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David Ricardo 1772-1823 Principais pontos teóricos PET-Economia FEAC-UFAL

Aula 38 david ricardo - principais pontos teóricos

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David Ricardo

1772-1823

Principais pontos teóricos

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Ricardo e a Política Monetária

• Fatos estilizados

– 1792 – Guerra entre Grã-Bretanha e França

– Custo de financiamento desse conflito recaia sobre o erário público

– O resultado era o aumento da dívida pública

– 1797-1821 – O Banco da Inglaterra torna as notas bancárias inconversíveis em ouro, principal lastro financeiro

– A emissão de notas bancárias acima do volume em estoque em ouro causava inflação

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Ricardo e a Política Monetária

• Ricardo e a Teoria Quantitativa da Moeda

TQM

– Ricardo pode ser considerado um dos

primeiros monetaristas da ciência econômica

moderna;

– A questão é simples: a emissão monetária

acima das necessidades do sistema

econômico, causava elevação dos preços

M.V = P. Q

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Ricardo e a Política Monetária

M.V = P. Q

M = Oferta de moeda (quantidade em

circulação)

V = Velocidade de circulação da moeda no

sistema econômico

P = Nível de preços do sistema econômico

Q = nível de produção do sistema

econômico (bens e serviços)

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Ricardo e a Política Monetária

• M.V = P. Q

– Considerando a velocidade da moeda e o

nível de produção constantes no curto e

médio prazo, qualquer alteração na

quantidade ofertada de moeda implica em

alterações no nível geral de preços.

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Ricardo e a Política Monetária

Como Adam Smith, David Ricardo também rechaçava a intervenção estatal. Porém defendia que a moeda deveria estar sob a gestão de uma estância estatal, mas sem ingerência do mundo da política

“Sob um governo arbitrário, essa objeção teria força; mas, num país livre, com uma legislatura esclarecida, o poder

de emitir moeda-papel, sob a condição de poder ser convertida [em metal] à vontade do portador, poderia ser

colocado com segurança nas mãos de comissários apontados para esse propósito especial, e eles poderiam

ser tornados totalmente independentes do controle de ministros” (David Ricardo)

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A relação entre a agricultura e o

comércio internacional em Ricardo

• Fatos estilizados

– Grã-Bretanha não dispunha de vastos territórios férteis como França, Rússia e Estados Unidos;

– Esses países poderiam abastecer a Grã-Bretanha com grãos mais baratos;

– O aumento da oferta de grãos fez cair os preços agrícolas afetando diretamente os produtores ingleses, que exigiam mais proteção contra a concorrência estrangeira

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A relação entre a agricultura e o

comércio internacional em Ricardo

• Fatos estilizados

– Ricardo debate o assunto através de Um Ensaio

Sobre a Influência do Baixo Preço do trigo Sobre os

Lucros do Capital, Mostrando a Inconveniência de

Restrições à Importação.

– Neste trabalho, Ricardo mostrou que a queda dos

preços dos gêneros agrícolas melhorava as

condições de acumulação de capital na indústria;

– Ao contrário, a proteção mantida através das Corn

Laws (Leis dos Cereais) afetava as margens de lucro

da indústria algodoeira

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A teoria da renda da terra

• Ricardo buscou interligar o preço dos cereais à:

– Repartição da renda;

– Aumento da população

– Preço da renda da terra (renda diferencial do solo);

– Vantagens recíprocas do comércio internacional;

– Nível de salários de subsistência dos trabalhadores

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A teoria da renda da terra e o modelo de

desenvolvimento econômico ricardiano

•Lucro industrial renda da terra – salários

Como resolver o lucro industrial quando este está comprimido pelos salários e a renda da terra?

•Os salários são determinados: quantidade de mão-de-obra disponível e pelo custo de vida ao nível de subsistência

– Os salários não poderiam cair abaixo do nível de subsistência, pois isto prejudicaria a sobrevivência dos trabalhadores e sua oferta no mercado de trabalho, podendo ocasionar escassez com conseqüente aumento do nível de salários no longo prazo

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A teoria da renda da terra e o modelo de

desenvolvimento econômico ricardiano

• A renda da terra era determinada por: – Diferenças de fertilidade e localização das terras cultivadas

– Diferença dos custos e equalização dos preços dos produtos agrícolas

• O cultivo de terras mais férteis e próximas aos centros de comercialização alcançava lucros extraordinários com relação aquelas distantes e de menor fertilidade

• A renda da terra para aos proprietários fundiários era cobrada tendo por base as terras cultivadas mais férteis.

• A produtividade agrícola nas terras de baixa fertilidade por ser menor e esses produtores pagarem rendas elevadas aos proprietários, os produtores só tinham como ganhar elevando os preços de seus gêneros agrícolas. É nesse sentido que os produtores agrícolas das terras mais férteis tinham lucros extraordinários, porque conseguiam produzir com menores custos.

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A teoria da renda da terra e o modelo de

desenvolvimento econômico ricardiano

• O crescimento populacional pressionava pelo aumento das terras cultivadas e cada vez mais distantes e menos férteis. O trabalho gasto nessas terras era maior e isto influenciava sobremaneira no valor dos gêneros agrícolas comercializados

• Conseqüências do ponto de vista da repartição da riqueza: – Pressão sobre o custo de vida e salários de

subsistência;

– Aumento da renda da terra paga aos proprietários fundiários;

– Queda do lucro industrial em virtude do aumento dos custos (principalmente salários)

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A teoria da renda da terra e o modelo de

desenvolvimento econômico ricardiano

•RESULTADO:

Diminuição do ritmo de acumulação de

capital industrial e parcela considerável do

produto social (riqueza) se transferia às

mãos dos proprietários fundiários; desta

maneira, nem a população tampouco a

economia capitalista poderiam crescer mais

rapidamente (estado estacionário)

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A teoria da renda da terra e o modelo de

desenvolvimento econômico ricardiano

• Qual seria, portanto, a importância para

Ricardo da defesa de idéias a favor do

livre comércio?

• Que papel teria o progresso técnico para

Ricardo?

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Ricardo e a teoria das Vantagens

Comparativas • A defesa do livre comércio para Ricardo tinha o

objetivo de enfrentar o poder de monopólio dos proprietários fundiários sobre a terra e quebrar com as limitações da oferta de grãos, favorecendo a diminuição do custo de vida e o aumento das margens de lucros industriais.

• Com isto também, haveria efeitos na repartição do produto social (riqueza) com a perda de poder relativo dos proprietários fundiários na apropriação de parcela considerável da riqueza, via cobrança de rendas, deslocando parte desta riqueza às mãos dos capitalistas industriais, principalmente.

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A Teoria das Vantagens

Comparativas

• Pressupostos

– Livre mobilidade de mão-de-obra

– Valor das mercadorias tem por base a

quantidade (medida em tempo) de trabalho

despendida em sua produção.

– Os países trocariam mercadorias as quais

fossem capazes de produzi-las com o menor

custo possível em termos de quantidade de

trabalho

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A Teoria das Vantagens Comparativas

Vinho Tecidos

Relação de

Preços

(vinho/tecidos

Portugal 80 90 80/90 = 0,89

Inglaterra 120 100 120/100 = 1,2

Custo de produção na produção de vinhos e tecidos

Em Portugal, 1 unidade de

vinho poderia ser trocada por

0,89 de tecidos. Na Inglaterra,

1 unidade de vinho poderia

ser trocada por 1,2 unidade

de tecidos

EFICIÊNCIA RELATIVA NA PRODUÇÃO

Número relativo de unidade de trabalho

requeridas para a produção de uma

unidade:

Vinho = 80/120 = 2/3 = 0,67

Tecidos = 90/100 = 9/10 = 0,9

Custo do Vinho < Custo do Tecido PET-Economia FEAC-UFAL

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A Teoria das Vantagens

Comparativas

Resultado

Se a Inglaterra pode importar 1 unidade de vinho a um custo inferior a 1,2 unidade de tecidos, terá ganho no comércio internacional. Se Portugal pode importar mais do que 0,89 unidade de

tecidos em troca de 1 unidade de vinho, também será beneficiado. Desse modo, se 1 unidade de

vinho pode ser exportada de Portugal para a Inglaterra em troca de algo entre 0,89 e 1,2 unidade de tecidos, ambos os países serão

beneficiados pelo comércio internacional

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