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5/11/2018 Aula 9 feridas oncologicas - slidepdf.com
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Por Sérgio Porto.
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Introdução
No Brasil: As mortes por câncer passaram a ser computadas a
partir de 1930, quando compreendiam apenas 2,7% dasmortes registradas.
A partir de 1988, passaram a ser a 2ª causa mortis eassim se mantém até hoje (Rouquayrol e Almeida
Filho, 2003); As vezes passam a ser a 3ª causa mortis, perdendo para
as causas externas.
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OS TUMORES E A PELE...
O portador desta doença estará fadado a quebra de suaintegridade cutânea na dependência da evolução dopróprio tumor que pode acometer a pele.
Tumoração primária ou secundária, processo deoncogenese causando proliferação celular (originadadas metástases);
Os próprios tratamentos que visam a cura(quimioterapia, radioterapia) e as grandesintervenções cirúrgicas e diagnósticas (biopsias).
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FERIDAS NEOPLASICAS
Ferida presente na derme decorrente da quebra daintegridade pela proliferação de células tumoraismalignas.
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TIPOS As feridas neoplásicas variam em tamanho e aspecto,recebendo denominações de acordo com seu aspecto:
Malignas cutâneas; Fungosas malignas (semelhantes à couve-flor); Ulcerativas malignas (ulcerada com formação de crateras
rasas); Fungosas malignas ulceradas (união do aspecto vegetativo e
partes ulceradas);
Neoplásicas vegetantes.(Wood, 1980; Zimmerman, 1986: Dealey, 1996; Walding,
1997; Haisfield-Wolfe e Baxendale-Cox, 1999).
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Estadiamento das feridasEstádio 1 Pele íntegra. Tecido de coloração avermelhada e / ou violácea. Nódulo visível e delimitado. Encontra-se em
estado assintomático.
Estádio 1N Ferida fechada ou com abertura superficial por orifícios de drenagem de secreção límpida, amarelada ou de
aspecto purulento. Tecido avermelhado ou violáceo, lesão seca ou úmida. Pode haver dor e prurido. Não apresenta odor econfigura-se sem tuneilizações e/ou formação de crateras.
Estádio 2 Ferida aberta, envolvendo derme e epiderme. Ulcerações superficiais podendo apresentar-se friáveis, sensíveis
à manipulação, com secreção ausente (lesões secas) ou em pouca quantidade (lesões úmidas). Intenso processo
inflamatório ao redor, em que o tecido exibe coloração vermelha e/ou violácea e o leito da ferida configura-se
com áreas secas e úmidas. Pode haver dor e odor. Não formam tuneilizações, pois não ultrapassam o tecidosubcutâneo.
Estádio 3 Feridas que envolvem derme, epiderme e subcutâneo. Tem profundidade regular, mas com saliências e formação
irregular. São friáveis, com áreas de ulcerações e tecido necrótico liquefeito ou sólido e aderido. Fétidas, secretivas, já comaspecto vegetativo, mas que não ultrapassam o subcutâneo. Podem apresentar lesões satélites em risco de rupturaiminente. Tecido de coloração avermelhada, violácea. O leito da lesão é predominantemente de coloração amarelada.
Estádio 4 Feridas invadindo profundas estruturas anatômicas. Têm profundidade expressiva, por vezes não se visualiza seuslimites. Têm secreção abundante, odor fétido e dor. Tecido ao redor exibe coloração avermelhada, violácea. O leito da lesãoé predominantemente de coloração amarelada
Fonte: Revista Brasileira de Cancerologia, 2005.
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FORMAÇÃO DA LESÃO O tumor cresce de forma dinâmica e aleatória em torno da área de
implante das células malignas, configurando infiltração ecompressão de todas as estruturas ao redor, o que proporciona aconfiguração disforme característica destas feridas.
Ocorrera bloqueio da circulação sanguínea, embolismo erompimento dos capilares e vasos sanguíneos, com consequenteisquemia local, que progride para necrose tecidual.
Tem-se então a formação, no sítio da lesão, de verdadeirosagregados de massa tumoral necrótica, onde ocorrerácontaminação por microrganismos aeróbicos e anaerobios
Como produto do metabolismo final desses microrganismossãoserão liberados os ácidos graxos voláteis, como o ácido acético,capróico, entre outros, responsáveis pelo odor fétido das feridastumorais (em geral ofensivo e insuportável),
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Detalhes das lesões
Sangramentos, decorrente do processo deneovascularização (angio e vasculogenese) e invasãotumoral nas estruturas dos vasos sanguíneosadjacentes rompendo-os;
Dor decorrente do processo inflamatório peri-lesionale invasão do tumor nas terminações nervosas; prurido(liberação de histamina) e secreção;
O exsudato abundante é gerado pela liquefação dotecido necrótico, resultante da ativação das proteasespelas bactériasque colonizam a lesão.
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Detalhes
A estimativa é que 5-10% das pessoas com metástasedo câncer desenvolvem feridas;
Tendem a ocorrer em pacientes mais velhos (Ivetic & Line,
1990);
A área do seio é o local onde mais se desenvolvem,seguindo-se da área do pescoço, virilha, genitais e costas
(Thomas, 1992. In: Haisfield-Wolfe & Rund, 1997);
Ocorrem geralmente durante os últimos seis meses de vida(Haisfield-Wolfe & Rund, 1997).
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Incidências das feridas tumorais malignas cutâneas
Fonte: Dados de Schwartz , Brownstein e Helwig apud Manning, (1998).
Tipo de Câncer
Primário
Incidência Localização e apresentação da metástase
cutânea
Pulmão Mais comum em homens
(24%)
Parede torácica, dorso posterior, ou
abdomen; localizado, aglomerados de
nódulos cutâneos doloridos ( a )
Mama 69% Parede torácica anterior; placas, nódulos,
ou telangiectasia inflamatória
Colorretal Homens (19%)
Mulheres (9%)
Região abdominal ou perineal
Ovário 4% Umbigo, vulva, ou parte superior da coxa,
semelhante à erisipela
Cérvix 2% Parede abdominal, vulva, ou parede
torácica anterior; placas, nódulos, ou
telangiectasia inflamatória.
Melanoma Mulher (51%)
Homens (13%)
Ondulação pigmentada ou nodularites
subcutâneos
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O papel do enfermeiro frente às
feridas tumorais
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Avaliação Apresentação; Localização; Tamanho;
Coloração; Exsudato; Odor; Tuneis;
Fistulas; Dor; Prurido.
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Planejamento e registro Paliação;
Qualidade de vida.
Claro;
Preciso;
Detalhado.
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Revisão
É fundamental para avaliar se a conduta deve sermantida ou alterada, neste momento são esclarecidasdúvidas que possam ter surgido, particularmente nodomicílio. Se necessário reforçar as informações eexecução das técnicas do procedimento.
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Bases para o bom tratamento!!!Controle docrescimento tumoral Considerar Radioterapia (RXT), cirurgia,
Quimioterapia (QT), baixa potência de terapiaalaser, terapia hormonal.
Controle do mau odor Usar curativos oclusivos e com carvão. Considerar ouso de antibioticoterapia. Promover ventilação daunidade com aromas agradáveis. Considerar o uso dearomaterapia.
Controle de dor Rever analgesia, considerar necessidade de co-analgésicos.
Controle do exsudato Usar curativos altamente absorventes. Ocluir a feridase possível. Considerar o uso de bolsas (colostomia)para conter a drenagem da ferida. Considerar o uso deRXT.
Controle de sangramento Considerar RXT. Considerar o uso de adrenalina. Usarcurativos hemostáticos. Considerar o uso desulfadiazina. Há infiltração tumoral em um vasosanguíneo? Se houver, considerar as necessidades dosfamiliares e do paciente em potencial.
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Os efeitos dos curativos Sabe-se que as feridas tumorais só cicatrizam
mediante tratamento antitumoral, portanto oscurativos são realizados para aumentar o conforto dopaciente e evitar complicações, como grandeshemorragias, infecções e infestações por larvas.
A capacitação da equipe e o treinamento dos pacientese cuidadores tem uma importância valorosa nestecontexto, e as intervenções devem sempre objetivar amelhora da qualidade de vida do cliente.
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bibliografia