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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SEGURANÇA DO TRABALHO Prof.Esp. Robson Albuquerque HIGIENE DO TRABALHO ITOP ABRIL - 2012

Aula Higiene Do Trabalho 06

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Page 1: Aula Higiene Do Trabalho 06

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM

SEGURANÇA DO TRABALHO

Prof.Esp. Robson Albuquerque

HIGIENE DO TRABALHO

ITOP

ABRIL - 2012

Page 2: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

Conceitos: Higiene Ocupacional ou industrial ou

do trabalho é uma técnica preventiva que atua na

exposição do trabalhador a um ambiente

agressivo com o objetivo de evitar doenças

profissionais;

Page 3: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

DEFINIÇÃO: “É a ciência e a arte dedicada a

prevenção, reconhecimento, avaliação e controle

dos riscos existentes ou originados dos locais de

trabalho, os quais podem prejudicar a saúde e o

bem estar das pessoas no trabalho, enquanto

considera os possíveis impactos sobre o meio

ambiente geral”

Page 4: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

OBJETIVOS: Eliminar ou reduzir os agentes agressivos

de natureza química, física ou biológica encontrados no

ambiente de trabalho, capazes de acarretar doenças

profissionais ou qualquer outro prejuízo a saúde do

trabalhador.

Consequências da exposição aos agentes agressivos:

Enfermidade profissional; fadiga; acidentes de trabalho;

envelhecimento e desgaste prematuro e insatisfação.

Page 5: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

A Higiene do Trabalho e encarada por muitos

como a área onde se unem e completam

mutuamente a Medicina do Trabalho e a

Segurança do Trabalho, que passam a atuar com

um único objetivo comum: prevenir os danos a

saúde do trabalhador, decorrentes das condições

do trabalho.

No que se refere a Higiene do Trabalho, em um

sentido amplo, devera o profissional de segurança,

estar apto a:

Page 6: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

• Reconhecer os riscos profissionais capazes de

ocasionar alterações na saúde do trabalhador,

ou afetar o seu conforto e eficiência;

• Avaliar a magnitude desses riscos, através da

experiência e treinamento, e com o auxilio de

técnicas de avaliação quantitativa;

• Prescrever medidas para elimina-los ou reduzi-

los a níveis aceitáveis.

Page 7: Aula Higiene Do Trabalho 06

FASES DA HIGIENE DO TRABALHO

Antecipação: São considerados os riscos

ambientais que poderão ocorrer nos ambientes de

trabalho, visando a introdução de sistemas de

controle durante as fases de projeto, instalação,

ampliação, modificação ou substituição de

equipamentos ou processos;

Page 8: Aula Higiene Do Trabalho 06

FASES DA HIGIENE DO TRABALHO

Reconhecimento: Identificar os riscos ambientais

que podem influenciar a saúde dos trabalhadores.

Nesta fase torna-se necessário um estudo sobre

matérias primas, produtos e subprodutos, métodos

e procedimentos de rotina, processos produtivos,

instalações e equipamentos existentes. É a

primeira avaliação qualitativa do ambiente de

trabalho;

Page 9: Aula Higiene Do Trabalho 06

FASES DA HIGIENE DO TRABALHO

Avaliação: É a fase da avaliação quantitativa dos riscos ambientais através de medições de curto ou longo prazo nos ambientes de trabalho e comparação com os limites de tolerância. As avaliações devem ser realizadas após a elaboração de estratégias de amostragem que devem estar de acordo com as técnicas de avaliação e análise selecionadas.

Page 10: Aula Higiene Do Trabalho 06

FASES DA HIGIENE DO TRABALHO

Controle: O controle deve ser dimensionado

levando-se em consideração os recursos técnicos

e financeiros, sendo preferencialmente

recomendados os controles de engenharia. Esta é

a fase mais importante, devendo ser iniciada,

sempre que possível, durante as fases de

antecipação e reconhecimento.

Page 11: Aula Higiene Do Trabalho 06

FASES DA HIGIENE DO TRABALHO

• ANTECIPAÇÃO

(Fase de prevenção de riscos)

• RECONHECIMENTO

(Identificação dos riscos)

• AVALIAÇÃO

(Constatação da presença do agente com quantificação)

• COMPARAÇÃO COM O LIMITE DE TOLERÂNCIA

• CONTROLE

(Medidas a serem adotadas após a comparação)

Page 12: Aula Higiene Do Trabalho 06

A HIGIENE DO TRABALHO SE RELACIONA DIRETA

OU INDIRETAMENTE COM DIVERSOS RAMOS

PROFISSIONAIS:

Page 13: Aula Higiene Do Trabalho 06

a) Direito – A Higiene do Trabalho fornece subsídios

técnicos para solução de conflitos trabalhistas envolvendo

insalubridade. No campo do direito previdenciário e civil, os

dados de avaliação de exposição a riscos ambientais

auxiliam na concessão de aposentadoria especial e

Indenizada ou por incapacidade e/ou doenças do trabalho.

b) Engenharia – A Engenharia esta presente em todas as

etapas de um programa de higiene do trabalho. Desse

modo, esta ciência e essencial no reconhecimento,

avaliação e controle dos riscos ambientais.

Page 14: Aula Higiene Do Trabalho 06

c) Ergonomia – A Higiene do Trabalho não visa apenas a

detecção de atividades e/ou operações insalubres, mas

também a melhoria do conforto e qualidade de vida do

trabalhador no seu ambiente de trabalho.

d) Saneamento e Meio Ambiente – A importância da

higiene do trabalho, ou seja, da avaliação e controle de

riscos ocupacionais ultrapassa os limites do ambiente de

trabalho; não só este e parte do meio ambiente em geral

mas, através da prevenção adequada dos riscos

ocupacionais, o impacto negativo da industrialização no

meio ambiente pode ser apreciavelmente reduzido.

Page 15: Aula Higiene Do Trabalho 06

e) Psicologia e Sociologia – A psicologia e sociologia

tratam de harmonizar as relações entre o processo

produtivo, o ambiente de trabalho e o homem. A higiene

do trabalho, através de suas etapas, fornece dados

essenciais para melhor interpretação do universo do

trabalho.

f) Medicina do Trabalho – O controle biológico, por meio

de exames médicos, e um dos parâmetros utilizados para

verificar a eficiência e subsidiar um programa de controle

de riscos ambientais.

Page 16: Aula Higiene Do Trabalho 06

g) Toxicologia – A toxicologia fornece dados técnicos

sobre os contaminantes ambientais, facilitando o

reconhecimento dos riscos ambientais nos locais de

trabalho. Pode-se então firmar que a toxicologia, na

maioria das vezes, antecede as etapas clássicas de um

programa de higiene do trabalho.

h) Segurança do Trabalho – A higiene do trabalho,

mediante analise dos agentes agressivos nos postos de

trabalho, muitas vezes previne também riscos

operacionais capazes de gerar acidente do trabalho.

Page 17: Aula Higiene Do Trabalho 06

Assim, a higiene do trabalho, por se tratar de uma

ciência que tem como objetivo principal a relação

entre o homem e o meio ambiente de trabalho,

necessita para o bom desenvolvimento e pratica

de ações multidisciplinares de educação dos

trabalhadores, no sentido de prevenir riscos

ambientais, obtendo-se melhor organização do

trabalho.

Page 18: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

Riscos Ambientais: é a definição genérica da exposição

do trabalhador a agentes físicos, químicos, biológicos

capazes de provocar algum dano a saúde.

Quanto a classificação da magnitude do risco

ambiental: Agentes Químicos /Físicos /Biológicos:

Natureza; Concentração / intensidade e Tempo de

exposição.

Risco Potencial:

Círculo Vicioso: Saudável > Exposição > Doença >

Tratamento > Saudável.

Page 19: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

INTEGRAÇÃO: Engenharia de Segurança do Trabalho > Medicina do Trabalho;

• A interface, dentre outras, permitirá:

1) Detecção de hipersuscetíveis;

2) Mapeamento de populações críticas;

3) Evidências de sinergismos entre agentes ambientais;

4) Procedimentos de restrição de exposição;

5) Educação e treinamento;

6) Ações técnico-legais conjuntas;

Page 20: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

7) Limitação e definição de áreas críticas;

8) Análises da correlação exposição X danos à

saúde;

9) Validação de medidas de controle;

10) Aconselhamento médico na fase pré-

admissional, periódico ou de transferência de

acordo com a situação ambiental / pessoal.

Page 21: Aula Higiene Do Trabalho 06

CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS

RISCOS AMBIENTAIS

O ideal seria a ausência dos riscos no ambiente de

trabalho, porem, com o advento da tecnologia, novas

substancias e materiais são constantemente criados,

sendo necessárias maquinas mais potentes e processos

produtivos cada vez mais complexos.

O termo “Risco Ocupacional” possui varias formas de

classificação e interpretação no campo da segurança do

trabalho. O que se pode concluir de imediato é que os

riscos ocupacionais podem provocar efeitos adversos a

saúde e a integridade física do trabalhador.

Page 22: Aula Higiene Do Trabalho 06

CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS

RISCOS AMBIENTAIS

Podemos apresentar os Riscos Ocupacionais da seguinte forma:

a) Riscos Operacionais ou Mecânicos: são as condições adversas no ambiente de trabalho, apresentadas por aspectos administrativos ou operacionais, que aumentam a probabilidade de ocorrer um acidente. Estes riscos se originam das atividades mecânicas, que envolvem maquinas e equipamentos, responsáveis pelo surgimento das lesões nos trabalhadores quando da ocorrência dos acidentes do trabalho. Como exemplo podemos citar: maquinas e equipamentos sem proteção, ferramentas defeituosas, ferramentas inadequadas ou ainda a ausência de procedimento de permissão para trabalho perigoso ou treinamento.

Page 23: Aula Higiene Do Trabalho 06

CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS

RISCOS AMBIENTAIS

b) Riscos Comportamentais: envolvem os aspectos

individuais do trabalhador, motivados por um despreparo

técnico, desequilíbrio psíquico ou de saúde. Estes aspectos

são fatores limitantes para o trabalhador no exercício de uma

tarefa, independente da qualidade e da frequência do

treinamento.

c) Riscos Ambientais: estão definidos pela Norma

Regulamentadora NR-9 – PPRA - Programa de Prevenção de

Riscos Ambientais e NR-15 Atividades e Operações

Insalubres, como sendo os agentes potenciadores de

atividades e operações insalubres, são eles: agentes físicos,

agentes químicos e agentes biológicos.

Page 24: Aula Higiene Do Trabalho 06

CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DOS

RISCOS AMBIENTAIS

d) Riscos Ergonômicos: estão definidos pela Norma

Regulamentadora NR -17 – Ergonomia, como agentes

decorrentes das condições de trabalho, envolvendo

fatores biomecânicos (postura, esforço e movimento),

exigências psicofísicas do trabalho (esforço visual,

atenção e raciocínio), deficiência do processo (ritmo de

produção, trabalho monótono e repetitivo, trabalho

noturno ou em turno) ou, ate mesmo, condições

ambientais como ventilação, iluminação e ruído, que

podem acarretar grande desconforto ou estresse

ocupacional.

Page 25: Aula Higiene Do Trabalho 06

AVALIAÇÕES AMBIENTAIS

ASPECTOS TÉC. E LEGAIS DE INSALUBRIDADE

O trabalho insalubre e aquele que pode causar efeitos adversos

a saúde devido a exposição habitual e permanente aos agentes

de risco considerados insalubres pela legislação.

A Constituição garante tanto ao trabalhador urbano, como ao

rural, condições mínimas de segurança que possam assegurar

sua integridade física e mental. O exercício do trabalho

insalubre penaliza o empregador a pagar o adicional de

insalubridade. O pagamento do adicional não exime o

empregador de suas responsabilidades na adoção das medidas

preventivas, nem tão pouco, o livra de ações cíveis e criminais.

Page 26: Aula Higiene Do Trabalho 06

CARACTERIZAÇÃO DA INSALUBRIDADE

A proteção contra os riscos do trabalho constitui

um aspecto importante apresentado no Capitulo V

da Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT. O

texto legal, além de determinar a eliminação ou

redução do risco, prevê pausas e ate mesmo a

redução da jornada de trabalho ou do tempo de

exposição a alguns riscos ambientais.

Page 27: Aula Higiene Do Trabalho 06

CARACTERIZAÇÃO DA INSALUBRIDADE

• O Art. 189 da CLT apresentado com a redação dada

pela Lei 6.514/77, define o principio da atividade

insalubre como:

Art. 189. Serão consideradas atividades ou

operações insalubres, aquelas que, por sua

natureza, condições ou métodos de trabalho,

exponham os empregados a agentes nocivos a

sua saúde, acima dos limites de tolerância fixados

em razão da natureza e intensidade do agente e

do tempo de exposição aos seus efeitos.

Page 28: Aula Higiene Do Trabalho 06

CARACTERIZAÇÃO DA INSALUBRIDADE

A caracterização das atividades e operações insalubres

tem sua regulamentação definida pela Portaria 3.214/78

do Ministério do Trabalho em sua Norma

Regulamentadora NR-15.

A palavra insalubre, de origem latina, significa doentio ou

tudo que pode gerar doença.

Os agentes nocivos a saúde são definidos pela NR-9 –

PPRA, que considera riscos ambientais os agentes

físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes

de trabalho que, em função de sua natureza,

concentração ou intensidade e tempo de exposição, são

capazes de causar danos a saúde do trabalhador.

Page 29: Aula Higiene Do Trabalho 06

CARACTERIZAÇÃO DA INSALUBRIDADE

Embora a legislação defina insalubridade em

função dos limites de tolerância fixados em razão

da natureza, da intensidade e do tempo de

exposição, a NR-15, estabelece os critérios

quantitativo e qualitativo para caracterizar as

condições de insalubridade nos ambientes de

trabalho:

Page 30: Aula Higiene Do Trabalho 06

CARACTERIZAÇÃO DA INSALUBRIDADE

• Critério quantitativo – é aquele em que a intensidade

(concentração) do agente nocivo e superior aos limites

de tolerância;

• Critério qualitativo – é aquele em que o agente

nocivo não tem limite de tolerância estabelecido e a

insalubridade e caracterizada pela constatação de sua

presença por meio de laudo de inspeção técnica do

local de trabalho.

• A NR-15 define o Limite de Tolerância (LT) da seguinte

forma:

Page 31: Aula Higiene Do Trabalho 06

CARACTERIZAÇÃO DA INSALUBRIDADE

“ A concentração ou intensidade máxima ou

mínima, relacionada com a natureza e o tempo de

exposição ao agente, que não causará dano à saúde

do trabalhador, durante a sua vida laboral.”

Assim, devem ser avaliadas pelo critério quantitativo as

atividades e operações que se desenvolverem na

presença de agentes nocivos, relacionados conforme os

anexos citados na NR-15:

Page 32: Aula Higiene Do Trabalho 06

CARACTERIZAÇÃO DA INSALUBRIDADE

• Anexo no 1 – Ruído

• Anexo no 2 – Ruído de impacto

• Anexo no 3 – Calor

• Anexo no 5 – Radiações ionizantes

• Anexo no 8 – Vibrações

• Anexo no 11 – Gases e vapores

• Anexo no 12 – Poeiras minerais ou intermitente

Page 33: Aula Higiene Do Trabalho 06

CARACTERIZAÇÃO DA INSALUBRIDADE

Deve ser avaliada pelo critério qualitativo a

insalubridade provocada pelos seguintes agentes

nocivos, constantes dos anexos da NR-15:

• Anexo no 6 – Trabalho sob condições hiperbáricas

• Anexo no 7 – Radiação não ionizante

• Anexo no 9 – Frio

• Anexo no 10 – Umidade

• Anexo no 13 – Agentes químicos

• Anexo no 14 – Agentes biológicos

Page 34: Aula Higiene Do Trabalho 06

LAUDOS AMBIENTAIS

O Laudo Ambiental é a peça mais importante para a

quantificação e caracterização da exposição do

trabalhador ao agente de risco.

O levantamento ambiental pode parecer uma ação

isolada no campo da higiene do trabalho ou no aspecto

pericial. Na verdade ele possui uma função mais nobre e

abrangente do que se imagina, no campo preventivo,

estando diretamente relacionado com o PPRA, Mapa de

Riscos Ambientais e PCMSO.

Page 35: Aula Higiene Do Trabalho 06

RISCOS AMBIENTAIS

Page 36: Aula Higiene Do Trabalho 06

RISCOS AMBIENTAIS

São os agentes químicos, físicos e biológicos presentes nos ambientes de trabalho capazes de produzir danos a saúde, quando superados os respectivos limites de tolerância. Estes limites são fixados em razão da natureza, concentração ou intensidade do agente e tempo de exposição.

Os riscos ambientais são decorrentes das condições precárias, inerentes ao ambiente ou ao próprio processo operacional das diversas atividades profissionais. São, portanto, as condições inseguras do trabalho, capazes de afetar a saúde, a segurança e o bem estar do trabalhador.

Page 37: Aula Higiene Do Trabalho 06

RISCOS AMBIENTAIS

As condições inseguras relativas ao processo

operacional, como por exemplo, maquinas

desprotegidas, pisos escorregadios,

empilhamentos precários são chamados de riscos

de operação.

As condições inseguras relativas ao ambiente de

trabalho, como por exemplo, a presença de gases

e vapores tóxicos, o ruído e o calor intensos

chamados de riscos do ambiente.

Page 38: Aula Higiene Do Trabalho 06

RISCOS AMBIENTAIS

Os riscos profissionais dividem-se em dois grupos,

os riscos de operação e de ambiente.

Tradicionalmente, dedica-se a Segurança do

Trabalho a prevenção e controle dos riscos de

operação e a Higiene do Trabalho aos riscos de

ambiente.

Page 39: Aula Higiene Do Trabalho 06

OS RISCOS AMBIENTAIS SE

CLASSIFICAM EM:

Agentes Químicos : são as substancias, compostos ou

produtos que possam penetrar no organismo pela via

respiratória, nas formas de poeiras, fumos, nevoas,

neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da

atividade de exposição, possam ter contato ou ser

absorvidos pelo organismo através da pele ou por

ingestão.

Page 40: Aula Higiene Do Trabalho 06

OS RISCOS AMBIENTAIS SE

CLASSIFICAM EM:

Agentes físicos : são as diversas formas de energia a

que possam estar expostos os trabalhadores, tais como

ruído, vibração, pressões anormais, temperaturas

extremas, radiações ionizantes e não ionizantes, bem

como o infra-som e o ultra-som.

Page 41: Aula Higiene Do Trabalho 06

OS RISCOS AMBIENTAIS SE

CLASSIFICAM EM:

Agentes Biológicos : são as bactérias, fungos,

bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre

outros.

Page 42: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

AGENTES QUÍMICOS

Os diversos agentes químicos que podem poluir um local de trabalho e entrar em contato com o organismo dos trabalhadores podem apresentar uma ação localizada ou serem distribuídos aos diferentes órgãos e tecidos, levados pelos fluidos internos (sangue e outros), produzindo uma ação generalizada.

Por este motivo as vias de ingresso destas substâncias ao organismo são:

- inalação,

- absorção cutânea,

- ingestão.

Page 43: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

AGENTES QUÍMICOS

Inalação: constitui a principal via de ingresso de tóxicos,

já que a superfície dos alvéolos pulmonares representa,

no homem adulto, uma superfície entre 80 a 90 mm2.

Esta superfície facilita a absorção de gases e vapores, os

quais podem passar ao sangue, para serem distribuídos a

outras regiões do organismo.

Alguns sólidos e líquidos ficam retidos nesses tecidos,

podendo produzir uma ação localizada, ou dissolvem-se

para serem distribuídos através do aparelho circulatório.

Page 44: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

AGENTES QUÍMICOS

Sendo o consumo de ar de 10 a 20 kg diários,

dependendo fundamentalmente do esforço físico

realizado, é fácil chegar à conclusão que mais de

90% das intoxicações generalizadas tenham esta

origem.

Page 45: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

AGENTES QUÍMICOS

Absorção cutânea: quando uma substância de uso

industrial entra em contato com a pele, podem acontecer

as seguintes situações:

a) A pele e a gordura protetora podem atuar como uma

barreira protetora efetiva.

b) O agente pode agir na superfície da pele, provocando

uma irritação primária.

Page 46: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

AGENTES QUÍMICOS

c) A substância química pode combinar com as

proteínas da pele e provocar uma sensibilização.

d) O agente pode penetrar através dela, atingir o

sangue e atuar como um tóxico generalizado. Assim,

por exemplo, o ácido cianídrico, mercúrio, chumbo

tetraetíla (usado nas gasolinas como antidetonante),

alguns defensivos agrícolas, etc. são substancias que

podem ingressar através da pele, produzindo uma

ação generalizada.

Page 47: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

AGENTES QUÍMICOS

Apesar destas considerações, normalmente a pele

é uma barreira bastante efetiva para os diferentes

tóxicos, e são poucas as substâncias que

conseguem ser absorvidas em quantidades

perigosas. Por essas razões, as medidas de

prevenção de doenças, nesses casos, devem

incluir a proteção da superfície do corpo.

Page 48: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

AGENTES QUÍMICOS

Ingestão: representa apenas uma via secundária

de ingresso de tóxicos no organismo, já que

nenhum trabalhador ingere, conscientemente,

produtos tóxicos.

Isto pode acontecer de forma acidental ou ao

engolir partículas que podem ficar retidas na parte

superior do trato respiratório ou ainda ao inalar

substâncias em forma de pós ou fumos.

Page 49: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

AGENTES QUÍMICOS

Definição de Limite de Tolerância:

“É a intensidade dos riscos físicos ou

concentração dos riscos químicos, sob os quais

acredita-se que a maioria dos trabalhadores

pode ficar exposta, sem sofrer efeitos à saúde,

durante a sua vida laboral”.

Page 50: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

AGENTES QUÍMICOS

Basicamente temos no Brasil dois tipos de limites de

tolerância:

a) Limite de Tolerância - Média Ponderada, representa a

concentração média ponderada, existente durante a

jornada de trabalho. Isto é, podemos ter valores acima do

limite fixado, desde que sejam compensados por

variáveis abaixo deste, acarretando uma média

ponderada igual ou inferior ao limite de tolerância.

Page 51: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

AGENTES QUÍMICOS

b) Limite de Tolerância - Valor Teto, que na

tabela de limites de tolerância tem assinalada a

coluna Valor Teto, e representa uma concentração

máxima que não pode ser excedida em momento

algum da jornada de trabalho. Para as substâncias

com estes limites; não são aplicados os fatores de

desvio, sendo o valor máximo sempre igual ao

limite de tolerância fixado.

Page 52: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

Efeito produzido no organismo por um tóxico

A intoxicação pode ser dividida em:

Aguda: Exposição curta em altas concentrações

produzidas por substancias rapidamente absorvida

pelo organismo.

Crônica: Exposição repetida a pequenas

concentrações. Tem efeito acumulativo no

organismo.

Page 53: Aula Higiene Do Trabalho 06

CLASSIFICAÇÃO DOS

AGENTES QUÍMICOS

Podem ser classificados pela forma com que se

apresentam e pelos efeitos no organismo.

Classificação pela forma: Tomar como referência

a forma na qual o agente químico se apresenta no

ambiente. Levando-se em consideração a

importância para a Higiene Industrial, esta

classificação inclui somente agentes químicos

ambientais, isto é, aqueles que estão em

suspensão ou dispersos no ar.

Page 54: Aula Higiene Do Trabalho 06

CLASSIFICAÇÃO DOS

AGENTES QUÍMICOS

Classificação pela forma: Aerodispersóides:

Um Aerodispersóide é uma dispersão de partículas

sólidas ou líquidas, de tamanho máximo entre 100 μm e

200 μm.

• Poeira;

• Neblina;

• Névoa;

• Fumos Metálicos.

Classificação pela forma: GASES E VAPORES

Page 55: Aula Higiene Do Trabalho 06

CLASSIFICAÇÃO DOS

AGENTES QUÍMICOS

Classificação pelos efeitos no organismo: É

baseada nos efeitos produzidos no organismo, isto

é, uma ação fisiopatológica.

• Irritantes;

• Pneumoconióticos;

• Tóxicos sistêmicos;

• Anestésicos ou Narcóticos;

• Cancerígenos.

Page 56: Aula Higiene Do Trabalho 06

CLASSIFICAÇÃO DOS

AGENTES QUÍMICOS

Classificação pela forma: Aerodispersóides.

POEIRAS:

Suspensão no ar de partículas sólidas de tamanho

entre 0,5 e 25 μm provenientes de processos

físicos de desagregação. As poeiras não se

difundem no ar e sedimentam por ação da

gravidade.

Page 57: Aula Higiene Do Trabalho 06

CLASSIFICAÇÃO DOS

AGENTES QUÍMICOS

Classificação pela forma: Aerodispersóides.

NEBLINA:

Suspensão no ar de pequenas gotas de líquido

que são geradas por condensação de um estado

gasoso ou por desintegração de um estado líquido

por atomização, ebulição, etc. O tamanho das

gotículas líquidas está compreendida entre 0,01 e

10 μm.

Page 58: Aula Higiene Do Trabalho 06

CLASSIFICAÇÃO DOS

AGENTES QUÍMICOS

Classificação pela forma: Aerodispersóides.

NÉVOA:

Suspensão no ar de pequenas gotas líquidas

apreciáveis a olho nu, originados por ruptura

mecânica de líquidos. Sua margem de tamanho

está compreendida entre 2 e 60 μm.

Page 59: Aula Higiene Do Trabalho 06

CLASSIFICAÇÃO DOS

AGENTES QUÍMICOS

Classificação pela forma: Aerodispersóides.

FUMOS METÁLICOS:

Suspensão no ar de partículas sólidas metálicas

geradas em um processo de condensação,

partindo da sublimação ou volatilização de um

metal. Vem acompanhada, na maioria das vezes,

de uma reação química (geralmente de oxidação).

O seu tamanho varia de 0,001 a 0,5 μm.

Page 60: Aula Higiene Do Trabalho 06

CLASSIFICAÇÃO DOS

AGENTES QUÍMICOS

GÁS:

Estado físico normal de uma substância no estado padrão

(25°C e 760 mm Hg). São fluidos amorfos que ocupam o

espaço que os contém, e que podem mudar de estado

físico, unicamente pela combinação de P e T.

VAPOR:

Fase gasosa de uma substância sólida ou líquida no

estado padrão (25°C e 760mm Hg). O vapor pode passar

ao estado sólido ou líquido quando ocorrem alterações

nos valores combinados de T e P. O comportamento é

semelhante ao gás.

Page 61: Aula Higiene Do Trabalho 06

CLASSIFICAÇÃO DOS

AGENTES QUÍMICOS

Classificação pelos efeitos no organismo:

É baseada nos efeitos produzidos no organismo, isto é, uma ação fisiopatológica.

• Irritantes:

São os compostos químicos que produzem uma inflamação, devido a uma ação química ou física nas áreas anatômicas que entram em contato, principalmente com a pele e mucosas do sistema respiratório.

Os fatores que indicam a gravidade do efeito provocado pelas substâncias químicas são as concentrações das substâncias no ar e o tempo de exposição.

Page 62: Aula Higiene Do Trabalho 06

CLASSIFICAÇÃO DOS

AGENTES QUÍMICOS

Classificação pelos efeitos no organismo:

• Irritantes:

As substâncias irritantes se dividem:

• Irritantes do trato respiratório superior:

São substâncias muito solúveis em meio aquoso

(Soda Caustica) e, portanto com ação nas vias

aéreas superiores (garganta e nariz).

Page 63: Aula Higiene Do Trabalho 06

CLASSIFICAÇÃO DOS

AGENTES QUÍMICOS

Classificação pelos efeitos no organismo:

• Irritantes:

Irritantes de ação sobre os brônquios:

São substâncias de solubilidade moderada em

fluidos aquosos e atuam principalmente nos

brônquios (ozônio, anidrido sulfuroso -S02, cloro).

Page 64: Aula Higiene Do Trabalho 06

CLASSIFICAÇÃO DOS

AGENTES QUÍMICOS

Classificação pelos efeitos no organismo:

• Irritantes:

Irritantes do tecido pulmonar:

Pertencem a este grupo, as substâncias pouco

solúveis em fluidos aquosos e, portanto com uma

maior penetração no sistema respiratório,

atingindo os alvéolos pulmonares e produzindo

uma ação tóxica (dióxido de nitrogênio, ozônio,

entre outros).

Page 65: Aula Higiene Do Trabalho 06

CLASSIFICAÇÃO DOS

AGENTES QUÍMICOS

Classificação pelos efeitos no organismo:

• Pneumoconióticos:

São as substâncias químicas sólidas, que se depositam

nos pulmões e se acumulam, produzindo pneumopatia e

degeneração fibrótica do tecido pulmonar. As poeiras

inertes, apesar de não produzirem esta degeneração do

tecido pulmonar, exercem uma ação em consequência do

acúmulo de poeiras nos alvéolos pulmonares impedindo a

difusão do oxigênio através dos mesmos.

Page 66: Aula Higiene Do Trabalho 06

CLASSIFICAÇÃO DOS

AGENTES QUÍMICOS

Classificação pelos efeitos no organismo:

• Tóxicos sistêmicos:

São substâncias químicas que,

independentemente de sua via de entrada, se

distribuem por todo organismo produzindo efeitos

diversos sendo que algumas apresentam efeitos

específicos ou seletivos sobre um órgão ou

sistema (inseticidas hidrocarbonetos halogenados,

hidrocarbonetos aromáticos, metanol).

Page 67: Aula Higiene Do Trabalho 06

CLASSIFICAÇÃO DOS

AGENTES QUÍMICOS

Classificação pelos efeitos no organismo:

• Anestésicos ou Narcóticos:

São substâncias químicas que atuam como depressor do

sistema nervoso central agindo como anestésicos ou

narcóticos em altas concentrações por curtos períodos de

tempo.

Sua ação depende da quantidade de tóxico que chega ao

cérebro, podendo provocar intoxicações sistêmicas

quando o indivíduo é exposto repetidamente em baixas

concentrações. Dividem-se em:

Page 68: Aula Higiene Do Trabalho 06

CLASSIFICAÇÃO DOS

AGENTES QUÍMICOS Classificação pelos efeitos no organismo:

• Anestésicos primários (hidrocarbonetos alifáticos: butano,

propano, cetonas.)

• Anestésicos de ação sobre as vísceras (hidrocarbonetos

clorados: pecloroetileno, tricloroetileno, tetracloreto de

carbono)

• Anestésicos de ação sobre o sistema formador de sangue

(hidrocarbonetos aromáticos: benzeno, tolueno, xileno)

• Anestésicos de ação sobre o sistema nervoso (álcoois:

metílico, etílico, dissulfeto de carbono)

• Anestésicos de ação sobre o sangue e o sistema

circulatório (nitrocompostos orgânicos: nitrobenzeno, anilina).

Page 69: Aula Higiene Do Trabalho 06

CLASSIFICAÇÃO DOS

AGENTES QUÍMICOS

Classificação pelos efeitos no organismo:

• Cancerígenos:

São substâncias químicas que podem gerar ou

favorecer o crescimento desordenado de células

no organismo. Estas substâncias atuam no núcleo

celular (DNA e RNA) causando desordem

genética, crescimento e difusão de células.

Page 70: Aula Higiene Do Trabalho 06

CLASSIFICAÇÃO DOS

AGENTES QUÍMICOS

Classificação pelos efeitos no organismo:

Cancerígenos: As substâncias cancerígenas podem ser

divididas segundo o efeito causado no organismo como:

• Mutagênico: induz uma modificação permanente e

transmissível nas características genéticas de um ser

vivo.

• Carcinogênico: causa câncer em consequência de

exposição aguda ou crônica (ex. benzeno).

• Teratogênico: Produz um defeito físico, má formação,

no embrião (ex. talidomida).

Page 71: Aula Higiene Do Trabalho 06

CLASSIFICAÇÃO DOS

AGENTES QUÍMICOS

Classificação pelos efeitos no organismo:

• Alérgicos

São substâncias químicas cuja ação se caracteriza por

não afetar a totalidade dos indivíduos (requerendo uma

predisposição fisiológica), atingindo somente aqueles

previamente sensibilizados. As dermatites por contato

produzidas pelo níquel, cromo, mercúrio, formaldeídos e

etc. são exemplos de tóxicos alergênicos.

Page 72: Aula Higiene Do Trabalho 06

CLASSIFICAÇÃO DOS

AGENTES QUÍMICOS

Classificação pelos efeitos no organismo:

• Asfixiantes: São substâncias químicas capazes de

impedir a chegada do oxigênio para os tecidos.

As substâncias asfixiantes se subdividem em:

• Asfixiante simples: É qualquer contaminante químico

que não apresenta nenhum efeito específico,

geralmente substâncias inertes, quando presente no

ambiente reduz a concentração de oxigênio no ar (ex.:

nitrogênio, hidrogênio, hélio. acetileno).

Page 73: Aula Higiene Do Trabalho 06

CLASSIFICAÇÃO DOS

AGENTES QUÍMICOS

Classificação pelos efeitos no organismo:

• Asfixiante químico: São substâncias que

impedem a chegada de oxigênio nas células,

bloqueando os mecanismos do organismo. Estas

substâncias podem atuar ao nível de sangue, das

células ou cérebro (paralisando os músculos da

respiração). Encontram-se neste grupo as

seguintes substâncias: monóxido de carbono,

nitratos e nitritos, sulfato de hidrogênio, ácido

cianídrico.

Page 74: Aula Higiene Do Trabalho 06

CLASSIFICAÇÃO DOS

AGENTES QUÍMICOS

Classificação pelos efeitos no organismo:

• Produtores de dermatoses:

São substâncias que independente dos efeitos

tóxicos que exercem no organismo, em contato

com a pele originam alterações na mesma,

através de diferentes formas: irritação primária,

sensibilizações alérgicas e fotosensibilização.

Page 75: Aula Higiene Do Trabalho 06

CLASSIFICAÇÃO DOS

AGENTES QUÍMICOS

Classificação pelos efeitos no organismo:

• EFEITOS COMBINADOS:

Existem contaminantes químicos que

desencadeiam somente um dos efeitos citados e

outros que desencadeiam, simultaneamente,

vários efeitos. Deve-se levar em consideração

também, a presença em um mesmo ambiente de

trabalho, de contaminantes distintos ao mesmo

tempo.

Page 76: Aula Higiene Do Trabalho 06

CLASSIFICAÇÃO DOS

AGENTES QUÍMICOS

Classificação pelos efeitos no organismo:

EFEITOS COMBINADOS:

• Efeito simples: quando os contaminantes atuam sobre

órgão ou sistemas fisiológicos distintos.

• Efeito Aditivo: quando vários contaminantes distintos

atuam sobre o mesmo órgão ou sistema fisiológico.

• Efeito Potenciador: quando um ou vários produtos

multiplicam as ações de outros. O efeito só pode ser

calculado se conhecermos a magnitude dos

potenciadores.

Page 77: Aula Higiene Do Trabalho 06

CLASSIFICAÇÃO DOS

AGENTES QUÍMICOS

Classificação pelos efeitos no organismo:

Quando o efeito de uma substância tóxica é

potencializado pela ação de uma segunda substância diz-

se que as substâncias apresentam sinergismo, assim

sendo, o álcool etílico e os inseticidas clorados

apresentam efeitos sinérgicos sobre o tetracloreto de

carbono, assim como o tabaco sobre o asbesto.

Quando o efeito de uma substância tóxica é reduzido pela

ação de outra substância diz-se que as substâncias

apresentam antagonismo. O exemplo mais conhecido

de antagonismo é efeito do etanol sobre o metanol,

retardando o metabolismo.

Page 78: Aula Higiene Do Trabalho 06

CLASSIFICAÇÃO DOS

AGENTES QUÍMICOS

As substâncias com efeitos sinérgicos não são

necessariamente nocivas por si próprias, podendo

apresentar estes efeitos em decorrência de vias

de penetração distintas. O exemplo característico

deste caso é a ingestão de álcool etílico e a

inalação de um narcótico, como o tricloroetileno.

Page 79: Aula Higiene Do Trabalho 06

CLASSIFICAÇÃO DOS

AGENTES QUÍMICOS

Classificação pelos efeitos no organismo:

• Efeitos combinados:

Quando duas ou mais substâncias que atuam sobre o

mesmo sistema orgânico estiverem presentes, devem ser

considerados fundamentalmente os seus efeitos

combinados, mais do que os individuais.

Page 80: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

POEIRAS

O pó está constituído por partículas geradas mecanicamente, resultantes de operações: moenda, perfuração, explosões e manuseio de minérios, limpeza abrasiva, corte e polimento de granitos, entre outros.

Os danos causados para a saúde resultante da exposição a material particulado disperso no ar depende do tamanho e da densidade das partículas. Estas características determinam o local do trato respiratório onde as partículas serão depositadas.

A maior porcentagem de partículas arrastadas pelo ar, em forma de pó, tem menos de 1 mícron de tamanho.

A menor partícula visível ao olho humano mede, aproximadamente, 1 / 10 de milímetro.

Page 81: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

POEIRAS

As partículas com tamanho inferior a 10μm (fração

respirável) são as de maior importância pela facilidade

com que atingem os pulmões. Sendo que aquelas de

tamanho inferior a 5μm, são as que oferecem maior risco.

As poeiras inorgânicas de maior importância na Higiene

Industrial são as que contêm sílica livre cristalizada

(quartzo, tridimita e cristobalita).

Outros compostos de silício: Asbestos, talco, mica, entre

outros.

Page 82: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

POEIRAS

Entre os pós orgânicos (poeiras) podemos distinguir dois

grupos:

A. Os que podem produzir doenças bronco pulmonares

crônicas, tais como os de algodão de bagaço e de agave

(sisal);

B. Poeiras que podem produzir alergias, asmas ou

dermatoses, tais como as de semente de amido e de

tabaco. Os trabalhadores expostos a pó de algodão e

agave podem adquirir a doença chamada Bissinose.

Page 83: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

POEIRAS

A sílica apresenta-se geralmente como dióxido de silício

(SiO2), e na forma cristalizada, do quartzo, representa o

maior risco, podendo causar uma pneumoconiose chamada

de silicose, que é a enfermidade pulmonar mais conhecida,

relativa ao trabalho.

• Pneumoconiose: Alteração produzida no tecido dos

pulmões pela inalação de poeiras orgânicas ou inorgânicas

(fibrose pulmonar ou depósito de material inerte).

Para efeito de avaliação ambiental, é comum a subdivisão nos

grupos poeira respirável, poeira total e poeira metálica

conforme descrito abaixo.

Page 84: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

POEIRAS

POEIRA RESPIRÁVEL

A poeira respirável é definida como qualquer fração de

partículas sólidas capaz de alcançar os alvéolos pulmonares

(normalmente entre 3 e 5 μm).

A metodologia de avaliação baseia-se na separação das

partículas através de um ciclone, cujas características estão

descritas no Anexo 12 da NR-15/MTE.

POEIRA TOTAL

É definida como o somatório das frações respirável e não

respirável.

Page 85: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

POEIRAS

POEIRA METÁLICA

São partículas geradas em atividades de

lixamento de peças metálicas com a utilização de

equipamentos pneumáticos e elétricos, ou

qualquer atividade mecânica que possa gerar

estas partículas.

Page 86: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

POEIRAS

POEIRA METÁLICA

Para comparação com o limite de tolerância, devem ser

considerados dois aspectos:

O limite para poeira total estabelecido pelo Anexo 12 da

NR-15, Portaria 3214/MTE.

Os valores limites de tolerância específicos para cada

metal avaliado, de acordo ou estabelecido no Anexo 11

da NR – 15, Portaria 3214/MTE ou ACGIH.

Page 87: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

FUMOS METÁLICOS FUMOS METÁLICOS

São gerados principalmente nas atividades de soldagem

PROCESSOS DE SOLDAGEM

Para uma correta avaliação dos elementos a serem avaliados, é

necessário o conhecimento de:

• Composição estimada do material a ser soldado (aço carbono,

aço inox, entre outros).

• Material de adição com suas correspondentes substâncias

protetores (gases de proteção, fundentes, entre outros)

• Os elementos gerados dependem dos seus respectivos pontos

de fusão e vaporização bem como das temperaturas

desenvolvidas durante o processo de soldagem.

Page 88: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

FUMOS METÁLICOS

CLASSIFICAÇÃO DOS FUMOS METÁLICOS

• Tóxicos e irritantes: Cádmio, cromo,

manganês, zinco, mercúrio, níquel, titânio, vanádio

e chumbo.

• Pneumoconióticos: Alumínio, ferro, estanho,

carbono, cobre, entre outros.

Page 89: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

FUMOS METÁLICOS

LEGISLAÇÃO VIGENTE

Dos elementos encontrados nos fumos metálicos, a legislação

atual através da NR-15 refere-se somente a chumbo,

manganês e cádmio.

Na ausência de Diploma Legal sobre o tema, juridicamente

pode ser aceitável o embasamento em Legislação Estrangeira

(desde que tenha relações diplomáticas com o Brasil) ou

trabalho técnico desenvolvido por instalações nacionais ou

estrangeiras (neste caso resguardado a condição acima).

Sob o ponto de vista técnico é recomendável para os demais

componentes a adoção dos L.T. estabelecidos pela ACGIH.

Page 90: Aula Higiene Do Trabalho 06

HIGIENE DO TRABALHO

FUMOS METÁLICOS CHUMBO: O anexo 11 da NR-15, Portaria 3214 TEM estabelece

no quadro n°01 um limite de 0.1 mg/m3 para exposição ao

chumbo.

Entretanto para determinadas atividades, o anexo 13 da mesma

NR estabelece somente a avaliação qualitativa para caracterizar

insalubridade.

CÁDMIO: O anexo 13 estabelece somente a avaliação qualitativa

para algumas atividades.

MANGANÊS: A Portaria n°8 de 05/10/92 estabelece o L T de 1, O

mg/m3 para atividades com exposição a fumos de manganês ou

de seus compostos, para jornadas de até 8 h/dia (para poeiras o L

T é de 5 mg/m3).

Page 91: Aula Higiene Do Trabalho 06

AGENTES QUÍMICOS CUJA INSALUBRIDADE É

CARACTERIZADA POR LIMITE DE

TOLERÂNCIA E INSPEÇÃO NO LOCAL DE TRABALHO

NR 15 ANEXO 11:

1. Nas atividades ou operações nas quais os trabalhadores ficam expostos a agentes químicos, a caracterização de insalubridade ocorrerá quando forem ultrapassados os limites de tolerância constantes do Quadro nº 1 deste Anexo.

2. Todos os valores fixados no Quadro nº 1 - Tabela de Limites de Tolerância são válidos para absorção apenas por via respiratória.

Page 92: Aula Higiene Do Trabalho 06

3. Todos os valores fixados no Quadro nº 1 como "Asfixiantes

Simples" determinam que nos ambientes de trabalho, em presença

destas substâncias, a concentração mínima de oxigênio deverá ser

18 (dezoito) por cento em volume. As situações nas quais a

concentração de oxigênio estiver abaixo deste valor serão

consideradas de risco grave e iminente.

4. Na coluna "VALOR TETO" estão assinalados os agentes

químicos cujos limites de tolerância não podem ser ultrapassados

em momento algum da jornada de trabalho.

5. Na coluna "ABSORÇÃO TAMBÉM PELA PELE" estão

assinalados os agentes químicos que podem ser absorvidos, por

via cutânea, e portanto exigindo na sua manipulação o uso da

luvas adequadas, além do EPI necessário à proteção de outras

partes do corpo.

Page 93: Aula Higiene Do Trabalho 06

6. A avaliação das concentrações dos agentes químicos através de

métodos de amostragem instantânea, de leitura direta ou não,

deverá ser feita pelo menos em 10 (dez) amostragens, para cada

ponto - ao nível respiratório do trabalhador. Entre cada uma das

amostragens deverá haver um intervalo de, no mínimo, 20 (vinte)

minutos.

7. Cada uma das concentrações obtidas nas referidas

amostragens não deverá ultrapassar os valores obtidos na

equação que segue, sob pena de ser considerada situação de

risco grave e iminente.

• Valor máximo = L.T. x F. D. Onde:

• L.T. = limite de tolerância para o agente químico, segundo o

Quadro n.° 1.

• F.D. = fator de desvio, segundo definido no Quadro n.° 2.

Page 94: Aula Higiene Do Trabalho 06

QUADRO 2

L.T. F.D.

(pp ou mg/m³)

0 a 1 3

1 a 10 2

10 a 100 1,5

100 a 1000 1,25

ACIMA DE 1000 1,1

Page 95: Aula Higiene Do Trabalho 06

8. O limite de tolerância será considerado excedido

quando a média aritmética das concentrações ultrapassar

os valores fixados no Quadro n.° 1.

9. Para os agentes químicos que tenham "VALOR TETO"

assinalado no Quadro n.° 1 (Tabela de Limites de

Tolerância) considerar-se-á excedido o limite de

tolerância, quando qualquer uma das concentrações

obtidas nas amostragens ultrapassar os valores fixados

no mesmo quadro.

10. Os limites de tolerância fixados no Quadro n.° 1 são

válidos para jornadas de trabalho de até 48 (quarenta e

oito) horas por semana, inclusive.

Page 96: Aula Higiene Do Trabalho 06

10.1 Para jornadas de trabalho que excedam as 48 (quarenta e oito) horas semanais dever-se-á cumprir o disposto no art. 60 da CLT.

“ Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros mencionados no capítulo “ Da Segurança e da Medicina do Trabalho ”, ou que neles venham a ser incluídas por ato do Ministério do Trabalho, quaisquer prorrogação só poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho, as quais, para esse feito, procederão aos necessários exames locais e a verificação dos métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de autoridades sanitárias federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento para tal fim ”.

Page 97: Aula Higiene Do Trabalho 06

Agentes

químicos

Valor

Teto

Absorção

também

p/pele

Até 48 Horas

ppm*

Por Semana

mg/m3**

Grau de

insalubridade a ser

considerado no

caso de sua

caracterização

Acetato de Etila 310 1090 mínimo

Éter etílico 310 940 médio

n-Butano 470 1090 médio

Chumbo 0,1 máximo

Cloreto de Metila 78 165 máximo

Monóxido de

Carbono

39 43 máximo

Dióxido de

Enxofre

4 10 máximo

Metil Cellosolve + 20 60 máximo

Tolueno (toluol) + 78 290 médio

Níquel Carbonila 0,04 0,28 máximo

Mercúrio 0,04 máximo

Formaldeído + 1,6 2,3 máximo

Page 98: Aula Higiene Do Trabalho 06

OBRIGADO!!!!!!!