FARMACODINÂMICARelação Dose – Efeito

Válter Luiz da Costa Junior

CLASSIFICAÇÃO DOS FÁRMACOSDe acordo com o Mecanismo de Ação

• A ç ã o I n e s p e c í f i c a : f á r m a c o s estruturalmente inespecíficos. - O efeito farmacológico resulta de suas

propriedades físico-químicas.

• Ação Específica: ação biológica decorre da estrutura química tridimensional = ligação a receptores = formação de complexo = alteração da função celular.

MUDANÇA DA CONFORMAÇÃO DO RECEPTOR APÓS INTERAÇÃO COM O LIGANTE

• Ligante: molécula que

s e a c o p l a a u m

determinado receptor

• O ligante pode ser um

h o r m ô n i o , u m

neutrotransmissor, um

fármaco, por exemplo.

MUDANÇA DA CONFORMAÇÃO DO RECEPTOR APÓS INTERAÇÃO COM O LIGANTE

MUDANÇA DA CONFORMAÇÃO DO RECEPTOR APÓS INTERAÇÃO COM O LIGANTE

RELAÇÃO DOSE-EFEITO

• Afinidade

• Atividade intrinseca ou eficácia (α) - mede a capacidade do complexo D~R em produzir o efeito.

D + R D~R

1ª fase 2ª fase

EFEITO

RELAÇÃO DOSE - EFEITO

D + R DR DR*

AFINIDADE ATIVIDADEINTRÍNSICA

(Efeito)

R R*

AGONISTA

R R*

R R*ANTAGONISTA

R R*AGONISTA INVERSO

TEORIA DOS DOIS ESTADOS

CLASSIFICAÇÃO DOS FÁRMACOS ATIVIDADE INTRÍNSICA (α)

• Agonista: fármaco que possui afinidade e exerce atividade em determinado receptor.

• Antagonista: fármaco que possui afinidade, mas não exerce atividade em receptores.

• Agonistas Plenos ou Totais (α = 1,0)• Agonistas Parciais (1,0 > α > 0,0)• Antagonistas (α = 0,0)• Agonistas inversos parciais (0,0 > α > -1,0)• Agonistas inversos Plenos (α = - 1,0)

CLASSIFICAÇÃO DOS FÁRMACOS ATIVIDADE INTRÍNSICA (α)

CURVA DOSE-EFEITO

• O efeito é medido numa escala contínua.

• A curva pode ser feita para um único fármaco.

• Pode ser utilizada para determinar a eficácia de um fármaco.

CURVA DOSE - EFEITO

[A]

EFEI

TO

LOG [A]

EFEI

TO

LIMIAR

CURVA

RESPOSTA MÁXIMA

RELAÇÃO DOSE - EFEITO• A intensidade do efeito farmacológico é

diretamente proporcional ao número de receptores ocupados;

• A resposta máxima é obtida quando todos os receptores são ocupados por moléculas do fármaco (Saturação).

EFEI

TO

LOG [A]

EFEITO MÁXIMO

COMPARAÇÃO DA RESPOSTA MÁXIMA OCASIONADA POR

FÁRMACOS EM CURVA DOSE-EFEITO

AB C

TIPOS DE ANTAGONISTAS

ANTAGONISTA COMPETITIVO

Um antagonista competitivo diminui a potência de um agonista, sem afetar a sua eficácia.

ANTAGONISTA NÃO COMPETITIVO

Um antagonista não-competitivo reduz a eficácia de um agonista.

EFICÁCIA• Capacidade do fármaco de gerar um

efeito. É o limite da curva dose-efeito no eixo (y).

100

EFEI

TO

Log Dose

75

POTÊNCIA• Concentração do fármaco necessária para

gerar um efeito biológico. – DE50: Dose necessária para proporcionar 50% do

efeito máximo.

100

50

DE 50

EFEI

TO

Log Dose

AFINIDADE X EFICÁCIA

TOXICIDADE• Concentração do fármaco necessária

para causar efeito letal. – DL50: Dose necessária causar letalidade

em 50% dos indivíduos.

100

50

DL 50

EFEI

TO

Log Dose

ÍNDICE TERAPÊUTICO• Faixa de dose entre aquela que produz

efeito letal e a que produz efeito farmacológico. IT = DL50/DE50

100

50

DE 50

EFEI

TO

Log Dose

LETALID

AD

E

DL 50

100

50

SINERGISMO• Aumento dos efeitos de um fármaco por ação

de outro fármaco atuando em receptores diferentes.

• Sinergismo por adição:Fármaco A (efeito x) + Fármaco B (efeito X); Fármaco A + Fármaco B = Efeito 2X• Sinergismo por potencialização:Fármaco C (efeito y) + Fármaco D (efeito y); Fármaco C + Fármaco D = Efeito 4y

ANTAGONISMO• Químico: Redução dos efeitos de um fármaco

por inativação química promovida por outro medicamento.

• Fisiológico: Redução dos efeitos de um fármaco por atuação de outro medicamento em receptor diferente, promovendo efeito oposto.

• Farmacológico: Redução dos efeitos de um fármaco por atuação de outro medicamento no mesmo receptor, promovendo efeito oposto.

BONS ESTUDOS!!!