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Primeiro Reinado e Regência O Brasil pós-Independência e o processo de consolidação do Estado O Primeiro Reinado (1822-1831) Latifúndio Mão de obra escrava Voltado para o mercado externo A independência atendeu a interesses: - Da aristocracia rural - Dos ricos comerciantes (portugueses e brasileiros) - Das camadas médias urbanas e intelectualizadas

Aula 8 - História do Brasil - Prof. Fezão

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Primeiro Reinado e RegênciaO Brasil pós-Independência e o processo de consolidação do Estado

O Primeiro Reinado (1822-1831)LatifúndioMão de obra escravaVoltado para o mercado externo

A independência atendeu a interesses:- Da aristocracia rural- Dos ricos comerciantes (portugueses e brasileiros)- Das camadas médias urbanas e intelectualizadas

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Partido Brasileiro (duas alas)

Conservadores:Defendiam o regime monárquico centralizado

Liberais:Defendiam um regime democráticoRestrições ao poder do Imperador

Partido Português

Defendia o regime monárquico centralizado

Algumas províncias eram contra a independência:Maranhão, Bahia, Piauí e Pará declaram guerra ao governo imperial

Cisplatina tenta romper com o domínio luso

Reação opressora e violenta de D. Pedro I

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Consolidação da IndependênciaReconhecimento internacionalSofriam com os impedimentos do Congresso de Viena e da Santa Aliança

Reconhecimento dos EUA em 1824Doutrina Monroe: “A América para os americanos”Abertura do mercado continental

Reconhecimento de Portugal em 1825Pressão da Inglaterra: o Brasil era um importante mercadoPortugal exige uma indenização de £2 milhõesO Brasil herda uma dívida com a Inglaterra

Reconhecimento da Inglaterra em 1825Renovação dos tratados de 1810

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Constituição de 1824Maio de 1823: Assembleia Nacional Constituinte

→ Sem representação popular

Partido Brasileiro (conservadores e liberais)e Partido PortuguêsRacha: Conservadores + P.P. x LiberaisLiberais conquistavam apoioD. Pedro I manda fechar a ConstituinteConvoca um Conselho de Estado

Outorgada a Constituição em janeiro de 1824Executivo: imperador e ministrosLegislativo: Câmara dos Deputados e Senado VitalícioJudiciário: Supremo Tribunal de JustiçaModerador: imperadorVoto censitárioProvíncias dirigidas por presidentesReligião oficial do Brasil: catolicismo

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Crise Política

Confederação do Equador – Pernambuco, 1824Setores agrícolas em criseDesempregoRombo financeiroDescontentamento com a centralização

Constituição é a gota d'água

Revolucionários republicanosLíderes: Frei Caneca e Cipriano BarataFormam uma junta governativaMovimento é debeladoFrei Caneca é fuzilado

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Guerra da Cisplatina – atual Uruguai, 1825Após sucessivas derrotas, o Brasil reconhece a independência em 1828

Fechamento do Banco do Brasil, 1828

Questão sucessória de Portugal

Oposição da ImprensaLíbero Badaró, O Observador ConstitucionalAssassinado em 1830

Noite das Garrafadas – Rio de Janeiro, 1831D. Pedro I demite seu ministérioConvoca o Ministério dos Marqueses

7 de abril de 1831D. Pedro abdica ao trono

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Período RegencialPedro de Alcântara, 5 aninhosSó poderia assumir com 21

Vácuo de poder

Reorganização política:Liberais moderados (chimangos)Restauradores (caramurus)Liberais exaltados (jurujubas ou farroupilhas)

O Avanço Liberal (1831 - 1837)

Regência Trina Provisória (de abril a junho de 1831)Recompôs o Ministério dos BrasileirosTransferiu atribuições dos regentes ao poder legislativo

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Regência Trina Permanente (1831 – 1835)Costa Carvalho: moderadoBráulio Muniz, exaltadoFrancisco de Lima e Silva, restauradorPadre Antônio Diogo Feijó, ministro da Justiça

Funções:Manutenção da ordemRespeito à constituição

Guarda NacionalInstrumento de repressão local

Código do Processo Criminal Juízes de Paz: responsáveis pela Justiça local

Descentralização: liberalPoder elitista: conservador

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Tensão política: renúncia de Feijó, em 1832

Ato Adicional de 1834Objetivo: minimizar a crise política

- Substituição dos Conselhos de Províncias por Assembleias Legislativas

- Criação de uma Regência Una Temporária (4 anos)Representante escolhido por voto direto

- Suspensão temporária do poder moderador

- Rio de Janeiro, sede da monarquia, se torna Município Neutro

Primeira eleição: Diogo Feijó (1835-1837)As disputas políticas voltam a se acentuarCisão do grupo dos moderados em progressistas e regressistas

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O Regresso Conservador (1837 – 1840)

Feijó: imagem desgastada pelos fracassos na repressão de rebeliõesEm 1837, renuncia ao cargoPedro de Araújo Lima, presidente da Câmara, assume provisoriamente

→ Logo é eleito regente

Regência Una de Araújo Lima (1837 – 1840)Grupo regressistaCentralização do poderReafirmação da autoridade do EstadoPacto com as elites

Lei Interpretativa do Ato Adicional (1840)Limitação do poder das Assembleias ProvinciaisControle das forças policias e judiciais

Efeito contrárioRebeliões ganham forçaParticipação dos liberais exaltados

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Clube da Maioridade (1840)Formado pelos liberais da oposiçãoDefendiam a antecipação da maioridade do príncipe

Golpe da MaioridadeDerrocada dos conservadores no poderAscensão dos liberais

Pedro de Alcântara, com 14 anos, assume o posto de imperadorNomeado D. Pedro II

Pedrico ainda enfrentará momentos difíceis nos próximos 10 anos...

Disputa política permanece entre as elitesAlgumas rebeliões continuam

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Rebeliões Regenciais

Revolta dos Malês (Bahia, 1835)Malês: escravos muçulmanosContra os maus-tratos e o preconceitoComeça na madrugada de 25 de janeiro de 1835É sufocado poucas horas depoisMovimento popular → preocupa as elites

Cabanagem (Pará, 1835 – 1840)Cabanos: moradores pobres da província do ParáContra as autoridades locais, os portugueses e o governo centralFuzilam o presidente Lobo e Souza

→ Nomeiam Clemente Malcher- Não atende ao povo e é executado

Assume Francisco Vinagre, escolhido pelos cabanos→ Transfere o poder para Manuel Jorge Rodrigues

Em 1835, revoltosos proclamam a República ParaenseLutaram por 5 anos, até serem totalmente dizimados

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Farroupilha (Rio Grande do Sul e Santa Catarina, 1835-1845)Estancieiros: criadores de gadoContra o aumento de impostos no charqueContra a nomeação de Fernandes Braga à presidência da provínciaAs tropas de Bento Gonçalves tomam a capitalFundam a República de Piratini, 1836O movimento se espalha para SC (República Juliana, 1839)Barão de Caxias conduziu a pacificação da província

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Sabinada (Bahia, 1837-1838)Liderada por Francisco Sabino da Rocha VieiraEm recusa à convocação do governo para combater os farraposCriam a República BahienseDerrotados pelas tropas oficiais

Balaiada (Maranhão, 1838-1841)Crise política e econômica assolava o MaranhãoManuel Francisco dos Anjos, o BalaioRaimundo Gomes e Cosme Bento das Chagas (ex-escravos)Disputas provinciais entre as elitesA instabilidade abre espaço para rebeldes Desorganizados, foram reprimidos com violência