelo período de 15 meses.

Não há exigência, igualmente, de que o exercício social se inicie em 01 de

janeiro e termine em 31 de dezembro. Todavia, por questões fiscais, é muito difícil que na prática as sociedades adotem data diversa. Mas, repetimos, para

concursos, o exercício pode começar e terminar em qualquer dia do ano.

Cuidado, outrossim, com questões que dizem ser a duração do exercício social

de 12 meses. Juridicamente falando, 12 meses e 1 ano são termos distintos. Prazos em anos devem ser contados em anos e prazos em meses devem ser

contados em meses.

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras,

que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:

I - balanço patrimonial;

II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; III - demonstração do resultado do exercício; e

IV – demonstração dos fluxos de caixa; e (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

§ 6o A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) não será obrigada à elaboração e

publicação da demonstração dos fluxos de caixa.

Pois bem. Desse excerto, muitas questões são cobradas em concursos. As

sociedades por ações podem ser do tipo aberta (quando comercializam títulos e valor mobiliários no mercado) e fechadas (quando não o fazem). As

demonstrações contábeis exigidas são diferentes conforme estejamos frente a um ou outro tipo societário.

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COMPANHIA

DEMONSTRAÇÃO CONTÁBIL ABERTA FECHADA

Balanço Patrimonial X X

Demonstração do Resultado do Exercício X X

Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados

X X

Demonstração dos Fluxos de Caixa X PL > 2 MI

Demonstração do Valor Adicionado X

Alguns aspectos merecem destaque.

1) Nas companhias abertas, a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados

pode estar contida dentro da DMPL.

2) A DMPL não consta como sendo obrigatória pela Lei 6.404/76. Todavia, o CPC 26 (Apresentação das demonstrações contábeis) arrolou esta

demonstração dentre aquelas que fazem parte do conjunto das demonstrações contábeis de uma entidade. Tal menção levou o FIPECAFI, no livro Manual de

Contabilidade Societária, a considerar que, a partir da edição do Pronunciamento Contábil, a DMPL passa a ser obrigatória a todos os tipos

societários. Não sabemos ainda como as bancas cobrarão este assunto.

3) A Demonstração de origens e aplicações de recursos, a DOAR, deixou de ser obrigatória com as modificações contábeis introduzidas pelas Leis 11.638 e

11.941. Isto não significa dizer que a demonstração foi extinta. Apenas passou a ser facultativa, tal como outras demonstrações, como, por exemplo, o balanço

social.

Pois bem, vejam que o balanço patrimonial está arrolado como obrigatório,

quer seja a companhia aberta, quer seja fechada.

Segundo o artigo 176, parágrafo primeiro, as demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das

demonstrações do exercício anterior.

Assim, as demonstrações contábeis do exercício social de 2011 deverão demonstrar também os valores de 2010. Tudo isso para atender à finalidade

básica da contabilidade, que sabemos ser o fornecimento de informações aos diversos usuários e a fim de que se possa fazer a comparação do

desenvolvimento da entidade.

Art. 176. § 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a

indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior.

Ainda, de acordo com o artigo 176:

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Art. 176. § 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos poderão ser agregados, desde que indicada a

sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a utilização de designações genéricas, como "diversas

contas" ou "contas-correntes".

A finalidade de tal dispositivo é de facilitar o entendimento das demonstrações

contábeis, evitando que o excesso de detalhes prejudique o entendimento.

Deste modo, se temos as contas aplicação em certificado bancário e aplicação em fundo de renda fixa, podemos agrupar tudo em uma única conta chamada

aplicações financeiras.

Vejam que há também a exigência que não se ultrapasse 10% do valor do respectivo grupo. Portanto, se no exemplo, as aplicações somassem o valor de

R$ 10.000,00 e o ativo circulante montasse a R$ 50.000,00, não poderíamos

agrupar, pois houve quebra do limite estabelecido pela lei.

Ainda com fulcro no artigo 176, § 3º: As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da administração, no

pressuposto de sua aprovação pela assembléia-geral.

O que isso quer dizer?! O lucro ou prejuízo obtido no exercício pela entidade é apurado em uma demonstração conhecida como demonstração do resultado do

exercício (a ser estudada oportunamente).

Ocorre que os lucros obtidos precisam ser destinados e sua destinação é definida pelo órgão máximo deliberativo dentro da SA: a assembléia-geral.

Quem administra a sociedade, no seu cotidiano, são os administradores. Desta

forma, no término do exercício social, os administradores procedem à

destinação do lucro da forma que lhes aprouverem, pressupondo-se que a assembléia-geral (que só ocorre 4 meses após o término do exercício social) irá

ratificar a destinação.

As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis necessários para esclarecimento

da situação patrimonial e dos resultados do exercício (LSA, art. 176, parágrafo quarto).

ESCRITURAÇÃO

Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei (a própria

6.404) e aos princípios de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações

patrimoniais segundo o regime de competência.

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A escrituração funciona, grosso modo, mais ou menos da seguinte forma: Imagine-se que nós, Gabriel e Luciano, somos administradores da sociedade

KLS. Cada nota fiscal de compra de mercadoria, cada NF de venda, cada cheque emitido, cada compra de ativo imobilizado para a produção, tudo isso tem de

ser controlado. Pensem vocês se não houvesse um controle de todos os atos e fatos que ocorrem no âmbito de uma empresa. O que seria desta empresa?! O

que seria do mercado? E o que seria da economia nacional?

Pois bem, todos esses eventos devem ser contabilizados. Então, no período de competência, colheremos todos os documentos necessários e lançaremos nos

respectivos livros contábeis. A técnica utilizada para o registro dos fatos contábeis é chamada de ESCRITURAÇÃO. Anotem.

Então, em um primeiro momento, devemos escriturar, por meio de

lançamentos contábeis, todas as notas fiscais e documentos que comprovem

alteração no patrimônio da entidade.

As demonstrações financeiras do exercício em que houver modificação de métodos ou critérios contábeis, de efeitos relevantes, deverão indicá-la em nota

e ressaltar esses efeitos (LSA, art. 177, §1º).

Ainda segundo a Lei 6.404/76: a companhia observará exclusivamente em livros ou registros auxiliares, sem qualquer modificação da escrituração

mercantil e das demonstrações reguladas nesta Lei, as disposições da lei tributária, ou de legislação especial sobre a atividade que constitui seu objeto,

que prescrevam, conduzam ou incentivem a utilização de métodos ou critérios contábeis diferentes ou determinem registros, lançamentos ou ajustes ou a

elaboração de outras demonstrações financeiras (LSA, art. 177, §2º).

E o que quer dizer este artigo?! Se, hipoteticamente, ao apurar o Imposto de

Renda do exercício, a legislação do IR prescreva um método diferente que está previsto nos critérios contábeis, como a utilização de regime de caixa, em vez

de se utilizar do regime de competência, esta apuração tributária deverá ser feita em um livro auxiliar, sem que haja modificação da escrituração contábil

(que ordena a utilização do regime de competência).

Art. 176, § 3o As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda, as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão obrigatoriamente submetidas a auditoria por

auditores independentes nela registrados.

As demonstrações financeiras serão assinadas pelos administradores e por

contabilistas legalmente habilitados (LSA, art. 177, §4º). Vejam que este inciso estabelece que as demonstrações financeiras são assinadas por

CONTABILISTA legalmente habilitado (e não contador). A expressão

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contabilista abrange tanto o técnico em contabilidade, como o bacharel em

ciências contábeis.

Art. 176, § 5o As normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários a que se refere o § 3o deste artigo deverão ser elaboradas em consonância com os padrões internacionais de contabilidade adotados nos principais mercados de

valores mobiliários. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

Art. 176, § 6o As companhias fechadas poderão optar por observar as normas sobre demonstrações financeiras expedidas pela Comissão de Valores

Mobiliários para as companhias abertas. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

BALANÇO PATRIMONIAL

CONCEITO:

Balanço Patrimonial é a principal demonstração contábil e se destina a

evidenciar, seja de forma qualitativa, seja de forma quantitativa, a POSIÇÃO

PATRIMONIAL E FINANCEIRA DA ENTIDADE.

No balanço patrimonial, temos a apresentação dos bens, direitos e obrigações da empresa. Esta informação é ESTÁTICA, pois funciona tal qual uma

fotografia da entidade em determinado momento.

Apresentamos, a seguir, um pequeno e resumido modelo de balanço patrimonial:

Ativo Passivo

Circulante Circulante

Caixas e bancos 1.600,00 Contas a pagar 950,00

Mercadorias 1.250,00 Impostos a recolher 450,00

Créditos a receber 1.000,00 SUBTOTAL 1.400,00

SUBTOTAL 3.850,00 Patrimônio líquido

Não circulante Capital social 4.500,00

Instalações 2.000,00 (-) Prejuízos acumulados (450,00)

(-) Depreciação de inst. (400) SUBTOTAL 4.050,00

SUBTOTAL 1.600,00

TOTAL 5.450 TOTAL 5.450

GRUPO DE CONTAS

Começaremos a discorrer agora sobre os grupos patrimoniais. Deve-se ter em mente que são duas grandes classes de contas que se apresentam no balanço

patrimonial: O ATIVO E O PASSIVO.

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Quando apresentamos a equação fundamental da contabilidade (A = P + PL), falamos em ativo, passivo e patrimônio líquido, e não somente em ativo e

passivo. Ocorre que o PL trata-se das obrigações da sociedade com os sócios, por isso pertence à classe passivo.

Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a

análise da situação financeira da companhia.

Ainda, segundo o § 1º do artigo 178, no ativo, as contas serão dispostas em

ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

I – ativo circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo,

investimentos, imobilizado e intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

Já o parágrafo segundo dispõe que no passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:

I – passivo circulante; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

II – passivo não circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes

de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de

compensar serão classificados separadamente. Por exemplo. Sabe-se que o ICMS sobre os valores de compras de mercadorias dão direito a crédito para a

empresa, crédito este que fica representado em conta do ativo chamada ICMS a

recuperar.

Esse ICMS a recuperar servirá para a empresa “abater” parte do valor do ICMS incidente sobre as vendas. Deste modo, se temos um crédito de R$ 1.000,00 e

um ICMS sobre vendas de R$ 5.000,00, deveremos recolher ao Estado somente R$ 4.000,00. O saldo devedor (ativo) foi compensado com o saldo credor

(passivo).

Todavia, caso não haja direito a compensação, os valores são apresentados separadamente.

ATIVO

No ativo, as contas serão dispostas em ORDEM DECRESCENTE de grau de

liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

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I – ativo circulante; e II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo,

investimentos, imobilizado e intangível.

Assim, vejam que o ativo é disposto em ordem decrescente do grau de liquidez. A liquidez se refere à expectativa de conversão em dinheiro de um bem ou

direito.

Desta forma, começaremos a expor as conta no ativo pela maior conversibilidade em dinheiro, ou seja, pela conta caixa, que já representa o

próprio numerário. Em seguida, classificaremos a conta bancos, aplicações financeiras de liquidez imediata e assim por diante, até a conta terrenos ou

outra que tenha baixíssima liquidez.

Vejam que o ativo se divide em:

1) Ativo circulante; e

2) Ativo não circulante.

ATIVO CIRCULANTE

Segundo a Lei 6.404:

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do

exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do

exercício seguinte;

As disponibilidades são elementos que representam dinheiro ou nele possam

ser convertidos de forma imediata, como a conta caixa, bancos conta movimento.

Os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente podem ser

REAIS ou PESSOAIS. Os reais representam os bens (estoques de matérias-primas, produtos acabados, em elaboração). Os pessoais representam os

direitos (clientes, adiantamentos a fornecedores, ICMS e recuperar).

Essa realização dita pela lei se dá pelo consumo ou venda destes bens.

As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte (também chamadas despesas antecipadas) são despesas que foram pagas pela empresa

com antecedência.

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Por exemplo, se a sociedade ALFA paga uma despesa de seguro, em

01.12.2010, que se refere ao exercício de 2011, no valor de R$ 1.200,00, registrará o fato como despesa antecipada, do seguinte modo:

D – Seguros a vencer 1.200,00 (+ Ativo Circulante)

C – Caixa 1.200,00 (- Ativo Circulante)

Assim, já em 2011, mês a mês, no período a que se referir a parcela do seguro, iremos lançar:

D – Despesas de seguros 100,00 (- Resultado = Despesa)

C – Seguros a vencer 100,00 (- Ativo)

Mas por que, professor, lança como seguro a vencer e não como despesa?! Tudo em homenagem ao princípio da competência.

ATIVO NÃO CIRCULANTE

O ativo não circulante é composto por:

1 – ativo não circulante realizável a longo prazo; 2 – investimentos;

3 – imobilizado; 4 – intangível.

ATIVO NÃO CIRCULANTE – REALIZÁVEL A LONGO PRAZO

Segundo a Lei das Sociedades por Ações (6.404/76), o ativo não circulante realizável a longo prazo é composto por:

a) direitos realizáveis após o término do exercício seguinte; b) direitos realizáveis derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a

sociedades coligadas ou controladas, diretores (administradores em geral), acionistas (ou sócios), ou participantes no lucro da companhia, que não

constituírem negócios usuais na exploração do objeto (atividade) da companhia.

Como exemplo do item a.

O balanço é elaborado ao término do exercício social, vamos supor, 31.12.2010. O exercício social seguinte é 2011. Os direitos a receber em 2012

e exercícios posteriores são classificados no ANC – RLP. Esses direitos também podem ser reais (animais em criação ou bens que exijam longo período de

produção) ou pessoais (duplicatas a receber).

Quanto ao item b, deve-se ficar atento para que os três requisitos sejam

atendidos, a espécie do direito, a operação ser não usual e pessoa ligada

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(devedor). Caso não se perfaçam o crédito deve ser classificado conforme o

prazo.

CONDIÇÕES

DIREITO DERIVADO DE A NEGÓCIO

Venda Coligadas, controladas

NÃO USUAL Adiantamento Diretores, administradores, sócios

Empréstimo Acionistas ou participantes do lucro

ATIVO NÃO CIRCULANTE - INVESTIMENTOS

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que

não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa;

Portanto, neste subgrupo classificam-se as participações permanentes em

outras sociedades, isto é, aqueles investimentos em sociedades cujo caráter não seja o especulatório. Esses investimentos podem ser avaliados por dois

métodos (a serem estudados adiante): o método de custo e o método da

equivalência patrimonial.

Ainda, são classificáveis como ativo não circulante investimentos os direitos que não sejam classificáveis em outros grupos. Os exemplos clássicos a serem

levados para a prova são: obras de arte, casas e edificações mantidas para aluguel e terrenos.

ATIVO NÃO CIRCULANTE IMOBILIZADO

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou

exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação

dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

Assim, classificam-se no imobilizado direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia como, por

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exemplo, os terrenos, edificações, máquinas e equipamentos, móveis e

utensílios, veículos.

ATIVO NÃO CIRCULANTE - INTANGÍVEL

O que são ativos intangíveis? A resposta é simples. Podemos dizer, em linguajar

simples, que os intangíveis SÃO AQUELES ATIVOS QUE NÃO TÊM EXISTÊNCIA FÍSICA.

Como exemplos de intangíveis, temos os direitos de exploração de serviços

públicos mediante concessão ou permissão do Poder Público, marcas e patentes, fundo de comércio adquirido.

Segundo a lei 6.404...

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos

destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade,

inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007)

Isto é muito importante para concursos: classificam-se no intangível os direitos que tenham por objeto BENS INCORPÓREOS destinados à manutenção da

companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido.

O subgrupo intangível ganhou existência com a vigência da Lei 11.638/07, que

separou os direitos corpóreos no imobilizado e os incorpóreos no intangível. Antes, classificaríamos tudo no imobilizado.

Frise-se, também, que o subgrupo deve estar contido no grupo ativo não-circulante.

O ativo intangível é matéria que tem seu regulamento na Resolução do

Conselho Federal de Contabilidade n. 1.139/08 e no CPC 04.

O conceito de ativo intangível veio trazido pela norma, como se segue:

CONCEITO: Ativo intangível é um ativo não monetário identificável sem

substância física.

Exemplos de itens que se enquadram nessas categorias amplas são: softwares,

patentes, direitos autorais, direitos sobre filmes cinematográficos, listas de clientes, direitos sobre hipotecas, licenças de pesca, quotas de importação,

franquias, relacionamentos com clientes ou fornecedores, fidelidade de clientes,

participação no mercado e direitos de comercialização.

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Segundo o CPC, três são as condições para que os itens acima sejam considerados ativos intangíveis, a saber:

Em síntese, é isto o que vocês precisam saber. Um item será intangível quando

atenda esses três requisitos cumulativamente:

Ser identificável;

Ser controlável; Ser gerador de benefícios futuros.

Nem todos os itens descritos no item anterior (softwares, patentes) se

enquadram na definição de ativo intangível, ou seja, são identificáveis,

controláveis e geradores de benefícios econômicos futuros.

Se um item abrangido pela presente Norma não atenda à definição de ativo intangível, o gasto incorrido na sua aquisição ou geração interna deve ser

reconhecido como despesa quando incorrido.

No entanto, se o item for adquirido em uma combinação de negócios, passa a fazer parte do ágio derivado da expectativa de rentabilidade futura (goodwill)

reconhecido na data da aquisição.

O ágio por expectativa de rentabilidade futura é o excesso de preço pago pela compra de um empreendimento ou patrimônio sobre o valor de mercado de

seus ativos líquidos. Vejamos um exemplo. Suponha que uma empresa seja avaliada pelo valor de mercado em $ 100.000. Todavia, um comprador,

interessado no negócio, examinando a situação da empresa resolve pagar $

120.000. Nesta situação temos um goodwill de $ 20.000. Não podemos identificar individualmente os itens que compõem este ágio. O ágio, neste caso,

pode ser considerado como o somatório de vários itens não identificáveis como, por exemplo, capital intelectual, marca, tecnologia, lealdade dos clientes.

IMPORTANTE

Um intangível será reconhecido se, cumulativamente, atender aos seguintes

critérios:

Ativo Intangível

Identificável

Gerador de Benefícios Econômicos Futuros

Controlável

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- Atender ao conceito de intangível, ou seja, ser não monetário identificável sem substância física;

- Ser identificável, controlável e gerar benefícios futuros.

CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM O CICLO OPERACIONAL

Segundo o parágrafo único do artigo 179 da Lei das SAs: Na companhia em que

o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo.

Um primeiro aspecto digno de nota é que esta disposição vale tanto para o

ativo como para o passivo.

O ciclo operacional de uma empresa industrial é o prazo que a empresa leva para comprar matéria-prima, produzir, vender e receber. Para uma empresa

comercial, é o prazo médio entre a aquisição de mercadorias, venda e

recebimento dos clientes.

Vamos explicar esta situação por meio de uma questão abordada em 2009, pela FCC, para o concurso de Analista Judiciário do TRT 3ª região:

(FCC/Analista Judiciário/TRT 3ª região/2009) A empresa A é uma indústria e produz máquinas especiais, cujo processo demora 400 dias. Estas máquinas são

adquiridas para comercialização pela empresa B que leva aproximadamente 20 dias para comercializá-las, 40 dias para receber o valor das vendas realizadas a

prazo, e 30 dias para pagar as máquinas adquiridas. A empresa C é cliente da empresa B e utiliza as máquinas especiais em suas operações. Com base nestas

informações, as máquinas especiais serão classificadas nas empresas A, B e C, respectivamente, no

(A) ativo circulante, no ativo circulante e no ativo imobilizado.

(B) ativo circulante, no ativo não-circulante e no ativo realizável a longo prazo.

(C) ativo realizável a longo prazo, no ativo circulante e no ativo imobilizado. (D) ativo realizável a longo prazo, no ativo realizável a longo prazo e no ativo

imobilizado. (E) ativo realizável a longo prazo, no ativo imobilizado e no ativo realizável a

longo prazo

Comentários

Empresa A: Demora 400 dias para produzir. Portanto, seu ciclo operacional será maior que o exercício social, e as máquinas produzidas ficarão no Ativo

Circulante.

Empresa B: Demora 20 dias para comercializar, 40 para receber o valor das vendas e 30 dias para pagar as máquinas adquiridas. Portanto, tudo ocorre a

custo prazo, nesta empresa. Ativo Circulante.

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Empresa C: Utiliza as máquinas em suas operações. Ativo Imobilizado.

O gabarito, portanto, é a letra a.

Em qualquer dessas situações, o exercício social continua a ser de um ano.

Se estamos em 31 de dezembro de 2011 (data de término do exercício social) e temos uma fábrica de navios, por exemplo, cujo ciclo operacional seja de 2

anos, teremos que todas as obrigações e direitos que vencerem até 31 de dezembro de 2013 serão consideradas como de curto prazo. A partir deste

momento é que haverá que se falar em longo prazo. Repetimos, porém, que o exercício social continua a ter a duração de um ano.

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PASSIVO CIRCULANTE E PASSIVO NÃO CIRCULANTE

O passivo exigível basicamente pode ser dividido em passivo circulante e não circulante. Segundo a Lei das Sociedades por Ações:

Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante,

quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem vencimento em prazo maior, observado o disposto no parágrafo único

do art. 179 desta Lei.

Como exemplo de obrigações temos: Impostos a pagar, provisão para

contingências, salários a pagar, ICMS a recolher, provisão para IR, FGTS a recolher, duplicatas a pagar, fornecedores, entre outros.

RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS E RECEITAS DIFERIDAS

O grupo resultado de exercícios futuros foi extinto com a edição da MP 449 e Lei 11.941/2009.

Em seu lugar, deve ser usada a conta RECEITAS DIFERIDAS. O saldo que

porventura existente no REF deve ser reclassificado para receita diferida.

O exemplo clássico de resultado de exercícios futuros (agora receita diferida, no passivo não circulante) são os aluguéis recebidos antecipadamente que não

estejam sujeitos a cláusula de restituição.

Explicando melhor: se no recebimento antecipado de aluguéis houver clausula de restituição, em caso de desocupação do imóvel, o adiantamento do aluguel

fica classificado no passivo. Se não houver possibilidade de restituição, era

classificado em Resultado de Exercício Futuro, atual Receitas Diferidas.

Mas, para algumas bancas, como a ESAF, os adiantamentos de aluguel ficavam classificados no Resultado de Exercício Futuro, dando a entender que, para a

banca, adiantamento de aluguel é sempre sem clausula de restituição. Se persistir nesse entendimento, a conta “adiantamentos de aluguéis” será, para

elas, receitas diferidas.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

CONCEITO E ESTRUTURA

O patrimônio líquido é considerado como sendo o capital dos sócios (capital próprio) empregado nas atividades empresariais.

De acordo com a Lei 6.404/76:

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Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.

III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes

de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos

acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)

Antes de prosseguirmos, façamos a comparação entre como era e como está agora o patrimônio líquido:

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

ANTES LEI 11.638/07 APÓS LEI 11.638/07 E LEI

11.941/09

Capital Social Capital Social

(-) Capital a Realizar (-) Capital a Realizar

Reserva de Lucro Reserva de Lucro

Reserva de Capital Reserva de Capital

Reserva de Reavaliação Ajuste de Avaliação Patrimonial

+ - Lucro ou Prejuízo Acumulado (-) Prejuízo Acumulado

(-) Ações em Tesouraria (-) Ações em Tesouraria

CAPITAL SOCIAL

É a conta do PL composto pelas ações subscritas na constituição da sociedade

ou com o aumento de capital. É dividido em capital social e capital social a realizar. A lei das S.A´s dispõe que:

Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por

dedução, a parcela ainda não realizada.

EXEMPLO 1:

Constituição da sociedade X, com R$ 100.000,00 em dinheiro.

Lançamento:

D – Caixa 100.000,00 C – Capital Social 100.000,00

EXEMPLO 2:

A sociedade X é constituída com ações no montante de R$ 100.000,00, sendo apenas R$ 50.000,00 depositados imediatamente para o início do negócio,

lançaremos:

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D – Caixa 50.000,00 (Ativo)

D – Capital Social a Realizar (- PL) 50.000,00 C – Capital Social (PL) 100.000,00

Segundo a Lei 6.404, o capital social poderá ser formado com contribuições em

dinheiro ou em qualquer espécie de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro.

A constituição da companhia depende do cumprimento dos seguintes requisitos preliminares:

I - subscrição, pelo menos por 2 (duas) pessoas, de todas as ações em que se

divide o capital social fixado no estatuto; II - realização, como entrada, de 10% (dez por cento), no mínimo, do preço de

emissão das ações subscritas em dinheiro; III - depósito, no Banco do Brasil S/A., ou em outro estabelecimento bancário

autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários, da parte do capital realizado

em dinheiro.

GASTOS NA EMISSÃO DE AÇÕES

Os gastos com emissão de ações, a partir de 2008, não mais podem ser tratados como despesas do período. Passam a figurar como redução do valor

obtido do capital social.

RESERVAS DE CAPITAL

Reservas são valores que representam elementos patrimoniais sem qualquer característica de exigibilidade atual ou futura.

As reservas de capital são valores recebidos pela empresa (dos sócios ou de

terceiros) que não se configuram como receita, isto é, não transitam pelo

resultado do exercício, sendo contabilizadas diretamente à conta de Patrimônio Líquido.

Com espeque no artigo 182 da Lei das S.A´s:

§ 1º Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem:

a) a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a

importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;

b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;

O item a corresponde à chamada “Reserva para ágio na emissão de ações”.

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Partes beneficiárias são títulos negociáveis, sem valor nominal e estranhos ao

capital social, criados a qualquer tempo pela sociedade por ação. As partes beneficiárias conferirão aos seus titulares direito de crédito eventual contra a

companhia, consistente na participação nos lucros anuais – no máximo 10% (LSA, art. 46, caput, e §1º).

Por seu turno, os bônus de subscrição são títulos de credito emitidos no limite

do capital social autorizado no estatuto e dão aos titulares o direito de subscrever ações da companhia.

Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para: I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas

de lucros (artigo 189, parágrafo único); II - resgate, reembolso ou compra de ações;

III - resgate de partes beneficiárias; IV - incorporação ao capital social;

V - pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes

for assegurada (artigo 17, § 5º). Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes

beneficiárias poderá ser destinada ao resgate desses títulos.

Com as modificações recentes ocorridas na contabilidade (Leis 11.638 e

11.941) AS DOAÇÕES E SUBVENÇÕES PARA INVESTIMENTO E OS PRÊMIOS NA EMISSÃO DE DEBÊNTURES NÃO SERÃO MAIS

CLASSIFICADOS COMO RESERVAS DE CAPITAL, devendo ser registrados como receitas do exercício, de acordo com o Princípio da Competência.

Art. 182. § 2° Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da

correção monetária do capital realizado, enquanto não-capitalizado.

O parágrafo segundo refere-se à antiga Correção Monetária de Balanços,

extinta em 1995. Se alguma empresa ainda possuir saldo na Conta Correção Monetária do Capital Realizado, a mesma será considerada Reserva de Capital.

AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL

Antes das alterações da Lei das S.A´s, havia no patrimônio líquido a conta

Reserva de Reavaliação. Esta conta foi suprimida, surgindo então o ajuste de avaliação patrimonial. Contudo, não se trata de mera alteração de nome.

A reavaliação que se aplicava aos bens tangíveis do ativo permanente e que

poderia ser ou não realizada, a bel-prazer dos acionistas, deixou de existir.

Ademais, o ajuste de avaliação patrimonial serve tanto para aumentar como para reduzir valores de ativos e de passivos, enquanto que a

reavaliação servia apenas para o aumento de bens do permanente. A

nova redação prescreve o seguinte:

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Art. 183, § 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor

atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela

Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o

do art. 177.

AÇÕES EM TESOURARIA

São as ações da empresa adquiridas pela própria empresa e mantidas na tesouraria. O limite do saldo da conta ações em tesouraria é o saldo de lucros

acumulados e reservas, exceto a reserva legal (estudada a seguir).

A CONTA AÇÕES EM TESOURARIA É REDUTORA DO PL.

Art. 182. § 5º As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos

aplicados na sua aquisição.

O CESPE explorou este assunto em prova, da seguinte forma:

(Cespe) A contabilização da aquisição de ações da própria empresa reduz o valor do disponível e também do patrimônio líquido. O oposto ocorre quando os

sócios resolvem aumentar o capital da empresa em dinheiro.

O item está correto. O lançamento, pela aquisição, é o seguinte:

D – Ações em tesouraria (Redutora do PL)

C – Caixa (- Ativo)

Pela alienação, lançamos o seguinte:

D – Caixa (Ativo)

C – Ações em tesouraria (PL)

Se a alienação se der com lucro, este lucro deve ser registrado à conta de RESERVA DE CAPITAL, pelo seguinte lançamento:

D – Caixa 2.000

C – Ações em tesouraria 1.000 C – Reserva de capital – lucro na alienação de ações em tesouraria

Esse é o mais importante para concursos.

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RESERVAS DE LUCROS

As reservas de lucros são retenções de parcelas provenientes de ganhos do

período, com o objetivo de preservar o Patrimônio Líquido de uma sociedade, com o objetivo de posterior destinação. São, em suma, lucros que a empresa

não entrega aos acionistas, mas guarda para si, seja para investir em projetos, seja para resguardar o capital social.

Segundo a Lei das S.A´s:

Artigo 182, §4º Serão classificados como reservas de lucros as contas

constituídas pela apropriação de lucros da companhia.

Ao final do exercício social as contas de resultado (receitas e despesas) são zeradas. O saldo, lucro ou prejuízo, é transferido para o PL. No PL, podemos ter

três destinações:

1) Dividendos (para os sócios);

2) Reservas de lucros; 3) Aumento do capital social.

Assim, se a empresa tem receitas de 2.000, despesas de 1.000, terá um lucro

de 1.000 (2.000 – 1.000). Esse lucro pode ser distribuído para os sócios, para aumento do CS ou pode ir para reserva de lucros (se atendidos os requisitos

legais).

Com a alteração da lei das S.A´s a conta antigamente denominada lucros ou prejuízos acumulados passa a ser denominada prejuízos acumulados, ou seja,

haverá de existir uma destinação para este lucro, não podendo ficar em conta específica do PL.

As reservas de lucros hoje existentes são as seguintes:

- Reserva Legal; - Reservas Estatutárias;

- Reservas para Contingências; - Reserva de Incentivos Fiscais;

- Reserva de Retenção de Lucros; - Reserva de Lucros a Realizar;

- Reserva Especial de Dividendo Obrigatório Não Distribuído; - Reserva Específica de Prêmio na Emissão de Debêntures.

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Falemos agora sobre cada uma dessas reservas:

RESERVA LEGAL

Segundo a lei das S/A´s:

Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não

excederá de 20% (vinte por cento) do capital social.

§ 1º A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capital de

que trata o § 1º do artigo 182, exceder de 30% (trinta por cento) do capital social.

§ 2º A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e

somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital.

Esquematizemos:

Reserva legal 5% do LLE Limitado a 20% do capital social.

Trata-se a reserva legal da única reserva de constituição obrigatória para a empresa.

Vejam a sua finalidade: manter a integridade do capital social.

Saber também da sua utilização é também extremamente importante para

concursos: somente poderá ser utilizada para COMPENSAR PREJUÍZOS OU

AUMENTAR O CAPITAL SOCIAL.

Existe também um limite facultativo para a constituição da reserva legal, qual seja, quando ela, somada às reservas de capital, atingir o montante de 30% do

capital social. Grave-se!

O CESPE, para o cálculo da reserva legal, utiliza o capital social realizado, isto é, capital social – capital social a realizar.

RESERVAS ESTATUTÁRIAS

As reservas estatutárias são reservas constituídas com base no lucro líquido da companhia. E devem estar previstas no estatuto. Segundo a LSA:

Art. 194. O estatuto poderá criar reservas desde que, para cada uma:

I - indique, de modo preciso e completo, a sua finalidade;

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II - fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros líquidos que serão destinados à sua constituição;

III - estabeleça o limite máximo da reserva.

RESERVA DE CONTINGÊNCIAS

A assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar,

em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado (LSA, art. 195).

A proposta dos órgãos da administração deverá indicar a causa da perda

prevista e justificar, com as razões de prudência que a recomendem, a constituição da reserva (LSA, art. 195, §1º).

A reserva será revertida no exercício em que deixarem de existir as razões que justificaram a sua constituição ou em que ocorrer a perda (LSA, art. 195, §2º).

O termo contingência, em contabilidade, quando usada sem nenhuma

qualificação (como ativa ou passiva), é usado para se referir a problema previsto, sobre o qual existe dúvida acerca de sua ocorrência.

As reservas de contingências, especificamente, objetivam salvaguardar o capital

social, de modo que se posteriormente algo acontecer, decorrente de perda julgada provável cujo valor possa ser estimado, a companhia esteja preparada.

Exemplo extraído do Manual de Contabilidade Societária – FIPECAFI (pág. 350):

Podem ser constituídas reservas de contingências para:

- Geadas ou secas, que podem atingir empresas com plantações, criações ou estoques nessas áreas, ou ainda as que dependem desses produtos para suas

operações, como no caso de empresas comerciais ou industriais que utilizem tais produtos como matérias-primas em seu processo produtivo.

- Cheias, inundações e outros fenômenos naturais que podem ocorrer

ciclicamente nas áreas onde se localizam estoques ou instalações da empresa, gerando prejuízos efetivos por perdas de bens, por paralisação temporária das

operações.

Suponhamos que tal perda provável possa ser estimada em um montante de R$ 100.000,00. A empresa, então, lançará:

D – Lucros acumulados 100.000,00

C – Reserva para contingências 100.000,00

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Se essa perda vier realmente ocorrer, havendo um prejuízo no exercício

subseqüente no montante de R$ 100.000,00, o patrimônio líquido ficará da seguinte forma:

Patrimônio Líquido

Capital Social 1.000.000,00 Reserva para contingências 100.000,00

Prejuízos acumulados (100.000,00) Total 1.000.000,00

Veja que a reserva para contingências realmente salvou o nosso capital social.

Se não tivéssemos constituído a reserva a empresa ficaria com um PL de 900.000,00 (1 milhão – 100.000). Entretanto, como houve a prudente

constituição, o capital social permanecerá intacto.

O lançamento de compensação da reserva com o Prejuízo é:

D – Reversão da Reserva para contingências 100.000,00

C – Lucros/Prejuízos acumulados 100.000,00

Importante distinção é a que devemos fazer entre a reserva para contingências da provisão para contingências. Vamos explicar por uma

questão...

(Contador/Cia Potiguar de Gás/2006/FGV) Analise as afirmativas a seguir e assinale com C ou E:

I. A provisão para contingências corresponde a perdas já incorridas, mas ainda não desembolsadas.

II. A reserva para contingências corresponde a perdas já incorridas, mas ainda não desembolsadas.

III. Provisão para contingências e reservas para contingências são sinônimos.

Comentários

Uma excelente explicação sobre a diferença está nesta nota explicativa da CVM: Diferença entre Reservas para contingências e Provisões para contingências

(nota explicativa CVM)

1. Reservas para Contingências - São constituídas com o objetivo de compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda com

probabilidade de ocorrer, sendo tal perda passível de ser monetariamente mensurada (art. 195 da LEI Nº 6.404/76).

A ocorrência de tal perda poderá importar, para a sociedade, uma substancial

redução de seu lucro ou mesmo o ingresso em uma faixa de prejuízo.

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Prudentemente, a constituição dessa reserva, prejudicando a distribuição do

dividendo obrigatório, busca evitar uma situação de desequilíbrio financeiro, que ocorreria caso se distribuíssem os dividendos em um exercício, face à

probabilidade de redução de lucros ou mesmo da ocorrência de prejuízos em exercício futuro, em virtude de fatos extraordinários previsíveis.

Por configurar uma postergação no pagamento de dividendos, a constituição

dessa reserva deve obedecer o § 1º do artigo 195 da LEI Nº 6.404/76, isto é, a proposta feita pelos órgãos da administração deverá indicar a causa da perda e

justificar, com as razões de cautela devidamente fundamentadas, a constituição dessa reserva.

A utilização dessa reserva é até recomendável no caso de determinados ramos

de negócios, diretamente sujeitos a fenômenos naturais ou cíclicos, tais como: geadas, secas, inundações. É o caso, também, de empresas que, por outra

razões definidas, operam com períodos fortemente lucrativos, seguidos de

períodos com baixa lucratividade ou mesmo prejuízos, desde que seja previsível tal situação.

Também pode ser constituída nos casos de suspensão temporária (anormal,

extraordinária) de produção e, conseqüentemente, perdas devido à paralisação não recorrente, não repetitiva, em virtude de substituições ou reformas de

equipamentos causadas por danos, greves, falta de suprimentos de matérias-primas, por períodos relativamente extensos.

Há, todavia, casos em que o aplicável é a constituição de provisão para

contingências e não de reserva para contingências.

Com o objetivo de dissipar eventuais dúvidas quanto à aplicabilidade da constituição de reservas ou de provisão para contingências, estabelecemos a

seguir as características de cada uma. Os principais fundamentos para

constituição da reserva para contingência são:

a) Dar cobertura a perdas ou prejuízos potenciais (extraordinários, não repetitivos) ainda não incorridos, mediante segregação de parcela de lucros que

seria distribuída como dividendo; b) Ocorrendo ou não o evento esperado, a parcela constituída será, em

exercício futuro, revertida para lucros acumulados, integrando a base de cálculo para efeito de pagamento do dividendo e a perda, de fato ocorrendo, é

registrada no resultado do exercício; c) É uma conta integrante do patrimônio líquido, no grupamento de reserva de

lucros. d) Representa uma destinação do lucro líquido do exercício, contrapartida da

conta de lucros acumulados, por isso sua constituição não afeta o resultado do exercício;

2. Quanto à provisão para contingências suas particularidades são:

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a) tem por finalidade dar cobertura a perdas ou despesas, cujo fato gerador já ocorreu, mas não tendo havido, ainda, o correspondente desembolso ou

perda. Em atenção ao regime de competência, entretanto, há necessidade de se efetuar o registro contábil;

b) representa uma apropriação ao resultado do exercício, contrapartida de perdas extraordinárias, despesas ou custos e sua constituição normalmente

influencia o resultado do exercício ou os custos de produção; c) deve ser constituída independentemente de a companhia apresentar, afinal,

lucro ou prejuízo no exercício; d) visto que o evento que serviu de base à sua constituição já ocorreu, não há,

em princípio, reversão dos valores registrados nessa provisão. A pequena sobra ou insuficiência é decorrente do cálculo estimativo feito à época da constituição;

e) não está sujeita à atualização monetária patrimonial (art. 185, LEI Nº 6.404/76) e sim à decorrente da natureza do evento que a originou;

f) finalmente, se a probabilidade for difícil de calcular ou se o valor não for

mensurável, há necessidade de uma nota explicativa esclarecendo o fato e mencionando tais impossibilidades.

São exemplos: devedores duvidosos, indenizações contratuais, contingências

fiscais ou trabalhistas, etc.

Vamos, finalmente, analisar a questão...

I. A provisão para contingências corresponde a perdas já incorridas, mas ainda não desembolsadas. II. A reserva para contingências corresponde a perdas já incorridas, mas ainda

não desembolsadas.

III. Provisão para contingências e reservas para contingências são sinônimos.

O item I está correto. Na provisão para contingências a perda já ocorreu,

contudo, ainda não houve o pagamento.

O item II está incorreto. As perdas não ocorreram ainda na reserva para contingências.

O item III está incorreto, haja vista que reserva e provisão para contingências

não são sinônimos.

RESERVA DE INCENTIVOS FISCAIS

Falemos um pouco sobre esta nova reserva...

Dissemos anteriormente que as doações e subvenções governamentais, antes do advento das mudanças contábeis, eram registradas à conta de reserva de

capital. Pois bem, agora essas doações são registradas como receita (lembrem-

se de que as receitas são contas de resultado).

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Inobstante o valor do lucro líquido recebido com doações e subvenções governamentais tenha deixado de figurar como reserva de capital, a companhia

poderá deliberar por formar com esse montante uma reserva de lucro, chamada reserva de incentivos fiscais.

Art. 195-A. A assembléia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro

líquido decorrente de doações ou subvenções governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo

obrigatório (inciso I do caput do art. 202 desta Lei).

Assim, se o poder público faz uma doação de um terreno, no montante de R$

100.000,00, para a empresa Alfa, o lançamento para registro é o seguinte:

D – Terrenos 100.000,00

C - Outras Receitas – Doações do poder público 100.000,00

O resultado (confronto das receitas com as despesas) deve ser encerrado ao fim do exercício. Como esse controle (das receitas e despesas) é feito em uma

demonstração separada do Balanço Patrimonial, demonstração esta chamada Demonstração do Resultado do Exercício, devemos transferir o valor do lucro ou

prejuízo para o Balanço Patrimonial, no grupo Patrimônio Líquido.

Supondo que tivemos um lucro de R$ 2.000.000,00. A transferência para o Balanço Patrimonial se dá do seguinte modo...

D – Lucro Líquido do Exercício 2.000.000,00

C - Lucros/Prejuízos Acumulados 2.000.000,00

Ok? A transferência desta parcela para a reserva de incentivos fiscais se dará

do seguinte modo:

D – Lucros/Prejuízos Acumulados 100.000,00 C – Reserva de Incentivos Fiscais 100.000,00.

Vejam que o saldo do lucro no balanço será de 1,9 milhões, valor este que terá

outras destinações.

RESERVA DE LUCROS A REALIZAR

No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou do art. 202 da Lei das S/A, ultrapassar a parcela realizada do

lucro líquido do exercício, a assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a

realizar.

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Desta forma, à opção da companhia, poderá ser constituída a reserva de lucros

a realizar, mediante destinação dos lucros do exercício, cujo objetivo é evidenciar a parcela de lucros ainda não realizada financeiramente, apesar de

reconhecida contabilmente, pela empresa.

Imagine-se, então, uma empresa que, em 2010, só tenha efetuado vendas para recebimento em 2012. Seria justo, assim, que procedesse esta empresa ao

pagamento de dividendos (remuneração dos sócios) em 2011? Talvez, não seria viável financeiramente, pois nada entrará no caixa desta sociedade.

É este o intuito da reserva de lucros a realizar: evitar que a companhia pague

dividendos sobre receitas/lucros que ainda foram realizados, que não entraram no caixa.

Um aspecto deveras importante é anotar que a constituição desta reserva é

FACULTATIVA.

Assim, vamos exemplificar.

Uma empresa X tem a seguinte situação no exercício de 2010:

- Lucro derivado das vendas de curto prazo (recebimento em 2011): R$

100.000,00 - Lucro derivado das vendas de longo prazo (recebimento em 2012 ou

posteriormente): R$ 200.000,00. - Dividendos obrigatórios a pagar: R$ 150.000,00.

Neste caso, podemos considerar que os dividendos que teremos de pagar aos

sócios ao termo de 2011 são maiores do que o entrou no meu caixa durante o exercício. Teríamos R$ 50.000,00 (150.000 – 100.000,00) desacobertados de

recursos para pagamento deste dividendo.

Nesta hipótese, uma alternativa viável é constituir a reserva de lucros chamada

de reserva de lucros a realizar nesse valor (R$ 50.000,00) para pagamento em 2012 ou quando houve o recebimento de lucros posteriores. Temos uma

questão da FCC que exemplifica muito bem este assunto, de modo prático. Vamos ver?

(FCC/Analista Judiciário/Contabilidade/TRT 2ª/2008) Considere as informações abaixo, extraídas da contabilidade da Cia. Carandiru, relativas ao exercício findo

em 31/12/2007.

Lucro líquido do exercício 520.000,00 Resultado positivo na equivalência patrimonial 270.000,00

Acréscimo à reserva legal 26.000,00 Reversão de reservas para contingências 14.000,00

Lucro com realização financeira a ocorrer em 2009 20.000,00

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O estatuto da companhia é omisso com relação ao pagamento de dividendos.

De acordo com o disposto nos artigos 197 e 202 da Lei das Sociedades por Ações, ela poderá constituir, nesse exercício, reserva de lucros a realizar no

valor, em R$, de

(A) 40.000,00. (B) 36.000,00.

(C) 30.000,00. (D) 24.000,00.

(E) 18.000,00.

Comentários

No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou do art. 202 da Lei das S/A, ultrapassar a parcela realizada do

lucro líquido do exercício, a assembléia-geral poderá, por proposta dos órgãos

da administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar.

Desta forma, à opção da companhia, poderá ser constituída a reserva de lucros

a realizar, mediante destinação dos lucros do exercício, cujo objetivo é evidenciar a parcela de lucros ainda não realizada financeiramente, apesar de

reconhecida contabilmente, pela empresa.

Evita-se distribuir dividendo obrigatório sobre essa parcela de lucros que, apesar de existente, não está realizada financeiramente no caixa da empresa.

Assim, na questão, devemos primeiramente calcular os dividendos. Os

dividendos podem ser fixados livremente pelo estatuto. Caso o estatuto seja omisso, devemos aplicar um percentual de 50% sobre o lucro líquido ajustado.

No nosso caso, o estatuto é omisso?! SIM! Como o estatuto é omisso, deve-se

aplicar o percentual de 50% de lucro ajustado. E como fazer este ajuste?

BASE DE CÁLCULO DIVIDENDOS = LUCRO LÍQ. DO EXER. – R. LEGAL – R. CONTINGÊNCIAS + REVERSÃO R. CONTINGÊNCIAS – R. INCENTIVOS

FISCAIS [FACULTATIVO] – RESERVA ESPECÍFICA DE PRÊMIO NA EMISSÃO DE DEBÊNTURES [FACULTATIVO]

Na questão,

BC dividendos = 520.000 – 26.000 + 14.000 = 508.000

Assim, os dividendos devidos são 50% de 508.000 = 254.000

A Lei das SAs diz que se consideram lucros não realizados OS RESULTADOS

POSITIVOS NA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL (INVESTIMENTOS EM

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COLIGADAS/CONTROLADAS/EMPRESAS DO MESMO GRUPO) E

RECEITAS AUFERIDAS PARA RECEBIMENTO A LONGO PRAZO (LSA, art. 197).

Desta forma, o lucro realizado é calculado da seguinte forma:

Lucro Líq. do Exerc. - Resultado positivo na equivalência patrimonial -

Lucro com realização financeira de Longo Prazo Lucro realizado = 520.000 – 270.000 – 20.000 = 230.000

Portanto, de acordo com a LSA a companhia poderá constituir Reserva de

Lucros a realizar no valor de R$ 24.000 (R$ 254.000 – R$ 230.000)

Gabarito: Letra D.

Por fim, à medida que esses lucros estiverem sendo realizados, entrando em

caixa, deveremos acrescer o lucro agora realizado ao dividendo a pagar. A

reversão deve-se dar no primeiro dividendo declarado após a realização.

As reservas de lucros a realizar só podem ser utilizadas para dois fins: pagamento de dividendos ou absorção de prejuízos! Gravem.

O lançamento para constituição da reserva é o seguinte:

D – Lucros acumulados XXXX

C – Reserva de Lucros a realizar XXXX

A doutrina majoritária (incluindo-se o FIPECAFI) entende que quando da realização de lucros o lançamento é o seguinte:

D – Reserva de Lucros a realizar XXXX

C – Lucros acumulados XXXX

Sendo o dividendo destinado posteriormente pelo seguinte lançamento:

C – Dividendos a pagar (Passivo) XXXX

D – Lucros acumulados XXXX

RESERVA ESPECIAL PARA DIVIDENDOS OBRIGATÓRIOS NÃO DISTRIBUÍDOS

Segundo a Lei das Sociedades por Ações:

Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em

cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto (...)

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Portanto, a regra é a distribuição de dividendos ao final de cada exercício social.

Contudo, como todo negócio está sujeito a risco, pode acontecer de a empresa possuir lucro, mas não possuir situação financeira ou patrimonial que permita o

pagamento de dividendos, como, por exemplo, quando a empresa tem um volume extraordinário de empréstimos a serem quitados, ou quando está em

recuperação judicial ou extrajudicial. Tal situação está prevista na Lei da SAs da seguinte forma:

§ 4º O dividendo previsto neste artigo não será obrigatório no exercício social em que os órgãos da administração informarem à assembléia-geral ordinária

ser ele incompatível com a situação financeira da companhia. O conselho fiscal, se em funcionamento, deverá dar parecer sobre essa informação e, na

companhia aberta, seus administradores encaminharão à Comissão de Valores Mobiliários, dentro de 5 (cinco) dias da realização da assembléia-geral,

exposição justificativa da informação transmitida à assembléia.

§ 5º Os lucros que deixarem de ser distribuídos nos termos do § 4º serão

registrados como reserva especial e, se não absorvidos por prejuízos em exercícios subseqüentes, deverão ser pagos como dividendo assim que o

permitir a situação financeira da companhia.

É só isso! Esse montante não distribuído fica incorporado ao patrimônio líquido

em reserva especial, sendo pago quando a situação permitir. No nosso exemplo, com a quitação do empréstimo ou com a extinção da recuperação

judicial ou extrajudicial.

Acabamos de falar, portanto, sobre as reservas de lucros.

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LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS

A conta lucros ou prejuízos acumulados é uma conta do PL.

A conta lucros acumulados não pode mais constar no Balanço Patrimonial,

quando do fechamento da demonstração. Não é mais possível, com as mudanças recentes advindas na contabilidade, que a empresa retenha lucros

injustificadamente. Alguns autores afirmam, erroneamente, que esta conta deixou de existir. Tal afirmação está inconsistente, posto que a conta lucros

acumulados pode ser utilizada temporariamente (antes do fechamento do balanço), sendo que a partir dela distribuímos os lucros do exercício as mais

diversas finalidades. Sendo uma conta de PL, o seu saldo é credor.

Ressalve-se, contudo, que a conta prejuízos acumulados diminui o PL, tendo,

assim, saldo devedor.

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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ATIVO

Vejamos, inicialmente, como a lei traz o assunto à tona. Depois, expliquemos rapidamente cada um dos temas.

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em

direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

a) pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação

ou disponíveis para venda; e (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização,

quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de crédito; (Incluída pela Lei nº 11.638,de 2007)

II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da

companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para

ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;

III - os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, ressalvado o disposto nos artigos 248 a 250, pelo custo de aquisição, deduzido

de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado em

razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas

bonificadas;

IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução

do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior;

V - os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão;

VI – (revogado); (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

VII – os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na aquisição

deduzido do saldo da respectiva conta de amortização; (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

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VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito

relevante. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

ATIVOS DECORRENTES DE APLICAÇÕES FINANCEIRAS

De acordo com o artigo 183 da Lei das S/A´s:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

I – As aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em

direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo:

a) Pelo seu valor justo, quando se tratar de aplicações destinadas à negociação

ou disponíveis para a venda; e

b) Pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização,

quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e títulos de

crédito.

Os instrumentos financeiros são classificados em 4 grandes grupos:

1) Empréstimos e recebíveis normais de transações comuns, como contas a receber de clientes, fornecedores, contas e impostos a pagar etc., que

continuam registrados pelos seus valores originais conforme regras anteriores, sujeitos às provisões para perdas e ajuste a valor presente (no caso de esse

efeito ser relevante). Não estão destinados à negociação e a entidade fica com eles até seu vencimento. A apropriação de receita ou despesa para esses

instrumentos se dá pela taxa efetiva de juros.

2) Investimentos mantidos até o vencimento, aqueles para os quais a

entidade demonstre essa intenção e mostre, objetivamente, que tem condições de manter essa condição, que continuam também como antes: registrados pelo

valor original mais os encargos ou rendimentos financeiros (ou seja, ao “custo amortizado”. “pela curva”). A apropriação de receita ou despesa para esses

instrumentos se dá pela taxa efetiva de juros.

3) Ativo financeiro ou passivo financeiro mensurado ao valor justo por meio do resultado, composto pelos ativos e passivos financeiros

destinados a serem negociados e já colocados nessa condição de negociação, a serem avaliados ao seu valor justo (normalmente valor de

mercado), com todas as contrapartidas das variações nesse valor contabilizadas diretamente no resultado.

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4) Ativos financeiros disponíveis para venda, constituído pelos a serem

negociados no futuro, a serem registrados pelo “custo amortizado” e, após isso, ajustados ao valor justo. As contrapartidas do ajuste pela curva (encargos e

rendimentos financeiros) vão ao resultado e, após isso, os ajustes ao valor justo ficam na conta de patrimônio líquido ajustes de variação patrimonial até que os

ativos e passivos sejam reclassificados para o item anterior ou efetivamente negociados, o que ocorrer primeiro.

Como a denominação dos tipos de instrumentos financeiros é uma tradução do

original em inglês, fica difícil entender a diferença entre “destinados à negociação” e “disponíveis para venda”.

O FIPECAFI, através do Suplemento do “Manual de Contabilidade das

Sociedades por Ações”, 1a. Edição, sugere que tais instrumentos sejam chamados de “destinados à negociação imediata” e “disponíveis para venda

futura”, o que destaca bem a diferença entre eles.

Vamos examinar a avaliação e a contabilização, através do seguinte exemplo:

Suponha que uma determinada empresa adquiriu 3 títulos do Governo, ao valor

unitário de 10.000 cada um, com a seguinte finalidade:

Título 1 - será mantido até o vencimento. Título 2 – classificado como “destinado à negociação imediata”

Título 3 – classificado como “disponível para venda futura”.

Contabilização no momento da compra:

D – Instrumentos financeiros “mantidos até o vencimento” 10.000 D – Instrumentos financeiros “ destinados à negociação imediata” 10.000

D – Instrumentos financeiros “disponíveis para venda futura” 10.000

C – Caixa 30.000

No final do ano, tais títulos apresentam um rendimento de juros de 600 reais, os quais serão pagos no vencimento do título, e o seu valor justo é de 11.000

reais.

Contabilização:

1 – Mantido até o vencimento:

D – Instrumentos financeiros “mantidos até o vencimento” 600 C – Receita de juros (resultado) 600

Neste caso, não há avaliação a valor justo. O título fica registrado “pela curva”,

ou “pelo custo amortizado”, ou seja, pelo valor pago mais os rendimentos

apropriados por competência.

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2 – Destinado à negociação imediata:

Pelo rendimento:

D – Instrumentos financeiros “destinados à negociação imediata” 600 C – Receita de juros (resultado) 600

Com este lançamento, o título fica registrado pelo valor de 10.600. Mas, como o

valor justo é de 11.000, precisamos reconhecer uma receita de 400 reais, também no resultado:

Pela avaliação a valor justo:

D – Instrumentos financeiros “ destinados à negociação imediata” 400

C – Ajuste a valor justo (resultado) 400

3 - Disponível para venda futura

Pelo rendimento:

D – Instrumentos financeiros “disponíveis para venda futura” 600

C – Receita de juros (resultado) 600

Pela avaliação a valor justo:

D – Instrumentos financeiros “disponíveis para venda futura” 400 C – Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL) 400

O valor justo pode ser menor que o valor do título. Por exemplo, vamos supor

que o valor justo do exemplo anterior seja 10.500.

Título 1 – “mantido até o vencimento” – não há alteração, pois esta categoria

não é avaliada pelo valor justo.

Titulo 2 : “Destinado à negociação imediata”:

Pelo rendimento:

D – Instrumentos financeiros “ destinados à negociação imediata” 600 C – Receita de juros (resultado) 600

Com este lançamento, o título fica registrado pelo valor de 10.600. Mas, como o

valor justo é de 10.500, precisamos reconhecer uma despesa de 100 reais, também no resultado:

Pela avaliação a valor justo:

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D – Despesa de ajuste a valor justo (resultado) 100 C – Instrumentos financeiros “ destinados à negociação imediata” 100

Título 3 – Disponível para venda futura:

Pelo rendimento:

D – Instrumentos financeiros “disponíveis para venda futura” 600

C – Receita de juros (resultado) 600

Pela avaliação a valor justo:

D – Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL) 100 C – Instrumentos financeiros “disponíveis para venda futura” 100

Algumas bancas já estão cobrando este assunto. Vejam esta questão da FCC, do concurso para Analista de Controle Externo – Contabilidade, do TCE / GO de

2009:

(FCC/ACE/GO/2009) Suponha a aquisição, em 30/11/X8, de um ativo financeiro no valor de R$ 1.000,00, classificado na data de aquisição em 'disponível para venda'. Este título remunera à taxa de 2% ao mês e o valor de mercado desse

título 30 dias após a sua aquisição é de R$ 1.015,00. De acordo com estas informações, em 30/12/X8, a empresa registrará,

(A) na Demonstração de Resultados, receita financeira de R$ 15,00.

(B) no Patrimônio Líquido, ajuste de avaliação patrimonial de R$ 15,00. (C) na Demonstração de Resultados, receita financeira de R$ 20,00 e no

Patrimônio Líquido, ajuste de avaliação patrimonial de R$ 5,00 (saldo devedor). (D) na Demonstração de Resultados, receita financeira de R$ 15,00 e no

Patrimônio Líquido, ajuste de avaliação patrimonial de R$ 20,00 (saldo credor).

(E) na Demonstração de Resultados, receita financeira de R$ 15,00 e no Patrimônio Líquido, ajuste de avaliação patrimonial de R$ 5,00 (saldo credor).

Comentários

Rendimento: 1000 x 2 % = 20,00

O rendimento é contabilizado no Resultado.

D – Instrumentos financeiros (ativo) 20

C – Receitas financeiras(resultado) 20

Com isso, o título fica registrado a 1020,00. Mas o valor justo é de 1015,00. Assim, temos que reconhecer a diferença no PL, na conta Ajuste de Avaliação

Patrimonial.

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D – Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL) 5

C – Instrumentos financeiros (ativo) 5

GABARITO LETRA C.

ESTOQUES

De acordo com a LSA:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em

almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para

ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;

Conforme o Pronunciamento CPC 16 (R1) – Estoques:

MENSURAÇÃO DE ESTOQUE 9. Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo valor

de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.

Esta é a regra básica de mensuração dos estoques, que anteriormente era

chamada de: “custo ou mercado, dos dois o menor.” Segundo o CPC 16 – Estoques

CUSTOS DO ESTOQUE 10. O VALOR DE CUSTO DO ESTOQUE DEVE INCLUIR TODOS OS CUSTOS

DE AQUISIÇÃO E DE TRANSFORMAÇÃO, BEM COMO OUTROS CUSTOS INCORRIDOS PARA TRAZER OS ESTOQUES À SUA CONDIÇÃO E

LOCALIZAÇÃO ATUAIS.

CUSTOS DE AQUISIÇÃO

11. O custo de aquisição dos estoques compreende o preço de compra, os

impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros

diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser

deduzidos na determinação do custo de aquisição. (NR) (Nova Redação dada

pela Revisão CPC nº. 1, de 8/01/2010)

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Assim, o custo de aquisição dos estoques compreende:

1) Preço de compra

2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis). Os tributos recuperáveis são:

a) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade não cumulativa)

b) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade não cumulativa)

3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição.

Os descontos comerciais e os abatimentos devem ser deduzidos do custo de

aquisição.

Descontos comerciais ou incondicionais são aqueles que são negociados no

momento da compra, sem nenhuma condição. Exemplo: determinada mercadoria custa 100 reais a unidade, mas, na negociação, acaba saindo por 95

reais. O vendedor concede um desconto de 5 reais, para realizar a venda. Esse tipo de desconto deve ser deduzido do custo do produto.

Já que falamos em descontos, vamos mencionar também o desconto

financeiro ou condicional. Ocorre quando o vendedor oferece um desconto para antecipar o pagamento. Por exemplo, numa determinada venda, com

vencimento em 30 dias, o vendedor pode oferecer um desconto de 2% para pagamento em 15 dias.

Esse tipo de desconto é contabilizado como Receita Financeira, para o

comprador, e não afeta o custo do estoque.

O abatimento ocorre num momento posterior à compra. Por exemplo, uma

loja fecha um pedido de cadeiras por 100 reais a unidade e, quando recebe a mercadoria, a cor está diferente do que foi pedido. Nesse caso, o vendedor

pode conceder um abatimento para que a mercadoria não seja devolvida. Digamos, um abatimento de 3 reais por unidade. Nesse caso, a Nota Fiscal é

emitida por 100 reais a unidade, mas deverá entrar para o estoque apenas 97 reais (sem considerar impostos ou outros custos).

INVESTIMENTOS

Há duas formas de avaliar os investimentos permanentes: pelo método de

custo ou pelo método da equivalência patrimonial.

Os investimentos em coligadas e controladas são avaliados pelo método da equivalência patrimonial.

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Os outros investimentos, que não sejam em coligadas e controladas, serão

avaliados pelo método de Custo.

Conforme a Lei 6404/76:

Critérios de Avaliação do Ativo

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os

seguintes critérios:

III - os investimentos em participação no capital social de outras sociedades,

ressalvado o disposto nos artigos 248 a 250, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa

perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas

bonificadas;

IV - os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão

para atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior;

Os artigos 248 a 250 referem-se aos investimentos em coligadas e controladas, que estudaremos a seguir.

IMPORTANTE: Os investimentos que não sejam em coligadas ou

controladas são avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de

provisão para perdas prováveis. Os dividendos distribuídos são contabilizados como receita, quando da distribuição.

Entretanto, os dividendos distribuídos no prazo de até 6 meses após a aquisição

do investimento são considerados como uma recuperação de parte do investimento. A justificativa para esse procedimento é que o valor da compra já

incluía o lucro, que seria posteriormente distribuído.

Confira o Regulamento do Imposto de Renda:

Art. 380. Os lucros ou dividendos recebidos pela pessoa jurídica, em

decorrência de participação societária avaliada pelo custo de aquisição,

adquirida até seis meses antes da data da respectiva percepção, serão registrados pelo contribuinte como diminuição do valor do custo e não

influenciarão as contas de resultado (Decreto-Lei nº 2.072, de 1983, art. 2º).

Segundo o Manual de Contabilidade Societária, de Sérgio de Iudícibus e outros,

1ª edição, 2010, as normas internacionais de contabilidade não aceitam esse procedimento.

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ATIVO IMOBILIZADO

Sobre o imobilizado, vamos tecer alguns comentários mais extensos:

Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a

análise da situação financeira da companhia.

§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo,

investimentos, Imobilizado e intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941, de

2009)

Ainda, continua...

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou

exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação

dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

Assim, classificam-se no imobilizado direitos que tenham por objeto BENS

CORPÓREOS destinados à manutenção das atividades da companhia como, por exemplo, os terrenos, edificações, máquinas e equipamentos, móveis e

utensílios, veículos. Os bens incorpóreos passam a ficar no intangível.

A regra é a classificação de bens de propriedade da companhia. Bens locados

não satisfazem, em regra, o critério para serem classificados como ativo.

REGRA CLASSIFICAÇÃO DOS BENS DE PROPRIEDADE DA COMPANHIA

Faz-se necessária somente mais uma explicação.

Sobre o trecho destacado da questão: “Os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da

empresa, ou exercidos com essa finalidade, INCLUSIVE OS DECORRENTES DE OPERAÇÕES QUE TRANSFIRAM À COMPANHIA OS BENEFÍCIOS,

RISCOS E CONTROLE DESSES BENS, devem ser classificados no grupo de contas (...)”

Trata-se esta última parte de bens que não são de propriedade da empresa

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juridicamente, como os bens objetos de leasing.

O leasing, basicamente, pode ser de dois tipos: OPERACIONAL E

FINANCEIRO. A diferença entre um e outro reside principalmente no seguinte critério: O LEASING TRANSFERE OU NÃO OS RISCOS E BENEFÍCIOS

INERENTES À PROPRIEDADE.

Se transferir, será classificado como leasing financeiro. Se não, como leasing operacional. E como saberemos se há ou não transferência dos riscos e

benefícios? O tema está prescrito no CPC 06, que dispõe sobre o arrendamento mercantil.

SE OS RISCOS E BENEFÍCIOS FICAM COM O ARRENDATÁRIO

ARRENDAMENTO FINANCEIRO.

SE OS RISCOS E BENEFÍCIOS FICAM COM O ARRENDADOR ARRENDAMENTO OPERACIONAL.

Para se caracterizar um arrendamento financeiro, basicamente cinco

características podem aparecer:

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE UM ARRENDAMENTO FINANCEIRO 1) Transfere-se a propriedade ao final do contrato;

2) Valor residual mais baixo que o valor justo; 3) O prazo do arrendamento refere-se à maior parte da vida útil do ativo

4) O valor presente dos pagamentos totaliza substancialmente o todo o valor

justo do ativo; 5) O ativo arrendado é de tal forma especializado, que apenas o arrendatário

pode usá-lo sem grandes modificações.

Memorize os 5 itens acima. Não são difíceis, e uma questão pode não

mencionar se o arrendamento é operacional ou financeiro, mas indicar uma ou mais das características acima.

Vamos exemplificar?

“A Cia ABC contratou o arrendamento de uma máquina construída

especialmente para ser usada nas suas operações” (Arrendamento financeiro – item “5” acima).

“Um veículo foi arrendado por dois anos, com valor residual segundo a tabela da Revista 4 Rodas do final do contrato”. Supondo que a tabela da Revista 4

Rodas represente o valor justo do veículo, será arrendamento operacional (Não atende o item 2).

“Um veículo foi arrendado por dois anos, com valor residual de 500 reais”.

Nesse caso, teremos arrendamento financeiro, pois o valor residual é mais

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baixo que o valor justo (nenhum veículo com dois anos de uso custa apenas

500 reais).

E qual a importância de saber isso? Aí está a questão. A depender do tipo de arrendamento, teremos tratamentos contábeis distintos. E, para sua sorte,

esses tratamentos são cobrados em concurso.

GRAVE-SE!!!! O BEM OBJETO DE LEASING FINANCEIRO DEVE SER RECONHECIDO NO BALANÇO PATRIMONIAL DO ARRENDATÁRIO COMO

ATIVO!

Exemplo: Arrendamento mercantil de um veículo, com valor justo de 20.000, o qual será pago em 4 prestações anuais de 6.000, sem valor residual.

Nesse caso, a contabilização inicial seria:

D – Veículos 20.000 D – Juros a transcorrer (Redutora do passivo) 4.000

C – Arrendamento mercantil a pagar (Passivo) 24.000

GRAVE-SE!!! O BEM OBJETO DE LEASING OPERACIONAL NÃO DEVE SER RECONHECIDO NO BALANÇO PATRIMONIAL DO ARRENDATÁRIO COMO

ATIVO!

Exemplo: Vamos supor que uma empresa faça um arrendamento operacional de um veículo pelo prazo de dois anos, pagando o valor de 500 reais por mês.

Nesse caso, a contabilização fica assim:

D – Despesa de arrendamento 500 C – Bancos 500

Continuando...

Conforme a lei 6404/76:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

V - os direitos classificados no imobilizado, PELO CUSTO DE AQUISIÇÃO,

deduzido do saldo da respectiva conta de DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO OU EXAUSTÃO;

§ 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

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a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação

da natureza ou obsolescência;

b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros

com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;

c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou

bens aplicados nessa exploração.

§ 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam:

(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de

interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação

desse valor; ou (Incluído pela Lei nº 11.638, de 2007)

II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização.

(Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

OS ITENS DO ATIVO IMOBILIZADO SÃO MENSURADOS INICIALMENTE PELO SEU CUSTO, o qual inclui todos os custos necessários para colocá-lo em

condições de uso.

O reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo imobilizado cessa quando o item está no local e nas condições operacionais pretendidas

pela administração.

Portanto, os custos incorridos no uso ou na transferência ou reinstalação de um item não são incluídos no seu valor contábil, como, por exemplo, os seguintes

custos:

(a) custos incorridos durante o período em que o ativo capaz de operar nas

condições operacionais pretendidas pela administração não é utilizado ou está sendo operado a uma capacidade inferior à sua capacidade total;

(b) prejuízos operacionais iniciais, tais como os incorridos enquanto a demanda pelos produtos do ativo é estabelecida; e

(c) custos de realocação ou reorganização de parte ou de todas as operações da entidade.

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Algumas operações realizadas em conexão com a construção ou o

desenvolvimento de um item do ativo imobilizado não são necessárias para deixá-lo no local e nas condições operacionais pretendidas pela administração.

Essas atividades eventuais podem ocorrer antes ou durante as atividades de

construção ou desenvolvimento. Por exemplo, o local de construção pode ser usado como estacionamento e gerar receitas, até que a construção se inicie.

Como essas atividades não são necessárias para que o ativo fique em condições

de funcionar no local e nas condições operacionais pretendidas pela administração, as receitas e as despesas relacionadas devem ser reconhecidas

no resultado e incluídas nas respectivas classificações de receita e despesa.

O custo de ativo construído pela própria empresa determina-se utilizando os mesmos princípios de ativo adquirido. Se a entidade produz ativos idênticos

para venda no curso normal de suas operações, o custo do ativo é geralmente o

mesmo que o custo de construir o ativo para venda. Por isso, quaisquer lucros gerados internamente, são eliminados para determinar tais custos.

De forma semelhante, o custo de valores anormais de materiais, de mão-de-

obra ou de outros recursos desperdiçados incorridos na construção de um ativo não é incluído no custo do ativo.

O Pronunciamento Técnico CPC 20 – Custos de Empréstimos estabelece critérios

para o reconhecimento dos juros como componente do valor contábil de um item do ativo imobilizado construído pela própria empresa. Os juros de

empréstimos contratados para a construção ou aquisição de ATIVO QUALIFICADO (ativo que demanda um tempo substancial para ficar pronto

para o seu uso ou venda pretendidos) devem ser capitalizados, ou seja, são contabilizados como custo do ativo qualificado.

O custo de um item de ativo imobilizado é equivalente ao preço à vista na data do reconhecimento. Se o prazo de pagamento excede os prazos normais

de crédito, a diferença entre o preço equivalente à vista e o total dos pagamentos deve ser reconhecida como despesa com juros durante o período,

a menos que seja passível de capitalização de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 20 – Custos de Empréstimos.

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO

Dissemos que o ativo imobilizado é classificado pelo custo de aquisição,

subtraído da depreciação, amortização, exaustão, e/ou, ainda, ajuste por redução ao valor recuperável.

DEPRECIAÇÃO

A depreciação assim está prevista na Lei 6.404/76:

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Art. 183. § 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

a) depreciação, quando corresponder à perda do valor dos direitos que têm por

objeto bens físicos sujeitos a desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da

natureza ou obsolescência;

REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS

Conforme a lei 6404/76:

§ 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação

dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam:

(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando

comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação desse valor; ou (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização.

(Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

O Teste de Recuperabilidade ou Impairment Test é uma das alterações na

contabilidade, para harmonização com as normas internacionais.

Este assunto é tratado no Pronunciamento CPC 01 – Redução ao Valor

Recuperável de Ativos. Vamos estudá-lo rapidamente:

OBJETIVO 1. O objetivo deste Pronunciamento Técnico é estabelecer procedimentos que a

entidade deve aplicar para assegurar que seus ativos estejam registrados contabilmente por valor que não exceda seus valores de recuperação. Um ativo

está registrado contabilmente por valor que excede seu valor de recuperação se o seu valor contábil exceder o montante a ser recuperado pelo uso ou pela

venda do ativo. Se esse for o caso, o ativo é caracterizado como sujeito ao reconhecimento de perdas, e o Pronunciamento Técnico requer que a entidade

reconheça um ajuste para perdas por desvalorização.

Nenhum ativo pode ficar registrado na contabilidade por valor superior aos seus

futuros benefícios econômicos, que o pronunciamento chama de “valores de

recuperação”. Se isso ocorrer, a entidade deve contabilizar um ajuste para perda.

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No Pronunciamento CPC 01, constam as seguintes definições:

Valor contábil é o montante pelo qual o ativo está reconhecido no balanço depois da dedução de toda respectiva depreciação, amortização ou exaustão acumulada e ajuste para perdas.

Valor justo líquido de despesa de venda é o montante a ser obtido pela

venda de um ativo ou de unidade geradora de caixa em transações em bases comutativas, entre partes conhecedoras e interessadas, menos as despesas

estimadas de venda.

Perda por desvalorização é o montante pelo qual o valor contábil de um ativo ou de unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável.

Valor recuperável de um ativo ou de unidade geradora de caixa é o maior

montante entre o seu valor justo líquido de despesa de venda e o seu valor em

uso.

Vida útil é:

(a) o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar um ativo; ou (b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a

entidade espera obter do ativo.

Valor em uso é o valor presente de fluxos de caixa futuros esperados que devem advir de um ativo ou de unidade geradora de caixa.

Valor residual é o valor estimado que a entidade obteria com a venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a

idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil.

Uma entidade pode obter benefícios econômicos de um ativo de duas maneiras diferentes:

1) através da venda do ativo; e

2) através do seu uso, para produzir e vender outros ativos.

As duas formas são chamadas de “VALOR JUSTO LÍQUIDO DE DESPESA DE VENDA” E “VALOR DE USO”.

O teste de recuperabilidade consiste em apurar o maior entre os dois valores

acima e compará-lo com o valor contábil. Se o valor recuperável do ativo for maior que o valor contábil, não é necessário nenhuma contabilização.

Mas, se ocorre o contrário, ou seja, o valor contábil é maior que o valor

recuperável, aí devemos reconhecer (contabilizar) uma perda.

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Assim, se compro uma máquina por R$ 1 milhão, mas fica evidenciado que o máximo que posso obter com esta máquina R$ 500.000,00 se continuar

vendendo os produtos dela obtidos ou R$ 700.000,00, com a venda desta máquina para terceiros, deverei proceder a um ajuste contábil para adequar

este valor (de R$ 1 milhão) à realidade.

Vejamos um exemplo:

A Cia. Delfim Verde, em obediência às normas brasileiras de contabilidade, fez, em 31/12/2009, o teste de recuperabilidade (impairment test) do valor de uma

máquina utilizada na fabricação de seus produtos. Os dados abaixo foram levantados pelo departamento de contabilidade da empresa (em R$):

Valor em uso da máquina 620.000,00

Valor líquido de venda 610.000,00

Custo de aquisição 710.000,00 Depreciação Acumulada 70.000,00

A companhia deve registrar uma perda no valor do ativo de R$

(A) 100.000,00.

(B) 90.000,00. (C) 10.000,00.

(D) 30.000,00. (E) 20.000,00.

Comentários

O teste de recuperabilidade (também conhecido por “impairment test”) tem

como finalidade principal apresentar o valor real pelo qual um ativo será

realizado.

Essa realização poderá ser feita tanto pela venda do bem, quanto pela sua utilização nas atividades empresariais.

A norma fala que a finalidade do teste de recuperabilidade é assegurar que

seus ativos estejam registrados contabilmente por valor que não exceda seus valores de recuperação.

A norma define como valor recuperável de um ativo ou de uma unidade

geradora de caixa é o MAIOR valor entre o valor justo líquido de despesas de venda (nova nomenclatura para o antigo valor líquido de venda) de um ativo e

seu valor em uso.

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Desta forma, temos de comparar o valor contábil líquido (isto é, subtraído de

depreciação, amortização, exaustão) com o valor recuperável (que é o maior valor entre o valor de venda do ativo ou o valor de uso deste bem/direito).

A nossa questão trouxe os seguintes dados:

Valor em uso da máquina 620.000,00

Valor líquido de venda 610.000,00 Custo de aquisição 710.000,00

Depreciação Acumulada 70.000,00

1) Cálculo do valor contábil líquido:

Valor de aquisição 710.000,00 – Depreciação 70.000,00 Valor contábil líquido 640.000,00

2) Valor recuperável (MAIOR ENTRE)

Valor em uso 620.000,00 Valor líquido de venda 610.000,00

Portanto, o valor recuperável é R$ 620.000,00.

3) Comparar o valor contábil com o valor recuperável. Qual é maior? Se

for o valor contábil, é por que o meu ativo está superavaliado na contabilidade. Devemos então proceder a um ajuste. Caso contrário, ou

seja, se o valor contábil for menor do que o recuperável, nenhum ajuste há que ser feito.

Na questão, o valor contábil é maior do que o recuperável, logo, devemos

reconhecer uma perda no valor de R$ 20.000,00 (640.000 – 620.000).

Gabarito E.

Em síntese, este é o procedimento a ser apurado para se calcular o teste de

recuperabilidade.

AMORTIZAÇÃO

Segundo a Lei das S.A.s (Lei 6404/76)

§ 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível

será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei nº

11.941, de 2009)

b) amortização, quando corresponder à perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos da propriedade industrial ou comercial e quaisquer outros

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com existência ou exercício de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de

utilização por prazo legal ou contratualmente limitado;

A amortização refere-se geralmente aos itens classificados no Intangível.

Mas pode ocorrer também com itens do Imobilizado, como no caso de

Benfeitoria em Propriedades de Terceiros, que pode ser depreciada ou amortizada.

A amortização baseia-se na vida útil do Intangível.

O Pronunciamento CPC 04 – Ativo Intangível - define vida útil como o período

de tempo no qual a entidade espera utilizar um ativo; ou o número de

unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter pela utilização do ativo.

Se o item a ser amortizado tiver um valor residual, o mesmo deve ser abatido

do valor que será amortizado.

A contabilização de ativo intangível baseia-se na sua vida útil. Um ativo intangível com vida útil definida deve ser amortizado, enquanto a de um ativo

intangível com vida útil indefinida não deve ser amortizado.

Conforme o Pronunciamento CPC 04 – Ativo Intangível:

97. O valor amortizável de ativo intangível com vida útil definida deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada. A

amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo estiver disponível para uso, ou seja, quando se encontrar no local e nas condições

necessários para que possa funcionar da maneira pretendida pela administração.

A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como mantido

para venda ou incluído em um grupo de ativos classificado como mantido para venda, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 31 – Ativo Não Circulante

Mantido para Venda e Operação Descontinuada, ou, ainda, na data em que ele é baixado, o que ocorrer primeiro.

O método de amortização utilizado reflete o padrão de consumo pela entidade

dos benefícios econômicos futuros. Se não for possível determinar esse padrão com confiabilidade, deve ser utilizado o método linear. A despesa de

amortização para cada período deve ser reconhecida no resultado, a não ser

que outra norma ou pronunciamento contábil permita ou exija a sua inclusão no valor contábil de outro ativo.

98. Podem ser utilizados vários métodos de amortização para apropriar de

forma sistemática o valor amortizável de um ativo ao longo da sua vida útil.

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Tais métodos incluem o método linear, também conhecido como método de

linha reta, o método dos saldos decrescentes e o método de unidades produzidas. A seleção do método deve obedecer ao padrão de consumo dos

benefícios econômicos futuros esperados, incorporados ao ativo, e aplicado consistentemente entre períodos, a não ser que exista alteração nesse padrão.

99. A amortização deve normalmente ser reconhecida no resultado. No entanto,

por vezes os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo são absorvidos para a produção de outros ativos. Nesses casos, a amortização faz

parte do custo de outro ativo, devendo ser incluída no seu valor contábil. Por exemplo, a amortização de ativos intangíveis utilizados em processo de

produção faz parte do valor contábil dos estoques (ver Pronunciamento Técnico CPC 16 –

Estoques).

Resumo geral:

1) Vida útil é:

a) o período de tempo no qual a entidade espera utilizar um ativo; ou b) o número de unidades de produção.

2) Intangível com vida útil definida: deve ser amortizado.

Com vida útil indefinida: não deve ser amortizado.

3) A amortização deve ser iniciada a partir do momento em que o ativo estiver disponível para uso, ou seja, quando se encontrar no local e nas condições

necessários para que possa funcionar da maneira pretendida pela administração.

4) A amortização deve cessar na data em que o ativo é classificado como

mantido para venda ou na data em que ele é baixado, o que ocorrer primeiro.

5) O método de amortização utilizado reflete o padrão de consumo pela

entidade dos benefícios econômicos futuros. Se não for possível determinar esse padrão com confiabilidade, deve ser utilizado o método linear.

6) Podem ser utilizados vários métodos de amortização para apropriar de forma

sistemática o valor amortizável de um ativo ao longo da sua vida útil. Tais métodos incluem o método linear, também conhecido como método de linha

reta, o método dos saldos decrescentes e o método de unidades produzidas.

7) A amortização deve normalmente ser reconhecida no resultado, mas pode

também ser incluída no custo de outros ativos.

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Exemplo: A empresa KLS adquiriu um ativo intangível, no valor de $

120.000,00, com valor residual de $30.000,00 e vida útil de 5 anos. Calcule o valor da amortização mensal.

Valor amortizável: $ 120.000 - $ 30.000 = $ 90.000

Prazo: 5 anos = 60 meses Amortização mensal: $90.000 / 60 meses = $ 1.500 por mês.

EXAUSTÃO

De acordo com a Lei 6404/76:

§ 2o A diminuição do valor dos elementos dos ativos imobilizado e intangível

será registrada periodicamente nas contas de: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

c) exaustão, quando corresponder à perda do valor, decorrente da sua

exploração, de direitos cujo objeto sejam recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados nessa exploração.

A exaustão é utilizada para recursos minerais ou florestais, ou bens aplicados

nessa exploração.

Normalmente, a exaustão é calculada com base na possança do recurso mineral ou florestal. Mas, se o prazo de exploração for insuficiente para esgotar os

recursos, a exaustão deve ser calculada em função do prazo de concessão.

INTANGÍVEL

Vamos relembrar o que diz a lei 6404/76 sobre a avaliação do Intangível:

Critérios de Avaliação do Ativo

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

VII – os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na aquisição

deduzido do saldo da respectiva conta de amortização; (Incluído pela Lei nº

11.638,de 2007)

§ 3o A companhia deverá efetuar, periodicamente, análise sobre a recuperação dos valores registrados no imobilizado e no intangível, a fim de que sejam:

(Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

I – registradas as perdas de valor do capital aplicado quando houver decisão de

interromper os empreendimentos ou atividades a que se destinavam ou quando

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comprovado que não poderão produzir resultados suficientes para recuperação

desse valor; ou (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

II – revisados e ajustados os critérios utilizados para determinação da vida útil econômica estimada e para cálculo da depreciação, exaustão e amortização.

(Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

Até aqui, sem novidades: os direitos classificados no intangível são

avaliados pelo custo de aquisição, deduzido da amortização acumulada,

e devem ser submetidos ao teste de recuperabilidade.

O ativo intangível é reconhecido inicialmente ao custo (por reconhecido entenda-se contabilizado, reconhecer um item significa registrá-lo na

contabilidade).

Seu custo inclui todos os gastos necessários para deixá-lo nas condições pretendidas pela administração, e cessa quando isso ocorre.

Deve ser reconhecido pelo equivalente ao preço à vista. A diferença entre o

preço à vista e o preço a prazo deve ser reconhecida como despesa de juros.

A exceção fica por conta dos ativos qualificáveis, que são aqueles que levam um tempo substancial para ficar pronto. Nesse caso, os juros de empréstimos

usados exclusivamente para o desenvolvimento do ativo qualificável são

capitalizados, ou sejam, são incluídos no custo do ativo.

Pesquisa e desenvolvimento: Anteriormente, eram tratados como uma coisa só.

Mas o Pronunciamento CPC 04 – Ativo Intangível estabelece tratamentos

distintos para a pesquisa e para o desenvolvimento de produtos.

Vejamos sua definição, conforme o Pronunciamento CPC 04:

Pesquisa é a investigação original e planejada realizada com a expectativa de adquirir novo conhecimento e entendimento científico ou técnico.

Desenvolvimento é a aplicação dos resultados da pesquisa ou de outros

conhecimentos em um plano ou projeto visando à produção de materiais, dispositivos, produtos, processos, sistemas ou serviços novos ou

substancialmente aprimorados, antes do início da sua produção comercial ou do

seu uso.

A diferença de contabilização é a seguinte:

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Pesquisa: nenhum ativo intangível resultante de pesquisa deve ser

reconhecido. Os gastos com pesquisa devem ser reconhecidos como despesa quando incorridos.

Desenvolvimentos: com relação aos projetos de desenvolvimento, a empresa

deve atender às seguintes condições:

(a) viabilidade técnica para concluir o ativo intangível de forma que ele seja disponibilizado para uso ou venda;

(b) intenção de concluir o ativo intangível e de usá-lo ou vendê-lo; (c) capacidade para usar ou vender o ativo intangível;

(d) forma como o ativo intangível deve gerar benefícios econômicos futuros.Entre outros aspectos, a entidade deve demonstrar a existência de

mercado para os produtos do ativo intangível ou para o próprio ativo intangível ou, caso este se destine ao uso interno, a sua utilidade;

(e) disponibilidade de recursos técnicos, financeiros e outros recursos

adequados para concluir seu desenvolvimento e usar ou vender o ativo intangível; e

(f) capacidade de mensurar com confiabilidade os gastos atribuíveis ao ativo intangível durante seu desenvolvimento.

Se a empresa demonstrar que atende a estas condições, os gastos com o

projeto de desenvolvimento são reconhecidos (contabilizados) no Intangível. Do contrário, vão para despesa quando incorridos.

NOTA: os critérios acima se aplicam a pesquisa e desenvolvimento internos. Se

a empresa adquirir um projeto de pesquisa de outra empresa, deverá classificá-lo como intangível.

ATIVO NÃO CIRCULANTE

ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO.

Conforme a Lei 6404/76:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os

seguintes critérios:

VIII – os elementos do ativo decorrentes de operações de longo prazo serão

ajustados a valor presente, sendo os demais ajustados quando houver efeito relevante. (Incluído pela Lei nº 11.638,de 2007)

Já vimos quais os critérios para classificar um ativo como circulante ou realizável a longo prazo.

Basicamente, os ativos realizáveis a longo prazo são iguais aos ativos

circulantes, exceto pelo prazo de realização. Podemos ter, por exemplo,

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estoques, duplicatas a receber, adiantamento a fornecedores, e outra contas,

registradas tanto no ativo circulante quanto no ativo realizável a longo prazo, a depender do prazo de realização.

Assim, os critérios de avaliação para esses itens são os mesmos.

Vamos examinar o ajuste a valor presente.

AJUSTE A VALOR PRESENTE

Ajustar algo a valor presente significa trazer um valor que está previsto para se

realizar em data futura a termos monetários de hoje.

As vendas e as compras, quando feitas a prazo, inserem no valor da operação, juros e encargos financeiros referentes à remuneração de um capital no futuro.

Assim, a contabilização pelo valor nominal faz com que essas operações sejam

demonstradas de forma superavaliada no Balanço Patrimonial. Fica difícil, também, diferenciar o resultado financeiro do resultado realmente apurado com

operações da atividade empresarial. O ajuste a valor presente (AVP) veio para que possamos dirimir esse problema.

Vamos a um exemplo. Uma empresa pode adquirir um equipamento pelo preço

à vista de 100.000 ou em 12 prestações de 10.000, no total de 120.000.

Sem o ajuste a valor presente (ou seja, segundo a contabilização anterior), teríamos a seguinte contabilização:

Compra à vista:

D – Imobilizado (equipamento) 100.000

C – Caixa/bancos 100.000

Compra a prazo:

D - Imobilizado (equipamento) 120.000

C – fornecedores (passivo) 120.000

No segundo caso, a contabilização inclui uma parcela financeira, devido ao pagamento parcelado. Com isso, o preço do equipamento ficou inflado por

despesas financeiras.

Em diversos pronunciamentos do CPC (estoque, imobilizado, intangível), encontramos a seguinte determinação:

No caso de venda a prazo, os juros e despesas financeiras não devem integrar o custo do estoque (ou imobilizado, ou intangível). Devem ser apropriados

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como despesas financeiras proporcionalmente ao prazo, exceto no caso de

financiamento de ativos qualificáveis.

É isso o que conseguimos com o ajuste a valor presente. No exemplo acima,

supondo que o ajuste seja relevante, a contabilização seria a seguinte:

Compra a prazo (com ajuste a valor presente)

D - Imobilizado (equipamento) 100.000 D – Encargos a transcorrer (Retificadora do Passivo) 20.000

C – fornecedores (passivo) 120.000

Compare essa contabilização com a realizada para a compra a vista. O ativo fica registrado pelo mesmo valor, nos dois casos, e a diferença é apropriada como

despesa financeira, mês a mês:

D – Despesa financeira

C - Encargos a transcorrer (Retificadora do Passivo)

A mensuração contábil a valor presente deve ser aplicada no reconhecimento inicial de ativos e passivos. Depois disso, não mais se altera, a não ser que haja

alguma renegociação, modificando as condições iniciais.

Faz-se necessário observar que a aplicação do conceito de ajuste a valor presente nem sempre equipara o ativo ou o passivo a seu valor justo. Por isso,

valor presente e valor justo não são sinônimos.

Por exemplo, a compra financiada de um veículo por um cliente especial que, por causa dessa situação, obtenha taxa não de mercado para esse

financiamento, faz com que a aplicação do conceito de valor presente com a taxa característica da transação e do risco desse cliente leve o ativo, no

comprador, a um valor inferior ao seu valor justo; nesse caso prevalece

contabilmente o valor calculado a valor presente, inferior ao valor justo, por representar melhor o efetivo custo de aquisição para o comprador. Em

contrapartida o vendedor reconhece a contrapartida do ajuste a valor presente do seu recebível como redução da receita, evidenciando que, nesse caso, terá

obtido um valor de venda inferior ao praticado no mercado.

Lembramos que Valor justo é valor pelo qual um ativo pode ser negociado entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com

ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. (definição usada nos

pronunciamentos do CPC)

Exemplo de contabilização: Vamos supor uma venda, no valor de 10.000, com vencimento daqui a 15 meses, e que a taxa de juros na operação seja de 2%

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ao mês, e que o ajuste a valor presente seja relevante. A contabilização fica

assim (omitimos os centavos):

Pela venda:

D – Contas a receber a longo prazo (não circulante) 10.000 C - Receita bruta de vendas 10.000

Pelo registro a valor presente no momento em que é realizada a venda:

D – Receita bruta de vendas 2.570

C – A.V.P. – receita financeira a apropriar (retificadora ativo) 2.570

O cálculo do ajuste deve ser feito pelo método exponencial.

10000 / (1,02)^15 = 7.430

Leia-se: 10.000 dividido por 1,02 elevado a 15.

O valor da receita financeira do primeiro mês é calculada assim:

7.430 x 0,02 = 149

A contabilização da receita financeira:

D – A.V.P. – receita financeira a apropriar (retificadora ativo) 149

C – Receita financeira comercial 149

Apresentamos, abaixo, o quadro completo de controle dos juros:

Mês Valor inicial Taxa juros Valor juros Total

1 7.430 0,02 149 7.579

2 7.579 0,02 152 7.730

3 7.730 0,02 155 7.885

4 7.885 0,02 158 8.043

5 8.043 0,02 161 8.203

6 8.203 0,02 164 8.368

7 8.368 0,02 167 8.535

8 8.535 0,02 171 8.706

9 8.706 0,02 174 8.880

10 8.880 0,02 178 9.057

11 9.057 0,02 181 9.238

12 9.238 0,02 185 9.423

13 9.423 0,02 188 9.612

14 9.612 0,02 192 9.804

15 9.804 0,02 196 10.000

Total 2.570

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Na prova, a questão deverá fornecer o quadro acima, ou cobrar um valor fácil de calcular, como os juros do primeiro ou do segundo mês.

Algumas bancas podem, para facilitar, cobrar juros simples, embora o mais

correto seja o método exponencial, que usa juros compostos.

ATIVO PERMANENTE DIFERIDO

Segundo a redação anterior da Lei 6.404/76, o diferido era subgrupo do ativo, nos seguintes termos:

V – no diferido: as despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação que contribuirão, efetivamente, para o aumento do resultado de mais de um

exercício social e que não configurem tão-somente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência operacional; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de

2007).

Eram contas classificadas no diferido:

- Gasto com pesquisa e desenvolvimento de novos produtos; - Gastos com reorganização societária;

- Gastos com reestruturação; - Gastos pré-operacionais.

Duas eram as condições para que os gastos com reestruturação fizessem parte

do diferido:

1) Contribuir para o aumento do resultado de dois ou mais exercícios; e 2) Não configurar apenas uma redução de custos ou acréscimo na eficiência

operacional.

O diferido foi extinto com as modificações recentes ocorridas na contabilidade

(MP 449 convertida na Lei 11.941/09).

Segundo o CPC 13 – Adoção inicial da Lei 11.638/2007 e 11.941/2009 (item 20), os saldos porventura existentes deste grupo patrimonial devem ser

alocados a outro grupo no balanço patrimonial.

Não havendo essa possibilidade, ficam no ativo diferido até sua completa amortização ou, alternativamente, podem ser baixados à conta de lucros ou

prejuízos acumulados, do patrimônio líquido.

Com fulcro na MP 449:

“Art. 299-A. O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo diferido

que, pela sua natureza, não puder ser alocado a outro grupo de contas, poderá

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permanecer no ativo sob essa classificação até sua completa amortização,

sujeito à análise sobre a recuperação de que trata o § 3o do art. 183.”

Portanto, caso permaneça no ativo diferido, a conta estará sujeita ao teste de recuperabilidade.

Segundo a Lei das S.A´s, com sua redação antiga:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

VI - o ativo diferido, pelo valor do capital aplicado, deduzido do saldo das

contas que registrem a sua amortização.

O lançamento para a amortização é:

D – Despesa com amortização (Despesa) C – Amortização acumulada (Redutora do ativo diferido)

Caso a opção seja pela baixa com contrapartida na conta lucros acumulados,

faremos:

D – Lucros acumulados (Patrimônio Líquido) C – Ativo diferido (Ativo)

Ainda, de acordo com o mesmo artigo, parágrafo 3º, os recursos aplicados no

ativo diferido serão amortizados periodicamente, em prazo não superior a 10 (dez) anos, a partir do início da operação normal ou do exercício em que

passem a ser usufruídos os benefícios deles decorrentes, devendo ser registrada a perda do capital aplicado quando abandonados os

empreendimentos ou atividades a que se destinavam, ou comprovado que

essas atividades não poderão produzir resultados suficientes para amortizá-los.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO PASSIVO

A lei 6404/76 estabelece os seguintes critérios para a avaliação do Passivo:

Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo com os seguintes critérios:

I - as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive Imposto sobre a Renda a pagar com base no resultado do exercício, serão

computados pelo valor atualizado até a data do balanço; II - as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade cambial,

serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor na data do

balanço;

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III – as obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante serão ajustados ao seu valor presente, sendo os demais ajustados

quando houver efeito relevante. (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) As obrigações do passivo não circulante também devem ser ajustadas a valor

presente.

Vamos supor que a empresa A compre uma máquina a prazo, no valor de

$60.000, com pagamento em 5 parcelas anuais de $12.000. A taxa de juros nessa operação é de 10% ao ano. A empresa A deve contabilizar tal operação

como segue:

D – Máquinas (pelo valor presente, no imobilizado) 45.489 D – Encargos financeiros a transcorrer (retificadora do passivo) 14.511

C – Financiamentos (Passivo) 60.000

(Os valores do Passivo e de Encargos a transcorrer devem ser divididos em

circulante e não circulante, conforme o prazo de vencimento. Contabilizamos sem essa divisão para fins didáticos).

Repare que a máquina foi registrado no ativo pelo valor presente, sem a

inclusão dos encargos financeiros.

A conta Encargos a Transcorrer deve ser apropriada ao resultado, como despesa financeira, por competência.

A planilha de controle fica assim:

Ano Valor Juros 10% Pagamento Total

1 45.489 4.549

-

12.000 38.038

2 38.038 3.804

-

12.000 29.842

3 29.842 2.984 -

12.000 20.826

4 20.826 2.083 -

12.000 10.908

5 10.908 1.091

-

12.000 - 1

O valor final, de -1, refere-se a arredondamento de centavos.

Meus amigos, por hoje é só! Um abraço!

GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA.

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QUESTÕES COMENTADAS

1. (CESPE/ABIN/Agente Técnico Contabilidade/2010 - adaptada) Em relação às

contas que são evidenciadas no balanço patrimonial, julgue os próximos itens.

I - Depreciação acumulada, participações em outras empresas e perdas estimadas para crédito de liquidação duvidosa são contas redutoras dos

elementos patrimoniais.

II - A reserva legal e a reserva estatutária compõem o patrimônio líquido, e a reserva especial para dividendo obrigatório compõe o passivo exigível.

III - Participações em outras empresas, caixa e equivalentes de caixa e imposto

a recuperar são contas do ativo.

Está correto o que se afirma na(s) assertiva(s): A) I

B) II

C) III D) I e III

E) II e III

Comentário: Vamos analisar as assertivas:

I) Errada. Participação em outras empresas não é conta redutora de elementos patrimoniais. É conta do Ativo – Investimentos.

II) Errada. As três reservas ficam no Patrimônio Líquido.

III) Certa. As contas apresentadas são do ativo.

Gabarito C

2. (CESPE) Uma entidade obrigada a elaborar a demonstração de lucros ou

prejuízos acumulados (DLPA) poderá suprir essa exigência incluindo-a na demonstração das mutações do patrimônio líquido.

Comentários

Dissemos, quando do estudo do artigo 176, que alguns aspectos mereciam

destaque. Senão vejamos.

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1) Nas companhias abertas, a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados pode estar contida dentro da DMPL.

2) A DMPL não consta como sendo obrigatória pela Lei 6.404/76. Todavia, o

CPC 26 (Apresentação das demonstrações contábeis) arrolou esta demonstração dentre aquelas que fazem parte do conjunto das demonstrações

contábeis de uma entidade. Tal menção levou o FIPECAFI, no livro Manual de Contabilidade Societária, a considerar que, a partir da edição do

Pronunciamento Contábil, a DMPL passa a ser obrigatória a todos os tipos societários. Não sabemos ainda como as bancas cobrarão este assunto.

3) A Demonstração de origens e aplicações de recursos, a DOAR, deixou de ser

obrigatória com as modificações contábeis introduzidas pelas Leis 11.638 e 11.941. Isto não significa dizer que a demonstração foi extinta. Apenas passou

a ser facultativa, tal como outras demonstrações, como, por exemplo, o balanço

social.

O item está correto.

Gabarito Correto.

Acerca das demonstrações contábeis obrigatórias previstas na legislação societária (Lei n.º 6.404/1976), julgue os próximos itens.

3. (Embasa/2009/CESPE) O balanço patrimonial e a demonstração das

mutações do patrimônio líquido fazem parte das demonstrações financeiras de elaboração obrigatória pela companhia.

Comentários

A DMPL só é obrigatória para as companhias abertas e não é exigência feita pela legislação societária (6.404/76), mas, sim, pela CVM.

Gabarito Errado.

Acerca das demonstrações contábeis obrigatórias previstas na legislação societária (Lei n.º 6.404/1976), julgue os próximos itens.

4. (Embasa/2009/CESPE) A demonstração do fluxo de caixa e a demonstração do valor adicionado são de elaboração facultativa.

Comentários

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O item está incorreto. A DVA é obrigatória para as cias. abertas. Já a DFC é

obrigatória para as cias. abertas e também para as fechadas (exceto as com PL < 2 milhões).

Gabarito Errada.

5. (Embasa/2009/CESPE) Por se referir a determinado momento, a informação fornecida pelo balanço patrimonial é totalmente estática.

Comentários

O item está correto. O balanço patrimonial apresenta a situação da companhia

em um dado momento. É tal como tirássemos um retrato da empresa em

determinada época do ano. Será apresentado nele o que constar naquele momento, sem aspectos de movimentação.

Gabarito Correto.

6. (ANTAQ/2009) Em uma companhia, ao fim de cada exercício social, as demonstrações financeiras deverão exprimir com clareza a situação do seu

patrimônio, incluindo o balanço patrimonial, a demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados, a demonstração do resultado do exercício, a

demonstração dos fluxos de caixa e, no caso de companhia aberta, a

demonstração do valor adicionado.

Comentários

O item está certo, consoante o já citado artigo 176 da Lei 6.404.

Gabarito Correto.

7. (AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL/2004/NACIONAL) A elaboração do

balanço patrimonial da empresa depende da apuração do lucro do exercício. Essa apuração é efetuada na demonstração de lucros e prejuízos acumulados

(DLPA).

Comentários

A questão está incorreta, posto que esta é a finalidade da DRE.

Gabarito Errada.

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(Analista de Saneamento/Ciências Contábeis/Embasa/2009/Cespe) O patrimônio, sob o ponto de vista contábil, é o conjunto de bens, direitos e

obrigações vinculadas a qualquer pessoa, física ou jurídica. Com relação ao patrimônio das entidades, julgue os itens que se seguem.

8. O conjunto de bens e direitos constitui a parte positiva do patrimônio e, por

isso, é denominado patrimônio líquido.

Comentários:

O conjunto de bens e direitos é denominado ativo.

Gabarito Errada

9. O ativo é constituído pelas obrigações, enquanto o patrimônio líquido resulta das receitas e despesas da entidade.

Comentários:

O ativo é constituído pelos bens e direitos.

Gabarito Errada

10. (Assistente de Saneamento/Técnico Contábil/Embasa/2009/ Cespe) Salários

a pagar, fornecedores e ferramentas são componentes do ativo.

Comentários:

Dissemos que o ativo é constituído por contas que representam bens e direitos. Salários a pagar é uma obrigação! Fornecedores também é uma obrigação!

Ferramentas, sim, são componentes do ativo, pois constituem bens.

Gabarito Errada

11. A conta mercadorias é considerada um bem do ativo circulante.

Comentários:

A conta mercadorias é classificada no Ativo, pois registra o estoque de mercadorias da empresa.

Gabarito Correta

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12. (Técnico de Atividades do Meio Ambiente/Técnico em

Contabilidade/IBAMA/2009/Cespe) De acordo com os componentes patrimoniais da contabilidade, os bens são considerados coisas capazes de satisfazer as

necessidades humanas e suscetíveis de avaliação econômica, e podem ser divididos em bens materiais móveis e imóveis, e bens imateriais, que são

determinados gastos que a empresa faz, os quais, por sua natureza, devem ser considerados como partes do patrimônio.

Comentários:

O enunciado da questão destina-se a tentar confundi-lo. Mas está correto.

Lembramos que o Patrimônio ou Patrimônio Bruto é o Ativo total; o Patrimônio Líquido é o Ativo menos o Passivo.

Gabarito Correta

13. (Contador/Ipojuca/2009/CESPE) O ativo é um recurso controlado pela

entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem ou não futuros benefícios econômicos para a entidade.

Comentário:

A frase “da qual se espera que resultem OU NÃO futuro benefícios econômicos”

está errada. O correto seria:

“da qual se espera que resultem futuro benefícios econômicos”

Gabarito Errada.

14. (Assistente de Saneamento/Técnico Contábil/Embasa/2009/Cespe) A conta adiantamentos de clientes é considerada uma conta do passivo porque

representa adiantamentos dos clientes à empresa.

Comentário:

Ao receber o adiantamento, a contabilização é a seguinte:

D – Caixa (Ativo)

C - Adiantamento de Clientes (Passivo)

Ao entregar a mercadoria, a empresa efetua a seguinte contabilização:

D – Adiantamento de Clientes C – Receita de Vendas

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Portanto, a assertiva está correta.

Gabarito Correta

15. (Contador/Ipojuca/2009) Uma característica essencial para a existência de um passivo é que a entidade tenha uma obrigação presente.

Comentário:

Da mesma forma que o ativo possui uma definição em normas que vigem para

a contabilidade, existe uma definição para passivo, qual seja (CPC 00, item 49, b):

Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes

de gerar benefícios econômicos.

Assim, o gabarito está correto. Por exemplo, se temos um montante de R$ 1.000 de salários a pagar. Vamos ver se essa conta atende a definição de

passivo?

É uma obrigação presente da entidade? Sim, pois dela pode ser exigida.

É derivada de eventos já ocorridos? Sim, pois os funcionários já prestaram serviços.

A liquidação desta dívida será feita por recursos que poderiam gerar benefícios

econômicos? Sim, como a conta caixa, por exemplo.

Gabarito Correto

16. (Cespe) Serão contabilizados no ativo realizável em longo prazo os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte. Os derivados de empréstimos

a sociedades coligadas ou a diretores e que tenham vencimentos no mesmo exercício da concessão do empréstimo também serão contabilizados no ativo

realizável em longo prazo.

Comentário:

O item está correto.

Segundo a Lei das Sociedades por Ações (6.404/76), o ativo não circulante

realizável a longo prazo é composto por:

a) direitos realizáveis após o término do exercício seguinte;

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b) direitos realizáveis derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a

sociedades coligadas ou controladas, diretores (administradores em geral), acionistas (ou sócios), ou participantes no lucro da companhia, que não

constituírem negócios usuais na exploração do objeto (atividade) da companhia.

Gabarito Certa

17. (Contador/MP RR/2008) Serão contabilizados no ativo realizável em longo

prazo os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte. Os derivados de empréstimos a sociedades coligadas ou a diretores e que tenham

vencimentos no mesmo exercício da concessão do empréstimo também serão contabilizados no ativo realizável em longo prazo.

Comentário:

Transcrição da Lei 6404/76 (Lei das S.A.s)

Gabarito Correto

18. (Contador/TST/2008) De acordo com a legislação societária, adiantamentos

de viagem para tratar dos negócios da empresa, efetuados a diretores, são classificados no ativo realizável a longo prazo.

Comentário:

Como é negócio usual da empresa (adiantamento para viagem), a classificação obedece ao prazo de vencimento. Neste caso, fica no Ativo Circulante.

Gabarito Errada

19. (CESPE/UnB – TRE/ES) Suponha que, em decorrência da aplicação do critério da avaliação a valor justo, tenha havido aumento no valor de um bem

do ativo. Nesse caso, a contrapartida desse aumento será computada como reserva de reavaliação, um subgrupo do patrimônio líquido.

Comentário:

Conforme a Lei das S.A.s, Art. 182:

§ 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos

a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de

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Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177

desta Lei

Ressaltamos que novas reavaliações de ativo estão proibidas no Brasil. Quanto

às que já existiam, no exercício de 2008 as empresas puderam optar entre realizá-las integralmente ou permanecer com o prazo de realização anterior.

Quanto ao Ajuste de Avaliação Patrimonial, aplica-se à variação de valor dos

instrumentos financeiros disponíveis para venda futura.

Gabarito Errada.

20 (TER/ES/2010/Contabilidade/CESPE) A estrutura do balanço patrimonial

obedece a regras rígidas, segundo as quais o grupo de realizável a longo prazo não pode ser demonstrado depois do ativo permanente.

Comentários:

A Lei das S.A.s estabelece que:

§ 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

I – ativo circulante; e II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo,

investimentos, imobilizado e intangível.

A ordem acima, que é decrescente em grau de liquidez, deve ser respeitada. Mas é interessante que a questão menciona o antigo grupo do Ativo

Permanente, que era composto pelos sub-grupos Investimentos, Imobilizado e Diferido.

Gabarito Correta

21. (TRE – ES – 2010 – contabilidade – CESPE) Quando o preço corrente dos bens destinados à alienação ou dos produtos e artigos da indústria e do

comércio da empresa estiver acima do valor do custo de aquisição, a diferença constituirá receita não operacional, mas somente poderá ser usada para a

constituição de reservas de contingência.

Comentários:

Conforme a Lei 6404/76:

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II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em

almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para

ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;

Ou seja, os estoques ficam registrados pelo custo de aquisição, deduzidos de provisão para ajuste ao valor do mercado, quando este for inferior. Se o valor

de mercado for superior ao custo de aquisição, a empresa irá apurar lucro apenas quando realizar a venda.

Gabarito Errado

(TREMT/Contabilidade/2010) Com base no balancete de verificação de determinada empresa, levantado em 31/12/20X1 e mostrado acima, e na

apuração do balanço patrimonial e na demonstração do resultado do exercício (DRE), assinale a opção correta.

22. No balanço patrimonial, o valor do ativo circulante é de R$ 276.000,00.

23. O passivo não circulante, no balanço patrimonial, evidencia o valor total de R$ 3.500,00.

24. O valor total do patrimônio líquido é de R$ 216.000,00.

25. O saldo da conta reserva de lucros é de R$ 140.000,00.

Vamos lá!

COMENTÁRIOS

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Questão 22.

Dissemos que o ativo circulante é composto por: disponibilidade, direitos

realizáveis no curso do exercício social subseqüente e despesas antecipadas.

O que temos no nosso balanço com essa rubrica é:

1) Bancos conta movimento: 50.000,00 2) Duplicatas a receber (Curto prazo): 188.000,00

3) ICMS a recuperar: 38.000,00 Total do ativo circulante: 276.000,00

Gabarito Correto.

Questão 23.

Segundo a Lei 6.404/76, o passivo exigível é circulante quando vencer no exercício seguinte e não circulante quando vencer no exercício posterior ao

seguinte.

Na questão, temos somente um empréstimo, de curto prazo. Não há, portanto, passivo não circulante.

Gabarito Errado.

Questão 24.

Vejamos agora o valor total do PL.

Dissemos que o PL se compõe de: capital social, reservas de lucros, reservas de capital, ajuste de avaliação patrimonial, ações em tesouraria e prejuízos

acumulados.

Na questão, temos:

1) Capital social: 136.000,00 2) Reservas de capital: 80.000,00

Total do PL: 216.000,00.

Gabarito Correto.

Questão 25.

São reservas de lucros:

- Reserva Legal;

- Reservas Estatutárias;

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- Reservas para Contingências;

- Reserva de Incentivos Fiscais; - Reserva de Retenção de Lucros;

- Reserva de Lucros a Realizar; - Reserva Especial de Dividendo Obrigatório Não Distribuído;

- Reserva Específica de Prêmio na Emissão de Debêntures.

A questão não trouxe qualquer reserva de lucros no elenco de contas.

Gabarito Errado.

26. (Cespe) Os saldos acima constavam do balancete de encerramento de

dezembro de 2008 da Papelaria Central Ltda. Com base nessa situação hipotética e nos dados apresentados, o valor total do ativo não-circulante e o do

patrimônio líquido dessa papelaria são, respectivamente, iguais a R$ 1.600,00 e R$ 4.050,00.

Comentários

Vamos montar o balanço patrimonial...

Ativo Passivo

Circulante Circulante

Caixas e bancos 1.600,00 Contas a pagar 950,00

Mercadorias 1.250,00 Impostos a recolher 450,00

Créditos a receber 1.000,00 SUBTOTAL 1.400,00

SUBTOTAL 3.850,00 Patrimônio líquido

Não circulante Capital social 4.500,00

Instalações 2.000,00 (-) Prejuízos acumulados (450,00)

(-) Depreciação de inst. (400) SUBTOTAL 4.050,00

SUBTOTAL 1.600,00

TOTAL 5.450 TOTAL 5.450

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Gabarito, portanto, correto.

Gabarito Correto.

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(Cespe/INMETRO/2009) Considerando as informações da tabela apresentada,

julgue os próximos itens.

27. O ativo circulante totaliza R$ 18.659.

28. O ativo não circulante é igual a R$ 131.320.

29. O passivo não circulante corresponde a R$ 38.370.

Comentários

ATENÇÃO ÀS SEGUINTES CLASSIFICAÇÕES PARA O CESPE:

MATERIAL DE CONSUMO ATIVO CIRCULANTE INSUMOS UTILIZADOS NA MANUTENÇÃO DE VEÍCULOS ATIVO

CIRCULANTE. INVESTIMENTOS EM DEBÊNTURES CONVERSÍVEIS EM AÇÕES ANC –

INVESTIMENTOS.

Apresentemos o balanço patrimonial.

ATIVO PASSIVO

Ativo circulante Passivo circulante

Caixa 530 Contingências trabalhistas 300

Banco 889 Seguros a pagar 1560

Impostos antecipados 1090 Energia a pagar 3320

Seguros antecipados 1340 Fornecedores 4350

Contas a receber 2210 Salários a pagar 21340

PDD -800 TOTAL 30870

Duplicatas descontadas -2450 Passivo não circulante

Material de consumo 2190 Contas a pagar de LP 38370

Aplicações financeiras 3290 TOTAL 38370 Estoque final de

mercadorias 3340 PL

Insumos adquiridos para

manutenção de veículos 2130

TOTAL 13759 Reservas 20239

Ativo não circulante

Capital Social 55600 RLP Impostos a compensar

em LP 2140 TOTAL 75839

Contas a receber de LP 32400 TOTAL DO PASSIVO 145079

TOTAL 34540 0

Imobilizado e investimentos

Máquinas 21300

Investimentos em ações 1240

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Investimentos em debe. 9900

Automóveis 22300

Prédio 33120

Móveis 34500

Imóveis 50900

Casas 60000

Depreciação acumulada -170120

TOTAL 63140

Intangível

Direitos autorais 12.300

Marcas e patentes 21340

TOTAL 33.640

TOTAL DO ATIVO NÃO

CIRC. 131.320

TOTAL DO ATIVO 145.079

Portanto, os gabaritos são:

27. O ativo circulante totaliza R$ 18.659. (Errado).

Gabarito Errado.

28. O ativo não circulante é igual a R$ 131.320. (Correto).

Gabarito Correto.

29. O passivo não circulante corresponde a R$ 38.370. (Correto).

Gabarito Correto.

ATENÇÃO: ATUALMENTE O FIPECAFI CONSIDERA QUE A CONTA DUPLICATAS DESCONTADAS DEVE SER CLASSIFICADA NO PASSIVO, PARA ATENDER AO PRINCÍPIO DA PRIMAZIA DA ESSÊNCIA SOBRE A

FORMA.

(CESPE/Polícia Federal/2004/Regional) Acerca dos registros contábeis de empresas comerciais, de seus livros fiscais, da avaliação de ativos, da influência

do ICMS e das demonstrações contábeis, julgue os itens seguintes.

30. O valor realizável líquido e o custo de reposição são critérios de avaliação de ativos que buscam apresentar o valor econômico destes, uma vez que estão

fundamentados no valor de mercado.

Comentários:

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O valor realizável líquido é o valor de venda, menos as despesas necessárias

para realizar a venda. E o custo de reposição é o custo pelo qual determinado produto ou mercadoria pode ser comprado no mercado.

Os dois valores possuem a característica de serem valores atuais. Assim,

representam o valor econômico, ou seja, o que as mercadorias e produtos valem no momento. Diferem do registro contábil, que usa o critério do valor

original.

Gabarito CERTA

31. (CESPE/Polícia Federal/2004/Regional) As contas registradas no

patrimônio líquido incluem a provisão para contingências. Essa conta representa

o reconhecimento de provável perda futura.

Comentários:

A questão apresenta dois erros: a provisão tem por finalidade dar cobertura a perda ou despesa cujo fato gerador já ocorreu; e é contabilizada no passivo, e

não no PL.

Gabarito ERRADA

32. (CESPE/Polícia Federal/2004/Regional) As demonstrações contábeis obrigatórias incluem o balanço de lucros ou prejuízos acumulados, que

representa a variação do lucro/prejuízo acumulado, ao considerar o resultado do exercício.

Comentário:

As demonstrações contábeis obrigatórias são as seguintes, conforme o art. 176

da Lei 6404/76 (Lei das S.A.s):

Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as

mutações ocorridas no exercício:

I - balanço patrimonial;

II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados; III - demonstração do resultado do exercício; e

IV – demonstração dos fluxos de caixa; e

V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado.

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Como se observa, não há uma demonstração chamada “balanço de lucros

ou prejuízos acumulados”. O nome correto é “Demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados”.

Gabarito ERRADA

33. (CESPE/Contador/STF/2008) O montante pago a título de seguros e transportes sobre compras de mercadorias será incorporado ao valor do

estoque de mercadorias disponíveis para revenda.

Comentários

O custo de aquisição dos estoques compreende:

1) Preço de compra

2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis). Os tributos recuperáveis são:

a) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade não cumulativa)

b) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade não cumulativa)

3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição.

4) Os descontos comerciais e os abatimentos devem ser deduzidos do custo de aquisição.

Gabarito Correto.

34. (CESPE/Contador/STF/2008) O montante pago ao fornecedor a título

de tributos recuperáveis será incorporado ao valor do estoque de mercadorias adquiridas para revenda.

Comentários

O custo de aquisição dos estoques compreende:

1) Preço de compra

2) Impostos de importação e outros tributos (exceto os recuperáveis). Os

tributos recuperáveis são: a) Matéria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na modalidade

não cumulativa) b) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois últimos na

modalidade não cumulativa) 3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuíveis

à aquisição.

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4) Os descontos comerciais e os abatimentos devem ser deduzidos do custo

de aquisição.

Gabarito Errado.

35. (Analista Executivo/Metrologia e Qualidade/Contabilidade/2009/Cespe)

O ajuste a valor presente aplicar-se-á a todos os ativos e passivos de curto e longo prazo. Um exemplo dessa aplicação é o registro de juros embutidos

que não foram contabilizados corretamente no momento da operação.

Comentários

A regra é o ajuste no longo prazo. O curto prazo será ajustado apenas

quando houver efeito relevante.

Gabarito Errado.

36. (MRE/Assistente de Chancelaria/2008/Cespe) A depreciação representa

a parcela redutora do ativo em função do período de sua utilização. Sua correta contabilização proporcionará a obtenção do valor contábil do bem

ao se interpretar o balanço patrimonial.

Comentários

Vamos exemplificar.

Um agente de polícia federal adquiriu o novo hyundai sonata, por R$

100.000,00. A depreciação é de 20% ao ano, sem valor residual. Assim, a depreciação anual será de 100.000 x 20% = R$ 20.000,00 ao ano.

O lançamento da depreciação anual é:

D – Despesa com depreciação 20.000,00

C – Depreciação acumulada 20.000,00

No balanço, ficará assim:

Ativo não circulante – Imobilizado

Veículo Hiunday Sonata 100.000,00 (-) Depreciação acumulada 20.000,00

Valor contábil 80.000,00

Gabarito Correto.

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37. (Cespe) Os bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia

ou utilizados com essa finalidade, antes classificados no ativo imobilizado, passaram a classificar-se no intangível.

Comentários

O item está claramente correto. Antes das modificações contábeis, estes

itens eram classificados no ativo imobilizado. Agora, passam a figurar em subgrupo próprio.

Gabarito Correto.

38. (Analista de Saneamento/Embasa/2009) Um ativo intangível deve ser

reconhecido apenas se for provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis a ele sejam gerados em favor da entidade e se o

custo desse ativo puder ser mensurado com segurança.

Comentários

Dissemos na aula que um item será intangível quando atenda esses três requisitos cumulativamente:

Ser identificável;

Ser controlável;

Ser gerador de benefícios futuros.

Nem todos os itens descritos no item anterior (softwares, patentes) se enquadram na definição de ativo intangível, ou seja, são identificáveis,

controláveis e geradores de benefícios econômicos futuros.

Se um item abrangido pela presente Norma não atenda à definição de ativo intangível, o gasto incorrido na sua aquisição ou geração interna deve ser

reconhecido como despesa quando incorrido.

IMPORTANTE

Um intangível será reconhecido se, cumulativamente, atender aos seguintes critérios:

- Atender ao conceito de intangível, ou seja, ser não monetário identificável sem substância física;

- Ser identificável, controlável e gerar benefícios futuros.

Além disso, o custo do intangível deve ser mensurado com segurança, como

requisito para o seu reconhecimento.

O item está correto.

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Gabarito Correto.

39. (CESPE/Polícia Federal/2009/Nacional) Suponha que uma empresa

mineradora tenha adquirido os direitos de exploração de uma mina por R$ 5 milhões, por meio de um contrato com cinco anos de vigência. Nesse caso, após

dois anos de exploração, se tiverem sido extraídos 30% da possança da mina, o referido ativo, classificado no imobilizado, deverá estar avaliado no balanço da

empresa por R$ 3 milhões.

Comentários

Vamos lá. Devemos nos utilizar de dois critérios:

1) Em função do tempo:

A exploração é para 5 anos, no valor de R$ 5 milhões, ou seja, 1 milhão por

ano.

Assim, passados dois anos teríamos R$ 2 milhões em amortização e valor contábil de R$ 3 milhões (5 -2).

2) Em função da possança:

A exploração é de 30%, em dois anos, o que resulta em R$ 1,5 milhões, dando

um valor contábil de R$ 3,5 milhões (5 – 1,5).

Agora você vai se perguntar: qual dos dois utilizaremos? A resposta, em lição

simples, é: aquele que resultar no maior valor amortizado (e menor valor contábil, conseqüentemente)!

Então, amigos, utilizaremos, neste caso o valor da amortização em função do

tempo, e o ativo estará realmente avaliado por R$ 3 milhões.

Todavia, o item está incorreto. Mas, por quê? A resposta se encontra na classificação que a questão trouxe. Como se trata de exploração de mina,

deveria constar “ativo intangível”, onde se lê “ativo imobilizado”.

Gabarito Errado.

40. (Contador/Ipojuca/2009) Caso o valor recuperável (impairment) de um imobilizado seja inferior ao custo do ativo, deverá ser feita uma contabilização

aumentando o saldo da conta depreciação acumulada e reduzindo o resultado do período.

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Comentários

Uma questão sobre teste de recuperabilidade.

Se o valor recuperável de uma máquina, por exemplo, for de R$ 60.000,00 e o

custo deste ativo for de R$ 70.000,00, o lançamento é feito uma contabilização em conta de despesa própria, no valor de R$ 10.000,00.

O valor da depreciação é ajustado para se adequar ao novo valor, mas a

contrapartida deste ajuste não é feito diretamente à conta de depreciação, mas, sim, em uma conta de despesa. Afinal, nada tem a ver a perda efetuada pelo

teste de recuperabilidade com o valor da depreciação.

D – Outras Despesas – Perda com desvalorização de ativo – 10.000,00 C – Provisão para perda com desvalorização de ativo – 10.000,00

Gabarito Errado.

41. (CESPE/Polícia Federal/2000/Nacional) No recebimento de dinheiro de

acionistas para integralização do capital social subscrito, deverá haver um registro a crédito do capital social ou da conta que registra o capital a

integralizar.

Comentários

O item está correto. Se a empresa X fosse constituída com um capital social de R$ 100.000,00, totalmente integralizado, o lançamento seria:

D – Caixa 100.000,00 (Ativo) C – Capital Social 100.000,00 (PL)

Todavia, caso apenas metade deste valor fosse integralizado, o lançamento, no

momento da constituição da sociedade seria:

D – Caixa 50.000,00 (Ativo) D – Capital Social a Realizar (- PL) 50.000,00

C – Capital Social (PL) 100.000,00

Com a integralização posterior do restante do capital, o lançamento correto será o seguinte:

D – Caixa 50.000,00 (Ativo)

C – Capital Social a Realizar 50.000,00 (PL)

Gabarito Correto.

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(CESPE/Contador/FUB/2011) Julgue os itens seguintes, de acordo com os critérios de avaliação de ativos e passivos, conforme a redação dada à Lei n.º

6.404/1976 pelas Leis n.º 11.638/2007 e n.º 11.941/2009.

42 O método do custo foi abolido como forma de avaliação de investimentos societários.

Comentários

Dissemos que os investimentos permanentes podem ser avaliados tanto pelo

método de custo, como pelo método de equivalência patrimonial.

Gabarito Errado.

43 Avaliam-se os ativos intangíveis pelo custo incorrido na aquisição, vedada qualquer dedução.

Comentários

Pelo que dissemos à aula:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

VII – os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na aquisição

deduzido do saldo da respectiva conta de amortização;

Gabarito Errado.

44 Os estoques devem ser avaliados pelo custo de aquisição ou de fabricação,

reduzido por estimativas de perdas para ajuste ao preço de mercado, quando este for inferior, vedado qualquer outro critério.

Comentários

Segundo a Lei 6.404/76:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em

almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para

ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;

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Ainda, de acordo com o mesmo artigo: § 4° Os estoques de mercadorias fungíveis destinadas à venda poderão ser avaliados pelo valor de

mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela técnica contábil.

As mercadorias fungíveis são as commodities, ou seja, soja, suco de laranja,

café, etc.

As commodities possuem cotação na bolsa de mercadoria. Portanto, normalmente ficam registradas na contabilidade pela cotação da bolsa. Se uma

empresa possui um estoque de, digamos, cem toneladas de soja, ela conseguirá vender esse estoque pela cotação atual da soja na bolsa de

mercadorias.

Repare que isso tira a necessidade de negociação. E esta é a diferença entre as

mercadorias fungíveis e as outras mercadorias.

Vamos examinar os outros produtos. Uma determinada empresa pode usar aço, borracha, tinta e outras matérias primas que custaram 10.000 e construir um

carro que será vendido por 20.000.

Depois de construído, o carro continua avaliado na contabilidade ao preço de custo de 10.000.

E porque não podemos avaliar o carro em estoque pelo seu preço de venda, no

caso, de 20.000? Afinal, a empresa já finalizou o esforço de fabricação do produto.

Mas falta uma parte essencial, que é a validação do mercado. Se a empresa

conseguir vender o carro por 20.000, irá reconhecer uma receita de venda e um

lucro, pois o mercado aceitou esse preço.

Mas se ninguém quiser comprar o carro por 20.000, será necessário negociar e eventualmente diminuir o preço.

Assim, por prudência, o carro, apesar de já construído, fica registrado pelo

custo, até que o mercado aceite o preço estabelecido pela empresa.

Com as commodities, não há necessidade de negociação. O preço já está estabelecido pela cotação em bolsa.

Gabarito Errado.

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45 As contas a receber devem ser avaliadas pelo valor dos títulos que as

compõe menos as devidas estimativas de perdas prováveis na realização.

Comentários

O item está correto. Segundo a Lei 6.404:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no

realizável a longo prazo: (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007)

b) pelo valor de custo de aquisição ou valor de emissão, atualizado conforme disposições legais ou contratuais, ajustado ao valor provável de realização,

quando este for inferior, no caso das demais aplicações e os direitos e

títulos de crédito; (Incluída pela Lei nº 11.638,de 2007)

Gabarito Correto.

46. (CESPE/Contador/FUB/2011) O balanço patrimonial, que é uma demonstração estática, apresenta a posição econômica, financeira e patrimonial

da entidade em determinada data.

Comentários

O balanço patrimonial é como uma foto da entidade em determinado momento.

Representa a posição patrimonial e financeira da entidade. A posição econômica é evidenciada na demonstração do resultado do exercício.

Gabarito Errado.

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QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1. (CESPE/ABIN/Agente Técnico Contabilidade/2010 - adaptada) Em relação às contas que são evidenciadas no balanço patrimonial, julgue os próximos itens.

I - Depreciação acumulada, participações em outras empresas e perdas

estimadas para crédito de liquidação duvidosa são contas redutoras dos elementos patrimoniais.

II - A reserva legal e a reserva estatutária compõem o patrimônio líquido, e a

reserva especial para dividendo obrigatório compõe o passivo exigível.

III - Participações em outras empresas, caixa e equivalentes de caixa e imposto

a recuperar são contas do ativo.

Está correto o que se afirma na(s) assertiva(s): A) I

B) II C) III

D) I e III E) II e III

2. (CESPE) Uma entidade obrigada a elaborar a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados (DLPA) poderá suprir essa exigência incluindo-a na

demonstração das mutações do patrimônio líquido.

Acerca das demonstrações contábeis obrigatórias previstas na legislação societária (Lei n.º 6.404/1976), julgue os próximos itens.

3. (Embasa/2009/CESPE) O balanço patrimonial e a demonstração das mutações do patrimônio líquido fazem parte das demonstrações financeiras de

elaboração obrigatória pela companhia.

Acerca das demonstrações contábeis obrigatórias previstas na legislação societária (Lei n.º 6.404/1976), julgue os próximos itens.

4. (Embasa/2009/CESPE) A demonstração do fluxo de caixa e a demonstração

do valor adicionado são de elaboração facultativa.

5. (Embasa/2009/CESPE) Por se referir a determinado momento, a informação fornecida pelo balanço patrimonial é totalmente estática.

6. (ANTAQ/2009) Em uma companhia, ao fim de cada exercício social, as

demonstrações financeiras deverão exprimir com clareza a situação do seu

patrimônio, incluindo o balanço patrimonial, a demonstração dos lucros ou

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prejuízos acumulados, a demonstração do resultado do exercício, a

demonstração dos fluxos de caixa e, no caso de companhia aberta, a demonstração do valor adicionado.

7. (AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL/2004/NACIONAL) A elaboração do

balanço patrimonial da empresa depende da apuração do lucro do exercício. Essa apuração é efetuada na demonstração de lucros e prejuízos acumulados

(DLPA).

(Analista de Saneamento/Ciências Contábeis/Embasa/2009/Cespe) O patrimônio, sob o ponto de vista contábil, é o conjunto de bens, direitos e

obrigações vinculadas a qualquer pessoa, física ou jurídica. Com relação ao patrimônio das entidades, julgue os itens que se seguem.

8. O conjunto de bens e direitos constitui a parte positiva do patrimônio e, por

isso, é denominado patrimônio líquido.

9. O ativo é constituído pelas obrigações, enquanto o patrimônio líquido resulta

das receitas e despesas da entidade.

10. (Assistente de Saneamento/Técnico Contábil/Embasa/2009/ Cespe) Salários a pagar, fornecedores e ferramentas são componentes do ativo.

11. A conta mercadorias é considerada um bem do ativo circulante.

12. (Técnico de Atividades do Meio Ambiente/Técnico em

Contabilidade/IBAMA/2009/Cespe) De acordo com os componentes patrimoniais da contabilidade, os bens são considerados coisas capazes de satisfazer as

necessidades humanas e suscetíveis de avaliação econômica, e podem ser divididos em bens materiais móveis e imóveis, e bens imateriais, que são

determinados gastos que a empresa faz, os quais, por sua natureza, devem ser

considerados como partes do patrimônio.

13. (Contador/Ipojuca/2009/CESPE) O ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem

ou não futuros benefícios econômicos para a entidade.

14. (Assistente de Saneamento/Técnico Contábil/Embasa/2009/Cespe) A conta adiantamentos de clientes é considerada uma conta do passivo porque

representa adiantamentos dos clientes à empresa.

15. (Contador/Ipojuca/2009) Uma característica essencial para a existência de um passivo é que a entidade tenha uma obrigação presente.

16. (Cespe) Serão contabilizados no ativo realizável em longo prazo os direitos

realizáveis após o término do exercício seguinte. Os derivados de empréstimos

a sociedades coligadas ou a diretores e que tenham vencimentos no mesmo

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exercício da concessão do empréstimo também serão contabilizados no ativo

realizável em longo prazo.

17. (Contador/MP RR/2008) Serão contabilizados no ativo realizável em longo prazo os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte. Os derivados

de empréstimos a sociedades coligadas ou a diretores e que tenham vencimentos no mesmo exercício da concessão do empréstimo também serão

contabilizados no ativo realizável em longo prazo.

18. (Contador/TST/2008) De acordo com a legislação societária, adiantamentos de viagem para tratar dos negócios da empresa, efetuados a diretores, são

classificados no ativo realizável a longo prazo.

19. (CESPE/UnB – TRE/ES) Suponha que, em decorrência da aplicação do critério da avaliação a valor justo, tenha havido aumento no valor de um bem

do ativo. Nesse caso, a contrapartida desse aumento será computada como

reserva de reavaliação, um subgrupo do patrimônio líquido.

20 (TER/ES/2010/Contabilidade/CESPE) A estrutura do balanço patrimonial obedece a regras rígidas, segundo as quais o grupo de realizável a longo prazo

não pode ser demonstrado depois do ativo permanente.

21. (TRE – ES – 2010 – contabilidade – CESPE) Quando o preço corrente dos bens destinados à alienação ou dos produtos e artigos da indústria e do

comércio da empresa estiver acima do valor do custo de aquisição, a diferença constituirá receita não operacional, mas somente poderá ser usada para a

constituição de reservas de contingência.

(TREMT/Contabilidade/2010) Com base no balancete de verificação de determinada empresa, levantado em 31/12/20X1 e mostrado acima, e na

apuração do balanço patrimonial e na demonstração do resultado do exercício

(DRE), assinale a opção correta.

22. No balanço patrimonial, o valor do ativo circulante é de R$ 276.000,00.

23. O passivo não circulante, no balanço patrimonial, evidencia o valor total de R$ 3.500,00.

24. O valor total do patrimônio líquido é de R$ 216.000,00.

25. O saldo da conta reserva de lucros é de R$ 140.000,00.

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26. (Cespe) Os saldos acima constavam do balancete de encerramento de

dezembro de 2008 da Papelaria Central Ltda. Com base nessa situação hipotética e nos dados apresentados, o valor total do ativo não-circulante e o do

patrimônio líquido dessa papelaria são, respectivamente, iguais a R$ 1.600,00 e R$ 4.050,00.

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(Cespe/INMETRO/2009) Considerando as informações da tabela apresentada,

julgue os próximos itens.

27. O ativo circulante totaliza R$ 18.659.

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28. O ativo não circulante é igual a R$ 131.320.

29. O passivo não circulante corresponde a R$ 38.370.

(CESPE/Polícia Federal/2004/Regional) Acerca dos registros contábeis de

empresas comerciais, de seus livros fiscais, da avaliação de ativos, da influência do ICMS e das demonstrações contábeis, julgue os itens seguintes.

30. O valor realizável líquido e o custo de reposição são critérios de avaliação

de ativos que buscam apresentar o valor econômico destes, uma vez que estão fundamentados no valor de mercado.

31. (CESPE/Polícia Federal/2004/Regional) As contas registradas no

patrimônio líquido incluem a provisão para contingências. Essa conta representa o reconhecimento de provável perda futura.

32. (CESPE/Polícia Federal/2004/Regional) As demonstrações contábeis obrigatórias incluem o balanço de lucros ou prejuízos acumulados, que

representa a variação do lucro/prejuízo acumulado, ao considerar o resultado do exercício.

33. (CESPE/Contador/STF/2008) O montante pago a título de seguros e

transportes sobre compras de mercadorias será incorporado ao valor do estoque de mercadorias disponíveis para revenda.

34. (CESPE/Contador/STF/2008) O montante pago ao fornecedor a título

de tributos recuperáveis será incorporado ao valor do estoque de mercadorias adquiridas para revenda.

35. (Analista Executivo/Metrologia e Qualidade/Contabilidade/2009/Cespe)

O ajuste a valor presente aplicar-se-á a todos os ativos e passivos de curto

e longo prazo. Um exemplo dessa aplicação é o registro de juros embutidos que não foram contabilizados corretamente no momento da operação.

36. (MRE/Assistente de Chancelaria/2008/Cespe) A depreciação representa

a parcela redutora do ativo em função do período de sua utilização. Sua correta contabilização proporcionará a obtenção do valor contábil do bem

ao se interpretar o balanço patrimonial.

37. (Cespe) Os bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou utilizados com essa finalidade, antes classificados no ativo imobilizado,

passaram a classificar-se no intangível.

38. (Analista de Saneamento/Embasa/2009) Um ativo intangível deve ser reconhecido apenas se for provável que os benefícios econômicos futuros

esperados atribuíveis a ele sejam gerados em favor da entidade e se o

custo desse ativo puder ser mensurado com segurança.

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39. (CESPE/Polícia Federal/2009/Nacional) Suponha que uma empresa mineradora tenha adquirido os direitos de exploração de uma mina por R$ 5

milhões, por meio de um contrato com cinco anos de vigência. Nesse caso, após dois anos de exploração, se tiverem sido extraídos 30% da possança da mina, o

referido ativo, classificado no imobilizado, deverá estar avaliado no balanço da empresa por R$ 3 milhões.

40. (Contador/Ipojuca/2009) Caso o valor recuperável (impairment) de um

imobilizado seja inferior ao custo do ativo, deverá ser feita uma contabilização aumentando o saldo da conta depreciação acumulada e reduzindo o resultado

do período.

41. (CESPE/Polícia Federal/2000/Nacional) No recebimento de dinheiro de acionistas para integralização do capital social subscrito, deverá haver um

registro a crédito do capital social ou da conta que registra o capital a

integralizar.

(CESPE/Contador/FUB/2011) Julgue os itens seguintes, de acordo com os critérios de avaliação de ativos e passivos, conforme a redação dada à Lei n.º

6.404/1976 pelas Leis n.º 11.638/2007 e n.º 11.941/2009.

42 O método do custo foi abolido como forma de avaliação de investimentos societários.

43 Avaliam-se os ativos intangíveis pelo custo incorrido na aquisição, vedada

qualquer dedução.

44 Os estoques devem ser avaliados pelo custo de aquisição ou de fabricação, reduzido por estimativas de perdas para ajuste ao preço de mercado, quando

este for inferior, vedado qualquer outro critério.

45 As contas a receber devem ser avaliadas pelo valor dos títulos que as

compõe menos as devidas estimativas de perdas prováveis na realização.

46. (CESPE/Contador/FUB/2011) O balanço patrimonial, que é uma demonstração estática, apresenta a posição econômica, financeira e patrimonial

da entidade em determinada data.

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GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

QUESTÃO GABARITO QUESTÃO GABARITO

1 C 24 C

2 C 25 E

3 E 26 C

4 E 27 E

5 C 28 C

6 C 29 C

7 E 30 C

8 E 31 E

9 E 32 E

10 E 33 C

11 C 34 E

12 C 35 E

13 E 36 C

14 C 37 C

15 C 38 C

16 C 39 E

17 C 40 E

18 E 41 C

19 E 42 E

20 C 43 E

21 E 44 E

22 C 45 C

23 E 46 E