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Aula de hoje 1 Teorema da função inversa; 2 Demonstração do teorema: Pontos fixos de contrações; (UFPR) 2017 - Curitiba 1 / 16

Aula de hoje - docs.ufpr.brfernando.avila/sem1-2018/ema706/Aula - invers… · Objetivo da aula Theorem Sejam E ˆRn um aberto e f : E !Rn uma função de classe C1 em E de modo que

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Aula de hoje

1 Teorema da função inversa;2 Demonstração do teorema:

Pontos fixos de contrações;

(UFPR) 2017 - Curitiba 1 / 16

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Motivação

TheoremSejam I ⊂ R um intervalo e f : I → R derivável tal que

f ′(x) 6= 0, ∀x ∈ I.

Nestas condições, valem as seguintes afirmações:

1 f : I → f (I) é uma bijeção;2 a função inversa f−1 : f (I)→ I é derivável;3 f é uma aplicação aberta em I (A ⊂ I aberto implica f (A) aberto.)

(UFPR) 2017 - Curitiba 2 / 16

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Motivação

TheoremSejam I ⊂ R um intervalo e f : I → R derivável tal que

f ′(x) 6= 0, ∀x ∈ I.

Nestas condições, valem as seguintes afirmações:

1 f : I → f (I) é uma bijeção;2 a função inversa f−1 : f (I)→ I é derivável;3 f é uma aplicação aberta em I (A ⊂ I aberto implica f (A) aberto.)

(UFPR) 2017 - Curitiba 2 / 16

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Objetivo da aula

Theorem

Sejam E ⊂ Rn um aberto e f : E → Rn uma função de classe C1 em E demodo que f ′(a) é invertível, para algum a ∈ E. Denotando b = f (a)obtêm-se:

1 Existem abertos U,V ⊂ Rn, com a ∈ U e b ∈ V, tais que f : U → V ébijetiva;

2 se g : V → U denota a inversa de f , definida por

g(f (x)) = x, ∀x ∈ U,

então g é de classe C1 em V.

(UFPR) 2017 - Curitiba 3 / 16

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Objetivo da aula

Theorem

Sejam E ⊂ Rn um aberto e f : E → Rn uma função de classe C1 em E demodo que f ′(a) é invertível, para algum a ∈ E. Denotando b = f (a)obtêm-se:

1 Existem abertos U,V ⊂ Rn, com a ∈ U e b ∈ V, tais que f : U → V ébijetiva;

2 se g : V → U denota a inversa de f , definida por

g(f (x)) = x, ∀x ∈ U,

então g é de classe C1 em V.

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Observações

1 A aplicação f : U → Rn é aberta;2 dgf (x) = df−1

x ;3 Se f : E ⊂ Rn → Rn é C1 e det(dfx) 6= 0, para cada x ∈ E, então f é uma

aplicação aberta.4 para x ∈ U e y ∈ V temos que os sistemas

yj = fj(x1, . . . , nn), j ∈ {1, . . . , n},

possuem única solução, supondo x próximo de a e y próximo deb = f (a).

(UFPR) 2017 - Curitiba 4 / 16

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Observações

1 A aplicação f : U → Rn é aberta;

2 dgf (x) = df−1x ;

3 Se f : E ⊂ Rn → Rn é C1 e det(dfx) 6= 0, para cada x ∈ E, então f é umaaplicação aberta.

4 para x ∈ U e y ∈ V temos que os sistemas

yj = fj(x1, . . . , nn), j ∈ {1, . . . , n},

possuem única solução, supondo x próximo de a e y próximo deb = f (a).

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Observações

1 A aplicação f : U → Rn é aberta;2 dgf (x) = df−1

x ;

3 Se f : E ⊂ Rn → Rn é C1 e det(dfx) 6= 0, para cada x ∈ E, então f é umaaplicação aberta.

4 para x ∈ U e y ∈ V temos que os sistemas

yj = fj(x1, . . . , nn), j ∈ {1, . . . , n},

possuem única solução, supondo x próximo de a e y próximo deb = f (a).

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Observações

1 A aplicação f : U → Rn é aberta;2 dgf (x) = df−1

x ;3 Se f : E ⊂ Rn → Rn é C1 e det(dfx) 6= 0, para cada x ∈ E, então f é uma

aplicação aberta.

4 para x ∈ U e y ∈ V temos que os sistemas

yj = fj(x1, . . . , nn), j ∈ {1, . . . , n},

possuem única solução, supondo x próximo de a e y próximo deb = f (a).

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Observações

1 A aplicação f : U → Rn é aberta;2 dgf (x) = df−1

x ;3 Se f : E ⊂ Rn → Rn é C1 e det(dfx) 6= 0, para cada x ∈ E, então f é uma

aplicação aberta.4 para x ∈ U e y ∈ V temos que os sistemas

yj = fj(x1, . . . , nn), j ∈ {1, . . . , n},

possuem única solução, supondo x próximo de a e y próximo deb = f (a).

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Observações

1 A aplicação f : U → Rn é aberta;2 dgf (x) = df−1

x ;3 Se f : E ⊂ Rn → Rn é C1 e det(dfx) 6= 0, para cada x ∈ E, então f é uma

aplicação aberta.4 para x ∈ U e y ∈ V temos que os sistemas

yj = fj(x1, . . . , nn), j ∈ {1, . . . , n},

possuem única solução, supondo x próximo de a e y próximo deb = f (a).

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Observações

1 A aplicação f : U → Rn é aberta;2 dgf (x) = df−1

x ;3 Se f : E ⊂ Rn → Rn é C1 e det(dfx) 6= 0, para cada x ∈ E, então f é uma

aplicação aberta.4 para x ∈ U e y ∈ V temos que os sistemas

yj = fj(x1, . . . , nn), j ∈ {1, . . . , n},

possuem única solução, supondo x próximo de a e y próximo deb = f (a).

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Ponto fixo de Banach

DefinitionSejam M um espaço métrico, p ∈ M um ponto e f : M → M uma função.Dizemos que:

1 p é um ponto fixo de f se f (p) = p;2 f é uma contração se existe 0 < c < 1 tal que

d(f (x), f (y)) 6 cd(x, y), ∀x, y ∈ M.

TheoremNum espaço métrico completo toda conttração possui um único ponto fixo.

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Ponto fixo de Banach

DefinitionSejam M um espaço métrico, p ∈ M um ponto e f : M → M uma função.Dizemos que:

1 p é um ponto fixo de f se f (p) = p;2 f é uma contração se existe 0 < c < 1 tal que

d(f (x), f (y)) 6 cd(x, y), ∀x, y ∈ M.

TheoremNum espaço métrico completo toda conttração possui um único ponto fixo.

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Ferramentas

Lemma (1)

Se F ⊂ Rn é um conjunto fechado e f : F → F é uma contração, então existe único x ∈ F talque f (x) = x.

Lemma (2)

Se E ⊂ Rn é um aberto convexo f : E → Rn é diferenciáve, com ‖f ′(x)‖ 6 M, então

‖f (x)− f (y)‖ 6 M‖x− y‖, ∀x, y ∈ E.

Lemma (3)

Considere Aut(Rn) ⊂ End(Rn) o conjunto das tranformações inversíveis.

1 Se A ∈ Aut(Rn) e B ∈ End(Rn), então

‖B− A‖ · ‖A−1‖ < 1 ⇒ B ∈ Aut(Rn)

2 Aut(Rn) ⊂ End(Rn) é aberto e A 7→ A−1 é contínua.

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Ferramentas

Lemma (1)

Se F ⊂ Rn é um conjunto fechado e f : F → F é uma contração, então existe único x ∈ F talque f (x) = x.

Lemma (2)

Se E ⊂ Rn é um aberto convexo f : E → Rn é diferenciáve, com ‖f ′(x)‖ 6 M, então

‖f (x)− f (y)‖ 6 M‖x− y‖, ∀x, y ∈ E.

Lemma (3)

Considere Aut(Rn) ⊂ End(Rn) o conjunto das tranformações inversíveis.

1 Se A ∈ Aut(Rn) e B ∈ End(Rn), então

‖B− A‖ · ‖A−1‖ < 1 ⇒ B ∈ Aut(Rn)

2 Aut(Rn) ⊂ End(Rn) é aberto e A 7→ A−1 é contínua.

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Ferramentas

Lemma (1)

Se F ⊂ Rn é um conjunto fechado e f : F → F é uma contração, então existe único x ∈ F talque f (x) = x.

Lemma (2)

Se E ⊂ Rn é um aberto convexo f : E → Rn é diferenciáve, com ‖f ′(x)‖ 6 M, então

‖f (x)− f (y)‖ 6 M‖x− y‖, ∀x, y ∈ E.

Lemma (3)

Considere Aut(Rn) ⊂ End(Rn) o conjunto das tranformações inversíveis.

1 Se A ∈ Aut(Rn) e B ∈ End(Rn), então

‖B− A‖ · ‖A−1‖ < 1 ⇒ B ∈ Aut(Rn)

2 Aut(Rn) ⊂ End(Rn) é aberto e A 7→ A−1 é contínua.

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Ferramentas

Lemma (1)

Se F ⊂ Rn é um conjunto fechado e f : F → F é uma contração, então existe único x ∈ F talque f (x) = x.

Lemma (2)

Se E ⊂ Rn é um aberto convexo f : E → Rn é diferenciáve, com ‖f ′(x)‖ 6 M, então

‖f (x)− f (y)‖ 6 M‖x− y‖, ∀x, y ∈ E.

Lemma (3)

Considere Aut(Rn) ⊂ End(Rn) o conjunto das tranformações inversíveis.

1 Se A ∈ Aut(Rn) e B ∈ End(Rn), então

‖B− A‖ · ‖A−1‖ < 1 ⇒ B ∈ Aut(Rn)

2 Aut(Rn) ⊂ End(Rn) é aberto e A 7→ A−1 é contínua.

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Demonstração do teorema

Primeiramente, defina A = f ′(a) ∈ Aut(Rn) e

0 < λ =1

2‖A−1‖.

Como f ′ é contínua, segue a existência de uma bola aberta U, centro ema, tal que

x ∈ U ⊂ E ⇒ ‖f ′(x)− f ′(a)‖ < λ.

Fixado y ∈ Rn, defina a função ϕy : E → Rn pondo

ϕy(x) = x + A−1(y− f (x)).

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Demonstração do teorema

Primeiramente, defina A = f ′(a) ∈ Aut(Rn) e

0 < λ =1

2‖A−1‖.

Como f ′ é contínua, segue a existência de uma bola aberta U, centro ema, tal que

x ∈ U ⊂ E ⇒ ‖f ′(x)− f ′(a)‖ < λ.

Fixado y ∈ Rn, defina a função ϕy : E → Rn pondo

ϕy(x) = x + A−1(y− f (x)).

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Demonstração do teorema

Primeiramente, defina A = f ′(a) ∈ Aut(Rn) e

0 < λ =1

2‖A−1‖.

Como f ′ é contínua, segue a existência de uma bola aberta U, centro ema, tal que

x ∈ U ⊂ E ⇒ ‖f ′(x)− f ′(a)‖ < λ.

Fixado y ∈ Rn, defina a função ϕy : E → Rn pondo

ϕy(x) = x + A−1(y− f (x)).

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Note que

ϕ′y(x) = I + A−1(f ′(x))

= A−1(A− f ′(x))

= A−1(f ′(a)− f ′(x)).

Temos que f é injetiva em U.

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Note que

ϕ′y(x) = I + A−1(f ′(x))

= A−1(A− f ′(x))

= A−1(f ′(a)− f ′(x)).

Temos que f é injetiva em U.

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Defina V = f (U). Mostraremos que V é um aberto.

Considere y0 ∈ V e x0 ∈ U tal que y0 = f (x0).

Escolha r > 0 tal que Bx0 = B(x0, r) ⊂ U e Bx0 ⊂ U.

Mostraremos que By0 = B(y0, rλ) ⊂ V.

Para tanto, considere y ∈ By0 :

‖ϕy(x0)− x0‖ < r/2;

se x ∈ Bx0 , então ‖ϕy(x)− x0‖ < r;

ϕy : Bx0 → Bx0 é uma contração;

V é aberto;

Assim, conclui-se o item (1).

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Defina V = f (U). Mostraremos que V é um aberto.

Considere y0 ∈ V e x0 ∈ U tal que y0 = f (x0).

Escolha r > 0 tal que Bx0 = B(x0, r) ⊂ U e Bx0 ⊂ U.

Mostraremos que By0 = B(y0, rλ) ⊂ V.

Para tanto, considere y ∈ By0 :

‖ϕy(x0)− x0‖ < r/2;

se x ∈ Bx0 , então ‖ϕy(x)− x0‖ < r;

ϕy : Bx0 → Bx0 é uma contração;

V é aberto;

Assim, conclui-se o item (1).

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Defina V = f (U). Mostraremos que V é um aberto.

Considere y0 ∈ V e x0 ∈ U tal que y0 = f (x0).

Escolha r > 0 tal que Bx0 = B(x0, r) ⊂ U e Bx0 ⊂ U.

Mostraremos que By0 = B(y0, rλ) ⊂ V.

Para tanto, considere y ∈ By0 :

‖ϕy(x0)− x0‖ < r/2;

se x ∈ Bx0 , então ‖ϕy(x)− x0‖ < r;

ϕy : Bx0 → Bx0 é uma contração;

V é aberto;

Assim, conclui-se o item (1).

(UFPR) 2017 - Curitiba 9 / 16

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Defina V = f (U). Mostraremos que V é um aberto.

Considere y0 ∈ V e x0 ∈ U tal que y0 = f (x0).

Escolha r > 0 tal que Bx0 = B(x0, r) ⊂ U e Bx0 ⊂ U.

Mostraremos que By0 = B(y0, rλ) ⊂ V.

Para tanto, considere y ∈ By0 :

‖ϕy(x0)− x0‖ < r/2;

se x ∈ Bx0 , então ‖ϕy(x)− x0‖ < r;

ϕy : Bx0 → Bx0 é uma contração;

V é aberto;

Assim, conclui-se o item (1).

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Defina V = f (U). Mostraremos que V é um aberto.

Considere y0 ∈ V e x0 ∈ U tal que y0 = f (x0).

Escolha r > 0 tal que Bx0 = B(x0, r) ⊂ U e Bx0 ⊂ U.

Mostraremos que By0 = B(y0, rλ) ⊂ V.

Para tanto, considere y ∈ By0 :

‖ϕy(x0)− x0‖ < r/2;

se x ∈ Bx0 , então ‖ϕy(x)− x0‖ < r;

ϕy : Bx0 → Bx0 é uma contração;

V é aberto;

Assim, conclui-se o item (1).

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Defina V = f (U). Mostraremos que V é um aberto.

Considere y0 ∈ V e x0 ∈ U tal que y0 = f (x0).

Escolha r > 0 tal que Bx0 = B(x0, r) ⊂ U e Bx0 ⊂ U.

Mostraremos que By0 = B(y0, rλ) ⊂ V.

Para tanto, considere y ∈ By0 :

‖ϕy(x0)− x0‖ < r/2;

se x ∈ Bx0 , então ‖ϕy(x)− x0‖ < r;

ϕy : Bx0 → Bx0 é uma contração;

V é aberto;

Assim, conclui-se o item (1).

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Defina V = f (U). Mostraremos que V é um aberto.

Considere y0 ∈ V e x0 ∈ U tal que y0 = f (x0).

Escolha r > 0 tal que Bx0 = B(x0, r) ⊂ U e Bx0 ⊂ U.

Mostraremos que By0 = B(y0, rλ) ⊂ V.

Para tanto, considere y ∈ By0 :

‖ϕy(x0)− x0‖ < r/2;

se x ∈ Bx0 , então ‖ϕy(x)− x0‖ < r;

ϕy : Bx0 → Bx0 é uma contração;

V é aberto;

Assim, conclui-se o item (1).

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Defina V = f (U). Mostraremos que V é um aberto.

Considere y0 ∈ V e x0 ∈ U tal que y0 = f (x0).

Escolha r > 0 tal que Bx0 = B(x0, r) ⊂ U e Bx0 ⊂ U.

Mostraremos que By0 = B(y0, rλ) ⊂ V.

Para tanto, considere y ∈ By0 :

‖ϕy(x0)− x0‖ < r/2;

se x ∈ Bx0 , então ‖ϕy(x)− x0‖ < r;

ϕy : Bx0 → Bx0 é uma contração;

V é aberto;

Assim, conclui-se o item (1).

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Para demonstrar a parte (2), considere

y, y + k ∈ V e x, x + h ∈ U,

de modo quey = f (x) e y + k = f (x + h).

Obtêm-se:ϕy(x + h)− ϕy(x) = h− A−1(k)

e ainda

‖h‖ 6 ‖k‖λ.

(UFPR) 2017 - Curitiba 10 / 16

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Para demonstrar a parte (2), considere

y, y + k ∈ V e x, x + h ∈ U,

de modo quey = f (x) e y + k = f (x + h).

Obtêm-se:ϕy(x + h)− ϕy(x) = h− A−1(k)

e ainda

‖h‖ 6 ‖k‖λ.

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Aplicação

Considere o polinômio de coeficientes reais

p0(x) = a0x3 − b0x2 + c0x− d0,

e suponha que existam trê raízes reais distintas.

Considere o polinômio de coeficientes reais

p(x) = ax3 − bx2 + cx− d.

Afirmação:

Nestas condições, se (a,−b, c,−d) está suficientemente próximo de(a0,−b0, c0,−d0), então p(x) possui três raízes reais distintas.

(UFPR) 2017 - Curitiba 11 / 16

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Aplicação

Considere o polinômio de coeficientes reais

p0(x) = a0x3 − b0x2 + c0x− d0,

e suponha que existam trê raízes reais distintas.

Considere o polinômio de coeficientes reais

p(x) = ax3 − bx2 + cx− d.

Afirmação:

Nestas condições, se (a,−b, c,−d) está suficientemente próximo de(a0,−b0, c0,−d0), então p(x) possui três raízes reais distintas.

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Aplicação

Considere o polinômio de coeficientes reais

p0(x) = a0x3 − b0x2 + c0x− d0,

e suponha que existam trê raízes reais distintas.

Considere o polinômio de coeficientes reais

p(x) = ax3 − bx2 + cx− d.

Afirmação:

Nestas condições, se (a,−b, c,−d) está suficientemente próximo de(a0,−b0, c0,−d0), então p(x) possui três raízes reais distintas.

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Aplicação

Considere o polinômio de coeficientes reais

p0(x) = a0x3 − b0x2 + c0x− d0,

e suponha que existam trê raízes reais distintas.

Considere o polinômio de coeficientes reais

p(x) = ax3 − bx2 + cx− d.

Afirmação:

Nestas condições, se (a,−b, c,−d) está suficientemente próximo de(a0,−b0, c0,−d0), então p(x) possui três raízes reais distintas.

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Considere x0, y0 e z0 as raízes de p0 e a função F : R3 → R3 definida por

F(x, y, z) = (x + y + z, xy + xz + yz, xyz)

Note que:

F(x0, y0, z0) =

(b0

a0,

c0

a0,

d0

a0

)

DF(x0, y0, z0) =

1 1 1y0 + z0 x0 + z0 x0 + y0

y0z0 z0x0 y0x0

det(DF(x0, y0, z0)) = (z0 − x0)(z0 − y0)(x0 − y0) 6= 0

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Considere x0, y0 e z0 as raízes de p0 e a função F : R3 → R3 definida por

F(x, y, z) = (x + y + z, xy + xz + yz, xyz)

Note que:

F(x0, y0, z0) =

(b0

a0,

c0

a0,

d0

a0

)

DF(x0, y0, z0) =

1 1 1y0 + z0 x0 + z0 x0 + y0

y0z0 z0x0 y0x0

det(DF(x0, y0, z0)) = (z0 − x0)(z0 − y0)(x0 − y0) 6= 0

(UFPR) 2017 - Curitiba 12 / 16

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Considere x0, y0 e z0 as raízes de p0 e a função F : R3 → R3 definida por

F(x, y, z) = (x + y + z, xy + xz + yz, xyz)

Note que:

F(x0, y0, z0) =

(b0

a0,

c0

a0,

d0

a0

)

DF(x0, y0, z0) =

1 1 1y0 + z0 x0 + z0 x0 + y0

y0z0 z0x0 y0x0

det(DF(x0, y0, z0)) = (z0 − x0)(z0 − y0)(x0 − y0) 6= 0

(UFPR) 2017 - Curitiba 12 / 16

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Considere x0, y0 e z0 as raízes de p0 e a função F : R3 → R3 definida por

F(x, y, z) = (x + y + z, xy + xz + yz, xyz)

Note que:

F(x0, y0, z0) =

(b0

a0,

c0

a0,

d0

a0

)

DF(x0, y0, z0) =

1 1 1y0 + z0 x0 + z0 x0 + y0

y0z0 z0x0 y0x0

det(DF(x0, y0, z0)) = (z0 − x0)(z0 − y0)(x0 − y0) 6= 0

(UFPR) 2017 - Curitiba 12 / 16

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Por fim, note que a aplicação

ϕ(a, b, c, d) =(

ba,

ca,

da

)é contínua em (a0, b0, c0, d0).

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Notação

Dados x = (x1, . . . , xn) ∈ Rn e y = (y1, . . . , yk) ∈ Rk escreveremos

(x, y) = (x1, . . . , xn, y1, . . . , yk) ∈ Rn+k.

Se A : Rn+k → Rk é linear, então pordemos escrever A = Ax + Ay, emque

Ax : Rn → Rk e Ay : Rk → Rk

(UFPR) 2017 - Curitiba 14 / 16

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Notação

Dados x = (x1, . . . , xn) ∈ Rn e y = (y1, . . . , yk) ∈ Rk escreveremos

(x, y) = (x1, . . . , xn, y1, . . . , yk) ∈ Rn+k.

Se A : Rn+k → Rk é linear, então pordemos escrever A = Ax + Ay, emque

Ax : Rn → Rk e Ay : Rk → Rk

(UFPR) 2017 - Curitiba 14 / 16

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Theorem (Função Implícita)

Sejam A ⊂ Rn+k um aberto, p = (x0, y0) ∈ A um ponto e f : A→ Rk uma função de classe C1

tal que f (x0, y0) = c e é invertível a matriz

[∂f∂y

(p)]

.=

∂f1

∂y1(p) . . .

∂f1

∂yk(p)

.... . .

...∂fk

∂yk(p) . . .

∂fk

∂yk(p)

Nestas condições, existem abertos U ⊂ Rn e V ⊂ Rk tais que:

1 p = (x0, y0) ∈ U × V ⊂ A;

2 para cada x ∈ U, existe único y = y(x) ∈ V satisfazendo

f (x, y(x)) = c,

com y de classe C1 em U.

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