Aula 6 Imunologia Anti-Infecciosa Vacinas

Embed Size (px)

Citation preview

VACINAR AMAR

Imunologia anti-infecciosaVACINAOHistricoJenner - 1796 - vacinao contra varolaRetirou sangue de uma ama de leite infectada por varola bovina e injetou em um garoto de 8 anosUtilizou material de vacas infectadas por um Pox vrus varola bovina (vaccinia)Muito antes (por volta do ano 1000), a medicina tradicional chinesa: extrair o pus das vesculas em estgio avanado de um doente e inocul-lo em jovens fortes e sadios. Normalmente, esses indivduos adquiriam formas brandas da doena e a seguir tornavam-se imunes a ela. CHEGA A VACINA AO BRASILEm 1804, o marqus de Barbacena trouxe a vacina para o Brasil, transportando-a pelo Atlntico, por meio de seus escravos, que iam passando a infeco vacinal um para o outro, brao a brao, durante a viagem.

O QUE A VACINA?Suspenso de um organismo ou de fragmentos de organismos usada para induzir imunidade.Imunobiolgicos (ou vacinas): feitos com os prprios microrganismos sendo estes atenuados ou parcialmente utilizados. A pessoa no desenvolve a doena forma anticorpos contra ela

TIPOS DE VACINASVacinas atenuadas com o agente inteiro:Usam microrganismos vivos atenuados (enfraquecidos). A imunidade vitalcia frequentemente alcanada sem reforos e, no raro, com uma eficcia de 95%.Ex.: Sabin (poliomielite), sarampo, caxumba e rubola, febre amarela. Bacilo da tuberculose.Um dos perigos a reativao do vrusPor isso no so recomendadas para pessoas cujo sistema esteja comprometido

Vacinas inativadas com o agente inteiro:Usam micrbios mortos com formalina ou fenol.Ex.: raiva, gripe e poliomielite (Salk). Pneumonia pnemoccica e a clera.

Toxides: Toxinas inativadas, dirigidas contra as toxinas produzidas por um patgeno.Ex.: toxide do ttano e da difteria necessrio uma srie de injees para se obter imunidade completa, seguida de reforos a cada dez anos.

Vacinas de subunidades: usam somente fragmentos antignicos de um microrganismo que melhor estimulam uma resposta imunolgica.Vacinas recombinantes so produzidas por outros micrbios programados para produzir a frao antignica desejada. Ex.: vacina contra o vrus da hepatite B consiste de um fragmento da protena do envelope viral que produzida por uma levedura modificada geneticamente possvel tambm separar as fraes de uma clula bacteriana rompida, isolando as fraes antignicas desejadas. Ex.: novas vacinas acelulares contra coquelucheVacinas conjugadas: desenvolvidas recentemente par lidar com a resposta imunolgica reduzida de crianas a vacinas baseadas em polissacardeos capsulares. Os polissacardeos so conjugados com protenas como o toxide diftrico. Ex.: Hib.

Vacinas de cido nuclico: ou de DNA.Entre os mais novos e mais promissores tipos de vacinas. Este DNA codifica o antgeno, levando a imunidades humoral e celular fortes e duradouras

APRESENTAOVACINAS LQUIDASQuando devidamente conservadas, mantm sua potncia at a data de validade, independente do manuseio.VACINAS LIOFILIZADASDevem ser reconstitudas antes do uso. Vm acompanhados de seu respectivo diluente, no podendo ser trocado ou substitudo por outro. De um modo geral, no possuem adjuvantes.Maior estabilidade ao produto. Microrganismos bacterianos vivos ou virais atenuados

ComposioAlm do agente imunizante, pode conter:a) lquido de suspenso: gua destilada ou soluo salina fisiolgica. Protenas e outros componentes originrios dos meios de cultura ou das clulas utilizadas no processo de produo das vacinas;b) conservantes, estabilizadores e antibiticos: antibiticas ou germicidas para evitar o crescimento de contaminantes (bactrias e fungos); estabilizadores (nutrientes) em vacinas constitudas por agentes infecciosos vivos atenuados. Reaes alrgicas podem ocorrer devido desses componentes;c) adjuvantes: compostos contendo alumnio aumentam o poder imunognico de algumas vacinas (toxide tetnico e toxide diftrico, por exemplo).OrigemLaboratrios nacionais e estrangeirosOrganizao Mundial da Sade (OMS)Existem particularidades no processo de produo de cada laboratrio - os conservantes, estabilizadores e adjuvantes utilizados. Diferenas em seu aspecto (presena de floculao) ou de colorao (a vacina contra o sarampo, por exemplo, apresenta-se, s vezes, depois da reconstituio, com tonalidades que variam do rseo ao amarelado).Principais produtores oficiais de vacinas e soros so:Bio-Manguinhos / FIOCRUZ-RJ: febre amarela, DTP + Hib, Hib, VTV (trplice viral), Poliomielite;Fundao Ataulpho de Paiva / FAP-RJ: BCG-ID;Fundao Ezequiel Dias / FUNED-MG: Soros anti-ofdicos e anti-txicos;Instituto de Tecnologia do Paran / TECPAR-PR: Anti-rbica uso animal;Instituto Vital Brazil / IVB-RJ: Soros anti-ofdicos, anti-rbico e anti-txicos;Instituto Butantan - SP: Hepatite B, Influenza, Raiva em cultivo celular, Dupla adulto, DTP, Soros anti-ofdicos, anti-txicos e anti-rbico;Centro de Produo e Pesquisa de Imunobiolgicos do Paran / CPPI-PR: Soros loxosclico (aranha marrom) e botrpico (cobra jararaca).

ConservaoArmazenadas e transportadas de acordo com as normas de manuteno da rede de frio (Manual de Rede de Frio, do Ministrio da Sade), as quais devero ser seguidas rigorosamente.

Nenhuma das vacinas deve ser exposta luz solar direta.

armazenamento, conservao, distribuio, transporte e manipulao em condies adequadas de temperatura. Qualquer falha neste processo pode comprometer a qualidade do produto oferecido.

Temperatura: -20 C ou +2 a +8 CTERMOESTABILIDADE DOS IMUNOBIOLGICOSA termoestabilidade dos imunobiolgicos varia de acordo com as caractersticas de cada produto.

Vacinas inativadas: tolerncia elevao de temperatura.

Vacinas vivas: sensveis elevao de temperatura.

Vias de administraoPara cada agente imunizante h uma via de administrao recomendada.Ex.: a vacina contra hepatite B deve ser aplicada por via intramuscular, no vasto lateral da coxa ou deltide, no se devendo utilizar a regio gltea, pela possibilidade de aplicao em tecido gorduroso e assim obter-se menor proteo contra a doena. As vacinas que contm adjuvantes, como a trplice DTP, se forem aplicadas por via subcutnea podem provocar abscessos. O mesmo pode acontecer se a vacina BCG for aplicada por via subcutnea, em vez de intradrmica. As vacinas contra febre amarela, trplice viral contra sarampo, caxumba e rubola, monovalente contra sarampo, por exemplo, devem ser aplicadas por via subcutnea.APLICAO DE VACINASVIA ORAL

A soluo introduzida na cavidade oral e utilizada para substncias que so absorvidas no trato gastrintestinal. Indicao: Vacina oral antipoliomielite (Sabin) Rotavrus

VIA INTRADRMICA

A soluo introduzida na camada superficial da pele e a absoro mais lenta. Indicao: Vacina BCG na insero do msculo deltide direito.

VIA SUBCUTNEA

Tambm tem lenta absoro, pois se trata de um tecido menos irrigado geralmente indicada para vacinas de vrus atenuado.

Indicao: Vacinas anti-sarampo, caxumba, rubolaFebre amarela

VIA INTRAMUSCULAR

Utilizada para administrao de solues irritantes com volume mximo de 5mL em adultos; em crianas, 0,5 a 1mL, no deltide considerado seguro. Tem rpida absoro, porque uma regio bastante vascularizada.

Indicao:Trplice bacteriana (DTP) Dupla bacteriana adulto ou infantil (dT ou DT)Haemophilus influenzae tipo B, (Hib),Hepatite BRaiva

O posicionamento do paciente de modo que relaxe o msculo mostrou ser capaz de diminuir a dor e o desconforto da injeo.

Associao de vacinasA administrao de vrios agentes imunizantes num mesmo atendimento conduta indicada e econmica - facilita a efetivao do esquema, permite um reduzido nmero de contatos da pessoa com o servio de sade, vacinar contra o maior nmero possvel de doenas.Vacinao combinada - dois ou mais agentes so administrados numa mesma preparao (trplice DTP, Vacinao associada - misturam-se as vacinas no momento da aplicaoVacinao simultnea - duas ou mais vacinas so administradas em diferentes locais ou por diferentes vias num mesmo atendimentoEm relao s vacinas includas no PNI, as aplicaes simultneas possveis no aumentam a freqncia e a gravidade dos efeitos adversos e no reduzem o poder imunognico que cada componente possui quando administrado isoladamenteFIM...