Aula 5 - Tecnologia Da Fabricação de Queijos

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  • 03/10/2013

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    Queijo Histrico

    Provavelmente produto acidental

    Armazenamento do leite em estmagos

    Primeiros registros escritos datam 4000 a.C (sumrios)

    Vrios registros Egito antigo (1500 a.C)

    Histrico Outras evidncias

    H mais de 7000 aC

    Sempre presente em diversas civilizaes

    Roma antiga, idade mdia, etc

    Definio o leite coagulado separado do soro

    Quais componentes ficam coagulados?

    Quais componentes no coagulam (soro)?

    O que faz o leite coagular?

    Duas vias

    Lctica

    Acidificao das BAL

    Enzimtica

    Coalho (renina, quimosina)

    Definio Pode ser maturado ou no (fresco)

    O que faz a maturao?

    BAL, Fungos, etc

  • 03/10/2013

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    Matria prima Leite

    De vaca, cabra, ovelha, bfala

    Gordura

    Maioria integral

    Padronizados

    Ementhal 2,8 3,1%

    Parmeso 2%

    Quanto mais amarelo mais gordura?

    Matria prima Psicrotrficos

    Prejudicam o rendimento

    CCS

    Prejudicam o rendimento

    Resduos de antibiticos

    Retardam a fermentao

    Pasteurizao Destri M.O patognicos

    Obrigatria para queijos brasileiros frescos

    Opcional para queijos com mais de 60 dias de maturao

    Opcional em alguns pases e regies

    Espanha, Itlia, Portugal

    Pasteurizao Mudanas fsico-qumicas

    Perda de at 30% do Ca solvel

    Prejudica coagulao

    Soluo

    Adio de Ca2Cl (1,2g/L)

    Mudanas microbiolgicas

    Destri tambm maioria das BAL

    Soluo

    Adio de culturas lcticas (cultivo iniciador)

    Cultivo Iniciador Etapa chave

    Determina a caracterstica principal da massa: mole ou dura

    Queijos moles Adio do cultivo e posterior fermentao antes da coagulao

    Acmulo de cido ltico

    Queijos duros Adio de coalho imediatamente aps o cultivo

    Sem formao de cido ltico pelas BAL

    Relembrando

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    Coalhada Antigamente

    Extrao da enzima do abomaso de lactentes: quimosina

    Atualmente Pepsina (30%)

    Vem do abomaso de no lactentes

    Portugal e Frana Coalho vegetal (Cynara)

    Enzimas de mofos (Mucor)

    Coalhada Enzimas do grupo aspartil proteinases

    Hidrolisam a ligao peptdica da k-casena

    Coalhada Coalhada lctica

    Formada pelo acmulo de cido ltico

    Queda do pH

    solubiliza sais de clcio da micela caseica (desmineralizao)

    sais se deslocam para a fase aquosa

    micela se desestabiliza

    Interaes na coalhada lctica Meio cido

    solubiliza sais de clcio da micela caseica (desmineralizao ) - favorece a interao entre cargas

    Diminui cargas negativas micelares

    Diminui a fora de repulso entre micelas

    Coagulao

    - - - - - -

    - - - - - - -

    - -

    pH4,6

    pH

    Coalhada lctica Efeito da temperatura

    Quanto maior a temperatura menor o pH necessrio para coagulao

    A 20 C Coagulao em pH 4,6

    A 40 C Coagulao em pH 5,2

    difcil de dessorar, mole, macia

    Coalhada enzimtica Fase 1

    Enzima quebra a k-casena (ligao phe105 e met 106)

    K-casena fica separada em duas cadeias:

    1) para k-casena ou glicomacropepetdeo (GMP): muito solvel

    Vai para o soro

    2) peptideo hidrofbico: no solvel

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    Coalhada enzimtica Fase 2

    Somente aps 85% de hidrlise da k-casena

    Na fase 2 a k-casena precipita

    Grumos pequenos e irregulares

    Uma rede vai se formando

    Glbulos de gordura se acomodam na rede

    Cogulo cada vez mais firme

    Gel expulsa o soro (sinrese do cogulo)

    Coalhada enzimtica Efeito da temperatura

    Quanto maior ...

    maior a velocidade do cogulo

    Maior a dureza do gel

    Efeito do pH

    Quanto menor

    Maior a velocidade de coagulao

    Maior dureza do gel (at ph6)

    Abaixo de 6 menor a dureza

    Coalhada enzimtica Flexvel, compacta e fcil de dessorar

    Utilizada em queijos duros

    Coalhadas A maioria dos queijos utiliza os dois tipos de coalhada

    Enzimtica e Lctica

    Corte da coalhada Diviso do cogulo em partes iguais

    Expulso do soro

    Lira

    Queijos moles

    Blocos grandes

    Queijos duros

    Blocos pequenos

    Maior dessoragem

    Coco da coalhada Tratamento trmico da coalhada com mexedura

    Expulso mais efetiva do soro

    Retrai ainda mais o cogulo

    Queijos moles

    Temperaturas brandas

    Queijos duros

    Temperaturas altas

    at 60 C

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    Dessoramento

    Compresso da massa para expulso do soro

    Pode ser

    Mecnica (queijos duros)

    Prancha de ao

    Gravidade (queijos moles)

    Suspenso e escorrimento

    Moldagem ou Enformagem Colocar a coalhada em moldes

    Salga Momento da salga depende do tipo de queijo

    Diretamente na massa sem enformar

    Diretamente na massa enformada

    Imerso em salmoura da massa enformada

    Maturao Exposio da massa em ambiente controlado

    Tempo

    Temperatura

    Umidade

    Fermentaes, protelises, liplises e gliclise

    Alteram as carectersticas fsico-qumicas da massa

    Vdeo

    Principais alteraes da maturao Gliclise

    Protelise

    Liplise

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    Gliclise

    Fermentao homoltica c. ltico Streptococcus Pediococcus Lactobacillus Fermentao heteroltica c. Ltico Lactobacillus c actico etanol CO2 Leuconostoc

    cido Pirvico

    Metabolismo Anaerbio

    Protelise Afeta a textura e sabor

    Perda da estrutura original da matriz proteica

    Alterao principal

    Degradao da alfa-s1

    Casenas sendo clivadas aminocidos de menor pesoo molecular

    Liplise Altera o sabor e aroma

    Liberao de cidos graxos, lcoois e metilcetonas

    Ricos em sabor e aroma

    Principalmente em queijos azuis

    Roquefort, camembert