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CURSOS ON-LINE – DIR. ADMINISTRATIVO – CURSO REGULAR PROFESSOR GUSTAVO BARCHET www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 03: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (PARTE 2) 9. ENTIDADES ADMINISTRATIVAS EM ESPÉCIE 9.1. AUTARQUIAS As autarquias são pessoas jurídicas de direito público da Administração Pública Indireta, instituídas diretamente por lei específica, exclusivamente com capacidade de auto-administração, para o desempenho de atividades típicas de Estado, gozando de todas as prerrogativas e sujeitando-se a todas as restrições estabelecidas para a Administração Pública Direta. Seu regime jurídico preponderante, aquele aplicável à maioria dos atos praticados por essas entidades, é o regime jurídico-administrativo. O Professor Bandeira de Mello as define, de forma sintética, como “pessoas jurídicas de direito público de capacidade exclusivamente administrativa”. Para Di Pietro, a autarquia é a “pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com capacidade de auto-administração, para o desempenho de serviço público descentralizado, mediante controle administrativo exercido nos limites da lei”. E José dos Santos Carvalho Filho a conceitua como “pessoa jurídica de direito público, integrante da Administração Indireta, criada por lei para desempenhar funções que, despidas de caráter econômico, sejam próprias e típicas do Estado”. Como exemplos de autarquias podemos citar o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA); a Comissão de Valores Mobiliários – (CVM); o Banco Central do Brasil (BACEN) e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). As autarquias não são subordinadas à Administração Direta, mas apenas vinculadas aos seus órgãos centrais, para fins de tutela. Nas relações com os administrados, pelo fato de gozarem de todas prerrogativas e se sujeitarem às mesmas limitações da Administração Direta, aparecem perante eles como se esta fosse. Como possuem personalidade jurídica, seus direitos e obrigações são estabelecidos em seu próprio nome, seus bens e recursos financeiros lhe pertencem, e devem ser por ela própria aplicados, mesmo que tenham acrescido ao seu patrimônio mediante transferência da entidade política que integram. As autarquias possuem natureza jurídica de direito público, a exemplo das pessoas políticas. Em virtude disto são criadas diretamente pela lei instituidora, sem necessidade de registro. É importante ressaltar que essas entidades detêm poder de auto-administração, mas não de auto- organização; em outras palavras, possuem capacidade de gerir a si próprias, mas dentro dos parâmetros estabelecidos pela lei instituidora, os quais não detêm competência para alterar. Sua personalidade jurídica de direito público

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AULA 03: ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (PARTE 2)

9. ENTIDADES ADMINISTRATIVAS EM ESPÉCIE

9.1. AUTARQUIAS

As autarquias são pessoas jurídicas de direito público da Administração Pública Indireta, instituídas diretamente por lei específica, exclusivamente com capacidade de auto-administração, para o desempenho de atividades típicas de Estado, gozando de todas as prerrogativas e sujeitando-se a todas as restrições estabelecidas para a Administração Pública Direta. Seu regime jurídico preponderante, aquele aplicável à maioria dos atos praticados por essas entidades, é o regime jurídico-administrativo.

O Professor Bandeira de Mello as define, de forma sintética, como “pessoas jurídicas de direito público de capacidade exclusivamente administrativa”. Para Di Pietro, a autarquia é a “pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com capacidade de auto-administração, para o desempenho de serviço público descentralizado, mediante controle administrativo exercido nos limites da lei”. E José dos Santos Carvalho Filho a conceitua como “pessoa jurídica de direito público, integrante da Administração Indireta, criada por lei para desempenhar funções que, despidas de caráter econômico, sejam próprias e típicas do Estado”.

Como exemplos de autarquias podemos citar o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA); a Comissão de Valores Mobiliários – (CVM); o Banco Central do Brasil (BACEN) e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).

As autarquias não são subordinadas à Administração Direta, mas apenas vinculadas aos seus órgãos centrais, para fins de tutela. Nas relações com os administrados, pelo fato de gozarem de todas prerrogativas e se sujeitarem às mesmas limitações da Administração Direta, aparecem perante eles como se esta fosse. Como possuem personalidade jurídica, seus direitos e obrigações são estabelecidos em seu próprio nome, seus bens e recursos financeiros lhe pertencem, e devem ser por ela própria aplicados, mesmo que tenham acrescido ao seu patrimônio mediante transferência da entidade política que integram.

As autarquias possuem natureza jurídica de direito público, a exemplo das pessoas políticas. Em virtude disto são criadas diretamente pela lei instituidora, sem necessidade de registro. É importante ressaltar que essas entidades detêm poder de auto-administração, mas não de auto-organização; em outras palavras, possuem capacidade de gerir a si próprias, mas dentro dos parâmetros estabelecidos pela lei instituidora, os quais não detêm competência para alterar. Sua personalidade jurídica de direito público

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e o fato de exercerem atividades tipicamente estatais são seus diferenciais quanto às demais entidades da Administração Indireta.

Além disso, como expõe a Professora Di Pietro,

(...) perante a Administração Pública centralizada a autarquia dispõe de direitos e obrigações; isto porque, instituída por lei para desempenhar determinado serviço público, do qual passa a ser titular, ela pode fazer valer perante a Administração o direito de exercer aquela função, podendo opor-se às interferências indevidas; vale dizer que ela tem direito ao desempenho do serviço nos limites definidos em lei. Paralelamente, ela tem a obrigação de desempenhar suas funções...em consequência, a Administração centralizada tem que exercer o controle para assegurar que a função seja exercida. Esse duplo aspecto da autarquia – direito e obrigação – dá margem a outra dualidade: independência e controle; a capacidade de auto-administração é exercida nos limites da lei; da mesma forma, os atos de controle não podem ultrapassar os limites legais. Perante os particulares, a autarquia aparece como se fosse a própria Administração Pública, ou seja, com todas as prerrogativas e restrições que informam o regime jurídico-administrativo.

As autarquias são consideradas um serviço público personalizado, expressão que indica a natureza de sua atividade (sempre prestação de serviços tipicamente estatais) e o fato de constituírem uma pessoa jurídica, com capacidade de adquirir direitos e contrair obrigações em nome próprio. Algumas autarquias, logo quando do surgimento dessa entidade no universo administrativo, foram criadas para o desempenho de atividade tipicamente econômica. Foi o caso, por exemplo, da Caixa Econômica Federal. Com o correr dos anos, porém, tanto a CEF como as demais autarquias que desenvolviam atividade econômica foram sendo paulatinamente transformadas em pessoas administrativas de direito privado, natureza jurídica mais adequada ao setor que atuam.

Na opinião de Bandeira de Mello, a natureza de direito público das autarquias deve-se ao fato de elas receberem a própria titularidade do serviço que devem prestar, pois entende o autor que, quando uma entidade da Administração Indireta recebe competência para a execução de determinado serviço, mas não sua titularidade, necessariamente possui natureza jurídica de direito privado. A maioria de nossos doutrinadores, todavia, não faz coro às palavras do Professor, pois o entendimento predominante é de que todas as entidades da Administração Indireta, sejam de direito público ou de direito privado, recebem a titularidade dos serviços que lhe incumbem prestar, caracteríitica da descentralização por outorga. É repassada apenas a execução do serviço no caso de descentralização por delegação.

De qualquer forma, a natureza de direito público das autarquias assegura as mesmas prerrogativas e privilégios das pessoas políticas, dentre eles o processo especial de execução, previsto no art. 100 da CF e nos art. 730 e 731 do CPC; os prazos dilatados em juízo; o duplo grau de jurisdição obrigatório; o juízo privativo na Justiça Federal, quando federais; a

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impenhorabilidade de seus bens; a imunidade tributária; a auto-executoriedade de seus atos, entre tantos outros.

Há algumas entidades desta natureza que são definidas pela doutrina como autarquias de regime especial. Não se trata, aqui, de uma nova espécie de entidade administrativa, mas tão só de uma autarquia que goza de maior autonomia administrativa, comparativamente às demais autarquias, nos termos das respectivas leis instituidoras. Na próxima aula trataremos das agências reguladoras, o melhor exemplo atualmente de autarquia de regime especial, e lá analisaremos em que consiste esta maior autonomia administrativa.

9.2. FUNDAÇÕES PÚBLICAS

É oportuno ressaltar que a Constituição trata esta espécie de entidade administrativa, a fundação pública, sob diversas denominações, como, por exemplo, fundações sob controle estatal (art. 8º, § 5º, ADCT), fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, fundações instituídas pelo Poder Público (art. 71, II), fundações controladas pelo Poder Público (art. 163, II). A doutrina, por sua vez, comumente usa o termo fundações governamentais. Todas essas expressões indicam a entidade ora analisada, a fundação pública.

As fundações são figuras jurídicas oriundas do direito privado, constituídas pela atribuição de personalidade jurídica a um patrimônio e pela sua destinação a um fim específico, sempre de caráter social. Dessa forma, no âmbito privado, são características básicas das fundações (1) o instituidor, ou seja, aquele que destina um patrimônio ao atingimento de dada finalidade, conferindo-lhe para tanto autonomia jurídica; (2) a atividade em si mesma, necessariamente de caráter social e (3) a sua natureza não-lucrativa.

Nesses moldes são criadas as fundações privadas, constituídas por um patrimônio particular com o objetivo de prestar, sem fins lucrativos, um serviço de índole social, como saúde, educação e assistência. As fundações públicas coincidem com as fundações privadas no que tange à finalidade social e ao objeto não-lucrativo, todavia, delas se afastam quanto à figura do instituidor e ao patrimônio reservado. No caso, é o Poder Público que cria a entidade, afetando para tanto parcela do patrimônio público.

Além disso, quando um particular destina parte de seu patrimônio para a criação de uma fundação privada, esse ato é irrevogável, pois esse patrimônio passa a estar afetado à finalidade da fundação e à entidade em si, de forma que o instituidor não pode alterar essa finalidade ou extinguir a fundação. Já o poder Público não perde o poder de disposição sobre o patrimônio que destacou para a instituição de determinada fundação pública, pois poderá, por lei, alterar as finalidades da entidade, bem como outros aspectos do seu regime jurídico, ou mesmo extingui-la. O aspecto da fiscalização também deve ser ressaltado: o particular nem mesmo pode fiscalizar a fundação que se originou do seu patrimônio, que é encargo do Ministério Público, mas o Poder Público jamais deixa de exercer o controle sobre suas entidades.

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Sobre a composição do patrimônio das fundações públicas, há autores que admitem no mesmo a participação da iniciativa privada (O CESPE tem este entendimento). Prevalece, entretanto, o entendimento de que ele é formado exclusivamente por recursos públicos. O que majoritariamente se aceita é que a fundação, após criada com recursos exclusivamente públicos, possa receber também recursos de particulares para a manutenção de suas atividades. Realmente, não há porque se negar tal possibilidade.

Na esfera federal, o Decreto-lei 200/67 define essa entidade da Administração Indireta como “a entidade dotada de personalidade jurídica de Direito Privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de Direito Público, com autonomia administrativa, patrimônio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e outras fontes”.

Em linhas gerais, o conceito é razoável, embora haja divergências na doutrina sobre a natureza jurídica dessas entidades, se de direito público ou privado. Antes da Constituição Federal de 1998 majoritariamente considerava-se que as fundações públicas possuíam personalidade jurídica de direito privado. A Constituição, contudo, alterou substancialmente o regramento jurídico a elas aplicável, atribuindo-lhes diversos privilégios típicos das pessoas jurídicas de direito público. A partir da sua promulgação, a maioria da doutrina passou a considerar que as fundações públicas possuem natureza jurídica de direito público.

Tal posição – a natureza de direito público das fundações públicas - tendia a consolidar-se, não fosse a promulgação da EC nº 19/98, que equiparou as fundações públicas às empresas públicas e sociedades de economia mista quanto à forma de instituição. A partir da entrada em vigor da referida emenda, as fundações públicas, nos termos do art. 37, XIX, são criadas por ato do Poder Executivo, precedido de autorização em lei específica. O ato de criação (decreto) tem que ser registrado no Registro de Pessoas Jurídicas, para só então ter início a existência legal da entidade.

Tal inovação reacendeu os debates acerca da natureza jurídica das fundações públicas. Embora não se tenha chegado a um consenso sobre o tema, a posição hoje majoritariamente adotada é de que existem duas modalidades de fundação pública na Administração Indireta: de direito privado e de direito público.

As fundações públicas de direito privado são criadas nos moldes do art. 37, XIX, da CF: por decreto do Poder Executivo autorizado em lei específica, o qual deverá ser registrado para ter-se início a personalidade jurídica da entidade. Já as fundações públicas de direito público são criadas diretamente por lei específica, sem necessidade de registro de seu ato constitutivo. Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, adotado também pelo Superior Tribunal de Justiça, as fundações públicas de direito público nada mais são do que uma modalidade de autarquia que exerce atividade de caráter social (e não como comumente ocorre, atividade típica de Estado).

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As fundações públicas de direito público são disciplinadas preponderantemente pelo regime jurídico de direito público, da mesma forma que as autarquias, com todos os direitos, privilégios e restrições dele decorrentes. Na verdade, segundo o STF, é idêntico o regime jurídico das autarquias e das fundações públicas de direito público (que são, por isso, também denominadas fundações autárquicas ou autarquias fundacionais).

No que se refere às fundações públicas de direito privado, são elas regidas por um regime jurídico híbrido, em parte público e em parte privado. Segundo Di Pietro, “quando a Administração Pública cria fundação de direito privado, ela se submete ao direito comum em tudo aquilo que não for expressamente derrogado por normas de direito público...”. Como se percebe pela lição da Autora, o regime jurídico preponderantemente aplicável às fundações públicas de direito privado é o regime jurídico de direito privado.

Tal assertiva está correta em termos gerais. Todavia, em diversas matérias serão de direito público as normas aplicáveis às fundações públicas de direito privado, por exemplo, no que concerne ao controle administrativo; ao controle externo a cargo do Poder Legislativo, auxiliado pelo Tribunal de Contas; à necessidade de lei específica para autorizar sua criação e extinção; à vinculação à finalidade da lei que as instituiu; à legitimidade passiva para responder em ação popular; à necessidade de contratação de seus empregados por concurso público; à obrigatoriedade de procedimento licitatório, previsto na Lei. 8.666/93, para a celebração de seus contratos; à equiparação de seus empregados aos servidores públicos para diversos fins; à imunidade tributária recíproca etc.

Entre as consequências da aplicação do direito privado às fundações públicas de direito privado podemos citar, também exemplificativamente, a penhorabilidade de seus bens; a inexistência de juízo privativo na Justiça Federal, quanto às entidades federais; a aplicação das regras de responsabilidade subjetiva; a incidência do regime celetista etc.

Na matéria, não é exagero frisar que todos os privilégios e restrições estabelecidos na Constituição e nas leis administrativas para as fundações públicas de direito público aplicam-se também às fundações públicas de direito privado, já que a Carta e a legislação ordinária sempre se utilizaram da expressão “fundação pública” (ou expressão sinônima) em termos genéricos. Se o objetivo fosse distinguir entre fundações de direito público e privado quanto a prerrogativas e sujeições a EC 19/98 teria promovido tal diferenciação, o que não fez. A imunidade tributária quanto aos impostos incidentes sobre o patrimônio, bens e serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou delas decorrentes é exemplo disso (o art. 150, § 2º, fala genericamente em “fundações públicas”, com o que a abarca as duas modalidades).

Por outro lado, como normas de direito público aplicáveis apenas às fundações de direito público podemos citar o juízo privativo na Justiça Federal, quanto às entidades federais; o pagamento de seus débitos decorrentes de decisão judicial transitada em julgado pelo regime de precatório; a

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impenhorabilidade e a imprescritibilidade de seus bens, o duplo grau obrigatório etc.

Podemos concluir a matéria desta forma. Temos atualmente duas modalidades de fundações públicas, as de direito público e privado, ambas integrantes da Administração Indireta e criadas para o exercício de atividade de caráter social (assistência, cultura, saúde, educação etc), a serem definidas em lei complementar, a teor do art. 37, XIX, da CF. A diferença entre elas é que a fundação pública de direito público é criada diretamente por lei específica e tem como regime preponderantemente aplicável o de direito público, idêntico ao das autarquias (sendo por isso chamada de fundação autárquica ou autarquia fundacional). As fundações públicas de direito privado, por sua vez, são criadas pelo registro de seus atos constitutivos, após autorização em lei específica, e sujeitam-se a regime jurídico híbrido, preponderantemente de direito privado (apesar disso, todas as normas da Constituição e leis administrativas que mencionam somente “”fundações públicas” - ou expressões sinônimas - são a elas aplicáveis). Por fim, todas as fundações públicas, de direito público ou privado, são definidas pela doutrina como um “patrimônio personalizado”.

9.3. EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA

Sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Indireta, criadas pelo registro de seu ato constitutivo, após autorização em lei específica, com capital majoritariamente público e sempre sob a forma de sociedade anônima, para o desempenho de atividade econômica de produção ou comercialização de bens, ou para a prestação de serviços públicos.

São exemplos de sociedades de economia mista a Petróleo Brasileiro S/A (PETROBRÁS), o Banco do Brasil e o Banco da Amazônia.

Empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Indireta, criadas pelo registro de seu ato constitutivo após autorização em lei específica, com capital exclusivamente público e sob qualquer forma jurídica admitida em Direito, para o desempenho de atividade econômica de produção ou comercialização de bens, ou para a prestação de serviços públicos.

São exemplos de empresas públicas a caixa Econômica Federal (CEF), a Empresa Brasileira de Correio e Telégrafos (ECT) e o Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO), o Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) etc.

Essas entidades, ao lado de suas subsidiárias e de outras entidades sob controle do Poder Público, são reunidas sob a denominação empresas estatais ou governamentais.

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Como se percebe, as empresas públicas e as sociedades de economia mista são entidades com personalidade jurídica de direito privado, independentemente da atividade desempenhada, a qual pode consistir na exploração de atividade econômica ou na prestação de serviços públicos. Todavia, a personalidade de direito privado dessas entidades deve ser compreendida em seus devidos termos. Acerca deste ponto, faz-se relevante transcrever a arguta observação do Professor Bandeira de Mello, vazada nos seguintes termos:

Empresas públicas e sociedades de economia mista são, fundamentalmente e acima de tudo, instrumentos de ação do Estado. O traço essencial caracterizador dessas pessoas é o de se constituírem em auxiliares do Poder Público; logo, são entidades voltadas, por definição, à busca de interesses transcendentes aos meramente privados. Sua personalidade de direito privado não desnatura esta evidência. O principal, sua finalidade, não pode ser relegado em função do acidental, sua natureza jurídica. Jamais poderemos confundi-las com as empresas em geral.

Enfim, jamais poderemos equiparar tais entidades com as empresas privadas. As empresas estatais, em vista disso, nunca gozarão da mesma liberdade de atuação que as demais empresas atuantes no domínio econômico.

Apesar de ser questão pacífica a personalidade de direito privado das empresas estatais, o art. 37, XIX, da Constituição, na redação anterior à EC 19/98, prescrevia para essas entidades uma forma de instituição típica das pessoas jurídicas de direito público pois, nos seus termos, para a criação de uma sociedade de economia mista ou uma empresa pública era necessária apenas a expedição de lei específica, a partir da qual estaria constituída a entidade, sem necessidade de qualquer outro procedimento complementar.

Em posição antagônica, a melhor doutrina já havia consolidado o entendimento de que, em função da natureza privada dessas entidades, sua criação demandava, além da lei, um decreto do Poder Executivo, que era efetivamente o ato constitutivo da entidade. Este decreto deveria ser registrado na Junta Comercial ou no Registro de Pessoas Jurídicas, conforme a forma jurídica adotada, instante em que se considerava constituída a entidade, com a aquisição da sua personalidade jurídica.

Em consonância com esse entendimento, o novo texto do art. 37, XIX, da CF, fruto da EC 19/98, continua a exigir lei específica, mas agora não para criar, e sim para autorizar a criação de uma sociedade de economia mista ou empresa pública. A partir da lei autorizativa o Poder Executivo expede um decreto, cujo registro no órgão competente assinala, efetivamente, o nascimento jurídico da entidade.

A exigência de lei específica é inafastável, entendendo a doutrina e a jurisprudência majoritária que, se não for respeitado este requisito na formação de uma dessas entidades, na verdade estar-se-á criando tão somente uma empresa estatal sob controle acionário do Estado. Nem mesmo lei genérica é aceitável para essa finalidade: é indispensável uma lei que trate

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somente da autorização para a instituição da entidade e de outros assuntos a ela relacionados. A diferença se dará quanto ao regime jurídico que vai reger uma empresa não autorizada em lei específica, pois a ela não se aplicarão as normas constitucionais, legais ou regulamentares válidas para as sociedades de economia mista e empresas públicas, a não ser que haja disposição expressa neste sentido, segundo entendimento majoritário na doutrina.

O Professor Bandeira de Mello discorda deste entendimento. Segundo ele, diversas empresas públicas e sociedades de economia mista surgiram sem qualquer autorização legislativa, mas, não obstante sua criação irregular, não tiveram questionada a validade dos atos daí decorrentes. Logo, é de se aplicar a ela todos os limites e restrições, legais e constitucionais, que incidem sobre as empresas públicas e sociedades de economia mista. Segundo o Autor, “seria o maior dos contrasensos entender que a violação do Direito, ou seja, sua mácula de origem, deva funcionar como passaporte para que se libertem das sujeições a que estariam submissas se a ordem jurídica houvesse sido respeitada”. Dentre as bancas de concurso, o CESPE já adotou este entendimento em algumas provas.

A criação de subsidiárias das sociedades das empresas governamentais ou sua participação em empresas privadas demandam igualmente autorização legislativa, conforme dispõe o art. 37, XX, da CF. A doutrina vem aceitando que a própria lei autorizadora da instituição da entidade traga a permissão para a constituição de subsidiárias, não sendo necessária a edição de lei específica com essa finalidade, já que não consta tal requisito no texto constitucional. Essa é a posição manifestada também pelo STF, o qual já declarou que, uma vez editada a lei autorizativa específica para a criação da entidade, se nela já houver a permissão para o estabelecimento de subsidiárias, “o requisito da autorização legislativa (CF, art. 37, XX) acha-se cumprido, não sendo necessária a edição de lei especial para cada caso”.

Empresas subsidiárias são aquelas cujo capital, majoritariamente ou exclusivamente, pertence a uma empresa pública ou a uma sociedade de economia mista, que as controlam e determinam sua atuação. O Estado cria e controla diretamente a empresa pública ou a sociedade de economia mista, e estas, por sua vez, controlam diretamente suas subsidiárias. Logo, o Estado controle indiretamente as subsidiárias das empresas estatais. Podemos considerar a empresa pública ou a sociedade de economia mista como uma sociedade de primeiro grau, e suas subsidiárias como sociedades de segundo grau, instituídas para atuar em determinado segmento específico inserido dentro do objeto social das empresas estatais.

Uma última observação quanto à criação das sociedades de economia mista e empresas públicas. Eventualmente, a lei pode não autorizar propriamente a sua instituição, mas a transformação de um órgão público ou de uma autarquia (ou mesmo uma fundação) em uma entidade dessa espécie. Poderá também a lei autorizar a desapropriação das ações de uma sociedade privada, ou a subscrição de ações de uma sociedade anônima já constituída, em percentual que permita ao Poder Público exercer seu controle, com a expressa disposição de que a pessoa jurídica objeto da desapropriação ou da

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subscrição terá a natureza jurídica de uma sociedade de economia mista ou empresa pública.

As empresas públicas e sociedades de economia mista, apesar de sempre ostentarem personalidade de direito privado, ora são regidas por regime jurídico de direito público, ora de direito privado. A Emenda nº 19/1998 adotou claramente uma orientação já manifestada pela maioria da doutrina, de que varia o regime jurídico aplicável a essas entidades conforme sua área de atuação.

Quando explorarem atividade econômica de produção ou comercialização de bens, área tipicamente privada, serão regidas principalmente pelo regime jurídico de direito privado, equiparando-se às demais empresas atuantes no mercado quanto aos direitos e obrigações comerciais, civis, trabalhistas e tributários. O art. 173 da CF é a norma-matriz a ser aplicada nesse caso.

Rezam os §§ 1º e 2º do referido dispositivo:

§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou prestação de serviços, dispondo sobre:

I – sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade;

II – a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;

III – licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da Administração Pública;

IV – a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal com a participação de acionistas minoritários;

V – os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores.

§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.

É importante frisar este ponto: as empresas governamentais, quando exercentes de atividade econômica, estão sujeitas ao regime próprio das empresas privadas, igualando-se a estas nas suas obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributárias (CF, art. 173, § 1o, II), sendo expressamente vedada a concessão a elas de privilégios fiscais não extensivos às empresas do setor privado (CF, art. 173, § 2o). Como nos informa Vicente Paulo, “essas regras têm por objeto evitar o estabelecimento de uma concorrência desleal entre as empresas governamentais e as do setor privado, em plena consonância com o princípio da livre concorrência, informador da ordem econômica na atual Carta (CF, art. 170, § IV).”

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Deve-se ressaltar também que, como é a Constituição que determina a aplicação, nessa hipótese, do regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários, qualquer derrogação a essa regra, determinando a aplicação do regime de direito público, tem que encontrar fundamento, expresso ou implícito, no próprio texto constitucional. E, ainda, que a derrogação deve ser expressa, pois no silêncio da lei presume-se a sujeição ao direito privado.

Já as empresas estatais que atuam na prestação de serviços públicos subordinam-se precipuamente ao regime administrativo, de direito público, conforme o disposto no art. 175 da CF. A natureza da atividade exercida – prestação de serviços públicos – legitima a adoção desse regime. Frente a um silêncio normativo em certo caso, a solução aqui é oposta à anterior: qualquer derrogação ao direito público deve estar prevista expressamente na legislação (ou na própria Constituição), e é o regime de direito público que se presume aplicável quando silente a lei.

O art. 175 é vazado nos seguintes termos:

Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.

Parágrafo único. A lei disporá sobre:

I – o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;

II – os direitos dos usuários;

III – política tarifária;

IV – a obrigação de manter serviço adequado.

A aplicação do regime de direito privado às empresas estatais desempenham atividade econômica e o de direito público àquelas que prestam serviços públicos não deve ser compreendida de forma absoluta, pois em ambas as situações há derrogação parcial de um regime jurídico em prol de outro, conforme a matéria de que se trate.

Uma sociedade de economia mista ou uma empresa pública que pratique atividade econômica rege-se predominantemente pelo direito privado, como antes salientamos; entretanto, sujeita-se a algumas normas de caráter público, como a obrigatoriedade de concurso público para o ingresso no seu quadro e a proibição de acumulação de cargos, empregos ou funções públicas pelos seus empregados.

Já uma empresa estatal que preste serviço público, apesar de vincular-se sobretudo às normas de direito público, em alguns pontos é alcançada por normas de natureza privada, como as referentes à sua criação, que se efetiva com o registro de seus atos constitutivos, de modo idêntico às empresas em geral.

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Conseqüentemente, podemos considerar que as sociedades de economia mista e empresas públicas sujeitam-se sempre a regime jurídico híbrido: se explorarem atividade econômica de produção ou comercialização de bens, será ele predominantemente privado; se prestarem serviços públicos, será ele preponderantemente público.

Como mais precisão, podemos dizer que as empresas estatais que atuam no domínio econômico devem ser analisadas sob dois aspectos básicos: a natureza da atividade desempenhada e o fato de serem controladas pelo Estado. Desse modo, quanto ao desempenho das atividades econômicas, aplica-se o direito privado (Civil e Empresarial); quanto ao controle feito sobre elas pelo Estado, aplica-se o direito público (regras constitucionais sobre concurso público, controle pelo Poder Legislativo, auxiliado pelo Tribunal de Contas, obrigatoriedade de licitação etc).

E, por fim, é fundamental trazer a colação o seguinte julgado do STF (destacamos):

Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista – Regime Próprio das Empresas Privadas. As empresas públicas, as sociedades de economia mista e outras entidades que explorem atividade econômica em sentido estrito, sem monopólio, estão sujeitas ao regime próprio das empresas privadas, inclusive quanto à obrigações trabalhistas e tributárias – CF, art. 173, § 1º” (ADIN nº 1.552-4 – Pleno – Rel. Min. Carlos Velloso –dec. Publ em 17/04/1998).

A posição da Corte, implícita no acórdão, é clara: mesmo que a empresa estatal explore atividade econômica, se houver o monopólio da atividade (Petrobrás, por exemplo), poderá ser estabelecido para a entidade um regime jurídico diferenciado, tipicamente de direito público, o qual poderá prever prerrogativas e privilégios exclusivos.

Deve ser ressaltada, também, a posição manifestada pelo STF no RE 407099, de 22/06/2004, quando o Tribunal entendeu que a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT), que tem a exclusividade na prestação de serviços postais, goza da imunidade tributária recíproca.

10. DIFERENÇAS ENTRE EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA

No tópico anterior destacamos os pontos em comum entre as sociedades de economia mista e as empresas públicas. Agora, passaremos a analisar suas diferenças principais: justiça competente, quanto às entidades federais; forma jurídica e composição do capital.

10.1. JUSTIÇA COMPETENTE, NA ESFERA FEDERAL

Nos termos do art. 109, I, da Constituição, ressalvando-se as causas sobre falência e acidente de trabalho, ou aquelas de competência da Justiça

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Eleitoral ou do Trabalho, as demais causas em que a União, suas autarquias e empresas públicas forem interessadas, na condição de autoras, rés, assistentes ou opoentes, serão processadas e julgadas na Justiça Federal (CF, art. 109, I). O foro para as empresas públicas federais, portanto, é a Justiça Federal, ressalvadas as causas acima arroladas.

Já as sociedades de economia mista federais têm suas causas apreciadas, em regra, pela Justiça Estadual. Tal regra só ó excepcionada quando a União também se manifesta no processo. O STF já esclareceu, na Súmula n° 517, que “as sociedades de economia mista só tem foro na Justiça Federal quando a União intervém, como assistente ou opoente”.

As empresas públicas e sociedades de economia mista criadas pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios não se diferenciam na matéria, tendo suas causas decididas pela Justiça Estadual.

10.2. FORMA JURÍDICA

As sociedades de economia mista, sejam federais, estaduais, distritais ou municipais, devem adotar obrigatoriamente a forma jurídica de sociedade anônima (S/A). Quanto às federais, a previsão consta no art. 5º do Decreto-lei 200/67; quanto às demais, a previsão encontra-se na Lei 6.404/76, art. 235 a 241. Em face da obrigatoriedade desta forma jurídica, o registro dos atos constitutivos de uma sociedade de economia mista sempre é realizado na Junta Comercial.

As empresas públicas, por sua vez, admitem três regras quanto á forma jurídica, a última válida apenas na esfera federal. Desse modo, as empresas públicas:

1ª) podem adotar qualquer forma jurídica já prevista em lei (sociedade anônima, sociedade por quotas de responsabilidade limitada, sociedade em comandita por ações);

2ª) podem ser criadas sob a forma de sociedade unipessoal (que se verifica quando a entidade política instituidora detém a integralidade de seu capital social); e

3ª) na esfera federal, podem adotar uma forma jurídica inédita (prevista apenas para aquela empresa pública) As empresas públicas criadas pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios só poderão adotar uma forma jurídica já prevista em lei ou a forma unipessoal, uma vez que esses entes políticos não possuem competência para legislar em Direito Comercial, matéria inserida na competência legislativa privativa da União, a teor do art. 22, I, da Constituição, e não há lei de caráter nacional, editada pela União, que os autorize a criar empresas públicas sob novo figurino jurídico.

10.3. COMPOSIÇÃO DO CAPITAL

Na lição de Marcelo Alexandrino,

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(...) o capital das sociedades de economia mista é formado pela conjugação de recursos públicos e de recursos privados. As ações, representativas do capital, são divididas entre a entidade governamental e a iniciativa privada. Exige a lei, porém, que nas sociedades de economia mista federais a maioria das ações com direito a voto pertençam à União ou a entidade da Administração Indireta federal (Decreto-Lei no 200/67, art. 5o, III), ou seja, o controle acionário dessas companhias é do Estado. Mutatis mutandis, se a sociedade de economia mista for integrante da Administração Indireta de um Município, a maioria das ações com direito a voto deve pertencer ao Município ou a entidade de sua Administração Indireta; se for uma sociedade de economia mista estadual, a maioria das ações com direito a voto deve pertencer ao Estado-membro ou a entidade da Administração Indireta estadual, valendo o mesmo raciocínio para o Distrito Federal.

Sintetizando a lição, podemos concluir que a composição do capital das sociedades de economia mista (majoritariamente público) segue duas regras:

1ª) o controle acionário da entidade (a maioria das ações com direito a voto) deve pertencer à entidade política que criou a sociedade de economia mista ou a uma de suas entidades administrativas; e

2ª) o restante do capital pode estar livremente distribuído, entre entidades políticas ou administrativas, de qualquer esfera de governo, ou entre pessoas físicas e jurídicas da iniciativa privada.

De se anotar que, para se caracterizar uma entidade como sociedade de economia mista, não basta que a entidade política instituidora ou uma de suas entidades administrativas possua a maioria das suas ações, é indispensável que tais ações confiram o poder de controle sobre a empresa (ou seja, a maioria das ações com direito a voto). Além disso, também se faz indispensável a entidade política ou administrativa controladora faça uso efetivamente desse poder, de forma a buscar a satisfação das finalidades que presidiram a criação da entidade.

Já as empresas públicas têm seu capital formado integralmente por recursos públicos, pois da sua composição só podem participar entidades políticas e administrativas, sendo plenamente admissível que mais de uma delas participe dessa composição. Na esfera federal, a maioria do capital votante dessas entidades tem que obrigatoriamente pertencer à União, podendo as entidades políticas e administrativas, de qualquer esfera de governo, bem como as entidades da Administração Indireta federal, possuir participação minoritária no seu capital social. É vedada às pessoas da iniciativa privada a participação no capital de empresas públicas.

Como as linhas gerais da organização administrativa dos Estados, dos Municípios e do DF devem seguir o modelo adotado pela União, nas empresas públicas instituídas por essas pessoas políticas o controle da entidade administrativa deve pertencer ao próprio ente político que a criou, admitindo-

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se a participação minoritária de outras entidades, políticas e administrativas, de qualquer nível da Federação.

Em conclusão, podemos sintetizar a matéria em duas regras:

1ª) o controle acionário da empresa pública deve pertencer à entidade política que a criou; e

2ª) o restante do capital pode estar distribuído entre entidades políticas e administrativas de qualquer esfera de governo. É vedada a participação da iniciativa privada.

Um ponto interessante a ser ressaltado é o fato de que nas empresas públicas pode haver participação minoritária de pessoas jurídicas de direito privado, mas apenas se integrantes da Administração Indireta (uma sociedade de economia mista, outra empresa pública ou mesmo uma fundação pública de direito privado), jamais de pessoas físicas ou jurídicas provenientes da iniciativa privada. Numa sociedade de economia mista, diversamente, poderemos ter a participação – minoritária – tanto de pessoas jurídicas de direito privado da Administração Indireta como de pessoas físicas e jurídicas da iniciativa privada.

Nesse aspecto, é válido trazer a lume o posicionamento do Professor Bandeira de Mello, que entende possível a existência de uma empresa pública federal que tenha a maioria de seu capital sob controle não da União, mas de uma de suas entidades da Administração Indireta. Nesse caso,a parcela restante do capital poderia pertencer à própria União, a outra de suas entidades, ou mesmo a entidades de outra esfera de Governo. Segundo o Professor, basta, portanto, que o capital da entidade majoritariamente pertença a entidade da Administração Indireta Federal (ou à União), e que não haja aporte de recursos privados na composição do remanescente. Trouxemos sua posição para conhecimento geral, mas , até onde sabemos, ela não é adotado em concursos públicos.

11. ALGUNS TÓPICOS DO REGIME JURÍDICO APLICÁVEL À ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Nosso objetivo, nesta parte final da aula, é apresentar alguns tópicos do regime jurídico aplicável aos órgãos e entidades da Administração Pública. Não falaremos, aqui, de regime de pessoal, atos e contratos, responsabilidade e controle, matérias que serão objeto de aulas específicas. Neste ponto, trataremos apenas dos tópicos aplicáveis à Administração que não serão mais abordados no decorrer deste Curso, iniciando pela imunidade tributária recíproca.

11.1. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA

As autarquias e fundações públicas, de direito público e privado, gozando de imunidade tributária recíproca, prescrita no art. 150, § 2º, da

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Constituição Federal, segundo a qual é vedado aos entes políticos instituir impostos que incidam sobre o seu patrimônio,a renda ou os serviços destas entidades, quando vinculados desde que vinculados às suas finalidades essenciais ou delas decorrentes.

Note-se que a imunidade, além de limitar-se aos impostos, não se aplica ao patrimônio, renda ou serviços dissociados das finalidades essenciais das autarquias, ou que não sejam delas decorrentes.

Por exemplo, uma autarquia federal não está sujeita ao pagamento do Imposto sobre Predial Territorial e Urbano (IPTU) no que toca aos imóveis urbanos de sua propriedade, pois se trata de um imposto (municipal) incidente sobre o patrimônio. Da mesma forma, uma fundação pública estadual não está sujeito ao Imposto Sobre Renda e Proventos de Qualquer Natureza, de competência federal, com relação aos ingressos financeiros oriundos do exercício de suas atividades finalísticas.

O mesmo não se aplica no caso de investimentos realizados em bolsa de valores, por exemplo, que fogem às atividades essenciais da entidade, nem são delas decorrentes, e que, portanto, estão sujeitos à tributação normal. O mesmo se aplica a quaisquer outros tributos não integrantes da categoria impostos, a exemplo das taxas e contribuições de melhoria, que incidem normalmente sobre as autarquias e fundações públicas.

As empresas públicas e sociedades de economia, por sua vez, sejam prestadoras de serviços públicos ou exploradoras de atividade econômica, não fazem jus à imunidade tributária recíproca, à exceção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, empresa pública federal que, segundo a decisão do STF antes transcrita, goza da referida imunidade.

11.2. VEDAÇÃO À CONCESSÃO DE PRIVILÉGIOS E BENEFÍCIOS FISCAIS EXCLUSIVOS

As empresas públicas e sociedades de economia mista, em virtude do disposto no art. 173, § 2º, da CF, não podem gozar de qualquer privilégio ou benefício fiscal não extensivo às empresas do setor privado.

Desse modo, moratórias, anistias, isenções, entre outros benefícios e privilégios fiscais, só podem ser usufruídos pelas empresas governamentais se forem de caráter geral, ou seja, passíveis de gozo também pelas empresas privadas.

O objetivo da regra é claro: impedir uma concorrência desleal por parte das empresas públicas e as sociedades de economia mista, frente às empresas privadas. Tal situação facilmente se configuraria se estas entidades administrativas pudessem usufruir de benefícios tributários exclusivos, o que permitiria que atuassem a um custo menor que seus concorrentes da iniciativa privada, em evidente prejuízo para estes.

Pois bem, a discussão na matéria é a seguinte: a norma em apreço aplica-se somente às empresas estatais exploradoras de atividade econômica,

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ou alcança também as prestadoras de serviços públicos? A questão é controvertida.

José dos santos Carvalho Filho, por exemplo, entende que, qualquer que seja a natureza da atividade exercida, as empresas estatais não podem gozar de privilégios fiscais não extensivos ao setor privado. Em uma hipótese, contudo, tais privilégios poderão ser estatuídos: quando a empresa estatal atua em regime de exclusividade ou de monopólio. Como no caso não há concorrência com a iniciativa privada, pois impossível, e nem em possibilidade de abuso do poder econômico, em vista da inexistência de competitividade, poderão tais empresas ser favorecidas com benefícios fiscais exclusivos.

Celso Antônio Bandeira de Mello, por sua vez, entende o dispositivo aplicável às exploradoras de atividade econômica. Ademais, considera que ele incide também sobre as prestadoras de serviços públicos, quando haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelos usuários. Não havendo este pagamento, é possível que gozem de benefícios fiscais exclusivos.

Dentro de nossos objetivos, devemos responder à questão partindo da finalidade da norma, qual seja, evitar concorrência desleal. Portanto, devemos considerar que ela alcança todas as empresas públicas e sociedades de economia mista em cuja área de atuação exista competição com a iniciativa privada, seja a mesma atividade econômica em sentido estrito, seja prestação de serviços públicos propriamente ditos. Por outro lado, se não houver competição com o setor privado, a empresa estatal, seja qual for sua atividade, poderá usufruir de benefícios e privilégios fiscais exclusivos.

11.3. PRIVILÉGIOS PROCESSUAIS

As autarquias e fundações públicas de direito público, em função de sua natureza de direito público, usufruem das mesmas prerrogativas processuais conferidas à Fazenda Pública, entre as quais podemos citar o pagamento de custas judiciais apenas ao final da ação, quando vencidas; a dispensa de apresentação, por seus procuradores, do instrumento de mandato para atuar em juízo; e o prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer.

Quanto à dispensa de apresentação do instrumento de mandato para a representação judicial, o STF recentemente sumulou seu entendimento, no que toca às autarquias (aplicável também às fundações públicas de direito público), nos seguintes termos:

Súmula 644 – Ao procurador autárquico não é exigível a apresentação de instrumento de mandato para representá-la em juízo.

Além disso, as autarquias e fundações públicas de direito público não se sujeitam a concurso de credores ou à habilitação de crédito em

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falência, concordata ou inventário, para cobrança de seus créditos, salvo para estabelecimento de preferência entre as diversas Fazendas Públicas.

E, ainda, a sentença proferida contra tais entidades, ou a que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos opostos à execução de sua dívida ativa, está sujeita ao duplo grau de jurisdição obrigatório, só adquirindo eficácia jurídica se confirmada pelo tribunal (CPC, art. 475, I e II).

É o denominado duplo grau de jurisdição obrigatório (ou de ofício), que pode ser excepcionado em duas hipóteses, ambas previstas no Código de Processo Civil (CPC):

1º) quando a decisão contrária à Fazenda (na expressão compreendidas as autarquias e fundações públicas de direito público) for de valor igual ou inferior a 60 (sessenta) salários mínimos, (CPC, art. 475, § 2o);

2º) quando a sentença for fundamentada em jurisprudência do plenário do Supremo Tribunal Federal ou em súmula deste Tribunal ou do tribunal superior (CPC, art. 475, § 3o).

É de se consignar que o art. 475 do CPC foi alterado pela Lei 10.352/2001, quanto então foi acrescido ao texto do Código a menção às autarquias. Tal providência se deu em função de o STF ter editado a Súmula 620, pela qual “a sentença proferida contra autarquias não se sujeita a reexame necessário, salvo quando a entidade for sucumbente em execução de dívida ativa”. Como se conclui, a súmula ficou prejudicada com a alteração ao CPC promovida pela Lei 10.352/2001.

Outro privilégio que deve ser enfatizado é o concernente à forma de pagamento dos débitos decorrentes de decisão judicial transitada em julgado, os quais não podem levar à penhora dos bens dessas entidades, e nem são exigíveis de pronto, pois são quitados pelo sistema de precatórios (CF, art. 100), na ordem cronológica de sua apresentação, ressalvados os créditos de natureza alimentícia, que são pagos preferencialmente, sem observância de ordem cronológica com relação aos créditos em geral, e das obrigações definidas em lei como de pequeno valor, que estão fora do sistema de pagamento por precatórios.

Cada ente da Federação deverá, em lei própria, definir o que são obrigações de pequeno valor, para fins de dispensa do pagamento por precatórios. Enquanto o ente não editar sua lei, deverá observar o disposto no art. 87 do ADCT, que fixa como obrigações de pequeno valor, no caso dos Estados e do DF, a importância igual ou inferior a 40 (quarenta) salários mínimos e, no caso dos Municípios, a importância igual ou inferior a 30 (trinta) salários mínimos.

Já as entidades administrativas de direito privado não gozam de privilégios processuais. Desse modo, as fundações públicas de direito privado, as empresas públicas e sociedades de economia mista não tem direito a qualquer uma das prerrogativas apresentadas acima. Na verdade, alguns doutrinadores advogam o entendimento de que as empresas públicas

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prestadoras de serviços públicos podem usufruir de alguns desses benefícios, mas tais opiniões, para nossos propósitos, devem ser desconsideradas.

11.4. PARTICIPAÇÃO DO PODER LEGISLATIVO NO PROCESSO DE NOMEAÇÃO OU EXONERAÇÃO DE DIRIGENTES DE ENTIDADES ADMINISTRATIVAS

A questão pode ser assim apresentada: é constitucional uma lei que condicione a nomeação ou a exoneração de dirigentes de entidades administrativas, atos de competência de chefes de Poder Executivo, à prévia aprovação do Poder Legislativo?

Com base no entendimento do Supremo Tribunal Federal, podemos sintetizar a matéria nos seguintes termos:

1º) é constitucional lei que condicione a nomeação de dirigentes de autarquias e fundações públicas, pelo chefe de Poder executivo, à prévia aprovação do Poder Legislativo respectivo;

2º) por outro lado, é inconstitucional lei que estabeleça a participação do Poder Legislativo no processo de nomeação de dirigentes de empresas públicas e sociedades de economia mista;

3º) por fim, é inconstitucional lei que condicione a exoneração dos dirigentes de quaisquer das espécies de entidades integrantes da Administração Indireta, pelo chefe de Poder Executivo, à prévia aprovação do poder Legislativo. Nesta hipótese, assim como na anterior, o STF entende configurada violação do princípio da separação dos Poderes, cláusula pétrea de nossa Constituição.

11. 5. LICITAÇÃO

Todas as empresas públicas e sociedades de economia mista são obrigadas a se valer do instituto da licitação para a contratação de suas obras, compras e serviços. A diferença é que a EC 19/98 veio autorizar, no caso das exploradoras de atividade econômica, que seja editada uma lei trazendo um estatuto próprio de licitação, observados tão somente os princípios daquele previsto para a Administração Pública em geral (CF, art. 173, § 1º, III). Atualmente, a matéria é tratada na Lei 8.666/93, nossa Lei de Normas Gerais de Licitações e Contratos da Administração Pública, aplicável a todos os órgãos e entidades que a integram.

A partir da alteração promovida pela EC 19/98, podemos concluir que, ainda hoje, todas as empresas públicas e sociedades de economia mista da Administração Pública sujeitam-se integralmente aos ditames da Lei 8.666/1993. No futuro, após a edição da lei referida no art. 173, § 1°, III, da CF, haverá dois regimes licitatórios diferenciados para essas entidades: o primeiro aplicável às prestadoras de serviços públicos, e que atualmente encontra-se na Lei nº 8.666/1993; e um segundo, mais ágil e flexível que aquele, para as exploradoras de atividade econômica, o qual, respeitados os

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princípios administrativos, possibilitará a essas entidades contratar suas compras, obras e serviços de forma mais célere e desburocratizada, em maior conformidade com as exigências do mercado onde atuam.

No que toca à Administração direta, autárquica e fundacional, segue a Lei 8.666/93 como o diploma legal na matéria.

QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES

1º) CESPE

(PROCURADOR INSS/1998)

1 As sociedades de economia mista somente podem ser criadas por meio de lei específica, apesar de tais entes serem sempre criados sob a forma de pessoa jurídica de direito privado.

2 Fica sujeita ao duplo grau de jurisdição obrigatório a sentença que julgar procedente o pedido deduzido em ação em que a fundação pública federal figure como ré.

3 Uma empresa pública é constituída de capital exclusivamente público, embora esse capital possa pertencer a mais de um ente.

4 Considerando que as empresa públicas e as sociedades de economia mista sujeitam-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, tais entes não estão obrigados a contratar obras, compras e serviços mediante licitação pública.

(FISCAL DO INSS/1998)

5 As autarquias caracterizam-se pelo desempenho de atividades tipicamente estatais.

6 As autarquias caracterizam-se por serem entidades dotadas de personalidade jurídica de direito público.

7 As autarquias caracterizam-se por beneficiarem-se dos mesmos prazos processuais aplicáveis à administração pública centralizada.

8 As autarquias caracterizam-se como órgãos prestadores de serviços públicos dotados de autonomia administrativa.

9 As autarquias caracterizam-se por integrarem a administração pública centralizada.

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10 (AGENTE DA PF/2000) A administração pública direta é integrada por pessoas jurídicas de direito público, tais com a União, os ministérios e as secretarias, enquanto a administração indireta é integrada tanto por pessoas jurídicas de direito público, como as autarquias e as empresas públicas, quanto por pessoas jurídicas de direito privado, como as sociedades de economia mista.

(ADVOGADO DA CEB/2000) - As empresas públicas e as sociedades de economia mista

11 somente poderão ser instituídas após a edição de lei específica.

12 vinculadas à administração pública federal possuem foro privilegiado na justiça federal.

13 deverão ser registradas em cartórios de pessoas jurídicas ou em juntas comerciais para poderem adquirir personalidade jurídica.

14 (DEFENSOR PÚBLICO DA UNIÃO/2001) O prefeito municipal de um pequeno município interiorano resolveu organizar a prestação do serviço público municipal de coleta do lixo urbano.

A empresa pública eventualmente criada para a referida finalidade teria personalidade jurídica de direito público e gozaria das vantagens próprias da fazenda pública.

15 (FISCAL DO INSS/2001) O atraso reprovável do INSS em pagar dívida para com segurado não pode levar à penhora dos bens do Instituto como meio de satisfação forçada do direito do credor.

16 (Analista Judiciário – Área judiciária – STJ/99) - Ao criar um número maior de ministério – órgão da administração pública direta, desprovidos de personalidade jurídica – , o poder público estará implementando, nos respectivos setores, a desconcentração administrativa. Ademais, ao criar entes públicos para a realização de determinadas atividades estatais, dotados de personalidade jurídica própria investidos dos necessários poderes de administração, estará implantando a descentralização administrativa.

17 (Analista Judiciário – Área judiciária – STJ/99) - As sociedades de economia mista e as empresas públicas, integrantes da estrutura da administração pública indireta, são desprovidas de privilégios fiscais. Inseridos no mercado nacional, esses entes contratam livremente, independentemente de licitação, embora devam prestar contas anualmente ao Tribunal de Contas da União

18 (Juiz Substituto – PE/2000) - Quanto à organização administrativa do Estado brasileiro, assinale a opção correta.

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(A) Autarquia são entes de direito público com finalidade essencialmente administrativa e hierarquicamente subordinados à pessoa jurídica que os criou.

(B) Na vigente redação do texto constitucional, todo o pessoal das autarquias deve necessariamente ser admitido sob o regime da legislação trabalhista.

(C) Os órgãos públicos, por não terem personalidade jurídica, não podem estabelecer relações jurídicas com os particulares nem podem, diretamente, acionar o Poder Judiciário.

(D) As empresas estatais são entes criados por meio do mecanismo denominado, em direto administrativo, descentralização administrativa; os entes, como essas empresas, diferem dos órgãos públicos, entre outras razões, por possuírem personalidade jurídica, ao contrário destes.

(E) Uma vez que os entes da administração pública não perdem seu caráter de auxiliares do Estado, a administração central mantém hierarquia sobre eles e, portanto, poder disciplinar sobre seus agentes.

19 (Atendente Judiciário TJ BA 2003) Uma autarquia de um estado-membro da Federação ingressou com ação no tribunal de justiça do respectivo estado, requerendo a propriedade das terras de determinada área, ante a ocupação mansa e pacífica por mais de vinte anos. Ocorreu, todavia, que se tratava de terreno pertencente a área demarcada, por meio de decreto do presidente da República, como terra tradicionalmente ocupada por uma tribo indígena. Considerando essa situação hipotética, julgue os itens seguintes.

Tratando-se o autor da ação de entidade autárquica instituída por estado-membro da Federação, detentora de personalidade jurídica de direito público, a Constituição da República somente admite o seu ingresso em juízo mediante autorização constante de lei estadual específica.

20 (Atendente Judiciário TJ BA 2003) Administração indireta, também denominada administração descentralizada, decorre da transferência, pelo poder público, da titularidade ou execução do serviço público ou de utilidade pública, por outorga ou delegação.

21 (Oficial de Justiça de 3ª Entrância – TJ PE/2001) - Acerca da organização administrativa, assinale a opção incorreta.

A A criação de órgãos pela administração pública é fenômeno relacionado à desconcentração administrativa.

B Os órgãos independentes, de que é exemplo o TJPE, não possuem personalidade jurídica própria.

C Empresas públicas e autarquias são entidades dotadas de personalidade jurídica de direito público interno.

D Autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista integram a administração pública indireta.

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E Empresas públicas distinguem-se das sociedades de economia mista, entre outros aspectos, porque, nas primeiras, o capital social que as criou é exclusivamente estatal, ao passo que, nas últimas, admite-se participação de particulares em seu capital social.

22 (Assistente Judiciário de 1ª Entrância – TJ PE/2001) - Personalidade jurídica de direito privado, necessidade de lei autorizativa específica para a sua criação e capital social exclusivamente estatal são características das

A autarquias.

B empresas públicas.

C sociedades de economia mista.

D fundações públicas.

E entidades que integram a administração pública direta.

23 (Assistente Judiciário de 1ª Entrância – TJ PE/2001) - Caso um empregado de empresa pública do estado de Pernambuco decida propor ação contra seu empregador para reclamar salário não-pago, será competente para julgar essa ação o(a)

A justiça do trabalho.

B justiça comum estadual em vara cível.

C justiça comum estadual em vara da fazenda pública.

D justiça federal de primeiro grau.

E TJPE.

24 (Oficial de Justiça de 2ª Entrância – TJ PE/2001) - O governo do estado de Pernambuco decidiu criar entidade para a captação de poupança popular com vistas ao financiamento de moradia para a população de baixa renda. Essa entidade teria as seguintes características: controle estatal, forma de sociedade anônima, personalidade jurídica de direito privado e participação minoritária de particulares em seu capital social. Nessa situação hipotética, a entidade a ser criada pelo governo estadual será um(a)

A sociedade de economia mista.

B autarquia.

C organização social.

D órgão independente.

E empresa pública.

25 (Assistente Judiciário de 2ª Entrância – TJ PE/2001) - A existência de personalidade jurídica própria de direito público, criação por lei específica e o

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desempenho de atividades típicas de Estado são algumas das características de um(a)

A autarquia.

B fundação pública.

C sociedade de economia mista.

D órgão independente.

E órgão autônomo.

26 (Escrivão - TJ RR/2001) - As expressões descentralização e desconcentração são utilizadas para significar o mesmo fenômeno — a distribuição de competências de uma para outra pessoa, física ou jurídica.

27 (Técnico Judiciário – Área Administrativa – TST/2003) Delegação e descentralização, juridicamente, têm o mesmo sentido: transferência, pelo poder público, da titularidade ou da execução da atividade para outras entidades. Dessa forma, a administração indireta corresponde à prestação descentralizada das funções estatais e compreende as autarquias, as fundações instituídas pelo poder público, as sociedades de economia mista, as empresas públicas e as concessionárias e permissionárias de serviço público.

28 (Técnico Judiciário – Área Administrativa – TST/2003) As sociedades de economia mista que explorem atividades econômicas vinculam-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto a direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários, estando sujeitas à falência.

(Fiscal de Contribuições Previdenciárias – INSS/1997) - Quanto à estrutura da administração pública federal, julgue os itens a seguir.

29 Embora seja pessoa jurídica de direito privado, a empresa pública federal caracteriza-se por ser composta apenas por capital público.

30 Ao contrário das entidades da administração pública indireta, os órgãos da administração pública direta têm personalidade jurídica de direito público.

31 fato de as sociedades de economia mista qualificarem-se como pessoas jurídicas de direito privado torna desnecessário que as mesmas sejam criadas por lei específica.

32 No direito administrativo brasileiro, autarquia conceitua-se como um patrimônio público dotado de personalidade jurídica para a consecução de finalidade especificada em lei

33 A autarquia é concebida como pessoa jurídica destinada ao desenvolvimento de atividade econômica pelo Estado, de modo descentralizado.

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34 (Defensor Público de 4ª Classe – Amazonas/2003) - A administração indireta federal é composta tanto por pessoas jurídicas de direito público quanto por pessoas jurídicas de direito privado.

35 (Juiz Substituto – TJBA/2002) - A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) é empresa pública federal; isso significa que ela poderia ter qualquer forma societária, inclusive a de “sociedade unipessoal”, o que é vedado para as sociedades de economia mista; por outro lado, se agência da ECT for alvo de roubo, a ação penal deverá ser promovida pelo MPF, perante a justiça federal.

36 (Procurador TCE RN/2002) A EC n.º 19/ 1998 realizou significativa modificação conceitual no regime jurídico das empresas públicas e das sociedades de economia mista que exploram atividade econômica, sujeitando- as ao regime jurídico próprio das empresas privadas. A respeito dessas empresas estatais, julgue o seguinte item.

Em razão de sua natureza privada, essas empresas não possuem privilégios de qualquer espécie, inclusive foro ou juízo privilegiado. Isso não significa que não possam ter os privilégios que a lei autorizadora de sua instituição, ou outra, outorgar- lhes, mesmo que se trate de privilégios fiscais não- extensivos às empresas do setor privado.

(Agente da polícia Federal/1997) - Acerca dos mecanismos de organização administrativa, julgue os seguintes itens.

37 Sabendo que o Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO), que tem a natureza de empresa pública, foi criado porque a União concluiu que lhe conviria criar uma pessoa jurídica especializada para atuar na área de informática, é correto afirmar que a União praticou, nesse caso, descentralização administrativa

38 Tendo o Departamento de Polícia Federal (DPF) criado, nos estados da Federação, Superintendências Regionais (SRS/DPF),é correto afirmar que o DPF praticou a desconcentração administrativa.

39 O Ministério Público Federal é órgão da União sem personalidade jurídica; possui portanto, natureza autárquica.

40 As pessoas jurídicas integrantes da administração pública indireta constituem um produto do mecanismo da desconcentração administrativa.

41 Tanto na descentralização quanto na desconcentração, mantém-se relação de hierarquia entre o Estado e os órgãos e pessoas Jurídicas dela surgida.

(Analista legislativo àrea VIII – Câmara dos Deputados/2002) -Acerca das fundações, julgue os itens abaixo.

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42 As fundações mantidas pelo poder público têm dotação patrimonial inteiramente pública.

43 Somente mediante autorização expressa de lei, poderá o poder público criar fundações públicas com personalidade jurídica de direito privado, em vista da aplicação de normas de direito público.

44 As fundações instituídas pelo poder público terão capacidade de auto- administração, mas estarão sujeitas ao controle administrativo por parte da administração direta.

45 Só será permitida a criação de sociedades de economia mista e empresas públicas, exploradoras de atividade econômica, quando necessário para atender a imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo.

46 (Atendente Judiciário TJ BA 2003) A administração pública é formada pelo conjunto de órgãos instituídos para a consecução dos objetivos do governo, dotada de personalidade jurídica de direito público e incumbida da realização das atividades que reflitam o interesse de toda a coletividade.

47 (Analista de Controle Externo – TCU/2004) - O controle das empresas estatais cabe ao ministério a que estiverem vinculadas e se materializa sob a forma de supervisão, estando previstos, ainda, na Constituição Federal de 1988, outros instrumentos de controle que são aplicados de acordo com as condições nela estabelecidas.

48 C (Juiz Substituto – TJSE/2004) - O patrimônio das autarquias vinculado às suas finalidades essenciais ou as delas decorrentes goza da imunidade tributária recíproca, prevista na Constituição da República.

(Juiz Federal Substituto – TRF/5ª Região – 2004) - Acerca das autarquias e agências, julgue os itens a seguir.

49 Em virtude da relação de supervisão exercida pelos ministérios sobre as autarquias que lhes são vinculadas, é juridicamente cabível a interposição de recurso administrativo próprio, destinado ao ministro de Estado respectivo, contra ato de prepostos daqueles entes públicos.

50 As agências executivas têm natureza essencialmente operacional, de maneira que não lhes compete exercer a fiscalização de pessoas, bens e atividades, porquanto, considerando o universo das agências, essa competência é exclusiva das agências reguladoras. De acordo com a doutrina, as agências executivas constituem importante inovação na organização do Estado, criadas que foram com a finalidade de realizar o princípio constitucional da eficiência.

51 (Perito Criminal Federal – PF/2004 – Regional - adaptada) - Amanda, ocupante de cargo público lotado no Departamento de Polícia Federal (DPF), foi

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condenada administrativamente à penalidade de advertência por, no recinto da repartição, ter dirigido impropérios a um colega de trabalho.

Com referência à situação hipotética apresentada acima e considerando que o DPF é um órgão do Ministério da Justiça (MJ), julgue o item a seguir.

O DPF integra a administração indireta da União.

(Procurador do Ministério Público junto ao TCU – 2004) - A respeito da administração pública, julgue os seguintes itens.

52 O poder público pode criar empresa pública unipessoal.

53 Toda sociedade em que o Estado tenha participação acionária integra a administração indireta.

54 Descentralização é a distribuição de competências de uma pessoa para outra, física ou jurídica, e difere da desconcentração pelo fato de ser esta uma distribuição interna de competências , ou seja, uma distribuição de competências dentro da mesma pessoa jurídica.

55 (Procurador do Estado do Ceará – 2004) - Com relação à organização administrativa, assinale a opção correta.

A. No direito brasileiro, as agências reguladoras são autarquias sob regime especial, o qual se caracteriza pela independência administrativa, pela autonomia financeira e pelo poder normativo dessas agências.

B. A instituição de autarquias ocorre por meio de decreto, o qual aprova o regulamento ou estatuto da entidade e transfere os bens que compõem seu patrimônio inicial.

C. As fundações criadas pela administração pública com personalidade jurídica de direito privado são submetidas exclusivamente ao regime jurídico privado.

D. As sociedades de economia mista e as empresas públicas têm em comum a sua criação por lei.

E. Nos termos da Constituição Federal, a extinção de uma empresa pública, matéria privativa do chefe do Poder Executivo, é feita por meio de ato do Poder Executivo.

QUESTÃO 28 QUESTÃO 28 QUESTÃO 28 QUESTÃO 28

56 (Consultor Jurídico - SETEPS/PA – 2004) - Considerando a SPA como sendo uma sociedade de economia mista do estado do Pará, julgue os seguintes itens.

A. Para prestar serviços públicos, a SPA não precisa estabelecer contrato de concessão com a administração, pois as competências dessa pessoa jurídica são definidas em lei.

B. Apesar de ser uma pessoa jurídica de direito privado, a SPA está sujeita à obrigação de contratar empregados mediante concurso público.

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57 (Analista de Assuntos Jurídicos do SERPRO/2004) - Com referência à organização administrativa da União, julgue os itens a seguir.

A. Considere a seguinte situação hipotética. A diretoria do SERPRO, após avaliar a oportunidade de atuação no segmento de segurança digital, concluiu que havia as seguintes opções: criar uma nova subsidiária ou participar como acionista em uma empresa privada, mas sem deter o controle acionário.

Nessa situação, a direção do SERPRO dependerá de autorização legislativa tão-somente para a criação da subsidiária.

B. As empresas estatais — assim consideradas as empresas públicas, as sociedades de economia mista e suas subsidiárias — podem ter sua criação autorizada por lei para a prestação de serviço público ou para a execução de atividade econômica de natureza privada. Em ambos os casos, a finalidade precípua é a otimização do resultado, em razão de ser vedado a essas entidades operar com prejuízo ou déficit orçamentário, conforme determina a Lei de Responsabilidade Fiscal.

58 (Técnico Judiciário / Área Administrativa – STJ – 2004) - Enquanto a desconcentração é a distribuição de competências de uma para outra pessoa, física ou jurídica, a descentralização é a distribuição interna de competência dentro da mesma pessoa jurídica.

59 (Técnico Judiciário / Área Administrativa – STJ – 2004) - A descentralização por serviços caracteriza-se pelo reconhecimento de personalidade jurídica ao ente descentralizado, que deve ter capacidade de auto-administração, patrimônio próprio, capacidade específica ou de especialização e submissão ao controle ou à tutela por parte de ente descentralizado nos termos da lei.

60 (Analista Judiciário / Área Administrativa – STJ – 2004) - Diferentemente das empresas públicas, as sociedades de economia mista devem se inscrever obrigatoriamente na modalidade de sociedade anônima.

61 (Auxiliar Judiciário / Áreas Administrativa e Judiciária – TJAP – 2004) - As subsidiárias de empresas públicas podem ser criadas por estas, mediante ato administrativo próprio que também regulará sua forma de funcionamento e as áreas de sua atuação.

62 (Técnico Judiciário / Áreas Judiciária e Administrativa – TJAP/2004) - As entidades autárquicas diferem das fundacionais pelo fato de que estas são pessoas jurídicas de direito público de natureza meramente administrativa e

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aquelas podem ser pessoas de direito privado com atuação devidamente prevista em lei.

63 (Técnico Judiciário / Áreas Judiciária e Administrativa – TJAP/2004) - O governo e a administração pública são criações abstratas presentes na Constituição da República e nas leis infraconstitucionais, cuja atuação ocorre por meio das entidades, traduzidas nas pessoas jurídicas, nos centros de decisões — órgãos — e nos agentes.

64 (Auxiliar Judiciário / Áreas Administrativa e Judiciária – TJAP – 2004) - Na organização administrativa brasileira, os territórios federais que não integram a federação podem ser incluídos na modalidade de descentralização, mas têm personalidade de direito público e possuem capacidade genérica.

65 (Auxiliar Judiciário / Áreas Administrativa e Judiciária – TJAP – 2004) - Autarquias são todas as sociedades civis ou comerciais de que o Estado tem o controle acionário.

66 (Procurador PGE/ES – 2004) - O ente criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para exercer atividades típicas da administração pública, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada, configura uma

A empresa pública.

B sociedade de economia mista.

C autarquia.

D fundação.

E empresa permissionária de serviço público.

67 (Auditor do Estado – Direito - ES/2004) - O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e a Advocacia-Geral da União são órgãos autônomos da administração pública federal.

68 (Analista Judiciário – Área: Administrativa – TRT / 10.ª – DEZ/2004) - As empresas públicas submetem-se ao mesmo regime jurídico trabalhista a que empresas privadas estão submetidas.

69 (Analista Judiciário – Área: Judiciária – TRT / 10.ª REGIÃO – DEZ/2004) - Ricardo é empregado da CAIXA, que é empresa pública federal. Nessa situação, o empregador de Ricardo é dotado de personalidade jurídica de direito privado.

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(Juiz Substituto – TJBA – 2005) - Relativamente à organização administrativa, julgue os itens a seguir.

70 As fundações instituídas pelo poder público, tanto as que têm personalidade jurídica de direito público quanto as de direito privado, são criadas para a persecução de determinado interesse coletivo. Considerando que, por disposição constitucional, compete ao MP a tutela desses interesses, é indispensável a fiscalização do órgão sobre todos os atos desses entes, segundo reconhecem os estudiosos.

71 Uma sociedade de economia mista ou empresa pública pode resultar da transformação, por lei, de um órgão público preexistente.

72 (Ingresso na Titularidade dos Serviços Notariais e de Registro do Foro Extrajudicial do Estado de Mato Grosso – TJMT – 2005) - Acerca dos serviços públicos e da organização administrativa, assinale a opção correta.

A Serviço público somente pode ser concedido para entidades privadas.

B As autarquias e fundações públicas compõem a administração pública direta, enquanto as empresas públicas e as sociedades de economia mista compõe a administração pública indireta.

C Desconcentração é o fenômeno que transfere determinado serviço público para outros entes, dotados de personalidade jurídica própria.

D As autarquias são pessoas jurídicas de direito público criadas por lei específica, com a finalidade de desenvolver um serviço público de forma descentralizada, podendo a nomeação de seus dirigentes ser condicionada por lei à aprovação do respectivo poder legislativo, sem que haja violação ao princípio da separação de poderes.

QUESTÃO 38

73 (Analista Judiciário – Área: Judiciária – TRE / MT – 2005) - Entre os princípios fundamentais da administração pública, encontram-se a descentralização e a desconcentração. Quanto ao princípio da descentralização, julgue os itens a seguir.

I A descentralização pressupõe a existência de uma pessoa distinta da pessoa do Estado.

II O ente descentralizado age sem necessitar de outorga do serviço ou atividade, ou de delegação para a sua execução, mas sempre em nome próprio.

III A fundação pública, resultante do processo de descentralização, é uma pessoa jurídica de direito público que realiza atividades apenas de interesse público.

IV Os ministérios e os órgãos de assessoramento da Presidência da República são decorrências do processo de descentralização.

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V Os entes descentralizados são provenientes da divisão do trabalho do Estado, visando a sua eficiência.

Estão certos apenas os itens

A I e II.

B I e V.

C II e III.

D III e IV.

E IV e V.

QUSTÃO 46UESTÃO 47

74 (Analista Judiciário – Área: Judiciária – TRE / MT – 2005) - Com relação à administração direta e indireta, assinale a opção incorreta.

A Os ministérios são órgãos autônomos que compõem a estrutura direta da administração pública federal.

B A administração indireta é constituída de serviços atribuídos a pessoas jurídicas diversas da União, públicas ou privadas, vinculadas a um ministério, mas administrativa e financeiramente autônomas.

C Administração direta é o conjunto de órgãos integrados na estrutura administrativa da União. A exemplo, tem-se o Ministério da Ciência e Tecnologia, a Controladoria-Geral da União, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, entre outros.

D As pessoas jurídicas integrantes da administração indireta — autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista — apresentam pontos em comum: são criadas por lei específica, possuem personalidade jurídica e patrimônio próprios.

E A administração indireta existe não somente no Poder Executivo como também nos Poderes Judiciário e Legislativo.

QUESTÃO 48

75 (Analista Judiciário – Área: Administrativa – TRE/TO – 2005) -O Decreto-lei n.º 200/1967, com suas alterações legislativas, regula a estrutura administrativa da organização federal e divide a administração pública em administração direta e indireta.

Sabendo que o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) é uma autarquia; a Secretaria Especial de Direitos Humanos é comandada por secretário especial, que tem status de ministro; o IBAMA é uma autarquia; a Caixa Econômica Federal é uma sociedade de economia mista; a FUNAI é uma fundação pública; a Casa Civil da Presidência da República é órgão de assessoramento ao qual compete, entre outras tarefas, coordenar e integrar as ações de governo, assinale a opção incorreta.

A O IBAMA e a Caixa Econômica Federal fazem parte da administração indireta.

B A Casa Civil da Presidência da República tem personalidade jurídica própria e integra a administração indireta.

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C A FUNAI é exemplo de entidade que integra a estrutura da administração indireta.

D A Secretaria Especial de Direitos Humanos compõe a administração direta.

E O INSS não é hierarquicamente subordinado ao Ministério da Previdência Social.

QUESTÃO 34

76 (Defensor Público – SE – 2005) - Na outorga, o Estado transfere, por contrato ou por ato unilateral, unicamente a execução de determinado serviço, para que o outorgado o preste em seu nome e por sua conta e risco.

77 (Defensor Público – SE – 2005) - Na desconcentração, ocorre a distribuição, em uma mesma entidade, de atribuições para outros órgãos.

2º) ESAF

78 (AFC/2002) – Como entidades da Administração Pública Federal Indireta, as autarquias e empresas públicas podem ter em comum, por lhes serem iguais,

a) a sua natureza jurídica.

b) a imunidade fiscal.

c) o foro da Justiça Federal.

d) o regime jurídico de seus servidores.

e) o fato de constituírem um serviço público essencial personificado.

79 (AFPS/2002) – De acordo com as normas legais vigentes, as chamadas fundações públicas, na área federal, são

a) equiparadas às empresas públicas.

b) entidades privadas fora da Administração.

c) entidades da Administração Indireta.

d) regidas por disposições do Código Civil.

e) órgãos da Administração Direta.

80 (Auditor SEFAZ – PI/2002) – Considerando a Administração Pública Indireta, assinale a alternativa falsa.

a) Cabe à lei complementar definir as áreas de atuação das fundações governamentais.

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b) A lei específica é necessária para a criação de autarquias e de empresas públicas.

c) Depende de autorização legislativa a participação de sociedade de economia mista no capital de empresa privada.

d) A regra de vedação de acumulação remunerada de cargos e empregos alcança inclusive as entidades de direito privado integrantes da Administração Pública.

e) A sociedade de economia mista pode ser instituída no âmbito municipal.

81 (TRF/2002) – As empresas públicas e sociedades de economia mista, no contexto da Administração Pública Federal, detêm alguns aspectos e pontos em comum, juridicamente, mas entre os que lhes são diferentes destaca-se

a) a sua natureza jurídica.

b) o regime jurídico dos seus servidores.

c) o foro de controle jurisdicional.

d) o tratamento fiscal privilegiado.

e) a exigibilidade de licitação.

82 (Assistente de Chancelaria – MRE/2002) – A pessoa jurídica de direito público, de capacidade exclusivamente administrativa, caracterizada como sendo um serviço público personalizado, é o que na organização administrativa brasileira chama-se de

a) órgão autônomo.

b) empresa pública.

c) sociedade de economia mista.

d) serviço social autônomo.

e) autarquia.

83 (Assistente de Chancelaria – MRE/2002) – Dá-se o fenômeno da desconcentração administrativa, de determinada atividade estatal, quando essa prestação é exercida, necessariamente, por

a) uma unidade de órgão do próprio Estado.

b) uma entidade paraestatal.

c) outra pessoa distinta do Estado.

d) uma concessionária de serviço público.

e) uma empresa pública.

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84 (Oficial de Chancelaria – MRE/2002) – Enquanto a desconcentração é um modo de realizar a prestação de determinado serviço público instalando unidades do próprio órgão, com certo poder de decisão, mais próximo dos seus usuários, com distribuição interna de competências, a descentralização ocorre ao transferir-se tal atendimento ou execução, para outras pessoa ou entidades criadas com essa finalidade.

a) Correta a assertiva.

b) Incorreta a assertiva, porque não existe distinção entre descentralização e desconcentração.

c) Incorreta a assertiva, porque desconcentração e descentralização são exatamente o oposto do que foi afirmado.

d) Incorreta a assertiva, porque tanto a desconcentração como a descentralização equivalem a transferir para outra entidade a execução de determinado serviço.

e) Incorreta a assertiva, porque tanto a desconcentração como a descentralização equivalem a manter a competência e a prestação do serviço no mesmo órgão.

85 (ESAF/AGU/98) A Administração Pública, como tal prevista na Constituição Federal (art. 37) e na legislação pertinente (Decreto-Lei no 200/67, com alterações supervenientes), além dos órgãos estatais e de diversos tipos de entidades abrange, também,

(a) as concessionárias de serviço público em geral

(b) as universidades federais que são fundações públicas

(c) as organizações sindicais

(d) os chamados serviços sociais autônomos (Senai, Senac etc.)

(e) os partidos políticos

86 (ESAF/AGU/98) As autarquias e as empresas públicas, como integrantes da Administração Federal Indireta, equiparam-se entre si pelo fato de que ambas são

(a) pessoas administrativas, com personalidade jurídica própria

(b) pessoas administrativas, sem personalidade jurídica própria

(c) pessoas jurídicas de direito público interno

(d) pessoas jurídicas de direito privado

(e) pessoas ou entidades políticas estatais

87 (Arrecadador Tributário – Piaui/2001) - A Administração Pública Direta é composta de:

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a) autarquias

b) empresas estatais

c) organizações sociais

d) órgãos públicos

e) serviços sociais autônomos

88 (Analista de Mercado de Capitais - CVM /2000) - A Administração Pública, a que o legislador constituinte de 1988 dedicou todo um Capítulo, ao tratar da organização do Estado, para submetê-la à observância necessária dos princípios fundamentais da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade

a) restringe-se ao Poder Executivo Federal.

b) restringe-se aos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário Federais.

c) restringe-se aos Poderes Executivos Federal, Estaduais e Municipais.

d) abrange órgãos e entidades dos Três Poderes da União, dos Estados e dos Municípios.

e) abrange órgãos e entidades federais, estaduais e municipais, com suas subsidiárias, sociedades controladas e concessionárias dos seus serviços públicos.

89 (AFPS – Administração Tributária e Previdenciária/2002) - A entidade da Administração Pública Federal, com personalidade jurídica de direito privado, que é submetida ao controle jurisdicional na Justiça Federal de Primeira Instância, nas ações em que figure como autora ou ré, quando não se tratar de falência, acidente de trabalho, questão eleitoral e matéria trabalhista, é a

a) autarquia.

b) empresa pública.

c) fundação pública.

d) sociedade de economia mista.

e) fazenda pública.

90 (AFPS – Administração Tributária e Previdenciária/2002) - O que distingue, fundamentalmente, os órgãos da Administração Direta Federal das entidades da Administração Indireta é o fato de

a) terem personalidade jurídica de direito público (órgãos) e de direito privado (entidades).

b) terem atuação de âmbito nacional ou regional.

c) serem jurisdicionados da justiça federal ou da justiça comum.

d) serem criados por lei ou ato dela decorrente.

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e) integrarem ou não a estrutura orgânica da União Federal.

91 (AFPS – Tributação e Julgamento/2002) - De acordo com as normas legais vigentes, as chamadas fundações públicas, na área federal, são

a) equiparadas às empresas públicas.

b) entidades privadas fora da Administração.

c) entidades da Administração Indireta.

d) regidas por disposições do Código Civil.

e) órgãos da Administração Direta.

92 (Agente Tributário Estadual - ATE – MS/2001) - Em relação à organização administrativa brasileira, assinale a afirmativa verdadeira.

a) A recente figura das organizações sociais reveste-se da personalidade jurídica de direito público.

b) Após a Emenda Constitucional 19/98, ficou vedado ao Poder Público criar fundações sob regime de direito privado.

c) Empresas públicas e sociedades de economia mista têm, exclusivamente, como objeto institucional atividades relativas a serviços públicos.

d) No momento, somente existem no Brasil autarquias classificadas como de serviço.

e) Caracteriza o órgão autônomo a personalidade jurídica própria.

93 (AFC – STN/2002) - A espécie organizacional da Administração Pública Indireta que deve ter sua área de atuação definida em lei complementar é:

a) empresa pública

b) órgão autônomo

c) autarquia

d) fundação

e) sociedade de economia mista

94 (Analista de Assuntos Jurídicos – SERPRO/2001) - A Administração Pública Federal Direta, como tal prevista na Constituição e na legislação pertinente vigente, restringe-se

a) aos órgãos do Poder Executivo

b) aos órgãos da estrutura da União

c) às autarquias e empresas públicas

d) às autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista

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e) aos órgãos da estrutura da União e suas autarquias

95 (Analista de Assuntos Jurídicos – SERPRO/2001) - O SERPRO, Serviço Federal de Processamento de Dados, no contexto da Administração Pública Federal, é conceituado e caracterizado como sendo um(a)

a) órgão autônomo

b) autarquia federal

c) empresa pública

d) sociedade de economia mista

e) concessionária de serviço público

96 (Analista de Compras da Prefeitura do Recife – 2003) - O Município do Recife (PE) é qualificado como sendo uma

a) agência pública.

b) autarquia territorial.

c) entidade de administração indireta.

d) entidade política.

e) pessoa jurídica de direito privado.

97 (Auditor do Tesouro Municipal - Prefeitura do Recife – 2003) - No sistema brasileiro, a noção de pessoa política engloba as seguintes entidades:

a) Estados-Federados, autarquias e fundações públicas

b) União Federal e Municípios

c) Distrito Federal e empresas públicas

d) Municípios, Distrito Federal e autarquias

e) Autarquias e fundações públicas

98 (Defensor Público Ceará/2002) - Os entes administrativos autônomos, criados por lei especifica, com personalidade jurídica de Direito Público interno, patrimônio próprio e atribuições estatais especificas, denominam-se:

A) empresas públicas, não detentoras de privilégios fiscais.

B) autarquias, detentoras de privilégios de imunidade a impostos e impenhorabilidade dos seus bens.

C) fundações instituídas e mantidas pelo poder público, com competência para exploração de atividade econômica.

D) sociedades de economia mista, não detentoras do privilégio de acumulação de cargos e empregos.

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99 (AFPS – Administração Tributária e Previdenciária/2002) - De acordo com as normas legais vigentes, as chamadas fundações públicas, na área federal, são

a) equiparadas às empresas públicas.

b) entidades privadas fora da Administração.

c) entidades da Administração Indireta.

d) regidas por disposições do Código Civil.

e) órgãos da Administração Direta.

100 (Analista MPU/2004 – Área Administrativa) - O serviço público personificado, com personalidade jurídica de direito público, e capacidade exclusivamente administrativa, é conceituado como sendo um(a)

a) empresa pública.

b) órgão autônomo.

c) entidade autárquica.

d) fundação pública.

e) sociedade de economia mista.

101 (Analista do Instituto de Resseguros do Brasil - IRB/2004) - O que caracteriza as entidades da Administração Indireta Federal é que

a) são dotadas de personalidade jurídica distinta da União.

b) são dotadas de personalidade jurídica de direito privado.

c) são dotadas de personalidade jurídica de direito público.

d) subordinam-se a órgãos da Administração Direta.

e) constituem um patrimônio público personificado.

102 (AFTE – RN / 2004) - O patrimônio personificado, destinado a um fim específico, que constitui uma entidade da Administração Pública, com personalidade jurídica de direito público, cuja criação depende de prévia autorização expressa por lei, se conceitua como sendo

a) um órgão autônomo.

b) um serviço social autônomo.

c) uma autarquia.

d) uma empresa pública.

e) uma fundação pública.

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103 (Oficial de Chancelaria – MRE/2004) – Quanto às empresas estatais, assinale a afirmativa falsa:

a) As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.

b) a exploração de atividade econômica pelas empresas estatais decorrerá de segurança nacional ou de relevante interesse.

c) pela previsão constitucional o estatuto das empresas estatais poderá excluí-las da estrita observância da legislação sobre licitação.

d) as empresas estatais somente podem ter por objeto social a exploração de atividades econômicas.

e) é prevista a participação de acionistas minoritários na administração das empresas estatais, em seus órgãos colegiados.

104 (Gestor Fazendário – GEFAZ – MG/2005) - Marque a opção que não corresponde a uma característica das empresas públicas, consoante dispõem o sistema legislativo e doutrina pátrios.

a) Seu capital é exclusivamente estatal.

b) Devem adotar a forma de sociedades anônimas.

c) Sua criação deve estar autorizada em lei.

d) Sujeitam-se ao controle estatal.

e) Podem prestar serviços públicos ou explorar atividade econômica.

105 (Analista do Planejamento e Orçamento – MPOG/2005) - Em virtude de suas características e peculiaridades jurídicas e administrativas, o Departamento de Polícia Federal, instituição integrante da estrutura do Ministério da Justiça, pode ser classificado, no âmbito da organização administrativa brasileira, como:

a) autarquia

b) órgão autônomo

c) fundação pública

d) autarquia especial

e) agência especial

106 (Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental – MPOG/2005) - Sobre a organização administrativa do Estado brasileiro é incorreto afirmar:

a) no plano federal, as fundações governamentais apresentam personalidade jurídica de direito público, com as mesmas características das autarquias.

b) as sociedades de economia mista que exploram atividade econômica não se sujeitam à teoria da responsabilidade objetiva pelos atos de seus agentes.

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c) as autarquias territoriais são entidades conhecidas no direito brasileiro.

d) as empresas públicas prestadoras de serviços públicos vinculam-se ao regime de direito privado, mas sujeitam-se, também, a regras do regime jurídico-administrativo.

e) as agências reguladoras podem-se organizar sob qualquer forma de direito público - órgão da administração direta, autarquia ou fundação.

107 (AFRF/2005) - Em seu sentido subjetivo, o estudo da Administração Pública abrange

a) a atividade administrativa.

b) o poder de polícia administrativa.

c) as entidades e órgãos que exercem as funções administrativas.

d) o serviço público.

e) a intervenção do Estado nas atividades privadas.

108 (AFRF/2005) - Em relação à organização administrativa da União Federal, assinale a afirmativa verdadeira.

a) O contrato de gestão só pode ser celebrado entre a União Federal e as entidades descentralizadas.

b) As fundações públicas de direito público estão impedidas de exercer poder de polícia administrativa.

c) É possível, na esfera federal, uma empresa pública ser organizada sob a forma de sociedade anônima, sendo a União Federal a sua única acionista.

d) As agências reguladoras podem, no âmbito da Administração Indireta, assumir a forma de autarquias, fundações ou empresas públicas.

e) As denominadas fundações de apoio às instituições federais de ensino superior integram o rol da Administração Pública Indireta.

109 (Advogado IRB/2006) - Assinale a opção falsa.

As empresas públicas federais, no direito brasileiro,submetem-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas no que toca:

a) aos direitos e obrigações civis.

b) às obrigações trabalhistas.

c) ao foro, nas causas de competência da justiça comum.

d) às obrigações tributárias.

e) à forma de organização.

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110 (TRF/2006) - A entidade da Administração Indireta, que se conceitua como sendo uma pessoa jurídica de direito público, criada por força de lei, com capacidade exclusivamente administrativa, tendo por substrato um patrimônio personalizado, gerido pelos seus próprios órgãos e destinado a uma finalidade específica, de interesse público, é a

a) autarquia.

b) fundação pública.

c) empresa pública.

d) sociedade de economia mista.

e) agência reguladora.

111 (TRF/2006) - As sociedades de economia mista, constituídas com capitais predominantes do Estado, são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Pública Indireta, são regidas pelas normas comuns aplicáveis às empresas particulares, estando fora do âmbito de incidência do Direito Administrativo.

a) Correta esta assertiva.

b) Incorreta a assertiva, porque elas são pessoas jurídicas de direito público.

c) Incorreta a assertiva, porque eles são de regime híbrido, sujeitando-se ao direito privado e, em muitos aspectos, ao direito público.

d) Incorreta a assertiva, porque seus capitais são predominantes privados.

e) Incorreta a assertiva, porque elas são de regime público, regidas exclusivamente pelo Direito Administrativo.

3º) FCC:

112 (Analista Judiciário – Área Administrativa - TRE BA/2003) - Incluem-se entre as entidades estatais

(A) os Estados e as Autarquias.

(B) a União e os Municípios.

(C) as empresas públicas e as sociedades de economia mista.

(D) as fundações públicas e o Distrito Federal.

(E) as administrações indiretas de qualquer dos Poderes.

113 (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRE CE/2002) - Nos termos da Constituição Federal, uma empresa pública que explore atividade econômica deve se sujeitar ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive

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quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários. Uma empresa como essa

(A) pode criar suas subsidiárias independentemente de autorização legislativa.

(B) está dispensada da realização de concurso público para contratação de seu pessoal.

(C)) está sujeita à regra da licitação para suas contratações de obras, serviços, compras e alienações.

(D) pode ser instituída independentemente de autorização legislativa.

(E) sujeita-se à execução de suas dívidas mediante o sistema de precatórios.

114 (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRE CE/2002) - Integram a Administração Indireta Federal, nos termos do Decreto-Lei n o 200/67,

(A) as fundações públicas e os ministérios, as primeiras, com personalidade jurídica de direito privado e, os segundos, com personalidade jurídica de direito público.

(B) os ministérios e as autarquias, os primeiros e as segundas com personalidade jurídica de direito público.

(C) as fundações públicas e as organizações sociais, as primeiras e as segundas podendo possuir tanto personalidade jurídica de direito público, como de direito privado.

(D) as empresas públicas e as organizações da sociedade civil de interesse público, as primeiras, com personalidade jurídica de direito privado e, as segundas, com personalidade jurídica de direito público.

(E))) as autarquias e as sociedades de economia mista, as primeiras, com personalidade jurídica de direito público e, as segundas, com personalidade jurídica de direito privado.

115 (Analista Judiciário – Execução de Mandados – TRF 1ª Região/2001) - A administração pública pode ser efetivada, imediatamente pela União, através de seus próprios órgãos. Pode, também, ser realizada mediatamente por meio de entes (personalizados) a ela vinculados. Nesses dois casos, estamos nos referindo, quanto ao aspecto funcional ou operacional, respectivamente, à administração

(A) indireta e direta.

(B)) direta e indireta.

(C) contratada e direta.

(D) indireta e terceirizada.

(E) terceirizada e contratada.

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116 (Analista Judiciário – Execução de Mandados - TRF 5ª Região/2003) - De acordo com o ensinamento predominante na doutrina brasileira, pode-se identificar na organização administrativa pátria, como fruto da desconcentração, no plano federal,

(A) uma fundação pública.

(B))) um ministério.

(C) uma autarquia qualificada como agência executiva.

(D) uma sociedade de economia mista.

(E) uma agência reguladora.

117 (Analista Judiciário –Área Judiciária – TRF 5ª Região/2003) - Uma empresa que exerça atividade econômica, com 70% de seu capital votante nas mãos da União, sendo o restante de seu capital de propriedade de um Estado,

(A) enquadra-se na definição legal de empresa pública, tendo personalidade jurídica de direito público.

(B) enquadra-se na definição legal de sociedade de economia mista, tendo personalidade jurídica de direito público.

C)) enquadra-se na definição legal de empresa pública, tendo personalidade jurídica de direito privado.

(D) enquadra-se na definição legal de sociedade de economia mista, tendo personalidade jurídica de direito privado.

(E) não se enquadra em nenhuma definição legal quanto às entidades da Administração indireta.

118 (Analista Judiciário – Área Judiciária – TRF 1ª Região/2001) - A repartição de funções entre os vários órgãos (despersonalizados) de uma mesma Administração, sem quebra de hierarquia, em que a prestação de serviços é direta e imediata; e a atribuição de Poderes da Administração a outrem, distinta da do Estado, que age por outorga do serviço (mas sempre em nome próprio), referem-se, respectivamente, à

(A) descentralização e desconcentração administrativa.

(B))) desconcentração administrativa e descentralização.

(C) descentralização e delegação de serviço público.

(D) delegação de serviço público e execução direta.

(E) execução indireta e desconcentração administrativa.

119 (Técnico Judiciário – Área Administrativa – TRE CE/2002) - A organização da Administração Pública federal distingue a Administração direta da indireta. São exemplos de integrantes da Administração direta e da indireta, respectivamente,

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(A) a Presidência da República e um Ministério.

(B))) um Ministério e uma empresa pública.

(C) uma autarquia e uma sociedade de economia mista.

(D) uma autarquia e uma empresa privada concessionária de serviço público.

(E) uma fundação pública e uma fundação privada.

120 (Procurador Judicial do Município de Recife/2003) - Determinado Município adquire, no mercado de bolsa de valores, ações representativas de 60% (sessenta por cento) do capital votante de uma sociedade anônima, passando a exercer o respectivo controle. Não houve, porém, lei específica aprovada pela Câmara Municipal, autorizando a operação. Nessa hipótese, a sociedade anônima em tela

(A) passará a ser considerada sociedade de economia mista municipal, integrante da Administração Direta.

(B) apenas passará a integrar a Administração Indireta se se transformar em empresa pública, na forma da legislação aplicável.

(C) passará a ser considerada empresa pública municipal, integrante da Administração Indireta.

(D) integrará a Administração Indireta, como entidade sui generis, sujeita ao regime jurídico geral de direito privado.

(E)) não integrará a Administração Direta, nem a Indireta, sendo apenas uma companhia sob controle municipal.

121 (Procurador do Estado – 3ª Classe – Maranhão SET/2003) - Suponha o seguinte trecho de uma ementa de acórdão:

“Dispensa-se de autorização legislativa a criação de empresas públicas subsidiárias, desde que haja previsão para esse fim na própria lei que instituiu a empresa de economia mista matriz. A lei criadora é a própria medida autorizadora.” Esse texto

(A) contraria a Constituição Federal, pois é necessária a edição de lei autorizativa para a criação de cada subsidiária de empresa pública ou sociedade de economia mista.

(B)) é compatível com a Constituição Federal, já tendo até mesmo o Supremo Tribunal Federal decidido nesse sentido.

(C) contraria a Constituição Federal, pois é constitucionalmente vedada a criação de subsidiárias de empresa pública ou sociedade de economia mista.

(D) contraria a Constituição Federal, pois empresas públicas e sociedades de economia mista não têm sua instituição dependente de autorização legislativa.

(E) contraria a Constituição Federal, pois é desnecessária a autorização legislativa para a criação de subsidiárias de empresa pública ou sociedade de

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economia mista, sendo essa matéria de decisão discricionária do Presidente da República.

122 (Procurador do Estado – 3ª Classe – PGE Bahia – Novembro/2002) - Integram a Administração Pública indireta

(A) os serviços sociais autônomos (Senai, Senac etc.).

(B) os partidos políticos.

(C) as concessionárias de serviço público em geral.

(D) as fundações instituídas pelo Poder Público, com natureza jurídica de direito público.

(E) as organizações sociais.

123 (Procurador do Estado – 3ª Classe – PGE Bahia – Novembro/2002) - NÃO se ajusta ao regime jurídico das empresas estatais:

(A) a empresa pública poderá ser constituída sob qualquer forma admitida em direito.

(B) a criação de subsidiárias das sociedades de economia mista depende de autorização legislativa.

(C) o regime de pessoal é o da legislação trabalhista.

(D) a sociedade de economia mista não poderá usufruir de privilégios fiscais não extensíveis às empresas da iniciativa privada.

(E) a empresa pública depende de prévia autorização legislativa para alienação de bem imóvel.

124 (Auditor – Tribunal de Contas do Estado de Sergipe – Janeiro/2002) - A descentralização dos serviços públicos por colaboração ocorre mediante

(A)) contrato ou ato administrativo unilateral, transferindo a execução de determinado serviço público à pessoa jurídica de direito privado, conservando o poder público a titularidade.

(B) ato administrativo unilateral, transferindo a titularidade e a execução de determinado serviço público à pessoa jurídica de direito público.

(C) ato bilateral e precário, transferindo a titularidade de determinado serviço público à pessoa jurídica de direito público.

(D) ato unilateral, discricionário e precário, transferindo a titularidade e execução de determinado serviço público à pessoa jurídica de direito privado.

(E) ato bilateral e discricionário, transferindo a execução de determinado serviço público à pessoa física ou jurídica.

02/01/02 - 16:

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125 (Subprocurador – Tribunal de Contas do Estado de Sergipe – Janeiro/2002) - Considerando-se a organização administrativa brasileira, há relação de hierarquia entre

(A) um Ministro do Supremo Tribunal Federal e um Ministro do Tribunal de Contas da União.

(B) um Senador e um Deputado Federal.

(C) um Governador de Estado e um Prefeito Municipal.

(D)) o Presidente da República e um Ministro de Estado.

(E) um Presidente de Assembléia Legislativa e um Presidente do Tribunal de Justiça do mesmo Estado.

126 (Subprocurador – Tribunal de Contas do Estado de Sergipe – Janeiro/2002) - É regra própria do regime constitucional de uma sociedade de economia mista que exerça atividade econômica a

(A) não incidência da obrigatoriedade de licitação para contratar obras, serviços, compras e alienações.

(B) não sujeição ao controle pelo Tribunal de Contas.

(C)) sujeição ao regime próprio das empresas privadas quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais e trabalhistas.

(D) possibilidade de gozo de privilégios fiscais não extensíveis ao setor privado.

(E) não incidência da obrigatoriedade de realização de concurso público para contratação de seus empregados.

26/12/01 -

127 (Procurador do Estado do Rio Grande do Norte/2001) - Descentralização administrativa por colaboração é:

a) a transferência por meio de contrato ou ato administrativo unilateral da execução de determinado serviço público a pessoa jurídica de direito privado, conservando o poder público a titularidade do serviço.

b) a transferência por meio de contrato ou ato administrativo unilateral da execução e da titularidade de determinado serviço público a pessoa jurídica de direito privado.

c) a transferência por lei da titularidade e da execução de determinado serviço público para pessoa jurídica de direito público ou privado.

d) atribuição de personalidade jurídica própria, de direito público, a uma entidade local, geograficamente delimitada, com capacidade administrativa genérica.

e) faculdade legal de celebração de contratos de prestação de serviços relativos a atividades materiais acessórias.

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128 (Procurador do Estado do Rio Grande do Norte/2001) - Assinale a alternativa que contém uma afirmação incorreta.

a) Não existe poder de tutela entre a entidade descentralizada e a pessoa jurídica que a instituiu sem expressa previsão legal, na medida em que o poder de controle não pode invadir a liberdade de auto-administração atribuída ao ente descentralizado.

b) A tutela não se presume; ela se constitui de uma soma de competências particulares atribuídas explicitamente por lei, que não podem ser acrescidas, nem por analogia.

c) Entes descentralizados não estão hierarquicamente subordinados à Administração Direta. Existe apenas uma vinculação para fins de controle.

d) O recurso hierárquico é dirigido a autoridade superior àquela que proferiu a decisão atacada, para reexame da questão. Sua interposição pressupõe a existência de vinculação hierárquica.

e) Recurso hierárquico impróprio é aquele dirigido a autoridade de órgão diverso daquele que proferiu a decisão atacada. Sua interposição é sempre possível, independente de expressa previsão legal, sendo decorrência do princípio do contraditório e da ampla defesa.

129 (Procurador do Estado do Rio Grande do Norte/2001) - Sobre as autarquias, assinale a afirmação correta:

a) Só podem ser criadas por lei, podendo assumir personalidade de direito público ou privado.

b) Contra seus atos cabe mandado de segurança mas não ação popular.

c) Têm plena capacidade de auto-administração, o que lhes confere poder para criar o próprio direito.

d) Podem ser conceituadas como serviço público descentralizado.

e) Não se sujeitam à lei de licitações.

130 (Analista Judiciário - Jud – TRT 3ª R/2004) - Quanto à afirmação de ser o Presidente da República autoridade hierarquicamente superior ao dirigente da sociedade de economia mista, essa noção

(A) conflita com a regra consagrada pela doutrina, posto que, segundo esta, não há relação de hierarquia entre autoridades da Administração direta e autoridades da Administração indireta.

(B) conflita com a regra consagrada pela doutrina, posto que a relação hierárquica se estabelece entre um Ministro e as autoridades da Administração indireta vinculadas ao respectivo Ministério.

(C) conflita com a regra consagrada pela doutrina, posto que a noção de hierarquia apenas se aplica aos órgãos militares da Administração Pública.

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(D) está harmônica com a regra consagrada pela dou- trina, posto que se trata do Presidente da República e de sociedade de economia mista federal.

(E) está harmônica com a regra consagrada pela doutrina, posto que o Presidente da República é a autoridade de máxima hierarquia da Administração do País, independentemente de se cogitar de sociedade de economia mista federal, estadual ou municipal.

131 (Procurador – TC-PI/2005) - A União Federal deseja criar sociedade de economia mista destinada ao exercício da atividade de pesquisa, lavra, beneficiamento e comercialização de minerais do país. Os bens dessa sociedade

(A) podem ser revestidos da característica de impenhorabilidade, se declarada na lei de sua criação.

(B) são inalienáveis e impenhoráveis por natureza.

(C) são considerados bens públicos, independentemente de sua personalidade jurídica ser de direito privado ou de direito público.

(D) não podem ser considerados impenhoráveis.

(E) possuem o mesmo regime jurídico aplicável aos bens das autarquias.

132 (Procurador do Município de São Paulo/2004) - No direito brasileiro, os principais traços diferenciadores entre as empresas públicas e as sociedades de economia mista são os relativos à

(A))composição do capital e forma de organização.

(B) forma de criação e personalidade jurídica.

(C) personalidade jurídica e natureza da atividade a ser desempenhada.

(D) natureza da atividade a ser desempenhada e forma de organização.

(E) composição do capital e personalidade jurídica.

133 (Analista Judiciário – Jud/Exec Mand – TRT 9ª R/2004) - Por meio de lei específica, o chefe do executivo da cidade de Campo Verde obteve autorização para instituir pessoa jurídica de direito privado, constituída mediante capital público e privado, destinada à prestação de serviço público de saneamento básico, a qual deverá observar a seguinte denominação:

(A) Saneamento Básico Campo Verde S/A.

(B) Autarquia de Saneamento Básico Campo Verde.

(C) Fundação de Saneamento Básico Campo Verde.

(D) Empresa Pública de Saneamento Básico Campo Verde.

(E) Organização Social de Saneamento Básico Campo Verde.

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134 (Analista Judiciário – Jud – TRT 9ª R/2004) - Após autorização legislativa, o Prefeito de Campo Verde criou pessoa jurídica de direito privado, destinada à prestação de serviço de limpeza pública com recursos exclusivos do Município, na forma de sociedade anônima.

A entidade em questão caracteriza-se como

(A) sociedade de economia mista, já que tem a forma de Sociedade Anônima.

(B) empresa pública, pois, independentemente da forma, tem capital integralmente público.

(C) autarquia municipal, pois desenvolve atividade privativa do Estado.

(D) fundação pública, uma vez que presta serviços públicos.

(E) agência reguladora, pois tem capital integralmente público.

135 (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRE – MG/2005) - Pessoa jurídica de direito público, criada por lei específica para a prestação de serviço público, contando com capital exclusivamente público, é conceito jurídico de entidade

(A) empresarial.

(B) fundacional.

(C) autárquica.

(D) paraestatal.

(E) permissionária.

136 (Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE – MG/2005) - A desconcentração de poderes às pessoas jurídicas de direito público, que são investidas de competências políticas, dar-se-á por

(A) atos regulamentares, com a criação de sociedades de economia mista.

(B) atos infralegislativos, com a instituição das entidades paraestatais.

(C) Decretos legislativos, com a criação de entes de colaboração.

(D) Medidas Provisórias, com a instituição de empresas públicas.

(E) Leis específicas, com a criação das autarquias.

137 (Juiz Substituto – TRT 11ª Região – 2005) - Uma sociedade de economia mista federal, que explore atividade econômica, deve se submeter ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações

(A) civis, comerciais, trabalhistas e tributários.

(B) civis, comerciais e trabalhistas, mas podem gozar de regime tributário especifico.

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(C) civis, comerciais e tributários, mas podem gozar de regime trabalhista especifico.

(D) comerciais e tributários, mas podem gozar de regimes civil e trabalhista específicos.

(E) civis e comerciais, mas podem gozar de regimes trabalhista e tributário especificos.

138 (Auditor – TCE/MG/2005) - As autarquias, pessoas jurídicas de direito público, são criadas

(A) por lei, dotadas de autonomia e integrantes da Administração direta.

(B) por Decreto do Chefe do Executivo, mas independentes em relação à pessoa política que as criou, não se submetendo a controle da mesma.

(C) por lei, que lhes confere capacidade de auto-administração e disciplina os limites do controle exercido pela pessoa política que as criou.

(O) sob a forma de sociedades de capital e possuem capacidade de auto-administração, embora integrem a Administração indireta.

(E) por meio de Decreto e instituídas sob a forma de sociedades de capital, das quais o ente que as criou figura como principal acionista, ditando-lhes a administração.

139 (Analista Judiciário – Área Judiciária – TRE Amapá – Jan/2006) - É correto afirmar que os órgãos públicos, a exemplo dos Ministérios, Secretarias Estaduais e Municipais

(A) se distinguem do Estado, por serem autônomas.

(B) são pessoas, sujeitos de direitos e obrigações.

(C) não têm personalidade jurídica.

(D) têm relação de representação com a vontade do agente público.

(E) têm relação interorgânica e não interpessoal ou

140 (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRE Amapá – Jan/2006) - Pessoa jurídica de direito público, de natureza meramente administrativa, criada por lei especifica para a realização de atividades, obras ou serviços descentralizados, contando com capital exclusivamente público, é uma entidade

(A) social autônoma.

(B) estatal

C) autárquica

D) empresarial

E) paraestatal

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141 (Analista Judiciário – Área Administrativa – TRE AP/2006) - Pessoa jurídica de direito público, de natureza meramente administrativa, criada por lei específica para a realização de atividades, obras ou serviços descentralizados, contando com capital exclusivamente público, é uma entidade

(A) social autônoma.

(B) estatal.

(C) autárquica.

(D) empresarial.

(E) paraestatal.

142 (Procurador de Manaus/2006) - As empresas públicas

(A) são pessoas jurídicas de direito privado, constituídas com capital exclusivamente público e estruturadas sob qualquer modalidade empresarial.

(B) não se submetem às regras pertinentes às licitações e contratos administrativos, por serem constituídas por capital privado.

(C) respondem exclusivamente de forma subjetiva pelos danos causados a terceiros por atos de seus agentes.

(D) são pessoas jurídicas de direito público, criadas por lei específica pára a prestação de serviços públicos ou exploração de atividades econômicas.

(E) seus servidores, por serem regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho, podem acumular apenas empregos ou funções.

Gabarito:

1. C

2. C

3. C

4. E

5.C

6. C

7. C

8. E

9. E

10. E

11. C

12. E

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51

13. C

14. E

15. C

16. C

17. E

18. D

19. E

20. E

21. C

22. B

23. A

24. A

25. A

26. E

27. E

28. E

29. C

30. E

31. C

32. E

33. E

34. C

35. C

36. E

37. C

38. C

39. E

40. E

41. E

42. E

43. C

44. C

45. C

46. E

47. C

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52

48. C

49. E

50. E

51. E

52. C

53. E

54. C

55. A

56. EC

57. EE

58. E

59. C

60. C

61. E

62. E

63. C

64. C

65. E

66. C

67. C

68. C

69. C

70. E

71. C

72. D

73. B

74. E

75. B

76. E

77. C

78. C

79. C

80. B

81. C

82. E

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53

83. A

84. A

85. B

86. A

87. D

88. D

89. B

90. E

91. C

92. D

93. D

94. B

95. C

96. D

97. B

98. B

99. C

100. C

101. A

102. E

103. D

104. B

105. B

106. E

107. C

108. C

109. D

110. B

111. C

112. B

113. C

114. E

115. B

116. B

117. C

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54

118. B

119. B

120. E

121. B

122. D

123. E

124. A

125. D

126. C

127. A

128. E

129. D

130. A

131. D

132. A

133. A

134. B

135. C

136. E

137. A

138. C

139. C

140. C

141.C

142. A