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Contabilidade Geral – Pacote de Teoria e Exercícios Agente da Polícia Federal Prof. Moraes Junior Prof. Moraes Junior www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula 8 Demonstração do Resultado do Exercício. Receitas e Despesas. Apuração do Resultado Líquido do Exercício. Conteúdo 8. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) ......................................................... 2 8.1. Introdução .............................................................................................................................. 2 8.2. Estrutura.................................................................................................................................. 3 8.2.1. Receita Bruta de Vendas ou Receita Operacional Bruta ................................... 9 8.2.2. Deduções da Receita Bruta .......................................................................................... 9 8.2.3. Receita Líquida de Vendas ou Receita Operacional Líquida .......................... 10 8.2.4. Custo das Mercadorias Vendidas ou Custo dos Produtos Vendidos ou Custo dos Serviços Prestados................................................................................................. 11 8.2.5. Resultado Operacional Bruto ..................................................................................... 12 8.2.6. Resultado Operacional Líquido ................................................................................. 13 8.2.6.1. Receitas Operacionais .............................................................................................. 13 8.2.6.1.1. Outras Receitas Operacionais ........................................................................... 14 8.2.6.1.2. Receitas Financeiras ............................................................................................. 14 8.2.6.1.3. Outras Receitas....................................................................................................... 15 8.2.6.2. Despesas Operacionais ............................................................................................ 15 8.2.6.2.1. Despesas com Vendas ou Despesas Comerciais ....................................... 15 8.2.6.2.2. Despesas Gerais e Administrativas................................................................. 15 8.2.6.2.3. Despesas Financeiras ........................................................................................... 16 8.2.6.2.4. Outras Despesas Operacionais ......................................................................... 16 8.2.6.2.5. Outras Despesas .................................................................................................... 17 8.2.7. Resultado Não Operacional ........................................................................................ 20 8.2.8. Resultado do Exercício Antes do Imposto de Renda........................................ 21 8.2.9. Resultado do Exercício após o Imposto de Renda ............................................ 21 8.2.10. Participações Estatutárias ........................................................................................ 22 8.2.11. Resultado Líquido do Exercício............................................................................... 23 8.2.12. Lucro Líquido por Ação .............................................................................................. 24 8.3. Memorize para a Prova .................................................................................................... 26 8.4. Exercícios de Fixação........................................................................................................ 29 8.5. Resolução dos Exercícios de Fixação.......................................................................... 38

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Aula 8 Demonstração do Resultado do Exercício. Receitas e Despesas. Apuração do Resultado Líquido do Exercício.

Conteúdo 8. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) ......................................................... 2

8.1. Introdução .............................................................................................................................. 2

8.2. Estrutura .................................................................................................................................. 3

8.2.1. Receita Bruta de Vendas ou Receita Operacional Bruta ................................... 9

8.2.2. Deduções da Receita Bruta .......................................................................................... 9

8.2.3. Receita Líquida de Vendas ou Receita Operacional Líquida .......................... 10

8.2.4. Custo das Mercadorias Vendidas ou Custo dos Produtos Vendidos ou Custo dos Serviços Prestados ................................................................................................. 11

8.2.5. Resultado Operacional Bruto ..................................................................................... 12

8.2.6. Resultado Operacional Líquido ................................................................................. 13

8.2.6.1. Receitas Operacionais .............................................................................................. 13

8.2.6.1.1. Outras Receitas Operacionais ........................................................................... 14

8.2.6.1.2. Receitas Financeiras ............................................................................................. 14

8.2.6.1.3. Outras Receitas ....................................................................................................... 15

8.2.6.2. Despesas Operacionais ............................................................................................ 15

8.2.6.2.1. Despesas com Vendas ou Despesas Comerciais ....................................... 15

8.2.6.2.2. Despesas Gerais e Administrativas ................................................................. 15

8.2.6.2.3. Despesas Financeiras ........................................................................................... 16

8.2.6.2.4. Outras Despesas Operacionais ......................................................................... 16

8.2.6.2.5. Outras Despesas .................................................................................................... 17

8.2.7. Resultado Não Operacional ........................................................................................ 20

8.2.8. Resultado do Exercício Antes do Imposto de Renda ........................................ 21

8.2.9. Resultado do Exercício após o Imposto de Renda ............................................ 21

8.2.10. Participações Estatutárias ........................................................................................ 22

8.2.11. Resultado Líquido do Exercício ............................................................................... 23

8.2.12. Lucro Líquido por Ação .............................................................................................. 24

8.3. Memorize para a Prova .................................................................................................... 26

8.4. Exercícios de Fixação ........................................................................................................ 29

8.5. Resolução dos Exercícios de Fixação .......................................................................... 38

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8. Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) 8.1. Introdução É na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) que aparecerão todas as contas de receita e todas as contas de despesa do período, que são contas transitórias, ou seja, ao final do período de apuração estarão com seus saldos zerados.

A DRE tem por objetivo evidenciar a situação econômica da entidade em um determinado período por meio da apuração do resultado do exercício (lucro ou prejuízo). Relembrando: O Balanço Patrimonial é uma demonstração financeira que evidencia, resumidamente, a situação patrimonial e financeira da entidade, quantitativamente e qualitativamente, em um dado momento. Além disso, a DRE é uma demonstração dedutiva e dinâmica, mostrando o cálculo do resultado do exercício, enquanto que o balanço patrimonial é uma demonstração estática, pois mostra a situação patrimonial em um dado momento. Portanto, a demonstração do resultado destina-se a evidenciar a composição do resultado formado em determinado período de operações da entidade.

Balanço Patrimonial: situação patrimonial e financeira (estática). Demonstração do Resultado do Exercício: situação econômica (dinâmica). Já caiu em prova! (Contador-FUB/DF-2011-Cespe) O resultado da entidade em determinado período é apresentado na demonstração do resultado do exercício, que é uma demonstração dedutiva e dinâmica. E aí? Alguma dúvida? O item está certo.

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8.2. Estrutura

De acordo com o pronunciamento CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis, aprovado pela Resolução CFC no 1.185/09, alterada pela Resolução CFC no 1.376/11, a demonstração do resultado do período deve, no mínimo, incluir as seguintes rubricas, obedecidas também as determinações legais: - receitas; - custo dos produtos, das mercadorias ou dos serviços vendidos; - lucro bruto; - despesas com vendas, gerais, administrativas e outras despesas e receitas operacionais; - parcela dos resultados de empresas investidas reconhecida por meio do método de equivalência patrimonial (ganho de equivalência patrimonial e perda de equivalência patrimonial); - resultado antes das receitas e despesas financeiras; - despesas e receitas financeiras; - resultado antes dos tributos sobre o lucro; - despesa com tributos sobre o lucro; - resultado líquido das operações continuadas; - valor líquido dos seguintes itens:

(i) resultado líquido após tributos das operações descontinuadas; (ii) resultado após os tributos decorrente da mensuração ao valor justo menos despesas de venda ou na baixa dos ativos ou do grupo de ativos à disposição para venda que constituem a unidade operacional descontinuada.

- resultado líquido do período. E o que é uma operação descontinuada? Corresponde ao componente da entidade que foi baixado ou está classificado como mantido para venda e: - representa uma importante linha separada de negócios ou área geográfica de operações; - é parte integrante de um único plano coordenado para venda de uma importante linha separada de negócios ou área geográfica de operações; ou - é uma controlada adquirida exclusivamente com o objetivo da revenda. Ou seja, resumindo, são os ativos imobilizados da empresa de uma linha separada de negócios ou área geográfica de operações que ficaram obsoletos ou descontinuados e foram colocados à venda ou um investimento em controlada adquirido com o objetivo de revenda.

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De acordo com o artigo 187 da Lei das S.A., a demonstração do resultado do exercício discriminará: I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. Na determinação do resultado do exercício serão computados: a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos. Repare que o item “a” acima destaca o princípio da competência. A estrutura da DRE, segundo a Lei das S.A., seria a seguinte: Receita Bruta de Vendas ou Receita Operacional Bruta (-) Deduções da Receita Bruta

(-) Devoluções de Vendas (-) Abatimentos sobre Vendas (-) Descontos Incondicionais Concedidos (-) ISS sobre Vendas (-) ICMS sobre Vendas

(-) PIS e COFINS sobre Vendas (=) Receita Líquida de Vendas ou Receita Operacional Líquida (-) Custo das Mercadorias/Produtos Vendidos/Serviços Prestados (=) Resultado Operacional Bruto

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(=) Resultado Operacional Bruto (-) Despesas com Vendas (-) Despesas Gerais e Administrativas (-) Outras Despesas Operacionais (+) Outras Receitas Operacionais (-) Despesas Financeiras (+) Receitas Financeiras (=) Resultado Operacional Líquido (+) Outras Receitas (pela Lei das S.A., estão após o resultado operacional líquido) (*) (-) Outras Despesas (pela Lei das S.A., estão após o resultado operacional líquido) (*) (=) Resultado Antes dos Tributos (-) CSLL ou Despesa com Provisão para CSLL (=) Resultado do Exercício antes do Imposto de Renda (-) Despesa c/ Provisão do Imposto de Renda (=) Resultado do Exercício após o Imposto de Renda (-) Despesa c/ Participações Societárias sobre o Lucro

Participações de Debêntures Participações de Empregados Participações de Administradores Participações de Partes Beneficiárias

Fundos de Assistência e Previdência de Empregados (=) Resultado Líquido do Exercício Lucro/Prejuízo Líquido por Ação

Resultado = Lucro ou Prejuízo Repare que, na estrutura, aparecem Resultado Operacional Bruto, Resultado Operacional Líquido, Resultado do Exercício Antes do Imposto de Renda, Resultado do Exercício Após o Imposto de Renda e Resultado Líquido do Exercício. A justificativa para a utilização da palavra “resultado” é simples: resultado pode ser lucro ou prejuízo. Portanto, temos as seguintes correlações: Resultado Operacional Bruto = Lucro ou Prejuízo Operacional Bruto ou, simplesmente, Lucro ou Prejuízo Bruto Resultado Operacional Líquido = Lucro ou Prejuízo Operacional Líquido Resultado do Exercício Antes do Imposto de Renda = Lucro ou Prejuízo do Exercício Antes do Imposto de Renda Resultado do Exercício Após o Imposto de Renda = Lucro ou Prejuízo do Exercício Após o Imposto de Renda

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Se houver prejuízo, não haverá imposto de renda a pagar e os resultados antes e após o imposto de renda serão iguais. Resultado Líquido do Exercício = Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício

(*) Receitas e Despesas Não Operacionais Aqui, temos uma polêmica! Contudo, antes de discutir a polêmica, precisamos entender o que são receitas não operacionais e despesas não operacionais. De acordo com o artigo 418 do Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99) serão classificados como ganhos ou perdas de capital os resultados na alienação, na desapropriação, na baixa por perecimento, extinção, desgaste, obsolescência ou exaustão, ou na liquidação de bens do ativo permanente (atual ativo não circulante investimentos, imobilizado e intangível). Portanto, teríamos que as receitas não operacionais estão relacionadas à venda de bens do ativo não circulante (investimentos, imobilizado e intangível), ou seja, vendas que não correspondam à atividade fim da empresa. Por outro lado, as despesas não operacionais serão as despesas por baixa por perecimento, extinção, desgaste, obsolescência ou exaustão, ou na liquidação desses bens, ou seja, o valor contábil do bem do ativo não circulante no momento da alienação. Voltando à polêmica, a Lei no 11.941/09, alterou a redação do inciso IV do artigo 187 da Lei das SA, conforme abaixo: Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: (...) IV - o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais e o saldo da conta de correção monetária (artigo 185, § 3º); IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009) Repare que, antes das alterações, tínhamos o lucro ou prejuízo operacional, as receitas e despesas não operacionais e o saldo da conta de correção monetária. Na nova redação, temos o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas. Quanto à correção monetária, não há problemas, pois ela não existe mais desde 1995. O problema é justamente com as receitas e despesas não operacionais. Repare que a nova redação “transformou” as receitas não operacionais em outras receitas e as despesas não operacionais em outras despesas.

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Repare ainda que, pela redação da Lei das S.A., as outras receitas e as outras despesas continuam após o lucro ou prejuízo operacional. Vamos lá! Pode perguntar! Mas, professor, por que, então, você colocou, na estrutura da DRE, as outras receitas e outras despesas antes do lucro ou prejuízo operacional, ou seja, influenciando no resultado do lucro ou prejuízo operacional. Tudo bem, eu respondo. Porque não houve apenas uma alteração de nomenclatura, apesar de a Lei nos levar a concluir que foi apenas isso. Veja o que foi estabelecido pela Resolução CFC no 1.157/09: Eliminação de receitas e despesas não operacionais A Medida Provisória nº. 449/08 (que foi convertida na Lei no 11.941/09) acatou mais essa regra existente nas normas internacionais: a não segregação dos resultados em operacionais e não operacionais. Assim, no âmbito do processo de convergência com as normas internacionais (leitura sistemática das normas e orientações), as entidades deverão apresentar as “outras receitas/despesas” no grupo operacional e não após a linha do “resultado operacional”. A classificação nessas normas é a divisão dos resultados em resultados das atividades continuadas e resultado das atividades não continuadas. Portanto, não foi apenas uma alteração de nomenclatura, como nos induz a pensar a redação da Lei da S.A., mas também uma alteração na posição das outras receitas (ex-receitas não operacionais) e das outras despesas (ex-despesas não operacionais) dentro da estrutura da DRE, que passaram a figurar antes do lucro ou prejuízo operacional. Considerando a norma, teríamos a seguinte estrutura: Receita Bruta de Vendas ou Receita Operacional Bruta (-) Deduções da Receita Bruta

(-) Devoluções de Vendas (-) Abatimentos sobre Vendas (-) Descontos Incondicionais Concedidos (-) ISS sobre Vendas (-) ICMS sobre Vendas

(-) PIS e COFINS sobre Vendas (=) Receita Líquida de Vendas ou Receita Operacional Líquida (-) Custo das Mercadorias/Produtos Vendidos/Serviços Prestados (=) Resultado Operacional Bruto (-) Despesas com Vendas (-) Despesas Gerais e Administrativas (-) Outras Despesas Operacionais (+) Outras Receitas Operacionais (-) Despesas Financeiras (+) Receitas Financeiras

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(+) Outras Receitas (pela Lei das S.A., estão após o resultado operacional líquido) (*) (-) Outras Despesas (pela Lei das S.A., estão após o resultado operacional líquido) (*) (=) Resultado Operacional Líquido = Resultado antes dos Tributos (-) CSLL ou Despesa com Provisão para CSLL (=) Resultado do Exercício antes do Imposto de Renda (-) Despesa c/ Provisão do Imposto de Renda (=) Resultado do Exercício após o Imposto de Renda (-) Despesa c/ Participações Societárias sobre o Lucro

Participações de Debêntures Participações de Empregados Participações de Administradores Participações de Partes Beneficiárias

Fundos de Assistência e Previdência de Empregados (=) Resultado Líquido do Exercício Lucro/Prejuízo Líquido por Ação Já caiu em prova!(Analista de Correios-Contador-Correios-2011-Cespe) Na demonstração de resultados do exercício, segundo previsão da Lei no 6.404/1976 (Lei das Sociedades por Ações) e suas atualizações, o resultado obtido na alienação do imobilizado deverá ser registrado como outras receitas e servirá de base para a apuração do resultado antes dos tributos. Esta é a questão mais recente do Cespe sobre o tema, mas que ainda gera dúvida quanto ao entendimento da banca. Vejamos. I – O resultado obtido na alienação do imobilizado deverá ser registrado da seguinte maneira: o valor da alienação do ativo imobilizado será registrado em outras receitas e o custo do ativo imobilizado (valor contábil do ativo imobilizado = valor registrado na contabilidade da empresa) será registrado como outras despesas. Portanto, entendo que não é o resultado que é classificado em outras receitas e sim o valor da alienação do bom. O resultado será, justamente, a diferença entre “outras receitas” e “outras despesas”. Outras Receitas (-) Outras Despesas Resultado da Alienação do Imobilizado Portanto, o item está errado. II – Se o Cespe considerou a literalidade de Lei, as “outras receitas” seriam classificadas após o lucro operacional líquido, e as “outras receitas” serviriam de base para apuração do resultado antes dos tributos.

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Lucro Operacional Líquido (+) Outras Receitas Lucros Antes dos Tributos III – Por outro lado, se o Cespe seguiu a norma do CPC e considerou as “outras receitas” antes do lucro operacional líquido, elas também serviriam de base para a apuração do resultado antes dos tributos (...) (+) Outras Receitas (=) Lucro Operacional Líquido = Lucros Antes dos Tributos Ou seja, não há como deduzir o entendimento do Cespe em relação a “outras receitas” e “outras despesas”. O item está errado. Agora, vamos estudar cada item da estrutura da DRE. 8.2.1. Receita Bruta de Vendas ou Receita Operacional Bruta

Na verdade, para ser mais completo, poderíamos dizer que o primeiro item da DRE é a Receita Bruta de Vendas ou Receita Bruta de Prestação de Serviços ou Receita Operacional Bruta. Ou seja, como o próprio nome diz corresponde à receita total de vendas ou prestação de serviços no período de apuração. Mais um detalhe: como IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) é um imposto por fora, ele é adicionado à receita bruta de vendas. O ICMS, por outro lado, é um imposto por dentro, ou seja, já está embutido no preço de venda (já considerado na receita bruta de vendas). Nesse caso, teríamos: Faturamento Bruto (soma da Receita Bruta com o IPI) (-) IPI (=) Receita Bruta de Vendas

8.2.2. Deduções da Receita Bruta

São deduções da receita bruta de vendas: Devoluções de Vendas: as mercadorias compradas retornam do cliente ao fornecedor, por estarem em desacordo com o pedido. Abatimentos: caso o cliente esteja insatisfeito com a mercadoria adquirida, por culpa do fornecedor e não julgar necessário devolvê-la, pode entrar em acordo com o fornecedor e exigir um abatimento, a fim de evitar a devolução. ICMS, PIS, Cofins e ISS sobre Vendas: são os tributos que incidem sobre as vendas.

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Descontos Incondicionais Concedidos: são descontos dados incondicionalmente pelo fornecedor ao cliente, visto que independem das condições de pagamento. Repare que não há previsão expressa dos descontos incondicionais na Lei das S.A., mas muitas empresas registram esta conta justamente para distinguir este tipo de desconto dos abatimentos sobre vendas. 8.2.3. Receita Líquida de Vendas ou Receita Operacional Líquida

Corresponde ao resultado da subtração da Receita Bruta de Vendas pelas deduções de vendas. Receita Bruta de Vendas ou Receita Operacional Bruta (-) Deduções da Receita Bruta

(-) Devoluções de Vendas (-) Abatimentos sobre Vendas (-) Descontos Incondicionais Concedidos (-) ISS sobre Vendas (-) ICMS sobre Vendas

(-) PIS e COFINS sobre Vendas (=) Receita Líquida de Vendas ou Receita Operacional Líquida Já caiu em prova! (Consultor do Executivo-Ciências Contábeis-Sefaz/ES-2010-Cespe) O valor da receita líquida é apurado deduzindo-se do valor da receita bruta das vendas e serviços os valores das deduções de vendas, dos abatimentos e dos impostos. Repare que a questão seguiu a literalidade da Lei das S.A. (artigo 187, inciso I) e não entrou no mérito do desconto incondicional: Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; (...) Portanto, o valor da receita líquida é apurado deduzindo-se do valor da receita bruta das vendas e serviços os valores das deduções de vendas, dos abatimentos e dos impostos. O item está certo.

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8.2.4. Custo das Mercadorias Vendidas ou Custo dos Produtos Vendidos ou Custo dos Serviços Prestados Corresponde ao custo efetivo das mercadorias e pode ser calculado por meio da fórmula: Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) = EI + C – EF EI = Estoque Inicial C = Compras Líquidas do Período EF = Estoque Final Em relação aos serviços prestados, teríamos o CSP (Custo dos Serviços Prestados). Finalmente, em relação aos produtos vendidos, teríamos o CPV (Custo dos Produtos Vendidos). Para calcular as compras líquidas do período, utiliza-se a seguinte fórmula:

(+) Compras (-) Tributos a Recuperar Compras Brutas (-) Devoluções (+) Fretes + Seguros (+) Carga + Descarga + Armazenagem (+) Tributos Não Recuperáveis (-) Abatimentos (-) Descontos Incondicionais Obtidos

Compras Líquidas Lembre que, por exemplo, o ICMS sobre as mercadorias compradas para revenda (ICMS a Recuperar) é imposto que a empresa poderia compensar com o ICMS sobre as mercadorias vendidas (ICMS a Recolher). Por outro lado, o IPI sobre as compras de mercadorias para revenda não será recuperável para a empresa e se tornará custo das compras. Outros custos de compras, por exemplo, são o frete e o seguro, desde que pagos pelo comprador. Já caiu em prova!(Analista Judiciário-Contabilidade-TRE/BA-2009-Cespe)

Conta Saldo (em R$) Frete sobre compras 680 Despesa de amortização 1.200 Despesas financeiras 3.320 Despesas de manutenção 5.560 Despesas antecipadas de seguros 9.980 Receita financeira 12.100 Compra de mercadorias 12.300

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Despesas antecipadas de aluguel 12.300 Reservas de lucros antes da apuração do resultado 12.340 Despesa de depreciação 14.500 Despesas gerais 14.580 Impostos sobre vendas 24.590 Despesas administrativas 32.100 Estoque inicial de mercadorias 52.000 Custo das mercadorias vendidas 60.000 Receita líquida de vendas 123.400 É correto afirmar, com base nos dados apresentados, que o valor do estoque final de mercadorias para revenda é igual a R$ 4.980. Para calcular o estoque final temos que utilizar a fórmula do CMV: CMV = EI + C – EF CMV = Custo das Mercadorias Vendidas = 60.000 EI = Estoque Inicial de Mercadorias = 52.000 C = Compras Líquidas = Compras de Mercadorias + Frete sobre Compras ⇒ ⇒ C = 12.300 + 680 = 12.980 CMV = EI + C – EF ⇒ 60.000 = 52.000 + 12.980 – EF ⇒ ⇒ EF = 64.980 – 60.000 ⇒ EF = 4.980. O item está certo. 8.2.5. Resultado Operacional Bruto Corresponde ao lucro ou prejuízo operacional bruto, após a dedução de custo das mercadorias vendidas ou dos serviços prestados da receita operacional líquida. (=) Receita Líquida de Vendas ou Receita Operacional Líquida (-) Custo das Mercadorias/Produtos/Serviços Vendidos/Prestados (=) Resultado Operacional Bruto (Lucro ou Prejuízo Operacional Bruto ou, simplesmente, Lucro ou Prejuízo Bruto) Este resultado também é denominado: Resultado com Mercadorias ou Resultado com Serviços Prestados. Já caiu em prova! (Consultor do Executivo-Ciências Contábeis-Sefaz/ES-2010-Cespe) O valor do lucro bruto é determinado por meio da dedução do valor do custo das mercadorias e serviços do valor da receita líquida do período. Receita Líquida de Vendas ou Receita Operacional Líquida ou Vendas Líquidas (-) Custo das Mercadorias Vendidas Resultado Operacional Bruto ou Resultado com Mercadorias

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Se o resultado operacional for maior que zero temos um lucro bruto. Se for menor que zero, temos um prejuízo bruto. Contudo, normalmente, será lucro bruto, pois uma empresa não vai querer ficar vendendo mercadorias com prejuízo, certo? O item está certo. 8.2.6. Resultado Operacional Líquido O resultado operacional líquido será obtido a partir do resultado operacional bruto, somando-se todas as receitas operacionais e subtraindo-se todas as despesas operacionais. (=) Resultado Operacional Bruto (Lucro ou Prejuízo Operacional Bruto) (-) Despesas c/ Vendas (-) Despesas Gerais e Administrativas (-) Outras Despesas Operacionais (+) Outras Receitas Operacionais (-) Despesas Financeiras (+) Receitas Financeiras (+) Outras Receitas (-) Outras Despesas (=) Resultado Operacional Líquido (Lucro ou Prejuízo Operacional Líquido)

Se, na questão, aparecer somente lucro operacional ou prejuízo operacional, devemos entender que é um lucro operacional líquido ou um prejuízo operacional líquido. 8.2.6.1. Receitas Operacionais São exemplos de receitas operacionais: - Receita Operacional Bruta (aparece no início da DRE) - Receita Operacional Líquida (aparece no início da DRE) - Outras Receitas Operacionais - Receitas Financeiras - Outras Receitas

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8.2.6.1.1. Outras Receitas Operacionais São exemplos de outras receitas operacionais: - Aluguéis Ativos ou Receita de Aluguéis - Reversão de Provisões - Receita de Dividendos - Receita de Equivalência Patrimonial

8.2.6.1.2. Receitas Financeiras

São exemplos de receitas financeiras: - Juros Ativos: juros ganhos em aplicações financeiras, concessão de empréstimos a terceiros, cobrados por atraso no pagamento de duplicatas por clientes. - Descontos Condicionais (ou Financeiros) Obtidos: por exemplo, descontos obtidos por antecipação do pagamento de uma dívida. Já caiu em prova!(Analista Administrativo-Contábil-Previc-2010-Cespe) O lucro bruto calculado na demonstração do resultado do exercício inclui as receitas decorrentes de aplicações no mercado de títulos mobiliários, independentemente da natureza da entidade.

As receitas decorrentes de aplicações no mercado de títulos mobiliários são receitas financeiras, caso esta não seja a atividade fim da empresa. Por outro lado, se for a atividade fim da empresa (Exemplo: Bancos), aí sim seriam incluídas como receitas operacionais e influenciariam na apuração do lucro bruto. Se o item não informar nada, considere que as receitas ou despesas deste tipo são financeiras. Corrigindo o item: O lucro bruto calculado na demonstração do resultado do exercício inclui as receitas decorrentes de aplicações no mercado de títulos mobiliários, para empresas cuja atividade seja financeira (Ex: Bancos). O item está errado.

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8.2.6.1.3. Outras Receitas São as receitas do período que não estão diretamente ligadas à atividade fim da empresa. Como exemplo, temos a receita obtida com a venda de bens do ativo não circulante. Outros exemplos: - Reversão da Provisão para Perdas Prováveis da Realização de Investimentos - Receitas decorrentes de eventos que resultem no aumento da porcentagem no capital social de coligada ou controlada 8.2.6.2. Despesas Operacionais São exemplos de despesas operacionais: - Despesas com Vendas ou Despesas Comerciais - Despesas Gerais ou Administrativas - Despesas Financeiras - Outras Despesas Operacionais - Outras Despesas 8.2.6.2.1. Despesas com Vendas ou Despesas Comerciais

Correspondem aos gastos com a comercialização e distribuição das mercadorias/produtos. São exemplos de despesas com vendas ou despesas comerciais: - Comissões de Vendedores - Propaganda e Publicidade - Brindes - Embalagens - Despesas com Provisões para Créditos de Liquidação Duvidosa - Frete sobre vendas a cargo do fornecedor - Entre outras 8.2.6.2.2. Despesas Gerais e Administrativas São as despesas que ocorrem no processo de administração e funcionamento da empresa. São exemplos de despesas gerais e administrativas: - Salários - Décimo Terceiro Salário - Férias - Encargos Sociais - Assistência Médica e Social - Transporte - Honorários da Diretoria - Aluguéis - Seguros

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- IPTU - Energia Elétrica - Telefone - Água e Esgoto - Material de Expediente - Depreciação - Amortização - Exaustão - Entre outras 8.2.6.2.3. Despesas Financeiras Correspondem a remunerações aos capitais de terceiros, que financiam as atividades da empresa. São exemplos de despesas financeiras: - Juros Passivos ou Despesas de Juros - Descontos Financeiros Concedidos ou Descontos Condicionais Concedidos - Variações Monetárias Passivas ou Perdas Cambiais - IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) - Deságio na emissão de debêntures - Entre outras Atenção para a diferença entre descontos incondicionais (dedução da receita bruta de vendas) e desconto condicional (como o próprio nome sugere, depende de uma condição): Descontos Incondicionais Concedidos: são descontos dados incondicionalmente pelo fornecedor ao cliente, visto que independem das condições de pagamento. Repare que não há previsão expressa dos descontos incondicionais na Lei das S.A., mas muitas empresas registram esta conta justamente para distinguir este tipo de desconto dos abatimentos sobre vendas. Desconto Condicional ou Financeiro: obtido em função de pagamento antecipado, em razão de uma compra a prazo, pelo cliente ao fornecedor. Este desconto será uma Despesa Financeira para o Fornecedor e uma Receita Financeira para o Cliente, pois não é uma operação com mercadoria e sim uma operação financeira. 8.2.6.2.4. Outras Despesas Operacionais Apesar de não serem comerciais, financeiras ou administrativas, também são consideradas operacionais. Como exemplo de outras despesas operacionais, temos a perda com equivalência patrimonial.

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8.2.6.2.5. Outras Despesas São as despesas do período que não estão diretamente ligadas à atividade fim da empresa. Como exemplo, temos o valor contábil do bem do ativo não circulante (custo do bem) por ocasião de sua alienação. Outros exemplos: - Despesas decorrentes da constituição de Provisão para Perdas Prováveis da Realização de Investimentos - Despesas decorrentes de eventos que resultem na redução de porcentagem no capital social de coligada ou controlada Já caiu em prova!(Analista Judiciário-Contabilidade-TRE/BA-2009-Cespe)

conta Saldo (em R$) Frete sobre compras 680 Despesa de amortização 1.200 Despesas financeiras 3.320 Despesas de manutenção 5.560 Despesas antecipadas de seguros 9.980 Receita financeira 12.100 Compra de mercadorias 12.300 Despesas antecipadas de aluguel 12.300 Reservas de lucros antes da apuração do resultado 12.340 Despesa de depreciação 14.500 Despesas gerais 14.580 Impostos sobre vendas 24.590 Despesas administrativas 32.100 Estoque inicial de mercadorias 52.000 Custo das mercadorias vendidas 60.000 Receita líquida de vendas 123.400 As demonstrações contábeis acumulam os saldos das contas e evidenciam as modificações patrimoniais. Acerca das demonstrações contábeis, suas características e especificidades, e considerando as informações apresentadas na tabela acima, referentes a uma empresa hipotética, julgue os itens seguintes. 1. Na situação apresentada na tabela, após a incorporação do resultado apurado e respectiva elaboração da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados, o saldo final da conta resultados acumulados será igual a R$ 30.970, devedor. Desse modo, ao se elaborar o balanço patrimonial, a conta que evidencia os resultados acumulados deve ser denominada prejuízos acumulados.

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Primeiramente, vamos apurar o resultado do exercício: DRE Saldo (em R$)

Receita líquida de vendas 123.400 (-) Custo das mercadorias vendidas (60.000) (=) Lucro Bruto 63.400 (-) Despesa de amortização (1.200) (-) Despesas financeiras (3.320) (-) Despesas de manutenção (5.560) (+) Receita financeira 12.100 (-) Despesa de depreciação (14.500) (-) Despesas gerais (14.580) (-) Despesas administrativas (32.100) (=) Lucro Líquido do Exercício 4.240 Algumas observações importantes: I - Frete sobre compras: como é custo das compras, já está incluído no valor do estoque e, consequentemente, no cálculo do CMV (Custo das Mercadorias Vendidas). Por isso, não consta, explicitamente, na DRE. II – Despesas antecipadas de seguros: se é uma despesa antecipada, o fato gerador, pelo princípio da competência, ainda não ocorreu. Portanto, é um direito da empresa, classificado no ativo circulante ou realizável a longo prazo. Como o item não informou nada, será considerado no ativo circulante. III – Impostos sobre vendas: os impostos sobre vendas são deduções da receita bruta de vendas. Como o item já informou a receita líquida de vendas que corresponde ao resultado da subtração da receita bruta de vendas por suas deduções, não há que se considerar os impostos sobre vendas no cálculo do resultado do período. Se considerarmos que o saldo inicial da conta Lucros Acumulados é zero (não foi um informado), com a apuração do resultado do exercício (lucro líquido do exercício de R$ 4.240,00) e a respectiva transferência para a conta lucros acumulados, teríamos um saldo final de lucros acumulados de R$ 4.240,00. O lançamento seria: Apuração do Resultado do Exercício a Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) 4.240 O item está errado.

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Aqui, cabe uma observação importante: Conta “Prejuízos Acumulados”: com a publicação da Lei no 11.638/07, houve a extinção da conta “Lucros ou Prejuízos Acumulados”, que passou a ser denominada “Prejuízos Acumulados”. Além disso, de acordo com a Lei no 10.303/01, o lucro do período que não for distribuído para reservas ou dividendos, também deverá ser distribuído como dividendos. Por essa razão, nunca haverá “Lucros Acumulados” nesta conta. Contudo, de acordo com os itens 42 e 43 da Deliberação CVM no 565, de 17/12/2008, a conta “Lucros Acumulados” continuará nos planos de contas, e seu uso continuará a ser feito para receber o resultado do exercício, as reversões de determinadas reservas, os ajustes de exercícios anteriores, para distribuir os resultados nas suas várias formas e destinar valores para reservas de lucros. Além disso, de acordo com a Resolução CFC no 1.159/09: - Com a nova redação dada pela Lei nº. 11.638/07 ao art. 178 (alínea d) da Lei nº. 6.404/76, não há mais a previsão da conta “Lucros ou Prejuízos Acumulados” como conta componente do Patrimônio Liquido, tendo em vista que o referido artigo previu apenas, como uma das contas componente do Patrimônio Líquido, a conta de “Prejuízos Acumulados”. - É válido ressaltar, todavia, que a não manutenção de saldo positivo nessa conta só pode ser exigida para as sociedades por ações, e não às demais sociedades e entidades de forma geral. - Dessa forma, a nova legislação societária vedou às sociedades por ações apresentarem saldo de lucros sem destinação, não sendo mais permitido, para esse tipo de sociedade, apresentar nas suas demonstrações contábeis, a partir da data de 31/12/08, saldo positivo na conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados. - A conta Lucros ou Prejuízos Acumulados deve permanecer no Plano de Contas de todas as entidades, haja vista que o seu uso continuará sendo feito para receber o registro do resultado do exercício, bem com as suas várias formas de destinações (constituição de reservas, distribuição de lucros ou dividendos, etc.). 2. Na situação da tabela, ao se elaborar a DRE, o resultado líquido apurado será igual a R$ 42.630, devedor. Conforme calculado no item anterior, foi apurado um lucro líquido do exercício de R$ 4.240,00 (saldo credor). Portanto, o item está errado.

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3. É correto afirmar, com base nos dados apresentados, que o valor do estoque final de mercadorias para revenda é igual a R$ 4.980. Para calcular o estoque final temos que utilizar a fórmula do CMV: CMV = EI + C – EF CMV = Custo das Mercadorias Vendidas = 60.000 EI = Estoque Inicial de Mercadorias = 52.000 C = Compras Líquidas = Compras de Mercadorias + Frete sobre Compras ⇒ ⇒ C = 12.300 + 680 = 12.980 CMV = EI + C – EF ⇒ 60.000 = 52.000 + 12.980 – EF ⇒ ⇒ EF = 64.980 – 60.000 ⇒ EF = 4.980. O item está certo. 4. Se a empresa concedesse abatimento sobre vendas no valor de R$ 8.000, o lucro bruto apurado seria reduzido para R$ 55.400. O abatimento sobre vendas é uma dedução da receita bruta de vendas. Portanto, a receita líquida de vendas seria reduzida em R$ 8.000,00. Nesse caso, teríamos: Receita Líquida de Vendas = 123.400 – 8.000 = 115.400

DRE Saldo (em R$) Receita líquida de vendas 115.400 (-) Custo das mercadorias vendidas (60.000) (=) Lucro Bruto 55.400 O item está certo. 8.2.7. Resultado Não Operacional O resultado não operacional (lucro ou prejuízo não operacional) corresponde ao resultado da diferença entre as receitas e despesas não operacionais, que, atualmente, são representadas na DRE como outras receitas e outras despesas respectivamente. Portanto, após as alterações da Lei das S.A.: Receitas Não Operacionais = Outras Receitas Despesas Não Operacionais = Outras Despesas Receitas Não Operacionais (–) Despesas Não Operacionais Resultado Não Operacional

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Quando um bem do ativo não circulante da empresa é alienado ou baixado por perecimento, extinção, desgaste, obsolescência ou exaustão, a empresa deve apurar o resultado desse evento, que poderá ser um ganho ou uma perda de capital. Para apurar esse resultado, a empresa deverá confrontar o valor de alienação com o valor contábil do bem. O valor contábil do bem é aquele que estiver registrado na escrituração do contribuinte, diminuído, se for o caso, pela depreciação, amortização ou exaustão acumulada. Haverá ganho de capital quando o valor da alienação for maior que o valor contábil do bem e haverá perda de capital quando o valor da alienação for menor que o valor contábil do bem. Ganho de Capital: Valor de Alienação > Valor Contábil Perda de Capital: Valor de Alienação < Valor Contábil 8.2.8. Resultado do Exercício Antes do Imposto de Renda

O resultado do exercício antes do imposto de renda é obtido subtraindo-se o resultado operacional líquido da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) do período. Caso não tenha CSLL no período, o resultado do exercício antes do imposto de renda será igual ao resultado operacional líquido. (=) Resultado Operacional Líquido (-) CSLL ou Despesa com Provisão para CSLL (=) Resultado do Exercício antes do Imposto de Renda 8.2.9. Resultado do Exercício após o Imposto de Renda O resultado do exercício após o imposto de renda é obtido subtraindo-se o resultado do exercício antes do imposto de renda da provisão para imposto renda. Caso não tenha imposto de renda no período, o resultado do exercício após do imposto de renda será igual ao resultado do exercício antes do imposto de renda. (=) Resultado do Exercício antes do Imposto de Renda (-) Imposto de Renda ou Despesa com Provisão para Imposto de Renda (=) Resultado do Exercício após o Imposto de Renda O encargo com o imposto de renda (IR) e com a contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) deve ser reconhecido e contabilizado no próprio período da ocorrência do lucro a que se refere, embora seja pago em período seguinte ao de sua apuração e declarado oficialmente no exercício fiscal seguinte.

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8.2.10. Participações Estatutárias O artigo 187 da Lei da S/A define que as participações estatutárias são:

- Participações de Debêntures; - Participações de Empregados; - Participações de Administradores; - Participações de Partes beneficiárias; e - Participações de Instituições ou Fundos de Assistência ou Previdência de Empregados.

Guarde a ordem que é importante: DEAPF. A base de cálculo dessas participações estatutárias é:

(=) Resultado do Exercício após o Imposto de Renda (-) Saldo da Conta Prejuízos Acumulados Base de Cálculo das Participações Estatutárias

A conta “Prejuízos Acumulados” não faz parte da DRE, mas ela influencia na base de cálculo das participações estatutárias. O artigo 190 da Lei das S/A determina que as participações dos empregados, administradores e partes beneficiárias serão determinadas, sucessivamente, e nessa ordem, com base nos lucros que remanescerem depois de deduzida a participação anteriormente calculada (por isso que é importante saber a ordem). Apesar de o artigo 190 não fazer referência aos debenturistas, esta participação deverá ser a primeira a ser calculada. Já caiu em prova!(Contabilidade-Analista Judiciário-TRT/21R-2010-Cespe) Se uma empresa utilizar parte de seu resultado econômico para instituir o fundo de previdência de seus empregados e administradores, ela poderá registrar a parcela destinada a esse fundo como despesa na demonstração do resultado do exercício. De acordo com o inciso VI do artigo 187 da Lei das S.A.: Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: (...) VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa.

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Portanto, se uma empresa utilizar parte de seu resultado econômico para instituir o fundo de previdência de seus empregados e administradores, ela não poderá registrar a parcela destinada a esse fundo como despesa na demonstração do resultado do exercício, tendo em vista que aparecerá na DRE como participações em fundos de previdência de empregados, após o lucro após o imposto de renda. O item está errado.

Não confunda a conta “Prejuízo do Exercício”, que corresponde ao valor do resultado do período, com a conta “Prejuízos Acumulados”, que é uma conta do patrimônio líquido e representa os prejuízos acumulados de períodos anteriores. Prejuízo do Exercício: conta de resultado (despesa) Prejuízos Acumulados: conta patrimonial (pertence ao patrimônio líquido – é retificadora do patrimônio líquido). 8.2.11. Resultado Líquido do Exercício O resultado líquido do exercício (lucro ou prejuízo) corresponde ao resultado da subtração do resultado do exercício após o imposto de renda pelas participações estatutárias. (=) Resultado do Exercício após o Imposto de Renda (-) Participações Estatutárias (-) Participação de Debêntures (-) Participação de Empregados (-) Participação de Administradores (-) Participação de Partes Beneficiárias

(-) Participação de Instituições ou Fundos de Assistência ou Previdência de Empregados

Resultado Líquido do Exercício Já caiu em prova! (Contador-Analista em Gestão Administrativa-SAD/PE-2010-Cespe-Adaptada ao Modelo Certo ou Errado)

Aluguel 3.200 Compras 124.800 Devolução de compras 3.200 Devolução de vendas 2.500 Fretes sobre compras 6.000 Propaganda 4.300 Receitas financeiras 6.400 Salários 14.800 Seguros sobre compras 600 Vendas 190.000

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Uma empresa comercial levantou os saldos em suas contas de resultado no final de 2009, mostrados na tabela acima. O estoque inicial dessa empresa era de R$ 38.000,00 e o estoque final de R$ 25.000,00. Com base nessas informações e nos princípios de contabilidade, os resultados, em reais, do líquido do período, do custo da mercadoria vendida do período e do resultado financeiro líquido são, respectivamente, 30.400, 140.000 e 3.900. I – Cálculo do custo das mercadorias vendidas (CMV): CMV = EI + C – EF EI = Estoque Inicial = 38.000 Compras 124.800 (-) Devolução de Compras (3.200) (+) Frete sobre Compras 6.000 (+) Seguros sobre Compras 600 C = Compras Líquidas 128.200 EF = Estoque Final = 25.000 CMV = 38.000 + 128.200 – 25.000 = 141.200 II – Cálculo do resultado financeiro líquido: Receitas Financeiras 6.400 Não há despesas financeiras. III – Cálculo do resultado líquido do período: Vendas 190.000 (-) Devolução de Vendas (2.500) Vendas Líquidas 187.500 (-) CMV (141.200) Lucro Bruto 46.300 (-) Aluguel (3.200) (-) Propaganda (4.300) (-) Salários (14.800) (+) Receitas Financeiras 6.400 Lucro Líquido do Exercício 30.400 O item está errado. 8.2.12. Lucro Líquido por Ação

É a última informação da DRE e corresponde ao lucro líquido do exercício (caso tenha lucro no período) dividido pelo número total de ações da empresa. Lucro Líquido por Ação (LLA) = LLEx/Total de Ações

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Já caiu em prova! (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas-Sefaz/SP-2009-Esaf-Adaptada ao Modelo Cespe-Certo ou Errado) A empresa Soledade S/A, de Guaraí, no Estado do Tocantins, tem um capital social de R$ 240.000,00, formado por 30.000 ações ordinárias, que dão a seus donos direitos iguais. No exercício de 2008, a empresa finalizou, corretamente, a sua demonstração de resultado do exercício com os seguintes valores: Lucro líquido antes do Imposto de Renda 186.000,00 Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido

31.500,00 Participações Estatutárias sobre o Lucro 10.500,00 Como se sabe, a última linha dessa demonstração de lucros deverá indicar o montante do lucro por ação do capital social que, neste caso, será no valor de R$ 4,80. Esta questão possui uma informação importante, que deve ser memorizada para a prova: A última linha da demonstração do resultado do exercício deverá indicar o montante do lucro por ação do capital social. Vamos à resolução da questão: Lucro líquido antes do Imposto de Renda 186.000,00 (-) Provisão para IR e CSLL (31.500,00) Lucro Após o IR e CSLL 154.500,00 (-) Participações Estatutárias sobre o Lucro (10.500,00) Lucro Líquido do Exercício 144.000,00 Capital Social ⇒ formado por 30.000 ações Lucro Líquido por Ação do Capital Social = LLEx/Número Total de Ações ⇒ ⇒ Lucro Líquido por Ação do Capital Social = 144.000/30.000 ⇒ ⇒ Lucro Líquido por Ação do Capital Social = R$ 4,80 O item está certo.

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8.3. Memorize para a Prova 1. Estrutura da DRE Receita Bruta de Vendas ou Receita Operacional Bruta (-) Deduções da Receita Bruta

(-) Devoluções de Vendas (-) Abatimentos sobre Vendas (-) Descontos Incondicionais Concedidos (-) ISS sobre Vendas (-) ICMS sobre Vendas

(-) PIS e COFINS sobre Vendas (=) Receita Líquida de Vendas ou Receita Operacional Líquida (-) Custo das Mercadorias/Produtos Vendidos/Serviços Prestados (=) Resultado Operacional Bruto (-) Despesas c/ Vendas (-) Despesas Gerais e Administrativas (-) Outras Despesas Operacionais (+) Outras Receitas Operacionais (-) Despesas Financeiras (+) Receitas Financeiras (+) Outras Receitas (pela Lei das S.A., estão após o resultado operacional líquido) (-) Outras Despesas (pela Lei das S.A., estão após o resultado operacional líquido) (=) Resultado Operacional Líquido (-) CSLL ou Despesa com Provisão para CSLL (=) Resultado do Exercício antes do Imposto de Renda (-) Despesa c/ Provisão do Imposto de Renda (=) Resultado do Exercício após o Imposto de Renda (-) Despesa c/ Participações Societárias sobre o Lucro

Participações de Debêntures Participações de Empregados Participações de Administradores Participações de Partes Beneficiárias

Fundos de Assistência e Previdência de Empregados (=) Resultado Líquido do Exercício Lucro/Prejuízo Líquido por Ação 2. Apuração do Resultado do Exercício 2.1 – Levantamento do 1o balancete de verificação Total dos saldos devedores = Total dos saldos credores (contas patrimoniais e de resultado) 2.2 – Ajustes Decorrem do Princípio da Competência (provisões, depreciações, despesas e receitas antecipadas etc.)

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2.3 – Apuração do Resultado Operacional Bruto (Lucro ou Prejuízo Bruto) Receita Líquida de Vendas (-) CMV Resultado Operacional Bruto 2.4 – Apuração do Resultado Operacional Líquido (Lucro ou Prejuízo Operacional) Resultado Operacional Bruto (-) Despesas Operacionais (+) Receitas Operacionais Resultado Operacional Líquido 2.5 – Cálculo da CSLL e do IR Resultado Operacional Líquido (-) Despesa com Provisão para CSLL Resultado do Exercício antes do IR (-) Despesa com Provisão para IR Resultado do Exercício após o IR 2.6 – Cálculo das participações estatutárias Debêntures Empregados Administradores Partes Beneficiárias Fundos de Assistência e Previdência de Empregados O cálculo é feito nesta ordem, e cada participação reduz a base de cálculo da participação seguinte. ATENÇÃO!! ��� Os prejuízos acumulados porventura existentes reduzem a base de cálculo das participações. 2.7 – Apuração do Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício Resultado do Exercício após o IR (-) Participações Estatutárias Lucro ou Prejuízo Líquido do Exercício O resultado do exercício é transferido para a conta Lucros Acumulados, se houver lucro, ou Prejuízos Acumulados, se houver prejuízo.

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No caso de lucro do período, deverá integralmente ser destinado a reservas ou dividendos. Se for um prejuízo, poderá permanecer no PL, como prejuízos acumulados. 2.8 – Destinações do Lucro Líquido Antes das destinações, devem-se compensar eventuais prejuízos acumulados. Contudo, eventuais lucros acumulados não devem ser somados. Possíveis destinações: Reserva Legal Demais Reservas de Lucros Dividendos Aumento do Capital Social 2.9 – Levantamento do 2.º balancete de verificação Total dos saldos devedores = Total dos saldos credores (somente contas patrimoniais)

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8.4. Exercícios de Fixação

Suponha que uma empresa comercial tenha apresentado, ao final do exercício, entre outros, os seguintes saldos (em R$ 1.000,00): • vendas de mercadorias: 2.500 * • receita de prestação de serviços: 800 * • descontos concedidos a grandes clientes: 100 • descontos por pagamentos antecipados: 75 • IPI sobre vendas: 180 • ICMS sobre vendas: 240 • ISS sobre serviços prestados: 40 • comissões sobre vendas: 125 * Incluídos os impostos calculados “por dentro”. Considerando os dados acima, julgue os itens subsequentes. 297.(Analista Judiciário-Apoio Especializado-Contabilidade-TJ/ES-2011-Cespe) A receita líquida das vendas de mercadorias e das prestações de serviços foi de R$ 2.920.000,00. 298.(Analista Judiciário-Apoio Especializado-Contabilidade-TJ/ES-2011-Cespe) O faturamento bruto da empresa foi de R$ 3.300.000,00. 299.(Especialista em Gestão, Regulação e Vigilância em Saúde-Contador-SESA/ES-2011-Cespe) As participações estatutárias de empregados, administradores e partes beneficiárias devem ser determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com base nos lucros que remanescerem depois de deduzida a participação anteriormente calculada. 300.(Analista de Correios-Contador-Correios-2011-Cespe) Na demonstração de resultados do exercício, segundo previsão da Lei no 6.404/1976 (Lei das Sociedades por Ações) e suas atualizações, o resultado obtido na alienação do imobilizado deverá ser registrado como outras receitas e servirá de base para a apuração do resultado antes dos tributos. Uma empresa de aluguel de veículos realizou, sob o regime de competência, as seguintes operações. Em 1.º/1/2010, a empresa alugou, por dois anos, à quantia de R$ 3.000,00 mensais, uma garagem de 400 m2, com vencimento no décimo dia útil do mês seguinte. Em 1.º/3/2010, pagou com desconto o aluguel de vagas em prédio-garagem pelo o período de abril/2010 a março/2011, no valor de R$ 4.800,00. Em 1.º/6/2010, recebeu R$ 45.000,00, pelo serviço de aluguel de minivan para os 10 meses seguintes, inclusive junho. Em 2010, essa empresa recebeu R$ 254.000,00, referentes aos aluguéis de carros do tipo passeio, durante o período. Em 1.º/10/2010, a empresa alugou, por quatro meses, veículos utilitários para o órgão fiscalizador do programa de combate à dengue, por R$ 200.000,00, a serem recebidos no ano seguinte. Com base nessa situação hipotética, julgue os itens subsequentes.

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301.(Contabilidade-Agente Técnico de Inteligência-Abin-2010-Cespe) Durante 2010, a despesa de aluguel da garagem deverá ser, no mínimo, igual a R$ 36.000,00. 302.(Contabilidade-Agente Técnico de Inteligência-Abin-2010-Cespe) No final de 2010, o saldo contabilizado pela empresa em despesas antecipadas de aluguel deverá ser superior a R$ 4.800,00. 303.(Contabilidade-Agente Técnico de Inteligência-Abin-2010-Cespe) A receita de aluguel dos veículos, no ano de 2010, será inferior a R$ 290.000,00. 304.(Contabilidade-Agente Técnico de Inteligência-Abin-2010-Cespe) Durante o ano de 2010, serão contabilizados, no mínimo, créditos no valor de R$ 31.500,00 nas receitas diferidas de aluguel. 305.(Contabilidade-Analista Judiciário-TRT/21R-2010-Cespe) Se uma empresa utilizar parte de seu resultado econômico para instituir o fundo de previdência de seus empregados e administradores, ela poderá registrar a parcela destinada a esse fundo como despesa na demonstração do resultado do exercício. Determinada empresa de serviços iniciou suas atividades em 1/12/x1 com a integralização de capital em dinheiro no valor de R$ 50.000,00. No dia 10/12, foi adquirido, com metade dos recursos, um veículo para uso nas atividades da empresa. Com base nessa situação hipotética e considerando, ainda, que o referido veículo não sofreu depreciação e que no dia 10 ainda houve prestação de serviços pela empresa, com recebimento à vista e em dinheiro no valor de R$ 50.000,00, julgue os itens seguintes. 306.(Consultor do Executivo-Ciências Contábeis-Sefaz/ES-2010-Cespe) O lucro líquido do período foi de R$ 50.000,00. 307.(Consultor do Executivo-Ciências Contábeis-Sefaz/ES-2010-Cespe) No final do dia 10/12, o somatório dos saldos das contas que representam os bens e direitos da empresa foi de R$ 75.000,00. 308.(Consultor do Executivo-Ciências Contábeis-Sefaz/ES-2010-Cespe) O valor da receita líquida é apurado deduzindo-se do valor da receita bruta das vendas e serviços os valores das deduções de vendas, dos abatimentos e dos impostos. 309.(Consultor do Executivo-Ciências Contábeis-Sefaz/ES-2010-Cespe) Na determinação do resultado do exercício, os valores das receitas e dos rendimentos ganhos no período somente serão computados quando forem realizados.

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310.(Consultor do Executivo-Ciências Contábeis-Sefaz/ES-2010-Cespe) O valor do lucro bruto é determinado por meio da dedução do valor do custo das mercadorias e serviços do valor da receita líquida do período. 311.(Ciências Contábeis-Oficial Técnico de Inteligência-Abin-2010-Cespe) A demonstração do resultado do exercício deve discriminar, entre outros itens, as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa.

caixa e bancos 5.000 duplicatas a receber 55.000 estoques de mercadorias 25.000 Instalações 25.000 Fornecedores 50.000 salários a pagar 1.500 impostos a recolher 500 capital social integralizado 35.000 capital social a integralizar 10.000 vendas realizadas 250.000 impostos sobre vendas 60.000 custo das mercadorias vendidas 100.000 despesas gerais, administrativas e de vendas 57.000

O quadro acima apresenta, em reais, o balancete de verificação de determinada empresa referente ao mês de dezembro. Considere que, após o levantamento desse balancete, e antes do encerramento do referido mês, essa empresa realizou, ainda, as seguintes transações: I aquisição de um veículo, para transporte de mercadorias, no valor de R$ 45.000,00, financiado em 24 meses, com juros totais de R$ 11.000,00; II desconto de R$ 15.000,00 em duplicatas no banco, pelo qual a empresa recebeu crédito de R$ 14.500,00 para reforçar seu caixa; III integralização do capital restante em mercadorias pelos sócios da empresa. Com base nessas informações, julgue os itens a seguir. 312.(Analista de Contabilidade-Perito-Cargo 9-Ministério Público da União–2010-Cespe) A aquisição do veículo admite representação no passivo pela conta financiamentos, com saldo de R$ 56.000,00. 313.(Analista de Contabilidade-Perito-Cargo 9-Ministério Público da União–2010-Cespe) O resultado apurado no mês de dezembro, após as transações I, II e III, e antes do recolhimento do imposto de renda, é de R$ 32.500,00.

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314.(Analista de Controle Interno-Cargo 10-Ministério Público da União–2010-Cespe) O encargo com o imposto de renda deve ser reconhecido e contabilizado no período fiscal seguinte ao da ocorrência do lucro a que se refere. O estatuto social de determinada empresa define que administradores, debenturistas, empregados e partes beneficiárias têm direito, cada um, a 10% do lucro do exercício. Em determinado exercício, o lucro da empresa, após os descontos de imposto de renda e contribuição social, foi de R$ 485.000,00, e o prejuízo acumulado, de R$ 155.000,00. Considerando a situação hipotética acima apresentada, é correto afirmar que o valor da participação dos 315.(Analista de Controle Interno-Cargo 10-Ministério Público da União–2010-Cespe) debenturistas é R$ 33.000,00. 316.(Analista de Controle Interno-Cargo 10-Ministério Público da União–2010-Cespe) administradores é R$ 26.730,00. 317.(Analista Judiciário-Área Administrativa-Contabilidade-TRE/ES-2010-Cespe) A demonstração do resultado do exercício não abrange a forma como o lucro eventualmente apurado será distribuído, mas inclui as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias. 318.(Analista de Controle Interno-Cargo 10-Ministério Público da União–2010-Cespe) Se determinada empresa apresentou lucro no final do exercício, a provisão para o imposto de renda somente deverá ser constituída após o pagamento das participações estatutárias. 319.(Analista Judiciário-Contabilidade-STM-2010-Cespe) Para determinação do resultado do exercício, as receitas e os rendimentos recebidos no período devem ser confrontados com seus custos, despesas e encargos efetivamente desembolsados. 320.(Analista de Controle Interno-Cargo 10-Ministério Público da União–2010-Cespe) Na demonstração do resultado do exercício, o lucro bruto é resultado da dedução dos custos dos produtos, mercadorias ou serviços da receita de vendas ou prestação de serviços, descontadas as devoluções, abatimentos e impostos sobre vendas. 321.(Analista Administrativo-Contábil-Previc-2010-Cespe) O lucro bruto calculado na demonstração do resultado do exercício inclui as receitas decorrentes de aplicações no mercado de títulos mobiliários, independentemente da natureza da entidade.

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322.(Analista Administrativo-Contábil-Previc-2010-Cespe) Quando há previsão no estatuto de determinada companhia para a participação dos empregados no lucro apurado, essa participação deve ser paga obrigatoriamente antes das parcelas relativas a administradores e partes beneficiárias. caixa 10.000 contas a receber 90.000 capital social 70.000 juros passivos a transcorrer 5.000 estoques 15.000 impostos a recolher 1.500 fornecedores 15.000 empréstimos bancários (empréstimos prefixados a vencer em até 360 dias) 5.000 reservas de lucro 3.000 provisão para devedores duvidosos 2.700 imobilizado 55.000 financiamentos (financiamentos pós-fixados a vencer em mais de 360 dias) 70.000 ações em tesouraria 5.000 A tabela acima apresenta os saldos contábeis, em reais, de todas as contas patrimoniais de uma companhia, antes da apuração do resultado do exercício. Considerando os dados da tabela, julgue os itens subsequentes. 323.(Contador-FUB/DF-2011-Cespe) O resultado do exercício foi um prejuízo de R$ 12.800,00. 324.(Contador-FUB/DF-2011-Cespe) O resultado da entidade em determinado período é apresentado na demonstração do resultado do exercício, que é uma demonstração dedutiva e dinâmica.

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325.(Analista de Atividades do Meio Ambiente-Contador-IBRAM/DF-2009-Cespe) A demonstração do resultado do exercício deve discriminar: I – a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; II – a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; III – as despesas com vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas e receitas operacionais; IV – o lucro ou prejuízo operacional e as receitas e despesas não-operacionais; V – o resultado do exercício antes do imposto de renda e a provisão para o imposto; VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; VII – o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

A demonstração de resultado do exercício, um demonstrativo que é anexado ao balanço geral das empresas, detalha a origem dos lucros ou dos prejuízos do exercício. Acerca da demonstração do resultado do exercício, julgue os próximos itens. 326.(Técnico de Atividades do Meio Ambiente-Técnico em Contabilidade-IBRAM/DF-2009-Cespe) Consolida as contas de despesas e de receitas em uma única conta: resultado do exercício. 327.(Técnico de Atividades do Meio Ambiente-Técnico em Contabilidade-IBRAM/DF-2009-Cespe) O saldo da conta resultado do exercício quando representar lucro, será transferido para o ativo da empresa. 328.(Técnico de Atividades do Meio Ambiente-Técnico em Contabilidade-IBRAM/DF-2009-Cespe) O saldo da conta resultado do exercício quando representar prejuízo, será transferido para o passivo circulante da empresa. 329.(Técnico de Atividades do Meio Ambiente-Técnico em Contabilidade-IBRAM/DF-2009-Cespe) O procedimento de encerrar todas as contas de receitas e de despesas, normalmente, é efetuado uma vez por ano, no encerramento do exercício social. 330.(Analista Judiciário-Contabilidade-TRT/17R-2009-Cespe) As participações de debenturistas, empregados e fundos de assistência de empregados no lucro das empresas influenciam a base de cálculo do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido, sendo também influenciadas por essa base de cálculo.

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Conta Saldo (em R$) Frete sobre compras 680 Despesa de amortização 1.200 Despesas financeiras 3.320 Despesas de manutenção 5.560 Despesas antecipadas de seguros 9.980 Receita financeira 12.100 Compra de mercadorias 12.300 Despesas antecipadas de aluguel 12.300 Reservas de lucros antes da apuração do resultado 12.340 Despesa de depreciação 14.500 Despesas gerais 14.580 Impostos sobre vendas 24.590 Despesas administrativas 32.100 Estoque inicial de mercadorias 52.000 Custo das mercadorias vendidas 60.000 Receita líquida de vendas 123.400 As demonstrações contábeis acumulam os saldos das contas e evidenciam as modificações patrimoniais. Acerca das demonstrações contábeis, suas características e especificidades, e considerando as informações apresentadas na tabela acima, referentes a uma empresa hipotética, julgue os itens seguintes. 331.(Analista Judiciário-Contabilidade-TRE/BA-2009-Cespe) Na situação apresentada na tabela, após a incorporação do resultado apurado e respectiva elaboração da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados, o saldo final da conta resultados acumulados será igual a R$ 30.970, devedor. Desse modo, ao se elaborar o balanço patrimonial, a conta que evidencia os resultados acumulados deve ser denominada prejuízos acumulados. 332.(Analista Judiciário-Contabilidade-TRE/BA-2009-Cespe) Na situação da tabela, ao se elaborar a DRE, o resultado líquido apurado será igual a R$ 42.630, devedor. 333.(Analista Judiciário-Contabilidade-TRE/BA-2009-Cespe) É correto afirmar, com base nos dados apresentados, que o valor do estoque final de mercadorias para revenda é igual a R$ 4.980. 334.(Analista Judiciário-Contabilidade-TRE/BA-2009-Cespe) Se a empresa concedesse abatimento sobre vendas no valor de R$ 8.000, o lucro bruto apurado seria reduzido para R$ 55.400. 335.(Contador-Unipampa-2009-Cespe) A demonstração do resultado do exercício deve incluir o lucro ou o prejuízo do exercício, além de seu percentual por ação do capital social.

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336.(Contador-Unipampa-2009-Cespe) Considere que uma empresa tenha apresentado em suas contas de resultado os seguintes saldos finais: despesas administrativas = R$ 500,00 despesas financeiras = R$ 200,00 despesas não operacionais = R$ 300,00 devolução de compras = R$ 400,00 devolução de vendas = R$ 100,00 compras = R$ 1.000,00 estoque final = R$ 2.000,00 estoque inicial = R$ 3.000,00 vendas = R$ 4.000,00 Nessa situação, o resultado líquido apurado no exercício será superior ao estoque final. 337.(Contador-Unipampa-2009-Cespe) O custo das mercadorias vendidas é formado pelas compras das mercadorias (incluídos todos os custos de aquisição), adicionados os impostos incidentes, mais estoque final, menos estoque inicial. 338.(Contador-Unipampa-2009-Cespe) A apropriação de despesas incorridas e o ajuste de variação patrimonial são fatos administrativos que afetam indiretamente o resultado. 339.(Contador-Unipampa-2009-Cespe) Os impostos dedutíveis da receita bruta são identificáveis por incidirem sobre a venda de mercadorias e serviços. 340.(Técnico de Desenvolvimento e Fiscalização Agropecuária–Técnico em Contabilidade-SEAPA/DF-2009-Cespe) A demonstração do resultado destina-se a evidenciar a composição do resultado formado em determinado período de operações da entidade. 341.(Técnico de Desenvolvimento e Fiscalização Agropecuária–Técnico em Contabilidade-SEAPA/DF-2009-Cespe) A demonstração do resultado, observado o regime de caixa, evidenciará a formação dos vários níveis de resultados mediante confronto entre as receitas e os correspondentes custos e despesas. 342.(Auditor-Fiscal da Receita Estadual-ES-2008-Cespe) Considere que, em um contrato de longa duração, orçado em R$ 1.000.000,00, ao final do primeiro exercício apenas 20% da obra tenha sido realizada. Considere, ainda, que, do custo total estimado de R$ 600.000,00, R$ 180.000,00 tenham sido incorridos. Nessa situação, de acordo com os critérios adotados nessas circunstâncias, na opção que permite a apuração do menor lucro no exercício, a receita a ser apropriada deverá ser de R$ 200.000,00.

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GABARITO: 297 – Certo 322 – Certo 298 – Errado 323 – Errado 299 – Certo 324 – Certo 300 – Errado 325 – Errado 301 – Certo 326 – Certo 302 – Errado 327 – Errado 303 – Errado 328 – Errado 304 – Certo 329 – Certo 305 – Errado 330 – Certo 306 – Certo 331 – Errado 307 – Errado 332 – Errado 308 – Certo 333 – Certo 309 – Errado 334 – Certo 310 – Certo 335 – Errado 311 – Certo 336 – Errado 312 – Certo 337 – Errado 313 – Certo 338 – Errado 314 – Errado 339 – Certo 315 – Certo 340 – Certo 316 – Certo 341 – Errado 317 – Certo 342 – Certo 318 – Errado 319 – Errado 320 – Certo 321 – Errado

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8.5. Resolução dos Exercícios de Fixação Suponha que uma empresa comercial tenha apresentado, ao final do exercício, entre outros, os seguintes saldos (em R$ 1.000,00): • vendas de mercadorias: 2.500 * • receita de prestação de serviços: 800 * • descontos concedidos a grandes clientes: 100 • descontos por pagamentos antecipados: 75 • IPI sobre vendas: 180 • ICMS sobre vendas: 240 • ISS sobre serviços prestados: 40 • comissões sobre vendas: 125 * Incluídos os impostos calculados “por dentro”. Considerando os dados acima, julgue os itens subsequentes. 297.(Analista Judiciário-Apoio Especializado-Contabilidade-TJ/ES-2011-Cespe) A receita líquida das vendas de mercadorias e das prestações de serviços foi de R$ 2.920.000,00. Resolução Vendas de mercadorias 2.500.000 Receita de prestação de serviços 800.000 Receita Bruta de Vendas e de Prestação de Serviços 3.300.000 (-) descontos concedidos a grandes clientes (incondicionais) (100.000) (-) ICMS sobre vendas (240.000) (-) ISS sobre serviços prestados (40.000) Receita Líquida de Vendas 2.920.000

IPI sobre vendas: imposto por fora (aumenta a receita bruta e apura o faturamento bruto). Descontos por pagamentos antecipados: desconto financeiro ou condicional (despesa operacional do período). GABARITO: Certo 298.(Analista Judiciário-Apoio Especializado-Contabilidade-TJ/ES-2011-Cespe) O faturamento bruto da empresa foi de R$ 3.300.000,00. Resolução Receita Bruta de Vendas e de Prestação de Serviços 3.300.000 (+) IPI sobre Vendas 180.000 Faturamento Bruto 3.480.000 GABARITO: Errado

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299.(Especialista em Gestão, Regulação e Vigilância em Saúde-Contador-SESA/ES-2011-Cespe) As participações estatutárias de empregados, administradores e partes beneficiárias devem ser determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com base nos lucros que remanescerem depois de deduzida a participação anteriormente calculada. Resolução O artigo 187 da Lei da S/A define que as participações estatutárias são: - Participações de Debêntures; - Participações de Empregados; - Participações de Administradores; - Participações de Partes beneficiárias; e - Participações de Instituições ou Fundos de Assistência ou Previdência de Empregados.

Guarde a ordem que é importante: DEAPF. A base de cálculo dessas participações estatutárias é:

(=) Resultado do Exercício após o Imposto de Renda (-) Saldo da Conta Prejuízos Acumulados Base de Cálculo das Participações Estatutárias

A conta “Prejuízos Acumulados” não faz parte da DRE, mas ela influencia na base de cálculo das participações estatutárias. O artigo 190 da Lei das S/A determina que as participações dos empregados, administradores e partes beneficiárias serão determinadas, sucessivamente, e nessa ordem, com base nos lucros que remanescerem depois de deduzida a participação anteriormente calculada (por isso que é importante saber a ordem). Apesar de o artigo 190 não fazer referência aos debenturistas, esta participação deverá ser a primeira a ser calculada. GABARITO: Certo 300.(Analista de Correios-Contador-Correios-2011-Cespe) Na demonstração de resultados do exercício, segundo previsão da Lei no 6.404/1976 (Lei das Sociedades por Ações) e suas atualizações, o resultado obtido na alienação do imobilizado deverá ser registrado como outras receitas e servirá de base para a apuração do resultado antes dos tributos.

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Resolução I – O resultado obtido na alienação do imobilizado deverá ser registrado da seguinte maneira: o valor da alienação do ativo imobilizado será registrado em outras receitas e o custo do ativo imobilizado (valor contábil do ativo imobilizado = valor registrado na contabilidade da empresa) será registrado como outras despesas. Portanto, entendo que não é o resultado que é classificado em outras receitas e sim o valor da alienação do bom. O resultado será, justamente, a diferença entre “outras receitas” e “outras despesas”. Outras Receitas (-) Outras Despesas Resultado da Alienação do Imobilizado Portanto, o item errado. II – Se o Cespe considerou a literalidade de Lei, as “outras receitas” seriam classificadas após o lucro operacional líquido, e as “outras receitas” serviriam de base para apuração do resultado antes dos tributos. Lucro Operacional Líquido (+) Outras Receitas Lucros Antes dos Tributos III – Por outro lado, se o Cespe seguiu a norma do CPC e considerou as “outras receitas” antes do lucro operacional líquido, elas também serviriam de base para a apuração do resultado antes dos tributos (...) (+) Outras Receitas (=) Lucro Operacional Líquido = Lucros Antes dos Tributos Ou seja, não há como deduzir o entendimento do Cespe em relação a “outras receitas” e “outras despesas”. GABARITO: Errado

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Uma empresa de aluguel de veículos realizou, sob o regime de competência, as seguintes operações. Em 1.º/1/2010, a empresa alugou, por dois anos, à quantia de R$ 3.000,00 mensais, uma garagem de 400 m2, com vencimento no décimo dia útil do mês seguinte. Em 1.º/3/2010, pagou com desconto o aluguel de vagas em prédio-garagem pelo o período de abril/2010 a março/2011, no valor de R$ 4.800,00. Em 1.º/6/2010, recebeu R$ 45.000,00, pelo serviço de aluguel de minivan para os 10 meses seguintes, inclusive junho. Em 2010, essa empresa recebeu R$ 254.000,00, referentes aos aluguéis de carros do tipo passeio, durante o período. Em 1.º/10/2010, a empresa alugou, por quatro meses, veículos utilitários para o órgão fiscalizador do programa de combate à dengue, por R$ 200.000,00, a serem recebidos no ano seguinte. Com base nessa situação hipotética, julgue os itens subsequentes. 301.(Contabilidade-Agente Técnico de Inteligência-Abin-2010-Cespe) Durante 2010, a despesa de aluguel da garagem deverá ser, no mínimo, igual a R$ 36.000,00. Resolução Empresa de aluguel de veículos: 01/01/2010: Alugou, por dois anos, por R$ 3.000,00 mensais, uma garagem de 400 m2, com vencimento no décimo dia útil do mês seguinte. Pelo regime de competência, a despesa de aluguel deve ser reconhecida ao final de cada mês. Portanto, mensalmente, a empresa efetuará o seguinte lançamento para reconhecer a despesa incorrida: Débito: Despesa de Aluguel (Despesa) 3.000 Crédito: Aluguéis a Pagar (Passivo Circulante) 3.000 De janeiro/2010 a dezembro/2010 (12 meses) o valor da despesa registrada na contabilidade pelo aluguel da garagem seria de: Despesas de Aluguel (garagem) = 12 meses x 3.000 = R$ 36.000,00 GABARITO: Certo 302.(Contabilidade-Agente Técnico de Inteligência-Abin-2010-Cespe) No final de 2010, o saldo contabilizado pela empresa em despesas antecipadas de aluguel deverá ser superior a R$ 4.800,00. Resolução Em 01/03/2010: a empresa pagou com desconto o aluguel de vagas em prédio-garagem, pelo período de abril/2010 a março/2011, no valor de R$ 4.800,00.

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Ressalto, novamente, que a despesa de aluguel será incorrida ao final de cada mês do contrato de aluguel. Como a empresa pagou antecipadamente o valor do aluguel das vagas para o contrato de 1 ano (de abril/2010 a março/2011), no momento do pagamento temos uma despesa antecipada. I - Lançamento por ocasião do pagamento: Débito: Aluguéis Pagos Antecipadamente (Ativo Circulante) 4.800 Crédito: Caixa (Ativo Circulante) 4.800 Aluguéis Pagos Antecipadamente Caixa 4.800 (I) SI 4.800 (I) 4.800 SI – 4.800

SI = Saldo inicial da conta “Caixa”. II - Mensalmente, a empresa efetuará o seguinte lançamento para reconhecer a despesa incorrida: Período do Aluguel = 1 ano = 12 meses (de abril/2010 a março/2011) Aluguel Total = R$ 4.800,00 Aluguel Mensal = 4.800/12 meses = R$ 400,00 Débito: Despesa de Aluguel (Despesa) 400 Crédito: Aluguéis Pagos Antecipadamente (Ativo Circulante) 400 Aluguéis Pagos Antecipadamente Despesa de Aluguel 4.800 (I) 400 (II) 400 (II) 4.400 400

Este lançamento se repetirá ao longo de 2010, de abril a dezembro (9 meses). Portanto, ao final de 2010 teríamos uma despesa total referente a esse aluguel de: Despesa de Aluguel (Vagas) = 9 meses x 400 = R$ 3.600,00 Consequentemente, o saldo da conta “Aluguéis Pagos Antecipadamente” será de: Aluguéis Pagos Antecipadamente (Saldo em dez/2010) = 4.800 – 3600 ⇒ ⇒ Aluguéis Pagas Antecipadamente (Saldo em dez/2010) = 1.200 GABARITO: Errado 303.(Contabilidade-Agente Técnico de Inteligência-Abin-2010-Cespe) A receita de aluguel dos veículos, no ano de 2010, será inferior a R$ 290.000,00.

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Resolução I - Em 01/06/2010, recebeu R$ 45.000,00, pelo serviço de aluguel de minivan para os 10 meses seguintes, inclusive junho. Agora, temos uma receita antecipada ou diferida pelo regime de competência, pois a receita só será considerada realizada mensalmente, na medida em que o serviço de aluguel for sendo prestado. Portanto, o lançamento em 01/01/2010 seria: Débito: Caixa (Ativo Circulante) 45.000 Crédito: Receitas Antecipadas de Aluguel de Veículos (Passivo Circulante)

45.000 Como o valor de R$ 45.000,00 é para os 10 meses seguintes, inclusive junho, a receita realizada mensalmente será de: Receita Mensal = 45.000/10 meses = R$ 4.500,00 A cada final de mês, a começar em 30/06/2010, teríamos o seguinte lançamento: Débito: Receitas Antecipadas de Aluguel de Veículos (Passivo Circulante) 4.500 Crédito: Receita de Aluguel (Receita) 4.500 Portanto, de junho a dezembro de 2010 (7 meses), teríamos a seguinte receita relativa ao aluguel da minivan: Receita de Aluguel (Minivan) = 7 meses x 4.500 = R$ 31.500,00 II - Em 2010, essa empresa recebeu R$ 254.000,00, referentes aos aluguéis de carros do tipo passeio, durante o período. Portanto, além da receita acima, houve uma receita de aluguel realizada em 2010 de R$ 254.000,00. III - Em 01/10/2010, a empresa alugou, por quatro meses, veículos utilitários para o órgão fiscalizador do programa de combate à dengue, por R$ 200.000,00, a serem recebidos no ano seguinte. Repare que esse caso é diferente. Aqui, novamente, temos que considerar a receita realizada ao final de cada mês de aluguel. Contudo, a receita só será efetivamente recebida (o dinheiro) no ano seguinte. Mas isso pouco importa para o princípio da competência. O que importa é o fato gerador da receita, independentemente de recebimento ou pagamento. Portanto, temos que considerar a receita realizada nos meses de outubro, novembro e dezembro. Vamos calcular: Período = 4 meses Valor Total = R$ 200.000,00 Receita Mensal = 200.000/4 meses = R$ 50.000,00

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Receita de 2010 = 3 meses x 50.000 = R$ 150.000,00 Receita Total Recebida em 2010 = 31.500 + 254.000 + 150.000 ⇒ ⇒ Receita Total Recebida em 2010 = R$ 435.500,00 GABARITO: Errado 304.(Contabilidade-Agente Técnico de Inteligência-Abin-2010-Cespe) Durante o ano de 2010, serão contabilizados, no mínimo, créditos no valor de R$ 31.500,00 nas receitas diferidas de aluguel. Resolução Calculado no item anterior: Receita de Aluguel (Minivan) = 7 meses x 4.500 = R$ 31.500,00 GABARITO: Certo 305.(Contabilidade-Analista Judiciário-TRT/21R-2010-Cespe) Se uma empresa utilizar parte de seu resultado econômico para instituir o fundo de previdência de seus empregados e administradores, ela poderá registrar a parcela destinada a esse fundo como despesa na demonstração do resultado do exercício. Resolução De acordo com o inciso VI do artigo 187 da Lei das S.A.: Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: (...) VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa. Portanto, se uma empresa utilizar parte de seu resultado econômico para instituir o fundo de previdência de seus empregados e administradores, ela não poderá registrar a parcela destinada a esse fundo como despesa na demonstração do resultado do exercício. GABARITO: Errado Determinada empresa de serviços iniciou suas atividades em 1/12/x1 com a integralização de capital em dinheiro no valor de R$ 50.000,00. No dia 10/12, foi adquirido, com metade dos recursos, um veículo para uso nas atividades da empresa. Com base nessa situação hipotética e considerando, ainda, que o referido veículo não sofreu depreciação e que no dia 10 ainda houve prestação de serviços pela empresa, com recebimento à vista e em dinheiro no valor de R$ 50.000,00, julgue os itens seguintes.

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306.(Consultor do Executivo-Ciências Contábeis-Sefaz/ES-2010-Cespe) O lucro líquido do período foi de R$ 50.000,00. Resolução Vamos efetuar todos os lançamentos: I – Integralização do capital em dinheiro no valor de R$ 50.000,00: temos uma aumento do saldo da conta “Caixa” em R$ 50.000,00 e um aumento do saldo da conta “Capital Social” em R$ 50.000,00. Caixa = 50.000 Capital Social = 50.000 II – Compra de um veículo com metade dos recursos para uso nas atividades da empresa: temos uma redução do saldo da conta “Caixa” (pelo pagamento do veículo) e um aumento do saldo da conta “Veículos”. Veículo = 50.000/2 = 25.000 Caixa = 50.000 – 25.000 = 25.000 III – Prestação de serviços com recebimento à vista e em dinheiro no valor de R$ 50.000,00: temos um aumento do saldo da conta “Caixa” (recebimento do valor à vista dos serviços prestados) e uma receita realizada no período (pela prestação de serviços). Caixa = 50.000 – 25.000 + 50.000 = R$ 75.000,00 Receita de Prestação de Serviços = R$ 50.000,00 Como só houve a receita de R$ 50.000,00 e nenhuma despesa no período, o lucro líquido da empresa será de R$ 50.000,00. GABARITO: Certo 307.(Consultor do Executivo-Ciências Contábeis-Sefaz/ES-2010-Cespe) No final do dia 10/12, o somatório dos saldos das contas que representam os bens e direitos da empresa foi de R$ 75.000,00. Resolução Bens e direitos da empresa: Caixa (Bem numerário) 75.000 Veículos (Bem fixo ou de uso) 25.000 Total 100.000 GABARITO: Errado

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308.(Consultor do Executivo-Ciências Contábeis-Sefaz/ES-2010-Cespe) O valor da receita líquida é apurado deduzindo-se do valor da receita bruta das vendas e serviços os valores das deduções de vendas, dos abatimentos e dos impostos. Resolução São deduções da receita bruta: Devoluções de Vendas: as mercadorias compradas retornam do cliente ao fornecedor, por estarem em desacordo com o pedido. Abatimentos: caso o cliente esteja insatisfeito com a mercadoria adquirida, por culpa do fornecedor e não julgar necessário devolvê-la, pode entrar em acordo com o fornecedor e exigir um abatimento, a fim de evitar a devolução. ICMS, PIS, Cofins e ISS sobre Vendas: são os tributos que incidem sobre as vendas. Descontos Incondicionais Concedidos: são descontos dados incondicionalmente pelo fornecedor ao cliente, visto que independem das condições de pagamento. Repare que não há previsão expressa dos descontos incondicionais na Lei das S.A., mas muitas empresas registram esta conta justamente para distinguir este tipo de desconto dos abatimentos sobre vendas. Repare que a questão seguiu a literalidade da Lei das S.A. (artigo 187, inciso I) e não entrou no mérito do desconto incondicional: Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; (...) Portanto, o valor da receita líquida é apurado deduzindo-se do valor da receita bruta das vendas e serviços os valores das deduções de vendas, dos abatimentos e dos impostos. GABARITO: Certo 309.(Consultor do Executivo-Ciências Contábeis-Sefaz/ES-2010-Cespe) Na determinação do resultado do exercício, os valores das receitas e dos rendimentos ganhos no período somente serão computados quando forem realizados.

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Resolução A regra do item é válida para o regime de competência que é a previsão da Lei das S.A.: Na determinação do resultado do exercício, os valores das receitas e dos rendimentos ganhos no período somente serão computados quando forem realizados, independentemente de sua realização em moeda. Caso a empresa apurasse o resultado pelo regime de caixa, os valores das receitas e rendimentos serão computados quando efetivamente recebidos. GABARITO: Errado 310.(Consultor do Executivo-Ciências Contábeis-Sefaz/ES-2010-Cespe) O valor do lucro bruto é determinado por meio da dedução do valor do custo das mercadorias e serviços do valor da receita líquida do período. Resolução De acordo com a parte inicial da Demonstração do Resultado do Exercício: Faturamento Bruto (-) IPI sobre Vendas Receita Bruta de Vendas ou Receita Operacional Bruta ou Vendas Brutas (-) Deduções de Vendas (-) ICMS sobre Vendas

(-) PIS sobre Vendas (-) Cofins sobre Vendas (-) Devoluções de Vendas (-) Abatimentos sobre Vendas

(-) Descontos Incondicionais Receita Líquida de Vendas ou Receita Operacional Líquida ou Vendas Líquidas (-) CMV Resultado Operacional Bruto ou Resultado com Mercadorias Se o resultado operacional for maior que zero temos um lucro bruto. Se for menor que zero, temos um prejuízo bruto. Normalmente, quando nada for dito, consideraremos que houve lucro do período, pois nenhuma empresa quer vender suas mercadorias com prejuízo. GABARITO: Certo 311.(Ciências Contábeis-Oficial Técnico de Inteligência-Abin-2010-Cespe) A demonstração do resultado do exercício deve discriminar, entre outros itens, as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa.

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Resolução De acordo com o artigo 187 da Lei das S.A.:

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;

II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;

III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;

IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;

V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;

VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa;

VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:

a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e

b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos. GABARITO: Certo

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caixa e bancos 5.000 duplicatas a receber 55.000 estoques de mercadorias 25.000 instalações 25.000 fornecedores 50.000 salários a pagar 1.500 impostos a recolher 500 capital social integralizado 35.000 capital social a integralizar 10.000 vendas realizadas 250.000 impostos sobre vendas 60.000 custo das mercadorias vendidas 100.000 despesas gerais, administrativas e de vendas 57.000

O quadro acima apresenta, em reais, o balancete de verificação de determinada empresa referente ao mês de dezembro. Considere que, após o levantamento desse balancete, e antes do encerramento do referido mês, essa empresa realizou, ainda, as seguintes transações: I aquisição de um veículo, para transporte de mercadorias, no valor de R$ 45.000,00, financiado em 24 meses, com juros totais de R$ 11.000,00; II desconto de R$ 15.000,00 em duplicatas no banco, pelo qual a empresa recebeu crédito de R$ 14.500,00 para reforçar seu caixa; III integralização do capital restante em mercadorias pelos sócios da empresa. Com base nessas informações, julgue os itens a seguir. 312.(Analista de Contabilidade-Perito-Cargo 9-Ministério Público da União–2010-Cespe) A aquisição do veículo admite representação no passivo pela conta financiamentos, com saldo de R$ 56.000,00. Resolução I - Aquisição de um veículo, para transporte de mercadorias, no valor de R$ 45.000,00, financiado em 24 meses, com juros totais de R$ 11.000,00. Valor Total do Financiamento = 45.000 + 11.000 = 56.000 Juros Totais = 11.000 Suponha que os primeiros doze meses sejam curto prazo e os doze meses seguintes sejam longo prazo. Portanto, teríamos os seguintes saldos (metade do financiamento e dos juros é curto prazo e metade é longo prazo): Veículos (Ativo Não Circulante – Imobilizado) = 45.000 Juros Passivos a Transcorrer (Passivo Circulante-Retificadora) = 5.500

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Juros Passivos a Transcorrer (PNC-Longo Prazo-Retificadora) = 5.500 Financiamentos a Pagar (Passivo Circulante) = 28.000 Financiamentos a Pagar (PNC-Longo Prazo) = 28.000 Portanto, a conta Financiamentos a Pagar (curto e longo prazos) terá um saldo de R$ 56.000,00. GABARITO: Certo 313.(Analista de Contabilidade-Perito-Cargo 9-Ministério Público da União–2010-Cespe) O resultado apurado no mês de dezembro, após as transações I, II e III, e antes do recolhimento do imposto de renda, é de R$ 32.500,00. Resolução II - Desconto de R$ 15.000,00 em duplicatas no banco, pelo qual a empresa recebeu crédito de R$ 14.500,00 para reforçar seu caixa. Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante – Retificadora ou Passivo Circulante) = 15.000 Caixa e bancos (Ativo Circulante) = 14.500 Despesas Financeiras (Despesa) = 500 III - Integralização do capital restante em mercadorias pelos sócios da empresa. Estoques de Mercadorias (Ativo Circulante) = 10.000 Capital Social a Integralizar (Patrimônio Líquido – Retificadora) = 10.000 Apuração do resultado:

Vendas 250.000 (-) Impostos s/ Vendas (60.000) (-) CMV (100.000) (-) Despesas Gerais (57.000) (-) Despesas Financeiras (500) Resultado antes do IR 32.500 GABARITO: Certo 314.(Analista de Controle Interno-Cargo 10-Ministério Público da União–2010-Cespe) O encargo com o imposto de renda deve ser reconhecido e contabilizado no período fiscal seguinte ao da ocorrência do lucro a que se refere. Resolução O encargo com o imposto de renda deve ser reconhecido e contabilizado no próprio período da ocorrência do lucro a que se refere, embora seja pago em período seguinte ao de sua apuração e declarado oficialmente no exercício fiscal seguinte.

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O art. 184 da Lei no 6.404/76, ao tratar do passivo, define que

“as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou calculáveis, inclusive Imposto sobre a Renda a pagar com base no resultado do exercício, serão computados pelo valor atualizado até a data do balanço”

O imposto de renda a ser contabilizado é normalmente apurado com base num cálculo estimado, que pode ter pequenas diferenças com aquele que finalmente será declarado e pago no período seguinte. Tal diferença deve ser ajustada contra resultados desse período seguinte. O imposto de renda (assim com a contribuição social) é uma despesa e, portanto, deve ser contabilizado com respeito ao regime de competência. Por ser uma despesa, aparece na Demonstração do Resultado do Exercício antes do lucro/prejuízo líquido do exercício. GABARITO: Errado O estatuto social de determinada empresa define que administradores, debenturistas, empregados e partes beneficiárias têm direito, cada um, a 10% do lucro do exercício. Em determinado exercício, o lucro da empresa, após os descontos de imposto de renda e contribuição social, foi de R$ 485.000,00, e o prejuízo acumulado, de R$ 155.000,00. Considerando a situação hipotética acima apresentada, é correto afirmar que o valor da participação dos 315.(Analista de Controle Interno-Cargo 10-Ministério Público da União–2010-Cespe) debenturistas é R$ 33.000,00. Resolução Vamos estudar as participações estatutárias. O artigo 187 da Lei da S/A define que as participações estatutárias são:

- Participações de Debêntures; - Participações de Empregados; - Participações de Administradores; - Participações de Partes beneficiárias; e - Participações de Instituições ou Fundos de Assistência ou Previdência de Empregados.

Guarde a ordem que é importante: DEAPF. A base de cálculo dessas participações estatutárias é:

(=) Resultado do Exercício após o Imposto de Renda (-) Saldo da Conta Prejuízos Acumulados

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Base de Cálculo das Participações Estatutárias

A conta “Prejuízos Acumulados” não faz parte da DRE, mas ela influencia na base de cálculo das participações estatutárias. O artigo 190 da Lei das S/A determina que as participações dos empregados, administradores e partes beneficiárias serão determinadas, sucessivamente, e nessa ordem, com base nos lucros que remanescerem depois de deduzida a participação anteriormente calculada. Apesar do artigo 190 não fazer referência aos debenturistas, esta participação deverá ser a primeira a ser calculada. Participações de Debenturistas = 10% x (Resultado do Exercício Após o Imposto de Renda – Prejuízos Acumulados) Participações de Debenturistas = 10% x (485.000 – 155.000) ⇒ ⇒ Participações de Debenturistas = 10% x 330.000 = 33.000 GABARITO: Certo 316.(Analista de Controle Interno-Cargo 10-Ministério Público da União–2010-Cespe) administradores é R$ 26.730,00. Resolução Participações de Empregados = 10% x (Resultado do Exercício Após o Imposto de Renda – Prejuízos Acumulados – Participações de Debenturistas) Participações de Empregados = 10% x (330.000 – 33.000) = 29.700 Participações de Administradores = 10% x (Resultado do Exercício Após o Imposto de Renda – Prejuízos Acumulados – Participações de Debenturistas - Participações de Empregados) Participações de Administradores = 10% x (330.000 – 33.000 – 29.700) ⇒ ⇒ Participações de Administradores = 10% x 267.300 = 26.730 GABARITO: Certo 317.(Analista Judiciário-Área Administrativa-Contabilidade-TRE/ES-2010-Cespe) A demonstração do resultado do exercício não abrange a forma como o lucro eventualmente apurado será distribuído, mas inclui as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias.

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Resolução

A distribuição de lucros para reservas de lucros e dividendos ocorre após a transferência do lucro líquido do exercício para o patrimônio líquido. A demonstração do resultado do exercício vai até o lucro líquido do exercício. Como as participações estatutárias (debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias) são calculadas antes do lucro líquido do exercício, elas aparecem na DRE. Portanto, atenção! A demonstração do resultado do exercício não abrange a forma como o lucro eventualmente apurado será distribuído, mas inclui as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias. GABARITO: Certo 318.(Analista de Controle Interno-Cargo 10-Ministério Público da União–2010-Cespe) Se determinada empresa apresentou lucro no final do exercício, a provisão para o imposto de renda somente deverá ser constituída após o pagamento das participações estatutárias. Resolução Se uma empresa apresentou lucro no período, tanto a provisão para o imposto de renda, quanto a provisão para a contribuição social sobre o lucro líquido são constituídas antes do pagamento das participações estatutárias. GABARITO: Errado 319.(Analista Judiciário-Contabilidade-STM-2010-Cespe) Para determinação do resultado do exercício, as receitas e os rendimentos recebidos no período devem ser confrontados com seus custos, despesas e encargos efetivamente desembolsados. Resolução De acordo com o artigo 187 da Lei das S.A.: Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;

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IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. § 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados: a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos. Portanto, para determinação do resultado do exercício, não há necessidade que as receitas sejam efetivamente recebidas e as despesas sejam efetivamente desembolsadas. Pelo regime de competência, basta que as receitas sejam ganhas e as despesas incorridas. GABARITO: Errado 320.(Analista de Controle Interno-Cargo 10-Ministério Público da União–2010-Cespe) Na demonstração do resultado do exercício, o lucro bruto é resultado da dedução dos custos dos produtos, mercadorias ou serviços da receita de vendas ou prestação de serviços, descontadas as devoluções, abatimentos e impostos sobre vendas. Resolução De acordo com o artigo 187 da Lei das S.A.: Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará: I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;

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IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. Estrutura da DRE até o resultado operacional bruto (lucro ou prejuízo bruto): Receita Bruta de Vendas ou Receita Operacional Bruta (-) Deduções da Receita Bruta

(-) Devoluções de Vendas (-) Abatimentos sobre Vendas (-) Descontos Incondicionais Concedidos (-) ISS sobre Vendas (-) ICMS sobre Vendas

(-) PIS e COFINS sobre Vendas (=) Receita Líquida de Vendas ou Receita Operacional Líquida (-) Custo das Mercadorias/Produtos Vendidos/Serviços Prestados (=) Resultado Operacional Bruto (Lucro Bruto ou Prejuízo Bruto) Repare que o item seguiu exatamente a literalidade da lei, sem considerar os descontos incondicionais (algumas empresas consideram como abatimentos e outras preferem separar em uma conta específica de desconto incondicional). Para a prova, siga a maneira cobrada pelo Cespe: Na demonstração do resultado do exercício, o lucro bruto é resultado da dedução dos custos dos produtos, mercadorias ou serviços da receita de vendas ou prestação de serviços, descontadas as devoluções, abatimentos e impostos sobre vendas. GABARITO: Certo 321.(Analista Administrativo-Contábil-Previc-2010-Cespe) O lucro bruto calculado na demonstração do resultado do exercício inclui as receitas decorrentes de aplicações no mercado de títulos mobiliários, independentemente da natureza da entidade.

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Resolução Estrutura da DRE até o resultado operacional bruto (lucro ou prejuízo bruto): Receita Bruta de Vendas ou Receita Operacional Bruta (-) Deduções da Receita Bruta

(-) Devoluções de Vendas (-) Abatimentos sobre Vendas (-) Descontos Incondicionais Concedidos (-) ISS sobre Vendas (-) ICMS sobre Vendas

(-) PIS e COFINS sobre Vendas (=) Receita Líquida de Vendas ou Receita Operacional Líquida (-) Custo das Mercadorias/Produtos Vendidos/Serviços Prestados (=) Resultado Operacional Bruto (Lucro Bruto ou Prejuízo Bruto)

As receitas decorrentes de aplicações no mercado de títulos mobiliários são receitas financeiras, caso esta não seja a atividade fim da empresa. Por outro lado, se for a atividade fim da empresa (Exemplo: Bancos), aí sim seriam incluídas como receitas operacionais e influenciariam na apuração do lucro bruto. Se o item não informar nada, considere que as receitas ou despesas deste tipo são financeiras. Corrigindo o item: O lucro bruto calculado na demonstração do resultado do exercício inclui as receitas decorrentes de aplicações no mercado de títulos mobiliários, para empresas cuja atividade seja financeira (Ex: Bancos). GABARITO: Errado 322.(Analista Administrativo-Contábil-Previc-2010-Cespe) Quando há previsão no estatuto de determinada companhia para a participação dos empregados no lucro apurado, essa participação deve ser paga obrigatoriamente antes das parcelas relativas a administradores e partes beneficiárias. Resolução O artigo 187 da Lei da S/A define que as participações estatutárias são: - Participações de Debêntures; - Participações de Empregados; - Participações de Administradores; - Participações de Partes beneficiárias; e - Participações de Instituições ou Fundos de Assistência ou Previdência de Empregados.

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Guarde a ordem que é importante: DEAPF A base de cálculo dessas participações estatutárias é:

(=) Resultado do Exercício após o Imposto de Renda (-) Saldo da Conta Prejuízos Acumulados Base de Cálculo das Participações Estatutárias

A conta “Prejuízos Acumulados” não faz parte da DRE, mas ela influencia na base de cálculo das participações estatutárias. O artigo 190 da Lei das S/A determina que as participações dos empregados, administradores e partes beneficiárias serão determinadas, sucessivamente, e nessa ordem, com base nos lucros que remanescerem depois de deduzida a participação anteriormente calculada. Apesar do artigo 190 não fazer referência aos debenturistas, esta participação deverá ser a primeira a ser calculada. Portanto, a participação de debenturistas (“D”) é paga antes da participação de empregados (“E”), que é paga antes da participação de administradores (ou diretores) (“A”), que é paga antes da participação de partes beneficiárias (“P”). Um último detalhe: o “D” é de debenturistas. Se aparecer na prova a palavra “Diretores” (Participação de Diretores), você deve considerar como “Participação de Administradores”. Não vai achar, só porque a palavra “diretores” começa com “D”, que será paga antes das demais participações. Cuidado! GABARITO: Certo caixa 10.000 contas a receber 90.000 capital social 70.000 juros passivos a transcorrer 5.000 estoques 15.000 impostos a recolher 1.500 fornecedores 15.000 empréstimos bancários (empréstimos prefixados a vencer em até 360 dias) 5.000 reservas de lucro 3.000 provisão para devedores duvidosos 2.700 imobilizado 55.000 financiamentos (financiamentos pós-fixados a vencer em mais de 360 dias) 70.000 ações em tesouraria 5.000

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A tabela acima apresenta os saldos contábeis, em reais, de todas as contas patrimoniais de uma companhia, antes da apuração do resultado do exercício. Considerando os dados da tabela, julgue os itens subsequentes. 323.(Contador-FUB/DF-2011-Cespe) O resultado do exercício foi um prejuízo de R$ 12.800,00. Resolução Para fins didáticos, vamos classificar todas as contas:

Conta Saldo Devedor

Saldo Credor

Característica

Caixa 10.000 Ativo Circulante Contas a Receber 90.000 Ativo Circulante Capital Social 70.000 Patrimônio Líquido Juros Passivos a Transcorrer 5.000 Passivo Circulante – Retificadora Estoques 15.000 Ativo Circulante Impostos a Recolher 1.500 Passivo Circulante Fornecedores 15.000 Passivo Circulante Empréstimos Bancários (empréstimos prefixados a vencer em 360 dias)

5.000 Passivo Circulante

Reservas de Lucros 3.000 Patrimônio Líquido Provisão para Devedores Duvidosos 2.700 Ativo Circulante – Retificadora Imobilizado 55.000 Ativo Não Circulante – Imobilizado Financiamentos (financiamentos pós-fixados a vencer em mais de 360 dias)

70.000 Passivo Não Circulante

Ações em Tesouraria 5.000 Patrimônio Líquido Repare que, de acordo com o item, os saldos são antes da apuração do resultado do exercício. Para apuração do resultado do exercício, como não temos contas de resultado, apuraremos a diferença entre o ativo e passivo exigível (circulante + não circulante), que será igual ao patrimônio líquido. A partir daí, determinaremos o saldo da conta “Lucros Acumulados” ou “Prejuízos Acumulados”, conta para onde o resultado do exercício seria transferido. Caixa 10.000 Ativo Circulante Contas a Receber 90.000 Ativo Circulante Estoques 15.000 Ativo Circulante Provisão para Devedores Duvidosos (2.700) Ativo Circulante – Retificadora Imobilizado 55.000 Ativo Não Circulante –

Imobilizado Total do Ativo 167.300

Juros Passivos a Transcorrer (5.000) Passivo Circulante –

Retificadora Impostos a Recolher 1.500 Passivo Circulante Fornecedores 15.000 Passivo Circulante Empréstimos Bancários (empréstimos prefixados a vencer em 360 dias)

5.000 Passivo Circulante

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Financiamentos (financiamentos pós-fixados a vencer em mais de 360 dias)

70.000 Passivo Não Circulante

Passivo Circulante + Não Circulante

86.500

Equação Fundamental do Patrimônio: Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido ⇒ ⇒ 167.300 = 86.500 + PL ⇒ ⇒ PL = 167.300 – 86.500 ⇒ ⇒ PL = 80.800 O patrimônio líquido é formado por: Capital Social 70.000 (-) Ações em Tesouraria (5.000) (+) Reserva de Lucros 3.000 (+) Lucros ou Prejuízos Acumulados X (=) Patrimônio Líquido 80.800 70.000 – 5.000 + 3.000 + X = 80.800 ⇒ ⇒ 68.000 + X = 80.800 ⇒ ⇒ X = 80.800 – 68.000 ⇒ ⇒ X = 12.800 Como “X” é maior que zero (R$ 12.800,00), a conta possui a mesma natureza do patrimônio líquido, ou seja, tem saldo credor. Se possui saldo credor, é a conta “Lucros Acumulados”. Se é “Lucros Acumulados” o resultado do período transferido para essa conta foi um lucro de R$ 12.800,00. GABARITO: Errado 324.(Contador-FUB/DF-2011-Cespe) O resultado da entidade em determinado período é apresentado na demonstração do resultado do exercício, que é uma demonstração dedutiva e dinâmica. Resolução É na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) que aparecerão as contas de receita e as contas de despesa, que são contas transitórias, ou seja, ao final do período de apuração estarão com seus saldos zerados.

A DRE tem por objetivo evidenciar a situação econômica da entidade em um determinado período por meio da apuração do resultado do exercício (lucro ou prejuízo).

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O Balanço Patrimonial é uma demonstração financeira que evidencia, resumidamente, a situação patrimonial e financeira da entidade, quantitativamente e qualitativamente, em um dado momento. Além disso, a DRE é uma demonstrativa dedutiva e dinâmica, mostrando o cálculo do resultado do exercício, enquanto que o balanço patrimonial é uma demonstração estática, pois mostra a situação patrimonial em um dado momento.

Não esqueça na hora da prova: Balanço Patrimonial: situação patrimonial e financeira (estática). Demonstração do Resultado do Exercício: situação econômica (dinâmica). GABARITO: Certo 325.(Analista de Atividades do Meio Ambiente-Contador-IBRAM/DF-2009-Cespe) A demonstração do resultado do exercício deve discriminar: I – a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; II – a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; III – as despesas com vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas e receitas operacionais; IV – o lucro ou prejuízo operacional e as receitas e despesas não-operacionais; V – o resultado do exercício antes do imposto de renda e a provisão para o imposto; VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; VII – o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

Resolução De acordo com o artigo 187 da Lei das SA:

Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:

I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;

II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;

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III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;

IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;

VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa;

VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:

a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e

b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.

Repare que o erro está justamente no inciso IV, em virtude das alterações trazidas pela Lei no 11.941/09. GABARITO: Errado

A demonstração de resultado do exercício, um demonstrativo que é anexado ao balanço geral das empresas, detalha a origem dos lucros ou dos prejuízos do exercício. Acerca da demonstração do resultado do exercício, julgue os próximos itens. 326.(Técnico de Atividades do Meio Ambiente-Técnico em Contabilidade-IBRAM/DF-2009-Cespe) Consolida as contas de despesas e de receitas em uma única conta: resultado do exercício. Resolução Resumidamente, podemos dizer que a demonstração do resultado do exercício (DRE) consolida as contas de despesas e de receitas em uma única conta chamada resultado do exercício. Veja:

Apuração do Resultado do Exercício

Despesas Receitas Prejuízo Lucro

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Como as contas de despesas são de natureza devedora, serão lançadas no resultado fazendo-se um débito. Por outro lado, como as contas de receitas possuem natureza credora, serão lançadas no resultado fazendo-se um crédito. Vejamos: Transferência do saldo de uma despesa para a apuração do resultado do exercício: Débito: Apuração do Resultado do Exercício Crédito: Despesa Transferência do saldo de uma receita para a apuração do resultado do exercício: Débito: Receita Crédito: Apuração do Resultado do Exercício

Na apuração: I – Se os saldos credores (receitas) forem maiores que os saldos devedores (despesas), haverá um lucro no período (receitas maiores que despesas). II – Se os saldos credores (receitas) forem menores que os saldos devedores (despesas), haverá um prejuízo no período (receitas menores que despesas). GABARITO: Certo 327.(Técnico de Atividades do Meio Ambiente-Técnico em Contabilidade-IBRAM/DF-2009-Cespe) O saldo da conta resultado do exercício quando representar lucro, será transferido para o ativo da empresa. Resolução Após a apuração do resultado do exercício (lucro ou prejuízo), ele será transferido para o Patrimônio Líquido da empresa. I – Se for apurado lucro no período: Débito: Apuração do Resultado do Exercício Crédito: Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) II – Se for apuração prejuízo no período: Débito: Prejuízos Acumulados (Patrimônio Líquido) Crédito: Apuração do Resultado do Exercício GABARITO: Errado

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328.(Técnico de Atividades do Meio Ambiente-Técnico em Contabilidade-IBRAM/DF-2009-Cespe) O saldo da conta resultado do exercício quando representar prejuízo, será transferido para o passivo circulante da empresa. Resolução

Após a apuração do resultado do exercício, independentemente se houver lucro ou prejuízo, ele será transferido para o Patrimônio Líquido da empresa. GABARITO: Errado 329.(Técnico de Atividades do Meio Ambiente-Técnico em Contabilidade-IBRAM/DF-2009-Cespe) O procedimento de encerrar todas as contas de receitas e de despesas, normalmente, é efetuado uma vez por ano, no encerramento do exercício social. Resolução As contas de receitas e despesas são contas transitórias, ou seja, todas terão seus saldos zerados ao final do período de apuração (normalmente, de um ano). É o momento em que ocorre a apuração do resultado do exercício. GABARITO: Certo 330.(Analista Judiciário-Contabilidade-TRT/17R-2009-Cespe) As participações de debenturistas, empregados e fundos de assistência de empregados no lucro das empresas influenciam a base de cálculo do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido, sendo também influenciadas por essa base de cálculo. Resolução De acordo com o Regulamento do Imposto de Renda (RIR/99), poderão ser deduzidas do lucro líquido do período de apuração as participações nos lucros da pessoa jurídica: - asseguradas a debêntures de sua emissão; - atribuídas a seus empregados segundo normas gerais aplicáveis, sem discriminações, a todos que se encontrem na mesma situação, por dispositivo do estatuto ou contrato social, ou por deliberação da assembléia de acionistas ou sócios quotistas; e - atribuídas aos trabalhadores da empresa nos lucros ou resultados, dentro do próprio exercício de sua constituição.

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Portanto, as participações de debenturistas, empregados e fundos de assistência de empregados no lucro das empresas, apesar de serem calculadas após o “lucro após o imposto de renda e da CSLL” (são influenciadas pela base de cálculo desses tributos), influenciam na base de cálculo desses tributos (são dedutíveis). Há um “looping”. GABARITO: Certo

Conta Saldo (em R$) Frete sobre compras 680 Despesa de amortização 1.200 Despesas financeiras 3.320 Despesas de manutenção 5.560 Despesas antecipadas de seguros 9.980 Receita financeira 12.100 Compra de mercadorias 12.300 Despesas antecipadas de aluguel 12.300 Reservas de lucros antes da apuração do resultado 12.340 Despesa de depreciação 14.500 Despesas gerais 14.580 Impostos sobre vendas 24.590 Despesas administrativas 32.100 Estoque inicial de mercadorias 52.000 Custo das mercadorias vendidas 60.000 Receita líquida de vendas 123.400 As demonstrações contábeis acumulam os saldos das contas e evidenciam as modificações patrimoniais. Acerca das demonstrações contábeis, suas características e especificidades, e considerando as informações apresentadas na tabela acima, referentes a uma empresa hipotética, julgue os itens seguintes. 331.(Analista Judiciário-Contabilidade-TRE/BA-2009-Cespe) Na situação apresentada na tabela, após a incorporação do resultado apurado e respectiva elaboração da demonstração de lucros ou prejuízos acumulados, o saldo final da conta resultados acumulados será igual a R$ 30.970, devedor. Desse modo, ao se elaborar o balanço patrimonial, a conta que evidencia os resultados acumulados deve ser denominada prejuízos acumulados. Resolução Primeiramente, vamos apurar o resultado do exercício:

DRE Saldo (em R$) Receita líquida de vendas 123.400 (-) Custo das mercadorias vendidas (60.000) (=) Lucro Bruto 63.400 (-) Despesa de amortização (1.200) (-) Despesas financeiras (3.320)

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(-) Despesas de manutenção (5.560) (+) Receita financeira 12.100 (-) Despesa de depreciação (14.500) (-) Despesas gerais (14.580) (-) Despesas administrativas (32.100) (=) Lucro Líquido do Exercício 4.240 Algumas observações importantes: I - Frete sobre compras: como é custo das compras, já está incluído no valor do estoque e, consequentemente, no cálculo do CMV (Custo das Mercadorias Vendidas). Por isso, não consta, explicitamente, na DRE. II – Despesas antecipadas de seguros: se é uma despesa antecipada, o fato gerador, pelo princípio da competência, ainda não ocorreu. Portanto, é um direito da empresa, classificado no ativo circulante ou realizável a longo prazo. Como o item não informou nada, será considerado no ativo circulante. III – Impostos sobre vendas: os impostos sobre vendas são deduções da receita bruta de vendas. Como o item já informou a receita líquida de vendas que corresponde ao resultado da subtração da receita bruta de vendas por suas deduções, não há que se considerar os impostos sobre vendas no cálculo do resultado do período. Se considerarmos que o saldo inicial da conta Lucros Acumulados é zero (não foi um informado), com a apuração do resultado do exercício (lucro líquido do exercício de R$ 4.240,00) e a respectiva transferência para a conta lucros acumulados, teríamos um saldo final de lucros acumulados de R$ 4.240,00. O lançamento seria: Débito: Apuração do Resultado do Exercício 4.240 Crédito: Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido) 4.240 GABARITO: Errado 332.(Analista Judiciário-Contabilidade-TRE/BA-2009-Cespe) Na situação da tabela, ao se elaborar a DRE, o resultado líquido apurado será igual a R$ 42.630, devedor. Resolução Conforme calculado no item anterior, foi apurado um lucro líquido do exercício de R$ 4.240,00 (saldo credor). GABARITO: Errado 333.(Analista Judiciário-Contabilidade-TRE/BA-2009-Cespe) É correto afirmar, com base nos dados apresentados, que o valor do estoque final de mercadorias para revenda é igual a R$ 4.980.

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Resolução Para calcular o estoque final temos que utilizar a fórmula do CMV: CMV = EI + C – EF CMV = Custo das Mercadorias Vendidas = 60.000 EI = Estoque Inicial de Mercadorias = 52.000 Para calcular as compras líquidas do período, utiliza-se a seguinte fórmula:

(+) Compras (-) Tributos a Recuperar Compras Brutas (-) Devoluções (+) Fretes + Seguros (+) Carga + Descarga + Armazenagem (+) Tributos Não Recuperáveis (-) Abatimentos (-) Descontos Incondicionais Obtidos

Compras Líquidas Pode perguntar! Sem ter medo de ser feliz! Professor, o que seriam tributos a recuperar e tributos não recuperáveis? Por exemplo, o ICMS sobre as mercadorias compradas para revenda (ICMS a Recuperar) é imposto que a empresa poderia compensar com o ICMS sobre as mercadorias vendidas (ICMS a Recolher). Por outro lado, o IPI sobre as compras de mercadorias para revenda não será recuperável para a empresa e se tornará custo das compras. Outros custos de compras, por exemplo, são o frete e o seguro, desde que pagos pelo comprador. C = Compras Líquidas = Compras de Mercadorias + Frete sobre Compras ⇒ ⇒ C = 12.300 + 680 = 12.980 CMV = EI + C – EF ⇒ 60.000 = 52.000 + 12.980 – EF ⇒ ⇒ EF = 64.980 – 60.000 ⇒ EF = 4.980 GABARITO: Certo 334.(Analista Judiciário-Contabilidade-TRE/BA-2009-Cespe) Se a empresa concedesse abatimento sobre vendas no valor de R$ 8.000, o lucro bruto apurado seria reduzido para R$ 55.400. Resolução O abatimento sobre vendas é uma dedução da receita bruta de vendas. Portanto, a receita líquida de vendas seria reduzida em R$ 8.000,00. Nesse caso, teríamos: Receita Líquida de Vendas = 123.400 – 8.000 = 115.400

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DRE Saldo (em R$) Receita líquida de vendas 115.400 (-) Custo das mercadorias vendidas (60.000) (=) Lucro Bruto 55.400 GABARITO: Certo 335.(Contador-Unipampa-2009-Cespe) A demonstração do resultado do exercício deve incluir o lucro ou o prejuízo do exercício, além de seu percentual por ação do capital social. Resolução A demonstração do resultado do exercício deve incluir o lucro ou o prejuízo do exercício, além do lucro líquido por ação do capital social. GABARITO: Errado 336.(Contador-Unipampa-2009-Cespe) Considere que uma empresa tenha apresentado em suas contas de resultado os seguintes saldos finais: despesas administrativas = R$ 500,00 despesas financeiras = R$ 200,00 despesas não operacionais = R$ 300,00 devolução de compras = R$ 400,00 devolução de vendas = R$ 100,00 compras = R$ 1.000,00 estoque final = R$ 2.000,00 estoque inicial = R$ 3.000,00 vendas = R$ 4.000,00 Nessa situação, o resultado líquido apurado no exercício será superior ao estoque final. Resolução Primeiramente, precisamos calcular o valor do CMV: CMV = EI + C – EF EI = Estoque Inicial = R$ 3.000,00 EF = Estoque Final = R$ 2.000,00 C = Compras Líquidas = Compras – Devolução de Compras ⇒ ⇒ C = R$ 1.000,00 – R$ 400,00 = R$ 600,00 CMV = 3.000 + 600 – 2.000 = R$ 1.600,00

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Vamos calcular o resultado líquido do exercício: vendas R$ 4.000,00 (-) devolução de vendas (R$ 100,00) Vendas líquidas R$ 3.900,00 (-) CMV (R$ 1.600,00) Lucro Bruto R$ 2.300,00 (-) despesas administrativas (R$ 500,00) (-) despesas financeiras (R$ 200,00) (-) despesas não operacionais (R$ 300,00) (atualmente, seria “outras despesas) Lucro Líquido do Exercício R$ 1.300,00 < Estoque Final GABARITO: Errado 337.(Contador-Unipampa-2009-Cespe) O custo das mercadorias vendidas é formado pelas compras das mercadorias (incluídos todos os custos de aquisição), adicionados os impostos incidentes, mais estoque final, menos estoque inicial. Resolução CMV = EI + C – EF CMV = Custo das Mercadorias Vendidas EI = Estoque Inicial de Mercadorias C = Compras Líquidas EF = Estoque Final Para calcular as compras líquidas do período, utiliza-se a seguinte fórmula:

(+) Compras (-) Tributos a Recuperar Compras Brutas (-) Devoluções (+) Fretes + Seguros (+) Carga + Descarga + Armazenagem (+) Tributos Não Recuperáveis (-) Abatimentos (-) Descontos Incondicionais Obtidos

Compras Líquidas

Portanto, cuidado! Nas compras de mercadorias devemos incluir todos os custos de aquisição, mas não são todos os tributos, pois há aqueles tributos que são recuperáveis. Exemplos: ICMS a recuperar (imposto), Cofins a recuperar (contribuição).

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Corrigindo o item: O custo das mercadorias vendidas é formado pelas compras das mercadorias (incluídos todos os custos de aquisição), adicionados os impostos incidentes que não são recuperáveis e subtraídos os impostos recuperáveis, mais estoque final, menos estoque inicial. Para ficar perfeito, o item deveria citar que as devoluções de compras, abatimentos sobre compras e descontos incondicionais sobre também são subtraídos do valor das compras do período. GABARITO: Errado 338.(Contador-Unipampa-2009-Cespe) A apropriação de despesas incorridas e o ajuste de variação patrimonial são fatos administrativos que afetam indiretamente o resultado. Resolução A apropriação de despesas incorridas, pelo regime de competência, de fato, afeta o resultado do período. Contudo, o ajuste de variação patrimonial é uma conta do patrimônio líquido e não afeta o resultado do período. GABARITO: Errado 339.(Contador-Unipampa-2009-Cespe) Os impostos dedutíveis da receita bruta são identificáveis por incidirem sobre a venda de mercadorias e serviços. Resolução Os impostos dedutíveis da receita bruta, como o ICMS sobre vendas e o ISS sobre vendas, são identificáveis por incidirem sobre o valor da venda de mercadorias e serviços. GABARITO: Certo 340.(Técnico de Desenvolvimento e Fiscalização Agropecuária–Técnico em Contabilidade-SEAPA/DF-2009-Cespe) A demonstração do resultado destina-se a evidenciar a composição do resultado formado em determinado período de operações da entidade. Resolução A DRE tem por objetivo evidenciar a situação econômica da entidade em um determinado período por meio da apuração do resultado do exercício (lucro ou prejuízo). Além disso, a DRE é uma demonstrativa dedutiva e dinâmica, mostrando o cálculo do resultado do exercício. Portanto, a demonstração do resultado destina-se a evidenciar a composição do resultado formado em determinado período de operações da entidade. GABARITO: Certo

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341.(Técnico de Desenvolvimento e Fiscalização Agropecuária–Técnico em Contabilidade-SEAPA/DF-2009-Cespe) A demonstração do resultado, observado o regime de caixa, evidenciará a formação dos vários níveis de resultados mediante confronto entre as receitas e os correspondentes custos e despesas. Resolução A demonstração do resultado, observado o regime de competência, evidenciará a formação dos vários níveis de resultados mediante confronto entre as receitas e os correspondentes custos e despesas. GABARITO: Errado 342.(Auditor-Fiscal da Receita Estadual-ES-2008-Cespe) Considere que, em um contrato de longa duração, orçado em R$ 1.000.000,00, ao final do primeiro exercício apenas 20% da obra tenha sido realizada. Considere, ainda, que, do custo total estimado de R$ 600.000,00, R$ 180.000,00 tenham sido incorridos. Nessa situação, de acordo com os critérios adotados nessas circunstâncias, na opção que permite a apuração do menor lucro no exercício, a receita a ser apropriada deverá ser de R$ 200.000,00. Resolução Contrato de longa duração: orçado em R$ 1.000.000,00. Se, ao final do primeiro exercício, apenas 20% da obra tenha sido realizada, este deve ser o valor, pelo regime de competência, que devemos considerar como receita realizada no período. Receita Realizada no Primeiro Exercício = 20% x 1.000.000 = 200.000 Em relação aos custos incorridos no período, teríamos R$ 180.000,00 GABARITO: Certo Bons estudos, Moraes Junior [email protected] Bibliografia Lei das Sociedades Anônimas com as alterações trazidas pela Lei no 11.638/07 e pela Lei no 11.941/09. Pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). www.cpc.org.br Normas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). www.cfc.org.br Normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). www.cvm.gov.br FIPECAFI, Manual de Contabilidade Societária (aplicável a todas as sociedades). São Paulo. Editora Atlas. 2010. MORAES JUNIOR, José Jayme. Contabilidade Geral. Rio de Janeiro. Elsevier Editora. 3a Edição. 2011.