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Agroecologia

Aula 2 Introdução a Agroecologia

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Agroecologia

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O diagnósticoda propriedade

�A transição agroecológica pode servista como uma caminhada quecomeça com o primeiro passo,observando a realidade atual dapropriedade:

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�Situação atual do solo.

�O que vem sendo feito paramanutenção e melhoria do solo.

�Cultivos e criações existentes parasubsistência da família.

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�Cultivos e criações existentes para avenda (geração de renda).

�Situação geral quanto à diversificaçãode cultivos.

�Situação quanto ao uso de adubosquímicos (quais, como..., a quantotempo).

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�Situação quanto ao uso de agrotóxicos(quais? - herbicidas, inseticidas,fungicidas, carrapaticidas, outros...).

�Situação da mata ciliar, reserva legal.

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�Mão-de-obra disponível (quantaspessoas trabalham e o tempo quededicam).

�Como e onde comercializa osprodutos da propriedade(intermediários, atacadistas,supermercados, feiras).

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�Forma de venda dos produtos (sembeneficiamento ou já beneficiado, comvalor agregado).

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�Infraestrutura regional (cooperativas debeneficiamento, grandes indústrias,inexistência de infraestrutura...)

�Participação em organizações deagricultores .

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O diagnósticoda propriedade

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Planejamento das mudanças

�1. Manejar o solo corretamente: osolo precisa de proteção contra aação direta do sol, chuvas eventos. A cobertura promove essaproteção e ajuda a manter suafertilidade.

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Planejamento das mudanças

�Várias práticas podem serutilizadas para revitalizar erecuperar a sua capacidadeprodutiva, como cobertura,adubação verde, consórcio entreculturas, dentre outros.

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Planejamento das mudanças

�2. Parar o uso de venenos: ocontrole biológico é estratégicopara a prática de controle depragas e possíveis doenças, quepor ser um recurso natural eambiental, equilibra o sistema,com o uso de defensivos naturais.

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Planejamento das mudanças

�3. Garantir a segurança alimentar dafamília: a produção para o auto-consumo dos produtosagroecológicos cultivados deve serpriorizada para a melhoria dasaúde e diminuição de gastos coma alimentação industrializada.

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Planejamento das mudanças

�4. Produzir adubo, sementes emudas: além de poder preservar emelhorar as variedades adaptadasao local com sementes variadas ecrioulas, os gastos com a compradesses insumos podem serreduzidos.

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Planejamento das mudanças

�5. Preservar e aproveitar a água:cuidar da água disponível com aproteção de nascentes, rios ouaçudes através doreflorestamento das matasciliares é essencial para poderproduzir por muito tempo.

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Planejamento das mudanças

�6. Plantar e preservar as matas:fundamental para o equilíbrio napropriedade. Elas ajudam nocontrole de insetos, mantém aumidade, regulam o clima, dãofrutos e madeira, fertilizam osolo e abrigam a fauna.

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Planejamento das mudanças

�7. Trocar experiências: é importanteficar sempre em contato comoutros(as) agricultores(as) paratrocar ideias. Junto com técnicosou outras pessoas, que pesquisam,pode-se observar resultados deexperimentos e divulgar o que deucerto, construindo, juntos, aspráticas e os conhecimentosagroecológicos.

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Planejamento das mudanças

�8. Organizar-se: a formação deassociações ou cooperativasoferece a possibilidade decompartilhar a infra-estrutura,transporte e equipamentos.Juntos podem comercializar osprodutos por um preço melhor egarantir a independência.

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O manejoecológico do solo

�O solo é um organismo no qualocorrem processos vivos e dinâmicos,essenciais à saúde das plantas. A suaecologia nos leva ao mundo demilhões de microorganismos quereagem entre eles.

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O manejoecológico do solo

�Um solo saudável depende dosnutrientes (macro e micronutrientes), daporosidade, do potencial hidrogeniônico(pH), da salinidade e da umidade,precisando de um equilíbrio adequadopara a manutenção da microvida queservirá de alimentação para as plantase animais.

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O manejoecológico do solo

�Características de um solo em seuestado natural.

�Física�Capacidade de retenção de água, taxa

de infiltração, profundidade do solo,horizontes, textura, densidade,estabilidade dos agregados,eporosidade.

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O manejoecológico do solo

�Química�Disponibilidade de nutrientes,

condutividade elétrica (salinidade),sódio, Potencial hidrogeniônico (ph),capacidade de troca catiônica eaniônica

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O manejoecológico do solo

�Biológica�Matéria orgânica do solo, Biomassa

microbiana do solo, respiração no solo,crescimento de vegetação e dacobertura, presença de minhocas eoutros representantes da fauna e florado solo.

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Estratégias parafortalecer o solo

�Manutenção do solo coberto o anotodo – Cobertura viva (plantas) emorta (palhada).

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Estratégias parafortalecer o solo

�Adubação verde – Leguminosas

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Estratégias parafortalecer o solo

�Adubação verde:�é uma prática agrícola que consiste na

utilização de determinadas espéciesde plantas em sistema de rotação,sucessão ou consórcio com a culturade interesse econômico.

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Estratégias parafortalecer o solo

�Adubação verde:

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Estratégias parafortalecer o solo

�Adubação verde:

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Estratégias parafortalecer o solo

�Adubação verde:� Proteção do solo contra erosão;

� Manutenção do solo mais fresco

� Fornecimento de alimento para a maioria dasespécies de organismos do solo;

� Permanência da umidade do solo durante maiortempo;

� O solo fica mais “fofo”; melhora a circulação de ardentro do solo;

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Estratégias parafortalecer o solo

�Adubação verde:� É uma importante fonte de nitrogênio às plantas

cultivadas, quando os adubos verdes sãoleguminosas;

� Ajuda na diminuição da germinação das plantasespontâneas ;

� Recupera nutrientes que estariam sendo perdidospara camadas mais profundas do solo (ciclagemde nutrientes).

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LEGUMINOSAS ANUAIS� 40 e 50 ton. massa verde, 6 a 9 de massa seca e fixa

entre 180 e 350 kg de N por ha/safra.

� Corte - 90 aos 150 dias após a semeadura

� 50 centímetros entre filas e com 6 a 9 sementes pormetro de sulco

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� Mucuna de fácil manejo.� Precocidade;� Não tem hábito trepador;� Pode ser intercalada em culturas perenes

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� Arbustivo ereto atingindo 2 a 3 metros de altura.� Produtividade entre 40 a 60 ton. de massa verde e 6 a

8 toneladas de massa seca por ciclo.� 180 e 300 kg de N por há� 0,50 m entre filas com 22 a 27 sementes por metro

linear.

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� Planta rústica que se desenvolve em solos degradados;

� Suporta secas prolongadas;� Elevada competição com plantas invasoras;� Resiste à altas temperaturas;� Utilizado em rotação de culturas.

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� 1,2 a 1,5 metros de altura. � produtividade entre 20 a 40 toneladas de massa verde

e 4 a 8 toneladas de massa seca por ciclo.� Fixa entre 120 a 280 kg de N por há.� plantio em linhas (40-50 cm), com 6-10 sementes por

metro linear; ou em covas (2 sementes) a 40-50 cm.

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Estratégias parafortalecer o solo

�Rotação de culturas

�alternância ordenada de diferentesculturas, em determinado espaço detempo (ciclo), na mesma área e namesma estação do ano.

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Estratégias parafortalecer o solo

�Rotação de culturas� Diminui insetos-pragas,microorganismos

causadores de doenças.� Auxilia na manutenção e melhoria da

quantidade da matéria orgânica no solo.� Facilita a utilização do plantio direto� Fornece alimentos diferentes –organismos� Protege o solo.� Auxilia controle de plantas espontâneas.

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Estratégias parafortalecer o solo

Aproveitamento de palhadas:Aceiros, roçadas de pastagem, rastilhamentos de folhas...Palha de café, soja, bagaço de cana...

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Estratégias parafortalecer o solo

� Aproveitamento de estercos:� Esterco fresco – sementes de plantas

companheiras = ou bem curtido.

� Mais usado em forma decompostagem:

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Compostagem�O Composto é produzido pormeio da decomposição pormicroorganismos, usando arágua como ativadores.

�Os restos de alimentos, estercosanimais, aparas de grama, folhas,galhos e restos de culturasagrícolas.

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Compostagem�Materiais que não podem ir para

compostagem:�Todo material (madeiras, resíduos,

etc.) que tiver sido tratado comproduto tóxico.

�Esterco humano, Plantas infestadasou doentes, Vidros, plásticos, metais,tintas e têxteis.

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Compostagem�QUANDO COLOCADO OS

MATERIAIS AINDA CRU� Não adubam o solo diretamente,

terão que se decompor primeiro;�Esquentam durante a decomposição e

calor gerado pode até matar a planta;

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Compostagem�O local escolhido:� Não pode ser próximo de rio,

nascente ou tanque;�Porém, tem que ter fácil acesso a

água;�Tem que ser em um terreno plano;�Não pode ser próximo da casa;

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Compostagem�1º - Preparação da matéria prima:�Galhos e gravetos devem ser picados.�Os pedaços menores de material vão

facilitar o trabalho das bactérias efungos.

�O esterco pode ser diretamente napilha.

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Compostagem�2º - Tamanho e forma das pilhas:

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Compostagem

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Compostagem�UMIDADE DA PILHA:�As bactérias e fungos responsáveis

pela decomposição não sobrevivemsem água.

�A pilha não pode ficar encharcada.

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Compostagem�REVOLVIMENTO DA PILHA:�Os fungos e bactérias (responsáveis

pela decomposição dos materiais dapilha) precisam de ar para sobreviver

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Compostagem�Montagem da pilha:

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Compostagem�Controle de temperatura:�A temperatura é o indicativo de que os

microrganismos estão trabalhando noprocesso de fermentação dos resíduos

�Intervalo de 3 dias – 5 dias após amontagem.

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Compostagem�Controle de temperatura:�Termômetro ou vergalhão de ferro;�50 a 80 cm por 20 min.�Vergalhão tolerável = normalmorno a frio= revirar

�15 a 20 dias atinge 60 a 70ºC

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Compostagem

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�O composto melhora a qualidade dosolo e reduz a contaminação epoluição ambiental;

�recicla os nutrientes e elimina agentespatogênicos dos resíduos domésticos.

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�Além de ser uma fonte de nutrientes(N, P, K etc), a adição de matériaorgânica do composto melhora aestrutura física do solo,proporcionando aos solos arenososmaior retenção de água e denutrientes;

�Enquanto nos solos argilosos aumentaa porosidade, melhorando a suaaeração.

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�Aumenta também a população demicrorganismos benéficos, comobactérias e fungos, que disponibilizamos nutrientes minerais do solo para asplantas.

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